Cavalos com apenas
40 cm de altura, 141 espécies de árvores em apenas meio hectare de floresta
tropical, que variedade espetacular vemos entre os seres vivos, tanto em
variação dentro da espécie, quanto em estupenda quantidade de diferentes
espécies. A maioria das pessoas fica admirada com a incrível diversidade dos
seres vivos, e a função que vemos dentro e entre a incrível diversidade dos
seres vivos que agraciam o nosso planeta. Por que tanta variação?
Para os primeiros cientistas da era moderna, a resposta parecia óbvia.
Afinal, normalmente associamos o uso generoso de cores e formas, variações sutis
sobre um tema e produção prolífica com a obra dos artistas renomados e dos
artesãos. Por que não esperar beleza generosa e abundância do Autor da Vida,
cujos talentos criativos tão fragilmente refletimos?
Esta incrível diversidade
também impressionou, espantosamente, a mente jovem e inquieta de um naturalista
amador, enquanto navegava a bordo do H.M.S. Beagle.1
Embora Charles Darwin estivesse consciente das evidências
da criação, o que mais o impressionava era o horrível desperdício da natureza, a
contínua luta pela sobrevivência na descendência superabundante de cada espécie,
na competição por alimentos e recursos limitados. Não entendendo essa luta pela
sobrevivência, com a corrupção de uma ordem, originalmente criada harmoniosa,
Darwin elevou a sobrevivência dos mais qualificados ao lugar do Criador: "...a
partir da guerra da natureza, da fome e da morte...resulta diretamente a
produção dos animais superiores". Foi o que Darwin escreveu, resumindo a teoria
da Origem das espécies através da seleção natural.
2
A seleção natural foi um sucesso imediato, como uma nova religião ( uma
"religião sem revelação", usando a frase de Julian Huxley ). Teve um impacto
revolucionário em nossa visão cultural, do homem e da sociedade ( Darwinismo
social ). Realmente, o muito conhecido historiador e filósofo Will Durant, disse
em um recente entrevista, que a atual era pagã na história humana começou em
1859, com a publicação das Origens de Darwin.
3
Mas apesar do seu sucesso como uma nova religião cultural, o Darwinismo
fracassou completamente como explicação científica das origens. Darwin, um
cientista muito mais astuto do que a maioria dos seus devotos, reconheceu três
áreas de problemas importantes: perfeição de adaptação, a origem da variação e
as evidencias fósseis.
Considere o olho, por exemplo, "com todas as suas inimitáveis minúcias",
como Darwin as chamava, que podem admitir diferentes quantidades de luz,
focalizar diferentes distâncias, e corrigir aberrações esféricas e cromáticas.
Considere, também, o rompimento das moléculas pigmentarias, que devem ser
acopladas ao inicio do impulso nervoso, e considere que nenhum desses impulsos
tem qualquer significado à parte de milhões de neurônios integrados aos centros
interpretativos do cérebro. Cada um desses aspectos de estrutura ótica e suas
funções é, por si só, uma característica complexa, e nenhum desses componentes
separados teria qualquer significado ou "capacidade de sobrevivência", até que
quase todos sejam reunidos em um conjunto funcionante de complexidades
combinadas. Por isso Darwin escreveu: "supor que o olho... poderia ter sido
formado pela seleção natural parece, confesso francamente, um absurdo no mais
alto grau."
Pois as características combinadas, cujas partes separadas não teriam
capacidade de sobrevivência, são a regra não uma exceção. É fácil citar muitos
outros exemplos: as partes interpretativos de envio e recepção do mecanismo de
localização da transformação do eco em botos e ornitorrincos, o relacionamento
entre a veia umbilical e o ducto venoso na circulação sangüínea do feto, o ácido
elonas/triose isomerase/2,3-difosfoglicério no metabolismo glicótico, etc., etc.
( sem dúvida você poderia citar exemplos ainda melhores! )
Em tais características combinadas o todo é muito maior do que a soma de
suas partes. As estruturas têm propriedades de organização que não têm e não
poderiam desenvolver, por si só ( um fenômeno que normalmente reconhecemos como
o resultado da atividade criadora. Através de organização e planos criativos,
por exemplo, o fósforo, o cobre e o vidro receberam a capacidade de falar ) ao
ponto de contar piadas, apresentar notícias e fazer todas aquelas coisas que
associamos à televisão.
Os seres vivos também têm propriedades de organização, que claramente
transcendem o potencial de suas partes. Como Richard Lewontin, de Harvad,
resumiu recentemente, que os organismos "...parecem Ter sido cuidadosa e
engenhosamente planejados". 4
Ele afirma que a "perfeição dos organismos" é um desafio ao Darwinismo e, de
outra maneira mais positiva, "a principal evidência de um Planejador Supremo".
Depois que uma característica complexa ou combinação foi criado, fica mais
fácil citar, e até mesmo elaborar, nos mínimos detalhes, sua "aptidão" ou
capacidade de sobrevivência. ( Esse esporte é, às vezes, considerado como a
epítome da erudição acadêmica! ) Mas como se originou a característica cuja
capacidade de sobrevivência está sendo considerada?
Darwin achava que vinha da "ação direta e indireta das condições da vida", e
"do uso e do desuso". Assim Darwin, exatamente como Lamark ( com o qual ele é,
freqüentemente, falsamente contrastado), acreditava que o longo pescoço das
girafas se originou porque era esticado, em busca de folhas nas árvores. O
pescoço ampliado, pensava ele, produzia mais "pangenes" do que permitia a
herança dessa característica adquirida.
A descoberta da genética mendeliana tornou o Darwinismo clássico indefensável na
virada do século, e os neo-darwinistas passaram dos pangenes para as mutações,
para explicar as origens. Mas a extrapolação dos livros escolares ortodoxos, da
mutação - seleção para a evolução, falhou nos testes matemáticos de 1960, e os
efeitos danosos de bagagem mutacional ( carga genética ), afastou outros
evolucionistas da década de 1970. 5
Com esperanças em "monstros promissores", Stephen Gould, de Harvard, afirma que
os cientistas da década de 1980 são forçados a perguntar: "Será que está
surgindo uma nova e geral teoria da evolução?" 6
Mas as falhas dos pangenes + seleção, das mutações + seleção e dos monstros
promissores + seleção, não significa que haja alguma coisa errada com o conceito
da seleção natural propriamente dita. Na verdade, a seleção natural funciona
bem, se uma espécie tem grande variabilidade genética "embutida nela", através
de plano, propósito e criação especial. Usando o exemplo de Lewontin, as plantas
que crescem numa região, que se torna progressivamente mais seca, podem reagir
desenvolvendo raízes mais profundas e uma cutícula cerácea mais espessa em seus
caules e folhas, "mas somente se o seu conjunto genético contiver uma variação
genética para raízes longas ou cutículas espessas". Por isso Lewontin também
dizer: "Enquanto uma adaptação relativamente maior conduza à seleção natural, a
seleção natural não conduz necessariamente a uma adaptação maior". Se as
adaptações originam-se em atos especiais da criação, então a seleção natural
poderia ajudar a explicar como as espécies criadas se multiplicarem e encheram a
terra em uma variedade ecológica e geográfica tão tremenda.
Na realidade é um fato
pouco conhecido que Edward Blyth publicou a teoria da seleção natural 24 anos
antes que o seu compatriota inglês, Charles Darwin, o fizesse.
7 Por que o nome de Blyth não é um
nome conhecido? Por que ele não foi sepultado na Abadia de Westminster? Talvez,
simplesmente, porque Blyth foi um criacionista, e ele não deu maior importância
à seleção natural do que podia ser observada e comprovada cientificamente. Os
darwinistas, entretanto, fizeram a seleção natural ( dos pangenes ) a base de
uma nova religião, uma "religião sem revelação".
A revolução darwiniana de 1859 não foi cientifica ( a ciência fora
considerada 24 anos antes ); foi um movimento religioso e filosófico. Na
verdade, os zelotes darwinianos extrapolaram da seleção natural para o absurdo
científico.
A evidência fóssil esclarece mais esse ponto. Darwin, o mesmo cientista
astuto que reconheceu que os pangenes e as adaptações complexas constituíam
"dificuldades para a teoria", disse que as evidências fósseis "talvez fosse a
objeção mais óbvia e mais séria", à extrapolação da evolução da seleção natural.
Dada a escassez de fósseis nessa época, Darwin tentou acusar o conflito entre a
sua teoria e os fatos fósseis de falta de fatos: "a imperfeição do registro
geológico".
"Bem estamos agora cerca de 120 anos após Darwin", escreve David Raup, do
famoso "Field Museum" de Chicago, "e o conhecimento do registro fóssil foi
grandemente expandido".8
Será que essa riqueza de novos dados produziu os "elos pedidos" que os
darwinistas procuravam encontrar? "...ironicamente," diz Raup, "temos ainda
menos exemplos de transição evolucionária do que no tempo de Darwin. Com isso
quero dizer que alguns dos clássicos casos de alterações darwinianas (sic) no
registro fóssil, tais com a evolução do cavalo na América do Norte tiveram de
ser descartados ou modificados, como conseqüência de informações mais
detalhadas". Em vez de forjar elos na hipotética cadeia evolucionária, a riqueza
de dados fósseis tem servido apenas para aguçar as fronteiras entre as espécies
criadas. Como Gould diz, a nossa capacidade de classificar as espécies vivas e
fósseis distintamente, usando o mesmo critério, "encaixa-se esplendidamente nos
princípios criacionistas". "Mas como", pergunta ele, "poderia uma divisão do
mundo orgânico, em discretas entidades, ser justificada por uma teoria
evolucionista que proclamou mudanças interessantes como o fato fundamental da
natureza?" 9
"...ainda temos um registro que indica mudanças", diz Raup, "mas que
dificilmente poderia ser considerado como seqüência racional da seleção
natural". A alteração que vemos é simplesmente uma variação dentro das espécies
criadas, mais a extinção. Na verdade, Raup reconhece que as formas de vida que
desapareceram, parecem ter sido exatamente tão aptas a sobrevivência, como
aquelas que sobreviveram. Os perdedores ele argumenta, não foram lentamente
extintos ou transformados pela "sobrevivência dos mais aptos"; antes sucumbiram
aos caprichos das circunstâncias ou das catástrofes - uma espécie de
"sobrevivência dos mais sortudos". Os criacionistas, que a muito aceitaram os
efeitos devastadores de um dilúvio global, não podem deixar de se divertir com a
idéia de que os fatos finalmente despertaram o interesse dos evolucionistas para
uma "teoria de catástrofe" e o "neo-catastrofismo".
A evolução darwiniana discorda dos fatos da adaptação, da genética e da
paleontologia desde o princípio. Portanto qual é a base dessa idéia
revolucionária e por que sua aceitação tão rápida? Nas palavras de Stephen Gould
e Niles Eldredge: "O gradualismo filético (evolução gradual) foi a priori, uma
afirmação desde o princípio: ela não foi "constatada" nas rochas; expressava os
preconceitos culturais e políticos do liberalismo do século XIX".
10 Karl Marx achou interessante
observar com que facilidade os cientistas ingleses a competitividade criminosa
do século XIX, em que o "vencedor leva tudo", que a Inglaterra refletia (e
talvez justificava) na "sobrevivência dos mais aptos" como uma lei da natureza.
Na filosofia darwiniana, até mesmo a evolução da cooperação só pode acontecer
sobre o cadáver daqueles que não cooperam.
Os criacionistas reconhecem o desperdício
da super - reprodução e a luta feroz pela sobrevivência na atual ordem do nosso
mundo. Mas, diferindo dos evolucionistas, os criacionistas não consideram esses
processos como meios da criação. Antes, refletem a corrupção da ordem criada que
seguiu ao pecado do homem. De fato, foi a violência que encheu a terra e atraiu
o julgamento e a purificação do Dilúvio (Gênesis 6:5).
Contra essa tela de fundo da criação, corrupção e catástrofe, a seleção
natural age como um freio para diminuir a deterioração da qualidade genética,
causada pelas mutações. De outro, a seleção (junto com o declínio genético e a
escolha do habitat) ajuda cada espécie criada a manter uma variedade de subtipos
especializados em ambientes diversos e mutantes. Nas palavras de Darwin, a
seleção natural, embora falhe em explicar a "origem das espécies", ajuda a
explicar "a preservação de raças favorecidas na luta pela vida" (a segunda
metade do título do seu livro).
Como Lewontin declara: "...a seleção natural, afinal de contas, não parece
melhorar a chance de sobrevivência de uma espécie, mas simplesmente capacita-a a
prosseguir, ou não ficar para trás do ambiente constantemente mutante". A função
observada, conservativa da seleção natural não é de maneira nenhuma tão atraente
como a função hipotética, criativa, que lhe foi atribuída pelos evolucionistas,
mas, na realidade, é um papel importante, e cientificamente comprovável. A
seleção natural não é ciência mal aplicada, apesar de produzir religião ruim.
Raup sem dúvida foi severo demais quando, condenando com um pequeno elogio
escreveu: "Portanto a seleção natural, como um processo, está certa. Também
temos toda a certeza que ela existe na natureza, embora bons exemplos sejam
surpreendentemente raros". O que Darwin pensaria se soubesse que os
criacionistas estão agora descobrindo que a sua teoria é mais útil do alguns
conhecidos evolucionistas acham?
Mas, para os criacionistas, a seleção natural e a luta pela sobrevivência
vão acabar quando Cristo voltar e "e morará o lobo com o cordeiro... Não se fará
mal nem dano algum...porque a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como
as águas cobrem o mar" (Isaías 11:6, 9).
Referências
1. Asimov, Isaac, "The Voyage of Charles Darwin" (A Viagem de Charles Darwin).
TV Guide, Jan. 26, 1980, pp.13,14.
2. Darwin, Charles, The Origin of
Species (A Origem das Espécies), New York: Washington Square Press, 1963,
p.470, ( 5 ed., 1859)
3. Durant, Will, "Historian Will Durant:
We Are in the Last Stage of Pagan Period" (Historiador Will Durant: Nós Estamos
na Última Cena do Período Pagão), artigo do The Daily Californian (Diário
Californiano), El Cajon, CA, de 8 de abril, 1980, p. 5b, por Rogers Worthington
da Tribuna de Chicago.
4. Lewontin, Richard, "Adaptation"
(Adaptação), Scientific American (Americano Científico), V. 239, n.3,
1978, pp. 212-230.
5. Para a íntegra da discussão e
documentação, veja Gary Parker, Creation: The Facts of Life (Criação: Os
Fatos da Vida), San Diego: CLP Publishers, 1980.
6. Gould, Stphen, "Is a New and General
Theory of Evolution Emerging" (É Uma Nova e Geral Teoria da Evolução Surgindo) "Paleobiology",
V.6, n.1, 1980, pp.119-130.
7. Eisley, Loren, Darwin and the
Mysterious Mr. X (Darwin e o Misterioso Sr. X), New York: Dutton Publishing
Co., 1979. Veja também o livro de Revisão por Wendell Cochran, "Evolution and
Catastrophe" (Evolução e Catástrofe), Geotimes, V.24, n.10, 1979, p.17.
8. Raup, David,"Conflicts Between Darwin
and Poleontology" (Conflitos entre Darwin e a Paleontologia), Field Museum of
Natural History Bulletin (Boletim do Museu de Campo de História Natural),
V.50, n.1, 1979, pp. 22-29.
9. Gould, Stphen, "A Quahog is a Quahog"
Natural History (História Natural), V.88, n.7, 1979, pp. 18-26.
10. Gould, Stphen, and Eldredge, Niles, "Punctuated
Equilibria: The Tempo and Mode of Evolution Reconsidered" (Equilibrio Pontuado:
O Tempo e o Método da Evolução Reconsiderada), Paleobiology, V.3, n.2,
1977, p.115.
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