Copyright 2004,
Brandon Staggs.
(traduzido
por Daniel Augusto, 2015)
Daniel
B. Wallace escreveu um ensaio intitulado por ele "Por que eu não acho
que a Bíblia King James (KJV) é a melhor tradução disponível hoje."
Dr.
Wallace é editor sênior da Bíblia NET, uma versão moderna da Bíblia em Inglês
que fracassou, por isso é interessante ver como ele define o seu repúdio pela
KJV. Interessante, porque seu ensaio traz algumas falsas acusações contra o
texto que fundamenta a Bíblia King James, o Textus Receptus. As mesmas
alegações antigas que são repetidas como se já não fossem respondidas antes.
ATUALIZAÇÃO: Parece que o Dr. Wallace, por esse motivo, fez algumas modificações
significativas ao seu ensaio, já que esta resposta foi escrita.
Uma
vez que eu não pretendo monitorar seu ensaio e atualizar continuamente a minha
resposta para refletir sobre suas alterações, algumas das citações neste artigo
são desatualizados.
Num
claro contraste com a KJV, que tem sido a força motriz da evangelização nos
últimos 400 anos, a Bíblia NET está com uma grande quantidade de notas de
rodapé que lança dúvidas o bastante sobre a veracidade da Bíblia, que mesmo o
canivete confiável de Jehudi teria problemas em manter-se com todo o
retalhamento. Em uma época em que os editores continuam escavando novas
traduções da Bíblia sem nenhum ponto concebível, a não ser para ver quantas
versões da Bíblia é preciso para dar um estalo numa estante, alguém se
pergunta: por que Wallace passaria pelo incomodo de escrever um ensaio
projetado desmantelar a fé de alguém na KJV, a não ser meramente para tentar
abrir novos mercados. Bem, de qualquer maneira, vamos seguir em frente e ver o
que o Dr. Wallace pensa sobre a KJV, o livro que Deus usou para converter
milhões de pecadores a tornarem-se crentes durante os últimos quatro séculos, e
sobre o texto base do Novo Testamento, que mártires como Tyndale confiou para
sua obra para trazer a palavra de Deus para as massas antes de serem queimados
na fogueira pelos "verdadeiros" estudiosos do seu tempo que sabiam
mais.
Começamos
com o obrigatório "apesar do que eu ensino, eu acredito que a Bíblia é a
Palavra de Deus:"
"Em primeiro lugar, quero afirmar com todos os cristãos
evangélicos que a Bíblia é a Palavra de Deus, inerrante, inspirada e a nossa
autoridade final de fé e de vida."
Dr. Wallace abre com uma declaração totalmente sem sentido. Ele está tentando
te convencer que ele acredita que a Bíblia é inerrante e inspirada, e, no
entanto, toda a sua carreira está baseada no trabalho ativo de reconstrução da
Bíblia - um documento que ele acredita estar cheio de erros e que necessita de
sua pesquisa para corrigir, presumivelmente de maneira indefinida. Ele faz a
seguinte declaração, sem a total qualificação: que a Bíblia
"inerrante" desapareceu pouco depois de ter sido inspirado. É deixado
para os eruditos, como ele próprio, a fazer o seu melhor para reconstruí-la o
tanto quanto possível, e nunca saberemos com certeza se a que temos está
correta. (isso os mantém em atividade, eu suponho.)
"No entanto, em nenhum lugar na Bíblia me é dito
que apenas uma tradução dela é a correta."
Dr. Wallace prossegue ao insinuar que os defensores KJV argumentam que a própria
Bíblia diz que só pode haver uma "versão" da mesma. Este é um
argumento insustentável. Quantas traduções corretas podem existir é
irrelevante, a pergunta é: Quantas traduções corretas existem?
Em
seguida, Dr. Wallace mostra que o ensino do grego bíblico por quase 30 anos não
garanti que alguém saberá o que está na Bíblia:
"Não há nenhum versículo que me diga como Deus irá preservar
sua palavra."
A dificuldade é que tal "verso" é, provavelmente, aberto ao debate
para Dr. Wallace. Sua posição auto-nomeada de juiz das Escrituras significa que
ele pode ignorar versos a sua vontade. A realidade para nós, pessoas mais
simples, é que a Bíblia nos diz, muitas vezes, como Deus irá preservar a sua
palavra. Um simples versículo da antiquada KJV deve ser suficiente:
Salmos
100: 5 "Porque o SENHOR é bom, e eterna
a sua misericórdia; e a sua verdade dura de geração em geração."
A
Bíblia nos diz claramente que a sua verdade durará para todas as gerações.
Apenas no caso de alguém não estar certo sobre a "verdade", a Bíblia
também diz:
João
17:17 " Santifica-os na tua verdade; a tua
palavra é a verdade."
Assim,
a palavra de Deus é a verdade, e ela durará para todas as gerações. Isto
significa que, hoje, em algum lugar, está, a palavra de Deus preservada. E,
para que não haja qualquer dúvida sobre o quão "bem" ela será
preservada, a Bíblia nos diz:
Salmos 12: 6-7 "6 As palavras do SENHOR são
palavras puras, como prata refinada em fornalha de barro, purificada
sete vezes. 7Tu os
guardarás, SENHOR; desta geração os livrarás para sempre.".
Então,
elas serão preservadas puras, e são as palavras que serão preservadas, e não
apenas os "pensamentos" ou os "significados," nebulosos
como aqueles tendem a ser.
O
verdadeiro choque aqui é que Dr. Wallace, o editor sênior de uma tradução da
Bíblia, está afirmando categoricamente que ele não sabe como Deus preserva a
Bíblia. Isso seria como um encanador dizendo que não sabe como os tubos
funcionam, ou um piloto dizendo que não sabe o que impedi um avião de despencar
no chão.
Agora
que já acertamos com Doutor Wallace sobre esta questão básica da preservação,
vamos examinar algumas das suas objeções à KJV e ao texto grego que dá base ao
Novo Testamento da KJV.
"O homem que editou o texto era um humanista chamado
Erasmo".
A primeira coisa a notar sobre esta acusação é que hoje em dia, um humanista é
uma hippie que rejeita a Deus e que adora a humanidade. Nos dias de Erasmo, um
humanista era alguém que não queria queimar outro alguém na fogueira por
discordar do dogma da Igreja Católica Romana. Dr. Wallace aqui esconde a
verdade numa mentira, e tenta levá-lo a agrupar Erasmo ao mesmo monte de
detritos no qual os crentes põem o darwinismo. É irônico que Wallace depois
reclama das palavras antiquadas da KJV que podem confundir o leitor que está
aplicando definições modernas a elas - aqui Wallace, intencionalmente, confunde
a questão da mesma maneira. A verdade é que Erasmo era um humanista na época em
que ser um humanista queria dizer algo completamente diferente do que ser
“humanista” significa hoje. Ao contrário dos outros "líderes
religiosos" do seu tempo, Erasmo preferiu estudar ao invés de beijar o
anel do Papa ou assar as pessoas na fogueira. É também estranho que Wallace
parece estar argumentando contra Erasmo de um ângulo totalmente diferente do
que os outros estudiosos têm argumentado - a acusação era que Erasmo foi um
papista bajulador. Suponho que uma vez que esse argumento já se foi há muito
tempo, Wallace calculou que tentaria o outro extremo para rotular-lo.
Depois de fazer algumas alegações infundadas sobre a qualidade da edição de
Erasmo, Wallace diz:
"a edição dele foi chamada de o volume mais
deficientemente editado em toda a literatura!"
Ok, se esse for o critério, vamos descartar o trabalho de Wallace aqui: A NET é
a pior tradução já feito. Agora, já que isso tem sido dito, então, deve ser
verdade, não é? Wallace faz algumas declarações sobre os motivos de Erasmo que
o fazem ser nada além de um picareta, tentando ter o seu livro publicado antes da
concorrência, portanto, tornando a essência do trabalho sem importância. Isso
não passa de afirmações.
Como exemplo, Wallace deixa a disposição para remove "os seis antigos
versos em Apocalipse":
"Nos últimos seis versos de Apocalipse, Erasmo não
tinha manuscrito grego."
Este argumento é comumente usado para mostrar que o Textus Receptus (o texto
grego da edição de Erasmo e que eventualmente se tornou a base do NT da KJV)
não é confiável porque não foi inteiramente baseado no grego. Ele diz que
Erasmo "imaginara" que deveria haver o texto e que ele "traduziu
isso de volta para o grego" do latim. Há dois problemas com este
argumento.
1. Ele ignora o fato de que a Bíblia nunca diz que a palavra só será preservada
em grego. Para todas as acusações de Wallace que não consegue encontrar os
versículos em sua Bíblia que dizem como a Bíblia é preservada, ele agora está
fazendo um argumento que pressupõe que a Bíblia só será preservada em grego.
Para tanto, se você acredita que a alegação de Wallace que Erasmo usou a
Vulgata latina para "preencher as lacunas", o texto de Erasmo não
poderia ter sido a palavra de Deus, porque ela não foi editada inteiramente a
partir do grego. Além da pura audácia que Wallace exibe ao assumir como Deus
irá preservar sua palavra, ao mesmo tempo dizendo que não podemos saber como
Deus preserva a sua palavra, Wallace está, ainda mais, enganando seus leitores,
fazendo a suposição infundada de que Erasmo não tinha os versos em questão em
um manuscrito grego.
2. Wallace está mentindo de qualquer maneira. O texto e as variantes em questão
não só são encontrados em vários manuscritos gregos hoje, como também estavam
disponíveis no tempo de Erasmo. A suposição de Wallace é que Erasmo não tinha
acesso a esses textos. O interessante neste caso é que nestes versos o texto de
Erasmo coincide, tão bem, com os manuscritos gregos disponíveis. Para mais
detalhes veja esta passagem do livro do Dr. Holland, Crowned With Glory
(coroado de glória).
Em seguida, Wallace repete o velho e não provado argumento dos dias atuais, de
que o completo texto de 1 João 5: 6-7 só foi incluído por causa de um
desafio que Erasmo fez, e que a evidência do manuscrito foi fabricada para seu
proveito. Aqui Wallace recorre à repetição de uma história que é tida, agora,
como inteiramente inventada. Até mesmo o Dr. Bruce Metzger, um renomado
defensor do Texto Crítico e desprezador do Textus Receptus, admite agora que
não há nenhuma verdade sobre este conto. Ou Wallace está a parti do que
concordam os seus amigos eruditos, ou ele não se importa; de qualquer forma,
suas afirmações são falsas.
Além disso, podemos ver a natureza completamente enganosa da evidência de
Wallace. Wallace insinua que nenhum manuscrito grego datado a antes do século
XVI contém o texto de 1Jo 5: 6,7, tal como aparece na KJV. Esta é mais uma
mentira (ou possivelmente apenas mais um exemplo da extensão da pesquisa de
Wallace): Os manuscritos gregos 629, 221 (na margem), 635, 88, 429 e 636 todos
são anteriores ao século XVI e contém a leitura completa do versículo, tal como
aparece na KJV. Wallace dá a si próprio algumas opções conciliantes aqui
dizendo que nenhuma delas são "comprovadamente" anterior ao século
XVI. Isso é tão significativo quanto dizer que nenhuma delas é
"comprovadamente" posterior ao século XVI. A realidade é que vários
manuscritos gregos, que contêm a leitura em questão, foram datados antes do
século XVI.
Mas
isso não é tudo. Mais uma vez vemos como Wallace não sabe, e, contudo, de
alguma forma, ao mesmo tempo, sabe que a preservação da Escritura está apenas
em grego. Apesar de ter dito anteriormente que não podemos saber como Deus
preserva a Bíblia, Wallace diz que a evidência deve ser o grego. Eu menciono
isto porque a pesquisa de Wallace, sem dúvida (se sua pesquisa é de fato digna
de seu mandato como um erudito de 30 anos do grego) deve ter trazido a atenção
dele para as inúmeras testemunhas ao completo texto de 1Jo 5: 6,7 que existia
antes mesmo no século VI. Os versos são citados pelos chamados "pais da
Igreja" há muito tempo antes de ter sido supostamente fabricados. Mas tal
evidência é indigna da atenção de Wallace, porque ele sabe (embora não saiba)
como Deus preserva a sua palavra, e toda evidência está preservada em grego ou,
absolutamente, não é evidência.
Wallace continua a usar estes exemplos para afirmar que "o problema é que a Bíblia King James é preenchida com leituras que
foram ‘criadas’ por escribas excessivamente zelosos!" Nós vimos
qual evidência Wallace usa para apoiar sua afirmação de que estas são leituras
criadas, e, na melhor das hipóteses, é uma afirmação insuficiente. Se estes
dois exemplos (seis versos de Apocalipse e 1 João 5: 6,7) são os melhores
exemplos de Wallace sobre "texto criado" na Bíblia, então podemos
descartar com segurança a sua afirmação de que a KJV é "preenchida"
com leituras espúrias. Devido a esse argumento, "não achar que a KJV é a
melhor tradução disponível," é um raciocínio muito ruim.
Wallace continua com um dos argumentos, mais deficiente pela lógica, atualmente
ainda utilizado pelos defensores do Texto Crítico:
"... a maioria dos críticos textuais só abraça a
proposição razoável de que os MSS mais antigos tendem a ser mais confiáveis, já
que eles se aproximam mais da data dos autógrafos."
É
irrelevante, se, "a maioria dos críticos", ou não, apóia esta
proposta. Esta é uma tentativa de Wallace de discorrer em um argumento de
autoridade - um "povo que sabem melhor do que os crentes na KJV já
decidiu, de certo modo, a coisa “de outra maneira". O que é relevante é a
lógica (ou falta de lógica) por trás da afirmação de que "mais antigo é
melhor."
Há vários problemas com este argumento. Vou mencionar apenas alguns.
1. Em primeiro lugar compreenda que, mesmo quando Paulo estava escrevendo
Escritura inspirada, já havia pessoas corrompendo a palavra de Deus. 2
Coríntios 2:17 "Porque nós não somos, como
muitos, falsificadores da palavra de Deus:" Além disso, mesmo os
defensores do texto críticos reconhecem que a grande maioria das leituras
variantes existiam no início da vida do Novo Testamento: a corrupção do texto
não é uma coisa recente. O que isto significa? Isso significa que os
manuscritos mais antigos estão apenas mais próximo da corrupção original. Este
é um ponto muito importante. Quanto mais velho um manuscrito é, mais próximo
ele está da corrupção do texto. Uma outra coisa que deve ser compreendida é que
os cristãos, de maneira zelosa, faziam cópias da palavra de Deus. Os
manuscritos considerados confiáveis foram
desgastados pelo uso constante! Observe agora que Wallace apela aos manuscritos
que foram bem preservados por causa da falta de uso. Ele convenientemente
descarta a maioria absoluta dos manuscritos porque temos encontrado manuscritos
mais antigos. A lógica está repleta de erros! Wallace quer que você confie nos
manuscritos que os cristãos da época não confiaram o suficiente para usar! Dito
isto, todo o argumento torna-se discutível quando os textos "mais
antigos" que apóiam as leituras da Bíblia King James são encontrados,
textos esses que Wallace ignora porque não apóiam o seu Texto Crítico e sua
tradução da Bíblia (NET).
2. O argumento "mais antigo é melhor" deixa as palavras de Deus
escondidas da visão na maior parte dos últimos 2000 anos. Entenda o seguinte: o
que Wallace está realmente dizendo é que a maioria das cópias mais precisas da
Palavra de Deus desapareceu logo após serem escritas, e só, recentemente, foram
encontradas. Agora, cabe aos estudiosos como ele, reconstruir a Bíblia, porque
nós, pobres cristãos comuns, temos lido e copiado os textos errados por mais de
15 séculos. Agora que Wallace e seus amigos eruditos nos trouxeram mais de cem
"novas e melhoradas" Bíblias em Inglês no último século, nós
realmente devemos estar fazendo algum progresso no mundo. Mas, enquanto o
Textus Receptus e a Bíblia KJV nos deu a Reforma, o que têm as Bíblias modernas
nos dado? Camisetas "Jesus is my Homeboy" e outras tais
preciosidades. Progresso!
Continuando
a leitura, nos deparamos com as reivindicações típicas que nenhuma doutrina é
afetada pelas diferenças entre a KJV e as versões modernas populares. Este
argumento deve ser imediatamente dispensado. Wallace pense ou não, a mudança
de: "Deus se manifestou em carne"
(acf=KJV) para "Aquele que se manifestou em
carne" (ara=NET) diminui a divindade de Jesus Cristo (eu acredito
que com certeza diminui), isso não significa que nós podemos ser desatenciosos
com a erosão constante da divindade de Cristo na Bíblia. Wallace faz uma
admissão tácita de que a KJV tem mais texto de apoio a divindade de Cristo do
que as versões com base no texto grego crítico, mas insiste que isso não
importa, desde que a agulha esteja em algum lugar no palheiro. Esta é, no seu
melhor, a descrença na preservação e pureza das Escrituras. Eu me pergunto se
Wallace se importaria se eu roubasse parte do dinheiro das suas contas
poupança. Desde que eu deixe algum lá, ele ainda tem suas economias, certo?
Também, nas linhas seguintes, Wallace diz:
"Mas quando a evidência textual me mostra que
tanto os escribas tinham uma forte tendência para adicionar, ao invés de subtrair
..."
Primeiro, a "evidência" de que os escribas tendiam a adicionar é
meramente porque Wallace e seus amigos supõem que seus textos são mais
precisos, então, os textos com leituras mais longas são, por esse motivo,
embelezados. Essa é a evidência em resumo. Em segundo lugar, é preciso saber a
lógica de alguém que assume que um escriba iria adicionar texto a versos que os
convence de pecado. Um exemplo será suficiente.
Em Romanos 13: 9 na KJV, entre outros mandamentos, aparece "Não dirás falso testemunho". Wallace
mostra que ele acredita que isso seja uma adição espúria, porque em sua
tradução da Bíblia (junto com a NVI e outras) este mandamento é removido do
verso. A afirmação de Wallace é de que um escriba acrescentou o texto que, de
forma direta e imediata, acusou o mesmo escriba de pecado de falso testemunho,
ao invés de um escriba remover o verso que o incriminou. Qual situação você
acha mais razoável?
Seguindo em frente, temos mais alguns "embaraços" padrões jogados
contra os crentes na Bíblia King James. Está aí o velho e insustentável
argumento "qual KJV é inspirada?" demonstrando, ou uma completa falta
de compreensão da preservação ou com o intuito de, intencionalmente, apresentar
uma falsa imagem de seus oponentes.
Wallace continua a dizer que "300 palavras
encontradas no KJV já não permitia mais o mesmo significado." Uma
vez que isso é geralmente verdade, é desonestidade de Wallace usar isso como um
ponto de debate quando seu desejo é substituir a KJV por um texto baseado em
manuscritos completamente diferentes, e não apenas para atualizar o idioma. Até
mesmo a chamada Nova Version King James descarta leituras da KJV e as substitui
por diferentes leituras onde nenhuma atualização da linguagem é
"necessária". A "necessidade" de uma atualização é discutível,
porém é um debate diferente. Até agora, não existem atualizações adequadas,
porque todos eles mudam os significados do texto, alegando que está atualizando
apenas as palavras. Ao invés de adulterar o texto, visto que nenhum estudioso
moderno parece ser capaz de fazer qualquer coisa sem alterá-lo, seria melhor
que melhorássemos o vocabulário dos leitores da Bíblia em apenas 300 palavras,
em vez de arrancá-las das dezenas de versões conflitantes da Bíblia e criando
dúvida no processo.
Wallace dá um exemplo de um "erro explícito"
na KJV e ainda tem a petulância de afirmar que "até
mesmo os defensores da KJV" admitem que isso seja um erro. Onde
Wallace se sai dando tal falso testemunho fica sempre uma incógnita. A
Incapacidade de Wallace de compreender o Inglês da KJV o leva a clamar erro. Ao
reclamar sobre a interpretação da KJV "coais
um mosquito," Wallace faz exatamente o que os fariseus fizeram, e
engole camelos inteiros, com versos inteiros sendo removidos da Bíblia na sua
própria versão.
Em
seguida, Wallace se dedica um pouco na leitura da mente e afirma que muitos
adeptos da KJV mantêm a KJV por orgulho de ser capaz de compreendê-la quando
outros não são. Se há alguém assim por aí, não os conheço. O fato é que a KJV
não é tão difícil assim de entender. Considere isso de uma criança que nunca se
destacou na aula de Inglês e foi diagnosticada com dislexia. Não é preciso um
diploma universitário para ler a KJV, só é necessário o desejo de aprender algo
novo por um curto tempo. Wallace diz que a KJV foi originalmente acusada de ser
fácil demais de ler. Se isso for verdade, então este é um testemunho da
degradação da nossa língua, e ninguém que valoriza a educação deve abraçar a
diluição da literatura.
Wallace começa a concluir seu ensaio com o seguinte:
"Alguém pode ser salvo lendo a KJV e alguém pode
ser salvo lendo a NIV, ARA, etc."
Para isso eu digo: louvado seja Deus. Mas, em resposta ao argumento, eu
pergunto: e daí? Será que encontrar o Evangelho escrito em um romance de ficção
o eleva ao status de romance bíblico? Ou será que a remoção de tudo da Bíblia,
exceto o Evangelho, ainda a permite ser uma Bíblia? Aqui Wallace se prende ao
completo apelo à emoção. Wallace certamente sabe (ele deve saber?) que a Bíblia
não se refere apenas a salvação, e que a Bíblia existe para ensinar além do
Evangelho.
E assim Wallace termina seu ensaio com o seguinte:
"Nós, muitas vezes, nos apegamos a coisas por
emoção, em vez de por verdadeira reverência a Deus. E como tal, nós fazemos um
grande desserviço a um mundo morto, o qual está, desesperadamente, necessitando
de uma proclamação clara e em alta voz do evangelho de Jesus Cristo."
Wallace rejeita a defesa insuperável da KJV como mera
"resistência" por emoção. Claro, o tempo da devoção de Wallace ao Texto
Crítico e a sua própria tradução da Bíblia não poderia ofuscar sua
objetividade, poderia?
O
ato do enfraquecimento da fé dos cristãos na autoridade das Escrituras,
dando-lhes mais de cem autoridades distintas (e isso somente em Inglês) para
escolher, e enchendo uma tradução da Bíblia com amontoadas notas de rodapé, que
colocam em dúvida a confiabilidade do texto da Bíblia, e que tem feito um
enorme desserviço a este "mundo morto", que proclamação da KJV nunca
fará.
Brandon Staggs.
(traduzido
por Daniel Augusto, 2015)
Só use as duas Bíblias traduzidas rigorosamente por equivalência formal a partir do Textus Receptus (que é a exata impressão das palavras perfeitamente inspiradas e preservadas por Deus), dignas herdeiras das KJB-1611, Almeida-1681, etc.: a ACF-2011 (Almeida Corrigida Fiel) e a LTT (Literal do Texto Tradicional), que v. pode ler e obter em http://BibliaLTT.org, com ou sem notas.
(Copie e distribua ampla mas gratuitamente, mantendo o nome do autor e pondo link para esta página de http://solascriptura-tt.org)
Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por fieis): BKJ-1611 ou LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, com notas para estudo) na bvloja.com.br. Ou ACF, da SBTB.