(http://www.wayoflife.org/database/dynamic_equivalency.html)
autor: David Cloud
tradutora: Mary Schultze, 2014
Conteúdo
[0] A POPULARIDADE E INFLUÊNCIA DA EQUIVALÊNCIA DINÂMICA
[1] OS PRINCÍPIOS E ERROS DA EQUIVALÊNCIA DINÂMICA
EQUIVALÊNCIA DINÂMICA TEM O OBJETIVO DE TRADUZIR PENSAMENTOS MUITO MAIS QUE PALAVRAS
A EQUIVALÊNCIA DINÂMICA TEM COMO OBJETIVO O USO DE LINGUAGEM E ESTILO SIMPLES, DE CAPA A CAPA
A EQUIVALÊNCIA DINÂMICA OBJETIVA TORNAR A BÍBLIA INTEIRAMENTE COMPREENSÍVEL AOS NÃO CRISTÃOS
A EQUIVALÊNCIA DINÂMICA EVITA OS TERMOS ECLESIÁSTICOS TRADICIONAIS
A EQUIVALÊNCIA DINÂMICA ADAPTA A TRADUÇÃO À CULTURA DO POVO RECEPTOR
[2] POR QUE REJEITAMOS A EQUIVALÊNCIA DINÂMICA
A EQUIVALÊNCIA DINÂMICA FOI CRIADA POR UM FALSO MESTRE
A EQUIVALENCIA DINÂMICA NEGA A NATUREZA DA BÍBLIA
A EQUIVALÊNCIA DINÂMICA SUBSTITUI A PALAVRA DE DEUS PELOS PENSAMENTOS DO HOMENS
A EQUIVALÊNCIA DINÂMICA ROUBA DOS HOMENS AS PALAVRAS DE DEUS
A EQUIVALÊNCIA DINÂMICA CONFUNDE A ILUMINAÇÃO ESPIRITUAL COM O ENTENDIMENTO NATURAL
A EQUIVALÊNCIA DINÂMICA CONFUNDE TRADUÇÃO COM EVANGELISMO E ENSINO
A EQUIVALÊNCIA DINÂMICA CONFUNDE INSPIRAÇÂO COM TRADUÇÃO
A EQUIVALÊNCIA DINÂMICA TENTA O IMPOSSÍVEL
A EQUIVALÊNCIA DINÂMICA ESTÁ EMBASADA EM MEIAS VERDADES
A EQUIVALÊNCIA DINÂMICA É UMA RESPOSTA IMPRÓPRIA PARA CADA PROBLEMA REAL
A EQUIVALÊNCIA DINÂMICA NÃO TEM UM FIRME CONTROLE SOBRE O PROCESSO DE TRADUÇÃO
[3] PARA ONDE A EQUIVALÊNCIA DINÂMICA VAI LEVAR?
NÃO MAIS [TEREMOS] BÍBLIAS EXATAS
NÃO MAIS [TEREMOS] BÍBLIAS MAJESTOSAS
NÃO MAIS [TEREMOS] CONFIANÇA NAS BÍBLIAS
NÃO MAIS [TEREMOS] MEMORIZAÇÃO DA BÍBLIA
NÃO MAIS [TEREMOS] BÍBLIAS COMPLETAS
[5] A EQUIVALÊNCIA DINÂMICA ESTÁ INFLUENCIANDO OS TRADUTORES FUNDAMENTALISTAS
[6] REVISÃO DE "A PALAVRA DE DEUS EM INGLÊS", DE LELAND RYKEN
“Quando
eu uso uma palavra”, disse Humpty Dumpty,
em um tom de escárnio, “ela
significa exatamente o que eu quis dizer - nem mais, nem menos”
“A questão é,” disse Alice, “se você pode fazer com que as palavras
signifiquem coisas diferentes”. “A
questão é”, disse Humpty Dumpty, ”o que deve prevalecer – Isso é tudo” . (excerto de Alice no País das Maravilhas).
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Existem duas coisas fundamentais exigidas numa sã tradução da Bíblia (Sem falar
da qualificação do tradutor). A primeira é que ela deve ser traduzida dos
exatos textos grego e hebraico. A segunda é que deve ser usado o correto método
de tradução. Exatamente por que existem hoje dois textos
gregos competitivos (o Texto Recebido
compondo as Bíblias da Reforma, tais como a Bíblia alemão de Lutero e a King
James em inglês, versus a linha de
textos gregos de Westcott-Hort,
compondo a maioria das versões modernas da Bíblia, a partir da segunda metade
do Século 19), existem duas metodologias em competição. Uma é o método literal, o tipo usado para
criar as Bíblias da Reforma, tais como a BKJ, e a outra é o método da equivalência dinâmica.
As modernas Bíblias em inglês, tais como a NIV (New International Version) (em
português, NVI - Nova Versão Internacional), a TEV (Today's English Version) (em português, BLH - Bíblia na Linguagem de
Hoje), A Mensagem, e a Versão Em
inglês Contemporâneo fracassam em ambos os casos. Elas são traduções
deficientes, na equivalência dinâmica, do errôneo texto grego.
As modernas Bíblias em inglês, tais como a
New American Standard Bible e a English Standard Version falham apenas no
primeiro caso. Elas são traduções literais do errôneo texto grego!
O método
de traduzir a Bíblia na equivalência dinâmica é relativamente novo. Ele foi desenvolvido há algumas décadas
atrás, tendo se espalhado rapidamente dentro dos círculos de tradução. Enquanto
eu trabalhava no Sul da Ásia, nos anos 1980, estive envolvidos em estabelecer
princípios e diretrizes para uma tradução da Bíblia. Também tive contato com homens
trabalhando em traduções, em várias outras línguas. Através destas experiências, tornei-me
familiarizado com a equivalência dinâmica e, quanto mais tenho aprendido sobre este
método e sua crescente influência, mais alarmado tenho ficado.
O novo método
de tradução da Bíblia é conhecido por vários nomes: Equivalência Dinâmica, significando
que a tradução é apenas “dinamicamente” (ativa, energeticamente) equivalente
(menos autoritativa e precisa do que traduzir com exatidão) ao original e
significando que a equivalência literal não é o objetivo; Linguagem Comum, significando que o tradutor tem como
objetivo traduzir o texto ao nível da
aptidão linguística comum do receptor, e se a língua do receptor é a de um povo
amplamente iletrado, o “nível comum” deveria ser o do terceiro ou quarto grau
[das crianças de 8 ou 9 anos de idade]; Tradução
Idiomática, significando que o
tradutor é livre para mudar expressões idiomáticas [Nota da Tradutora: expressão
idiomática é uma expressão que não pode ser entendida a partir do significado
de suas palavras isoladas: a expressão tem um significado diferente da
composição das palavras que a compõem. Por exemplo, "um coração quebrantado",
em Lc 4:18 (KJB), deve ser traduzido assim mesmo e todos maduros entenderão que
significa "um coração humilde e submisso", mas não pode ser mudado
para a expressão idiomática "um coração sofredor e mole como purê de
batatas"], para outras expressões idiomáticas que sejam facilmente
compreensíveis às pessoas, na língua do receptor (Se elas não entendem
prontamente a palavra ”neve”, por exemplo, esta
pode ser mudada para alguma outra substância de cor branca); Tradução de Impacto, significando
que o tradutor tenta produzir o mesmo impacto sobre os leitores modernos, que,
em sua opinião, a versão original teria sobre os leitores do original; Tradução de Transferência Indireta, significando que o tradutor não precisa
traduzir literal e diretamente na língua do receptor, sendo livre para ser
indireto; Equivalência Funcional, significando
que o tradutor não deve ter como objetivo a exata equivalência, mas uma
equivalência geral, funcional; Tradução
do Pensamento, significando que o
tradutor deve traduzir os pensamentos globais, em vez de traduzir as palavras realmente
usadas [inspiradas por Deus].
Alguns
ficarão surpresos ao saber que o método da equivalência
dinâmica da tradução da Bíblia tem
tido total ascendência entre os grupos mais influentes do mundo em tradução.
A UNITED
BIBLE SOCIETIES (UBS), composta de 142 sociedades nacionais e locais para
impressão da Bíblia, trabalhando em 200 países, distribui uma grande
porcentagem de Bíblias no mundo. Atualmente, elas estão envolvidas na
tradução em 600 idiomas. Em 2003, as sociedades membros da UBS distribuíram
mais de 430 milhões de Bíblias, Novos Testamentos e porções das Escrituras
inclusive 21,4 milhões de Bíblias e
14,4 milhões de Novos Testamentos. A UBS tem-se dedicado à equivalência
dinâmica, desde os anos 1970. A
American Bible Society, a qual paga uma grande porcentagem da receita da United
Bible Societies, possui os direitos autorais da Versão em inglês na Linguagem
de Hoje e da Versão Contemporânea
A United Bible Societies tem se
ocupado em produzir traduções idênticas à Versão
em inglês da Linguagem de Hoje, no
mundo inteiro. Na publicação
da United Bible Societies - Bible Translator, #23 para 1972, Paul Ellingworth observou,
“Visto como as Sociedades Bíblicas nunca têm dinheiro suficiente para coisa
alguma, isto significa que parece incerto que elas possam manter traduções na
linguagem ‘eclesiástica tradicional’” (p.
223). Em Agosto de 1987, recebi uma carta do líder da British and Foreigner Bible
Society [BFBS: Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira], Geoff Horner. Ele
escreveu, “...virtualmente, todas
as traduções que estão sendo executadas pela UBS são CLT’s [common language
translations].”
Na
Assembleia Mundial de 1996, a United Bible Societies estabeleceu um objetivo de
que em 2010 uma Bíblia na equivalência dinâmica deveria estar disponível em
cada língua falada por mais de 500.000 pessoas, um Novo Testamento em linguagem
dinâmica para cada língua falada por mais de 250.000
pessoas, e uma porção da Bíblia na equivalência
dinâmica para cada língua falada por mais de 100.000 pessoas.
A distribuição no mundo inteiro da BÍBLIA VIVA em inglês, e em outras línguas,
ilustra também a influência da equivalência dinâmica. Em 1997, mais de 40 milhões de cópias da
BÍBLIA VIVA haviam, sido vendidas
somente nos Estados Unidos e no Canadá. Com os seus cofres repletos pela venda
da Bíblias Vivas em inglês e da Living Bibles International, eles dedicaram
seus vastos recursos à produção de Bíblias em línguas não em inglês. Em 1990, a
Living Bibles International havia produzido o equivalente da Bíblia Viva, nas
línguas mais importantes do mundo.
Os
grandes recursos dos tradutores da BÍBLIA WYCLIFFE são também dedicados à
produção de versões na equivalência dinâmica. Este é o método que eles ensinam
em suas escolas e os seus obreiros estão
usando-o nos campos. A Wycliffe mantém a Versão
na Linguagem de Hoje, com os métodos da equivalência
dinâmica em sua composição.
Quão influente é a Wycliffe? No final de 2002, a Wycliffe esteve envolvida em uns 1,500 projetos de tradução, em 70
países. Isso representa uma maciça influência, mas a influência da Wycliffe é
mais difundida do que indica a sua própria obra de tradução. Ela é responsável
por grande parte do treinamento de tradutores profissionais da Bíblia
pertencentes a outros grupos, inclusive
os da United Bible Society dos Estados Unidos, e com os projetos tradicionais
de tradução, até mesmo inclusive de alguns fundamentalistas. Esta vasta influência é obtida através da
sua escola de treinamento em o Summer
Institute of Linguistics, no Texas, e dos vários programas a ele
associados.
Além
disso, algumas pessoas do Wycliffe têm escrito materiais de treinamento usados amplamente pelos tradutores
profissionais. Por exemplo, John
Beekman e John Callow, ambos da Wycliffe, têm sido autores de materiais, que apresentam os métodos da equivalência
dinâmica, os quais têm sido amplamente usados pelos tradutores em todas as
linhas denominacionais e doutrinárias.
Através
destes materiais, o Summer Institute of Linguistics, e as obras de tradução dos
seus obreiros, a influência da Wycliffe é maciça, dedicada à promoção da equivalência dinâmica.
Em inglês,
as versões mais populares usando equivalência
dinâmica incluem a NVI, a Versão
na Linguagem de Hoje, e a Boas Novas Para o Homem Moderno, a Bíblia Viva, e a Nova Bíblia Viva, a Bíblia Em Inglês
Simples, a Versão em Inglês Contemporâneo, e A Mensagem.
Assim,
desde a sua ascensão, nos anos 1960, a equivalência
dinâmica tem se tornado o
principal método de tradução da Bíblia, no mundo inteiro.
Alguns
dos principais erros da equivalência
dinâmica são os seguintes. Estes
foram copiados diretamente dos escritos de alguns dos seus promotores.
A pedra
de esquina da equivalência dinâmica é o seu objetivo de traduzir ideias em vez
de palavras. Eugene Nida disse que “as
palavras são apenas veículos de ideias” (Nida,Bible
Translation, 1947, p. 12).
Kenneth
Taylor disse a mesma coisa, quando descreveu o seu método de tradução:
“Pegamos
O PENSAMENTO ORIGINAL e o convertemos
na linguagem de hoje. a. ... Podemos ser mais exatos do que a tradução verbal” (Entrevista com J.L. Fear, Evangelism Today,
Dezembro, 1972).
Considerem esta descrição da Versão
em Inglês Contemporâneo:
“A Versão em Inglês Contemporâneo difere de outras traduções em que ela não
é uma tradução palavra-por-palavra, nem de sequência-por-sequência, que
reproduza os textos originais”, explicou
o Dr. Burke. “Em vez disso, ela é
UMA TRADUÇÃO DE IDEIA-POR-IDEIA no arranjo do texto bíblico de maneiras
compreensíveis ao leitor atual do inglês” (American Bible Society Record,
Junho-Julho 1991, pp. 3-6).
Os que usam a equivalência dinâmica afirmam objetivar uma transferência da
mesma SIGNIFICAÇÃO DO ORIGINAL à língua do receptor. Eles dizem que as palavras originais são
importantes, mas somente como veículo à
significação; portanto, somente a significação é verdadeiramente importante na
tradução.
A verdade
é que a significação da Escritura original é importante, mas não é verdade que
se possa traduzir apenas a “significação” sem a preocupação com as palavras e a
forma do original.
Além
disso, quando examinamos as versões em equivalência
dinâmica ou em linguagem comum,
invariavelmente, vemos que a significação
foi mudada, bem como a forma das palavras. É impossível traduzir a exata
significação sem o esforço de traduzir as exatas palavras e forma.
Um estudo
das versões nessa tão popular equivalência dinâmica em inglês, como a Good News Bible e a
Bíblia Viva o comprova. Os tradutores
destas versões não apenas se afastaram das palavras e da forma dos textos
originais, como, também, se afastaram
da exata significação. Por favor, guardem isto na mente, quando lerem
declarações desses tradutores. Em geral, eles professam continuar fieis à exata
significação do texto original, na obra de tradução, mas é impossível
permanecer verdadeiramente fiel à Palavra de Deus, quando se usa a equivalência dinâmica. [realce pela tradutora]
Em 1970, a Sociedade Bíblica da Índia
(um membro da United Bible Societies) começou a produzir uma versão na equivalência dinâmica (também conhecida como “versão na linguagem
comum”) da Bíblia Punjabi. Este projeto foi completado em 1984. Uma listagem
dos princípios de tradução foi dada no registro editado sobre a liberação da
Nova Bíblia, em 2 de Março de 1985. Um desses princípios era este: “Do ponto de vista da linguagem, NÃO
DEVERIA HAVER UM MODELO LITERÁRIO MUITO ELEVADO. A linguagem deveria ser usada
ao alcance, tanto das pessoas mais letradas como das menos letradas”. (The North India
Churchman, The Church of North India, Junho 1985, p. 10).
By the
Word é um registro da missionária Lynn A.
Silvernale sobre a Bíblia na Língua Comum Bengali.
Este foi um projeto da Association of Baptists for World Evangelism [metade dos
missionários Batistas Regulares do Brasil são da ABWE], e Silvernale foi
encarregada da obra, iniciada em 1966. Em seu registro, Silvernale dá um dos
princípios seguidos nesta tradução:
“Visto
como a taxa de alfabetizados em Bangladesh era de apenas 21%, iniciamos a tradução e visto como esse
número incluía muitas pessoas escassamente alfabetizadas, e muitos leitores novos, NÓS ACHAMOS QUE O NOSSO NÍVEL DE LINGUAGEM
DEVERIA SER AQUELE PRONTAMENTE ENTENDIDO POR ADULTOS QUE TIVESSEM CURSADO [apenas
até] O QUARTO OU QUINTO GRAU [das crianças de 9 ou 10 anos]. Este nível seria compreensível às pessoas
iletradas, quando escutassem a leitura, bem como às pessoas que conseguem ler,
mas com uma educação limitada.” (Lynn A. Silvernale, By the Word, pp. 25,26).
Uma olhada prática em como exatamente as versões na equivalência dinâmica são feitas ao estilo das pessoas pode
mostrar o que acontece com a Bíblia Viva Holandesa.
“Encontramo-nos
com o nosso coordenador holandês, Berno Ramaker, e sua esposa Ruth. Atualmente,
eles estão testando as porções da nossa Dutch Living Bible, a ser brevemente
liberada. Grupos escolares estão
sendo indagados sobre quatro diferentes traduções da Bíblia, incluindo a Bíblia
Viva, para dar a certeza do que a nossa edição comunica efetivamente. ... O
Livro de Gênesis foi produzido num
formato atraente, no ano passado, como
uma ferramenta de promoção à Bíblia
completa. A aceitação foi
entusiástica. Antes mesmo de Gênesis ser liberado, um garoto de 13 anos de idade,
filho de um revisor do projeto, encontrou
o manuscrito sobre a mesa de trabalho do pai. Depois de ler um pouco, ele foi
até o seu pai e disse: “Oi, papai! Eu
li o Livro de Gênesis, do primeiro até o último verso!”
(Thought
for Thought, Living Bibles International, Vol. 4, No. 1, 1985, p. 3).
Observem
que os tradutores desta versão holandesa da equivalência
dinâmica testaram o seu valor pela
atitude de leitores jovens. Ela é objetivada ao nível de crianças de oito a
doze anos e foi testada em grupos escolares. Nada é dito sobre se essas pessoas
jovens [já] eram salvas ou se tinham algum discernimento espiritual. Quão sem
razão é testar a confiabilidade de uma versão Bíblia pela reação de um jovem
espiritualmente sem discernimento!
Deveria
ser maravilhoso se um garoto de 13 anos de idade pudesse ler todo o Gênesis e o
entendesse, mas considerem o que isto significa. A Bíblia está repleta de coisas de difícil
entendimento, até para o pastor mais amadurecido. Como, então, é possível que um garoto de 13 anos possa entendê-la
perfeitamente? Só foi possível porque a Bíblia Viva holandesa foi simplificada
além da forma e significação do texto original.
Sim, as versões na equivalência
dinâmica são fáceis de se ler, tão
fáceis como o jornal da manhã. Mas, quantas vezes um indivíduo lê o seu jornal da manhã? Quão
intimamente ele pondera cada palavra do seu jornal da manhã? O fato é que a Bíblia NÃO É um jornal! A
simplicidade é maravilhosa; porém não é este o objetivo da tradução da Bíblia.
O primeiro e mais importante objetivo é a fidelidade às santas e eternas
Palavras de Deus. O objetivo da missionária da ABWE [metade dos missionários
Batistas regulares do Brasil são da ABWE], Lynn Silvernale, de produzir uma Bíblia numa linguagem ao nível de
pessoas escassamente alfabetizadas, de Bangladesh, parece um objetivo
louvável. Visto como nós, também,
fomos missionários no Sul da Ásia, entre pessoas até menos letradas do que as
de Bangladesh, simpatizamos
prontamente com o desejo de Silvernale de produzir uma Bíblia que a média dos leitores possa
ler e entender. O problema é que a
Bíblia é a Palavra de Deus escrita em palavras escolhidas por Deus, numa forma
literária escolhida por Deus. E, de longe,
as palavras originais e a forma da Bíblia simplesmente não estão em um nível de
grau 4 [da criança 9 anos de um grupo
escolar]! No caso de um tradutor produzir tal Bíblia ele necessita,
drasticamente, mudar a Palavra de Deus, distanciando-a do original.
Novamente,
citamos os princípios usados pela
Bible Society da India na New Punjabi Bible: “Ela
deveria ser tal que os leitores não cristãos também pudessem entende-la sem
dificuldade alguma”. (The North
India Churchman, June 1985, p. 10).
Nossa
resposta a isto é simples. Deus não nos deu autoridade para mudar a Sua
Palavra, não importa a motivação. “Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as
palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa,
Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro; E, se alguém tirar quaisquer palavras do
livro desta profecia, Deus tirará a sua parte do livro da vida, e da cidade
santa, e das coisas que estão escritas neste livro.” (Apocalipse 22:18,19).
“Toda a Palavra de Deus é pura; escudo é para os que confiam nele.
Nada acrescentes às suas palavras,
para que não te repreenda e sejas achado mentiroso.” (Provérbios 30:5,6).
A
equivalência dinâmica confunde o trabalho do tradutor com o de um mestre. O
trabalho do tradutor é produzir a obra de tradução mais exata possível na
língua receptora. Depois disso, o
trabalho do mestre é explicar as Escrituras. [realce pela tradutora]
O
trabalho do evangelista é explicar a Bíblia através da pregação, do testemunho
pessoal, da literatura evangélica, etc., e não diluir a Escritura para ser lida
como o jornal da manhã, uma novela popular ou um livro de estória infantil.
Novamente,
os princípios usados pela Bible Society da Índia ao produzir a New Punjabi
Bible: “Nesta tradução, a linguagem tradicional deveria ser evitada” (The
North India Churchman, Junho 1985, p. 10).
É este o princípio que tem resultado na obliteração [completo desaparecimento] de
termos, tais como “igreja”, “justificação,” “santificação,” “santo”,
“redenção,” “propiciação,” “ancião,” “diácono” e “bispo”, na Today’s English
Version. Estes termos têm sido mudados para os que pessoas não salvas possam
entender, mesmo quando isto signifique,
seriamente, mudança ou enfraquecimento na significação.
A Versão em
Inglês Contemporâneo é uma das versões mais
recentemente completadas na equivalência dinâmica e sua tradução das palavras
acima ilustra esta tendência.
Considerem o seguintes exemplos desta versão:
Rev.
22:21—“ A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com todos vós. Amém” - Se torna em “Oro para que o Senhor Jesus seja
generoso com todos vocês.”
O termo “graça” significa "gratuitos
e imerecidos favor e bênção”, e contém uma grande porção de significação teológica, quando é estudado em vários contextos. Mudar
esta bendita Palavra da Bíblia em “generosidade” é diluir a Palavra de Deus e mudar
a sua significação) Efésios. 2:8—“For by grace are ye saved through faith” (KJV) [“Porque
pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus.” (Ef
2:8)] becomes “You were saved by faith in God’s
kindness” (CEV) [sois salvos pela fé na bondade de
Deus]. (Novamente,
“graça” é mudada para “bondade.” Os tradutores da equivalência dinâmica mudaram também quase tudo neste verso
importante).
Filipenses 1:1—“com os bispos e diáconos” (KJV)
torna-se “a todos os oficiais e agentes da sua igreja” (CEV).
(Os termos “bispo” e “diácono” são termos técnicos e importantes,
consistentemente usados na Escritura. Diluir estes termos para um vago “oficiais e
agentes da sua igreja” é inescusável.)
Filipenses 1:1—“os santos em Cristo Jesus” (KJV) torna-se “todo
o povo de Deus que pertence a Cristo Jesus” (CEV). (O termo “santo” significa alguém separado para Deus, alguém que é
santo. Provém das palavras gregas “santo”
e ”santificar”. O termo tem grande
profundidade de significação, quando é estudado em vários contextos, mas os tradutores da equivalência dinâmica escolheram tipicamente uma das mais fracas
definições e substituíram a palavra teológica escolhida por essa definição).
Rom. 3:10—“não há um justo” (KJV)
torna-se “ninguém é aceitável
a Deus” (CEV). (O
termo “justo” significa vida reta, piedade; com a mudança para “aceitável”, a
significação é diluída e mudada. ´
A verdade é que os pecadores não são aceitáveis a Deus, mas não é
isso que o verso diz.
Os tradutores da equivalência
dinâmica interpretaram o verso e
deram aos leitores a sua interpretação, em vez de uma tradução exata.)
[realce pela tradutora]
Romanos 3:24 – “sendo
justificados gratuitamente” (KJV) torna-se “ele nos
aceita livremente” (CEV). (O termo “justificação”
significa declarado justo”).
1 Cor. 6:11 - “E é o que
alguns têm sido; mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas
haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus, e pelo Espírito do nosso
Deus. -” (KJV)
torna-se “Mas agora
o nome de nosso Senhor Jesus Cristo e o poder do Espírito de Deus o têm lavado
e tornado aceitável a Deus”. (CEV). (Neste verso além de muitas
outras mudanças, os gloriosos termos bíblicos “santificado” e “justificado”
foram diluídos para “feitos
aceitáveis a Deus”.
Considerem alguns outros exemplos que são dados nas Traduções da Bíblia Para Uso Popular,
por William L. Wonderly. Este livro
foi publicado nos Estados Unidos pela United Bible Societies e é uma obra
padrão sobre os métodos da equivalência dinâmica.
Em João. 1:14 “cheio de
graça e de verdade” torna-se “cheio de amor
e verdade”, na versão CL espanhola. (Você
precisa esclarecer que amor não é o mesmo que graça?
The “superabundou
a graça” de Romanos 5:20 torna-se “a bondade
de Deus foi muito maior” , na
versão espanhola CL. (Novamente, “graça” significa mais do que mera “bondade de
Deus”.)
Em Romanos 1:5, “pelo qual
recebemos a graça e o apostolado” torna-se “Deus
nos deu o privilégio de ser santos” na
versão espanhola CL. (Esta “tradução” é tão diferente do original que se torna quase irreconhecível.)
Na 2 Cor. 8:6 “esta graça entre vós” torna-se “esta generosa oferta” na versão espanhola CL.
Em Gal. 2:9 “conhecendo … a graça que me havia sido dada ”
torna-se “reconhecido
que Deus me havia dado esta tarefa especial” na TEV.
Em Atos 13:39 “por ele é justificado todo aquele que crê ” torna-se “por meio
dele é que todos os que crêem são perdoados de tudo” na versão espanhola CL. (O termo “justificado” significa
muito mais do que meramente “sendo perdoados”)
Aqui o problema é duplo: Primeiro, os termos escolhidos para
substituir as palavras originais da Bíblia não comunicam suficientemente a
exata significação do original. "E é o que
alguns têm sido; mas “haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas
haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus, e pelo Espírito do nosso
Deus.” - Santos significa mais do que aqueles que pertencem a Deus. Graça significa mais do que bondade ou favor, o
privilégio. Justificação significa mais do que perdão.
Segundo, a completa ideia de que estes termos são eclesiásticos,
ou [de
uso exclusivo dentro da] igreja, é errônea. São
termos pelos quais Deus escolheu comunicar a Sua verdade. São termos celestiais
e somente tornaram-se termos eclesiásticos, porque foram dados às igrejas e são
mantidos como preciosos pelo povo de Deus. Mudá-los
e diluí-los é um grande mal.
Ao descrever as teorias da equivalência
dinâmica, de Eugene Nida, Jakob Van Bruggen observa a
ênfase em adaptar a mensagem da
Escritura à cultura do povo:
“Conforme os defensores da equivalência dinâmica, a comunicação
real é quebrada , quando a diferença entre a cultura bíblica e a cultura
moderna é considerada. Nida escreve,
‘Igualmente, na narrativa bíblica, o beijo santo, o uso de véus, mulheres
falando na igreja e a luta com anjos têm todas significações diferentes da
nossa cultura’ (E. Nida, Message
and Missions, p. 41). Conforme Nida, a luta de Jacó com o anjo está sendo
interpretada psicanalítica ou mitologicamente (E. Nida, Message and Mission, pp.
41-42). “Ele considera a cultura
modelo tão determinante que a tradução jamais deveria ser um mero transmissor
das palavras da mensagem. Não existe equivalência formal entre a mensagem
original e a mensagem traduzida. Do que se precisa não é da equivalência estática, mas de uma
equivalência dinâmica”. (Jakob
Van Bruggen, The Future of the
Bible, Thomas Nelson, 1978, p.
70).
Este pensamento tem conduzido a toda sorte de mudanças na Palavra
de Deus. Os que promovem a equivalência
dinâmica quase sempre enfatizam o
seu objetivo de serem perfeitamente fieis à significação do texto original. Mas
isto simplesmente não pode ser feito quando a metodologia da equivalência dinâmica é usada. MESMO
QUE OS PROPONENTES DA EQUIVALÊNCIA DINÂMICA AFIRMEM HONRAR A
SIGNIFICAÇÃO DO TEXTO BÍBLICO, NA PRÁTICA ELES NÃO O FAZEM. NA PRÁTICA, ELES
MUDAM, TORCEM E PERVERTEM A ESCRITURA. Gente,
eu sei que esta é uma linguagem áspera, mas é verdadeira e precisa ser dita. A
Bíblia é um assunto muito sério!
Um homem trabalhando na tradução de uma versão na equivalência dinâmica da Bíblia numa língua tribal falada no
nordeste da Índia assim arrazoou: Esta tribo nunca sacrificou cordeiros, mas sacrificaram galos aos seus deuses, no
passado. Portanto, devemos traduzir o testemunho de João como segue: “Eis o galo de Deus,
que tira os pecados do mundo”. O evangelista Maken Sanglir, de Nagaland, nos deu esta
ilustração da obra de tradução da Bíblia no nordeste da Índia.
Outro exemplo de
adaptação da linguagem da Bíblia na
Linguagem de Hoje a situações
culturais foi-me relatado pelo líder
da Bible Society no Nepal. Ele me contou que um dos projetos da United Bible
Societies que foi feito em uma parte do mundo, no qual as pessoas nunca tinham
visto neve. Os tradutores decidiram
assim traduzir Isaías 1:18 -“Ainda que
os vossos pecados, sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve”, eles se
tornarão brancos como sejam como o miolo do coco...” O miolo de um coco é igual à neve? Ambos são brancos, mas a
semelhança termina aí. A neve é como perdão de Deus, não apenas na cor branca,
mas também na maneira de cobrir amorosamente
e, provavelmente, em
muitos outros aspectos. Até mesmo pequenas mudanças na Palavra de Deus podem
significar sérias consequências na perda da significação ou até mesmo
compartilha uma errônea significação.
Numa tradução da United Bible Societies na língua ulithiana do Sul do Pacífico, a “pomba” foi
mudada para um pássaro local chamado gigi (“Mog Mog and the Fig Tree,”Record,
Nov. 1987, pp. 6-7).
Exemplos adicionais disto são dados em Translating
the Word of God de John Beekman
and John Callow, dos tradutores da Bíblia Wycliffe:
Em Mateus 8:20—“raposas” foi traduzido como “coiotes” na língua Mazahua
do México.
Marcos 4:21 - “no velador” foi traduzido “sobre o alto silo de cereais” na
língua kirku da Índia.
Lucas 9:62 - “arado” foi traduzido como “foice” na língua caribenha da América Central.
Lucas 12:24 - “celeiro” foi traduzida como “cesta” na língua zapoteca da
Villa Alta do México.
Mateus 20:22 - “o cálice” foi traduzido como “dor” na língua Copainala Zoque do México.
Mateus 10:34 - “uma espada” foi traduzida como “haverá dissensão entre
o povo”, na língua Mazahua do México.
Na tradução Zapoteca do México mudou “a criancinha saltou no seu
ventre”, de Lucas
1:41 para “o bebê
brincou”.
Considerem alguns outros exemplos da maneira como estas versões
mudam a Palavra de Deus para ser conformada à sua cultura. As ilustrações
seguintes nos foram dadas por Ross Hodsdon, da Bibles International, antes com a Wycliffe:
Numa tradução para os esquimós do Alaska “cordeiro” foi substituído por “filhote de
foca.”
Numa tradução na língua Makusi do Brasil, “filho do homem” foi substituído “irmão mais
velho”.
Em outra tradução Wycliffe, “figueira” foi substituída por “bananeira.”
[
Acréscimo por Hélio:
Na década de 80, prof. M., do Instituto Bíblico Macedônia, em Paudalho, PE,
pessoalmente me disse, com orgulho, que um seu colega da Missão Novas Tribos,
considerando que os índios mais velhos de uma tribo não sabiam muito bem o que
era pão e como era feito, e considerando que a principal fonte de calorias
deles era a mandioca, mudou "Eu sou o pão da vida"
(Jo 6:35,48) para
"Eu sou a mandioca da
vida." Isto me chocou, não porque eu
tenha nada contra aipim bem cozido, mas porque Deus não fez João escrever
aipim, e eu comecei a argumentar e cheguei a perguntar-lhe se, para a tribo
onde a mais preferida fonte de proteínas era porco do mato, já tinham mudado "... Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo"
(Jo 1:29) para "... Óia ali u pôico du mato di Deus, e qui,
si comermus, passa a fome e tira a urucubaca di nóis". Perguntei também "E se o prato preferido do dia
a dia for fritada do besouro Rola-Bosta?" (O escaravelho
rola-bosta alimenta-se de excrementos que encontra, rolando para a sua toca
bolinhas de fezes do tamanho dele, e lá a comendo ou depositando ovos nela,
para alimento das larvas que nascerem.) M. afastou-se muito irritado e fazendo-me
sinal de desprezo e que eu era louco. O que me doeu mais foi, um ano depois, G.,
um membro de minha igreja batista fundamentalista (o qual Deus havia convertido
numa noite em que preguei, e que depois tornou-se aluno de Macedônia) passar a
defender as mesmas coisas de M., dizer que não via nada demais nas traduções de
que falei, e passar a me atacar e também me desprezar. Que cega idolatria das
pessoas pelos seus professores e seminários e organizações em que se abrigam!]
Acreditamos que este
tipo de coisa é errado. Quando o tradutor se afasta
do princípio de uma tradução literal, então a mente do tradutor, a
cultura e a compreensão do povo tornam-se a autoridade, em vez das verdadeiras
palavras das Escrituras. (realce pela tradutora)
É
importante enfatizar que não estamos falando sobre uma literalidade esculpida em madeira
[rígida como um computador, sem um bilionésimo de flexibilidade], mas sobre um firme
compromisso com o legítimo texto da Bíblia.
Destes
poucos exemplos, vocês podem ver quanto a tradução por equivalência dinâmica fica
longe do texto original. A equivalência
dinâmica permite aos tradutores
esta estranha liberdade de mudar, subtrair e acrescentar na Palavra de Deusa, a tal extensão que ela
nem mesmo pode ser chamada a Palavra de Deus. (realce pela tradutora)
É fácil
ver as não razoáveis finalidades deste princípio da equivalência dinâmica.
Os que usam a equivalência dinâmica não temem mudar as Palavras de Deus, a fim
de se relacionarem com as culturas modernas. (realce pela tradutora)
Devemos nos lembrar que Deus é o Autor da História. “E de um só
sangue fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra,
determinando os termos já dantes ordenados, e os limites da sua habitação;” (Atos 17:26). O profeta Daniel
sabia disso, quando testificou: “Seja
bendito o nome de Deus de eternidade a eternidade, porque dele são a sabedoria
e a força; E ele muda os tempos e as estações; ele remove os reis e estabelece
os reis; ele dá sabedoria aos sábios e conhecimento aos entendidos”. (Daniel 2:20-21).
Deus não foi apanhado de surpresa, quando as Escrituras foram dadas a um povo, em um certo período da história, dentro de
uma certa cultura.
Deus
havia preordenado que Sua Palavra fosse traduzida em cada situação cultural e
histórica, na qual ela fosse dada. Deus
criou as línguas hebraica e grega como veículos para a transmissão da Sua
Palavra eterna ao homem. Além disso,
Deus criou a nação de Israel, para, através dela, Ele entregar as Escrituras do
Antigo Testamento. E Deus criou o Império Romano, durante o qual Jesus Cristo
veio, para ser a expiação e propiciação do pecado do homem, e Deus criou a igreja para, através da
mesma, comunicar os mistérios das Escrituras do Novo Testamento. Portanto, a terminologia cultural da
Bíblia não é incidental à comunicação da Palavra de Deus; ela é essencial
para essa comunicação. (realce pela tradutora)
A terminologia cultural da Bíblia, tal como
aquela relativa
à agricultura e à escravidão, deve ser cuidadosamente traduzida do original e, depois, ser
explicada por evangelistas e pregadores. (realce pela tradutora) Não é obra
do tradutor da Bíblia assumir a obra de um evangelista e pregador. Sem dúvida,
o tradutor pode acrescentar notas explanatórias de rodapé, se ele assim o
desejar, e, desse modo, dar definições das palavras usadas em uma nova versão.
Ele também pode fazer dicionários e comentários a serem usados em conjunção com
a tradução da Bíblia. Isto é, certamente, mais sábio do que tomar a liberdade
de mudar a Palavra de Deus, e era este o método seguido pelos tradutores
piedosos da antiguidade.
Este
princípio é uma importante admissão básica compondo
a teoria da equivalência dinâmica. Eugene Nida diz: “Os escritores dos livros da Bíblia
esperavam ser entendidos” (Nida, Theory and Practice, p. 7).
Considerem o que foi declarado pela missionária da ABWE, Lynn Silvernale [missionária
Batista Regular em Bangladesh, autora do horrível The New
Testament in Bengali Common Language]:
:
“A verdade espiritual da Escritura foi originalmente escrita em língua clara
e natural, inteligível a todos os leitores. Sua linguagem se conformava com o
uso idiomático dos faladores nativos do tempo em que ela foi escrita. Contudo, a obra iluminadora do Espírito
Santo foi necessária, a fim de
capacitar leitores originais a captar a verdade espiritual, porque a verdade
espiritual deve ser discernida espiritualmente. Quando, hoje em dia, as pessoas
leem uma tradução da Bíblia, a única
barreira que devem encontrar é a espiritual, não é a linguística, que procede
do uso de uma linguagem não natural e difícil” (Silvernale, pp. 36,37).
Silvernale está apenas declarando novamente o que ela aprendeu de um dos
principais promotores da equivalência
dinâmica - John Beekman, coordenador dos tradutores da
Bíblia Wycliffe. No livro Ao
Traduzir a Palavra de Deus, co-autorado
por Beekman e John Callow, lemos esta básica admissão: “A naturalidade da
tradução e a facilidade com a qual ela é entendida, deveria ser comparada à naturalidade do original e à facilidade
com a qual os recebedores dos documentos originais os entendiam” (p. 34).
Jakob Van
Bruggen nos conta que “Beekman
e Callow simplesmente pressupõem que
a forma linguística do original era natural e não difícil. Eles escrevem que
Paulo, Pedro, João, Tiago, Lucas e os outros [escritores da Bíblia] escreveram
claramente e eram entendidos, prontamente, pelos seus leitores do Século 1” (Jakob Van Bruggen - The Future of the Bible, p. 111).
Vamos ler
a declaração de Silvernale e, após íntima investigação, veremos que ela é uma
sutil mistura de verdade e erro. Não é totalmente verdade que a “Escritura foi originalmente escrita
em linguagem clara e natural, a qual era inteligível aos seus leitores”; nem que a “sua linguagem se conformava ao uso dos
faladores nativos do tempo em que ela foi escrita”.
Até os
próprios escritores da Bíblia nem sempre entendiam o que estavam falando,
conforme a declaração da 1 Pedro 1:10-11. “10 ¶ Da qual salvação inquiriram e
trataram diligentemente os profetas que profetizaram da graça que vos foi
dada, 11 Indagando
que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles,
indicava, anteriormente testificando os sofrimentos que a Cristo haviam de
vir, e a glória que se lhes havia de seguir.” (1Pe 1:10-11)
O Apóstolo Pedro reconhecia que alguns escritos de Paulo eram “difíceis de
entender” (2 Pedro 3:16).
Até a suposição amplamente mantida de que Jesus falava em
parábolas, a fim de tornar os seus ensinos mais simples e claros para os
incrédulos, não é verdadeira. As parábolas do Senhor Jesus Cristo tinham um
duplo propósito - revelar a verdade aos crentes e esconder as verdades dos
incrédulos! “E,
acercando-se dele os discípulos, disseram-lhe: Por que lhes falas por
parábolas? Ele, respondendo, disse-lhes: Porque a vós é dado conhecer os
mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado; Porque àquele que
tem, se dará, e terá em abundância; mas àquele que não tem, até aquilo que tem
lhe será tirado. Por isso lhes falo por parábolas; porque eles, vendo, não
veem; e, ouvindo, não ouvem nem compreendem”. (Mateus
13:10-13).
Simplesmente
não é verdade que a Escritura original fosse [sempre e totalmente] clara aos
faladores nativos do seu tempo.
Também
não é verdade que todas as expressões idiomáticas dos escritos originais fossem
as dos faladores nativos, no tempo da escrita. A Lei de Moisés (com o seu
tabernáculo, sacerdócio e sacrifícios) foi dada por revelação de Deus, no Monte
Sinai, e grande parte da mesma era totalmente estranha aos israelitas, no tempo
da sua recepção. Estas eram “figuras das
coisas que estão no Céu”” (Hebreus 9:23). Os detalhes
relacionados à Lei, ao sacerdócio, ao tabernáculo e ao seu serviço NÃO foram adaptados à cultura de Israel. A
cultura de Israel é que foi modelada e criada pela Revelação! (realce pela tradutora)
A mesma
verdade se aplica a outras partes da Escritura. O ensino sobre a igreja do Novo
Testamento é descrito como “mistérios,” o que significa uma nova revelação do
Céu. As pessoas do Século I não sabiam mais sobre salvação, propiciação,
justificação, santificação, batismo e serviço do Novo Testamento ou qualquer
outro termo da igreja do que as pessoas do mundo, hoje em dia. Elas precisaram aprender a significação
destas coisas estranhas, as coisas
celestiais, após terem sido salvas, exatamente como os homens fazem, agora.
Até mesmo às palavras comuns usadas pelos apóstolos sob a inspiração do
Espírito Santo são constantemente dadas novas significações na Escritura em vez
das que eles tinham, na sua vida diária. (realce pela tradutora)
Estas
coisas bíblicas são estranhas às culturas terrenas, porque as culturas terrenas
foram formadas por homens rebeldes, que se afastaram da Verdade e do Deus Vivo.
A Verdade se perdeu desde o início das culturas humanas e só existe
imperceptivelmente, na forma de sombras permanecendo nos escuros nevoeiros das
religiões feitas pelo homem. Não é
surpresa que grande parte da Bíblia permaneça obscura às pessoas deste mundo,
pois “a nossa cidade está nos
céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo”. (Filipenses 3:20).
E, também, “Sabemos
que somos de Deus, e que todo o mundo está no maligno”. (1 João 5:19). Novamente, Jesus disse aos cristãos, "Não
são do mundo, como eu do mundo não sou " (João 17:14, 16).
A Bíblia tem grande variedade de estilo e doutrina - alguns bastante simples
para até uma criança entender, e alguns tão difíceis até para o adulto mais
letrado; alguns bastante simples para um não salvo captar e alguns difíceis até
para o santo mais amadurecido. Os alunos do primeiro ano de Grego logo aprendem
que o estilo da linguagem do Novo Testamento apresenta grande variedade. Muitos alunos do primeiro ano de Grego
podem traduzir porções do Evangelho de João com uma considerável exatidão,
enquanto aos mesmos alunos as epístolas de Paulo permanecem, na maioria,
obscuras por causa da grande dificuldade na linguagem, no estilo e no conteúdo.
O homem não é livre para simplificar o que Deus não simplificou! O tradutor que produz
uma versão da Bíblia, na qual as epístolas paulinas se tornam tão fáceis de
ler, como o Evangelho de João, corrompeu a Palavra de Deus. Sei que esta ideia
pode parecer uma heresia para um seguidor da equivalência
dinâmica. Muitos perguntam: “Não é sempre bom tornar a Bíblia
bastante simples para as pessoas entenderem?”
Respondo: “Não, se,
fazendo isso, tivermos mudado a Santa Palavra de Deus!”. Quem é o homem para tornar simples o
que Deus não fez simples? A Bíblia é o Livro de Deus. Será que o
homem decaído sabe melhor do que Deus o que o homem precisa ouvir? (realce pela
tradutora)
Contrastem
o pensamento dos tradutores de hoje com o do fiel William Tyndale, da
antiguidade, o primeiro a traduzir a Bíblia Em inglês a partir do Grego e Hebraico: “Apelo a Deus para registrar, para o dia
em que aparecermos diante de nosso Senhor Jesus para dar conta do registro de nossos feitos, de como eu jamais alterei
uma sílaba da Palavra de Deus contra a minha consciência, nem [a alterei] até
este dia, mesmo que tudo que existe na terra, quer seja prazer, honra ou
riquezas possam me ser dados”.
Além
do que já vimos, os erros principais do método da equivalência dinâmica nas traduções da Bíblia são os seguintes:
Seria
impossível as teorias da equivalência
dinâmica serem corretas e
escriturais, pelo simples fato de que
foram criadas por um falso mestre. Seu nome é Eugene Nida. Ray Van Leeuwen
observa: “... Se você ler a Bíblia
traduzida na segunda metade do último século [o XX], provavelmente vai ler uma
Bíblia influenciada por Nida” (“We
Really Do Need Another Bible Translation,” Christianity
Today, Outubro 22, 2001, p. 29). Em 1947, ele [Nida] publicou o devastador livro
“Bible Translating: An Analysis of Principles and Procedures, with Special
Reference to Aboriginal Languages “
(Londres: United Bible Societies). Desde
então, ele tem publicado muitos outros livros influentes, promovendo aequivalência
dinâmica, tais como:
Customs and Cultures: Anthropology for Christian Missions (New York: Harper & Row, 1954);
God’s Word in Man’s Language (New
York: Harper & Row, 1952);
Message and Mission: The Communication of the Christian Faith (New York: Harper & Brothers, 1960);
Religion Across Cultures: A Study in the Communication of the Christian
Faith (Passadena, CA: William
Carey Library, 1979);
Nida with William Reyburn -- Meaning
Across Cultures: a Study on Bible Translating (Maryknoll, NY: Orbis, c.
1981);
Nida with Charles Taber -- The
Theory and Practice of Translation (Leiden:
Published for the United Bible Societies by E.J. Brill, 1974);
Nida with Jan de Waard -- From One
Language to Another: Functional Equivalence in Bible Translating (Nashville: Thomas Nelson, 1986).
Nida foi
o Secretário Executivo do Departamento de Traduções da American Bible Society,
de 1946 até 1980. Desde a sua aposentadoria, ele é mantido como um Consultor Especial Para Traduções. Ele viajou por mais de 85 países e conferiu
a obra de tradução em mais de 200 línguas diferentes. Ele tem influenciado
incontáveis tradutores da Bíblia com os seus escritos. Nida acredita que as
Escrituras eram imperfeitas e que a revelação de Deus não foi a verdade absoluta, nem mesmo nos
originais (Nida, Message and Mission, 1960 pp.
221-222, 224-228). Ele diz que as palavras da Escritura “são, em certo sentido, nada em e de si
mesmas” (Nida, Message and Mission, p. 225). Ele
nega a visão de que as Escrituras foram escritas “numa espécie de linguagem do Espírito
Santo” . (Nida, Language Structure and Translation,
1975, p. 259). Nida afirma que “A
Bíblia é limitada e relativa” (Nida, Customs and Cultures, 1954, p. 282,
f. 22). Nida concorda em que os modernistas, os quais afirmam que o sangue
de Cristo não é a verdadeira oferta pelo pecado, mas uma mera “figura do custo” (Nida, Theory and Practice, 1969, p. 53, n.
19). Nida afirma também que o sangue de Cristo foi meramente simbólico da
“morte violenta” e que ele não foi uma oferta propiciatória a Deus pelo pecado
(Nida and Newman, A Translator’s
Handbook on Paul’s Letter to Romans, on Rom. 3:25). Nida tem trabalhado
intimamente com Robert Bratcher, o qual mudou, malignamente a palavra ”sangue”
para “morte”, na Versão na Linguagem de Hoje. (realce pela
tradutora)
Além
disso, os maiores promotores da equivalência
dinâmica são a apóstata United
Bible Societies, a qual está repleta de modernistas teológicos e também
trabalha intimamente com a Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR). (Para a
evidência da apostasia da UBS, peça o livro do autor “Unholy Hands on God’s Holy Book: A
Report on the United Bible Societies”, disponível na Way of Life Literature.)
Deus nos
deu claramente mandamentos sobre o relacionamento com a heresia. Vejam, por exemplo, Romanos 16:17; Tito
3:9-10; 2 Timóteo 2:16-21; e 2 Timóteo 3:5.
“E rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos
contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles.” (Rm 16:17)
“9 ... 10 Ao homem herege, depois de uma e outra
admoestação, evita-o,” (Tt 3:9-10)
“... 19 ¶ Todavia o fundamento de Deus fica firme, tendo
este selo: O Senhor conhece os que são seus, e qualquer que profere o nome
de Cristo aparte-se da iniqüidade. ....” (2Tm 2:16-21)
“Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.”
(2Tm 3:5)
Amigos,
Deus não nos daria a verdade importante através de hereges! Se vocês desejam
saber como se traduz a Bíblia, apropriadamente, não vão aos escritos de homens tais como
Eugene Nida e Robert Bratcher! Deus ordena que o Seu povo marque e evite a
heresia da equivalência dinâmica e dos que a promovem!
Primeiro,
a Bíblia é a revelação do céu! Ver Gálatas 1:11-12; 2
Pedro 1:21. Exemplos: Moisés (Números 16:28), Davi (2 Samuel 23:2), Neemias 9:30), e os profetas (Jeremias 1:9; 30:2;
36:2; Ezequiel 1:3; Atos 3:21). Deus entregou à Bíblia a mensagem do céu e ela
deve ser tratada assim. Ela é o Livro de Deus, não menos. Até em cada cultura à qual a Bíblia foi
dada, ela foi a escolhida Palavra de Deus e uma parte integral da Sua
revelação.
Segundo,
a Bíblia é verbalmente inspirada. Ver a
1 Coríntios 2:12-13; Mateus 5:18; Atos 1:16. Isto significa que as
palavras e detalhes da Escritura são tão
importantes como a sua significação. (realce pela tradutora)
Aos
escritores da Bíblia não foram dadas simplesmente ideias gerais e, em seguida,
recursos para a sua composição. As palavras e formas pelas quais
a mensagem foi comunicada foram estabelecidas no Céu, desde toda a
eternidade, e purificadas sete vezes. Embora ninguém possa negar que ao se
traduzir a Bíblia deva haver alguma liberdade de mudar a forma do original, a
fim de comunicar apropriadamente a mensagem do original, essa liberdade definitivamente não se
estende às liberdades tomadas pelas traduções na equivalência dinâmica. (realce pela
tradutora)
Terceiro,
a Bíblia contém as profundas coisas de
Deus.
A linguagem bíblica é suficiente para comunicar a
Verdade eterna e divina. “Mas Deus
no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas,
ainda as profundezas de Deus.” (1 Cor. 2:10). A linguagem da Bíblia não pode ser comparada com
nenhum dos escritos inspirados do homem. Esta é a Revelação Divina e contém a
exata Verdade, sem mistura alguma.
Há os que usam a equivalência
dinâmica e, mesmo assim, professam crer na doutrina das Escrituras,
conforme descrevemos, resumidamente, no estudo acima. Acho
isso estranho. A teoria da equivalência dinâmica foi construída por homens que não mantinham
uma elevada visão da Escritura. Quando se considera a exata natureza da
Escritura, é impossível fazer o tipo
de mudanças exigidas pela equivalência
dinâmica. (realce pela
tradutora)
“Quando a Bíblia está sendo traduzida, sua própria doutrina quanto
à sua inspiração verbal impõe limites
à função do tradutor. A Escritura nos ensina que, sendo a Palavra de Deus
escrita, sua forma, bem como o seu pensamento são inspirados. Portanto, o
tradutor da Escritura deve, acima de tudo, seguir
o exato texto: Não é sua tarefa interpretá-lo ou explicá-lo”
(Ian
Murray, “Which Version? A Continuing Debate,” in The New Testament Student and Bible
Translation, ed. John H. Skilton, 1978,
p. 132). (realce
pela tradutora)
O
tradutor da equivalência dinâmica faz muitas mudanças nas Escrituras. Ele simplifica as palavras, remove a
“terminologia teológica”, transforma
imagens concretas em abstrações, remove e interpreta imagens e figuras da linguagem,
acrescenta material explanatório muda
os verbos, abrevia sentenças, etc.
Vamos
repetir alguns dos exemplos disto:
Romanos 3:25 - “sangue” (KJV) torna-se “morte” (TEV).
Isaías 1:18—“neve” (KJV) torna-se ”miolo de coco” (United
Bible Societies translation).
Tiago 1:17 – “o Pai das luzes” (KJV) torna-se “Deus, o
Criador das luzes celestiais” (TEV).
Efésios 1:17- “o Pai da Glória” (KJV) torna-se “o glorioso
Pai” (TEV).
“Cordeiro” torna-se “filhote de foca”
(tradução da Wycliffe em Esquimó).
“Figueira” torna-se “bananeira” (tradução da Wycliffe).
Este tipo
de coisa é errado. Quando alguém se afasta do princípio da tradução literal, a
mente do tradutor e a cultura e compreensão das pessoas tornam-se a autoridade,
em vez das palavras das Escrituras.
É importante enfatizar que não estamos argumentando em favor de uma
literalidade esculpida em madeira [rígida como um computador, sem um
bilionésimo de flexibilidade], mas por um firme compromisso com o legitimo
texto da Palavra de Deus.
Destes
poucos exemplos vemos quão distanciada a tradução por equivalência dinâmica tem ficado do texto original.
Em
terceiro lugar, a Bíblia contém as profundas coisas de Deus. A linguagem da
Bíblia é suficiente para comunicar a Verdade divina.“Mas Deus no-las
revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas
de Deus.” (1 Coríntios 2:10). A
linguagem da Bíblia não pode ser comparada com a de nenhum outro dos outros
escritos não inspirados do homem. Ela é a revelação divina e contém a exata
Verdade, sem mistura alguma.
Existem aqueles que usam a equivalência dinâmica e, contudo, professam
crer na doutrina das Escrituras, conforme temos descrito resumidamente no
estudo acima. Acho isso muito estranho. A teoria da equivalência dinâmica foi
construída por homens que não mantêm uma elevada visão da Escritura. Quando
se considera a verdadeira natureza da Escritura, torna-se impossível fazer o
tipo de mudanças que a equivalência dinâmica exige.
“Quando a Bíblia está sendo traduzida, a sua própria doutrina sobre a
inspiração verbal impõe limitações à função dos tradutores. A Escritura nos
ensina que, na Palavra de Deus escrita, sua forma, tanto quanto o seu
pensamento, são inspirados. Portanto, o tradutor da Escritura, acima de
tudo, deve seguir o texto: não é o seu negócio interpretá-lo ou explicá-lo.”(Ian
Murray, “Which Version? A Continuing Debate,” in The
New Testament Student and Bible Translation, ed. John H. Skilton, 1978,
p. 132). [realce
pela tradutora]
A equivalência dinâmica ignora as admoestações de Deus sobre acrescentar ou diminuir algo da Palavra de Deus sendo esta admoestação repetida na Lei (Deuteronômio 4:2), nos livros poéticos (Provérbios 30:5-6), nos profetas (Jeremias 26:2), e no final da Bíblia, (Apocalipse 22:18-19).
“Não acrescentareis à palavra que
vos mando, nem diminuireis dela, para que guardeis os mandamentos do SENHOR
vosso Deus, que eu vos mando.” (Dt 4:2)
“5 Toda a
Palavra de Deus é pura; escudo é para os que confiam nele. 6 Nada acrescentes às suas
palavras, para que não te repreenda e sejas achado mentiroso.” (Pv 30:5-6)
“Assim diz o SENHOR: Põe-te no átrio da casa do SENHOR e dize a todas as
cidades de Judá, que vêm adorar na casa do SENHOR, todas as palavras que te
mandei que lhes dissesses; não omitas nenhuma palavra.” (Jr 26:2)
“18 Porque
eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que,
se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que
estão escritas neste livro; 19 E, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia,
Deus tirará a sua parte do livro da vida, e da cidade santa, e das coisas que
estão escritas neste livro.” (Ap 22:18-19)
Os que seguem a equivalência dinâmica reconhecem estas admoestações e,
muitas vezes, arranjam espertas maneiras de explicar como as desobedecem, em
suas paráfrases. Mas, ao final [das contas], é claro que as advertências são
simplesmente ignoradas. [realce pela tradutora]
Considerem as seguintes Escrituras, as quais mostram a importância de cada palavra da Bíblia Deuteronômio 8:3; Mateus 4:4; Lucas 4:4; Gálatas 3:16; João 10:35.
“E te humilhou, e te deixou ter
fome, e te sustentou com o maná, que tu não conheceste, nem teus pais o
conheceram; para te dar a entender que o homem não viverá só de pão, mas de tudo
o que sai da boca do SENHOR viverá o homem.” (Dt 8:3)
“Ele, porém,
respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda
a palavra que sai da boca de Deus.” (Mt 4:4)
“E Jesus lhe
respondeu, dizendo: Está escrito que nem só de pão viverá o homem, mas de toda
a palavra de Deus.” (Lc 4:4)
“Ora, as
promessas foram feitas a Abraão e à sua descendênciA. Não diz: E
àS descendênciaS, como falando de muitas, mas como
de uma só: E à tua descendênciA, que é Cristo.” (Gl 3:16)
“Pois, se a lei
chamou deuses àqueles a quem a palavra de Deus foi dirigida (e a Escritura não
pode ser anulada),” (Jo 10:35)
Mesmo assim, os proponentes da equivalência dinâmica deixam o leitor sem
acesso às exatas palavras de Deus. Eles têm os pensamentos
gerais do original, em alguns casos, mas as exatas palavras
e a exata e total significação foram roubadas! O leitor das versões na equivalência
dinâmica não pode meditar em cada palavra e detalhe da Escritura, porque
não tem uma tradução exata.
Temos visto muitos exemplos de como as traduções da equivalência dinâmica
roubam das pessoas a Palavra de Deus. Considerem mais um. A Bíblia contém
ambiguidade, significando frases e expressões que podem ter mais de uma
significação. A equivalência dinâmica geralmente interpreta estas
frases ou figuras de linguagem, de modo que ao leitor seja dada somente uma
possível significação [das duas possíveis]. Considerem uma porção de exemplos:
A Bíblia fala do “evangelho de Jesus Cristo” (Marcos 1:1). No mesmo
instante, "o evangelho de Jesus Cristo" pode significar que o
evangelho é de propriedade de Jesus Cristo, como que é proveniente-de
Jesus Cristo, como que é sobre Jesus Cristo. As
Bíblias de equivalência dinâmica, como a NIV e a TEV e a NLT mudam
isso, dando uma [só] possível interpretação - “o evangelho sobre Jesus
Cristo” e, assim, substituindo a ampla interpretação original por uma
estreita interpretação.
Jesus prometeu bênção a todos os que são ”pobres de espírito”! (Mateus
5:3). Esta expressão tem uma riqueza de interpretação. Ela se refere à
humildade, um reconhecimento e aceitação da pecaminosidade e indignidade de
alguém, sob a completa dependência de Deus, e outras coisas. A equivalência
dinâmica enfraquece isto, escolhendo uma estreita significação e
substituindo a Palavra de Deus pela interpretação do tradutor. A NLT lê, “Deus
abençoa os que verificam a sua necessidade dele”. A CEV escolhe outra
significação estreita:“Deus abençoa os que dependem somente dele.” A
Mensagem a enfraquece, ainda mais, com “você é abençoado, no final da
sua corda”. Uma pessoa pode estar no “final da corda”, sem depender de
Deus, ou sem reconhecer a sua verdadeira destituição espiritual, etc.
O termo “Senhor das hostes” é rico em significação. Ele descreve Deus,
o Senhor das multidões, referindo-se ao Seu poder, Sua soberania, Sua realeza,
Sua grandeza, Sua riqueza, Seu conhecimento, Seu zelo contra os inimigos, e
muitas outras coisas. A NVI muda isto para “Senhor Todo-Poderoso”, o que
limita a sua significação.
O autor do livro Cânticos de Salomão compara os olhos de sua amada com
“olhos de ‘pombas’” (Cântico de Salomão 4:1). Esta metáfora é rica em
significação. As pombas são belas, gentis, pacíficas, macias e ternas. Elas
andam em pares; batem as asas como uma mulher mexendo as sobrancelhas, etc. A
NLT escolhe apenas uma destas significações, a da maciez, e substitui o
original com esta significação - “teus olhos são macios como os das pombas”.
A TEV acaba com toda a metáfora e a substitui por uma significação totalmente
diferente: “Como os teus olhos brilham com amor”.
Isto se torna mais assustador, quando consideramos o fato de que a equivalência
dinâmica não é apenas uma técnica usada em traduções de porções da Bíblia,
para distribuição entre os não salvos, na obra evangelística. Este método de
corrupção está realmente (e com rapidez) substituindo o conceito mais antigo
da tradução literal, com as novas versões na equivalência dinâmica
sendo produzidas pelas United Bible Societies e outras sendo geralmente
destinadas a SUBSTITUIR as antigas versões literais.
Muitos dos que usam a equivalência dinâmica imaginam estar ajudando as
pessoas, ao trazer a Palavra de Deus ao seu nível. Realmente, estes são
ladrões, que estão condenando as pessoas a nunca possuírem as verdadeiras
Palavras de Deus. [realce
pela tradutora]
“Os leitores de uma Bíblia em inglês não deveriam ficar à mercê da
interpretação de uma passagem feita pelo comitê de tradução. Eles têm o direito
de tomarem [eles mesmos] a responsabilidade de entender o que a passagem
significa. Além disso, uma tradução deveria preservar todo o potencial
energético do texto original.... As Bíblias da equivalência dinâmica nos dão
repetidamente, uma Bíblia unidimensional, quando o original é
multidimensional. O resultado é uma perda da riqueza de significação que o
original incorpora, e de um movimento organizado que mantém os leitores (de
fala inglesa) longe do que o original realmente diz.” (Ryken, The Word
of God in English, pp. 194, 195, 209).
Considerem as seguintes Escrituras, as quais ensinam que o homem não é capaz de entender a Palavra de Deus à parte da assistência divina: 1Coríntios 2:14-16; João 16:8-13; Mateus 13:9-16; Lucas 24:44-45; Atos 11:21; 16:14; Provérbios 1:23.
“14 Ora, o homem natural
não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e
não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. 15 Mas o que é espiritual discerne
bem tudo, e ele de ninguém é discernido. 16 Porque, quem conheceu a mente do Senhor, para que possa
instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo.” (1Co 2:14-16)
“8 E,
quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo. 9 Do pecado, porque não crêem em
mim; 10 Da
justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais; 11 E do juízo, porque já o príncipe
deste mundo está julgado. 12 Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar
agora. 13 Mas, quando
vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque
não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o
que há de vir.” (Jo 16:8-13)
“9 Quem tem ouvidos para ouvir,
ouça. 10 E,
acercando-se dele os discípulos, disseram-lhe: Por que lhes falas por
parábolas? 11 Ele,
respondendo, disse-lhes: Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino
dos céus, mas a eles não lhes é dado; 12 Porque àquele que tem, se dará, e terá em abundância; mas àquele que não
tem, até aquilo que tem lhe será tirado. 13 Por isso lhes falo por parábolas; porque eles, vendo, não vêem; e,
ouvindo, não ouvem nem compreendem. 14 E neles
se cumpre a profecia de Isaías, que diz: Ouvindo, ouvireis, mas não
compreendereis, E, vendo, vereis, mas não percebereis. 15 Porque o coração
deste povo está endurecido, E ouviram de mau grado com seus ouvidos, E
fecharam seus olhos; Para que não vejam com os olhos, E ouçam com os ouvidos,
E compreendam com o coração, E se convertam, E eu os cure. 16 Mas, bem-aventurados os vossos
olhos, porque vêem, e os vossos ouvidos, porque ouvem.” (Mt 13:9-16)
“44 E disse-lhes: São estas as
palavras que vos disse estando ainda convosco: Que convinha que se cumprisse tudo
o que de mim estava escrito na lei de Moisés, e nos profetas e nos Salmos. 45 Então abriu-lhes o
entendimento para compreenderem as Escrituras.” (Lc 24:44-45)
“E a mão do
Senhor era com eles; e grande número creu e se converteu ao Senhor.” (At 11:21)
“E uma certa
mulher, chamada Lídia, vendedora de púrpura, da cidade de Tiatira, e que servia
a Deus, nos ouvia, e o Senhor lhe abriu o coração para que estivesse atenta ao que Paulo
dizia.” (At 16:14)
“Atentai para a minha repreensão; pois eis que vos derramarei
abundantemente do meu espírito e vos farei saber as minhas palavras.” (Pv 1:23)
A equivalência dinâmica falha em reconhecer a raiz do problema
relativo à incapacidade do homem de entender a Palavra de Deus, o que é
cegueira espiritual e não ignorância cultural ou falta de escolaridade. [realce pela
tradutora]
Vemos um exemplo disso em Atos 13:44-48.
“44 E no sábado seguinte ajuntou-se quase toda a cidade para ouvir a palavra de Deus. 45 Então os judeus, vendo a multidão, encheram-se de inveja e, blasfemando, contradiziam o que Paulo falava. 46 Mas Paulo e Barnabé, usando de ousadia, disseram: Era mister que a vós se vos pregasse primeiro a palavra de Deus; mas, visto que a rejeitais, e não vos julgais dignos da vida eterna, eis que nos voltamos para os gentios; 47 Porque o Senhor assim no-lo mandou: Eu te pus para luz dos gentios, A fim de que sejas para salvação até os confins da terra. 48 E os gentios, ouvindo isto, alegraram-se, e glorificavam a palavra do Senhor; e creram todos quantos estavam ordenados para a vida eterna.” (At 13:44-48)
Aqui, os judeus, em cujo estabelecimento cultural a Bíblia foi primeiramente
escrita, rejeitaram as Escrituras, que os idólatras gentios aceitaram. Cultura
e língua não eram o problema e isto continua sendo verdade, ainda hoje.
O
tradutor precisa traduzir fielmente as palavras e a mensagem do original à
língua do receptor, tão literalmente como possível. Ao fazer assim,
obviamente ele deveria tentar fazer a tradução tão clara COMO POSSÍVEL aos
leitores, sem causar dano às palavras originais e à forma. O tradutor não é
livre para simplificar o que Deus não simplificou. Uma absoluta
fidelidade ao original deveria ser a preocupação maior do tradutor da Bíblia.
[realce
pela tradutora]
Portanto, é trabalho do mestre e do evangelista explicar essa mensagem às
pessoas. O tradutor da Bíblia, cujo objetivo predominante mudar para ser
tornar a Bíblia clara aos não salvos, torna-se um corruptor da Bíblia. [realce pela
tradutora]
O eunuco etíope estava lendo as Escrituras e não conseguia entender o que lia.
O trabalho do evangelista Felipe foi explicar as Escrituras a este homem (Atos
8:26-33). Se Felipe tivesse acreditado nas teorias da equivalência dinâmica,
ele poderia ter voltado para casa após esta experiência, e reescrito e
simplificado o Livro de Isaías, que o eunuco etíope estava lendo! Não é óbvio
que o etíope sincero, mas não salvo, não fora capaz de entender a Bíblia? Não é
óbvio que muitos outros homens devem estar na mesma condição deste etíope? Não
é óbvio que não existe um número suficiente de evangelistas para falarem
pessoalmente a cada pessoa perdida, a fim de explicar-lhes a Bíblia? Então,
devemos reescrever a Bíblia e mudar as suas palavras difíceis e antiquadas (o
Livro de Isaías tinha já uns 800 anos de idade, quando o eunuco o estava
lendo), a fim de que os não cristãos possam captá-la e “entende-la sem
dificuldade?” “Certamente isso iria agradar a Deus”. É este o
pensamento mantido comumente entre os que promovem a equivalência dinâmica.
Mas, Felipe e os antigos líderes cristãos teriam preferido cortar as mãos,
em vez de rasurar as santas Palavras de Deus. Este Livro é Sagrado! Será
mesmo? É correto escrever “Bíblia Sagrada”, na capa deste livro? Sim, o nome
de Deus é santo e reverendo, conforme nos ensinam as Escrituras (Salmo 111:9),
mas também lemos “engrandeceste a tua palavra acima de todo o teu nome“ (Salmo 138:2)! Se o
nome de Deus é santo e reverendo e Ele tem reverenciado a Sua Palavra acima do
Seu nome, então a Sua Palavra é até mais santa e reverenda do que o Seu
nome! Admirável, mas verdadeiro! Lamentamos sobre os que estão mudando este
Livro absolutamente santo! [realce pela tradutora]
A
equivalência dinâmica é uma metodologia de cabeça para baixo [invertida,
ao contrário da vontade de Deus]. Em vez de elevar as pessoas ao nível da
Bíblia, através da educação, ela procura rebaixar a Bíblia ao nível natural da
ignorância espiritual das pessoas. “Em vez de rebaixar a Bíblia ao mais
baixo denominador comum, por que não educar as pessoas, a fim de que elas
alcancem o nível exigido para experimentarem a Bíblia em toda a sua riqueza e
exaltação? Em vez de esperar o mínimo dos leitores da Bíblia, deveríamos
esperar deles o máximo! A grandeza da Bíblia exige o máximo, não o mínimo. ...
A Bíblia mais difícil nas modernas traduções em inglês - a King James - é usada
na maior parte por segmentos da nossa sociedade, os quais têm uma cultura
relativamente baixa, conforme definido pela educação formal. ... a pesquisa tem
mostrado, repetidamente, que as pessoas são capazes de se surpreenderem e até de
atingir admiráveis habilidades no sentido de ler e dominar um assunto que é
muito importante para elas. ... Se os leitores modernos são menos adeptos da
teologia do que deveriam ser, a tarefa da igreja é educá-los, em vez de
entregar-lhes traduções da Bíblia, as quais os privem, permanentemente, do
conteúdo teológico que, de fato, está presente na Bíblia.” (Leland
Ryken, The Word of God in English, pp. 107, 109). [realce pela
tradutora]
Isso é exatamente o que dizemos aos que criticam a BKJ, como sendo difícil
demais para os modernos leitores ingleses. A BKJ contém um certo número de palavras
[e construções] "fora de moda", mas o problema não é difícil de se
contornar. O seu vocabulário é até muito menor do que o das versões modernas. A
maior parte das palavras consta de uma ou duas sílabas. Suas frases são curtas
e pequenas. Não é difícil aprender o que “thee, thou, and thine” [tu, ti, e
teu] significam. Não é difícil aprender o que umas 100 palavras antiquadas
significam, que “quick” significa “vivo,” etc. O que se exige? Estudo! E é
exatamente isso que Deus exige dos que “manejam bem a palavra da verdade” (2 Timóteo 2:15).
Em vez de traduzir a Bíblia, de modo que ela pareça dirigida a um leitor do
sexto ano escolar [11 anos de idade], ou ao nível do jornal da manhã,
precisamos traduzi-la exata e majestosamente, e, depois educar as pessoas, a
fim de que elas possam entende-la. [N.T. – Dificilmente, uma pessoa que lê,
regularmente, uma BKJ continua falando errado!]
Nós
fazemos isso promovendo ferramentas de estudos bíblicos, tais como dicionários,
comentários e concordâncias. Nada existe de novo neste processo. É um
processo que ainda funciona bem, e falo com a minha experiência de missionário.
“E quanto aos não salvos?”, você pergunta. A Bíblia, como um todo, não
foi escrita para os não salvos. O seu evangelho é que foi escrito para os não
salvos (Romanos 1:16: “Porque
não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do
judeu, e também do grego.”)
e podemos tornar o evangelho tão simples como for necessário aos perdidos
(através do evangelismo pessoal, de folhetos, de áudios e vídeos evangelísticos,
de programas de rádio, etc.), sem tentar rebaixar o nível da Bíblia. Conforme foi visto,
traduzir a Bíblia de modo que os não salvos possam entende-la sem ajuda, é
sempre uma impossibilidade, porque eles não podem entende-la, se não tiverem
nascido de novo. “Ora, o
homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem
loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.” (1 Coríntios 2:14).
A
teoria da equivalência dinâmica é que o tradutor deveria indagar: “Como
Moisés e Paulo iriam escrever, se vivessem hoje? Beekman and Callow desenvolvem
este pensamento ao traduzir a Palavra de Deus. Os escritos originais era tanto
naturais na estrutura como significativos no conteúdo. Quando dizemos que as
Escrituras são naturais na forma, estamos dizendo apenas que, tendo sido
escritas por narradores nativos, elas ficaram entre as fronteiras do natural,
no Hebraico, Aramaico, ou Grego Koiné. O uso de palavras e suas combinações; a
sintaxe; a morfologia – tudo foi natural. Esta característica do original
deveria ser também encontrada em uma tradução” (Beekman and Callow, Translating
the Word of God, p. 40).
A equivalência dinâmica ensina que os tradutores devem fazer esta
pergunta: “O que diriam os escritores da Bíblia, se estivessem falando
hoje?”Este pensamento é falho. Ele confunde inspiração e autoria com
tradução. Um autor tem autoridade para escrever o que lhe agrada. No caso da
Bíblia, o Autor foi Deus e os secretários foram os vários escritores humanos.
Os escritores humanos da Bíblia receberam as palavras através do processo de
inspiração. O tradutor não é outro autor, nem está um tradutor recebendo a
Escritura através da inspiração divina; ele está apenas traduzindo algo para
uma outra língua. O trabalho do tradutor da Bíblia é traduzir
exatamente o que Deus escreveu. Seu trabalho não é adaptar as imagens da Bíblia
à cultura moderna. [realce
pela tradutora]
Além disso, o tradutor, além de não ter autoridade para modificar a
Escritura, não tem a menor possibilidade de saber o que os escritores da Bíblia
iriam dizer, hoje em dia. A exata ideia de que poderíamos executar esta
tarefa é pura ficção. [realce
pela tradutora]
“Os escritores bíblicos não estão escrevendo hoje. Eles escreveram há
milênios! Imaginá-los como escrevendo numa era em que não o estão fazendo, é
engajar-se numa ficção, o que distorce os fatos da situação.... Não
queremos uma Bíblia especulativa. Precisamos de uma Bíblia embasada na
certeza. O que é certo é o que os escritores bíblicos realmente disseram e
escreveram”. (Leland Ryken, The Word of God in English,
pp. 98, 99). [realce
pela tradutora]
Temos
visto que a equivalência dinâmica tenta reescrever a Bíblia para hoje,
o que é uma tarefa impossível. De várias maneiras, a equivalência dinâmica
tenta coisas impossíveis. Consideremos algumas destas:
A primeira coisa é que a equivalência dinâmica tenta reter a exata
significação do original, conquanto permitindo grandes mudanças ao adaptar a
mensagem bíblica à linguagem e cultura do povo receptor. Considerem a
seguinte declaração feita pelo tradutor da United Bible Societies, Thomas
Headland:
“O objetivo na tradução da Bíblia é fazer uma tradução comunicar-se com a
cultura em vista, sem que ela precise aprender sobre a cultura greco-judaica,
embora, ao mesmo tempo, permanecendo fiel à exclusividade do conteúdo histórico
e teológico das Escrituras. Tarefa não simples!” (Thomas N.
Headland, “Some Communication Problems in Translation,” Notes on Translation,
No. 88, April 1982, p. 28).
Headland
diz que isso não é uma tarefa simples. Ele está errado, pois é uma tarefa
impossível! Deus escolheu revelar a Sua Palavra dentro de um contexto da
cultura judaico-grega, e quem muda a Bíblia a tal ponto que os leitores possam
entende-la, sem nada conhecer a respeito dessa cultura, corrompe a Escritura.
Neste ponto, precisamos observar que os proponentes da equivalência dinâmica
inevitavelmente afirmam que suas traduções são fieis ao texto original. Todos
os gurus da equivalência dinâmica afirmam isto. Na publicação da United
Bible Societies - Bible Translations for Popular Use, William Wonderly
afirma que as versões na equivalência dinâmica são fieis ao original:
“Nas traduções supra mencionadas, [a TEV, Living Bible, Spanish Popular
Version, French Common Version, e a Today’s Dutch Version, etc.] várias
técnicas têm sido usadas, a fim de produzir uma versão mais significativa para
os leitores a quem são destinadas, PERMANCEDNDO DENTRO DOS LIMITES DA
FIDELIDADADE AO ORIGINAL, DE UM LADO, e com o uso de um estilo aceitável, do
outro.” (p. 75).
A publicação do tradutor da Wycliffe - Translating the Word of God de
John Beekman e John Callow – também afirma que o objetivo da equivalência
dinâmica é sempre a fidelidade ao texto original:
“O objetivo seria uma tradução que fosse tão rica no vocabulário, tão
idiomática no fraseado, tão correta na construção, tão fluente no pensamento,
tão clara na significação e tão elegante no estilo e que não pareça, de modo
algum, com uma tradução e, contudo, AO MESMO TEMPO, TRANSMITA FIELMENTE A
MENSAGEM DO ORIGINAL”(p. 32).
A Versão no Inglês de Hoje [TEV] afirma o seguinte:
“A Bíblia na Versão no Inglês de Hoje é uma nova tradução QUE
ESTABELECE CLARA E EXATAMENTE A SIGNIFICAÇÃO DOS TEXTOS ORIGINAIS, em palavras
e formas amplamente aceitas por todas as pessoas que usam o inglês como meio
de comunicação” (Foreword, Holy Bible Today’s English Version with
Deuterocanonicals/Apocrypha, American Bible Society, 1978).
A Contemporary English Version [Versão em Inglês Contemporâneo] afirma o
seguinte:
“Toda tentativa foi feita para produzir um texto QUE SEJA FIEL À
SIGNIFICAÇÃO DO ORIGINAL e que possa ser lido e entendido com facilidade pelos
leitores de todas as idades”.(“Translating the Contemporary English
Version,”Bible for Today’s Family New Testament, American Bible Society,
1991).
“Apanhamos o pensamento original e o convertemos à linguagem de hoje. NESTE
CASO, PODEMOS SER MAIS EXATOS DO QUE A TRADUÇÃO VERBAL” (Evangelism
Today, Dec. 1972).
Deveria ser óbvio que tais afirmações nada significam! Temos visto exemplos
destas versões, mostrando que elas são tudo, menos fieis. Até a significação
geral do original é mudada. Não me importo com o que o tradutor diz. Se a sua
tradução é uma perversão da Palavra de Deus, não permito que ele se esconda por
trás de sua afirmação de ser fiel à Bíblia!
Vamos considerar uma segunda impossibilidade da equivalência dinâmica. Ela
diz que os tradutores podem saber o que impressionou os ouvintes da Bíblia,
séculos atrás. Um dos objetivos da equivalência dinâmica é tentar
reproduzir a mesma reação nos modernos leitores de suas versões. Isto se chama tradução
impactante.
Quanto isto é absolutamente impossível! Não podemos saber como os homens,
séculos atrás, ficaram impressionados com a Palavra de Deus, quando esta lhes
foi falada.
Além disso, tem havido reações diferentes à mesma Palavra em ouvintes
diferentes. Um lampejo disto é visto em Atos 17, conforme a mensagem de Paulo
aos atenienses. Todos escutaram a mesma mensagem de Deus, naquele dia, mas
alguns zombaram, alguns resolveram protelar a decisão e alguns creram. (Atos
17:32-33).
“32 ¶ E, como ouviram falar da
ressurreição dos mortos, uns escarneciam, e outros diziam: Acerca disso te
ouviremos outra vez. 33 E assim
Paulo saiu do meio deles.” (At 17:32-33)
O trabalho dos tradutores da Bíblia não é tentar criar uma certa reação no ouvinte,
mas concentrar-se numa tradução fiel das sagradas e eternas Palavras de Deus. A
mente do tradutor deve estar mais especialmente conectada à fidelidade da
linguagem e não aos indivíduos que irão recebê-la. Quando a tradução é
completada e a pregação tem início, os homens vão corresponder de várias
maneiras, como têm sempre correspondido à Palavra de Deus - alguns zombando,
alguns ignorando, alguns protelando a sua decisão e outros crendo.
Como
todo erro, a equivalência dinâmica está embasada em muitas meias
verdades. Os escritos dos proponentes da equivalência dinâmica contêm
muitas coisas com as quais concordamos; contudo, eles ultrapassam a verdade.
Considerem algumas das meias verdades da equivalência dinâmica:
Primeira, a equivalência dinâmica diz que uma tradução totalmente literal
não é correta.
Os que promovem a equivalência dinâmica começam, inevitavelmente, dando
exemplos de traduções amplamente impróprias e usando estas como justificativas
à sua metodologia da paráfrase. Eugene Nida faz isso na obra - Every Man in
His Own Language:
“Traduções literais – as mais fáceis e mais perigosas - são a fonte de
muitos erros. ... Uma coisa é falar de ‘brasas vivas sobre a cabeça’ de alguém,
quando nos encontramos numa reunião da congregação, e outra é dizer isso numa
parte da África, onde as pessoas poderão entender erroneamente como sendo um
‘método de tortura e morte’”. (Eugene A. Nida, God’s Word in Man’s
Language, Harper and Brothers, 1952, p. 17).
[N.T. -
Em um bairro de Duque de Caxias (RJ), uma mulher escutou isso numa igreja
pentecostal. Quando o marido chegou em casa, embriagado, e quis agredi-la, ela
foi até a cozinha, apanhou brasas no fogão à lenha e as entornou sobre a cabeça
do marido].
Este é um
tipo de argumentação conhecida como "argumento por degolar um
espantalho." [Nota da Tradutora: seu adversário defende uma afirmativa ou
posição correta, X, mas você a distorce para Y, depois destrói Y a golpes de
espada, por fim canta vitória com se tivesse destruído X.] Vamos chamar a
atenção para as impróprias liberdades da equivalência dinâmica, que os
proponentes usam com relação à Palavra de Deus. A solução para uma tradução
com literalidade
esculpida em madeira [rígida como um computador, sem um bilionésimo de
flexibilidade]
não se encontra na equivalência dinâmica, mas numa razoável e espiritual
tradução, que se esforce ao máximo para ser fiel às palavras e formas
originais; sem tomar as liberdades da equivalência dinâmica, antes permitindo
que a Palavra de Deus diga o que ela realmente diz, em vez de mudá-la - mesmo
que seja por amor à simplificação. A metodologia apropriada à tradução da
Bíblia tem sido chamada “uma tradução essencialmente literal” e “uma
tradução na equivalência formal”, como opostas à tradução na equivalência
dinâmica.
Segunda, a equivalência dinâmica diz que o tradutor deve interpretar.
É verdade! Um exemplo se encontra em Isaías 7:14, onde é possível traduzir a
palavra hebraica “almah” tanto como “mulher jovem” ou como “virgem.” O
tradutor crente na Bíblia, que honra Cristo, sempre vai escolher “virgem”,
porque sabe que o verso é uma profecia messiânica sobre o nascimento virginal
de Cristo. Este é o resultado da interpretação.
Temos aqui outro exemplo. Na língua do Nepal, não existe qualquer termo
genérico para “vinho”, como existe no Grego e no Hebraico [Nota da Tradutora:
no inglês antigo, a palavra "wine" aplicava-se mais frequentemente ao
líquido fermentado, mas também se aplicava ao não fermentado: Benjamin
Marin’s Lingua Britannica
Reformata or A New English Dictionary, publicado
em 1748, define "wine" como "1. the juice of the grape. 2. a liquor extracted from other fruits besides the grape. 3. the
vapours of wine, as wine disturbs his reason." Note
que o primeiro significado aqui dado a "wine" é "o suco da
uva," sem qualquer referência a fermentação.] Portanto, o tradutor
deve interpretar a mensagem de João 2, quando está selecionando uma palavra na
língua do Nepal para “vinho”. Ele deve traduzir como “suco de uva” ou “bebida
forte”, etc., dependendo do contexto.
Todos os tradutores encaram isso, mas o fato de que o tradutor tem que interpretar
[entender o significado de] as coisas na Escritura, antes de que elas sejam
traduzidas, não justifica as liberdades extremas que estão sendo tomadas pelas
versões na equivalência dinâmica.
Além disso, existe uma vasta diferença entre a necessidade de interpretar palavras
e a de interpretar passagens. Considerem o seguinte, de
Leland Ryken, professor de inglês, no Wheaton College: [realce pela tradutora]
“Sempre que um tradutor decidir que uma determinada palavra inglesa capta
melhor a significação de uma palavra, no texto original, a decisão implica numa
interpretação. Mas, existe uma crucial diferença entre a interpretação
linguística (decisões sobre qual a palavra em inglês que melhor expressem as
palavras gregas e hebraicas) e a interpretação temática da significação de um
texto. Deixar de distinguir entre estes dois tipos de interpretação pode
conduzir, tanto à confusão como ao abuso, numa tradução.... Chegou a hora de
convocar uma moratória sobre a mal dirigida e principalmente falsa afirmação
de que toda tradução é interpretação. [realce pela tradutora]
Para as traduções essencialmente literais, tradução é tradução, e a tarefa
do tradutor é expressar o que diz o original. Somente para as traduções em
equivalência dinâmica, toda tradução é, potencialmente, interpretação – algo
acrescentado ou mudado no original, a fim de produzir o que os tradutores acham
que a passagem significa.”(Ryken, The Word of God in English: Criteria
for Excellence in Bible Translation, 2002, pp. 85, 89). [realce pela
tradutora]
Terceira, a equivalência dinâmica diz que as pessoas para quem a tradução
está sendo feita devem ser consideradas.
Novamente, é verdade! Cada tradutor deve ter em mente as pessoas para quem
ele está traduzindo, mas isto não significa que ele deva mudar ”figueira”
por “bananeira”, “sangue” por “morte” ou “graça” por “bondade”, ou “santos” por
“povo de Deus”, ou ”pastores” por “oficiais da igreja”!
Quarta, a equivalência dinâmica diz que algumas coisas implícitas devem ser
transformadas em explícitas
Isso é verdade! Por exemplo, algumas vezes, palavras devem ser
acrescentadas à tradução, a fim de tornar a passagem mais inteligível e/ou
para trazer as palavras implícitas no original. Um exemplo disto é o das
palavras que aparecem em itálico, na Versão BKJ. Estas palavras foram
acrescentadas pelos tradutores, mas não se encontram explicitamente nos textos
originais. Esse tipo de coisa é essencial numa obra de tradução da Bíblia e
tem sido feita. Mas, ao contrário deste importante princípio de tradução,
temos a perversão da equivalência dinâmica no seguinte exemplo de
Isaías 53:1, na Versão na Linguagem de Hoje, em inglês:
BKJ - “Quem deu crédito à nossa pregação?
E a quem se manifestou o braço do SENHOR?” [realce pela
tradutora]
TEV –
“O povo replicou, ‘Quem teria acreditado em nosso relatório?
Quem poderia ter visto a mão de Deus nisto?’” [realce pela
tradutora]
[NTLH, em português:
<<O povo diz: “Quem poderia crer naquilo que acabamos de ouvir?
Quem diria que o SENHOR estava agindo?>> [realce pela
tradutora]
]
As coisas acrescentadas e mudadas nesta passagem ilustram que a equivalência
dinâmica ultrapassa quaisquer limites de uma tradução fiel. Contra a
autoridade da Palavra, os tradutores da TEV acrescentaram “povo replicou” a
esta passagem. Com que autoridades eles mudaram os tempos dos verbos? Com que
autoridade eles mudaram “o braço do Senhor” para “mão do Senhor”? Tradutores
que fazem este tipo de coisa querem afirmar que estão apenas tornando explícito
o que já está implícito [no texto original]. Mas, na realidade, eles estão corrompendo
a Palavra de Deus. Nenhuma destas mudanças está realmente implícita neste
verso. [realce pela tradutora]
Considerem outro exemplo. Agora, vamos comparar Efésios 3:-2-4 na BKJ, com a Versão
em Inglês Contemporâneo CEV):
BKJ -“Se é que tendes ouvido a dispensação da graça de Deus, que para
convosco me foi dada; Como me foi este mistério manifestado pela revelação,
como antes um pouco vos escrevi; Por isso, quando ledes, podeis perceber a
minha compreensão do mistério de Cristo.”
CEV - " Você
certamente ouviu falar sobre a bondade de Deus em escolher-me para ajudá-lo. Na
verdade, esta carta diz-lhe um pouco sobre como Deus me mostrou os Seus
caminhos misteriosos. Ao ler a carta, você também vai descobrir o quão bem eu
realmente compreendo o mistério a respeito de Cristo."
“You
have surely heard about God’s kindness in choosing me to help you. In fact,
this letter tells you a little about how God has shown me his mysterious ways.
As you read the letter, you will also find out how well I really do understand
the mystery about Christ.”
Vemos que
as liberdades tomadas pelos tradutores da equivalência dinâmica ultrapassam
quaisquer fronteiras da tradução bíblica. Isso acontece com
praticamente qualquer exemplo que poderia ser dado destas versões. Simplesmente
elas não são fieis. Os proponentes da equivalência dinâmica não o
admitiriam; mas, amigos, é a pura verdade! A equivalência dinâmica
(sob qualquer nome) é uma arrogante metodologia, que os homens de Deus da
antiguidade, como William Tyndale e Adoniram Judson iriam rejeitar, com
tremendo desgosto.
A equivalência dinâmica é especialmente perigosa por ser uma sutil
mistura de verdade e erro. Muitos dos que estão seguindo este método de
tradução têm aceitado um bolo amargo da equivalência dinâmica, por
causa da mistura adocicada nele colocada. Seus princípios podem soar tão
razoáveis! Mas a verdade é que a equivalência dinâmica é uma perversão
da Escritura.
Os
promotores da equivalência dinâmica usam exemplos da obra de tradução
nas nações em desenvolvimento entre povos iletrados, para justificar a sua
metodologia. Vejam o que diz a tradutora Lynn Silvernale [missionária Batista
Regular (ABWE) em Bangladesh, autora do horrível The New
Testament in Bengali Common Language]:
“Como falar de ovelha para um povo que nunca escutou uma palavra sobre este
animal? O que usar para ‘vinho’ numa linguagem de um povo que só conhece ‘suco
de uva’ e bebida forte? Como expressar termos e conceitos teológicos, como
‘justiça’,‘justificação’, ‘propiciação,’ que são um grande desafio para a
maioria dos tradutores? Em muitos povos tribais, tais conceitos são estranhos
e não existem termos disponíveis para expressá-los. É preciso gastar meses e
anos, a fim de encontrar um termo adaptável à sua língua, para ideias
abstratas, como ‘amor’ e ‘santidade’. Para se ter uma ideia do que está
envolvido, tente expressar “propiciação” da maneira mais breve e com a maior
clareza possível para um tradutor colocar na língua que não tenha estes termos”
(Silvernale, By the Word).
Assim declarado, o problema pode fazer com que a equivalência dinâmica
pareça correta e razoável. São estes os problemas que os tradutores e
missionários têm encarado [através de todos os séculos, mas sempre traduzindo
com máxima literalidade e fidelidade, e superando as dificuldades com notas de
rodapé, comentários, explicações, etc.]; mas, somente nos últimos anos, o
arrogante conceito da equivalência dinâmica, com a sua forma de mudar a
Palavra de Deus, tem sido apresentado por homens sem Deus, como uma solução
para adaptar a Palavra de Deus à cultura moderna. Culturas estranhas não
representam o único problema usado para ilustrar a suposta necessidade da
tradução em equivalência dinâmica. As publicações da United Bible
Societies estão repletas de problemas sobre crianças abandonadas e os sem teto,
para entenderem as Escrituras.
É verdade que existem tremendos problemas envolvidos na tradução da Bíblia,
para culturas estranhas e pessoas iletradas. Mas, nunca é correto mudar a
Palavra de Deus, a fim de adaptá-la a uma cultura. A solução correta é
traduzir literalmente a Bíblia, e explicá-la em notas de rodapé, dicionários e
comentários. [realce
pela tradutora]
E quando a língua for primitiva demais [estamos falando hipoteticamente. Não
acreditamos que haja língua tão primitiva] para comportar as Escrituras? Eu
digo: então, não se traduza a Bíblia nessa língua! Posso escutar agora os
gemidos dos que têm a [louvável] atitude mental de Wycliffe. Mas, quem deu ao
homem permissão para mudar a Palavra de Deus? Deus diz: “Toda a
Palavra de Deus é pura; escudo é para os que confiam nele. Nada acrescentes às
suas palavras, para que não te repreenda e sejas achado mentiroso.” (Provérbios 30:5-6). É
isso que Deus diz e eu admito que seja esta a Sua palavra final neste assunto!
À luz da admoestação de Deus para não se modificar [em nada] a Sua Palavra, eu
poderia sugerir que o método apropriado para traduzí-la seria este: Primeiro,
simples porções das Escrituras podem ser traduzidas e usadas na evangelização.
À medida em que o número de convertidos aumentar, dentro de um grupo da mesma
língua, porções da Escritura podem ser traduzidas e usadas para ensinar os
novos cristãos a respeito das coisas de Deus. Em seguida, uma nova
tradução das Escrituras, na linguagem simplificada 'pidgin' local que usam para
fazer negócio [com os "civilizados"], para treinar os líderes da
tribo, os quais, por sua vez, podem ensinar ao seu próprio povo e melhorar o
processo. Através destes meios, depois de um certo tempo, a língua de um grupo
pode ser desenvolvida, de modo que, eventualmente, ela possa ser usada para
ensinar toda a Palavra de Deus. Devemos nos lembrar que a Bíblia precisou de
230 anos para ser aperfeiçoada no inglês, desde a primeira tradução de
Wycliffe, do Latim, em 1380, até a BKJ, em 1611. Durante esse período, a própria
língua inglesa estava sendo aperfeiçoada e amadurecida, a partir das suas
raízes: anglo-saxônica, latina, francesa e outras línguas.
O método acima é o que tem sido usado, sucessivamente, durante séculos, pelos
fieis missionários, que jamais usariam a equivalência dinâmica. A
Bíblia deveria elevar as pessoas em direção ao céu e não abaixar o céu em
direção às pessoas. A equivalência dinâmica é um retrocesso, um modo
distorcido de pensamento. A Bíblia não diz que as Escrituras devem ser
traduzidas em cada língua. Ela diz que o Evangelho deve ser pregado a toda
criatura (Marcos 16:15). Embora o Evangelho possa ser traduzido em cada
língua, o mesmo não tem que necessariamente ser verdade com relação a toda a
Bíblia.
Muitos fazem pouco da ideia de se tomar uma linguagem simplificada 'pidgin'
local nascida para as tribos primitivas poderem fazer negócio [com os
"civilizados"] para ensinar as pessoas sobre as coisas de Deus.
Eles falam da necessidade de usar uma “linguagem do coração.” [aquela que o evangelizado
mais conhece e usa mais frequentemente e quando está a sós com as pessoas que
mais ama.] Eles dizem que a língua simplificada para negócios jamais pode
alcançar o coração. Acho isso errado. Os que entendem uma língua, mesmo não
sendo a língua materna, podem entender as verdades de Deus nessa língua. Sim,
seguramente é sempre melhor se ouvir ensinamentos na nossa língua materna [e
que mais dominamos]. Isto vai bem e é bom. Mas digo: se necessário, seria
melhor ensinar todas as pessoas numa língua simplificada para negócios, a fim
de que elas possam ter uma Palavra de Deus não corrompida, em vez de uma
Palavra de Deus corrompida pela equivalência dinâmica.
Visto
como a equivalência dinâmica permite que o tradutor tome tantas
liberdades com as palavras e a forma da Escritura, não existe um firme controle no
processo de tradução. Considerem o seguinte exemplo da primeira parte da 1
Tessalonicense 1:3. Vamos dar a tradução pela fiel BKJ e mais duas traduções
literais e, em seguida, de três versões na equivalência dinâmica.
Veremos que as traduções literais concordam palavra por palavra, visto como não
há nesta passagem nenhum conflito entre T. Receptus e T. Crítico; mas a
[tradução] das equivalências dinâmicas são dramaticamente diferentes não
apenas das versões literais como também uma da outra:
BKJ “...da obra da vossa fé, do trabalho do
amor...”
NASV
(New American Standard Version) “... your work of faith
and labor of love...”
ESV (English Standard Version) “... your work of faith
and labor of love...”
NLB (New Living Bible) “... your work produced by
faith, your labor prompted by love...”
TEV (Today’s English Version) “... how you put your
faith into practice, how your love made you work so hard...”
CEV
(Contemporary English Version) “... your faith and
loving work...”
AMPLIFIED: “your work energized by faith and
service motivated by love”
“A enorme faixa de variabilidade nas traduções deste verso na equivalência
dinâmica mostra que uma vez que a fidelidade à língua original é abandonada,
não existe um controle firme sobre a interpretação. O resultado é um texto desestabilizado.
Encarando a faixa de traduções por equivalência dinâmica, como um leitor
pode confiar numa tradução deste verso para o inglês? E se é possível
traduzir mais exatamente abandonando as palavras do original em favor de suas ideias,
por que as traduções por equivalência dinâmica sempre terminam em tanta
discordância uma com a outra? Em vez de fortalecer a exatidão, a equivalência
dinâmica subverte a nossa confiança na exatidão da tradução.”(Leland
Ryken, The Word of God in English, 2002, p. 82).
Seria
bom considerar, exatamente, para onde se encaminham as coisas, agora, quando o
método da equivalência dinâmica tem ganhado tal ascendência.
Primeiro,
onde prevalece a equivalência dinâmica, já não serão produzidas Bíblias
exatas. Haverá somente paráfrases corrompidas e independentes.
O fato de que a United Bible Societies está incentivando, agressivamente, a
substituição das versões (em equivalência formal) pelas novas versões na equivalência
dinâmica(“linguagem comum”) é amplamente admitido, pelos menos em suas
publicações mais técnicas. Um artigo apareceu no The Bible Distributor,
Número 27, Outubro-Novembro de 1986, intitulado “Promoting a Common Language
Translation” por Daniel C. Arichea, Consultor de Tradução da UBS para a região
Ásia Pacifico, e M.K. Sembiring, Oficial de Informação da Sociedade Bíblica da
Indonésia. Prestem muita atenção a este registro:
Como uma Sociedade Bíblica promove uma linguagem comum (c.l.) , também chamada
tradução em equivalência dinâmica? (d.e.) -- Quais são as maneiras de vencer a
resistência do povo das igrejas, tanto dos líderes como dos membros, às
traduções dinâmicas?
Em 1985, a Indonesian Bible Society embarcou em um programa para promover na
linguagem comum -- a Bíblia da Indonésia, que saiu do prelo em maio daquele
ano. Vários meses antes disso, o pessoal da IBS começou a considerar um
viável programa, A FIM DE GARANTIR QUE ESTA NOVA TRADUÇÃO FOSSE USADA PELAS
IGREJAS, EM TODO O ARQUIPÉLAGO INDONÉSIO. Nas sessões de planejamento, para
este programa promocional, os seguintes assuntos vieram à tona:
A maioria dos cristãos indonésios gosta muito das tradução standard de 1974, na
correspondência formal (f.c.), semelhante em sua natureza à English Revised
Standard Version. A atitude positiva em relação a esta tradução, em geral
resulta numa possível suspeita e atitude negativa a qualquer outra tradução....
Uma proposta básica empregada foi promover a tradução c.l. não em lugar de, mas
em adição à tradução standard, que já é amada e usada, A FIM DE CONSEGUIR
ACEITAÇÃO PARA A MESMA.
A tendência do pessoal da tradução é propalar as traduções dinâmicas, às vezes
ao extremo, ridicularizando as traduções em correspondência formal. EXISTE, É
CLARO, UMA JUSTIFICATIVA PARA ESSE ENTUSIÁSMO. A IDEIA DE QUE AS TRADUÇÕES EM
EQUIVALÊNCIA DINÂMICA OU FUNCIONAL SÃO COMO A PÉROLA DE GRANDE PREÇO DA BÍBLIA:
QUANDO UMA PESSOA A ENCONTRA, ELA É TÃO PRECIOSA QUE A PESSOA TENDE A ABANDONAR
TODAS AS OUTRAS TRADUÇÕES, EM FAVOR DO NOVO TESOURO ENCONTRADO.
Contudo, esta proposta cria problemas para as pessoas que já usavam outras
traduções. Muitas pessoas têm a ideia de que as traduções que elas
acalentam, já não mais serão publicadas e, por causa disso, começam a resistir
à nova tradução, mesmo antes de lerem a mesma.
POR CAUSA DISSO, NOS DECIDIMOS POR UMA NOVA PROPOSTA: promovemos todos os tipos
de tradução. [Passamos a dizer que] Tanto as traduções f.c. como as traduções
d.e. são traduções válidas. O problema é que uma seja melhor do que a outra,
mas que ela nem sempre é reconhecida como sendo traduzida na base de princípios
diferentes. ... Ambas as traduções são válidas e ambas se esforçam em ser fieis
ao texto bíblico. Mas, conquanto a tradução f.c. retenha as várias formas e
termos bíblicos, a tradução d.e. traduz estes termos à luz do contexto; além
disso, ela usa uma linguagem que expressa a significação do texto bíblico,
tão naturalmente como possível, e a um nível próprio para ser entendido pelos
leitores”.
ESTA PROPOSTA DE PROMOVER AMBAS AS TRADUÇÕES TEM DIMINUÍDO A RESISTÊNCIA À
NOVA TRADUÇÃO CL. MUITOS AGORA A LEEM JUNTO COM A TRADUÇÃO F.C. MUITOS TÊM SE
ADAPTADO Á TRADUÇÃO C.L., ESPECIALMENTE APÓS TEREM VERIFICADO QUE A C.L É
MAIS FÁCIL DE SE LER E ENTENDEER.
A partir deste registro de como a versão na linguagem comum está
sendo promovida, na Indonésia, o plano de metodologia da United Bible Societies
se torna claro. Seu objetivo principal é substituir a mais antiga “equivalência
formal” pelas versões em paráfrase da “equivalência dinâmica”.
Eles comparam este novo método à “pérola de grande preço” e reconhecem que
quando um indivíduo reconhece o suposto valor deste método, ele “tende a
abandonar todas as outras traduções pelo novo tesouro encontrado”. Mas
isto apenas demonstra que grande número de cristãos ainda ama as versões mais
antigas e literais e que eles tendem a se tornar cépticos em relação às
versões em linguagem comum. Portanto, a fim de “vencer a resistência do
povo eclesiástico, às traduções em equivalência dinâmica,” eles concebem
várias propostas, pelas quais, durante um período de tempo, a resistência das
pessoas às novas paráfrases seja espertamente quebrada. Primeiro eles elevam
tanto as versões antigas como as novas, como sendo válidas e boas, mas o seu
objetivo principal é substituir as versões formais [pelas versões da
equivalência dinâmica]. Assim, os autores do registro acima proclamam com muito
entusiasmo: “Esta proposta de promover ambas as traduções tem quebrado a
resistência à nova tradução c.l. Muitos agora a leem junto com a tradução
f.c. Muitos têm escorregado, totalmente, para a tradução c.l.”
Em vista disso, recordamos a seguinte citação do livro de Jakob Van
Bruggen - The Future of the Bible:
“As traduções em linguagem coloquial-e-gíria (equivalência dinâmica) têm a
maior prioridade. Seu custo total está pago e este pagamento tem prioridade.
No nível mais baixo da lista estão as traduções numa tradicional linguagem
eclesiástica; fundos nenhuns têm sido formados para estas, exceto os que são
alimentados em campanhas especiais. Ver ‘Table of Priorities,’ Bible Translator
23 (1972): p. 220. Paul Ellingworth escreveu na mesma edição (p. 223): ‘Visto
como a Bible Societies nunca tem dinheiro suficiente para tudo, isto significa
ser improvável que ela dê apoio futuro para traduções na língua eclesiástica
tradicional “ (Jakob Van Bruggen, The Future of the Bible, p. 67).
Vemos que não haverá novos fundos para as versões “eclesiásticas tradicionais”
pela United Bible Societies. Esta é uma situação já existente durante uma
porção de anos. Em Agosto de 1987, recebi uma carta de Geoff Horner, da
British and Foreign Bible Society, o qual reconhecia que “virtualmente,
todas as traduções em execução, atual, feitas diretamente pela UBS são da CLT [
traduções em linguagem comum].” Esta mesma mentalidade existe nos
tradutores da Bíblia Wycliffe, TODAS as suas traduções sendo versões em equivalência
dinâmica O mundo está sendo inundado com “Bíblias” que são, na melhor das
hipóteses, paráfrases.
Além disso, o prevalecimento das versões em equivalência dinâmica
rebaixa o modelo da leitura bíblica nas igrejas e conduz a um progressivo analfabetismo
bíblico. [N.T.
– Na
igreja batista que eu frequento, a esposa do pastor e algumas mulheres jovens
já andam de colo e costas seminus, o que posso atribuir ao uso da Bíblia NVI e
da Contemporânea, no púlpito].
“Finalmente,
após um quarto de século de traduções da Bíblia de fácil leitura, com o objetivo
de tornar a Bíblia acessível às massas, a ignorância bíblica continua em
espiral. Em vez de resolver o problema, as traduções modernas, com a suposição
de uma leitura teologicamente inepta, pode se tornar numa auto-profecia
cumprida” (Ryken,
The Word of God in English, p. 110).
A
Bíblia é mais do que uma coleção de palavras que devem ser corretamente
entendidas. Ela é a majestosa e poderosa Palavra do Deus Vivo. De todos os
livros do mundo, somente a Bíblia tem autoria divina. Então, uma boa tradução
da Bíblia deve ser absolutamente exata e será mais do que isso. Ela será
majestosa. Ela não deve ser lida como um jornal ou novela ou discurso
político, mas como a eterna Palavra de Deus!
Considerem as seguintes declarações, ao longo desta linha, feitas por um
professor de literatura em uma faculdade cristã (seminário):
“O que se perde, enquanto nos movemos descendo, continuamente, do exaltado
para o coloquial-e-gíria? A primeira coisa que se perde é a dignidade da
Palavra de Deus. Quando descemos na escala das linhas estabelecidas [de beleza
e elegância/, e quando apropriadas, a eloquência, da Bíblia em favor de um
formato simplório e prosaico, a Bíblia deixa de ser algo especial. Um crítico
das modernas traduções coloquiais-e-gíria disse, acertadamente, que esta
espécie de ‘gentil familiaridade, também pode alimentar desprezo’ ... Um
segundo efeito do rebaixamento da linguagem é a perda do poder ativo, do qual
a BKJ já foi a pedra de toque. O revisor de uma tradução moderna comenta uma
passagem, usando esta declaração: ‘Quase tudo se perdeu [da BKJ]: não apenas o
ritmo, mas o senso de autoridade que o acompanha – aquele senso de abraçamento,
que não estamos apelando às ideias ou vagas esperanças para nós mesmos, mas a
firmes promessas e fatos. Ela [linguagem] tornou-se fraca.’” (Leland
Ryken, The Word of God in English, pp. 205, 206).
“O
ritmo de Deus para a Bíblia é como um exame de qualificação: “Se uma tradução
não pode ser medida neste assunto, ela não vai se tornar uma Bíblia superior
para uso público e leitura oral, na maior parte das situações particulares.
... O melhor teste do ritmo é simplesmente ler a passagem em voz alta. ... Se
uma leitura oral da passagem flui naturalmente ela evita paradas abruptas
entre as palavras e as frases, onde é possível, e provê um senso de
continuidade, ritmicamente excelente. Se uma tradução interrompe a fluência da
linguagem e é, consistentemente, abreviada no efeito, ela é ritmicamente
inferior. ... Todas estas considerações fazem do ritmo um item essencial na
tradução, não algo periférico. Para um livro que é lido em voz alta, como
sempre acontece com a Bíblia, e para um livro cujas leituras são tão
frequentemente acrescidas de fortes sentimentos e ideias sublimes um ritmo
excelente deveria ser observado como um dom” (Ryken, pp. 257, 259).
“‘Tornar a Bíblia legível, no sentido moderno, significa nivelar o tom e
convertê-lo em uma tépida prosa explanatória, aquilo que, na BKJ, é indomável,
repleto de exclamações, poético e apaixonado. Isto significa diminuir a
voltagem da BKJ , de modo que ela não sopre qualquer centelha de ignição’”
(Ryken, citando Dwight Macdonald, “The Bible in Modern Undress,” em Literary
Style of the Old Bible and the New, ed. D.G. Kehl, 1970, p. 40).
“‘Corremos sério perigo de perder, numa era de prosa nivelada [em tom de
bate-papo informal], uma capacidade essencial e sem preço da linguagem,
totalmente verificada na Bíblia Em inglês..., a capacidade de expressar em tom
e sobretom, pelo ritmo e pela beleza e força do vocabulário, os desejos
espirituais religiosos e éticos do homem’”(Ryken, quoting Henry Canby, “A
Sermon on Style,” in Literary Style of the Old Bible and the New, ed. D.G.
Kehl, 1970, p. 427).
“Tom é o termo literário que se refere a tais coisas como a atitude do
escritor em relação ao (dele ou dela) assunto em pauta, a adequação do estilo ao
conteúdo, e correição [ou corretude] do efeito sobre um leitor.. ... De tempos
em tempos, descubro os sentimentos dos defensores da equivalência dinâmica de
que a Bíblia ”não deveria parecer como sendo a Bíblia’. Billy Graham
endossou The Living Letters, ao dizer que ‘é emocionante ler a Palavra ...
[em] um estilo que mais parece o jornal de hoje’. Discordo
deste veredicto. Um livro sagrado deveria parecer como um livro sagrado, não
com [o tolo cronista social ou policial] do jornal diário. Ele
deveria ordenar atenção e respeito, e fazer com que não seja expressado no
idioma de uma parada de caminhoneiros [quando conversando bobagens, o que se
aplica a qualquer grupo de profissionais conversando bobagens para passar o
tempo]. O fracasso das modernas traduções coloquiais-e-gíria é, frequentemente,
um fracasso no tom” (Ryken, The Word of God in English, pp. 278, 279,
280).
“O que um erudito literário disse sobre uma tradução moderna é geralmente
verdade no que se refere a toda a tradução dinâmica equivalente e coloquial-e-gíria:
‘ela desliza mais suavemente para dentro do ouvido moderno‘, mas também desliza
mais suavemente para fora; a cerimônia diferente e antiga das formas antigas
fazia com que elas permanecessem por mais tempo na mente’. Não é somente a
proliferação das traduções que tem tornado difícil a memorização da Bíblia,
quando não, uma causa perdida. Estas traduções são inerentemente deficientes
nas qualidades que facilitam a memorização” (Ryken, The Word of God in
English, p. 284). [realce
pela tradutora]
... [N.T. Nos três primeiros anos
após a sua conversão, a tradutora memorizou a Bíblia e até hoje isso tem-lhe
ajudado, quando precisa encontrar, às pressas, uma citação bíblica”.
“‘Creio que a igreja cristã tem uma profunda responsabilidade em relação a
[o nível de] a linguagem do povo ... Em vez de usar, ou explorar a flácida e
vazia linguagem do nosso tempo, a Bíblia deveria ser constantemente mostrada
lançando uma luz sobre a mesma, cauterizando suas impurezas.’” (Ryken,
citando Martin Jarrett-Kerr, “Old Wine: New Bottles,” in The New English
Bible Reviewed, p. 128).
As
Escrituras em Hebraico e Grego são belas, majestosas e dignificadas; quando
elas são traduzidas, exata e literalmente, por pessoas qualificadas literária
e espiritualmente, sua inerente majestade vai brilhar através da tradução. A
equivalência dinâmica não pode produzir uma tradução verdadeiramente
majestosa porque toma excesso de liberdades com a Palavra de Deus; De fato, a
equivalência dinâmica desdenha a majestade e grandeza da Bíblia e
rebaixa, voluntariamente, o mais nobre dos livros ao nível de um jornal
inferior, o qual tem valor tão baixo que é lido hoje e jogado fora, amanhã.
[realce
pela tradutora]
Não
há mais confiança porque as equivalências dinâmicas estão em conflito,
umas com as outras, e não existe um modelo estabelecido. Já demos exemplos
disto.
Não
haverá confiança por causa da multiplicidade das traduções. O método de
tradução da equivalência dinâmica exige que a Bíblia seja continuamente
retraduzida, porque a linguagem está sempre mudando ao nível comum de cada dia.
A “linguagem de hoje” é sempre nova, de modo que uma Bíblia que supõe estar na
“linguagem de hoje” deve ser sempre nova. Uma multiplicidade de Bíblias cria
confusão, porque o indivíduo é confrontado com uma feroz variedade de
versões, cada uma delas afirmando ser melhor do que as outras. Será que todas
estas Bíblias podem ser, realmente, a Palavra de Deus?
“O efeito [da proliferação de traduções da Bíblia] tem sido desestabilizar
o texto bíblico -- para torná-lo sempre em mudança, em vez de permanente. Com
esta sucessão de novas traduções (e de sua constante revisão), as pessoas têm
perdido a certeza na confiabilidade das traduções em inglês. Se cada uma
traz uma nova tradução, aparentemente as existentes não devem ser
suficientemente boas. E se as prévias eram inadequadas, que razão existe para
se acreditar que as atuais sejam melhores?” (Leland Ryken, The
Word of God in English, p. 187). [realce pela tradutora]
A
multiplicação de Bíblias em inglês tem diminuído seriamente o hábito de
memorização da Bíblia. E as deturpadas versões na equivalência dinâmica
têm desencorajado quase totalmente esta prática.
“Perdemos uma Bíblia comum aos cristãos de língua inglesa. A comunidade
cristã já não fala a ‘língua’ universal. E com a perda de uma Bíblia comum,
temos perdido a facilidade na memorização da Bíblia. Além disso, quando existe
uma Bíblia comum, as pessoas a escutam, sempre e sempre, e a memorizam,
virtualmente, sem perceber, isso, conscientemente; mas esta facilidade tem-se
perdido, depois das múltiplas traduções. Também, com a proliferação das
traduções, as igrejas e organizações encontram dificuldade em saber qual
tradução deve ser escolhida para o propósito da memorização; e mesmo depois que
a escolhem, existe uma variedade, de forma que uma pessoa encara a perspectiva
de precisar memorizar traduções de conteúdo diferentes” (Ryken, The Word of
God in English, p. 62). [realce
pela tradutora]
Tenho visto muitos exemplos disto.
Em agosto de 2003, visitei a Saddleback Community Church, no sul da Califórnia,
pastoreada pelo por Rick Warren, o homem famoso da Igreja com Propósito. Observei
que, no auditório, poucas pessoas carregavam Bíblias, e a razão ficou clara,
quando vi a multiplicidade de versões ali usadas na pregação. Um resumo do
sermão foi entregue no boletim, no qual foram citadas seis ou sete versões, a
maior parte delas parafraseada, como a Bíblia Viva, a Nova Bíblia Viva, a
Mensagem, e a Versão na Linguagem de Hoje. Teria sido impossível seguir a
leitura em uma Bíblia, sem considerar a que você teria levado. O resultado é
que muitas pessoas não trazem as suas próprias Bíblias e, portanto, não
podem conferir, cuidadosamente [as heresias] da pregação.
Acontece que já não existe a mínima chance de memorização dentro desse
contexto, como existe quando as pessoas usam uma [única] versão [que
nunca muda durante décadas e séculos, e ela está] na equivalência formal.
[realce
pela tradutora]
Onde
prevalece a equivalência dinâmica, pode não haver mais Bíblias
completas. Existe um estranho movimento da United Bible Societies no sentido de
produzir seleções da Bíblia, ou até mesmo do Novo Testamento, em
vez de Bíblias completas. Jacob Van Bruggen escreve sobre este desenvolvimento:
“Até mesmo uma tradução na linguagem comum, como a TEV, ainda é um livro
volumoso. Ele não ‘é fácil de ler’ para todas as pessoas. Portanto, o
objetivo da Bible Societies, é prover traduções para concretos grupos visados,
tais como os ‘Leitores Principiantes; Crianças e Jovens; Estudantes e
Juventude; Mulheres; Os Cegos e de Deficientes Visuais; Grupos Especiais
(exemplo, pessoas em férias); vítimas de desastres naturais; trabalhadores
migrantes; prisioneiros; pessoas hospitalizadas; membros de serviços armados;
Audiências da Mídia de Massa; Pessoas que escutam as Escrituras [“Libere a
Palavra para o Homem Moderno”! O Programa de Avanço para os anos 70 adotado
pelo UBS Council at Addis Ababa,” Sec. I: Main Target Groups,
Bulletin of the UBS 93, 1973, p. 5ff.].
Traduções
separadas da Bíblia, para todos esses grupos e situações, não seriam possíveis.
Para alcançar tal variedade de grupos e situações, passagens selecionadas da
Bíblia devem ser usadas. A tabela abaixo indica que a produção de seleções
está crescendo mais rapidamente do que a de Bíblias completas:
Proporção de Bíblia [completas] para Seleções [somente partes] distribuídas em
escala mundial pela UBS:
1962: 1 Bíblia [completa] para cada 3,5 seleções [somente partes da Bíblia]
1969 1 Bíblia [completa] para cada 18.5 seleções [somente partes da Bíblia]
1974 1 Bíblia [completa] para cada 33 seleções [somente partes da Bíblia] (Van
Bruggen, The Future of the Bible, p. 30).
Os que se encontram por trás do desenvolvimento deste fenômeno argumentam que
estão de volta às condições que existiam antes da invenção da imprensa ter
feito possível a disseminação da Bíblia. De fato, eles professam que esta
movimentação de já não se produzirem Bíblias completas, em favor da publicação
de seleções da Bíblia, eles estão voltando às puras condições da igreja
primitiva.
Conforme Eugene Nida, uma Bíblia completa não alcança um efeito nem de longe equivalente
ao de apenas uma seleção:
“Algumas pessoas ainda têm medo das consequências desses desenvolvimentos
[focalizando a produção de porções da Bíblia em vez de Bíblias completas], mas
em um sentido a Bible Societies está reproduzindo hoje o equivalente cultural
que aconteceu na primeira geração da igreja cristã, quando as palavras de
Jesus e as narrativas do Seus maravilhosos feitos foram amplamente circulados,
quer em panfletos ou, evidentemente, conforme muitos eruditos acreditam, como
séries de amarradinhos de seleções” (E. Nida, “A New Epoch in the Bible
Societies,” Bulletin of the UBS, #96, 1974, pp. 7-8).
Temos aqui um erro sério. A tentativa de voltar ao primeiro século, neste
assunto em particular, é um regresso, não um progresso. As igrejas primitivas
ainda não possuíam todo o Novo Testamento compilado em um volume, embora
reconhecessem, pela direção do Espírito Santo, quais epístolas e escritos eram
Escritura Sagrada e quais os que eram espúrios. Se aos cristãos do primeiro
século tivesse sido dada a oportunidade de ter toda a Bíblia lindamente
reunida em um volume, conforme temos hoje, podemos ter certeza de que eles a
possuiriam e tê-la-iam adquirido e guardado como um tesouro [sem preço],
guardando-o com as suas próprias vidas. Não foi essa a vontade de Deus; eles
estavam vivendo num período de transição, durante o qual a Bíblia Sagrada
estava sendo completada, com os seus capítulos finais ainda sendo escritos.
Devemos louvar a Deus que esse tempo tenha passado. O Livro está completo e o
Deus da História tem dado ao homem a imprensa, a fim de que o bendito Livro
possa ser impresso e disseminado, economicamente, no mundo inteiro, de modo
que a pessoa mais humilde possa ter a sua própria cópia da exata Palavra de
Deus... Um desejo de voltar a um período mais antigo da história, durante o
qual esta bênção não era possível, é uma estranha tolice. Mas é exatamente isso
que está sendo proposto – e seriamente proposto – pelos desorientados gurus que
estão dirigindo as influentes United Bible Societies.
“Então, o que vai ser do futuro da Bíblia? Ela vai continuar sendo um livro
completo, ou vai se tornar em um molho de seleções? A Bíblia vai continuar
sendo um livro [isto é, um texto] para todos, ou cada indivíduo no futuro
escolherá suas seleções e montará o seu próprio molho de seleções?” (Van
Bruggen, pp. 30-32).
Por
falta de espaço não podemos continuar [a mostrar] os exatos princípios ou erros
da equivalência dinâmica. Nosso objetivo tem sido informar o povo de
Deus como ela tem se tornado popular, nos últimos anos, e admoestá-lo,
sucintamente, sobre o seu perigo. Estamos lidando com algo que tem uma enorme
e crescente influência em todo o mundo - e não apenas entre os modernistas e
novos evangélicos, mas agora, também, entre alguns fundamentalistas.
É crucial entender que a "mentalidade da linguagem comum" tem aberto
enormes portões de corrupção. É impossível produzir uma Bíblia pura, seguindo
tais princípios. Tendo eles e os seus seguidores se perdido dos princípios da
tradução literal, os gurus da equivalência dinâmica estão fazendo com
que o mundo fique repleto de paráfrases. Essas pessoas não têm uma âncora.
Elas se perderam da indobrável autoridade do texto original. Então, não
existirá um limite nem fim para o pensamento herético que este movimento vai
mostrar. [realce
pela tradutora]
Caros irmãos, fiquem em alerta e permaneçam firmes.
Tendo
visto algo sobre a imensa influência que a equivalência dinâmica exerce
na obra de tradução da Bíblia, hoje em dia, vamos voltar a um triste assunto
final. Quando estávamos estudando os livros sobre os princípios da equivalência
dinâmica, com o objetivo de expor os seus erros, ficamos chocados ao saber
que uma organização fundamentalista - Association of Baptists for World
Evangelism (ABWE) [metade
dos missionários Batistas Regulares do Brasil são da ABWE] - tem adotado estes
princípios para a tradução na língua bengalense de Bangladesh e da Índia. Por
causa da difundida promoção da equivalência dinâmica, acreditamos que
ela será amplamente adotada pelos missionários fundamentalistas, e desejamos
propagar uma nota de admoestação.
O envolvimento da ABWE com a equivalência dinâmica está documentado em
um livrete escrito pela missionária [Batista Regular] Lynn Silvernale e
publicado pela ABWE em 1983. O livrete - By the Word - é uma revisão
da tradução do projeto e princípios usados pela AB Bengalense. Silvernale
foi encarregada do projeto, o qual teve início em 1966, e, conforme ela explica
através do livro os princípios a tradução que seguiu, continuamente e sem
reserva ela cita tradutores modernistas, tais como Eugene Nida, da United Bible
Societies e tradutores neo-evangélicos, como John Beekman and John Callow, da
Wycliffe.
Como já vimos, Nida é o principal guru da equivalência dinâmica e é um
liberal. Ele nega a reparação pelo sangue e a perfeita inspiração e preservação
da Escritura.
Quando Silvernale estabeleceu os princípios do projeto da tradução bengalense,
ela se voltou para os escritos de homens como esses, apesar da Bíblia exigir
que nos afastemos de tais homens e dos seus ensinos. De fato, isso é estranho,
num suposto projeto missionário fundamentalista; porém, ainda mais estranho é
o fato de que esses princípios não escriturais tenham sido submetidos à ABWE no
conselho do campo em Bangladesh, E APROVADOS. (Silvernale, By the Word,
p. 34).
As citações seguintes do livro de Silvernale mostram a razão porque estamos tão
preocupados a respeito disso. O livrete inicia com uma cena da vida da
missionária Silvernale, anos atrás, na qual ela tenta ler uma Bíblia para os
moradores de uma vila bengalense e fica frustrada diante da incapacidade deles
entenderem. A solução proposta para este problema é uma tradução em equivalência
dinâmica.
“Que oportunidade para um novo missionário. Ela havia preparado bem a sua
lição e os seus ouvintes balançavam suas cabeças concordando com interesse.
Para enfatizar a sua estória e atingir o ponto, ela abriu a sua grande Bíblia
vermelha bengalense e disse: “Escutem o que Deus diz: ‘Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus ... Somos todos
trapos de imundícia.’”
“Gradualmente o desinteresse cresceu novamente e o interesse se desfez.
Olhares evasivos a saudaram, enquanto ela lia verso após verso da Bíblia. Em
seguida, uma senhora levantou-se e falou: ‘O que a senhora está tentando nos
dizer? Não entendemos essas palavras’”.
“Esta foi exatamente a situação em que eu me encontrei, in 1963, na remota
pequena vila do Paquistão oriental (agora Bangladesh). Alguns dos meus
confrades missionários na cidade estavam tendo a mesma experiência, ao mesmo
tempo. Os ouvintes eram bengalenses - alguns budistas, alguns hindus, alguns
muçulmanos e alguns cristãos [católicos]. Sua língua era a rica e expressiva -
língua bengalense do ganhador do Prêmio Nobel, Rabindranath Tagore. A Bíblia
usada foi a versão bengalense, muitas vezes referida como a Bíblia Carey [William
Carey (17 de agosto de 1761 - 9 de Junho de 1834), conhecido como o "pai
das missões modernas", foi um ministro evangelista batista missionário
inglês para a Índia, e traduziu a Bíblia para o Bengalense, o Sânscrito e
vários idiomas e dialetos da Índia.] .
“Parecia que nada poderia ser feito, mas apenas dar uma espúria paráfrase de
verso, no momento em que desejávamos ensinar, mas, de algum modo, isso não é a
mesma coisa, ‘escutem, isto é o que Deus diz. Estas são palavras de Deus’.
Lembrei-me de uma repetida questão que li, certa vez, em algum material de
tradução da Bíblia: ‘Se Deus tinha uma mensagem para mim, não seria esta em
minha língua?’
“Foi isto que fez o East Pakistan Field Council of the Association of Baptists for
World Evangelism embarcar em um projeto de tradução do Novo Testamento, em
1966, e prosseguir, com o projeto do Antigo Testamento, em 1978” (Lynn
Silvernale, By the Word).
O que Silvernale descreve é um problema comum. A cena poderia ser vista nos Estados
Unidos, tão facilmente como em Bangladesh.Tenho visto os mesmos olhares
evasivos durante estudos bíblicos de homens, numa prisão do Condado, em
Coupeville, Washington, do mesmo modo como Silvernale os viu, na vila, em
Bangladesh. Uma tradução fiel da Bíblia não é um livro fácil de ser entendido.
Para entendê-la [com suficiente profundidade] são necessários uma considerável [atenção,
abertura de coração,] diligência e estudo [antes de tudo a ação do Espírito
Santo no ouvinte e em quem prega]; isso exige um mestre. Isto é especialmente
verdade para os que não são salvos. Quando Felipe indagou ao eunuco se ele
estava entendendo o que estava lendo, o eunuco respondeu: “Como poderei
entender, se alguém não me ensinar?” (Atos 8:26-31). Podemos argumentar, à
vontade, a respeito disso, mas o fato é que é esta a maneira pela qual Deus
ordenou essas coisas. A Bíblia NÃO foi escrita de modo a ser entendida com
facilidade pelos não salvos, nem mesmo pelos salvos, a não ser que estes se
apliquem, diligentemente, ao estudo,ou tenham mestres apropriados. É a
natureza da sabedoria que deve ser buscada “como a tesouros escondidos”(Provérbios 2:1-5).
Contudo,
Silvernale e outros proponentes da equivalência dinâmica, não estão
satisfeitos com isso. Sua resposta ao problema do entendimento da Bíblia é
produzir uma paráfrase. Vocês podem imaginar Felipe,o evangelista, propondo
tal coisa a Pedro e a Tiago, em seu regresso a Jerusalém? “Companheiros,
encontrei um homem [Etíope] no deserto que estava lendo Isaías, mas não podia
entendê-lo. Era obscuro para ele. Creio que precisamos fazer uma versão na
equivalência dinâmica, a fim de que este pessoal possa entender as Escrituras,
eles mesmos [sozinhos e sem precisar de nenhuma ajuda]”. Tal pensamento
jamais penetrou nas mentes dos homens de Deus da antiguidade. Contudo, hoje
existe uma nova geração que não teme fazer mudanças na Palavra de Deus, a fim
de que esta se conforme, “dinamicamente” à situação do homem. [realce pela
tradutora]
Infelizmente,
Silvernale e a ABWE de Bangladesh se encontram entre esses [da geração que não
teme torcer a Bíblia poder ser facilmente entendida por todo homem natural, sem
nenhuma ajuda]. Podemos ver isso nas declarações, no livro de Silvernale. Embora
ela afirma acreditar na necessidade de iluminação dos mestres e do Espírito
Santo, não está satisfeita com uma tradução literal.
Devemos entender que a Bíblia bengalense padrão [traduzida por William Carey no
século 19] bem segue a metodologia de tradução que prevaleceu na obra da
Bíblia, até alguns anos atrás. É o mesmo tipo de tradução da Bíblia Alemã e da
BKJ. Contudo, Silvernale e a ABWE em Bangladesh estão seguindo a multidão
de hoje, a qual está dizendo que esse tipo de Bíblia é aborrecida e literal
demais e não pode fazer o serviço.
Deixem-me esclarecer que não estou colocando um selo de aprovação na Bíblia Bengalense
de Carey. Não sei se ela é ou não é uma boa tradução. Ela poderia necessitar de
uma atualização e revisão. Não sei. Mas, se ela é literal e exata, é melhor do
que qualquer tipo de equivalência dinâmica.
Mas, considerem como a solução da ABWE para o “problema” da literal Bíblia
Carey Bible é uma equivalência dinâmica.
“Apesar de algum treinamento linguístico e de uma breve exposição à obra de
tradução, antes de vir para Bangladesh, fui muito ingênua sobre o que estava
envolvido na tradução da Bíblia e como é feita.Se eu tivesse verificado o que
estava nisso envolvido, jamais teria embarcado no projeto de tradução do Novo
Testamento Bengalense! ...
“Comecei a ler tudo que encontrava sobre tradução e aprendi que existem três
tipos de tradução. Vários autores os classificam diferentemente, mas a
classificação de Beekman ao traduzir a Palavra de Deus [uma publicação da
Wycliffe Bible Translators] fez bastante sentido.
Ele se refere a duas propostas básicas de tradução: a literal e a
idiomática. Estas conduzem a quatro tipos de traduções: a altamente literal,
literal modificada, a idiomática, e a indevidamente livre. “... PARA OS
CRENTES AMPLAMENTE SEMI-ILETRADOSOU NOVOS LEITORES, COMO EM BANGLADESH, E PARA
O USO NO EVANGELISMO COM PESSOAS NÃO CRISTÃS, QUE TENHAM TIDO UMA BREVE
EXPOSIÇÃO PRÉVIA AO ENSINO CRISTÃO, O TIPO IDIOMÁTICO DE TRADUÇÃO É
DEFINITIVAMENTE PREFERÍVEL. OBVIAMENTE, FOI ESTE O CASO EM BANGLADESH, ONDE JÁ
HOUVE UMA MUITO AMADA, MAS POUCO ENTENDIDA, TRADUÇÃO LITERAL BENGALENSE.... [realce pela
tradutora]
“Aqui,
nada existe de especial ou ‘sagrado’ sobre a linguagem da Bíblia. O Grego e o
Hebraico estão sujeitos às mesmas limitações de todas as línguas naturais. ...
“A forma linguística do original é importante, porque devemos estudá-la cuidadosamente
a fim de encontrar a significação da Escritura. MAS, NÃO EXISTE BASE PARA
CRER QUE O PROPÓSITO DA INSPIRAÇÃO FOI TAMBÉM DAR UMA ESTRUTURA BÁSICA DE
SUPERFÍCIE A SER SEGUIDA POR TODAS AS TRADUÇÕES”.(Silvernale, By the
Word). [realce
pela tradutora]
É óbvio que Silvernale e a ABWE em Bangladesh adotaram a moderna metodologia da
equivalência dinâmica como solução ao problema de que os bengalenses não
podiam entender facilmente as Escrituras. Os bengalenses já possuíam o que ela
chamou “uma tradução literal modificada“, com a qual não estavam satisfeitos.
Este, acreditamos, é o grande erro. A Bíblia deve ser traduzida exata e
literalmente. Este-e-somente-este é o papel do tradutor da Bíblia. Em
seguida, o papel do evangelista e do mestre é explicá-la e produzir ferramentas
e comentários, para ajudar as pessoas a entendê-la. A ABWE em Bangladesh
confundiu o papel do tradutor com o do mestre. Ela nega que isso tenha sido
feito, mas creio que os fatos se explicam por si mesmos. Isso é exatamente o
que eles [os da ABWE] fizeram.
E observem esta perigosa declaração de Lynn Silvernale, “Nada existe de
especial ou ‘sagrado’ sobre a linguagem da Bíblia. O Greco e o Hebraico estão
sujeitos às mesmas limitações de todas as línguas naturais”. [realce pela
tradutora]
É
óbvio que esta missionária fundamentalista foi profundamente influenciada pelos
gurus da equivalência dinâmica, tais como Eugene Nida. Dizer que nada
existe de especial na língua da Bíblia é negar a soberania de Deus e a
inspiração divina da Escritura. As próprias línguas - o Grego e o Hebraico
-são sujeitas a limitações na vida diária, quando usadas por homens falíveis,
mas não quando usadas na Escritura, sob inspiração divina! [realce pela
tradutora]
Para melhor ilustrar como Silvernale se enamorou da equivalência dinâmica
e dos seus promotores, observamos a sua desqualificada recomendação dos
tradutores a Bíblia Wycliffe: “...nada que se compare com os cursos
oferecidos pelo Summer Institute of Linguistics durante o verão ... ou durante
o normal ano escolar, no International Linguistics Center in Dallas, Texas”
(Silvernale, p. 44).
Nada que se compare, de fato! Conquanto fosse possível ver o SIL como uma fonte
auxiliar da linguística, ela está errada de tal modo a falhar em dar uma clara
admoestação sobre as teorias de tradução radicalmente ecumênicas e apóstatas
promovidas pela Wycliffe. Para mais informações sobre Wycliffe, chamaríamos a
sua atenção para o nosso artigo “Wycliffe Bible Translators: Whither
Bound?”. Este se encontra na Fundamental Baptist CD-ROM Library, o
qual está disponível na Way of Life Literature.
Seríamos cuidadosos ao ponto de mostrar que Silvernale e a ABWE, sem dúvida,
não iriam tomar o exato tipo de liberdades na tradução que liberais como Eugene
Nida e Robert Bratcher têm tomado. Contudo, não é possível produzir numa
tradução verdadeiramente pura das Escrituras, usando os princípios da equivalência
dinâmica, os quais compõem a tradução bengalense da ABWE, na versão em
linguagem comum. Existem liberdades tomadas que ultrapassam a licença que nos
foi dada por Deus. Acreditamos que alguém não esteja contente com uma versão
“literal modificada”, a qual se afastou da apropriada obra de tradução da
Bíblia. Nós mencionaríamos mais uma coisa, a versão em linguagem comum
bengalense publicada pela United Bible Societies (UBS). Esta seria uma
admoestação suficiente para os que estão cientes do ecumenismo e apostasia da
UBS. Os fundamentalistas absolutamente nada deveriam ter com estes
corruptores da Bíblia. Existem publicadores fieis à Bíblia, tais como a
Trinitarian Bible Society e a Bearing Precious Seed. Não há desculpa para
comunhão alguma com os que têm produzido tais perversões como a Versão na
Linguagem de Hoje e a Nova Bíblia Em inglês. Novamente, eu chamaria a
atenção para o nosso livro -Unholy Hands on God’s Holy Book: A Report on
the United Bible Societies. Este se encontra disponível na Way of Life
Literature. Veja o catálogo online, em http://www.wayoflife.org ou chame
866-291-4143.
The Word of God in English: Criteria for Excellence in Bible Translation foi
publicada em 2002 (Wheaton: Crossway books). O autor, Dr. Leland Ryken, um professor
de inglês no Wheaton College, escreve em defesa da tradução literal ou formal
da Bíblia, oposta à equivalência dinâmica.
Embora Ryken não defenda a BKJ, como sendo embasada no Texto Massorético
Hebraico e no Texto Recebido em Grego, ele defende o seu estilo literal de
tradução e elevado estilo de tradução. Ele aplaude continuamente a BKJ,
louvando a sua beleza, dignidade e poder. Ele a usa, repetidamente, como
exemplo de tudo que seja uma boa tradução da Bíblia. Ele sugere que a obra de
tradução seja feita conforme “a tradução da BKJ” (pp. 282, 284). O livro contém
muitas citações exaltando a BKJ. Ela é “inigualável entre as obras primas
literárias” (p. 270), “inquestionavelmente, o livro mais bonito do
mundo” (p. 267), “o monumento mais nobre da prosa inglesa” (p.
258), “incomparavelmente, a melhor tradução em inglês, quanto ao ritmo”
(p. 259), “quando se chega ao ramo estilístico e à flexibilidade, a BKJ é
incomparável” (p. 227), “a pedra de toque do poder afetivo” (p.
206), “sem igual nas suas qualidades literárias entre todas as traduções em
inglês” (p. 188), “a tradução em inglês supremamente literária” (p.
163), “imensuravelmente superior” (p. 163), “a pedra de toque da
excelência literária”(p. 62), “estilisticamente, a maior tradução em
inglês da Bíblia já produzida” (p. 51). [N.T. A tradução exata da
BKJ em Português é a Bíblia Corrigida e Revisada Fiel da Trinitariana, a qual
recomendamos aos nossos leitores].
Ryken
serviu como estilista literário para a English Standard Version, de modo
que ele não se opõe às versões modernas per se, mas somente às versões na equivalência
dinâmica. Ele também defende as versões modernas produzidas conforme o
texto grego de Westcott-Hort. Não sei até que ponto ele realmente conhece o assunto
textual, pois ele toma a posição standard, que rejeitamos, a de que a BKJ “não
é embasada nos melhores manuscritos”.(p. 284). Poderíamos desafiar o
professor a ler a obra do Dr. Edward F. Hills -The King James Bible Defended,
uma edição preliminar do que foi escrito nos anos 1950, depois que o Dr. Hills
obteve o doutorado em crítica textual, em Harvard. Também recomendaríamos que
ele lesse - The Revision Revised, do grande erudito textual, o Deão
John Burgon, a fim de ver o outro lado da história do Novo Testamento Grego de
Westcott-Hort.
O Dr. Ryken é um evangélico, no que se refere a crer que a Bíblia é a infalível
Palavra de Deus, mas é um neo-evangélico (como se pode assumir, pela sua
associação com a Wheaton). Isso é ilustrado pela sua citação crítica de
liberais como Bruce Metzger e Krister Stendahl, os que mantêm doutrinas e
métodos que ele rotula como sendo não escriturais. Por exemplo, após condenar a
equivalência dinâmica, porque esta contraria a elevada visão sobre a
inspiração e autoridade da Bíblia, o que é verdade, Ryken se apressa em
amaciar o sopro, dizendo:“Quero registrar em público o meu respeito pelos
tradutores e publicadores, cuja teoria e prática da tradução creio ser
teológica e eticamente deficiente” (Ryken, The Word of God in English,
p. 123).
O neo-evangélico se esforça em ser “tanto isto como aquilo” em vez de ser
“ou isto ou aquilo, mas não ambos”. Ele deseja manter a verdade, mas não
condena, nem se separa dos que laboram em erro. Isto é contrário à Palavra de
Deus, conforme o Salmo 119:128: “Por isso estimo todos os teus
preceitos acerca de tudo, como retos, e odeio toda falsa vereda.” O salmista recusa a
filosofia neo-evangélica, contrária ao que se refere a amar somente a verdade e
odiar o erro; esses homens estão corrompendo a Palavra de Deus, através de
métodos não escriturais, como a equivalência dinâmica, - e eles estão!
- deveriam ser clara e inequivocamente condenados e não respeitados ou
tolerados! Deus admoestou que os que acrescentam ou subtraem a Sua
Revelação vão perecer (Apocalipse 22:18-19). Estas são palavras duras. Quem
somos nós para abençoar aqueles que o Senhor amaldiçoou?
Mesmo assim, os argumentos Dr. Ryken contra a equivalência dinâmica são
poderosos e dignos de estudo pelos defensores da BKJ. Recomendamos que vocês
obtenham uma cópia deste livro para a sua biblioteca.
A seguir, temos alguns excertos deste livro de 336 páginas:
“As palavras do próprio autor do livro têm importância. Aos publicadores e
editores não é normalmente permitido mudar as palavras dos textos literários.
Os leitores esperam receber as legítimas palavras do autor. As mudanças na
linguagem tornam os textos das eras passadas difíceis, arcaicos e até obsoletos
aos leitores que são educados nas significações das palavras. ... Não deveríamos
tratar as palavras e textos da Bíblia com o mesmo respeito que demonstramos
por Shakespeare e Milton? As exatas palavras dos autores bíblicos não merecem
a mesma proteção contra a alteração que os autores comuns recebem? Não
deveríamos esperar que os leitores usassem o mesmo nível de rigor para a
Bíblia que eles esperam aprender na escola secundária e nos colégios de cursos
literários? ... Minha resposta é que isso não acontece. A tradução não
poderia ser uma ocasião de licenciosidade. As regras comuns da exatidão,
integridade e confiabilidade textuais ainda prevalecem. De fato, deveríamos
achar que a Bíblia seria o último livro com o qual as pessoas tomassem
liberdades.”(Leland Ryken, TheWord of God in English, pp. 30,
31). [realce
pela tradutora]
“As traduções modernas têm participado no espírito dos tempos - um
espírito incansável de mudança, iconoclástico em sua desrespeitosa atitude em
direção contrária ao que foi venerado no passado, permitindo automática
preferência ao que é novo e original” (Ryken, TheWord of God in
English, p. 62). [realce
pela tradutora]
“Perdemos a Bíblia comum aos cristãos de língua inglesa. A comunidade crista
já não fala a ‘linguagem’ bíblica universal. E com a perda de uma Bíblia
comum, perdemos a facilidade de uma fácil memorização da Bíblia. Além de tudo,
quando existe uma Bíblia comum, as pessoas a escutam, sempre e sempre, e a
memorizam virtualmente sem se conscientizar do que estão fazendo; mas esta
facilidade se perdeu com as múltiplas traduções. Além disso, com a
proliferação de traduções, as igrejas e organizações, acham difícil saber qual
a tradução mais adequada à memorização; e mesmo depois que escolhem, existe uma
tal variedade que uma pessoa encara, que a perspectiva de precisar memorizar as
traduções diferentes, em diferentes escritas” (Ryken, TheWord of God in
English, p. 62). [realce
pela tradutora]
“A tarefa dos tradutores é simplesmente reproduzir em inglês tudo que
encontram no original” (Ryken, TheWord of God in English,
p. 71)
“O simples fato do assunto é que a Bíblia é um livro antigo, não um livro
moderno. Traduzi-la para o inglês, de modo que ela pareça um livro moderno, é
distorce-la” (Ryken, The Word of God in English, p. 74) [realce pela
tradutora]
“Os mesmíssimos tradutores que se esforçam tanto pela necessidade de
traduzir a Bíblia em termos imediatamente compreensíveis, com todos os
problemas de interpretação removidos dos leitores, têm se tornado
coparticipantes dos padres católicos romanos. Por meios de vazios
vislumbres interpretativos, estes tradutores se acham no poder de fabricar
leitores para eles, escolhendo os ‘leitores ignorantes’, aos quais o texto
interessa, e, em seguida, liberando somente as interpretações que eles acham
corretas. O leitor é exata e certamente privado das palavras do texto
original, do mesmo modo como foi o cristão medieval.”(Ryken, TheWord
of God in English, p. 78). [realce pela tradutora]
“Quando mudamos as palavras, mudamos a significação. ... Todo o projeto
da equivalência dinâmica está embasado numa impossibilidade e falsa concepção
sobre o relacionamento entre as palavras e a significação. [realce pela
tradutora]
Alguém disse, acertadamente, que ‘a palavra pode ser observada como o
corpo do pensamento’ acrescentando que ‘se as palavras nos são tiradas, a
exata significação é por si mesma perdida.’ ... Quando as palavras diferem, a
significação difere. Afirmar que podemos traduzir ideias em vez de palavras
é uma impossibilidade.” (Ryken, TheWord of God in English, pp.
80, 81). [realce
pela tradutora]
“Algo mais que precisa ser dito é que as traduções na equivalência
dinâmica ordinariamente mostram uma maior quantidade de variabilidade do que
as traduções essencialmente literais mostram. Este é um modo de dizer que à
equivalência dinâmica falta um interno estabelecimento dos controles sobre o
processo de tradução” (Ryken, TheWord of God in English, p. 81).
[realce
pela tradutora]
“E se é possível traduzir mais exatamente abandonando as palavras do
original pelas suas ideias, por que as traduções em equivalência dinâmica
terminam em tal discordância umas com as outras? Em vez de fortalecer a
exatidão, a equivalência dinâmica subverte a nossa confiança na exatidão das
traduções.” (Ryken, TheWord of God in English, p. 82). [realce pela
tradutora]
“Os que endossam a equivalência dinâmica como uma teoria precisam ‘possuir’
a tradição que tem fluído da teoria.... A NVI se ergueu do princípio da
experiência da equivalência dinâmica e foi uma tenra versão da teoria da equivalência
dinâmica. A trajetória desse antigo ponto tem sido na direção de uma maior e
maior remoção do texto original.... Se é a própria teoria que os
proponentes desejam endossar, eles precisam oferecer uma defesa da
variabilidade da qual provém a sua teoria, ou formular controles sobre as
traduções da ampla variabilidade, que caracterizam a tradição da equivalência
dinâmica” (Ryken, TheWord of God in English, p. 84). [realce pela
tradutora]
“Sempre que um tradutor decide que uma determinada palavra inglesa capta
melhor a significação de uma palavra, no texto original, a decisão implica numa
interpretação. Mas existe uma crucial diferença entre a interpretação
linguística (decisões relativas a quais palavras inglesas expressam melhor as
palavras hebraicas e gregas) e a interpretação temática da significação do
texto. Deixar de distinguir entre estes dois tipos de interpretação tem
conduzido tanto à confusão como a licenciosidade, na tradução. ... É tempo de
convocar uma moratória sobre a má condução e principalmente falsa afirmação de
que toda tradução é interpretação. Para os tradutores essencialmente
literais, tradução é tradução, e sua tarefa é expressar o que diz o original.
Somente nas traduções equivalentes-dinâmicas a tradução é potencialmente
interpretação - algo acrescentado ao original ou mudado do original, a fim de
produzir o que os tradutores pensam que a passagem significa.” (Ryken, The Word
of God in English, pp. 85, 89). [realce pela tradutora]
“Para os tradutores essencialmente literais, o tradutor é um mensageiro
que se mantém dentro da mensagem, e ‘um entregador da obra de outro’, cuja
função é ‘ser fiel ao que está diante dele’ e ‘não mudar o texto”’. (Ryken,
TheWord of God in English, p. 91). [realce pela tradutora]
Por isso estimo todos os teus preceitos acerca de tudo, como retos,
e odeio toda falsa vereda. (Ryken, TheWord of God in English, pp. 91, 92, 93).
“Os escritores bíblicos não estão escrevendo hoje. Eles escreveram
milênios atrás. Retratá-los como escrevendo numa era em que eles não escreveram
é se engajar em ficção, a qual distorce os fatos da situação. ... Não queremos
uma Bíblia especulativa. Precisamos de uma Bíblia embasada na certeza. O que é
certo é o que os escritores bíblicos realmente disseram e escreveram.” (Ryken,
The Word of God in English, pp. 98, 99). [realce pela tradutora]
“Conforme Tony Naden observou corretamente, o uso do processo de
tradução, como ocasião [pretexto, desculpa] para traduzir o texto bíblico da
forma [mais] facilmente compreensível, realmente viola o princípio de
fidelidade na tradução do original. ... Em outras palavras, existem
partes da Bíblia para as quais podemos dizer, inequivocamente, que a tradução
mais fácil de ler é a que mais inexatamente tenha traduzido do texto original.”
(Ryken, TheWord of God in English, p. 100). [realce pela
tradutora]
“Uma tradução da Bíblia em inglês deveria se esforçar por uma literalidade
máxima, apenas dentro dos parâmetros da exatidão expressando fielmente o que o
original realmente diz, incluindo a dificuldade inerente ao texto original. A
questão crucial que deveria governar a tradução é o que os autores do original
realmente escreveram, não as nossas especulações sobre como deveriam eles se
expressar hoje, ou como nós expressaríamos o conteúdo da Bíblia. O fato de
que o Novo Testamento foi escrito em Grego koiné não deveria levar os
tradutores a traduzir a Bíblia num estilo uniformemente coloquial-e-gíria. Finalmente,
uma boa tradução não tenta tornar a Bíblia mais simples do que ela foi para
a audiência original.” (Ryken, TheWord of God in English, pp.
100, 101). [realce
pela tradutora]
“Em vez de rebaixar a Bíblia a um nível de denominador comum, por que não
educar as pessoas a alcançarem o nível exigido, a fim de experimentarem a
Bíblia em toda a sua riqueza e exatidão? Em vez de esperar o mínimo dos
leitores da Bíblia, por que não esperar deles o máximo? A grandeza da
Bíblia exige o melhor, não o mínimo. ... A mais difícil das modernas traduções
em inglês -- a King James – é usada, na maioria, por segmentos da sociedade
relativamente não escolarizados, conforme definido pela educação formal.. ... a
pesquisa tem mostrado, repetidamente, que as pessoas são capazes de crescer
para surpreender e até de possuir habilidades admiráveis para ler e dominar um
assunto que seja importante para elas.” (Ryken, (The Word of God in
English, p. 107)
“As gerações anteriores não achavam que a Bíblia King James fosse
teologicamente pesada, além da sua compreensão. Nem os leitores e a
congregação que continuam a usar a tradução King James acham-na
incompreensível. Meus pais concluíram a escola secundária e aprenderam a
entender a Bíblia King James, lendo-a e escutando a pregação embasada na mesma.
Não precisamos admitir uma leitura teologicamente inepta para a Bíblia. Além do
mais, se os leitores modernos são menos adeptos da teologia do que deveriam
ser, a tarefa de uma igreja é educá-los, não dar a eles traduções da Bíblia que
os prive, permanentemente, do conteúdo teológico que realmente se encontra na
Bíblia.” (Ryken, TheWord of God in English, p. 109).
“Finalmente, após um quarto de século das traduções da Bíblia de fácil
leitura, destinadas a torná-la mais acessível às massas, a falta de leitura da
mesma continua em espiral. Em vez de resolver o problema, as traduções
modernas, com a pressuposição de uma leitura teologicamente inepta, podem ter-se
tornado uma profecia auto-cumprida.” (Ryken, TheWord of God in English,
p. 110).
“Quando os tradutores fixam um nível de tradução dentro dos parâmetros acima
observados [nível escolar secundário, vocabulário limitado, etc.],
aparentemente eles acreditam que os leitores da Bíblia vão permanecer, para
sempre, em seu atual nível inferior de capacidade. Aparentemente, mesmo que os
leitores possam ir além de um nível inferior de capacidade, o seu novo domínio
não lhes fará bem, quando forem ler a Bíblia, porque a tradução foi fixada no
mais baixo nível do denominador comum.” (Ryken, TheWord of God in
English, p. 113).
“A exata proliferação de traduções inglesas alimenta a síndrome de leitores
como sendo os que determinam o tipo de tradução. O resultado é que a multidão
de traduções tem sido uma proposta negativa,no sentido de se escolher uma
tradução da Bíblia. A pressuposição é que já não existe um objetivo ou modelos
confiáveis para se escolher uma tradução da Bíblia;desse modo, os leitores podem,
simplesmente ficar confusos. Levada ao extremo, esta mentalidade produz a
Bíblia Amplificada, que multiplica sinônimos ingleses por palavras, no texto
bíblico, deixando os leitores apanhar, apenas, a palavra que mais os agrade, na
tentativa de conseguirem uma preferência à qual o texto original realmente se
refira.” (Ryken, TheWord of God in English, p. 117).
“De fato, eu não me sentiria confortável fazendo os tipos de mudanças das
traduções que a equivalência dinâmica faz no texto original, em qualquer livro
pelo qual eu tivesse uma alta estima. Por exemplo, se distribuíssem excertos
de uma obra de literatura, do Gettysburg Address, ou mesmo um artigo da Newsweek
de uma classe de estudantes, eu nunca pensaria em mudar uma palavra. Tenho
consideração muito elevada pela autoria, até mesmo de textos seculares, para
fazer isso. O mesmo princípio é ainda mais importante na tradução da Bíblia,
na qual as palavras são exatamente as de Deus. Cada nuance possível de
significação que reside nas palavras do original deve ser executada dentro das
palavras de uma tradução. E imaginem os tradutores da equivalência dinâmica
dizendo que eles não se consideram como mudando o texto. Minha resposta é que
eles precisam começar a ver isso naqueles termos. Se isto parece uma amplificação,
eles precisam ponderar nas implicações do fato de que eles mesmos objetariam se
um editor ou tradutor ou narrador os citando fizessem com a suas declarações o
que eles fazem com a Bíblia, durante o processo de tradução. Eu me refiro a
tais costumes como os de usar metáforas, mudar palavras, acrescentar
comentários explanatórios e mudar as referências, de modo a concordar com o que
o editor ou tradutor ou narrador prefere. Certamente, eu acharia que isto se
constitui em desrespeito pela nossa autoridade como autor.” (Ryken, TheWord
of God in English, p. 128).
“Os escritores da Bíblia expressaram a verdade nas exatas formas que Deus
desejava que nós as recebêssemos? E se uma doutrina bíblica da inspiração da
Escritura pelo Espírito Santo prontifica a resposta ‘sim’, a conclusão lógica
é que as exatas imagens e metáforas em termos técnicos que encontramos na
Bíblia são inspirados. Não somos livres para corrigir ou adaptar o texto às
receptíveis capacidades ou aos gostos de uma leitura contemporânea.” (Ryken,
TheWord of God in English, p. 130).
“Nós mesmos não gostamos de ter o que temos dito e escrito, amaciado por
alguém que presume saber o que nós ‘pretendíamos dizer’. O que pretendemos
dizer é o que dizemos. Se isto é verdade na comunicação ordinária verbal,
quanto mais deveríamos admitir que os escritores da Bíblia, conduzidos pelo
Espírito Santo (2 Peter 1:21), disseram o que pretendiam dizer. ... O que os
autores bíblicos principalmente pretendiam dizer, eles disseram, isto é, em suas
palavras. Pular destas palavras para uma inferida significação, durante o processo
de tradução, é mudar a certeza pela inferência. Como leitores da Bíblia em
inglês, precisamos de um texto verdadeiro, não de um texto inferido ou
hipotético. Numa tradução da Bíblia precisamos de realidade, não de algo que
se aproxime da ‘realidade virtual.’” (Ryken, TheWord of God in English,
p. 147)
“Se, como alguns afirmam, a forma e estilo literário não têm importância na
Bíblia, por que Deus nos deu uma Bíblia literária? E se a Bíblia é,
predominantemente, um livro literário, por que fazem algumas traduções e
teorias de tradução tão negligentes, no sentido de negligenciar os aspectos
literários da Bíblia? ... Um notório não cristão do século XX [H. L.
Mencken]
chamou
a BKJ de ‘inquestionavelmente o mais belo livro do mundo’. É lamentável que
tenhamos muitas vezes concluído que a beleza da Bíblia significa mais para este
pagão do que para os modernos tradutores da Bíblia.” (Ryken, TheWord of
God in English, pp. 159, 161).
“Autores e eruditos literários consideram eminentemente a BKJ como sendo a
tradução em inglês supremamente literária, e outros como sendo superior em sua
tradução das Bíblias da equivalência dinâmica. Allen Tate chamou as traduções
modernas de ‘ásperas e vulgares’; W.H. Auden considerou a BKJ
‘imensuravelmente superior’ ; Thornton Wilder disse que nunca foi capaz de ler
... até o final qualquer uma outra versão, além da BKJ; e T.S. Eliot
considerava as traduções modernas como sendo ‘um ativo agente de decadência’
... O veredicto de eruditos literários não cobre tudo que é importante numa
tradução da Bíblia; por exemplo, ele não fala diretamente à exatidão e
fidelidade ao original. Por outro lado, autores e críticos literários são
pessoas cujas instituições literárias são confiáveis e, quando eles já
desgostam, uniformemente, das modernas traduções coloquiais-e-gírias, isto é,
certamente, um índice de uma deficiência literária destas traduções.”
(Ryken, TheWord of God in English, p. 163)
“Uma boa tradução do Novo Testamento preservará um senso de distância
histórica e cultural. Ela levará o leitor de volta ao ambiente do Judaísmo do
primeiro século, vivendo entre estrangeiros, onde começou o movimento cristão.”
(Ryken, TheWord of God in English, p. 175).
“Creio ser correto que uma tradução em inglês preserve um apropriado sabor
arcaico, como meio de preservar a distância entre nós e o mundo bíblico.
Joseph Wood Krutch usou uma fórmula evocativa em conexão com a BKJ,quando
falou de um ‘apropriado sabor de um tempo passado.’” (Ryken, The Word of
God in English, p. 182).
“O efeito [da proliferação das traduções da Bíblia] tem sido
desestabilizar o texto bíblico – traduzir o que é eternamente permanente de
modo não permanente. Com esta sucessão de novas traduções (e de suas
constantes revisões), as pessoas perderam a certeza da confiabilidade das
traduções em inglês. Se cada ano traz uma nova tradução, aparentemente as
existentes não devem ser suficientemente confiáveis. E se as anteriores eram
inadequadas, que razão existe para se acreditar que as atuais sejam melhores?
Podemos contrastar isso com a situação que prevaleceu durante mais de três
séculos, quando a versão King James foi a predominante Bíblia em inglês. ...
Durante esses séculos, o povo de língua inglesa podia falar exatamente sobre
‘a Bíblia’. A Versão King James era a Bíblia – a propriedade comum dos
leitores da Bíblia na Inglaterra e na América.... Não existe, obviamente,
maneira alguma de atrasar o relógio, mas deveríamos reconhecer, francamente, a
decadência causada pelo declínio da BKJ e a perda da Bíblia em inglês comum.”(Ryken,
TheWord of God in English, pp. 187, 188).
“Como todos nós sabemos, os intérpretes do texto bíblico não concordam entre
eles. Introduzir a resultante ampla faixa de variabilidade na própria tradução
tem produzido um texto bíblico sucessivamente instável. As pessoas certamente
têm se tornado cépticas na confiabilidade da Bíblia em inglês. A equivalência
dinâmica objetivada à clareza tem produzido confusão.” (p. 195).
“Um dos mais óbvios desenvolvimentos na tradução da Bíblia, nos últimos 50
anos, refere-se às reduzidas expectativas assumidas pelos leitores. A versão
BKJ, que dominou a cena durante mais de três séculos e meio, recusou-se
enfaticamente a padronizar os seus leitores. Embora o prefácio da BKJ afirme
que a tradução ‘possa ser entendida até pela pessoa mais vulgar [pessoa
comum],’ é obvio, a partir do livro que os tradutores produziram, que as suas
estimativas de capacidades ‘do vulgar’ era, de fato, ‘muito elevada’. A BKJ é,
nas palavras de um erudito literário, uma obra de “elevada arte, a qual sempre
exigirá mais do leitor, pois ela faz o seu apelo sobre tantos planos.’”(p.
200).
“Claro que é irônico que o leitor comum através dos séculos seja
considerado capaz de se elevar até atingir às exigências da versão BKJ,
enquanto os leitores modernos com uma educação mais formal do que a dos antepassados,
sejam admitidos como tendo uma capacidade de leitura sempre decrescente”(p.
200).
“‘Creio que a igreja cristã tenha uma profunda responsabilidade com
relação à linguagem das pessoas. ... Longe de canonizar ou explorar a flácida e
vazia linguagem do nosso tempo, a Bíblia deveria, constantemente, estar
projetando uma arqui-luz sobre a mesma, cauterizando as suas impurezas.’”
(Ryken, citando Martin Jarrett-Kerr, “Old Wine: New Bottles,” in The New
English Bible Reviewed, p. 128)
“Uma vez que a tradução da Bíblia foi colocada na direção de abandonar as
exatas palavras bíblicas em favor do que [os tradutores imaginarem que foram] os
pensamentos dela, um espírito de licenciosidade foi colocado numa ação, que
tem-se acentuado progressivamente.”(p. 205).
“A poesia não tem-se adaptado bem às modernas traduções da equivalência
dinâmica. A razão é simples: Os princípios que sublinham a poesia estão em
curso de colisão com a teoria da equivalência dinâmica. A poesia não é
imediatamente compreensível. Ela atinge o seu efeito ao desviar-se, do discurso
diário. Pela sua exata natureza, a poesia exige que um leitor pondere uma
expressão. Além disso, pela sua exata natureza, a poesia delicia em múltiplas
significações, e as traduções em equivalência dinâmica desejam se equiparar a
uma única significação.”
“O bom ritmo para uma Bíblia se assemelha a um exame de qualificação: se uma
tradução não pode ser medida conforme este assunto, ela não tende a ser uma
Bíblia superior para uso púbico e leitura oral, nas situações mais
particulares. ... O melhor teste de ritmo é simplesmente ler a passagem em voz
alta. ... Se numa leitura oral a passagem flui suavemente, evitando, quando
possível, paradas abruptas entre palavras e frases, e provê um senso de
continuidade , ela é ritmicamente excelente. Se uma tradução interrompe a
fluência da linguagem e é, consistentemente, interrompida no efeito, ela é
ritmicamente inferior. ... Todas essas considerações tornam o ritmo um item
essencial da tradução, não um item periférico. Para um livro que é lido
em alta voz, como a Bíblia geralmente é, e em um livro, cujas declarações são
frequentemente carregadas de fortes sentimentos e ideias, um ritmo excelente
deveria ser tanto observado como um dom.” (Ryken, pp. 257, 259). [realce pela
tradutora]
“‘Tornar a Bíblia legível no sentido moderno significa nivelar, baixar o tom
e converte-la em tépida prosa explanatória, aquilo que, na BKJ, é
selvagem, repleto de admiração e maravilhamento, poético e apaixonado. Isto
significa baixar a voltagem da BKJ, a fim de que ela não sopre quaisquer
faíscas.’” (Ryken, p. 270, quoting Dwight Macdonald, “The Bible in
Modern Undress,” in Literary Style of the Old Bible and the New, ed. D.G. Kehl, 1970, p.
40).
“‘Corremos
um perigo real de perder, numa era de prosa em tom monótono, uma capacidade
essencial e valiosa da linguagem, totalmente verificada na Bíblia em inglês.
... a capacidade de se expressar, em tons e sobretons, pelo ritmo e pela
beleza e força do vocabulário, os anseios religiosos, espirituais e éticos do
homem’”
(Ryken, p. 270, citando Henry Canby, “A Sermon on Style,” in Literary Style
of the Old Bible and the New, ed. D.G. Kehl, 1970, p. 427).
“Tom é
o termo literário que se refere a tais coisas como a atitude do escritor em
relação ao (dele ou dela) assunto em pauta, a adequação do estilo ao conteúdo,
e correição [ou corretude] do efeito sobre um leitor.. ... De tempos em
tempos, descubro os sentimentos dos defensores da equivalência dinâmica de que
a Bíblia ”não deveria parecer como sendo a Bíblia’. Billy Graham
endossou The Living Letters, ao dizer que ‘é emocionante ler a Palavra ...
[em] um estilo que mais parece o jornal de hoje’. Discordo
deste veredicto. Um livro sagrado deveria parecer como um livro sagrado, não
com [o tolo cronista social ou policial] do jornal diário. Ele
deveria ordenar atenção e respeito, e fazer com que não seja expressado no
idioma de uma parada de caminhoneiros [quando conversando bobagens, o que se
aplica a qualquer grupo de profissionais conversando bobagens para passar o
tempo]. O fracasso das modernas traduções coloquiais-e-gíria é, frequentemente,
um fracasso no tom” (Ryken, The Word of God in English, pp. 278, 279,
280).
“O
que um erudito literário disse sobre uma tradução moderna é geralmente verdade
no que se refere a toda a tradução dinâmica equivalente e coloquial-e-gíria:
‘ela desliza mais suavemente para dentro do ouvido moderno‘, mas também desliza
mais suavemente para fora; a cerimônia diferente e antiga das formas antigas
fazia com que elas permanecessem por mais tempo na mente’. Não é somente a
proliferação das traduções que tem tornado difícil a memorização da Bíblia,
quando não, uma causa perdida. Estas traduções são inerentemente deficientes
nas qualidades que facilitam a memorização” (Ryken, The Word of
God in English, p. 284). [realce
pela tradutora]
“Os tradutores não têm o direito de assumir o papel de sacerdotes, negando o
direito de interpretação às massas. Aos leitores que conhecem as línguas
originais da Bíblia devem ser dados materiais, com os quais possam fazer a obra
de interpretação que eles fazem em outras situações verbais da vida.” (p.
288).
“Creio ser desonesto passar à frente, como sendo uma exata versão do que
a Bíblia diz, algo que sabemos não ser o que a Bíblia diz”. [realce pela
tradutora]
[
Nota final da Tradutora: estou convicta de que a igreja e o crente que começam
a escorregar descendo no primeiro metro, o primeiro centímetro no tobogã
ensaboado da Equivalência Dinâmica, descobrirão que é muito difícil se parar no
meio dele, sendo quase impossível retroceder, subir de volta e sair dele.
Arriscam-se a ter seus filhos ou netos chegando bem mais em baixo nessa
filosofia e objetivos, já a meio caminho do extremo final que, neste ano de
2014, me parece ser representado pela Bíblia Freestyle. Comparem o Textus
Receptus grego, contra duas traduções literais por equivalência formal, a
saber, a King James Bible e a ACF - Almeida Corrigida Fiel, e contra duas
traduções por equivalência dinâmica, a saber, O Livro, e a Free Style. Para não
ser extensa demais, reduzo a comparação a apenas os 2 versos iniciais do
capítulo mais conhecido do Novo Testamento, João 3:
Textus Receptus |
King James |
ACF |
O Livro |
Freestyle |
1 ην <2258> (5713) δε <1161> {MAS HAVIA } ανθρωπος <444> {UM HOMEM} εκ <1537> {DE } των <3588> {OS } φαρισαιων <5330> {FARISEUS, } νικοδημος <3530> {NICODEMUS } ονομα <3686> {NOME } αυτω <846> {SEU, } αρχων <758> {UM PRÍNCIPE } των <3588> {DOS } ιουδαιων <2453> {JUDEUS; }
|
1 ¶ There was a man of the Pharisees, named Nicodemus, a ruler of the Jews:
|
1 ¶ E havia entre os fariseus um homem, chamado Nicodemos, príncipe dos judeus. |
1 Certa noite, um chefe religioso chamado Nicodemos, um fariseu, procurou Jesus: |
1 Numa noite, na espreita, um entendido de teologia (Nicodemos) que era conhecido na parada como o “cara” do conhecimento de Antigo Testamento foi fazer uma visita pra Jesus. |
2 ουτος <3778> {ELE } ηλθεν <2064> (5627) {VEIO } προς <4314> τον <3588> {A } ιησουν <2424> {JESUS } νυκτος <3571> {PELA NOITE, } και <2532> {E } ειπεν <2036> (5627) {DISSE } αυτω <846> {A ELE, } ραββι <4461> {RABÍ, } οιδαμεν <1492> (5758) {SABEMOS οτι <3754> {QUE } απο <575> {DESDE } θεου <2316> {DEUS } εληλυθας <2064> (5754) {TENS VINDO } διδασκαλος <1320> {UM MESTRE, } ουδεις <3762> γαρ <1063> {PORQUE NENHUM } ταυτα <5023> τα <3588> {DESSES } σημεια <4592> {SINAIS } δυναται <1410> (5736) {PODE } ποιειν <4160> (5721) {FAZER } α <3739> {QUE } συ <4771> {TU } ποιεις <4160> (5719) εαν <1437> {FAZES } μη <3361> {A NÃO SER QUE } η <5600> (5753) ο <3588> {SEJA } θεος <2316> {DEUS } μετ <3326> {COM } αυτου <846> {ELE. } |
2 The same came to Jesus by night, and said unto him, Rabbi, we know that thou art a teacher come from God: for no man can do these miracles that thou doest, except God be with him. |
2 Este foi ter de noite com Jesus, e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és Mestre, vindo de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele. |
1 “Mestre, todos sabemos que Deus te enviou para nos ensinares, e bastam os teus milagres para o provar.” |
2 Ele disse: “Aí Nazareno, tô manjando a sua, segundo os meu entendimento o Senhor foi enviado pelo Pai para ensinar a galera e o que prova são os seus milagres” |
[realces
pela tradutora]
]
By
David W. Cloud – DINAMIC EQUIVALENCE
Traduzido
por Mary Schultze, em 04/07/2014.
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Pr. Claymilton Malaquias escreveu:
Não deveria haver nem debates sobre esse assunto, por ser notório que a
equivalência dinâmica é um tremendo equívoco dos que a praticam.
Hélio respondeu:
Tem toda razão, irmão Claymilton!
Não consigo nem nunca conseguirei entender como é que as denominações que mais
se vangloriam de erudição e estudo, que mais têm Mestres e Doutores e PhD's e
Pós-Phd's, são justamente as mais cegas na questão da Bíblia (questão do texto
hebraico e grego, e questão do método de tradução). Nem tenho palavras para
descrever o impacto que isto me tem feito desde a década de 80. Eu poderia
dizer que fico perplexo, boquiaberto, atônito, indignado, tristíssimo, mas tudo
isso é pouco. Não sei como um multi-pós-graduado fica tão engabolado com seus
títulos, tem tanto amor à sua denominação, tanta idolatria pelos seus antigos
mestres, que não vê o absurdo de escolher Bíblias baseadas em manuscritos que
diminuem a divindade de Cristo, diminuem o valor e preciosidade do sangue de
Cristo, diminuem tantas e tantas doutrinas essenciais. Além disso, cada década
trocam de bíblia para uma que traduz ainda mais por Equivalência Dinâmica. Mas,
quando vão comprar um alimento, de jeito nenhum querem um que tenha 0,001% de
contaminação bacteriana; quando vão comprar um remédio, de modo nenhum aceitam
um que só tenha 95% do teor necessário. Quando vão ler um livro (de
Shakespeare, Cervantes, Camões, etc.) de modo nenhum aceitam um que tenha sido
1% mudado por outra pessoa. Quando vão ouvir uma música, de modo nenhum aceitam
que alguém tenha mudado 1% das notas; etc. Exigir tudo isso e tolerar (e até
defender) adulterações da Palavra de Deus me parece a mais louca das mais
loucas atitudes no mundo inteiro.
Só use as duas Bíblias traduzidas rigorosamente por equivalência formal a partir do Textus Receptus (que é a exata impressão das palavras perfeitamente inspiradas e preservadas por Deus), dignas herdeiras das KJB-1611, Almeida-1681, etc.: a ACF-2011 (Almeida Corrigida Fiel) e a LTT (Literal do Texto Tradicional), que v. pode ler e obter em http://BibliaLTT.org, com ou sem notas.
(Copie e distribua ampla mas gratuitamente, mantendo o nome do autor e pondo link para esta página de http://solascriptura-tt.org)
Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por fieis): BKJ-1611 ou LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, com notas para estudo) na bvloja.com.br. Ou ACF, da SBTB.