Os 1os Concílios e "pais da Igreja" têm autoridade total? Ou nenhuma?

(particularmente quanto:

canonização da Bíblia,
doutrinas da divindade de Cristo,
da Trindade,
da igreja universal e da igreja católica.

)





PERGUNTA 1:

...

Aceitar inquestionavelmente o decreto final do Concílio de Nicéia reconhecendo a divindade de Jesus é também aceitar a autoridade deste concilio quando afirma que a única igreja é a igreja católica apostólica, conforme está estabelecido ao final do credo Niceno?

"Cremos na Igreja una, santa, católica e apostólica. Professamos um só baptismo para remissão dos pecados. Esperamos a ressurreição dos mortos, e a vida do mundo que há-de vir. Ámen."

Neste caso, a verdadeira igreja é realmente a Igreja Católica ?

Obrigado.

Seu irmão, JJJJ.





PERGUNTA 2:

....

Os livros da Bíblia foram escolhidos pelos concílios, entre muitos outros (ouvi dizer que há mais de 200 evangelhos que foram rejeitados e chamados de apócrifos). Será que esta escolha foi às vezes arbitrária e errada? Será que foram incluídos na Bíblia livros (ou, pelo menos, versos e palavras) não inspirados e que agora deveriam ser retirados? Será que livros (ou, pelo menos, versos e palavras) inspirados não foram incluídos na Bíblia, e agora o deviam ser?

Obrigado.

Seu irmão, XXXX.





RESPOSTA:

Caros irmãos:


A posição correta sobre os concílios e os assim chamados "pais da Igreja" é que eles não tiveram poder nenhum, já estavam muito contaminados pelo romanismo (romanismo que estava em formação, isto é, já era digno do inferno, mas só ficou 1000 vezes digno do inferno bem depois disso), eram falhos, etc. Mas foram forçados a RECONHECER (muito diferente de fazer, decretar) muitas das coisas que o Espírito Santo de Deus já havia confirmado em TODOS os corações de TODOS os VERDADEIROS crentes.

Então, tudo que está na Bíblia desde o instante zero em que um dos seus livros foi escrito, tudo que foi inspirado desde o instante zero em que Deus assoprou para dentro das mentes dos escritores e eles escreveram, tudo que foi reconhecido por todos os verdadeiros crentes desde o instante zero em que leram e ouviram as palavras - tudo isto os falhos Concílios e falhos "pais da Igreja" tiveram que RECONHECER. Em outras palavras:
"OS LIVROS E PALAVRAS DA BÍBLIA FORAM CANONIZADOS E DEFENDIDO PELOS 'PAIS' PORQUE ERAM INSPIRADOS DESDE O INSTANTE ZERO DA SUA ESCRITA, AO CONTRÁRIO DE SEREM INSPIRADOS PORQUE FORAM CANONIZADOS E DEFENDIDOS PELOS 'PAIS' ".

Mas tudo que os falhos concílios e falhos 'pais'  INTRODUZIRAM na cristandade (todos os erros do infernal catolicismo Romano e do catolicismo Grego Ortodoxo), sem ser expressa e clara e irretrucavelmente ensinado na Bíblia, é falso.


OK?


Hélio.




Anexamos um trecho de http://www.solascriptura-tt.org/Bibliologia-InspiracApologetCriacionis/Bibliologia-EsbocoCurso-Helio.htm

1.4. A BÍBLIA É CANÔNICA

Um livro é canônico quando, desde o seu 1o. dia, foi aceito pelo povo de Deus como divinamente inspirado, como realmente o é (Ver “Inspiração”, na seção 1.5). Cânon significava originalmente “vara de medir, depois “norma ou regra” (Gl 6:16), e hoje significa “catálogo de uma revelação completa e divina”. Um livro é dito “apócrifo” quando não é canônico. A “canonização” de um livro não significa que homens lhe concederam autoridade e inspiração divina, mas sim que homens formalmente oficializaram o que sempre foi reconhecido [em outras bases, suficientes].

1.4.1. O V.T. é canônico, porque sempre foi reconhecido como inspirado por Deus: [NOTA 16]

•   A Lei: sempre foi reconhecida como canônica: Dt 17:18-20; 31:10-13,24-26; Js 1:8; 1Rs 11:38; 2Rs 22:8; 23:1-2; Ne 1:7-9; Ed 3:2.

•   Profetas: sempre foram reconhecidos como canônicos: 2Rs 17:13; // Dn 9:2 // Mt 22:29; 23:35; Lc 24:44; Jo 5:39; 10:35 // 2Tm 3:16; 2Pd 1:20-21.

1.4.2. O N.T. é canônico, uma vez que todos os seus livros, e somente eles, foram desde o início universalmente reconhecidos como inspirados, porque:

a) foram escritos pelos apóstolos (ou suas segundas pessoas) Cl 1:1-2.

b) foram universal e espontaneamente aceitos 1Ts 2:13.

c) foram aceitos pelos “pais da igreja” (filhos ou netos espirituais dos apóstolos, por quem foram ensinados, diretamente; e.g.: Policarpo, filho na fé de João).

d) têm conteúdo evidentemente inspirado, edificante, espiritual, harmônico com toda a Bíblia.

[NOTA 17]

1.4.3. Os livros apócrifos (dos católicos romanistas) NÃO são canônicos

a. Jamais foram incluídos no cânon pelas autoridades reconhecidas. [NOTA 18]

b. Jamais foram aceitos pelos judeus.

c. Só em 1560, no Concílio de Trento, a Igreja Romana os declarou canônicos, mas só em reação à Reforma.

d. Jamais foram citados por Cristo ou por nenhum outro escritor da Bíblia.

e. Nenhum livro apócrifo alega ser inspirado (na realidade, alguns deles clamam não ser inspirados! Macabeus 15:38.

f. Alguns apócrifos têm incontornáveis erros históricos e geográficos.

g. Alguns apócrifos ensinam doutrinas falsas e que contradizem a Bíblia como um todo (e.g.: Macabeus 12:43-46 ensina que podemos e devemos orar pelos mortos, a Bíblia como um todo ensina que não adianta).



 

[NOTA 16] - Objeção : As 3 divisões do V.T. (Lei, Profetas, Ketubim) implicam 3 “campanhas humanas concedendo autoridade”. Refutação: Não há sequer uma prova disto! As divisões são pelas naturezas dos assuntos/escritores. Em Israel o divino tornava-se aceito, e não o aceito tornava-se divino! 2Rs 22:8; 23:1-2; Ne 8:1-3 não são autorgamentos, mas sim reconhecimentos da inspiração divina.
-Objeção: Ec e Ct ainda eram duvidados por alguns até depois do Concílio de Jamnia (90 D.C.), portanto o cânon do V.T. ainda estava em aberto até cerca de 200 D.C.. Réplica: Exigindo unanimidade absoluta, o que você quer é nunca ter um cânon autoritativo e final! Os eruditos judeus sempre mantiveram que, já em 458 AC., Esdras “juntou-ordenou e publicou” o V.T. na sua forma final, como o conhecemos. Josephus (80 D.C.) corrobora isto e usa cânon e divisões Masoréticas.
- Objeção: os apócrifos figuram na Septuaginta. Réplica: Mas nunca no cânon judaico! E a Septuaginta é uma fraude!

[NOTA 17] -Em 200 D.C. só um pequeno punhado de cristãos [pelo menos na aparência] ainda tinha algumas pequenas dúvidas sobre os livros: Hb (“quem escreveu”), 2 e 3Jo (“não seriam só cartas para uso pessoal dos endereçados?”), 2Pd (“será um pseudo-epígrafo [autor usando nome de outrem, respeitado]?”), Tg (“será que contradiz Paulo?”), Jd (“será que quis implicar que o livro de Enoque era inspirado mas foi perdido?”) ou Ap (“será mesmo João que o escreveu? os símbolos não são misteriosos demais?”). Em 397 o N.T., tal qual o temos hoje, foi oficialmente reconhecido no Concílio de Cártago, para o Ocidente. Em 500 o foi no Oriente.

[NOTA 18] As maiores e mais reconhecidas nunca reconheceram os apócrifos: Esdras (o profeta, que “juntou-ordenou e publicou” o V.T. na sua forma final e como o conhecemos); os fariseus; Josephus (o historiador judeu, provavelmente o maior historiador de todos os tempos); os pais da igreja primitiva; etc.

 




Sugerimos também que leia os muitos artigos coletados em http://www.solascriptura-tt.org/Bibliologia-PreservacaoTT/index.htm


Hélio de Menezes Silva, 2006.
 



Só use as duas Bíblias traduzidas rigorosamente por equivalência formal a partir do Textus Receptus (que é a exata impressão das palavras perfeitamente inspiradas e preservadas por Deus), dignas herdeiras das KJB-1611, Almeida-1681, etc.: a ACF-2011 (Almeida Corrigida Fiel) e a LTT (Literal do Texto Tradicional), que v. pode ler e obter em BibliaLTT.org, com ou sem notas).



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