Pretribulacionistas em 373 d.C., muito antes de Darby




A maioria dos que defendem a teoria do arrebatamento postribulacional tenta muito exaltadamente dizer que o ensino de um arrebatamento pretribulacional só surgiu depois de cerca de 1830, com o pregador e escritor John Nelson Darby, dos Irmãos de Plymouth, sendo mais fortemente espalhado no mundo através da Bíblia de Referência de Cyrus Ingerson Scofield, a partir de 1909.

Mas, em “The Origin Of The Pretribulation Rapture Doctrine” (http://www.oasischristianchurch.org/air/pretrib_history.pdf), T. Warner, opositor do pretribulacionismo, reconhece e cita 10 (dez) pregadores e jornais anteriores a e/ou suficientemente independentes de Darby, os quais, mesmo alguns deles tendo algumas outras doutrina que contêm erros e heresias, claramente pregavam o pré-tribulacionismo:

Morgan Edwards (Pastor Batista, na Pensilvânia, antes de e em 1788),
Manuel de Lacunza (Jesuíta, 1790, 1812),
Edward Irwing (Pastor Presbiteriano, da Igreja da Escócia, virou pré-carismático, 1825),
Margaret MacDonald (1830),
jornal The Morning Watch (jornal do movimento Irwinguita, 1830, 1831, 1832),
Robert Baxter (1833),
Robert Norton (1861),
Samuel P. Tregelles (dos Irmãos Pymouth, 1855/1864)

Darby pode, talvez, ter lido os escritos dos seus antecessores ou ouvido as pregações de seus contemporâneos defendendo o pretribulacionismo mesmo que alguns deles tivessem erros em outras áreas da Teologia Sistemática, mas Darby retirou suas convicções única e exclusivamente da clara Palavra de Deus tomada literalmente (claro que respeitando as dispensações).

Ademais, mesmo se fosse verdade (e não é, de modo nenhum!) que Darby foi a primeira pessoa a defender a interpretação literal-dispensacionalista que inevitavelmente leva ao pretribulacionismo, isto não teria absolutamente nenhum peso maior para provar ou para desprovar esta doutrina, pois já muitas vezes na História temos tido provas de que a única base segura para uma doutrina é a Bíblia claramente ensina literal-dispensacionalmente, só a Bíblia, com peso zero para a o caráter e histórico quer de seus defensores ou de opositores, com peso zero para a toda a História extra-bíblica.

Ademais, há que lembrar que, antes da invenção da imprensa, quando tudo era escrito à mão, milhões de manuscritos de cartas e estudos teológicos e sermões, quer totalmente sadios ou totalmente maus, desapareceram naturalmente, pela ação do tempo, somente sendo conservados aqueles que foram copiados e recopiados às dúzias, e foram cuidadosamente guardados pela igreja católica romana ou grega. Há que lembrar que Roma sistematicamente, durante todos os 1000 anos da Idade Média, caçou e matou 75 milhões de pessoas que dela discordavam, a maior parte delas podendo ter sido de crentes verdadeiros. Há que lembrar que é muito fácil para o exterminador de um povo suprimir todas as evidências da retidão deste e inventar as maiores e mais infames e infundadas calúnias contra ele, pois não restou ninguém para defendê-los e desmascarar as calúnias (Pense, por um instante, o que os livros de História escritos por Hitler diriam sobre os judeus, se ele tivesse exterminado a eles e aos Aliados, e dominado todo o mundo... E se o Islamismo tivesse exterminado o cristianismo e dominado o mundo antes de 1500 até hoje, que diria de nós, os crentes exterminados?... Ainda bem que Deus garantiu a sobrevivência de judeus e de crentes, não é?).
Roma queimou milhões de escritos de milhares de pregadores. Por exemplo, os Valdenses (crentes dos pés dos Alpes da Itália, que sobreviveram aos ataques de Roma desde antes de 150 d.C. até pouco antes da Reforma) foram praticamente aniquilados e tiveram queimados seus 2 grandes prédios armazenadores de livros e outros manuscritos, milhares de cópias de Bíblia, de livros de Teologia, e sermões!... Portanto, em geral, o silêncio dos documentos sobreviventes sobre alguma doutrina não pode desprová-la. Só a Bíblia põe de pé ou derruba qualquer doutrina. Referimo-nos à Bíblia perfeita (o Texto Tradicional), fielmente traduzida, e interpretada e pregada literalmente (respeitados contexto e dispensações, claro).

Em “Yet, Another Pre-Darby Rapture Statement”, em http://www.tribulation.ws/featured/YetAnotherPreDarbyRaptureStatement.html, Thomas Ice cita um sermão pretribulationsta de entre os anos 374 e 627 dC, que, por sua vez, cita o sermão “On the Last Times, the Antichrist, and the End of the World”, de Ephrem o Sírio (um dos "Pais da Igreja"), pregado não depois de 373 dC:

"Porque todos os santos e os eleitos de Deus são reunidos, antes da tribulação que está para vir, e são levados ao Senhor a fim de que não vejam a confusão que está para submergir o o mundo por causa de nossos pecados. "
Tradução de um texto em Latim, Caspari's Briefe, Abhandlungen und Predigten aus den zwei letzten Jahrhunderten des kirchlichen Altertums und dem Anfang des Mittelater (Christiania, 1890, pp. 208-20). Citado em vários locais na internet, fiz a tradução para português a partir de citação do artigo "Byzantine Text Discovery: Ephraem The Syrian," de Chuck Missler, em em http://khouse.org/articles/1995/39/

(Não confio em quase nada de quase nenhum dos chamados "Pais da Igreja", pois não passaram de escritos selecionados pela igreja romana, que desprezou e destruiu quase tudo que fosse contrário às suas heresias, eles são apenas os pais das heresias da igreja católica. Mas, de todo modo, estou enviando a citação, para registro histórico, para que ninguém mais ouse dizer "não houve absolutamente nenhum pregador e escritor pre-tribulacionista antes de Darby em 1830." Houve, sim.)

 


Também cita palavras escritas por Morgan Edwards em 1744 e publicadas em 1788:

Morgan Edwards em 1744 e publicadas em 1788:

II. A distância entre a primeira e a segunda ressurreição será um pouco mais de mil anos.

Eu digo, “um pouco mais”, porque os santos mortos serão ressuscitados e os [santos] vivos [serão] mudados na ocasião "a encontrar o Senhor nos ares" (I Tess. Iv.17), e isto ocorrerá cerca de três anos e meio antes do [início do] milênio, como veremos a seguir: mas será que Ele [Cristo] e eles [os salvos arrebatados] permanecerão no ar durante todo esse tempo? Não: eles vão ascender ao paraíso, ou para algumas das muitas das "mansões na casa do pai" (João XIV.2), e desaparecem durante o período de tempo antes mencionado. O propósito dessa retirada e desaparecimento será o de julgar os santos ressurretos e mudados [para corpos glorificados], porque "agora é tempo que comece o julgamento", e isto se dará "na casa de Deus" (I Ped. Iv.17.). . . (Página 7; a grafia de todas as citações de Edwards foram modernizadas.)

E cita Brother Dolcino, italiano, que defendeu o predispensacionalismo entre 1300 e 1307.

Vejamos, agora uma condensação do que está em : http://www.khouse.org/ephraem.htm :


2. Ephraem of Nisibis

Efrém o Sírio (306-373 dC) ensinou claramente que os crentes serão arrebatados ao céu antes da Tribulação. Ele era de Nisibis, na borda oriental do Império Romano (cerca de 100 quilômetros noroeste de Nínive). Ephraem foi um bem conhecido e prolífico escritor Sírio e testemunha de início do Cristianismo. 

Segue-se parte do sermão de Ephraem chamado "Sobre os últimos tempos, o Anticristo, e o fim do mundo." Tal sermão é reconhecido como estando entre os mais interessante de textos apocalípticos do início da Idade Média. O sermão descreve os acontecimentos dos últimos dias, começando com o Arrebatamento, a Grande Tribulação de 3 1 / 2 anos de duração sob o domínio do Anticristo, seguido da segunda vinda de Cristo. A tradução do latim (há quatro manuscritos conhecidos) deste sermão inclui o seguinte segmento: 

" Porque todos os santos e os eleitos de Deus são reunidos antes da tribulação que está para vir, e são levados ao Senhor para que não vejam a confusão que está a oprimir o mundo por causa de nossos pecados."
I
(Traduzido por Hélio de M.S. a partir da tradução do texto latino para o inglês, [Christiania, 1890, pp. 208-20], feita por Cameron Rhoades, professor de Latim no Tyndale Theological Seminary, em Fort. 
Worth, TX). 

No livro Ephraem de O Livro da Caverna dos Tesouros, escrita em cerca de 370 d.C., ele expressou sua crença de que a 69-ésima semana de Daniel terminou com a rejeição e crucificação de Jesus, o Messias. (O Livro da Caverna de Tesouros, p. 235) Este ensino dispensacionalista também apóia o Arrebatamento Pré-Tribulação. 

 


Se eu procurasse bem no meu computador, talvez achasse as citações de mais 2 ou 3 pregadores (batistas e reformados) de bem antes de Darby, que lembro que li e que defendiam o pretribulacionismo. Se bem me lembro, eram pastores de pequenas igrejas em remotos lugarejos, um nos Estados Unidos, o outro talvez na Escócia, não tenho certeza.
Mas acho que o acima exposto já basta. Basta para que os opositores sinceros parem de espalhar a inverdade de que nunca houve nem sequer a mais leve sombra de pretribulacionismo antes de Darby. Se tais opositores lerem e conferirem isto e não pararem de espalhar a inverdade, então não os mais poderei os considerar sinceros, com desprazer eu serei forçado a considerá-los mentirosos deliberados. (Espero que isso não ocorra).



Hélio, abril.2010.



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