Adaptado a partir do autor:
Arnold
G. Fruchtenbaum
Adaptado a partir de "The Campaign of Armageddon" (A Campanha
de Armagedom), de Arnold G. Fruchtenbaum, no site "Rapture Ready" (Prontos
para o Arrebatamento), página http://www.raptureready.com/rr-armageddon.html,
seção "O Sexto Estágio: A Segunda Vinda de Jesus, O Messias".
Traduzido por Israel Reis em nov.2012.
### Anotações e adaptações por Hélio de Menezes Silva, que
concorda com o autor em quase tudo desde a etapa 1 até a 6, exceto que crê que
não haverá a etapa 7 ("A Batalha Desde Bozra até o Vale de Jeosafá").
Ao contrário:
1) O extermínio dos exércitos do Anticristo e seus aliados será direta e
exclusivamente por Deus, sem
usar Israel nem nenhuma outra nação, ou homem (antes ou depois de
ressuscitado), ou anjo, como Seu instrumento.
2) Portanto, como Deus sempre fez ao destruir multidões por Seu milagre direto
sem instrumentalidade de homem ou anjo (lembremos como Deus exterminou direta e
subitamente os egípcios no Mar Vermelho, e os habitantes de Sodoma e Gomorra, e
os seguidores de Coré, etc.),
2.a) Será um matança
- justíssima;
- com dores e sofrimentos inexcedíveis (além da suprema vergonha de saberem ser revoltosos contra o próprio Deus, o Criador deles, serem seguidores do Diabo, e agora estarem plenamente conscientes do terrível e eterno sofrimento que terão no inferno e Lago de Fogo);
- sem similar quanto ao caráter e quanto ao número de várias centenas de milhões de soldados (talvez mais de 90% da população masculina que ainda restar em todo o mundo, da idade de 16 a 70 anos e capaz de pegar em armas???);
2.b) Será uma matança total, sem sobrevivência de nem sequer um homem dos exércitos inimigos;
2.c) Será uma matança de uma única vez, em só local, de todos os homens de todos os exércitos inimigos.
2.d) Será uma matança instantânea
ou em pouquíssimo tempo de segundos ou minutos, não uma campanha de vários dias
ou semanas.
Na sexta etapa, Jesus voltará atendendo à súplica por Israel. O local
inicial de seu retorno não será o Monte das Oliveiras, como é comumente
ensinado, mas o lugar conhecido como Bozra. Como esse fato é
relativamente novo para a maioria das pessoas, seria melhor para lidar com o
lugar da Segunda Vinda do Messias antes de discutir a maneira de seu retorno.
Quatro passagens chaves identificam com total precisão o local da Segunda Vinda
como sendo Bozra. Uma quinta passagem tem uma possível referência a ele.
A primeira passagem é Isaías 34.1-7:
‹‹
Chegai-vos, nações, para ouvir, e vós povos, escutai; ouça a terra, e a sua
plenitude, o mundo, e tudo quanto produz. Porque a indignação do SENHOR está
sobre todas as nações, e o seu furor sobre todo o exército delas;
ele as destruiu totalmente, entregou-as à matança. E os seus mortos serão
arremessados e dos seus cadáveres subirá o seu mau cheiro; e os montes se
derreterão com o seu sangue. E todo o exército dos céus se dissolverá, e os
céus se enrolarão como um livro; e todo o seu exército cairá, como cai a folha
da vide e como cai o figo da figueira. Porque a minha espada se embriagou nos
céus; eis que sobre Edom descerá, e sobre o povo do meu anátema para
exercer juízo. A espada do SENHOR está cheia de sangue, está engordurada da
gordura do sangue de cordeiros e de bodes, da gordura dos rins de carneiros;
porque o SENHOR tem sacrifício em Bozra, e grande matança na terra de
Edom. E os bois selvagens cairão com eles, e os bezerros com os touros; e a
sua terra embriagar-se-á de sangue até se fartar, e o seu pó se engrossará com
a gordura›› (Is 34.1-7 – ACF).
Isaías começa com uma chamada a todas
as nações, declarando que Deus tem indignação contra todas estas nações, e
contra os seus exércitos em particular. Eles estão destinados a ser abatidos
com a espada do Senhor (vv. 1-3). Não só haverá convulsões na terra neste
momento, mas também haverá um abalo nos céus (v. 4). Mas quando a espada de
Deus golpeia e abate todos os exércitos de todas as nações, em que lugar vai
ser isto? O nome do país onde todas as nações serão feridas é
identificado como a terra de Edom (v. 5). Tornando-se ainda mais
específico, isto irá ocorrer na cidade de Bozra, na terra de Edom
(vv. 6-7). De acordo com esta passagem, o local exato geográfico onde Deus vai
golpear e destruir todos os exércitos de todas as nações será a cidade de
Bozra, na terra de Edom (sul da Jordânia).
[Na segunda passagem,] Uma descrição muito mais gráfica é dada em Isaías
63.1-6. Enquanto em uma visão profética, o profeta Isaías estava em algum ponto
alto ou montanha em Israel, olhando para o leste em direção à terra de Edom,
quando de repente ele viu alguém magnífico, mas manchado de sangue, se
aproximar dele em glória e esplendor. Nesse ponto, uma sessão de perguntas e
respostas se segue entre o profeta Isaías e este alguém que vem marchando.
Isaías iniciou a conversão com a primeira pergunta, em 63.1 a:
“Quem é este, que vem de Edom, de Bozra,
com vestes tintas; este que é glorioso em sua vestidura, que marcha com
a sua grande força?” – (ACF).
A figura que se aproximava dele está vindo da terra de Edom e da cidade
de Bozra. Suas características estão refletindo a Sua glória, e há grandeza
em sua força. Não pode haver dúvida de que esta figura vestida com Glória é o
Messias judeu. A resposta à pergunta de Isaías 63.1 vem em b:
“Eu, que falo em justiça, poderoso para
salvar”
Se houvesse dúvida quanto à identidade
da pessoa antes, deve estar muito claro agora. Apenas um homem pode responder,
“eu que falo em justiça.” Apenas um homem tem o poder que é poderoso para
salvar. Ele é a Pessoa de Jesus, o Messias marchando em direção a Israel da
terra de Edom e da cidade de Bozra.
Isaías responde a essa resposta com uma segunda questão em 63.2: “Por que está vermelha a
tua vestidura, e as tuas roupas como as daquele que pisa no lagar?”
Isaías percebeu que a roupa do indivíduo,
embora glorificado com Glória, é, no entanto, manchada de sangue. Então Isaías
pergunta a respeito de como as suas vestes tornaram-se manchado. Esta pergunta
é respondida em 63.3-6:
“Eu sozinho pisei no lagar, e dos
povos ninguém houve comigo; e os pisei na minha ira, e os esmaguei no
meu furor; e o seu sangue salpicou as minhas vestes, e manchei toda a
minha vestidura. Porque o dia da vingança estava no meu coração; e o ano
dos meus remidos é chegado. E olhei, e não havia quem me ajudasse; e admirei-me
de não haver quem me sustivesse, por isso o meu braço me trouxe a salvação, e o
meu furor me susteve. E atropelei os povos na minha ira, e os embriaguei no meu
furor; e a sua força derrubei por terra” (Is 63.3-6 – ACF).
A coloração com sangue foi causada por uma
batalha travada na terra de Edom e da cidade de Bozra. Ele
lutou contra as nações sozinho. No curso de pisotear as nações, o sangue
dos esmagados aspergidos sobre suas vestes, manchando-as de vermelho (v. 3). A
luta foi necessária para que Ele salve o seu povo redimido, Israel (v. 4). Ele
lutou sozinho e não havia ninguém para ajudá-lo (vv. 5-6).
O principal ponto a aprender com esta passagem é que a batalha é iniciada {e
consumada. HMS} na terra de Edom e na cidade de Bozra.
No momento em que o Messias [vem de Bozra e] chega a Israel, suas vestes já
estão manchadas com o sangue da matança de [todos os seus] inimigos.
A terceira Escritura que confirma o Seu retorno inicial nesta área é Habacuque
3.3: “Deus veio de Temã, e do monte de Parã o Santo
(Selá). A sua glória cobriu os céus, e a terra encheu-se do seu louvor”.
Temã e Monte Parã estão ambos nas proximidades de Bozra e estão
localizados na mesma cadeia de montanhas onde está o Monte Seir. O contexto
está, obviamente, falando da segunda vinda do Messias, e este evento é dito que
acontecerá naquele local.
Todas estas [três] passagens claramente identificam o local da Segunda Vinda
como estando na terra de Edom e na cidade de Bozra. Isso se
correlaciona com o local onde o remanescente sobrevivente de Israel estará
refugiado nos últimos dias.
O remanescente de Israel, reunido e refugiado em Bozra, e a Segunda Vinda,
estão ligados na quarta passagem, em Miquéias 2.12-13:
“Certamente
te ajuntarei todo, ó Jacó; certamente congregarei o restante de Israel;
pô-los-ei todos juntos, como ovelhas de Bozra; como o rebanho no meio do
seu pasto, farão estrondo por causa da multidão dos homens. Subirá diante deles
o que abrirá o caminho; eles romperão, e entrarão pela porta, e sairão por ela;
e o rei irá adiante deles, e o SENHOR à testa deles” – (ACF).
O remanescente de Israel será reunido em
Bozra (v. 12), onde será cercado pelas forças do Anticristo. Os judeus são
finalmente capazes de romper o cerco, porque Jeová, o Rei [isto é, o Verbo
eterno, o Cristo] está à frente deles abrindo caminho (v. 13). O rompedor do
cerco, o rei, e Jeová são a mesma pessoa neste verso. Na Segunda Vinda, o
Messias entrará em batalha contra as forças do Anticristo, que se reuniram
nesta cidade.
A quinta passagem que pode se referir a este mesmo evento é em Juízes 5.4-5:
“O SENHOR, saindo tu de Seir, caminhando
tu desde o campo de Edom, a terra estremeceu; até os céus gotejaram; até
as nuvens gotejaram águas. Os montes se derreteram diante do SENHOR, e até
Sinai diante do SENHOR Deus de Israel” – (ACF).
Não é realmente certo de que esses versos estão falando da
segunda vinda, mas se assim (e o autor inclina-se para esta posição com
cuidado), Deus é visto como vindo de Monte Seir e da terra
de Edom. Monte Seir é a cadeia de montanhas do sul da Jordânia, em
que a cidade de Bozra está localizada.
Tendo identificado o local da segunda vinda, agora é necessário
olhar para as Escrituras que lidam com a forma da segunda vinda, e na
batalha final entre Jesus e o Anticristo. Já foi aprendido de Isaías 63.2-6 que
quando ele batalhar e destruir, o Messias vai batalhar e destruir sozinho, e
não haverá participação de ninguém na batalha.
A maneira de a Segunda Vinda é descrita em Mateus 24.30 como sendo com as
nuvens do céu:
“Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas
as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as
nuvens do céu, com poder e grande glória” (Mt 24.30 – ACF).
Durante todo o Antigo Testamento, as nuvens e a glória da
revelação da presença de Deus estão interligadas. Nesta passagem do Novo
Testamento, a inter-relação pode ser vista novamente. De acordo com Atos
1.9-11, Jesus voltará da mesma forma como ele partiu:
“E, quando dizia isto, vendo-o
eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos.
E, estando com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que junto deles
se puseram dois homens vestidos de branco. Os quais lhes disseram: Homens
galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi
recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir” (At
1.9-11 – ACF).
Deve-se notar que os anjos não profetizaram que Jesus voltaria
para o mesmo lugar, mas, sim, da mesma forma em que ele havia partido.
Jesus partiu entre as nuvens do céu e, de acordo com Mateus 24.30, Ele voltará
entre as nuvens do céu.
Uma passagem estendida sobre a Segunda Vinda está em Apocalipse 19.1-18. Antes
de lidar com a forma da segunda vinda propriamente dita, este capítulo tem um
prelúdio composto por três elementos em 19.1-10.
O primeiro elemento é o quádruplo aleluia em 19.1-8. O aleluia primeiro é pela
queda da Babilônia Religiosa em 19.1-2:“E, depois
destas coisas ouvi no céu como que uma grande voz de uma grande multidão, que
dizia: Aleluia! Salvação, e glória, e honra, e poder pertencem ao Senhor
nosso Deus; Porque verdadeiros e justos são os seus juízos, pois julgou a grande
prostituta, que havia corrompido a terra com a sua prostituição, e das mãos
dela vingou o sangue dos seus servos” (Ap 19.1-2 – ACF)
O segundo Aleluia, em 19.3, é pela destruição da cidade de
Babilônia, a capital econômica e política do mundo: “E outra vez disseram: Aleluia! E a fumaça dela sobe para todo o
sempre”
O aleluia terceiro é um louvor de adoração a Deus daqueles ao
redor do trono, ou seja, os 24 anciãos e os quatro serafins em 19.4-5: “E os vinte e quatro anciãos, e os
quatro animais, prostraram-se e adoraram a Deus, que estava assentado no trono,
dizendo: Amém. Aleluia! E saiu uma voz do trono, que dizia: Louvai o nosso
Deus, vós, todos os seus servos, e vós que o temeis, assim pequenos como
grandes”
O aleluia quarto é para o casamento do Cordeiro, em 19.6-8:
“E ouvi como que a voz de uma grande multidão, e como que a voz de
muitas águas, e como que a voz de grandes trovões, que dizia: Aleluia! pois já
o Senhor Deus Todo-Poderoso reina. Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe
glória; porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou.
E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho
fino são as justiças dos santos”
O segundo elemento do prelúdio é um convite para a festa de
casamento do Cordeiro em 19.9: “E disse-me: Escreve:
Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E
disse-me: Estas são as verdadeiras palavras de Deus”
É com a festa de casamento que o Milênio vai começar, mas os
convites são enviados pouco antes da Segunda Vinda. Eles saem para todos os
redimidos que não são membros da Igreja: isto é, os santos do Antigo Testamento
e da Tribulação, todos eles a serem em breve ressuscitados [e todos anelavam
por esse dia e convite, e todos o aceitam, pois já são do Senhor.].
Finalmente, o terceiro elemento do prelúdio vem na declaração do espírito de
profecia em 19.10: “E eu lancei-me a seus pés para o
adorar; mas ele disse-me: Olha não faças tal; sou teu conservo, e de teus
irmãos, que têm o testemunho de Jesus. Adora a Deus; porque o testemunho de
Jesus é o espírito de profecia.” O espírito de
profecia é o testemunho de Jesus. Ele é a fonte de todas as profecias, e todas
as profecias movem-se no sentido de um pleno [e literal] cumprimento por parte
dele, com vistas à sua própria glória.
Com esse prelúdio concluído, o Apóstolo [João] então descreve a segunda vinda
em 19.11-16:
“E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava
assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro; e julga e peleja com justiça. E
os seus olhos eram como chama de fogo; e sobre a sua cabeça havia muitos
diademas; e tinha um nome escrito, que ninguém sabia senão ele mesmo. E estava
vestido de uma veste salpicada de sangue; e o nome pelo qual se chama é a
Palavra de Deus. E seguiam-no os exércitos no céu em cavalos brancos, e
vestidos de linho fino, branco e puro. E da sua boca saía uma aguda espada,
para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro; e ele mesmo é
o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-Poderoso. E no manto
e na sua coxa tem escrito este nome: Rei dos reis, e Senhor dos senhores” (Ap
19.11-16 – ACF).
Este relato da Segunda Vinda, que começa por descrever o Messias
como o Juiz (vv. 11-13), tem muitas semelhanças com as descrições encontradas
no primeiro capítulo do Apocalipse. A guerra que ele move contra as nações é o
resultado de julgamento por Aquele que é fiel e verdadeiro. Ele usa na cabeça
as coroas diadema, indicando sua realeza inata. Suas vestes estão manchadas de
sangue, como em Isaías 63.1-6, por razões discutidas anteriormente. Esta é a
segunda vinda do Juiz e do Verbo de Deus encarnado, Jesus retornando em justiça
para julgar as nações.
Quando Ele voltar, o Messias será seguido por [seus] exércitos (v. 14). A
palavra está no plural, o que significa que pelo menos dois exércitos separados
vão voltar com ele. Um exército é conhecido como as hostes do Senhor, ou a armada
angelical. Mateus 16.27 diz: “Porque o Filho do homem
virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e então dará a cada um segundo as
suas obras”
Outro exército que irá retornar com Jesus é o exército dos
santos da Igreja que tinham sido arrebatados previamente, antes da Tribulação.
Judas 14-15 descreve os eventos como se segue:
“E destes profetizou também Enoque, o sétimo depois de Adão,
dizendo: Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos; Para
fazer juízo contra todos e condenar dentre eles todos os ímpios, por todas
as suas obras de impiedade, que impiamente cometeram, e por todas as duras
palavras que ímpios pecadores disseram contra ele” (Jd 14-15 – ACF).
No entanto, Isaías 63.1-6 deixou claro que, embora os exércitos
de santos e anjos vão voltar com ele, não vão participar nos combates. O
Messias vai batalhar essa batalha sozinho.
Depois de descrever Jesus em Seu papel como juiz e os exércitos que voltarão
com ele, João descreve Jesus como Rei dos reis e Senhor dos senhores (Ap 19.15-16).
Depois de julgar as nações como um juiz justo, Ele irá governar como Rei [Todo
Poderoso, Fortíssimo], com uma vara de ferro. [Antevendo isso, antes do real
início do Milênio] tais nações se reunirão e tentarão destruir os judeus, a fim
de evitar o absoluto reinar de Deus sobre eles cf. (Sl 2.1-6). No
entanto, eles vão participar da ira de Deus na segunda vinda de Jesus, o
Messias, e Ele reinará sobre eles. Por isso, Jesus realmente será o Rei dos
Reis e Senhor dos Senhores.
Devido ao maciço abate de todos os exércitos das nações, outro convite é
emitido. Este convida as aves dos céus para a grande ceia de Deus em Apocalipse
19.17-18: “E vi um anjo que estava no sol, e clamou com
grande voz, dizendo a todas as aves que voavam pelo meio do céu: Vinde, e ajuntai-vos
à ceia do grande Deus; Para que comais a carne dos reis, e a carne dos
tribunos, e a carne dos fortes, e a carne dos cavalos e dos que sobre eles se
assentam; e a carne de todos os homens, livres e servos, pequenos e grandes” –
(ACF).
Os pássaros comem as carcaças insepultas dos milhões que se
revoltaram contra Deus e foram mortos até o último deles, na campanha do
Armagedom [os exércitos começaram sendo reunidos lá, mas serão totalmente
mortos de uma só vez, em Bozra. HMS]. Deste modo, [muitos milhões de] aves se
saciarão completamente [durante muitos dias], de acordo com Apocalipse 19.21: “E os demais foram mortos com a espada que saía da boca do que
estava assentado sobre o cavalo, e todas as aves se fartaram das suas carnes”
Este banquete para os pássaros também é descrito em Ezequiel
39.17-20, estendendo o convite para os animais do campo: “Tu, pois, ó filho do homem, assim diz o Senhor DEUS, dize às
aves de toda espécie, e a todos os animais do campo: Ajuntai-vos e vinde, congregai-vos
de toda parte para o meu sacrifício, que eu ofereci por vós, um sacrifício
grande, nos montes de Israel, e comei carne e bebei sangue. Comereis a carne
dos poderosos e bebereis o sangue dos príncipes da terra; dos carneiros,
dos cordeiros, e dos bodes, e dos bezerros, todos cevados de Basã. E comereis a
gordura até vos fartardes e bebereis o sangue até vos embebedardes, do meu
sacrifício que ofereci por vós. E, à minha mesa, fartar-vos-ei de cavalos, de
carros, de poderosos, e de todos os homens de guerra, diz o Senhor DEUS” (Ez
39.17-20 – ACF).
Ezequiel fortemente conecta esses eventos com a redenção final
de Israel em 39.21-29:
“E eu porei a minha glória entre os gentios e todos os gentios verão
o meu juízo, que eu tiver executado, e a minha mão, que sobre elas tiver
descarregado. E saberão os da casa de Israel que eu sou o SENHOR seu Deus,
desde aquele dia em diante. E os gentios saberão que os da casa de Israel, por
causa da sua iniquidade, foram levados em cativeiro, porque se rebelaram contra
mim, e eu escondi deles a minha face, e os entreguei nas mãos de seus
adversários, e todos caíram à espada. Conforme a sua imundícia e conforme as
suas transgressões me houve com eles, e escondi deles a minha face. Portanto
assim diz o Senhor DEUS: Agora tornarei a trazer os cativos de Jacó, e me
compadecerei de toda a casa de Israel; zelarei pelo meu santo nome. E levarão
sobre si a sua vergonha, e toda a sua rebeldia, com que se rebelaram contra
mim, quando eles habitarem seguros na sua terra, sem haver quem os espante.
Quando eu os tornar a trazer de entre os povos, e os houver ajuntado das terras
de seus inimigos, e eu for santificado neles aos olhos de muitas nações, Então
saberão que eu sou o SENHOR seu Deus, vendo que eu os fiz ir em cativeiro entre
os gentios, e os ajuntarei para voltarem a sua terra, e não mais deixarei lá
nenhum deles. Nem lhes esconderei mais a minha face, pois derramarei o meu
Espírito sobre a casa de Israel, diz o Senhor DEUS” (Ez 39.21-29 – ACF).
Só então as nações dos gentios percebem que Deus não rejeitou o
seu povo para sempre. O julgamento e a dispersão de Israel foram devidas ao
pecado, principalmente o pecado da rejeição da messianidade de Jesus. Assim,
por um tempo, Deus escondeu Sua face e permitiu que as nações pudessem vir e
causar estragos e destruição. Mas, mais tarde, Israel, em sua aflição,
vai nacionalmente confessar o seu pecado e vai buscar a Sua face (Oséias 5.15).
Eles vão buscar resgate para fora das mãos nações que tanto os têm martirizado.
As nações reconhecerão, na Segunda Vinda, que Deus ainda é o Deus de Israel e
Ele vai vingar quanto elas desprezaram e afligiram Israel. Ao reunir todos os
exércitos do mundo contra Israel, eles vão realmente ser reunir contra o
Messias de Israel, como Apocalipse 19.19 claramente afirma: “E vi a besta, e os reis da terra,
e os seus exércitos reunidos, para fazerem guerra àquele que estava
assentado sobre o cavalo, e ao seu exército”
Outra passagem, com a descrição da Segunda Vinda é em Habacuque
3.1-19:
“1 ¶ Oração do profeta Habacuque sobre Sigionote. 2 Ouvi, SENHOR, a
tua palavra, e temi; aviva, ó SENHOR, a tua obra no meio dos anos, no meio dos
anos faze-a conhecida; na tua ira lembra-te da misericórdia. 3 ¶ Deus veio
de Temã, e do monte de Parã o Santo (Selá). A sua glória cobriu os céus, e
a terra encheu-se do seu louvor. 4 E o resplendor se fez como a luz, raios
brilhantes saíam da sua mão, e ali estava o esconderijo da sua força. 5 Adiante
dele ia a peste, e brasas ardentes saíam dos seus passos. 6 Parou, e mediu a
terra; olhou, e separou as nações; e os montes perpétuos foram esmiuçados; ou
outeiros eternos se abateram, porque os caminhos eternos lhe pertencem. 7 Vi as
tendas de Cusã em aflição; tremiam as cortinas da terra de Midiã. 8 Acaso é
contra os rios, SENHOR, que estás irado? É contra os ribeiros a tua ira, ou
contra o mar o teu furor, visto que andas montado sobre os teus cavalos, e nos
teus carros de salvação? 9 Descoberto se movimentou o teu arco; os juramentos
feitos às tribos foram uma palavra segura. (Selá.) Tu fendeste a terra com
rios. 10 Os montes te viram, e tremeram; a inundação das águas passou; o abismo
deu a sua voz, levantou ao alto as suas mãos. 11 O sol e a lua pararam nas suas
moradas; andaram à luz das tuas flechas, ao resplendor do relâmpago da tua
lança. 12 Com indignação marchaste pela terra, com ira trilhaste os gentios. 13
Tu saíste para salvação do teu povo, para salvação do teu ungido; tu feriste a
cabeça da casa do ímpio, descobrindo o alicerce até ao pescoço. (Selá.) 14 Tu
traspassaste com as suas próprias lanças a cabeça das suas vilas; eles me
acometeram tempestuosos para me espalharem; alegravam-se, como se estivessem
para devorar o pobre em segredo. 15 Tu com os teus cavalos marchaste pelo mar,
pela massa de grandes águas. 16 ¶ Ouvindo-o eu, o meu ventre se comoveu, à sua
voz tremeram os meus lábios; entrou a podridão nos meus ossos, e estremeci
dentro de mim; no dia da angústia descansarei, quando subir contra o povo que
invadirá com suas tropas. 17 Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja
fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não
produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos
currais não haja gado; 18 Todavia eu me alegrarei no SENHOR; exultarei no Deus
da minha salvação. 19 O SENHOR Deus é a minha força, e fará os meus pés como os
das cervas, e me fará andar sobre as minhas alturas. (Para o cantor-mor sobre
os meus instrumentos de corda).” (Hc 3:1-19 ACF)
Esta oração de Habacuque (v. 1) é profética, porque o que ela
registra na visão só pode ser a segunda vinda do Messias. A oração abre-se com
a súplica dos judeus remanescente (v. 2) para Deus salvá-los fisicamente
(aviva, ó SENHOR, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos
faze-a conhecida) e espiritualmente (na tua ira
lembra-te da misericórdia). Em resposta à súplica dos remanescentes, Deus é visto como
vindo de Edom, com toda a Sua glória resplandecendo (vv. 3-4). Na sua
vinda, Ele começará a despejar julgamento contra as nações que reuniram por
vários meios (vv. 5-7). A natureza [toda a criação de Deus] também será muito
afetada pela Segunda Vinda (vv. 8-10), assim como a esfera celestial da terra
(v. 11). A seguir, o Messias é visto como marchando em indignação e trilhando
as nações (v. 12), em nome do povo de Israel (v. 13). A cabeça dos exércitos, o
Anticristo, será ferida (v. 13b), bem como os soldados de seus exércitos (vv.
14-15) que vieram para espalhar de novo os judeus. Depois de ter visto esta
visão dos exércitos marchando e da segunda vinda, Habacuque treme com o
conhecimento do que ainda deve acontecer com seu povo Israel, quando muitos
serão mortos (vv. 16-17). Mas ele leva conforto no fato de que sua salvação
pessoal descansa no Senhor o qual, na sua Segunda Vinda, vai tornar todas as coisas
certas (vv. 18-19).
O Livro dos Salmos contém muitas referências poéticas para a Segunda Vinda. Uma
dessas representações mais gráficas é encontrada no Salmo 18.8-16:
“8 Das suas narinas subiu fumaça, e da sua boca saiu fogo que
consumia; carvões se acenderam dele. 9 Abaixou os céus, e desceu, e a escuridão
estava debaixo de seus pés. 10 E montou num querubim, e voou; sim, voou sobre
as asas do vento. 11 Fez das trevas o seu lugar oculto; o pavilhão que o
cercava era a escuridão das águas e as nuvens dos céus. 12 Ao resplendor da sua
presença as nuvens se espalharam, e a saraiva e as brasas de fogo. 13 E o
SENHOR trovejou nos céus, o Altíssimo levantou a sua voz; e houve saraiva e
brasas de fogo. 14 Mandou as suas setas, e as espalhou; multiplicou raios, e os
desbaratou. 15 Então foram vistas as profundezas das águas, e foram descobertos
os fundamentos do mundo, pela tua repreensão, SENHOR, ao sopro das tuas
narinas. 16 Enviou desde o alto, e me tomou; tirou-me das muitas águas.” (Sl
18:8-16 ACF)
Na sua Segunda Vinda, o Messias virá com a ira de Deus (vv.
8-9), montado sobre um querubim (v. 10), que terá características semelhantes
às de um cavalo-como, de acordo com Apocalipse 19.11. Haverá convulsões através
de toda a natureza (a criação de Deus) na Segunda Vinda (vv. 11-15), quando o
mundo inteiro será iluminado pelo esplendor da sua vinda gloriosa.
Portanto, na sexta etapa da Campanha do Armagedom [os exércitos começaram sendo
reunidos lá, mas serão totalmente mortos de uma só vez, em Bozra. HMS], Jesus
voltará atendendo à súplica de Israel e entrará em batalha contra o Anticristo
e seus exércitos. Com seu retorno para o remanescente de Israel em Bozra, o
Messias vai realmente [em primeiro lugar] salvar as tendas de Judá, antes de
salvar os judeus de Jerusalém, como Zacarias 12.7 predisse: “E o SENHOR salvará primeiramente
as tendas de Judá, para que a glória da casa de Davi e a glória dos habitantes
de Jerusalém não seja exaltada sobre Judá”
O termo “tendas” aponta para moradas temporárias em vez de moradias
permanentes. O fato de que Judá está vivendo em tendas mostra que [a tribo
de] Judá não está em sua própria casa [o território] de Judá, mas está
temporariamente em outro lugar. Este “outro lugar” é BOZRA.
Uma vez que o Messias irá salvar as tendas de Judá em primeiro lugar, isto,
também, mostra que o local original de seu retorno será BOZRA e não o Monte
das Oliveiras.
Autor: Arnold G. Fruchtenbaum
Tradutor: Israel Reis em nov.2012.
Corretor e adaptador: Hélio de Menezes Silva
Só use as duas Bíblias traduzidas rigorosamente por equivalência formal a partir do Textus Receptus (que é a exata impressão das palavras perfeitamente inspiradas e preservadas por Deus), dignas herdeiras das KJB-1611, Almeida-1681, etc.: a ACF-2011 (Almeida Corrigida Fiel) e a LTT (Literal do Texto Tradicional), que v. pode ler e obter em BibliaLTT.org, com ou sem notas).
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