Compreendendo o Arrebatamento a Partir de uma Perspectiva Estritamente Bíblica

Autor: Jeremy James, agosto de 2011.

Introdução

Este estudo foi compilado para ajudar os cristãos a adquirirem uma compreensão baseada na Bíblia do evento conhecido como Arrebatamento. Embora não defenda uma posição específica — Arrebatamento Pré-Tribulação, Arrebatamento no Meio da Tribulação ou Arrebatamento Pós-Tribulação — o estudo enfoca principalmente a primeira delas, pois a maioria dos argumentos em suporte às duas outras posições é determinada em grande parte pela interpretação que se dá às passagens das Escrituras que são usadas para suportar a posição pré-tribulacionista.

Ele não defende uma posição específica — Arrebatamento Pré-Tribulação, Arrebatamento no Meio da Tribulação ou Arrebatamento Pós-Tribulação — mas enfoca principalmente a primeira delas


Definição do Arrebatamento

O "Arrebatamento" é uma interpretação baseada em diversas passagens das Escrituras que profetizam que todos os crentes salvos (distintos dos membros não-salvos da igreja professa) que estiverem vivos no tempo em que o evento ocorrer, serão tomados nos ares para se encontrarem com Cristo, receberão corpos glorificados e incorruptíveis e habitarão a partir daí com Cristo no reino celestial. O Arrebatamento será seguido, aparentemente no mesmo dia, pela ressurreição de todos os cristãos fiéis que morreram em Cristo.

Principais Referências ao Arrebatamento nas Escrituras

As duas principais passagens nas Escrituras referentes ao Arrebatamento são as seguintes:

"Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele. Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras." [1 Tessalonicenses 4:13-18].

"Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados; num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade. E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória. Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória? Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor." [Coríntios 15:51-58].

A Palavra "Arrebatamento"

A palavra grega que foi traduzida como "arrebatamento" é harpazo, que significa no original "tomar de forma súbita", ou "arrancar" (Concordância de Strong, G726). Em outras partes da Bíblia, essa palavra foi traduzida como:

apanhar: 4 vezes
tomar à força: 3 vezes 
arrancar: 2 vezes
pegar: 1 vez
puxar: 1 vez

Precedentes ou Tipos do Arrebatamento

Existem vários precedentes para o arrebatamento — a transladação de Enoque, a transladação de Elias, a ressurreição e ascensão de Cristo, a ressurreição e ascensão das Duas Testemunhas no livro do Apocalipse, e a transladação de Filipe (que apenas foi transferido para outro local na Terra). Com relação a esta última, Atos 8:39 diz: "E, quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou a Filipe, e não o viu mais o eunuco; e, jubiloso, continuou o seu caminho."

A mesma palavra, harpazo, é usada em relação a Filipe. De acordo com Atos 8:40, "E Filipe se achou em Azoto e, indo passando, anunciava o evangelho em todas as cidades, até que chegou a Cesaréia." Azoto também era conhecida como Asdode e está situada a aproximadamente 48 km de Gaza.

Dois episódios no Velho Testamento também prefiguram o Arrebatamento, retratando a remoção dos justos por intervenção divina — Noé e sua família e Ló e sua família. É interessante observar que esses eventos envolveram famílias, exatamente como os irmãos (um corpo) que constituem a igreja cristã.

O Arrebatamento Como Parte da Doutrina Cristã

O Arrebatamento foi identificado como um princípio distinto da doutrina cristã no Novo Testamento. O verso 51 de 1 Coríntios 15 diz: "Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados." Isto signfica que os cristãos que estiverem vivos no momento do Arrebatamento não experimentarão a morte, mas receberão corpos imortais.

O Arrebatamento é um evento que deveria ser desejado ansiosamente pelos cristãos. A Bíblia termina com as seguintes palavras: "E o Espírito e a esposa dizem: Vem. E quem ouve, diga: Vem. E quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida... Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente cedo venho. Amém. Ora vem, Senhor Jesus."[Apocalipse 22:17,20].

Referências Feitas por Cristo ao Arrebatamento

Acredita-se que Cristo estava se referindo ao Arrebatamento quando disse: "E não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem. Então, estando dois no campo, será levado um, e deixado o outro; estando duas moendo no moinho, será levada uma, e deixada outra." [Mateus 24:39-41].

Ao se referir aos eventos calamitosos do fim dos tempos, o Messias confirmou que alguns cristãos fiéis escaparão da ira que virá e "estarão em pé diante do Filho do Homem", isto é, diante do próprio Cristo em Seu estado glorificado: "Vigiai, pois, em todo o tempo, orando, para que sejais havidos por dignos de evitar todas estas coisas que hão de acontecer, e de estar em pé diante do Filho do homem." [Lucas 21:36]. Como Cristo não estará na Terra durante a maior parte da Tribulação, os cristãos fiéis referidos precisarão ser tomados vivos (e de forma milagrosa) da Terra de modo a estar diante de Cristo.

O Arrebatamento e a Segunda Vinda São Dois Eventos Separados

Surge muita confusão quando os eruditos bíblicos deixam de distinguir entre o Arrebatamento e a Segunda Vinda. As Escrituras deixam bem claro que esses são dois eventos distintos, separados por um período não especificado de tempo:

O Arrebatamento Como um Evento Distinto

No Arrebatamento, Cristo não retorna até a superfície da Terra, mas pega os cristãos fiéis nos ares, levando-os diretamente até os céus:

"E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também." [João 14:3].

Além disso, o apóstolo Paulo escreveu:

"Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor." [1 Tessalonicenses 4:17].

No Arrebatamento, haverá a ressurreição de todos os fiéis da Época da Igreja, que tinham já morrido antes daquele instante:

"Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade." [1 Coríntios 15:52-53].

"Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro." [1 Tessalonicenses 4:16].

No Arrebatamento, os corpos dos cristãos fiéis vivos (como também os corpos dos que ressuscitarem) instantaneamente se tornarão imortais:

"Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados; num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade." [1 Coríntios 15:51-53].

"Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor." [1 Tessalonicenses 4:17].

No dia do Arrebatamento a Terra estará em um estado de relativa tranquilidade e ninguém estará esperando o julgamento de Deus:

"E, como aconteceu nos dias de Noé, assim será também nos dias do Filho do homem. Comiam, bebiam, casavam, e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e veio o dilúvio, e os consumiu a todos. Como também da mesma maneira aconteceu nos dias de Ló: Comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam; mas no dia em que Ló saiu de Sodoma choveu do céu fogo e enxofre, e os consumiu a todos. Assim será no dia em que o Filho do homem se há de manifestar."[Lucas 17:26-30].

Este foi o caso até o dia em que Noé entrou na arca e no dia em que Ló partiu da cidade de Sodoma. As Escrituras também dizem que o Arrebatamento poderá ocorrer a qualquer momento:

"Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, mas unicamente meu Pai... Por isso, estai vós apercebidos também; porque o Filho do homem há de vir à hora em que não penseis." [Mateus 24:36 e 44].

No tempo do Arrebatamento, a igreja professa estará adormecida e haverá pouca expectativa geral quanto ao retorno do Senhor:

"E, tardando o esposo, tosquenejaram todas, e adormeceram." [Mateus 25:5].

"Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o senhor da casa; se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã, para que, vindo de improviso, não vos ache dormindo." [Marcos 13:35-36].

A Segunda Vinda Como um Evento Distinto

Na Segunda Vinda, Cristo retorna para reinar tanto sobre Israel quanto sobre todo o mundo, assentado no trono de Davi, em Jerusalém:

"E naquele dia estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; e o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e haverá um vale muito grande; e metade do monte se apartará para o norte, e a outra metade dele para o sul." [Zacarias 14:4].

"Este será grande, e será chamado filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai; e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim." [Lucas 1:32-33].

Na Segunda Vinda, a ressurreição dos mortos, que é referenciada no livro do Apocalipse, somente ocorre depois que o Anticristo é derrotado. Os mortos aqui referidos são aqueles que vieram a Cristo durante o período da Tribulação e que foram martirizados pela sua fé:

"E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos. Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos." [Apocalipse 20:4-6].

Esta passagem das Escrituras está descrevendo os dois grupos que formam "a primeira ressurreição", isto é (1) os santos apanhados no Arrebatamento (tanto os cristãos vivos quanto os cristãos que já passaram pela morte) e (2) os fiéis que foram martirizados durante a Tribulação. (Alguns eruditos bíblicos acreditam que a ressurreição dos mortos, que ocorre imediatamente antes do Arrebatamento, também incluirá os santos do Velho Testamento.).

Na Segunda Vinda Todos os Santos da Época da Igreja Retornarão à Terra com Cristo:

"E naquele dia estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; e o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e haverá um vale muito grande; e metade do monte se apartará para o norte, e a outra metade dele para o sul. E fugireis pelo vale dos meus montes, pois o vale dos montes chegará até Azel; e fugireis assim como fugistes de diante do terremoto nos dias de Uzias, rei de Judá. Então virá o SENHOR meu Deus, e todos os santos contigo." [Zacarias 14:4-5].

"E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro; e julga e peleja com justiça. E os seus olhos eram como chama de fogo; e sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito, que ninguém sabia senão ele mesmo. E estava vestido de uma veste salpicada de sangue; e o nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus. E seguiam-no os exércitos no céu em cavalos brancos, e vestidos de linho fino, branco e puro." [Apocalipse 19:11-14].

Os exércitos referidos aqui não podem ser somente de anjos, pois é feita uma referência às vestes dos santos ("linho fino, branco e puro"). Portanto, o Arrebatamento precisa ter ocorrido antes da Segunda Vinda e precisa constituir um evento completamente separado.

Na Segunda Vinda o mundo está se aproximando do fim da maior aflição da história, em que muitos milhões morrerão de fome, nas guerras e por doenças, e toda a Terra ficará exposta a uma terrível devastação: "Porque haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco há de haver." [Mateus 24:21]. Cada um dos selos descritos no livro do Apocalipse já terá sido aberto antes do Senhor vir para destruir o Anticristo.

O Argumento Pré-Tribulacionista

Iremos agora considerar as várias evidências, tanto do Velho quanto do Novo Testamento, que são frequentemente citadas em suporte à posição pré-tribulacionista:

1. Conforto

"Porque eles mesmos anunciam de nós qual a entrada que tivemos para convosco, e como dos ídolos vos convertestes a Deus, para servir o Deus vivo e verdadeiro, e esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dentre os mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura." [1 Tessalonicenses 1:9-10].

Ser poupado da ira futura significa não precisar passar pelas provações da Tribulação.

"Mas, irmãos, acerca dos tempos e das estações, não necessitais de que se vos escreva... Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo." [1 Tessalonicenses 5:1,9].

Esta é a promessa que os cristãos fiéis não terão de enfrentar a ira do "dia do Senhor".

"Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras." [1 Tessalonicenses 4:18].

O arrebatamento somente pode ser um conforto se ocorrer antes da Tribulação:

"Estejam cingidos os vossos lombos, e acesas as vossas candeias. E sede vós semelhantes aos homens que esperam o seu senhor, quando houver de voltar das bodas, para que, quando vier, e bater, logo possam abrir-lhe." [Lucas 12:35-36].

Isto instrui os cristãos a estarem prontos para o retorno de Cristo, o que pode ocorrer a qualquer momento.

2. Evitar a Ira

"Porque virá como um laço sobre todos os que habitam na face de toda a terra. Vigiai, pois, em todo o tempo, orando, para que sejais havidos por dignos de evitar todas estas coisas que hão de acontecer, e de estar em pé diante do Filho do homem." [Lucas 21:35-36].

A Tribulação será a expressão final da ira de Deus. Para ser considerado digno de escapar de todas essas coisas, é necessário estar separado de todos "aqueles que habitam na face da terra."

Para essa promessa ser corretamente cumprida, o Arrebatamento precisa ocorrer antes do período da ira começar.

3. O Espírito Santo Exerce um Poder de Restrição

"Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que agora resiste até que do meio seja tirado; e então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda." [2 Tessalonicenses 2:7-8].

O Espírito Santo, que habita nos santos da igreja desde o dia de Pentecostes e que restringe o poder da iniquidade e a criminalidade, será retirado do caminho. Essa retirada do poder de restrição do Espírito Santo — que ocorrerá junto com o Arrebatamento da igreja — será necessária para que o Anticristo possa seguir seu curso de ações sem enfrentar obstáculos.

4. A Igreja

A igreja não é vista nem mencioada no Apocalipse entre o fim do capítulo 3 e o início do capítulo 19. Isto deve implicar que a igreja estará fora deste mundo durante o período da Tribulação descrito nos capítulos 4-18.

5. Sinais

A Segunda Vinda de Cristo (quando Ele derrota o Anticristo) é precedida por sinais muito específicos, conforme delineados em Mateus 24 e em outros lugares. Entretanto, o arrebatamento dos santos da Época da Igreja pode ocorrer a qualquer tempo, sem advertências ou sinais. Isto implica que o Arrebatamento ocorre antes da Segunda Vinda e antes dos sinais que inauguram o período da Tribulação.

6. O Velho Testamento

O Velho Testamento não faz qualquer declaração profética sobre a Época da Igreja. "Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados; num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados."[1 Coríntios 15:51-52]. A Época da Igreja é descrita como um "mistério" porque ela não tinha sido revelada anteriormente. Se a igreja ainda estivesse envolvida nos eventos da Tribulação, era de se esperar que esse fato importante aparecesse em alguma parte nas profecias no Velho Testamento, mas aparentemente não aparece.

É feita uma referência à "última trombeta". As trombetas de prata e as buzinas de chifres de carneiro (shofar) eram usados em dias solenes e santificados, as Festas do Senhor: "Tocai a trombeta na lua nova, no tempo apontado da nossa solenidade. Porque isto era um estatuto para Israel, e uma lei do Deus de Jacó." [Salmos 81:3-4].

Nessas ocasiões, as trombetas soavam muitas vezes, não apenas uma única vez. A "última trombeta" pode implicar o sonido repetido do shofar, a buzina de chifre de carneiro, na ressurreição da igreja. O sonido repetido da buzina de chifre de carneiro na queda de Jericó é uma possível prefiguração deste evento. Um dos primeiros toques da trombeta pode chamar todos aqueles que morreram em Cristo ("os santos em Cristo ressuscitarão primeiro"), enquanto que a "última trombeta" poderá chamar todos os cristãos fiéis que viverem naquele tempo.

7. Os Gentios

"Porque não quero, irmãos, que ignoreis este segredo (para que não presumais de vós mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado." [Romanos 11:25].

A "cegueira" de Israel persistirá até que a "plenitude dos gentios" (isto é, o tempo ou o número total de gentios) tenha se completado. O relógio profético, com relação às profecias do Antigo Testamento sobre o fim dos tempos, está parado (como o sol parou no céu, em Josué 10:13) e não voltará a operar até que o tempo dos gentios tenha atingido sua "plenitude" com o Arrebatamento. A Grande Tribulação é para Israel e seus inimigos (a igreja não é inimiga de Israel).

8. Perseverar Até o Fim

Os cristãos nascidos de novo são selados com o Espírito Santo. A salvação deles não é determinada por obras de qualquer tipo. Portanto, quando o Senhor diz: "Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo." [Mateus 24:13] — um verso-chave no capítulo da Tribulação — Ele está se referindo àqueles que se converterem a Cristo durante a Tribulação, não àqueles que foram salvos durante a Época da Igreja. Isto implica que o Espírito Santo deixará a Terra e não mais "selará" os novos convertidos durante a Tribulação.

Aparentemente, para ser salvo durante a Tribulação, será necessário perseverar até o fim. Os 144.000 serão selados por um anjo e o Espírito Santo não é mencionado:

"E vi outro anjo subir do lado do sol nascente, e que tinha o selo do Deus vivo; e clamou com grande voz aos quatro anjos, a quem fora dado o poder de danificar a terra e o mar." [Apocalipse 7:2].

9. Israel Como Testemunha para o Mundo

A testemunha de Deus durante a Tribulação é Israel, não a igreja. Seria extraordinário se a igreja estivesse na Terra durante a Tribulação e não fosse mencionada uma única vez sequer nos capítulos 4-18 do Apocalipse. Os 144.000 são testemunhas para o mundo, provenientes das doze tribos de Israel (exceto a tribo de Dã). Eles não são cristãos fiéis da Época da Igreja.

10. Vingança

"E clamavam com grande voz, dizendo: Até quando, ó verdadeiro e santo Dominador, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?" [Apocalipse 6:10].

Esta é a oração dos santos nos céus, ou seja "as almas dos que foram mortos por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho que deram". Isto significa que eles são os santos da nação de Israel que vieram ao Senhor durante a Tribulação e estão pedindo vingança. Os santos da Época da Igreja não fariam esse tipo de oração, pois estariam familiarizados e obedeceriam à ordem de Jesus Cristo para armarmos nossos inimigos.

11. Os Vinte e Quatro Anciãos

Os 24 anciãos no livro do Apocalipse são de significado especial. Antes dos eventos da Tribulação começarem, eles estão assentados sobre 24 tronos (não simples cadeiras) e têm coroas de vitória sobre suas cabeças. A coroa foi dada pelo Senhor como um galardão aos justos no dia do Julgamento: "Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda." [2 Timóteo 4:8]. A expressão "naquele dia" refere-se ao Dia de Cristo, quando Ele vier para os Seus. "Bem-aventurado o homem que sofre a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam." [Tiago 1:12].

Acredita-se que os 24 anciãos sejam representantes tanto da Igreja Arrebatada quanto daqueles que ressuscitaram em Cristo. O fato de usarem coroas significa que eles já passaram pelo Arrebatamento/Ressurreição e foram julgados pelo Senhor. Eles não são anjos, pois não há sugestão em parte alguma das Escrituras que os anjos usem coroas ou recebam galardões. A natureza representativa dos 24 anciãos é prefigurada pela indicação de 24 anciãos pelo rei Davi, para representarem todo o sacerdócio levítico: "A vigésima terceira a Delaías, a vigésima quarta a Maazias. O ofício destes no seu ministério era entrar na casa do Senhor, segundo lhes fora ordenado por Arão seu pai, como o SENHOR Deus de Israel lhe tinha mandado." [1 Crônicas 24:18-19].

12. As Duas Testemunhas

As duas testemunhas em Jerusalém são as duas oliveiras mencionadas por Zacarias: "E, por cima dele, duas oliveiras, uma à direita do vaso de azeite, e outra à sua esquerda."[Zacarias 4:3] e são referenciadas novamente de forma similar no livro do Apocalipse: "Estas são as duas oliveiras e os dois castiçais que estão diante do Deus da terra." [Apocalipse 11:4]. As duas testemunhas estarão vestidas de saco (o que é encontrado somente no Velho Testamento e nunca no Novo) e fazem cair inflamantes julgamentos sobre os inimigos de Israel. (Isto também é apropriado para o fiéis do Velho Testamento, mas não para os cristãos do Novo Testamento.) As duas testemunhas marcam o reinício do julgamento do Velho Testamento, que não está associado com a Época da Igreja. Isto sugere fortemente que a igreja já terá deixado este mundo no tempo em que as duas testemunhas aparecerem.

13. Noé e Sua Família

Os oito justos que vivam na Terra foram preservados na Arca durante o dilúvio. Eles também foram "elevados acima" do julgamento que caiu sobre todo o mundo. A Arca estava coberta por dentro e por fora com betume. A palavra hebraica para betume, kaphar, ocorre 102 vezes no Velho Testamento e em virtualmente todos os outros casos é traduzida como "expiação" [Concordância de Strong, H3722]. Foi por meio da expiação de Cristo (que haveria de ocorrer no futuro) que a família do justo Noé foi preservada da ira de Deus.

14. Ló e Sua Família

O pequeno número de justos que vivia na região de Sodoma e Gomorra (Ló e seus familiares) também foi removido da cena por intervenção divina antes do julgamento ser executado.

15. A Angústia de Jacó

A Tribulação é o tempo da "angústia de Jacó", quando os filhos de Israel finalmente encontram libertação da servidão, após um período de grandes provações:

"Ah! porque aquele dia é tão grande, que não houve outro semelhante; e é tempo de angústia para Jacó; ele, porém, será salvo dela. Porque será naquele dia, diz o SENHOR dos Exércitos, que eu quebrarei o seu jugo de sobre o teu pescoço, e quebrarei os teus grilhões; e nunca mais se servirão dele os estrangeiros. Mas servirão ao SENHOR, seu Deus, como também a Davi, seu rei, que lhes levantarei." [Jeremias 30:7-9].

Esta descrição marca a Tribulação como um evento específico para Israel, não para a igreja.

16. Oração

Se a igreja estivesse ainda na Terra durante a Tribulação, ela alertaria o mundo a respeito da identidade do Anticristo e de toda a grande enganação que ele está orquestrando. A igreja também oraria fervorosamente para anular as obras do Anticristo e criaria grandes obstáculos na tentativa dele de implementar seu programa mortal de enganação e de destruições. Como o livro do Apocalipse nos diz que o Anticristo será bem-sucedido e não terá impedimentos em suas obras até a Segunda Vinda de Cristo, é razoável concluir que a igreja não estará aqui neste mundo durante a Tribulação.

17. Os 144.000 Israelitas Selados

"Porque os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria." [1 Coríntios 1:22]. Portanto, que sinal os 144 mil receberão? Esses homens precisarão passar por uma transformação espiritual extraordinária para se converterem do Judaísmo para Cristo, todos virtualmente ao mesmo tempo, e se tornarem missionários ardorosos que testemunhem pelo mundo inteiro. O Arrebatamento da igreja poderá ser esse sinal. O súbito e inexplicável desaparecimento de milhões de cristãos nascidos de novo, bem como de milhares de judeus convertidos ao Cristianismo (conhecidos como judeus messiânicos), acionará esse evento espetacular. Isto precisará ocorrer bem no início da Tribulação para que os 144 mil tenham tempo suficiente para evangelizarem o mundo inteiro e levarem muitos a Cristo.

Os detalhes relacionados com o arrebatamento e transladação de Elias são de particular significado, pois prefiguram o contexto mais amplo dentro do qual o Arrebatamento do fim dos tempos ocorrerá:

"Então Elias tomou a sua capa e a dobrou, e feriu as águas, as quais se dividiram para os dois lados; e passaram ambos em seco. Sucedeu que, havendo eles passado, Elias disse a Eliseu: Pede-me o que queres que te faça, antes que seja tomado de ti. E disse Eliseu: Peço-te que haja porção dobrada de teu espírito sobre mim. E disse: Coisa difícil pediste; se me vires quando for tomado de ti, assim se te fará, porém, se não, não se fará. E sucedeu que, indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho. O que vendo Eliseu, clamou: Meu pai, meu pai, carros de Israel, e seus cavaleiros! E nunca mais o viu; e, pegando as suas vestes, rasgou-as em duas partes. Também levantou a capa de Elias, que dele caíra; e, voltando-se, parou à margem do Jordão. E tomou a capa de Elias, que dele caíra, e feriu as águas, e disse: Onde está o SENHOR Deus de Elias? Quando feriu as águas elas se dividiram de um ao outro lado; e Eliseu passou. Vendo-o, pois, os filhos dos profetas que estavam defronte em Jericó, disseram: O espírito de Elias repousa sobre Eliseu. E vieram-lhe ao encontro, e se prostraram diante dele em terra." [2 Reis 2:8-15].

Eliseu pediu que houvesse porção dobrada do espírito de Elias sobre ele. Elias disse que aquele pedido era difícil, mas que seria atendido se Eliseu o visse ser "tomado". Isto aponta para o chocante reconhecimento por parte dos 144.000 do significado espiritual do Arrebatamento, quando milhões de cristãos nascidos de novo, bem como milhares de judeus messiânicos serão removidos deste mundo. Quando esses 144.000 virem o sinal, serão despertados para a verdade do Evangelho e serão salvos, de modo que um grande derramamento do Espírito virá sobre eles. Exatamente como Eliseu apanhou o manto de Elias e deu continuidade à tarefa que seu mentor tinha deixado para trás, assim também o remanescente salvo de Israel apanhará o manto da igreja e dará continuidade à obra do Senhor.

Duas outras passagens nas Escrituras confirmam a bênção especial que o remanescente salvo de Israel receberá durante o grande despertar no fim dos tempos. Ambos aparecem em capítulos proféticos relacionados com a Segunda Vinda e suas implicações para Israel:

"Voltai à fortaleza, ó presos de esperança; também hoje vos anuncio que vos restaurarei em dobro." [Zacarias 9:12].

"Porém vós sereis chamados sacerdotes do Senhor, e vos chamarão ministros de nosso Deus; comereis a riqueza dos gentios, e na sua glória vos gloriareis. Em lugar da vossa vergonha tereis dupla honra; e em lugar da afronta exultareis na vossa parte; por isso na sua terra possuirão o dobro, e terão perpétua alegria." [Isaías 61:6-7].

18. As Bodas do Cordeiro

O livro do Apocalipse diz claramente que as bodas de Cristo com Sua noiva, a igreja, ocorrem no céu antes de Cristo retornar à Terra na Segunda Vinda para derrotar o Anticristo:

"Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória; porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou. E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos. E disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro... E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro; e julga e peleja com justiça. E os seus olhos eram como chama de fogo; e sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito, que ninguém sabia senão ele mesmo. E estava vestido de uma veste salpicada de sangue; e o nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus." [Apocalipse 19:7-13].

Isto mostra que o Arrebatamento e a Segunda Vinda são dois eventos separados. Isto também implica que o Arrebatamento precisa ter ocorrido bem antes da Segunda Vinda. Sabemos isto porque a Bíblia traça um paralelo claro entre a tradição judaica do compromisso, noivado e casamento e os preparativos feitos por Cristo, antevendo Seu casamento com a igreja.

O "compromisso" de Cristo com sua noiva ocorreu antes da fundação do mundo — "Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor." [Efésios 1:4]. Ele reivindicou Sua noiva legalmente por meio do noivado em Sua primeira vinda e depois foi preparar um lugar para ela. O dote é pago na ocasião do noivado: "Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus." [1 Coríntios 6:20].

Cristo prometeu vir novamente e levar Sua igreja para o lar que preparou para ela. De acordo com o costume judaico nos tempos bíblicos, o noivo ia de surpresa à casa da noiva após um intervalo de um ano, ou pouco mais, e a chamava para se apresentar para ele — a data nunca era especificada previamente. Ele chegava durante a noite, com o sonido de trombetas. A parábola das Dez Virgens parece descrever as cinco que estavam prontas e, assim, preparadas para o Arrebatamento, enquanto que as outras cinco, que não estavam prontas, mas que dormiram, perderam o Arrebatamento.

As cinco virgens sábias representam a igreja verdadeira, enquanto que as cinco néscias (que não estavam cheias com o Espírito Santo) representam a igreja dos cristãos professos, porém que não são salvos. Na cerimônia formal de noivado, que tinha reconhecimento e implicações jurídicas, a noiva e o noivo selavam seu noivado bebendo vinho no mesmo cálice. Eles não beberiam novamente, até que se casassem.

Durante o período aproximado de um ano de noivado, a noiva trabalhava na confecção de suas vestes nupciais. Enquanto isso, o noivo, que vivia na casa de seu pai, construia aquilo que era tradicionalmente conhecido como "pequena mansão" — um ou mais cômodos construídos na casa do pai, onde o casal viveria junto depois de casado.

"Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também. Mesmo vós sabeis para onde vou, e conheceis o caminho." [João 14:1-4].

Enquanto o noivo trabalhava na construção da "pequena mansão", seu pai controlava todo o processo. Somente o pai do noivo tinha a autoridade para determinar quando a "pequena mansão" estava pronta e quando o tempo tinha finalmente chegado para seu filho ir e buscar sua noiva.

Quando o noivo retornava com sua noiva, a festa nupcial começava. Tradicionalmente, a festa toda durava sete dias e era um tempo de grande alegria e comemoração. A terceira fase do processo de casamento, após o noivado e as núpcias, era a consumação. Isto representa Cristo e Sua noiva vivendo juntos em uma abençoada união por toda a eternidade.

O Argumento Pós-Tribulacionista

A maior parte dos argumentos para um Arrebatamento Pós-Tribulação está baseada em uma interpretação alternativa de passagens das Escrituras já citadas nas seções anteriores. Em particular, os defensores do Arrebatamento Pós-Tribulação parecem não aceitar os argumentos apresentados na seção intitulada "O Arrebatamento e a Segunda Vinda São Dois Eventos Separados". Eles também chamam a atenção para certas passagens das Escrituras, como seguem:

1. De acordo com esta escola de pensamento, a Segunda Vinda é um evento único e definitivo. Cristo não pode vir e tomar Sua noiva e depois vir novamente para lidar com o Anticristo. Se os santos que retornam com Ele à Terra são exclusivamente aqueles (vivos e mortos) que foram levados no Arrebatamento, então é preciso levar em conta as diferenças entre as seguintes passagens das Escrituras:

"E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus." [Mateus 24:29-31].

"Ora, naqueles dias, depois daquela aflição, o sol se escurecerá, e a lua não dará a sua luz. E as estrelas cairão do céu, e as forças que estão nos céus serão abaladas. E então verão vir o Filho do homem nas nuvens, com grande poder e glória. E ele enviará os seus anjos, e ajuntará os seus escolhidos, desde os quatro ventos, da extremidade da terra até a extremidade do céu." [Marcos 13:24-27].

A segunda descrição inclui as palavras "extremidades da Terra", enquanto a primeira não.

2. As Escrituras se referem especificamente ao sonido da última trombeta, momento em que o Arrebatamento ocorrerá.

"Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados." [1 Coríntios 15:52].

O sonido da última trombeta implica que houve sonidos anteriores e pode ser considerado como uma referência aos sete julgamentos das trombetas no livro do Apocalipse. Em caso afirmativo, então o Arrebatamento ocorre em um estágio avançado da Grande Tribulação.

3. A referência à "primeira ressurreição" é feita em Apocalipse 20, após a Segunda Vinda. Não há razão para acreditar que ela estipule um evento do tipo Arrebatamento antes da Tribulação:

"E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos. Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição." [Apocalipse 20:4-5].

O Argumento do Arrebatamento na Metade da Tribulação

A posição conhecida como Arrebatamento Antes da Ira, ou Arrebatamento em um Ponto Mediano na Tribulação vê a igreja passando pela primeira metade do período da Tribulação, mas evitando a segunda metade, que é conhecida como Grande Tribulação, quando as forças totais do Anticristo serão liberadas.

A maior parte do argumento dos defensores dessa interpretação baseia-se na crença que as "dores do parto" às quais Jesus Cristo se referiu e que a igreja experimentará, ocorrem na primeira metade do período de sete anos da Tribulação. Neste sentido, eles acreditam que a igreja escapará da Tribulação via Arrebatamento, mas interpretam a Tribulação no sentido real como um período mais curto do que sete anos. Referindo-se ao Anticristo, Daniel 7:25 diz:

"E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei; e eles serão entregues na sua mão, por um tempo, e tempos, e a metade de um tempo."

A vasta maioria dos eruditos bíblicos aceita que a expressão "um tempo, e tempos, e metade de um tempo" signifique um período de três anos e meio (um ano, mais dois anos, mais metade de um ano). Se os "santos" a quem Daniel está se referindo significam a igreja, então, argumenta-se, o Arrebatamento ocorre na metade do período de sete anos da Tribulação.



Autor: Jeremy James, artigo em 
http://www.zephaniah.eu
Data da publicação: 29/4/2013
Transferido para a área pública em 12/6/2015
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