Joseph Farah
Certamente, consigo entender o motivo por que pagãos modernos como Al Gore acreditam,
apesar da esmagadora evidência científica ao contrário, que o catastrófico
aquecimento global produzido pelo homem é a ameaça mais grave ao planeta.
O que não consigo entender é o motivo por que as pessoas que afirmam crer na
Bíblia como a infalível e inspirada Palavra de Deus estão acreditando no
aquecimento global. Ainda mais difícil de compreender é a razão por que alguns
evangélicos se deixaram prender pela idéia de que o governo e ações internacionais
são os métodos adequados para se combater essa ameaça imaginária.
Primeiramente, Gênesis 8:22 relata que Deus promete jamais usar de novo águas
de dilúvio como meio de destruir a vida na Terra. Nessa promessa, a Bíblia explicitamente
declara: “Enquanto a terra durar, sementeira e
sega, e frio e calor, e verão e inverno, e dia e noite, não cessarão.”
(Gn 8:22 ACF)
Em outras palavras, não haverá mais dilúvios catastróficos — o resultado que Al
Gore promete no futuro próximo como conseqüência do aquecimento global. O que é
tão importante é que há outra promessa ali de que frio e calor não hão de
cessar. O que isso significa?
Significa que Deus, não o homem, controla a temperatura do mundo. Deus, não
o homem, controla o clima. Deus, não o homem, controla o “ecossistema” da
terra. Deus, não o homem, controla nosso meio-ambiente.
É muita presunção e arrogância crentes e descrentes igualmente pensarem que o
homem controla o destino do planeta que Deus criou para nós. Se fosse assim,
ele não nos avisaria? Com todas as profecias da Bíblia, não deveríamos
encontrar declarações de que tais questões estão realmente debaixo do nosso
controle? Por que, afinal, lemos declarações exatamente opostas na Bíblia inteira?
Não que a Bíblia não nos diga que não há conseqüências para nossas ações no
planeta. Aliás, a Bíblia diz com bastante clareza. Mas o que Deus abomina
não é a produção de dióxido de carbono. Ele abomina os pecados que as pessoas
cometem. Em parte alguma da Bíblia Deus sugere, nem uma única vez, que é
pecado produzir CO2. Tenha em mente que o CO2 não é um poluente. É um gás que
ocorre naturalmente — tal qual o oxigênio. Deus, não o homem, criou o CO2. E o Deus
da natureza ainda produz muito mais CO2 do que o homem. Em Isaías 49, numa
passagem que os evangélicos crêem que representa as palavras do próprio Jesus,
há outra promessa: de que os que O seguirem jamais pereceriam por causa do
calor do sol.
“Nunca terão fome, nem sede, nem o calor,
nem o sol os afligirá; porque o que se compadece deles os guiará e os
levará mansamente aos mananciais das águas.” (Is 49:10 ACF)
Se o catastrófico aquecimento global representasse uma ameaça real para os
crentes, Deus teria feito tal promessa por meio de Isaías? Isso não significa
que o calor jamais será usado como instrumento de juízo. Aliás, de acordo com a
Bíblia, isso realmente ocorrerá. Lemos em Apocalipse 16:9: “E os homens foram abrasados com grandes calores, e blasfemaram
o nome de Deus, que tem poder sobre estas pragas; e não se arrependeram para
lhe darem glória”. O que isso significa é que o calor escaldante será
usado como juízo contra os descrentes e, o que é mais importante,
que Deus — e exclusivamente Deus — tem o poder sobre tais calamidades.
Sim, haverá uma época em que a Terra será destruída — e o mecanismo de
destruição que Deus vai empregar será exatamente o calor intenso. Mas não
estamos falando de aumento de alguns graus durante os séculos. Estamos falando
de calor tão forte que vai derreter os elementos que compõem a Terra. Esse
acontecimento virá numa época que se parece muito com a época em que vivemos. O
evento vem descrito em 2 Pedro 3:
(3) Sabendo primeiro isto, que nos últimos dias virão escarnecedores,
andando segundo as suas próprias concupiscências,
(4) E dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? porque desde que os pais
dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação.
(5) Eles voluntariamente ignoram isto, que pela palavra de Deus já desde a antiguidade
existiram os céus, e a terra, que foi tirada da água e no meio da água subsiste.
(6) Pelas quais coisas pereceu o mundo de então, coberto com as águas do dilúvio,
(7) Mas os céus e a terra que agora existem pela mesma palavra se reservam como
tesouro, e se guardam para o fogo, até o dia do juízo, e da perdição dos homens
ímpios.
(8) Mas, amados, não ignoreis uma coisa, que um dia para o Senhor é como mil anos,
e mil anos como um dia.
(9) O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas
é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos
venham a arrepender-se.
(10) Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão
com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as
obras que nela há, se queimarão.
(11) Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser
em santo trato, e piedade,
(12) Aguardando, e apressando-vos para a vinda do dia de Deus, em que os céus,
em fogo se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão?
(13) Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em
que habita a justiça.
(14) Por isso, amados, aguardando estas coisas, procurai que dele sejais
achados imaculados e irrepreensíveis em paz.
Muitos evangélicos de hoje concordam com os mundanos que a maior ameaça à humanidade
é representada pelo catastrófico aquecimento global produzido pelo homem. Será
que esses evangélicos são imaculados e irrepreensíveis? É burrice e egoísmo
puro o homem crer que ele controla o destino da criação de Deus. Mas é ainda
mais vergonhoso quando aqueles que afirmam crer em Sua Palavra pregam um falso
evangelho de aquecimento global que contradiz diretamente as Escrituras.
Joseph Farah é fundador e diretor de WND.
Traduzido e adaptado por Julio Severo: http://www.juliosevero.com.br
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Fonte: WND
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