(Hélio de Menezes Silva, diácono na IBF de Campina Grande)
Estudo dedicado à
minha esposa, Valdenira, e à minha mãe, Maria do Carmo,
exemplos de mulheres preciosas como aquela de Prov. 31.
Nos originais, em Grego, “DIAKONOS”
= servo (!), escravo, servidor, aquele que tem por obrigação
servir. (Surpreso?...). [1]
Servo, não dono e senhor. Dirigido,
não diretor. Servo de Deus e da igreja. Levador e aliviador das cargas do
pastor. Grande ajudador e auxiliador do pastor. Servo!
(Não há nada mais antibíblico
e destrutivo do que um corpo de diáconos no papel de manda-chuvas, de donos
e patrões da igreja e do pastor, a quem querem tratar como reles empregadinho
a ser manipulado... Deus nos livre disto, sempre!).
Servo é aquele que não tem direitos,
não dispõe de sua pessoa, nem bens; tem prazer em servir zelosa e diligentemente;
serve, ajuda seu superior na execução de trabalhos. O servo se considera mero
instrumento, dá toda a glória aos seus superiores e seu Senhor.
Lato Sensu, no sentido amplo
e genérico, vemos no Novo Testamento a palavra “diakonos” e suas variantes
serem, mais de 100 vezes, aplicadas: a servos domésticos; a Cristo; a todos
os salvos (que devem ser servos do Senhor e servos uns dos outros); a todos
os pregadores e ensinadores; a todos aqueles que servem na assembleia local; a
mulheres (vide Apêndice); a anjos de Deus; e a servos do Diabo. Todo o salvo
foi salvo para servir, não para ser servido. Portanto, no sentido amplo e
genérico, todo crente deve ser um diácono (servo) de Deus, do
pastor, da sua assembleia local, e de cada um dos seus irmãos, individualmente.
Stricto Sensu, no sentido estrito
e específico, porém, vemos no Novo Testamento a palavra “diakonos” aplicada
somente a 1 dos 2 grupos de oficiais da assembleia local.
A Bíblia nos mostra que a igreja
local tem 2 ofícios especiais, 2 cargos com posição especiais:
a) o ofício dos pastores [2]
b) o ofício dos diáconos.
Estudemos Atos 6 e 1 Tim 3, os
dois principais textos sobre o segundo tipo de oficiais da assembleia local, os
diáconos:
Atos 6:1-4 (Embora o nome “diácono” não apareça, claramente temos a instituição destes primeiros oficiais):
Ora, naqueles dias, crescendo o número dos discípulos, houve uma murmuração dos gregos contra os hebreus, porque as suas viúvas eram desprezadas no ministério cotidiano. (2) E os doze, convocando a multidão dos discípulos, disseram: “Não é razoável que nós deixemos a palavra de Deus e sirvamos às mesas (3) Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante [!] negócio. (4) Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra.”
DEVERES-FIM DOS PASTORES |
Atos 6:4 Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra. Este é o ministério-fim do pastor! a) Oração: diariamente (em horas reservadas e também em incessante espírito de oração), assim preparando a si próprio e intercedendo pelas ovelhas; e b) Ministério da Palavra: diligentemente estudando e meditando a Palavra a cada dia, para entregá-la tanto diariamente (em “consultas” no escritório, visitações às casas e hospitais, em evangelismo pessoal em todas as oportunidades, etc.), como nas pregações dos cultos da igreja. |
DEVERES-FIM DOS DIÁCONOS |
1. Desembaraçar os pastores da execução das tarefas materiais [3] da assembleia local (mesmo as tarefas tão importantes que os pastores já as faziam e pareciam só serem confiáveis a eles), para que só então [4] estes pastores possam se concentrar na oração e no ministério da Palavra de Deus. |
2. Promover a paz e união no seio da igreja. Os diáconos devem lutar contra murmurações e partidarismos (ao invés de tolerá-los e até criá-los e encabeçá-los!). |
3. Promover o bem-estar dos crentes. Os diáconos devem subdividir entre si o cuidado pelos membros da igreja. O rol de membros pode ser dividido e atribuído aos diáconos por critérios tais como proximidade física/etária/etc.[5] |
4. Evangelismo pessoal. 6:8 E Estevão, cheio de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo. (10) E não podiam resistir à sabedoria, e ao Espírito com que falava. 8:4-6,40 Mas os que andavam dispersos iam por toda a parte, anunciando a palavra. (5) E, descendo Felipe à cidade de Samaria, lhes pregava a Cristo. (6) E as multidões unanimamente prestavam atenção ao que Felipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele fazia; ...(40) E [depois de ganhar o eunuco etíope para Cristo] Felipe se achou em Azoto e, indo passando, anunciava o evangelho [em] todas as cidades, até que chegou a Cesaréia. |
Notemos que todos os deveres-fim do diácono são auxílios ao pastor, estão dentro da esfera da liderança pastoral, das funções pastorais!
Atos 6:3,5-6 (3) Escolhei [6], pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio.(5) E este parecer contentou a toda[7] a multidão, e elegeram ... (6) E os apresentaram ante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos.
O PROCESSO DE ELEIÇÃO DOS DIÁCONOS: |
a. Quem pode ser “candidato” a diácono? Devem ser vasculhados todos os homens da assembleia local, para encontrarmos os que satisfazem todos os critérios bíblicos apresentados neste estudo; |
b. Quem faz a escolha final dos diáconos? É toda a congregação que faz a escolha, controlada pelo Espírito Santo; |
c. Quais as palavras chave que devem reinar na indicação e eleição? Espírito de oração, humildade, responsabilidade, união fraternal, e dependência total e somente do Espírito Santo (sem politicagem, reuniões de grupinhos, campanhas de aliciamento e convencimento, etc.); |
d. Qual o método para se fazer a [indicação e] escolha dos diáconos? |
d.a. Em algumas igrejas, ou só os diáconos, ou só o pastor, ou ambos, se e quando julgarem conveniente, é que indicam outros diáconos, a serem votados pela congregação. Isto não parece vir do N.T. Há perigo de “corporativismo” (= auto-acobertamento e defesa até dos erros; fisiologismo), “fechar a casta aos de fora” ... |
d.b. Em outras igrejas, uma comissão especialmente eleita, representativa de todos os setores maturos da igreja, em oração faz as sondagens e indicações, a serem ratificadas pela igreja, nome a nome, exigindo-se 75% ou 90% dos votos para cada indicado ser eleito. Isto é o mais prático e usual. |
d.c. Em outras igrejas, não há indicações, os nomes são escolhidos diretamente pela congregação. Atos 6:5 silencia, mas é mais provável que este tenha sido o procedimento. No entanto, uma igreja imatura, através de infantilidade ou politicagem, pode eleger pessoa que não aceitará a indicação ou dos quais a liderança ou outro membro, com muito amor e franqueza tenha que trazer objeções quanto às suas habilitações, criando constrangimentos. Ademais, a necessidade de 75% ou 90% dos votos pode exigir inúmeras repetições da votação, arrastando a eleição por horas a fio. |
d.d. Outras igrejas têm as indicações feitas por comissão e complementadas na congregação. Há um equilíbrio entre a praticidade de (d.b) e o silêncio neotestamentário de (d.c), pois: a) a comissão, com muitas orações e cuidados, faz uma relação dos nomes dos irmãos que têm os prerrequisitos bíblicos de Atos 6 e 1Tim 3, e têm também os dons, talentos e habilitações necessárias, parecendo quase certo que serão eleitos; b) a comissão sonda se esses irmãos aceitarão os cargos, caso eleitos; c) e publica as indicações em cartaz, semanas antes da assembleia de eleição; d) no início desta assembleia, sugestões de outros nomes poderão ser acrescentadas às cédulas de votação, sendo cada sugestão feita por pelo menos 2 membros da igreja, pronunciando-se o indicado se aceitará o cargo se vier a ser eleito; e) se a liderança ou outro membro da igreja tiver objeções sérias quanto a um indicado satisfazer Atos 6 e 1Tim 3, deve apresentá-las com muita franqueza, mas também com muito amor; f) todos os nomes indicados e acrescentados podem ser votados, cada pessoa votando somente num razoável (e previamente sugerido) número de candidatos; g) só serão eleitos os que obtiverem 75% ou 90% dos votos; h) se o número desejado de diáconos não for alcançado, o processo pode ser repetido, para se complementar esse número. |
e. Quantos diáconos devemos ter? 1Tim 3 não especifica nada, Atos 6 foi só um exemplo para uma situação específica[8]. Achamos que a média das igrejas batistas de até uns 400 membros têm cerca de 1 diácono por cada 5 a 15 homens adultos. Mas se esta conta disser que precisamos de 4 diáconos, e só tivermos 2 com as condições bíblicas, fiquemos só com estes 2. Se tivermos 5 crentes com plenas condições, nada proíbe tê-los todos como diáconos. Deixemos o Espírito guiar nossas igrejas. |
f. Por quanto tempo um diácono permanece [com o título de] diácono da sua igreja local? Toda a sua vida, a não ser que a igreja, em assembleia, julgue que ele perdeu as condições necessárias. |
g. Por quanto tempo o diácono permanece ativo no ofício de diácono na sua assembleia local? g.a. Em algumas igrejas, por toda a vida, a não ser que a igreja, em assembleia, julgue que ele perdeu as condições necessárias. Isto parece ser a prática encontrada no N.T. [9] Mas apresenta alguns problemas na prática das nossas igrejas, que preferem mais não reelegerem um diácono desinteressado do que o “cassarem”... g.b. Em outras igrejas, por 1 ou 2 anos, podendo ser reeleitos. Algumas igrejas [com muitos homens qualificados] adotam “pausa” de 1 ano após cada máximo de 4 anos, visando dar oportunidades a outros irmãos. |
h. Qual o significado e importância da imposição de mãos quando do 1o. empossamento de um diácono? Impor as mãos não confere benção e poder, apenas os reconhece. Este reconhecimento deve se público, solene e festivo, com a imposição de mãos significando plena aceitação pela igreja do fato que estes crentes satisfazem todas as condições bíblicas, já foram escolhidos por Deus, e que os que impõem as mãos e toda a igreja se identificam plenamente com eles. [10] |
OS 16 PRERREQUISITOS PARA OS DIÁCONOS |
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At 6:3 Escolhei, pois, irmãos, |
1. Realmente salvos. |
de entre vós, |
2. Membros em perfeita comunhão, da assembleia local. |
sete homens |
3. Homens, não mulheres. ANDROS = homens = adultos do sexo masculino; derivado de “aner”, significa homem, não no sentido geral de ANTROPOS (ser humano), mas no sentido de enfatizar que Deus aqui se referiu só ao sexo masculino, não ao feminino [11]. (Vide Apêndice). |
de boa reputação |
4. De boa reputação e bons relatórios por todos. MARTUREÔ [12] = tendo um bom testemunho/relatório das pessoas a respeito deles; de boa reputação; provados e aprovados; dignos de todo crédito. |
cheios do Espírito Santo e de sabedoria, |
5. Transbordantes do Espírito Santo e de sabedoria (prática e espiritual). Como para pastores, nenhuma importância foi dada a diplomas, posição social, posição econômico-financeira!!! Procuremos caráter e não diploma, chamado e não desejo, dedicação total e não profissionalismo. - PLÊRÊS = cheios, transbordantes, cobertos inteiramente, permeados totalmente, completos, não faltando em nada. - “Cheios do Espírito Santo” = constantemente esvaziando-se das inclinações e da auto-suficiência dos seus “eu”, e constantemente deixando-se encher e transbordar do Espírito Santo de Deus, totalmente entregues e dependentes do Seu controle, direção e poder. - SOPHIA = sabedoria; pelo contexto, a sabedoria espiritual tem que se refletir nas coisas práticas, do dia a dia! Deus não quer “nobres”&intelectuais, quer trabalhadores&espirituais. |
aos quais constituamos sobre este importante (!) negócio. |
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1Tim 3:8-13 Da mesma sorte os diáconos sejam honestos, |
6. Impressionantemente reverenciáveis quanto aos propósitos e conduta. SEMNOS = inspiradores de reverência e assombro de admiração; augustos, honoráveis, veneráveis, reverenciáveis pelo caráter; graves&dignos [13]; sérios de propósito e respeitáveis na conduta; honestos em tudo. |
não de língua dobre, |
7. Não de 2 conversas. DILOGOS = que diz uma coisa a uma pessoa/auditório, e outra coisa a outra pessoa/auditório [de outra posição-interesse]; de duas conversas; de língua dobre. |
não dados a muito vinho, |
8. Não dados a excessos em alimentos e sucos (e abstêmios, claro). oinos = designação genérica para todo líquido direta ou indiretamente proveniente da uva. Pode designar: suco fresco de uva; suco de uva preservado (por processos similares à pasteurização, etc.); vinho alcoólico (fermentação etílica); ou vinagre (fermentação acética). O entorno do texto e o estudo de toda a Bíblia exigem que entendamos que o diácono, além de ser totalmente abstêmio, não ingerindo uma gota de bebida alcoólica, também não seja homem dado a excessos no comer e no beber, gastando muito dinheiro para se dar ao luxo de ter o que de melhor e mais saboroso existe, deixando-se dominar pela glutonaria. (vide Apêndice). |
não cobiçosos de torpe ganância; |
9. Não desejosos/aceitadores de ganhos indignos. AISCHROKERDÊS =AISCHROS (baixo, vil, torpe, indigno, desonesto) + KERDOS (lucro, ganho, vantagem). O diácono deve nunca se ter dado (ao menos depois de regenerado) ao lucro desonesto e à exploração. Não deve amar, anelar profundamente por dinheiro. Deve ser muito cuidadoso e limpo nos seus negócios, e ser constante e não avarento nas suas contribuições para a obra do Senhor. |
(9) guardando o mistério da fé |
10. Firmes no guardar e batalhar pelas doutrinas de uma vez para sempre reveladas na Bíblia. - ECHO = firmemente possuir e agarrar-se-aderir-se - TO = a o - MISTERION = aquilo que não pode ser descoberto pelo homem, mas foi revelado por Deus, através dos escritores da Bíblia. - TÊS = de [a]. - PISTIS = fé, o corpo de ensinos que são cridas, que são o conteúdo da nossa fé[14]. Judas 3b ... tive por necessidade escrever-vos e exortar-vos a batalhar pela fé que [de] uma vez [para sempre] foi dada aos santos. Heb 13:9a Não vos deixeis levar em redor por doutrinas várias e estranhas... Efe 4:14 Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente. |
numa consciência pura. |
11. Numa consciência purificada e sem culpa. - SUNEIDÊSIS = consciência, o ouvido espiritual que ouve a vontade e o padrão de Deus! - KATHAROS = pura (por ter sido purificada). Portanto, sem culpa. |
(1) E também estes sejam primeiro provados, |
12. Tendo sido intensamente provados e aprovados, antes mesmo de tudo o mais. - DOKIMAZE = testado, examinado, experimentado (com a expectativa de aprovar). - PRÔTOS = primeiro, antes de, e como prerrequisito para tudo o mais! [15] |
depois sirvam, se forem irrepreensíveis |
13. Irrepreensíveis e inacusáveis. ANENKLÊTOS = “sem” + “ser_chamável_a_pagar_conta”. Irrepreensível. Inculpável. Não ter nada de que possa ser acusável como resultado de investigação pública. Mais do que ter sido absolvido, anistiado, ou já ter pago a pena, significa ausência de sequer uma acusação fundamentada contra a pessoa [desde depois da sua conversão]. |
(12) Os diáconos sejam maridos de uma só mulher, |
14. Serem maridos (nos corações intensos e individidos) de UMA só mulher. - Cremos que solteiros são aquí impedidos. (Se não, devem ser raridade, não o ideal nem usual). - Um diácono pode perfeitamente ter recasado depois de ter ficado viúvo. - Deus sempre odeia o divórcio, o tolerando, com muito desgosto, somente no caso do homem ser totalmente inocente (nunca vimos um caso destes!) e ter encontrado na mulher gravíssimo e irresolvível pecado sexual, não tendo o coração amolecido a ponto de perdoá-la ou esperar. Somente neste caso (nunca vimos um!) talvez um diácono abandonado ou que se divorciou possa ser recasado. Mas achamos mais sábio que sirva de outro modo e não mais como diácono. - Muito mais do que só ter uma esposa viva, o crente deve ser homem cujo coração só vê uma mulher no mundo! Evitemos demorar os olhos noutras mulheres, vivermos de conversinhas, de confidências com elas, pois arriscaríamos chegar pelo menos a “adultério espiritual”, o que já seria demasiadamente trágico... e começo de terríveis males. |
[e] governem bem a seus filhos |
15. Liderando, guiando, dando exemplo e orientando seus filhos. PROISTÊMI = estar em pé na frente (como em fileira), assim mostrando o caminho pelo exemplo, liderando, cuidando, atendendo, supervisionando, orientando. - Além de amarmos profundamente, devemos ser líderes e exemplos espirituais para nossas esposas e filhos, a cada dia tanto fazendo o “cultinho doméstico” em hora certa e reservada, como falando de Deus nos momentos de descanso, de camaradagem, andando no carro, em ocasiões não planejadas, etc. Amor, cuidado e Deus devem fluir de nós natural e constantemente, para nossa família. - Não devemos tirar do seu ofício um homem de Deus que sempre governou bem seus filhos e família, mesmo nas suas crises, só porque um seu filho, já adulto, não mais ouve seus santos conselhos. O Pai perfeito governou perfeitamente 2 filhos, no Éden perfeito, mas eles caíram... |
e suas próprias casas |
16. E a todos das suas próprias famílias. O homem governa bem sua casa ao desejar e dedicar-se, acima de tudo no mundo, ao bem da sua esposa e filhos, separando-lhes bastante tempo da melhor qualidade, esforçando-se para cultivar o companheirismo e o amor, a cada dia o expressando repetidamente por palavras, carinhos, gestos e ações práticas, compartilhando alegrias e tristezas. As regalias espirituais gozadas pelo homem de Deus se refletirão no seu lar, em relações cada vez mais profundas e gratificantes. Os benefícios espirituais e o bom governo do crente devem estender-se a todos os que trabalham para ou com ele, ou moram na sua casa. |
OS 4 PRERREQUISITOS PARA AS ESPOSAS [16] [17] DOS DIÁCONOS E PASTORES |
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1 Tim 3:11 Da mesma sorte as esposas sejam honestas |
1. Muito admiráveis quanto aos propósitos e conduta.. SEMNOS = inspiradoras de reverência e assombro de admiração; augustas, honoráveis, veneráveis, reverenciáveis pelo caráter; graves&dignas [18]; sérias de propósito e respeitáveis na conduta; honestas em tudo. |
não maldizentes, |
2. Nem um pouco acusadoras ou mexeriqueiras. DIABOLOS = acusadora. Inclui a pessoa que faz acusações falsas, que calunia; inclui também a pessoa que faz acusações com um bom fundo de verdade, mas feitas com propósito e atitude não bíblicos; a pessoa que vive espreitando procurando e achando falhas nas atitudes e comportamento dos outros, para depois espalhar veneno, mexericos, críticas, indiretas e insinuações. A língua do diácono não pode ser dobre, a da sua esposa não pode ser solta. |
sóbrias |
3. De mentes sóbrias (alertas e vigilantes). NÊPHALIOS = vigilante, sóbria, comedida, temperante, de mente alerta e vigilante. |
e fiéis em tudo |
4. Em tudo fiéis e confiáveis. PISTOS = fiel, confiável, merecendo que nela creiamos, confiemos e nos apoiemos. Em tudo! |
1Tim 3:13 - Porque os que servirem bem como diáconos, adquirirão para si uma boa posição e muita confiança na fé que há em Cristo Jesus.
Que recompensa!
[alguns dos] OUTROS DEVERES DO DIÁCONO |
Não faltar nem atrasar-se para as reuniões do corpo diaconal (presididas pelo pastor; deve haver ao menos 1 reunião/mês). |
Visitar os membros da igreja que ficaram sob sua responsabilidade, particularmente os que caírem em doença (mas, nestas visitas, não lancem sutilmente o povo contra o pastor “Ah, o pastor ainda não veio lhe visitar? Puxa, que injustiça...”, antes protejam-no “Ele está muito ocupado com ..., certamente NÃO soube que o irmão está tão doente, tenho certeza que, quando o irmão avisar-LHE por telefone, ele vai ficar orando pelo irmão e vai marcar uma visita, talvez aqui mesmo”). |
Discipular, instruir e treinar os novos convertidos. (Importantíssimo!). |
Preparar e examinar os candidatos ao batismo e à membresia da igreja. |
Participar da bíblica aplicação de disciplina na igreja. Mat 18:15-17; 2Tes 3:6; Gal 6:1. |
Auxiliar o pastor e ajudar os candidatos, na ordenança do batismo. |
Auxiliar o pastor a servir a ceia do Senhor. |
Coletar os dízimos e ofertas. (As coletas são usuais e eficientes, mas a ida ao gazofilácio é mais bíblica). |
Contar os dízimos e ofertas. (Pelo menos 2 pessoas, mas nunca durante o culto). |
Não faltar nem atrasar-se para nenhum dos cultos da igreja. |
Calorosamente recepcionar os visitantes e ajudá-los. |
Interessar-se pelos cuidados com as finanças, móveis, utensílios, edificações e outros patrimônios da igreja. |
Orar e interessar-se profundamente pelo púlpito (a pregação, os pregadores e professores) da igreja. |
Assumir ativamente vários outros cargos da igreja, para os quais tenha o chamamento: ser professor de escola dominical, dirigente musical, dirigente de grupo de evangelização, membro do conselho administrativo, da comissão de finanças, da união de treinamento, da sociedade dos homens, do departamento de missões, das variadas comissões, etc. |
a. Elas não o têm explicitamente, no N.T.: A palavra diakonos só aparece associada a mulheres em Rom 16:1 - Recomendo-vos pois Febe, nossa irmã, a qual serve [ousan <5607> (5752) {sendo} diakonon <1249> {serv içal}] na igreja que está em Cencréia. Na tradução ACF, "serve" é verbo e não substantivo. Mesmo que em grego podemos traduzir como "sendo ela uma serviçal", só é certo e indiscutível que isto tem o sentido amplo, no qual todos os crentes são servos [diakonos] do Senhor, da assembleia local e uns dos outros. Não é certo e indiscutível que isto tem o sentido estrito, no qual somente uns poucos homens têm o ofício de diácono na igreja. Precisamos ver outras passagens. Ver nota 19.
b. O mais natural é ver 1Tim 3:11 como uma das qualificações para o diácono (sua esposa tem que ser: 1 - honesta, 2 - não maldizente, 3 - sóbria e 4 - fiel em tudo): seria muito estranho que versos 1 – 7 especifiquem os pre-requisitos indispensáveis para o 1o. tipo de oficial (pastor), 8 – 10 para o 2o. (diácono), 11 para um 3o. (diaconisa? diaconisa ou pastora?), 12 – 13 voltassem ao 2o. (diácono)!!!... É muito mais natural ver 1-7 referirem-se ao pastor, 8-13 ao diácono!
c. Se 1Tim 3:11 permitisse diaconisas, também permitiria pastoras: se GUNÊ deve ser traduzida por “mulheres” e não por “esposas” [de pastores ou de diáconos], e se o texto deve ser entendido como especificando os requisitos que uma mulher (solteira ou casada) deve satisfazer para ser uma oficial da igreja, claramente (compare inícios dos versos 8 e 11) o texto leva a crer que esta mulher poderá exercer os dois tipos de ofícios: diaconato e pastorado.
d. O N.T. não permite mulher pregar, ensinar (!), nem pastorear a igreja. ...
1Cor 14:34-35,37 [20] As vossas mulheres estejam caladas nas igrejas; porque não lhes é permitido falar; mas estejam sujeitas, como também ordena a lei. (35) E, se querem aprender alguma [coisa], interroguem em casa a seus próprios maridos; porque é vergonhoso que as mulheres falem na igreja...
1Tim 2:11-12 [21] A mulher aprenda em silêncio, com toda a sujeição. (12) Não permito, porém, que a mulher ensine, nem use de autoridade sobre homem [ANDROS], mas que esteja em silêncio.
e. Portanto, o N.T. não permite mulher ter o ofício de diaconisa (pode poderosa e alegremente servir e ajudar , como todo crente, mas sem ter o ofício, o cargo, o título). Isto é conseqüência inescapável de (c) e (d). Ademais, por que Deus indicaria os requisitos dos pastores separadamente daqueles dos diáconos, mas juntaria os para pastoras e diaconisas??? Por que indicaria, para diáconos, os 16 prerrequisitos já vistos, e, para pastores, 18 prerrequisitos em 1Tim 3 mais 19 prerrequisitos em Tito 1, mas, para pastoras e diaconisas, somente 4 prerrequisitos, conjuntamente, faltando alguns prerrequisitos absolutamente essenciais para esses ofícios??? Que absurda a posição das feministas e dos pastores e igrejas alexandrinas, modernas revoltadas contra Deus e querendo ter pastoras e diaconisas! Deus nos livre de jamais cairmos neste desvio-desvario...
a. É ponto pacífico que a Bíblia veementemente condena ao menos a embriaguês, o excesso do vinho alcoólico (vide c.a). E que os vinhos da época podiam ter muitos nutrientes e baixíssimo teor alcóolico. Mas a Bíblia proíbe até 1 gota desse vinho? Ou permite uma quantidade limitada (digamos, ½ copo de vinho tinto de baixo teor alcoólico?), em ocasiões super especiais?...
b. Pelo menos hoje e na nossa cultura, Rm 14 incontrovertidamente não deixa 1mm de espaço para um crente (que realmente queira servir e obedecer a DEUS o melhor que puder!) beber sequer 1 gota de qualquer bebida que contenha álcool na menor das proporções. Caso encerrado! Daqui em diante, veremos que os crentes de um país e época hipotéticos, onde toda a sociedade visse o álcool como elogiável e necessário e a abstnência total como vergonhosa e má, também não poderiam beber 1 gota de álcool.
b. A fermentação alcoólica nunca é expontânea (como a acética) na natureza, mas sim forçada pelo homem, em condições artificiais. Resulta de degeneração e simboliza o pecado. Josephus e a História mostram que os povos antigos sabiam conservar sucos por dezenas de anos, através de 5 métodos [23] . Até os anos 1600 (!), quase toda a uva da Palestina era transformada em suco não alcoólico e conservado por esses métodos!
c. - oinos (Grego) = YAYIN (Hebraico) = designação genérica para todo líquido direta ou indiretamente proveniente da uva. Pode designar: suco fresco de uva (semelhante a Gen 40:11); suco de uva, conservado e sem álcool; vinho alcoólico (fermentação etílica); ou vinagre (fermentação acética).
c.a. - Há muitos textos mostrando OINOS e YAYIN como tremendamente maus: Prov. 4:17; 23:29-30; // Isa 56:12; 28:7; Hab 2:5; // Deut 32:24,33; Prov. 23:31-33; Sal 58:4; 115:3; Jó 6:4; Ose 7:5; Hab 2:15; // Isa 5:22; 1Cor 6:10; // Sal 60:3; 75:8; Isa 51:17,22; Jer 25:15; Apo 14:10; 16:19.
c.b - Há outros textos onde OINOS e YAYIN são imensamente bons: Num 18:11-13; Nee 10:37,39; 13:5,12; Lev 2:11 + Exo 23:18 implicam que fermento era proibido como oferta; Gen 27:28,37; Deut 7:13; 11:14; Prov. 3:10; Isa 24:7; 65:8; Juiz 9:13; Joel 3:18; Sal 104:14,15; Zac 4:7 + Sal 4:7;// Isa 55:1; Sal 104:15; Jui 9:13; Cant 7:9; Prov. 9:2-4; // Mat 26:26-28; Mar 14:22-24; 1Cor 10:16.
c.c - Conclusão de (c.a) e (c.b): Ou a Bíblia é totalmente inconsistente, ou as 1as. passagens se referem ao venenoso vinho alcóolico, e as 2as. só ao abençoado suco não fermentado da uva!!! [24]
d. Um sacerdote não bebia vinho quando ia ao santuário (Lev 10:8-11); Somos sacerdócio santo (1Ped 2:5-12), o próprio templo do Espírito Santo de Deus (1Cor 3:16-17), não podemos beber!
e. Um rei não bebia (Pro 31:4-7); Somos reis e príncipes-juízes (Apo 1:4-6; 1Cor 2:14-16), não podemos beber!
f. Ver estudos sobre “Assuntos cinzentos”.
Análise de 1Tim 3:2-3 (Convém , pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma [só] mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar; (3) não dado ao vinho):
- “Vigilante” (NEPHO) realmente significa ser abstêmio, ser [sempre] livre da influência de intoxicantes, ser [sempre] de mente alerta e vigilante, ser sóbrio, comedido, temperante.
- “Sóbrio” (SOPHRONA) realmente significa ser [sempre] de mente sã, prudente, em controle próprio.
- “Não dado ao vinho”:
-- O caráter do vinho não é mencionado, nem dito único, nem condenado!... Porque não entendê-lo como não alcoólico, como emblema de bênção, de conforto e de abastança? Que motivos secretos você tem? Por que querer que este vinho seja o venenoso, o intoxicante, o contendo droga animalizante, o que altera o controle dos sentidos, mente, carne, e alma?...
-- A Bíblia uniformemente condena o excesso sensual [25] (mesmo com o que é de natureza absolutamente benéfica, como o bom alimento) e condena o gasto excessivo, acima das posses, com coisas caras e evitáveis (idem).
-- Podemos perfeitamente entender “não dado ao vinho” como Deus ordenando que o pastor, o exemplo para o rebanho, não deve ser dado, não seja obsecado e dominado pelos prazeres sensuais do bom comer coroado com o puro e caríssimo suco de uva, Deus tolerando com tristeza que nem todo outro crente seja um exemplo nesta área. Mas como nem de longe entender que este vinho é o alcoólico, que o pastor não deve ser dado a ele, mas que aos demais crentes é tolerado que sejam dados ao vinho alcóolico??? Se o vinho daqui fosse mau e os crentes não pastores pudessem se intoxicar embriagando-se com ele, a ordem de Deus seria em tudo análoga a Deus dizer que o pastor tinha que ser homem de uma só mulher, mas os outros crentes podiam ter muitas mulheres!... O vinho ao qual os pastores de 1Tim 3:3 não devem ser dados, é o puro suco de uva, fresco ou preservado, não fermentado.
Análise de 1Tim 3:8 (Da mesma sorte os diáconos sejam honestos, não de língua dobre, não dados a muito vinho, não cobiçosos de torpe ganância;): Além das 3 explicações, logo acima, para “Não dado ao vinho” (releia-as), temos:
- A ênfase pode ser posta na palavra muito, de “não dado a muito vinho”. Isto posto, podemos muito bem entender que “vinho” se refira ao puro suco de uva, Deus ordenando que o diácono não se exceda neste líquido benéfico e delicioso, pois isto seria gula, seria mau exemplo para o rebanho, e, sendo bastante caro, poderia desequilibrar e comprometer seu salário e sua família. Deus toleraria com tristeza que os demais crentes não sejam um exemplo perfeito nesta área. Mas como poderíamos nem de longe entender que “vinho” se refira ao vinho alcoólico, Deus ordenando que o diácono não se embriague e se intoxique muito com a terrível droga do álcool (só poderia se etilizar “um pouco”...), deixando margem aos demais crentes muito se embriagarem e intoxicarem com tal veneno que, direta ou indiretamente, relaciona-se com 1/3 de todas as mortes [e outras terríveis tragédias]???!!!... Se o proibido foi a grande quantidade (“muito”) do que é mau (se o vinho em pauta foi o alcoólico), então poderíamos ser cobiçosos de ganância não exatamente torpe, poderíamos ser dissolutos desde que não muito, poderíamos adulterar desde que não muito, etc! Não, álcool está fora de questão. O vinho do qual os diáconos de 1Tim 3:8 podem usar mas não se excederem, é o puro suco de uva, fresco ou preservado, não fermentado.
Em resumo: Um resgatado pelo Senhor não deve se drogar com sequer 1 gota de vinho ou outra qualquer bebida alcoólica. De todos os crentes Deus deseja, e dos pastores e diáconos exige, que não se excedam no desejar e no comer e beber mesmo dos mais puros e totalmente benéficos alimentos, sucos, etc., pois isto lhes faria sensuais glutões, seria mau exemplo e mau testemunho, e poderia desequilibrar e comprometer seus salários e suas famílias. Também se deseja de todos os crentes e se exige dos pastores e diáconos não terem relação alguma com o comércio dessas bebidas.
“Wines in the Bible, or the Fermentation Laws”, de William Patton, apresenta excelente análise científica, histórica, gramatical e exegética do assunto, analisando todos os versos onde aparecem palavras relacionadas com vinho.
[1] Provavelmente a palavra grega derivou-se de “DIÔKÔ” = “correr seguindo”, “correr atrás”, que pode se referir a um corredor (um corredor levando ordens, fazendo mandados, prestando serviços, e correndo atrás do seu senhor, para guardá-lo, para levar sua bagagem, para ajudá-lo, para guardar suas costas, etc.).
[2] Há 3 palavras relacionadas com este mesmo ofício de pastor:
anciões (PRESBUTEROS, os crentes escolhidos por serem espiritualmente mais maduros,)
= bispos (EPISCOPOI, que assim cuidam espiritualmente das igrejas, as supervisionam,)
= pastores (POIMÊN, assim defendendo, alimentando e guiando as ovelhas, seja por doce voz, seja por amorosa mas dolorosa vara corretora).
(Os anciões = bispos = pastores que ministram a palavra são dignos de duplicada honra e salários 1Tim 5:17).
[3] Mas notemos que os diáconos também eram homens de extraordinários frutos espirituais:
Estevão: At 6: 8 “E Estevão, cheio de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo.”; enfureceu o Diabo e os inimigos do Evangelho; 6:10 “E não podiam resistir à sabedoria, e ao Espírito com que falava.”; cap. 7 Que poder, que ousadia!
Felipe: At 8. Felipe evangeliza a Samaria e faz grandes sinais e maravilhas; evangeliza o eunuco etíope; evangeliza em muitas cidades.
[4] Tristemente, é muitíssimo freqüente que pastores, de todos os tamanhos de igrejas, esterelizem seus ministérios espirituais, por não terem auxílio disponível, ou não se aproveitarem bem deste auxílio, ou por não se policiarem e se orientarem no muito trabalhar, assim facilmente resvalando para praticamente gastarem todo seu tempo e energia em atividades puramente administrativas e extraministeriais.
[5] Os diáconos e outros crentes maduros dividirem o cuidado do rebanho entre si, sob a supervisão do pastor, auxiliando-o, é bíblico. Substituir, em termos práticos, assembleias locais pelas células de Choo, é antibíblico.
[6] EPISKEPTOMAI = cuidadosa e diligentemente olhai, reparai, examinai, inspecionai para escolher, selecionai.
[7] Uma igreja que é dirigida pelo Espírito de Deus mostra união em tudo, suas decisões são praticamente unânimes.
[8] 12 apóstolos, uns 5000 membros, uns 7 diáconos, não sabemos quantos anciões como Lucas, todos membros tinham bom conhecimento de toda a Bíblia então disponível (só o V.T.) e haviam presenciado todo o ministério terreno de Cristo; a igreja passava perseguições e não tinha templos nem propriedades. Tudo muito diferente das condições de todas as assembleias locais atuais.
[9] Em Atos 21:8, vinte anos depois de escolhido, Felipe ainda é “o evangelista e diácono”. Que exemplo!
[10] Porque os diáconos devem ser guardiões da fé (1Tim 3:9), a imposição de mãos que ocorre no seu primeiro empossamento no cargo tem que ser precedida por exame doutrinário de nível adequado, feito por pastores e diáconos da própria igreja e/ou de igrejas irmãs, de mesma fé e prática. Talvez isto possa ser dispensado (embora não vejamos vantagens nisto) no caso de diáconos que já pregaram e ensinaram aos adultos da igreja por muitos anos.
[11] (ver Vine e Thayer). Nunca esqueçamos que, para diáconos, foi Deus quem escolheu a palavra ANDROS (= homens = adultos do sexo masculino), não ANTROPOS (ser humano sem distinção do sexo)! Quem quiser questionar e se revoltar contra Deus que o faça, nós, batistas regulares e fundamentalistas, nunca tivemos este costume... (vide Apêndice).
[12] É daí que veio a nossa palavra “mártir”. Alguém que dá bom testemunho até morrer; tão dedicado, fiel e consagrado a ponto de morrer pelo Senhor! Estevão, diácono, deixou-nos o exemplo...
[13] Ser grave e sério é assunto do espírito, não fingimento (da face, da expressão corporal, das palavras e do tom de voz)! Nosso exterior (resultado do interior) deve ser tranqüilo, alegre e feliz, mas sem nunca deixarmos de ser graves e sérios para sermos frívolos e superficiais de propósitos e indignos de conduta.
[14] Porque o diácono deve ser guardião da fé (1Tim 3:9), a imposição de mãos que ocorre no seu primeiro empossamento no cargo tem que ser precedida por exame doutrinário de nível adequado, feito por pastores e diáconos da própria igreja e/ou de igrejas irmãs, de mesma fé e prática. Talvez isto possa ser dispensado (embora não vejamos vantagens nisto) no caso de diáconos que já pregaram e ensinaram aos adultos da igreja por muitos anos.
[15] Muitas igrejas erram em escolher para diáconos crentes novos ou recém transferidos de outras igrejas, muito zelosos, frutíferos, entusiasmados, personalidades brilhantes e dinâmicas, mas que ainda não foram provados... Isto tem prejudicado tanto as igrejas como estes crentes... Nunca caiamos neste grave erro, obedeçamos à Bíblia!
[16] Grego GUNÊ = mulher = (frequentemente) esposa. (a única palavra para "esposa", em grego é gunê!!!) O contexto imediato e o estudo de toda a Bíblia exigem que entendamos que o texto se refira, não à possibilidade de mulheres como diaconisas e pastoras, mas sim aos requisitos indispensáveis que as esposas dos diáconos e as esposas dos pastores devem satisfazer. (vide Apêndice).
[17] Não é expressamente proibido que seja escolhido como diácono o crente dedicado mas cuja esposa era (ou, pior, continua sendo) membro de outra igreja ou (pior) de outra denominação (pior ainda, se a denominação não for evangélica, ou se a mulher não der frutos de salva). Mas esta situação não é a ideal.
[18] Ser grave e sério é assunto do espírito, não fingimento (da face, da expressão corporal, das palavras e do tom de voz)! Nosso exterior (resultado do interior) deve ser tranqüilo, alegre e feliz, sem nunca abdicarmos de ser graves e sérios, para sermos frívolos e superficiais de propósitos e indignos de conduta.
[19] Primeira e suficientemente, notemos que, em Atos 6:3, Deus mandou “escolhei, pois irmãos, de entre vós, sete homens ...” ANDROS = homens = machos&adultos; derivado de “aner”, significa homem, não no sentido geral de ANTROPOS (ser humano), mas no sentido de enfatizar que Deus aqui se referiu só ao sexo masculino, não ao feminino!!!
[20] Notemos que 1Cor 11 começa contexto de adoração pública, na igreja; 14:27-29 mostra contexto de falar miraculosamente em idiomas humanos nunca estudados, e de profetizar [pregar]. Portanto, em 1Cor 14:34-37 Deus não ordenou que a mulher guarde silêncio total e em todas as situações, nunca sequer respondendo “Bom dia”, ou perguntando “Qual hino, por favor?”, mas Deus COM CERTEZA ordena que a mulher, em toda situação pública em que há um homem na audiência, não profetize-pregue, nem ensine (ensinar forçosamente inclui autoridade e repreender/corrigir), nem faça perguntas não humildes mas debatedoras ao homem que estiver pregando-ensinando-liderando, nem miraculosamente falasse em idiomas. (Os dons “espetaculares” foram característicos, exclusivos dos apóstolos e seus auxiliares diretamente escolhidos por eles 2Cor 12:12, e desapareceram aos poucos, ainda durante a vida dos apóstolos, à medida que o N.T. foi se completando).
[21] Este capítulo (1Tim 2) lida com adoração pública, na igreja. Notemos que Paulo não segue o verso 12 com um argumento cultural, mas sim (versos 13 e 14) argumenta que, como a mulher foi criada de e depois do homem, e foi enganada quando agiu independentemente da sua liderança, ela não pode ter posição sobre ele. Quem pode corrigir e aperfeiçoar Deus?...
[22] Mas notemos a maravilha de Tito 2:3-5: As mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias no seu viver... (4) Para que ensinem as mulheres novas a serem prudentes, a amarem seus maridos, a amarem seus filhos, (5) A [serem] moderadas, castas, boas donas de casa, sujeitas a seus maridos, a fim de que a palavra de Deus não seja blasfemada.!!! Este é o contexto maravilhoso e nobilíssimo designado por Deus para a mulher ensinar. Que privilégio! Como faz tanta falta que pouquíssimas mulheres de Deus incansavelmente passem estes ensinos (através de aulas, conversas, treinamento e exemplos práticos) às suas filhas e sobrinhas, alunas e amigas do trabalho e da igreja, e vizinhas, desde a infância das alunas até a velhice das professoras! Que tarefa nobre, sublime!
[23] O método que nos é mais familiar era o por o suco em garrafões (de cerâmica, metal, etc.), aquecer em banho maria e depois lacrar hermeticamente (com rolha fervida e com cera derretida). Odres de couro também podiam ser tratados com fumaça de enxofre e usados para viagens.
[24] Responda: por que muitos teimam que vinho é sempre alcoólico na Bíblia?... (um contra-exemplo perfeito: em Gen 40:11, Faraó toma é suco de uva espremida na hora. Quase nenhum egípcio provava álcool, mas todos eles deliciavam-se com suco de uva não fermentado, quer fresco, quer conservado).
[25] Existiam pessoas que, nos festins, se empanturravam com as melhores iguarias, até não poderem mais, depois iam para fora e provocavam-se vômitos para esvaziarem os estômagos, somente para então poderem se empanturrar novamente... Deus condena a glutonaria, o comer em excesso e somente por culto ao prazer sensual. Deus condena a gula e o glutão. Pena que isto seja tão negligenciado pelos crentes e pela pregação de hoje...
Apresentado no 4o. Congresso da APIBRE - Associação Paraibana das Igrejas Batistas Regulares
Realizada na IBR dos Bancários, João Pessoa
01 a 03 / Maio / 1997
********************************************************************Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por fieis): BKJ-1611 ou LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, com notas para estudo) na bvloja.com.br. Ou ACF, da SBTB.