Humberto Fontes – Agosto/2008
Uma análise bíblica sobre as diferenças e semelhanças entre Israel
e a igreja
“É porventura Deus somente dos judeus? E não o é também dos
gentios? Também dos gentios, certamente, visto que Deus é um só, que justifica pela
fé a circuncisão, e por meio da fé a incircuncisão”. (Rm
3:29-30)
O motivo deste estudo é mostrar que devermos amar Israel e orar pela paz em
Jerusalém (Sl 122:6), sabendo que Israel é a nação eleita de Deus. Porém, não
podemos confundir Israel com igreja e temos que saber separar as coisas. Há
muita confusão com relação a estes dois povos. Muitos interpretam erroneamente
as promessas de Deus para Israel, como se fossem para a igreja (assim como
várias passagens dos evangelhos, relativas a Israel e não à igreja, como Mateus
24 e 25) e tem muitas igrejas evangélicas pregando práticas e doutrinas do
A.T., aos crentes neotestamentários!
Devemos saber que apesar de haver muita semelhança entre ambos, também há
grandes e importantes diferenças. Portanto:
“Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem
de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (2Tm
2:15).
“Porque povo santo és ao Senhor teu Deus; o Senhor teu Deus te
escolheu, para que lhe fosses o seu povo especial, de todos os povos que há
sobre a terra” (Dt 7:6)
Israel,
em termos de nação, é o povo escolhido por Deus (Gn 12:1-3, 17:7-8; Êx 19:5-6;
Dt 7:6-26; Is 43:5-7; Jr 7:23; 13:11; At 13:17), não por seus atributos mas,
muito pelo contrário, pela graça e soberania de Deus. Ele disse que, através
desta nação, seriam abençoadas todas as famílias da terra (Gn 12:3).
Israel surgiu da semente de Abrão: “Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua
terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.
E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu
serás uma bênção”
(Gn 12:1-2). O Senhor disse a Abrão que sua descendência seria mais numerosa
que as estrelas do céu (Gn 15:5).
A Aliança Abraâmica é uma aliança com três elementos
vitais, onde Deus: 1. Declara a estratégia de alcançar o mundo através de
Israel. 2. Lega uma terra como uma possessão eterna a Israel. 3. promete
abençoar aqueles que abençoarem a Israel e amaldiçoar aqueles que a
amaldiçoarem.
Esta possessão de terra (bênçãos materiais) iria do Rio Nilo até o Eufrates: “Naquele
mesmo dia fez o Senhor uma aliança com Abrão, dizendo: À tua descendência tenho
dado esta terra, desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates” (Gn 15:18).
Porém, o mais importante ainda é que esta aliança é PERPÉTUA (eterna!): “E
estabelecerei a minha aliança entre mim e ti e a tua descendência depois de ti
em suas gerações, por aliança perpétua, para te ser a ti por Deus, e à tua
descendência depois de ti. E te darei a ti e à tua descendência depois de ti, a
terra de tuas peregrinações, toda a terra de Canaã em perpétua possessão e
ser-lhes-ei o seu Deus” (Gn 17:7-8).
Deus não anulou esta aliança, sob
nenhuma hipótese, mesmo com toda a desobediência por parte do povo de
Israel; até porque, Deus sempre soube que este povo era de dura cerviz e, por
isso, a aliança não seria jamais firmada sob a condição da obediência de
Israel: “Porque eu sabia que eras duro, e a tua cerviz um nervo de ferro,
e a tua testa de bronze” (Is 48:4).
A aliança foi mantida, pois Deus é Fiel e “... guarda a aliança e a
misericórdia até mil gerações aos que o amam e guardam os seus mandamentos” (Dt
7:9); pois, como Deus mesmo disse: “Porque eu, o Senhor, não mudo;
por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos” (Ml
3:6).
A aliança foi firmada, com base no amor de Deus, que nunca muda, por
amor do Seu Santo Nome (Is 48:9; Ez 20:9, 14, 22, 44; 36:21). Mesmo com a
desobediência do povo, Deus os perdoou várias vezes: “Não
obstante o meu olho lhes perdoou, e eu não os destruí nem os consumi no
deserto” (Ez 20:17).
Em Deus, “não há mudança nem sombra de variação” (Tg
1:17); o que Ele prometeu, Ele cumpriu, cumpre e cumprirá: “Desta
maneira deu o Senhor a Israel toda a terra que jurara dar a seus pais; e a
possuíram e habitaram nela” (Js 21:43). (vide também: Is 43:11, 13,
46:5, 9-10; Hb 6:17-18; etc.).
Israel foi necessário para revelar ao mundo a sabedoria de Deus (Dt 4:5-8).
Também, seria o povo através do qual Deus traria o Messias ao mundo e a consequente
oportunidade de salvação aos gentios (Gn 12:3; Jo 4:22; Rm 9:4-5).
Em Romanos, vemos Paulo indagar: “Qual é, pois, a vantagem do
judeu? Ou qual a utilidade da circuncisão? Muita, em toda a maneira, porque,
primeiramente, as palavras de Deus lhe foram confiadas. Pois quê? Se alguns
foram incrédulos, a sua incredulidade aniquilará a fidelidade de Deus?” (Rm
3:1-3). Ele mesmo responde: “De maneira nenhuma; sempre seja Deus
verdadeiro, e todo o homem mentiroso” (Rm 3:4a).
Assim, Deus se identificou a Moisés, na sarça ardente: “... Eu
sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó” (Êx
3:6).
Na Palavra de Deus, vemos bênçãos e promessas para aqueles que amarem Israel, bem
como, maldições para os que a odiarem: “E abençoarei os que te
abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas
as famílias da terra” (Gn 12:3). “Orai pela paz de Jerusalém; prosperarão
aqueles que te amam” (Sl 122:6).
Profecias sobre o milagre da indestrutibilidade de Israel: TODAS AS
OUTRAS NAÇÕES ESPALHADAS DESAPARECERAM! (Gn 12:1-3; 15:5 versus Jr 30:11; Lv
26:44; Is 11:11-12; Jr 31:35-36; 46:28; Ez 37:21; Mt 24:34; Rm 11:1-5; 25-32).
Profecias sobre a História de Israel: Israel teve profetizada sua
dispersão (Lv 26:33; Dt 28:15, 64-65 (ou 15-68); Jr 15:4; 16:13; 24:9; Os 3:4;
9:17). Primeiro seria dispersa só a parte de Israel (1Rs 14:15; Is 7:6-8; Os
1:6-8). Depois, Judá seria dispersa (Is 39:6; Jr 25:9-12). 70 (Setenta) anos
depois, Judá seria parcialmente restaurada (Mq 1:6-9 versus Jr 29:10-14). Até o
nome de Ciro, o rei Persa que restauraria Judá, foi previsto com 120 anos de
antecedência!!! (Is 44:28-45:1).
Os judeus foram desobedientes a Deus e contaminaram a casa de Israel “... com
seus caminhos e com as suas ações” e “por causa do sangue que
derramaram sobre a terra, e dos seus ídolos, com que a contaminaram” (Ez
36:17-18). Israel havia sido eleito e escolhido para seguir pelo caminho
indicado pelo Senhor. Mas andou por seus próprios caminhos e fez aquilo que
achava certo segundo seu raciocínio humano. Os israelitas se recusaram a ser
uma nação teocrática e quiseram imitar os povos vizinhos (1Sm 8:5). Esta foi e
continua sendo, até aos dias de hoje, a grande tragédia de Israel.
Em virtude de serem tão desobedientes, Deus os espalhou pelo mundo: “E
espalhei-os entre os gentios, e foram dispersos pelas terras; conforme os seus
caminhos, e conforme os seus feitos, eu os julguei” (Ez
36:19).
A primeira diáspora inicia-se em 586 a.C., quando o imperador babilônico
Nabucodonosor II (605 a.C.-562 a.C.) invade Jerusalém e deporta os judeus para
a Babilônia.
Mas, mesmo que os judeus tenham profanado o Nome do Senhor, entre os gentios,
Deus os poupou por amor do Seu Nome (Ez 36:21) e prometeu que os traria de
volta à sua terra (Ez 36:24) e os trouxe (Jr 15:14-21).
Em Lucas 21:24, lemos que: “E cairão ao fio da espada, e para todas as
nações serão levados cativos; e Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os
tempos dos gentios se completem”.
O segundo momento da diáspora acontece no ano 70 d.C., com a destruição de
Jerusalém e do templo, pelas legiões romanas do General Tito, quando os judeus
foram dispersos pelo mundo. A partir desse momento, os judeus se dirigiram para
diversos países da Ásia Menor e do sul da Europa, formando comunidades que
mantiveram a religião e os hábitos culturais judaicos.
Contudo, Deus prometeu que os traria de volta, mesmo estando eles dispersos por
todo o mundo: “Não temas, pois, porque estou contigo; trarei a tua descendência
desde o oriente, e te ajuntarei desde o ocidente. Direi ao norte: Dá; e ao sul:
Não retenhas; trazei meus filhos de longe e minhas filhas das extremidades da
terra. A todos os que são chamados pelo meu nome e os que criei para a minha
glória, os formei, e também os fiz” (Is 43:5-7).
Esta fantástica profecia se cumpriu debaixo de nossos olhos! Em 14 de Maio de
1948, em uma reação rápida, Israel recebeu da ONU o seu reconhecimento como
nação! Esse evento está mencionado na Bíblia: “Quem jamais ouviu tal
coisa? Quem viu coisas semelhantes? Poder-se-ia fazer nascer uma terra num só
dia? Nasceria uma nação de uma só vez? Mas Sião esteve de parto e já deu à luz
seus filhos” (Is 66:8). {Provavelmente este foi um cumprimento parcial e menor,
em alguns sentidos, mas era antes considerado totalmente impossível, e foi um
extraordinário milagre da providência de Deus, e ilustra e comprova o
cumprimento pleno que certamente virá. É um exemplo da “Lei do Duplo
Cumprimento” (vide livros e cursos de Hermenêutica, as leis para a sã
interpretação da Bíblia, particularmente da linha dispensacionalista, como
Manual de Escatologia, de Dwight Pentecost). Em resumo, esta lei de
interpretação reconhece que, antes do infalível cumprimento maior (literal,
completo, e definitivo), profecias às vezes podem ser cumpridas somente num
sentido menor (figurativo, incompleto, e temporário), uma espécie de
"pequena amostra preliminar, um penhor comprobatório de que o todo
virá", o que de modo algum substitui e impede o cumprimento literal,
completo e definitivo}.
“Todavia, nenhum outro grupo étnico da face da Terra tem uma reivindicação
mais legítima à sua terra do que os judeus - o que é atestado pelos manuscritos
antigos que contêm descrições detalhadas de títulos agrários muitos séculos
anteriores ao surgimento da fé islâmica agora professada por aqueles que
insistem que a terra pertence, não aos judeus, mas a eles. Apenas para mostrar o
quão fraca e ridícula é realmente a reivindicação dos assim-chamados
"palestinos", muitos autores observaram que até que Israel foi
restabelecido como uma nação, os árabes e outros muçulmanos na região tinham
pouco interesse pela terra ou por Jerusalém - a cidade que agora, de repente,
tornou-se o "terceiro sítio sagrado mais importante do Islã".” (Pr.
Ron Riffe) [1]
Paulo, referindo-se aos israelitas disse o quanto esta nação é
especial, pois dela veio o Salvador: “Porque eu mesmo poderia desejar
ser anátema de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a
carne; que são israelitas, dos quais é a adoção de filhos, e a glória, e as
alianças, e a lei, e o culto, e as promessas; dos quais são os pais, e dos
quais é Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito
eternamente. Amém”. (Rm 9:3-5) [grifos meus]. E, também, destacou a importância dos
judeus “porque, primeiramente, as palavras de Deus lhe foram confiadas” (Rm
3:2).
Por essas e outras, vemos que Israel é um povo peculiar, especial para Deus.
Deus nunca os abandonou. E, uma vez que o Altíssimo ama, incondicionalmente,
este maravilhoso povo, nós (gentios) também devemos amá-lo e orar por sua
conversão!
O povo: Nos quase 2.000 anos de diáspora (dispersão) entre todos os povos,
os judeus continuaram isolados como um povo e sobreviveram a todas as ondas de
perseguição. O Estado de Israel é, portanto, a continuação do povo bíblico, o
que se mostra inclusive nos cohanin, os descendentes de Arão, que são
os únicos a possuírem o gene YAP DYS19B.
A terra: Vimos que, em cumprimento a várias profecias, em 14 de Maio de
1948, em uma reação rápida, Israel recebeu da ONU o seu reconhecimento como
nação e retornou à sua terra prometida! Jerusalém é mencionada 811 vezes na
Bíblia e nenhuma vez no Corão, revelando a mentira de que Jerusalém sempre foi
sagrada para os muçulmanos.
A língua: A língua oficial de Israel é o hebraico bíblico enriquecido
com vocábulos modernos e se chama "ivrit". Isso significa que hoje
poderíamos conversar com o rei Davi, com o profeta Isaías e com o apóstolo
Paulo. Elieser Ben-Yehuda (1858-1922) ressuscitou e deu nova vida ao hebraico
bíblico, que, na Diáspora, era a linguagem usada na liturgia e na teologia. A
língua hebraica se manteve em seu estado original e não se modificou com o
passar do tempo como aconteceu com as outras línguas vivas (por exemplo, o
grego) porque ficou hibernando por quase 2.000 anos e conservou-se igual ao
hebraico bíblico original.
A moeda: Já há 2.000 anos a.C., o "shekel" (siclo) era uma
moeda. O siclo era a moeda para se pagar o tributo ao templo em Jerusalém. Em
1982, Israel reintroduziu esta moeda bíblica e passou a usar outra vez o siclo
como moeda corrente.
A religião: Outras religiões se modificaram, reformas e contra-reformas
adaptaram as religiões ao espírito de cada época. Com o Judaísmo não foi assim.
A religião judaica se ateve teimosamente aos preceitos da Bíblia.
A legislação: Apesar de Israel ser um Estado democrático moderno, sua
legislação se baseia em fundamento bíblico. Assim, em Israel não existe
casamento civil, só a cerimônia religiosa rabínica; contratos de arrendamento
só têm validade por 49 anos, para que no 50º ano, que é ano de jubileu, tudo
volte às mãos de seus proprietários originais; soldados israelenses prestam
juramento com a Bíblia sobre o peito e com a arma na mão. A lei bíblica
continua sendo a instância máxima para a legislação em Israel.
Tudo em Israel... tem idade bíblica, mas isso não faz de Israel um
museu. Ele é um dos países mais modernos do mundo. Em outros lugares se
abandonam as tradições dos antepassados, mas em Israel existe uma volta à
antiga Bíblia. Assim, Israel vai se tornando mais e mais um recipiente com
formato bíblico para, algum dia, estar em condições de receber em si o Espírito
de Deus (Ez 37 e Jr 31). Por enquanto, Israel é bíblico apenas em sua forma
exterior, mas interiormente ainda não; contudo, todas as coisas têm a sua hora
para acontecer. (Nota: alguns trechos deste tópico foram retirados do artigo:
“Quão Bíblico é Israel?”, com pequenas adaptações) [2]
Jesus Cristo (que é 100% Deus e, portanto, é Eterno), ao Se encarnar, também Se
tornou 100% Homem; e, humanamente falando, Ele é judeu, pois nasceu da raiz de
Jessé (Is 11:1, 10; Rm 9:3-5; 15:12).
Vejamos o que nos diz Dave Hunt: “Jesus Cristo, o Salvador e Redentor de
todos os que nEle creem, é, sem dúvida, o assunto mais importante das
Escrituras – contudo, sem Israel, não existiria um Salvador. Jesus é um judeu,
descendente de Abraão, Isaque e Jacó, através do rei Davi, o que Lhe dá o
direito de governar Israel e o mundo. Ele nasceu em Israel, ali viveu todos os
seus dias terrenos e (com algumas exceções) ministrou exclusivamente aos
judeus, conforme Mateus 15.24: “Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da
casa de Israel”. [3]
Israel, uma nação minúscula que representa apenas 1/1.000 da população mundial
e, segundo o Pr. Ron Riffe: “Humanamente falando, não há modo para que um
minúsculo país conseguisse sobreviver a qualquer uma das guerras movidas contra
ele por seus vizinhos árabes do Oriente Médio - muito menos quatro guerras de
1948 a 1973! A guerra de 1948 para a independência colocou cerca de 45 milhões
de árabes contra aproximadamente 64.000 judeus - Porém, quando a poeira
abaixou, cerca de dois anos depois, Israel tinha obtido uma surpreendente
vitória. Militarmente, ele estava em desvantagem - a proporção era de 40 contra
1, em população era de 100 para 1, em equipamento de 1000 contra 1 e em terreno
de 5000 contra 1, mas mesmo assim Israel venceu”. [4]
Como se vê, os fatos acima falam por si!
Com relação ao ministério
terreno de Jesus Cristo, Dave Hunt nos relata que: “Ele nasceu em Israel,
ali viveu todos os seus dias terrenos e (com algumas exceções) ministrou
exclusivamente aos judeus, conforme Mateus 15.24: “Não fui enviado senão às
ovelhas perdidas da casa de Israel”. Ele ordenou aos Seus discípulos: “Não
tomeis rumo aos gentios, nem entreis em cidade de samaritanos; mas, de preferência,
procurai as ovelhas perdidas da casa de Israel” (Mateus 10.5-6). Após a Cruz e
a Ressurreição, porém, Ele ordenou: “Ide, fazei discípulos de todas as nações,
batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mateus 28.19 e
Marcos 16.15). Mesmo assim, o Evangelho continua sendo “primeiro do judeu e
também do grego (Romanos 1.16)”. [5]
Como vimos, Jesus Cristo veio para os Seus (os judeus); mas, infelizmente,
estes não O receberam: “Veio para o que era seu, e os seus não o
receberam” (Jo 1:11). Mas, a rebelião de Israel alcançou seu auge
quando seus líderes rejeitaram o Cristo Ressurreto.
Vejamos algumas ocasiões (dentre outras) em que os filhos de Israel rejeitaram
Jesus Cristo e a Palavra de Deus, a seguir:
a) Uma ocasião foi quando os líderes de Israel taparam os ouvidos ao evangelho:
“E, ouvindo eles isto, enfureciam-se em seus corações, e rangiam
os dentes contra ele... Mas eles gritaram com grande voz, taparam os seus
ouvidos, e arremeteram unânimes contra ele” (At 7:54, 57);
b) Outra ocasião foi em Antioquia, da Pisídia, quando os judeus “...
vendo a multidão, encheram-se de inveja e, blasfemando, contradiziam o que
Paulo falava” (At 13:45). Diante dessa recusa por parte dos judeus, “...
Paulo e Barnabé, usando de ousadia, disseram: Era mister que a vós se vos
pregasse primeiro a palavra de Deus; mas, visto que a rejeitais, e não vos
julgais dignos da vida eterna, eis que nos voltamos para os gentios;
porque o Senhor assim no-lo mandou: Eu te pus para luz dos gentios, a fim de
que sejas para salvação até os confins da terra” (At
13:46-47) [grifos meus];
c) E mais uma ocasião foi em Corinto, conforme lemos: “E,
quando Silas e Timóteo desceram da Macedônia, foi Paulo impulsionado no
espírito, testificando aos judeus que Jesus era o Cristo. Mas, resistindo e
blasfemando eles, sacudiu as vestes, e disse-lhes: O vosso sangue seja sobre a
vossa cabeça; eu estou limpo, e desde agora parto para os gentios” (At
18:5-6) [grifos meus].
d) Em Atos 28:25-27, Paulo relembra as palavras do Espírito Santo ditas aos
pais, através do profeta Isaías, quanto ao endurecimento dos corações dos
judeus. E, como os judeus recusaram o evangelho, por fim, ele declara: “Seja-vos,
pois, notório que esta salvação de Deus é enviada aos gentios, e eles a ouvirão” (At
28:28).
Como os judeus rejeitaram a Palavra de Deus, Ele os colocou, temporariamente,
de lado. Paulo, sendo o ‘apóstolo dos gentios’, foi para os gentios e lhes
anunciou o ‘evangelho da graça’ (salvação exclusivamente pela fé, sem obras,
conforme At 13:39; Rm 3:20-31, 4:3-20; Gl 3:10-13; 5:4; Ef 2:8-9; Tt
3:5): “Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra
com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para
dar testemunho do evangelho da graça de Deus” (At
20:24).
Com isto, o evangelho que é primeiramente para os judeus (Rm 1:16) , é
anunciado aos “gregos” (gentios).
Simultaneamente, quando Israel foi posta de lado temporariamente, Deus revelou,
através do apóstolo Paulo (Ef 3:1-9), Seus planos secretos para esta época.
Estes incluíam a formação da IGREJA, o Corpo de Cristo (Ef 1:20-23; 5:32; Cl
1:18, 24).
Mas, por causa de terem rejeitado a Palavra, tendo crucificado
Jesus Cristo, Deus se esqueceu ou rejeitou Israel?
Paulo também fez esta pergunta: “... Porventura rejeitou Deus o
seu povo?”. Ele mesmo deu, rapidamente, a resposta: “De modo
nenhum; porque também eu sou israelita, da descendência de Abraão, da tribo de
Benjamim. Deus não rejeitou o seu povo, que antes conheceu” (Rm
11:1).
Em Jeremias, lemos: “Assim diz o Senhor, que dá o sol para luz do dia, e as
ordenanças da lua e das estrelas para luz da noite, que agita o mar, bramando
as suas ondas; o Senhor dos Exércitos é o seu nome. Se falharem estas ordenanças
de diante de mim, diz o Senhor, deixará também a descendência de Israel de ser
uma nação diante de mim para sempre. Assim disse o Senhor: Se puderem ser
medidos os céus lá em cima, e sondados os fundamentos da terra cá em baixo,
também eu rejeitarei toda a descendência de Israel, por tudo quanto fizeram,
diz o Senhor”. (Jr 31:35-37)
Durante esta “Era da Graça” (era da igreja), o remanescente dos judeus eleitos
é formado por aqueles ramos naturais de oliveira, enxertados de volta na raiz,
por causa de sua fé em Cristo: “E também eles, se não
permanecerem na incredulidade, serão enxertados; porque poderoso é Deus para os
tornar a enxertar. Porque, se tu foste cortado do natural zambujeiro e, contra
a natureza, enxertado na boa oliveira, quanto mais esses, que são naturais,
serão enxertados na sua própria oliveira!” (Rm 11:23-24).
A igreja é o zambujeiro (espécie de oliveira brava, de madeira rija;
azambujeiro, zambujeiro) [6], cujos ramos foram enxertados na oliveira,
que é Israel, cuja raiz é Cristo: “E se alguns dos ramos foram
quebrados, e tu, sendo zambujeiro, foste enxertado em lugar deles, e feito
participante da raiz e da seiva da oliveira, não te glories contra os ramos; e,
se contra eles te gloriares, não és tu que sustentas a raiz, mas a raiz a ti” (Rm
11:17-18).
Como vimos, em virtude do amor e fidelidade de Deus a Israel, Sua aliança com
este povo nunca foi rompida e eles continuam tendo um lugar especial nos planos
Dele!
Lemos, ainda: “Digo, pois: Porventura tropeçaram, para que caíssem? De modo
nenhum, mas pela sua queda veio a salvação aos gentios, para os incitar à
emulação. E se a sua queda é a riqueza do mundo, e a sua diminuição a riqueza
dos gentios, quanto mais a sua plenitude”! (Rm
11:11-12) [grifos meus].
Israel não foi abandonado por Deus (Ef 2:11-22; Rm 11:17-18). Após o
arrebatamento da igreja (1Ts 4:13-18), Deus recomeçará Seus planos e programa
para o povo escolhido (Rm 11). Podemos ver, então, que ainda haverá, nos tempos
finais, a plenitude de Israel, “porque os dons e a vocação de
Deus são sem arrependimento” (Rm 11:29).
Ao contrário do que muitos pregam por aí, a igreja não substituiu Israel nos
planos de Deus. Esta abominável “doutrina” é conhecida como “Teologia da
Substituição”, cujo autor é o “Pai do anti-semitismo”, Agostinho de Hipona, o
tal “Santo Agostinho” dos católicos.
“O teólogo católico Agostinho de Hipona (354-430), o qual com a sua obra
‘Cidade de Deus’ criou o anti-semitismo, que iria gerar implacáveis
perseguições aos judeus no mundo inteiro, sob a alegação de que eles foram os
imperdoáveis assassinos do Senhor Jesus Cristo.
O livro de Agostinho tem dominado as mentes, desde que foi escrito, e tem
influenciado também os protestantes, que aderiram à teologia da substituição,
acreditando que a igreja substituiu Israel no plano divino e, portanto, os
judeus caíram definitivamente da graça de Deus, por terem rejeitado o seu
Messias. Agostinho criou a falsa teologia de que a Igreja de Roma é a substituta
literal e por direito de Israel e que todas as promessas feitas por Deus ao Seu
povo passaram a valer somente para o ‘Israel de Deus’, isto é, a Igreja de
Roma [segundo a interpretação dele]. A partir dessa doutrina,
Roma tomou o lugar de Jerusalém, autodenominando-se ‘Cidade Santa’ e os papas
tomaram o lugar do Espírito Santo, proclamando- se ‘Vigários de Cristo’.” (Mary
Schultze) [7]
Os estragos da Teologia da Substituição têm sido enormes: separou a Igreja de
Israel e do povo judeu, trazendo ódio, divisão e separação; criou-se um campo
minado para que mais tarde várias atrocidades fossem cometidas contra o povo
judeu, como as Cruzadas, a Inquisição e o próprio holocausto; o judeu passou a
ter repúdio a todo cristão, pois o via como aquele que lhe “roubou” o título de
povo escolhido e, além de tudo, “o substituiu”; decorreram-se inúmeras
doutrinas dos “pais da igreja”, acusando Israel de deicídio; isto é, o crime de
ter matado o próprio Deus, na pessoa do Seu Filho, Jesus Cristo; propiciou que
a intenção satânica de afastar a Igreja de Israel fosse uma aparente verdade,
pois o inimigo sabe, pelas Escrituras, que o inferno não pode prevalecer contra
a Igreja verdadeira de Jesus Cristo.
Para se ter ideia desta tragédia, até nos dias de hoje, esta Teologia é pregada
em quase todos os seminários das igrejas evangélicas e em quase todas as
centenas e centenas de denominações.
O Pr. Ron Riffe disse: “A
partir de seus escritos, é aparente que muitos dos primeiros pais da igreja,
que adotaram a Teologia da Substituição, foram influenciados pela destruição de
Jerusalém e do templo no ano 70. Formou-se uma opinião geralmente aceita entre
eles que Israel nunca mais voltaria a existir como nação.... Martinho Lutero, o
catalisador que esteve por trás da Reforma Protestante, tinha a mesma opinião e
era claramente anti-semita em algumas de suas opiniões. É triste dizer, mas
essa mentalidade foi passada adiante para outros na igreja por meio dos ensinos
deles”. [8]
Dave Hunt, por sua vez, declara: “... Jeremias declara que Israel jamais
deixará “de ser uma nação” (Jeremias 31.35-37). Paulo, em apenas um sermão,
refere-se três vezes a Israel como uma entidade ininterrupta (Atos 13:17, 23,
24)... Ignorando isso, a “teologia da substituição” é uma das várias doutrinas
católicas romanas adotadas por Lutero, Calvino e outros grandes reformadores,
sendo aceita por muitos como teologia da Reforma”. [9]
No livro de Atos, Israel e a Igreja existem simultaneamente; o termo Israel
é mencionado 20 vezes e o termo igreja, 19 vezes. Em Atos 14:2, vemos a
existência, concomitante, de Judeus incrédulos, irmãos (JUDEUS E GENTIOS
convertidos = igreja) e gentios: “Mas os judeus incrédulos
incitaram e irritaram, contra os irmãos, os ânimos dos gentios” [grifos
meus].
Na 1Co 10:32, vemos a existência, concomitante, de judeus (ISRAEL),
gregos (GENTIOS) e igreja (JUDEUS E GENTIOS convertidos): “Portai-vos
de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos [GENTIOS], nem à igreja
de Deus” (1Co 10:32). [grifos meus].
Paulo nos esclarece: “Não que a palavra de Deus haja faltado, porque nem todos os
que são de Israel são israelitas” (Rm 9:6). Ele deixa claro que
há judeus não convertidos a Jesus Cristo (o Israel segundo a carne): “Vede a Israel
segundo a carne; os que comem os sacrifícios não são porventura
participantes do altar?” (1Co 10:18).
E há os judeus que se convertem, pela fé em Jesus Cristo (o Israel de Deus),
tornando-se membros da igreja, do Corpo de Cristo: “Porque
em Cristo Jesus nem a circuncisão, nem a incircuncisão tem virtude alguma, mas
sim o ser uma nova criatura. E a todos quantos andarem conforme esta regra, paz
e misericórdia sobre eles e sobre o Israel de Deus” (Gl
6:16-17) [grifos meus]. Este “Israel de Deus” são os “ramos naturais” que serão
enxertados em sua própria “oliveira” (que é Israel).
Como vimos, Gl 6:16 trata da “Israel de Deus” (judeus convertidos a Jesus
Cristo) e 1Co 10:18 trata da “Israel segundo a carne” (judeus incrédulos)!
Portanto, a igreja NÃO é o “Israel de Deus”, (ou o “Israel Espiritual”)
como muitos pastores, equivocadamente, pregam por aí...
Antes da cruz, o mundo se dividia em 2 classes (judeus e gentios); depois da
cruz, se divide em 3 classes (judeus, gentios e cristãos=judeus e gentios
convertidos)!
Quanto aos gentios que nascem de novo, pela fé em Jesus Cristo, eles também são
considerados (espiritualmente) “filhos de Abraão” e também são “...
geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido...” (Gl
3:6-9; 1Pe 2:9-10). Mas, isto não os torna judeus ou ISRAEL!
a) Qualidades iguais: Israel é um povo eleito, reino sacerdotal, nação santa e
propriedade particular (Gn
12:1-3, 17:7-8; Êx 19:5-6; Dt 7:6-26; Is 43:5-7; Jr 7:23; 13:11; At 13:17); a igreja é a geração eleita, o sacerdócio real, a nação
santa, o povo adquirido (1Pe 2:9);
b) Novo nascimento/conversão: nação de Israel (Ez 36:25-27; “vale de ossos
secos”: Ez 37); cada indivíduo da igreja (Jo 3:3, 5);
c) a salvação sempre foi PELA FÉ: “Visto que Deus é um só, que
justifica pela fé a circuncisão, e por meio da fé a incircuncisão” (Rm
3:30). (Vide também: Rm 4:3-20; Hb 11:4-5, 7-9, 11, 17, 20-24, 27-31, 33;
etc.), com a diferença que no A.T., além da fé, era necessária, também, a
observância da Lei (a salvação era pela ‘fé + obras’). Mas, nesta “era da
igreja”, tanto judeus, como gentios, são salvos somente pela fé;
d) eleição: Israel (Gn 12:1-3; 15:5; 17:7-8, 25:19; Dt 7:6-26; Is 45:4; Jr
7:23; 13:11; Ml 1:3; Mt 24:22; At 13:17; Rm 9:3-5, 10, 11:5, 7; etc.); igreja
(Mt 24:31; Jo 6:37; At 13:48; Rm 8:30, 33; Ef 1:4; Cl 3:12; 2Ts 2:13; Tt 1:1;
1Pe 1:2; Ap 17:14);
e) a promessa direta de Deus: para Israel: ”Eu, o
Senhor, o disse e o farei" (Ez 36:36); para cada membro da
Igreja de Jesus: "Fiel é o que vos chama, o qual também o fará" (1Ts
5:24);
f) ambos são chamadas povo “peculiar” separado do mundo: Israel (Lv 20:24-26;
Dt 14:2); Igreja (Tt 2:14; 1Pe 2:9);
g) ambos seriam odiados e perseguidos pelo mundo (até a morte): Israel (Sl
119:161, 143:3); Igreja (Mt 24:9; Jo 15:20; 17:14);
h) ambos seriam chamados à santidade: Israel (Lv 20:7); Igreja (1Pe 1:15).
· Existem muitas diferenças entre Israel e a igreja:
· Israel surgiu há muitos séculos (Gn 12:1-3);
· a Igreja começou no N.T., pois era um mistério (Mt 16:18; Rm 16:25);
· Israel é o povo que revelaria ao mundo a sabedoria de Deus (Dt 4:5-8);
· a Igreja só poderia existir após certos acontecimentos no ministério de Jesus Cristo (Mt 16:18). A ressurreição e ascensão são inclusos nesses eventos, bem como a capacitação do Espírito Santo (At 2) através de dons;
· Israel é o povo terrestre de Deus (Gn 17:7-8; Is 43:5-7);
· a igreja (o Corpo de Cristo) é o povo celestial (Jo 14:1-3; 2Tm 4:18);
· a Israel são prometidos um país e uma cidade nesta Terra (Gn 12:1-2, 15:18, 17:7-8; Dt 7:6; Js 21:43; Is 43:5-7, 11);
· à Igreja é prometido um lar no céu (Jo 14:2; Hb 12:22)
· as bênçãos para Israel são materiais, tais como: possessões de terra, fartura, domínio sobre os povos vizinhos, etc. (Gn 12:1-2; 15:18; 17:7-8);
· as bênçãos para a igreja são espirituais (Ef 1:3; Fp 3:20-21), sendo as riquezas do crente: o perdão (At 10:43; 1Jo 2:1); a adoção de filhos (Rm 9:24-26, 10:11-12; Gl 3:26); justificação pela fé (Ef 2:8-9); o Espírito Santo habitando neles (1Co 3:16-17, 6:19; 2Co 6:16); santificação (Rm 6:19, 22; 2Co 7:1; 1Ts 4:3, 4, 7; 2Ts 2:13; Hb 12:14; 1Pe 1:2) e a glória eterna (Rm 8:30) que em breve virá; reinado com Jesus Cristo, durante o Milênio (2Tm 2:12; Jd 1:14; Ap 1:6, 5:10, 20:6);
· Israel deveria trazer o Messias ao mundo e a salvação aos gentios (Gn 12:3; Rm 9:4-5; Jo 4:22);
· a Igreja era um mistério, só revelado no N.T. (Rm 16:25; Ef 3:1-12; 5:32; Cl 1:24-27), referência nunca dada a Israel;
· Israel faz parte da “antiga aliança” (Gn 12:1-2; 15:18; 17:2, 19; Êx 2:24, 24:8; At 7:8; Rm 9:4; etc.), a dispensação da Lei;
· a igreja faz parte da “nova aliança” (Mt 9:17, 26:28; Mc 14:24; Lc 22:20; 1Co 11:25; 2Co 3:6, 14; Gl 4:24-31; Hb 7:22, 8:6, 13, 9:15-16, 12:24), a dispensação da graça, que se iniciou em At 28:28 (nesta era da igreja, inclusive os judeus só se salvam pela fé em Jesus Cristo. Em 2Co 3 e em Gl 3, vemos a superioridade da nova aliança sobre a antiga);
· Israel, no A.T., era salvo através do “evangelho do reino” (Êx 20:20; Dt 6:1-2, 17; o Livro de Levítico; Tg 2:20-23);
· a igreja (formada por gentios e judeus) é salva pelo “evangelho da graça” (At 13:39; Rm 3:20-31, 4:6-8; Gl 3:10-13; 5:4; Ef 2:8-9; Tt 3:5);
· Israel é chamada de “mulher” (Ap 12:14);
· a igreja é conhecida como a “noiva”, conforme se depreende da leitura de Ef 5:32;
· Israel foi escolhido para ser povo especial de Deus dentre todas as outras nações (Dt 7:6-8). Sua tarefa primordial era ouvir a Palavra de Deus, para poder fazer Sua vontade: "Então falou Deus todas estas palavras..." (Êx 20.1); "Ouve, Israel..." (Dt 6.4);
· Os crentes (a igreja) foram escolhidos para servirem a Deus (1Ts 1:9-10), “... para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1Pe 2:9);
· Israel será governado por Cristo, durante o Milênio (Dn 2:35, 7:27; Zc 8:23; Ap 20:4-6);
· a Igreja governará Israel e o mundo junto com Cristo, durante o Milênio (2Tm 2:12; Jd 1:14; Ap 1:6, 5:10, 20:6);
· 2/3 de todos os judeus na Terra serão mortos sob o Anticristo (Ap 9:15, 18);
· a Igreja não estará na Terra nesse tempo, pois será unida a Cristo nas bodas do Cordeiro, no céu (Apocalipse 19.7-8);
· Israel reconhecerá Cristo pela primeira vez no tempo de Sua Segunda Vinda (Ap 1:7);
· a Igreja chegará do céu com Ele, em triunfo (Zc 14:4-5 e Jd 14), como Sua noiva, para nunca mais deixá-Lo;
· Israel tem permanecido quase sempre em total descrença, desde o princípio, até mesmo nos dias de Moisés (Sl 81:8-13), e apenas um remanescente eleito se converterá durante os “últimos dias”, na Grande Tribulação (Is 10:22, 11;11, 16; Jr 50:20; Sf 3:13; Rm 9:27; 11:5);
· a Igreja foi fiel no princípio, mas está em processo de queda, à medida em que vai aumentando a apostasia, nestes “últimos dias” (At 20:29-30; 2Ts 2:3);
· Israel abandonará a apostasia, em completa transformação e restauração nesta Terra (Ez 36 e 37; Rm 11);
· a Igreja mergulhará cada vez mais na apostasia, até a hora do Arrebatamento (At 20:29-31; 2 Ts 2:3; Jd 3-4) e somente será aperfeiçoada no céu (Ef 5:27; Ap 4:4);
· Israel, com a idolatria, adotava deuses das nações ao seu redor (Dt 29:26);
· a Igreja, através do crescente Movimento Ecumênico, tem abraçado falsas doutrinas (At 20:29-30; 2Ts 2:3; 2Tm 4:3). A apostasia de Israel, inclusive a adoração aos ídolos, não era pior do que as práticas de Roma, às quais os evangélicos têm aderido, na parceria ecumênica. [10] (itens retirados do site Israel Heute, com pequenas adaptações).
Israel e a Igreja são vistos como dois organismos diferentes na
Bíblia. Se fossem apenas um não haveria necessidade da restauração de Israel.
Não é correto fundir Israel e a Igreja em um único objeto apenas, pois, além de
todas as razões já vistas, lemos no N.T. sobre o arrebatamento da Igreja (1 Co
15:51-58) e não de Israel, o qual passará pela Grande Tribulação (Jr 30:4-9; Dn
12:1; Mt 24:15, 21).
Paulo mostrou que a IGREJA era um mistério (Rm 16:25; Ef 3:1-12; 5:32; Cl
1:24-27), só revelado no Novo Testamento: “O mistério que esteve
oculto desde todos os séculos, e em todas as gerações, e que agora foi
manifesto aos seus santos” (Cl 1:26).
O que a palavra "mistério" (grego musterion) significa quando é
usada no Novo Testamento? Ela se refere a uma verdade anteriormente não
revelada na Escritura. Nenhum dos profetas do A. T. "viu" a época da
Igreja, porque Deus não revelou isso a eles - era um "mistério"
divino!
Na Bíblia lemos algumas características que demonstram que a Igreja era um
mistério:
· judeus e gentios são unidos em um só corpo (Ef 3:3-6);
· Cristo em cada crente (Cl 1:27);
· a Igreja como noiva de Cristo (Ef 5:32);
· o arrebatamento da Igreja (1Co 15:51-52);
· o relacionamento entre judeus e gentios na Igreja é peculiar, completamente diferente do relacionamento incrédulo entre ambos (Ef 2:11-16). Deus ainda salva pessoas judias e gentios combinando-os em um terceiro organismo completamente novo: a Igreja (Cl 3:11).
A igreja começou no N.T., sendo batizada no dia de Pentecoste (com a vinda do
Espírito Santo). Este período também é conhecido como “dispensação da graça”
(Ef 3:2, 9; Cl 1:25), que se iniciou em Atos 28:28, com a recusa do evangelho,
por parte dos judeus.
No livro de Apocalipse, vemos representada a era da igreja em diversas épocas,
através das sete igrejas da Ásia: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes,
Filadélfia e Laodicéia (a última igreja).
A igreja é a assembleia, a reunião corporal e local, “Onde
não há grego, nem judeu, circuncisão, nem incircuncisão, bárbaro, cita, servo
ou livre; mas Cristo é tudo em todos” (Cl 3:11), formando o Corpo de
Cristo (1Co 12:12-13; Ef 1:20-23; 5:32; Cl 1:18, 24), composto tanto por
judeus, quanto por “gregos” (gentios) convertidos, tornando-se todos
“filhos de Deus” (Rm 9:24-26, 10:11-12; Gl 3:26), através do novo nascimento
(Jo 3:3, 5), pela fé em Jesus Cristo.
Ela não é um edifício nem uma organização, mas um organismo espiritual,
constituída de judeus e gentios e reconciliada com Deus pela obra de Cristo na
Cruz (Ef 2:16)!
O trecho a seguir resume tudo: “Por esta causa eu, Paulo, sou o
prisioneiro de Jesus Cristo por vós, os gentios; se é que tendes ouvido a dispensação
da graça de Deus, que para convosco me foi dada; como me foi este
mistério manifestado pela revelação, como antes um pouco vos escrevi; por
isso, quando ledes, podeis perceber a minha compreensão do mistério de Cristo,
O qual noutros séculos não foi manifestado aos filhos dos homens, como agora
tem sido revelado pelo Espírito aos seus santos apóstolos e profetas; a
saber, que os gentios são co-herdeiros, e de um mesmo corpo, e participantes da
promessa em Cristo pelo evangelho; do qual fui feito ministro, pelo dom da
graça de Deus, que me foi dado segundo a operação do seu poder. A mim, o mínimo
de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar entre os gentios, por
meio do evangelho, as riquezas incompreensíveis de Cristo, e demonstrar a
todos qual seja a dispensação do mistério, que desde os séculos esteve oculto
em Deus, que tudo criou por meio de Jesus Cristo; para que agora, pela
igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e
potestades nos céus, segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus
nosso Senhor, no qual temos ousadia e acesso com confiança, pela nossa fé nele” (Ef
3:1-12). [grifos meus]
Tendo feito a análise sobre a importância de Israel e, tendo
mostrado que a igreja não substituiu Israel nos planos de Deus, posso afirmar
que: NÃO SOU O “ISRAEL DE DEUS” (nem o “Israel Espiritual”), POIS NÃO SOU
JUDEU!
Portanto, as bênçãos e promessas do Senhor no A.T. são para Israel e não para
mim. Não confundo as coisas!
Sou gentio, como todos os não-judeus (Rm 9:24-26; Gl 3:8; 3:14; Ef 3:6; Cl
1:27; 2Tm 4:17, etc.). Faço parte da igreja, pois nasci de novo (Jo 3:3,5),
como qualquer gentio que se converta a Jesus Cristo (bem como os judeus que
venham a crer Nele, durante esta era da igreja, conforme Rm 11:23-24).
Não me tornei judeu por causa disto (continuo sendo brasileiro!) e as profecias
e promessas do A.T. inerentes a Israel não foram transferidas para mim
(igreja), ao contrário do que muitos “pastores” ensinam por aí, distorcendo
totalmente as Escrituras, para sua própria perdição (2Pe 3:16).
Como igreja, sou salvo exclusivamente pela graça, mediante a fé em Jesus
Cristo, e não por obras ou por “cumprir a Lei” (Mt 12:7; At 13:39; Rm 3:20-31;
Gl 3:10-13, 19, 24; 5:4; Ef 2:8-9), pois Jesus Cristo já cumpriu a lei e os
profetas e está tudo consumado! (Mt 5:17; Jo 19:30; Ef 2:15; Cl 2:14).
Os judeus andam por vista, por sinais (Mt 12:38; 16:1; Jo 2:18, 23; 3:2; 4:48;
6:2, 30; 11:47; 12:37; 20:25, 29; At 8:6; 1Co 1:22). Eu creio em Jesus Cristo,
pela fé, pela Palavra e não preciso de sinais para crer, pois sou igreja, e “...
andamos por fé, e não por vista” (2Co 5:7).
Toda a Bíblia é importante para o crente (2Tm 3:16-17), sem qualquer dúvida;
mas, o A.T. não é a doutrina que direciona minha prática cristã, haja vista o
ensino neotestamentário do fim da Lei mosaica em Cristo Jesus (Lc 16:16; Rm
14:5, 17; Gl 3:23-25; 5:4; Ef 2:15; Cl 2:14-16) e porque sou igreja, e não
judeu.
Também não sei tocar o shofar, pois não sou judeu, culto não é rodeio e,
portanto, não pega bem tocar “berrante” dentro da igreja (1Co 10:32; 2Co 6:3),
como vêm fazendo algumas igrejas por aí!
Portanto, não vivo sob a Lei, sob os costumes e festas judaicas e não vivo sob
as doutrinas do A.T. (inclusive a obrigatoriedade de dar exatamente 10% da
minha renda para, em razão disso, receber grandes bênçãos materiais ao invés de
grandes maldições; pois, como igreja, só tenho que dadivar, ofertar com amor e
liberalidade, com o que tiver proposto em meu coração, conforme o Espírito
Santo nos disse, através do apóstolo Paulo - Mt 10:8; 1Co 9:18, 16:2; 2Co 9:7,
11:7).
O evangelho da graça ainda era desconhecido no período relatado nos quatro
evangelhos, pois, Jesus Cristo ainda não tinha morrido (Seu trabalho ainda não
estava “consumado”), a igreja ainda estava sendo “edificada” (Mt 16:18) e a
época da Graça (Era da igreja) ainda não tinha iniciado. De modo que 100%
do que encontramos nos relatos dos evangelhos está sob a lei e não sob a graça!
Eu vivo sob a graça, e não sob a Lei!
Ao compararmos o Evangelho de Mateus com o livro de Efésios vamos notar
a diferença óbvia entre o propósito profético de Deus (profecia) e o propósito
secreto de Deus (mistério).
A doutrina que me guia, como igreja/gentio que sou, são as Cartas Paulinas (de
Romanos a Filemom), pois o apóstolo Paulo é “o apóstolo dos gentios” (At 9:15;
13:46-48; 18:6; 21:19; 22:21; 28:25-29; Rm 11:13; Ef 3:1, 8; Gl 1:15-16; 2:9;
1Tm 2:7; 2Tm 1:11; 4:17).
Vivo sob uma “nova aliança”, um “novo testamento” (Mt 9:17, 26:28; Mc 14:24; Lc
22:20; 1Co 11:25; 2Co 3:6, 14; Gl 4:24-31; Hb 7:22, 8:6, 13, 9:15-16, 12:24),
que se iniciou, obviamente, após a morte do “Testador”, Jesus Cristo (Hb
9:15-16), “Porque onde há testamento, é necessário que intervenha a morte do
testador” (Hb 9:16). A “antiga aliança” se tornou antiquada (Hb 8:7, 13) e,
com a mudança do sacerdócio, a Lei também mudou (Hb 7:12). Vivo nesta época da
“dispensação da graça” (Ef 3:2, 9; Cl 1:25), que se iniciou em Atos
28:28, com a recusa do evangelho, por parte dos judeus e perdurará até o
arrebatamento da igreja (quando o “evangelho do reino” será restaurado - Mt
24:14).
Somente no Pentecoste, a igreja foi incluída no agir de Deus e, posteriormente,
revelada através do apóstolo Paulo. Portanto, minha doutrina, como já disse,
são as Cartas Paulinas!
William R. Newell escreveu: "As cartas de Paulo constituem uma doutrina
independente e completa. Elas revelam não somente o método de Deus para a
salvação nesta época, mas também o caráter, chamamento e destino verdadeiro da
Igreja". Neste mesmo sentido, a Bíblia de Referência Scofield diz num
rodapé: "Somente nos seus escritos (de Paulo) encontramos a
doutrina, posição, andar e destino da Igreja”.
Embora seja muito importante saber que Deus tem dois povos distintos: Israel e
a Igreja, isto não implica que haja dois modos de salvação. A Bíblia claramente
diz que Jesus Cristo, em Sua obra redentora, é o Único Caminho, uma vez que
judeus e gentios são descendentes do mesmo homem caído - Adão. É importante
observarmos que a salvação sempre foi PELA FÉ: “Visto
que Deus é um só, que justifica pela fé a circuncisão, e por meio da fé a
incircuncisão” (Rm 3:30). (Vide também: Jo 8:56; Rm 4:3-20; Gl 3:8; Hb
11:4-5, 7-9, 11, 17, 20-31, 33; etc.).
A diferença é que no A.T. e no período em que Jesus Cristo esteve na Terra
(período narrado nos quatro evangelhos), a salvação era pela fé + obras,
pois estava em vigor o ‘evangelho do reino’ (Êx 20:20; Dt 6:1-2, 17; o Livro de
Levítico; Tg 2:20-23).
Tanto João Batista, quanto Jesus Cristo, pregaram: “Arrependei-vos,
porque é chegado o reino dos céus” (Mt 3:2, 4:17; etc.). Este
“reino dos céus” é o milênio (Ap 20:4), em que Jesus Cristo reinará,
finalmente, nesta Terra.
Após a ascensão de Cristo, veio o Pentecoste (At 2) e, aí, entramos na “era da
igreja” (dispensação da graça), haja vista os judeus terem recusado Jesus
Cristo e a mensagem do ‘evangelho do reino’. Assim, a salvação passou a ser SOMENTE
PELA FÉ (At 13:39; Rm 3:20-31, 4:6-8; Gl 3:10-13; 5:4; Ef
2:8-9; Tt 3:5). Sejam judeus ou gentios, TODOS são salvos SOMENTE pela
fé. Este é o ‘evangelho da graça’, que prevalecerá durante toda a “era da
igreja” e vigorará até o arrebatamento da mesma.
Após o arrebatamento da igreja, ocasião em que terá início a 70ª Semana de
Daniel (Dn 9:24), a Grande Tribulação, o ‘evangelho do reino’ será
restabelecido na Terra, e a salvação voltará a ser mediante a Lei, ou seja, ‘fé
+ as obras da Lei’: “E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em
testemunho a todas as nações, e então virá o fim” (Mt
24:14).
“Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a
tua santa cidade, para cessar a transgressão, e para dar fim aos pecados, e
para expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a
profecia, e para ungir o Santíssimo”. (Dn 9:24)
IGREJA: A Era da igreja não é contada como dentro das 70 semanas de
Daniel, pois ela não corresponde à expressão "teu povo e a tua
santa cidade", de Dn 9:24, pois a profecia é para Israel (povo) e Jerusalém
(cidade).
A igreja será arrebatada antes do início da 70ª semana, que corresponde à
Grande Tribulação que assolará o mundo, e que é o “tempo de angústia para Jacó”
(Jr 30:7) [Jacó = Israel].
O propósito de Cristo, no arrebatamento, é receber Sua noiva (o conjunto de
todos os salvos do N.T. = igreja) em eterna e bendita união (Ef 5:27; Ap
19:6-8; 22:20).
Jerusalém foi invadida em 70 d. C. pelas legiões romanos do General Tito e o
templo foi destruído e os judeus foram dispersos pelo mundo: “E
cairão ao fio da espada, e para todas as nações serão levados cativos; e
Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos dos gentios se
completem” (Lc 21:24) [grifos meus].
O termo "tempos dos gentios" é o período no qual Jerusalém
estaria sob o domínio dos gentios, desde o cativeiro babilônico, continuando
até hoje e continuará durante a tribulação; terminando na 2ª vinda de Jesus à
Terra onde irá julgar as nações (Dn 2:35).
No fim da era dos gentios (Lc 21:24; Rm 11:25-27), é que ocorrerá o
arrebatamento da igreja (Jo 5:24; 14:2-3; Rm 5:9; 1Co 15:51-52; Ef 5:27; 1Ts
1:10, 4:17, 5:9; Ap 3:10; 19:6-8; 22:20); ocasião em que Deus voltará a tratar
do Seu povo Israel (Rm 11:25), a menina dos Seus olhos, quando terá início a
70ª Semana de Daniel (Dn 9:24).
Retirada a Igreja (seu sal), o mundo rapidamente entrará no mais completo
estado de putrefação moral e espiritual (Gn 6:3; Mt 5:13-16; 2Ts 2:6-8).
Então, no contexto da Grande Tribulação (7 anos), enquanto o mundo ímpio e os
judeus incrédulos estiverem sofrendo os horrores daqueles dias, a igreja estará
com o Senhor, no céu, nas Bodas do Cordeiro.
Uma distinção entre Israel e a Igreja, conforme ensinada na Bíblia, oferece
mais uma base de apoio ao arrebatamento pré-tribulacional da igreja.
Encontramos outro forte argumento para um arrebatamento anterior à Tribulação,
em 1Ts 5:9, em que lemos: "Porque Deus não nos destinou para a
ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo".
O sermão de Jesus Cristo, em Mateus 24 e 25, é dirigido aos judeus e não à
igreja, pois esta ainda não estava visível naquele momento em que Ele falou
estas coisas; pois, como vimos, ela era um mistério e ainda seria revelada
posteriormente, pois estava ainda sendo edificada (Mt 16:18) e, somente no
Pentecoste, ela foi incluída no agir de Deus.
De modo que, como já dissemos, anteriormente, 100% do que encontramos nos
relatos dos evangelhos está sob a lei e não sob a graça!
O ensino do Senhor em Mateus 24:34 é perfeitamente coerente com este
princípio. Ele está instruindo os judeus sobre o que "esta geração"
(os judeus que estiverem vivos durante os dias da Grande Tribulação)
experimentará durante o Período da Tribulação.
Com essa ideia em mente, observe que Mt 24:4-13 descreve os
acontecimentos que o remanescente judaico eleito experimentará
durante os dias tenebrosos do período da Tribulação - o "tempo da angústia
para Jacó" (Jr 30:7).
Falsos profetas e falsos cristos (como são chamados em Mt 24:5, 23, 26)
representam um perigo para Israel. A Igreja enfrenta outros perigos, pois deve
se preocupar mais com falsos mestres, falsos apóstolos e falsos evangelistas e
em discernir os espíritos (2Co 11:13; 2Pe 2:1; Gl 1:6-9). Filhos de Deus
renascidos pelo Espírito Santo certamente não vão sucumbir às seduções de
falsos cristos e cair nesses enganos; mas os judeus sim, conforme disse o
Senhor: “Eu vim em nome de meu Pai, e não me aceitais; se outro vier em
seu próprio nome, a esse aceitareis” (Jo 5:43).
ISRAEL: A Grande Tribulação, embora afetando o mundo inteiro, é
primordialmente para castigar Israel (Jr 30:4-9; Dn 12:1; Mt 24:15, 21).
Estes 7 anos serão primeiramente tempos para restauração de Israel, o
período chamado de “Dia do Senhor” (Is 13:6), “tempo
de angústia para Jacó” (Jr 30:7), “Dia da
ira do Senhor” (Sf 2:3), “Dia de trevas” (Jl
2:2), “dia de indignação, dia de tribulação e de angústia, dia de
alvoroço e de assolação, dia de trevas e de escuridão, dia de nuvens e de
densas trevas” (Sf 1:15), etc.
O Período da Tribulação objetiva fazer a purificação (Ap 7:9; 14:4) e preparar
a conversão nacional de Israel (compare com Ez 20:37-38; Zc 13:1, 8, 9).
O endurecimento dos corações dos judeus (Is 63:17; Mt 13:15; Mc 6:52; 8:17; Jo
12:40; At 28:25-27; Rm 11:7-10, 25; 2Co 3:4, 14-16) será retirado e muitos
deles se converterão a Jesus Cristo, a Quem traspassaram (Ap 1:7).
Na ocasião da Grande Tribulação, muitos judeus (e até gentios) morrerão pelo
testemunho de Jesus Cristo (Ap 20:4). A perseguição e matança serão tão grandes
que Deus abreviará aqueles dias para que alguns permaneçam vivos para povoar o
Reino Milenar (Mt 24:22). E, naqueles dias, “... aquele que
perseverar até ao fim será salvo. E este evangelho do reino será pregado em
todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim” (Mt
24:13-14).
A passagem de Mt 24:13 tem sido mal compreendida e mal aplicada por muitos
cristãos, pensando que precisamos "perseverar até o fim" para sermos
salvos, quando na realidade isso está se referindo ao livramento físico
dos judeus que estarão vivos na 2ª vinda de Cristo - no final do Período da
Tribulação!
Lembre-se que isso não pode se aplicar aos cristãos de forma alguma, pois
naquele ponto - quando Jesus proferiu as palavras registradas em Mateus 24 - a
igreja ainda era um mistério (Ef 3:1-6).
Deus selará 144.000 judeus no início desse período terrível da Grande
Tribulação e é para eles que esse discurso é dirigido. Eles serão odiados por
todos (Mc 13:13) e perseguidos (Lc 21:12). Mateus 24:9 diz que: "Então
vos hão de entregar para serdes atormentados, e matar-vos-ão; e sereis odiados
de todas as nações por causa do meu nome".
Observe que Mateus 24:14 diz "E este evangelho do reino
será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o
fim”.
Muitos interpretam erroneamente essa passagem, como se estivesse se referindo à
igreja. Pensam que é missão da igreja “converter o mundo inteiro” e que ela
“governará o mundo”, pois, somente assim, Jesus Cristo retornaria. Este absurdo
é uma teologia católico-romana (chamada “Teologia do Domínio”) e tem muito
crente acreditando nisso!
O evangelho da graça ainda era desconhecido naquele tempo! Esse "evangelho
do reino" (Mt 24:14) - a mensagem que João Batista e Jesus Cristo pregaram
e à qual o Senhor está se referindo aqui - era "Arrependei-vos,
porque é chegado o reino dos céus".
Essa mensagem (o “evangelho do reino”) será pregada novamente durante o período
da Tribulação pelos 144.000 judeus e pelas "duas testemunhas", Moisés
e Elias (Ap 11:3, 5-6). Como Deus reservara 7000 homens que não se dobraram a
Baal (Rm 11:4), também o fará durante a Grande Tribulação, selando esses
144.000 judeus (Mt 24:14; Ap 7:4, 14:1-5).
A salvação voltará a ser mediante a Lei, ou seja, ‘fé + as obras da Lei’: “E este
evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as
nações, e então virá o fim” (Mt 24:14).
O final do Período da Tribulação - que ocorrerá com a 2ª vinda de Cristo
- não acontecerá até que essa mensagem do evangelho tenha sido ouvida por todas
as nações e por meio da qual elas saberão que o reino literal de Jesus Cristo
(o reino de Deus) na Terra (o Milênio) está prestes a ser iniciado!
Importante frisar que todo o capítulo 24 de Mateus está lidando com os judeus
sob a Lei e não com a igreja sob a graça - o arrebatamento, naquele tempo,
ainda era um mistério não revelado dos conselhos de Deus.
Arno Froese nos diz que: “O anseio rebelde de Israel em tempos antigos, ao
pedir um rei ao profeta Samuel para ser "como as outras nações" (veja
1Sm 8:5-7), não desapareceu simplesmente. Ao contrário, ele atingiu seu clímax
1000 anos mais tarde. Em Jo 19:15 está escrito: "... Não temos rei, senão
César!" Todo o peso da afirmação dos antepassados, refletindo o desejo de
serem parte da família das nações, de serem como qualquer outro povo, atingiu,
então, a realização... Israel ainda será confrontado com essa afirmação quando
as nações da terra se ajuntarem para batalhar contra Jerusalém!” [11]
Porém, somente um remanescente de Israel será salvo (Is 10:22; 11:11, 16; Jr 50:20;
Sf 3:13; Rm 9:27; 11:5). Nos capítulos 12 a 14 do livro de Zacarias, lemos
sobre o futuro quebrantamento de Israel!
O Pr. Ron Riffe nos diz que:“... o que não consigo compreender é como homens
bons e tementes a Deus negligenciam o fato que a raiz da oliveira ainda
existe e sustenta a igreja, que é formada tanto por ramos bravios (os
gentios convertidos a Cristo) e ramos naturais (os judeus convertidos a Jesus
Cristo) enxertados na oliveira... Como os produtores podem lhe dizer, muito
freqüentemente quando o enxerto da rosa morre, a sarça brota e cresce! De modo
algum o enxerto toma conta da raiz e muda suas características essenciais. Ela
começou com uma sarça e permanece uma sarça - tenazmente! De maneira
análoga, o Israel espiritual é a raiz na qual a igreja foi enxertada e, quando
os "ramos bravios" dos gentios (juntamente com os ramos naturais - os
judeus salvos) da Igreja forem removidos no arrebatamento, a oliveira
natural crescerá novamente”. [12]
Durante o Milênio, Deus estabelecerá nova aliança com Israel: “Porque
esta é a aliança que depois daqueles dias farei com a casa de Israel, diz o
Senhor; porei as minhas leis no seu entendimento, e em seu coração as
escreverei; e eu lhes serei por Deus, e eles me serão por povo. E não ensinará
cada um a seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece o Senhor;
porque todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior” (Hb
8:10-11). Vide também Hb 11:25-27.
Os capítulos 5 até o 19, do evangelho segundo Mateus, serão as leis do reinado
milenar de Jesus Cristo (Ap 20:4-7), aqui na Terra.
Israel será a nação principal e cumprirá o propósito para o qual foi escolhida
por Deus: “E os gentios verão a tua justiça, e todos os reis a tua glória; e
chamar-te-ão por um nome novo, que a boca do Senhor designará. E serás uma
coroa de glória na mão do Senhor, e um diadema real na mão do teu Deus” (Is
62:2-3). “Assim diz o Senhor dos Exércitos: Naquele dia sucederá que
pegarão dez homens, de todas as línguas das nações, pegarão, sim, na orla das
vestes de um judeu, dizendo: Iremos convosco, porque temos ouvido que Deus está
convosco” (Zc 8:23).
No ano 306, o Imperador de Roma, Constantino, adere ao
Cristianismo e declara que todo o mundo Romano é automaticamente cristão. No
Édito de Milão ele abole as sinagogas, os judeus que não obedecessem eram
queimados vivos e todos os privilégios dos judeus foram cancelados. No Concílio
de Nicéia, dita o credo cristão que difere em vários itens da Palavra de Deus;
endossa a substituição de Israel pela Igreja; remove o centro da Igreja de
Jerusalém e a transfere para Roma; introduz uma série de festas pagãs em
substituição às festas judaicas ordenadas pelo Senhor.
Agostinho, por sua vez, chamava os judeus de “assassinos de Cristo” e, lamentavelmente,
o seu refrão ecoa até hoje. Para ele, os judeus serviram apenas para deixar à
Igreja o legado da fé Cristã.
O terrível e herege Marcião era um anti-semita declarado e pregava que qualquer
cristão que utilizasse algum símbolo judaico ou mesmo um nome ou realizasse
qualquer celebração judaica seria considerado cúmplice da morte de Cristo
juntamente com os judeus.
As oposições de Tertuliano para que a igreja não perdesse suas raízes foram em
vão. No final do século IV, o Bispo da Antioquia, Crisóstomo, escreveu uma
série de oito sermões contra o povo judeu. Crisóstomo declarava os judeus
culpados da morte de Cristo.
É bom frisar que foram os fariseus e os doutores da Lei que condenaram Jesus
Cristo, manipulando o povo para tal fim (Mc 15:11; Lc 23:5, 10, 23; 1Ts
2:14-15). [13]
Como nos diz o Pr. Ron
Riffe: “Embora seja óbvio que alguns judeus sejam malignos e não façam nada
de bom, o mesmo também é verdadeiro para todos os outros grupos de pessoas, de
modo que condenar todo um grupo étnico apenas por causa dos pecados de alguns,
obviamente não é uma atitude cristã. Precisamos encarar uma verdade
desagradável - a razão fundamental que está por trás da maior parte do
anti-semitismo não é necessariamente atribuível à rejeição e ao assassinato de
Jesus Cristo cometidos pelos antepassados deles, mas a um ódio sobrenatural que
o próprio Satanás tem contra eles! Até mesmo um exame superficial dos fatos
revelará que nenhuma outra explicação faz sentido à luz da constante e
infindável luta que esse povo enfrenta, apenas para tentar sobreviver e viver
em paz no mundo”. [14]
Em 1492, na Espanha, instaurou-se oficialmente a “Santa Inquisição” (que
de “santa” não teve nada), onde milhares de judeus tiveram os seus bens
confiscados e foram expulsos da Espanha.
Na verdade, a perseguição aos judeus e crentes verdadeiros, pela fúria de Roma
(igreja católica romana), começou séculos antes de 1492, com períodos de menos
e de mais atividades. O que houve em 1492 em diante, foi um grande
recrudescimento dessas barbáries.
Muitos dos judeus perseguidos foram para o Marrocos, outros para a Holanda, e
muitos outros para Portugal. Com o casamento do rei da Espanha com Isabel, da
coroa portuguesa, a perseguição se estendeu para aquele país, e a história
registrou que mais de 100.000 judeus fugiram para o Brasil, outros para a
Europa, Américas e África.
Porém, por volta de 1640, em todas as Igrejas de Portugal, os editais da
inquisição (conhecidos como "Regimento do Santo Ofício da Inquisição dos
Reinos de Portugal") eram lidos, constrangendo os fiéis a denunciarem
pessoas que praticassem o Judaísmo, sob pena de excomunhão. Estes editais da fé
foram estendidos também ao Brasil e, muitos judeus foram extraditados do Brasil
para Portugal, após serem denunciados.
Durante a Reforma Protestante, os reformistas protestantes reconheceram muitos
dos erros da igreja católica, mas, infelizmente, ainda mantiveram muito do
sentimento e atitudes anti-semitas. Os luteranos foram dos mais ferrenhos
anti-semitas.
Quando se realizou a primeira Cruzada autorizada pelo Papa Urbano II, como
causa unificadora da religião Cristã, a mesma tinha por objetivo fazer a
“guerra santa” contra os muçulmanos que os católicos pensavam estar na Terra
Santa.
Como lá não encontraram muçulmanos, começaram a perseguir e saquear os judeus
sob a égide de "assassinos de Cristo". Milhares de judeus foram
barbaramente mortos. Muitos eram queimados vivos, caso não "se
arrependessem" e "mudassem de fé/religião".
Foi com base nas doutrinas luteranas que, na Alemanha de Lutero, Hitler com
suas ideias e atitudes desumanas e macabras, totalmente anti-semitas, conduziu
o mundo ao Holocausto.
O HOLOCAUSTO dizimou mais de seis milhões de judeus que viviam na Europa
(dentre outros). O plano era aniquilar toda a raça judaica e todos os que a
defendessem ou reconhecessem.
Como se vê, Israel sempre foi perseguido em toda a história: “... indica a
história que todas as nações gentias do mundo têm sua culpa sobre o sangue dos
judeus derramado, pois navios saíam lotados de refugiados judeus e as nações
não permitiam seu desembarque. O próprio Brasil, na era de Getúlio Vargas,
recusou-se a receber um navio de refugiados, fazendo-os retornar à Alemanha. O
presidente americano Roosevelt também procedeu assim. Em Cuba ocorreu a mesma
situação. Chegou ao ponto de Hitler anunciar a venda de 500 mil prisioneiros
judeus, para qualquer nação interessada, ao custo de 2 dólares por pessoa!
Nenhuma nação mostrou interesse em pagar essa ninharia para evitar o massacre
deles nos fornos crematórios dos nazistas. Todos temos culpa no holocausto...” [15]
“Em um
estudo da USP, encontraram várias circulares editadas entre 1938 e 1944 pelo
então chanceler Osvaldo Aranha. “Uma delas é a Circular 1.249, datada de 27 de
setembro de 1938, que exigia a apresentação de passagem de ida e volta para a
concessão de visto de entrada de judeus na categoria turista”, conta Maria
Luiza, a pesquisadora.” [16]
“Somente para mencionar um episódio, em 7 de junho de 1937, um pouco antes
de Vargas instaurar a ditadura do Estado Novo, foi editada, por ordem pessoal
de Vargas, a Circular Secreta nº 1.127 do Ministério das Relações Exteriores
que proibia a concessão de visto de entrada no Brasil de pessoas de
"origem semítica", uma atitude afinada com a perseguição racista
movida contra os judeus pela Alemanha de Hitler”. [17]
“... ao menos 9.000 vistos de judeus de diversos países, fugindo da perseguição
nazista, foram negados. “Perdemos importantes intelectuais, cientistas,
técnicos, artistas”, diz a pesquisadora. [18]
Israel é considerada a menina dos olhos de Deus (Dt 32:9-10 e Zc 2:8): “...
aquele que tocar em vós toca na menina do seu olho” (olho de
Deus) e o Senhor disse que abençoaria os que abençoassem Israel; porém,
amaldiçoaria os que amaldiçoassem este povo eleito (Gn 12:3). Mesmo assim, como
vimos no trecho acima, várias nações, entre elas o Brasil, têm sua culpa sobre
o sangue derramado dos judeus...
“A Teologia do Domínio se embasa em três crenças básicas:
1.) - Satanás usurpou o domínio do homem sobre a Terra, com a queda de Adão e
Eva. 2.) - A igreja é o instrumento de Deus para reaver esse domínio do poder
de Satanás. 3.) - Jesus Cristo não poderá retornar à Terra, até que a igreja
tenha retomado o domínio, obtendo o controle das instituições governamentais e
sociais. (Al Dager, “Vengeance is Ours”; The Church in Dominion”) [N. T. – O
Dominionismo está concorrendo, prazerosamente, para a implantação da Agenda
Global do Anticristo].” [19]
Entretanto, essa linha de pensamento apresenta muitas barreiras bíblicas:
1. A origem de um "Reino Cristão" terreno governado por homens de
carne e sangue não-ressurretos foi uma fabricação do sistema católico romano. A
igreja de Roma era (e é) amilenarista, pois rejeita o reinado literal de mil
anos de Cristo, e vê as referências ao Reino terreno de Deus como manifestas em
si própria: A Igreja Católica Romana. Sendo assim, algumas denominações
protestantes (por exemplo, a luterana) retiveram a ideia que a igreja é a
manifestação do Reino de Deus.
2. Outros protestantes seguiram os ensinos de Knox e Calvino e alegorizaram as
Escrituras proféticas dentro de um produto pós-milenar de suas imaginações.
Essa visão pós-milenar conjecturava que o Reino Milenar de Deus era a igreja, e
que os mil anos não eram anos literais, mas simbólicos.
3. O sincretismo dessas posições errôneas conduzem ao conceito de que o Reino
de Deus na Terra seria representado pela igreja; que a igreja foi corrompida
depois do primeiro século e entrou em um estado de semiletargia; que a
“verdadeira igreja” seria reconstruída, nos últimos tempos, sob a liderança de
um novo grupo de “profetas e apóstolos”, que se caracterizariam pela utilização
dos “sinais e maravilhas restaurados” e que essa igreja (apóstata, diga-se de
passagem!), reconstruída dos últimos tempos, prepararia então a Terra para o
Rei Jesus Cristo, que governaria (somente então) o mundo.
4. Esse cenário requereria que a igreja dos últimos tempos ganhasse o controle
sobre toda a humanidade, tomando posse do controle do sistema jurídico. Isso
requereria um governo mundial, controlado pela igreja, funcionando como a
entidade legislativa para toda a humanidade.
Em resumo, essa é a essência da Teologia Reconstrutivista, ou do Domínio. Ela
ensina que a igreja ou que os cristãos ganharão o controle do planeta antes da
Segunda Vinda de Jesus Cristo, para tornar o mundo um lugar perfeito para o
reinado dEle.
Para citar apenas algumas
questões associadas com a Teologia do Domínio:
1. É grosseiramente antibíblica. DEUS NÃO ESTÁ FAZENDO UMA "COISA
NOVA". Aqueles que estão procurando por essa coisa nova precisam voltar
para as “veredas antigas” do Evangelho de Jesus Cristo (Jr 6:16).
2. É uma armação para ligar os "evangélicos" e carismáticos de hoje
na construção da Religião Mundial Unificada do Anticristo.
3. Os falsos conceitos da Teologia do Domínio estão entrando sorrateiramente
nas igrejas conservadoras e fundamentalistas por meio das livrarias
"cristãs", das redes de TV "cristãs" e da música
"cristã".
4. Os proponentes da Religião Orientada Para Resultados utilizam fortemente
todas as formas de mídia descritas acima. [20]
Os mais recentes adeptos
da Teologia do Domínio, embora a maioria nem saiba o que está fazendo, são os
neoevangélicos adeptos da “Teologia da Prosperidade”. A adoção de trechos
isolados do Antigo Testamento, originalmente dirigidos aos israelitas na Terra
Prometida, leva muitos a acreditarem que ser rico e próspero faz parte das
promessas de Deus para os cristãos. Obviamente basta ligar a TV para ver a
quantas andam essas crenças. Mas quem utilizar a Bíblia verá trechos que
descrevem a vida simples de Cristo e dos discípulos, como Paulo (Mt 8:20; Fp
4:11-13).
A ideia de que Deus ordena aos cristãos que acumulem riquezas é a mesma que
justificou a glória secular da igreja católica romana, com sua sede por poder
secular, riquezas e posse material nos últimos 2 mil anos.
Enfim, como pudemos verificar, a igreja NÃO substituiu Israel, nem se
tornou o “Israel de Deus”. Portanto, as igrejas evangélicas que estão
adotando práticas judaicas (tais como: usos e costumes, festas judaicas,
símbolos judaicos, etc) e que só pregam o A.T., como se nós fôssemos judeus,
estão totalmente equivocadas e seguindo uma herética teologia católico-romana!
Quando Paulo explica aos Romanos sobre a diferença entre Israel e a igreja, ele
realça a soberania de Deus para a eleição, dizendo: “Ó
profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão
insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos!” (Rm
11:33).
Deus disse a Moisés: “Compadecer-me-ei de quem me compadecer, e terei misericórdia de
quem eu tiver misericórdia” (Rm 9:15). Ele eleger uma nação (Israel),
em detrimento das demais, em sua época (Gn 12:1-3; 15:5; 17:7-8, 25:19; Dt
7:6-26; Jr 7:23; 13:11; Ml 1:3; Mt 24:22; At 13:17; Rm 9:3-5, 10, 11:7; etc.).
E, também, elegeu pessoas, antes da fundação do mundo (Jo 6:37; At 13:48; Rm
8:33; Ef 1:4; Cl 3:12; Tt 1:1; 1Pe 1:2; Ap 17:14), para serem salvas (igreja)
pela graça, mediante a fé em Jesus Cristo.
Quem ousa discutir com Ele?
“Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura a coisa
formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim? Ou não tem o oleiro
poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para
desonra?” (Rm 9:20-21)
Não discutamos, pois, com Deus. Amemos o povo de Israel e oremos pela conversão
deles, reconhecendo que são um povo especial para Deus; até porque “...
a salvação vem dos judeus”! (Jo 4:22)
Humberto Fontes – Agosto/2008
humbertoetania@globo.com
NOTAS:
[1] Artigo: “O Pecado do Anti-Semitismo Dentro da Igreja” – Pr. Ron Riffe – www.espada.eti.br
[2] Quão Bíblico é Israel? - http://www.chamada.com.br/mensagens/biblico_israel.html
(Site
Israel heute: http://www.israelheute.com
).
[3] Artigo: “Jerusalém, Jerusalém”, de autoria de Dave Hunt, disponível em: http://www.beth-shalom.com.br/artigos/jerusalem_jerusalem.html
[4] Pr. Ron Riffe – artigo citado.
Dave Hunt – artigo citado.
[5] Dave Hunt – artigo citado.
[6] Dicionário Aurélio.
[7] Artigo “Agostinho de Hipona”, de Mary Schultze, fevereiro 2004. (Dados
colhidos no cap. 12 do livro “The Rapture”, de Hal Lyndsay).
[8] Pr. Ron Riffe – artigo citado.
[9] Dave Hunt – artigo citado.
[10] Site Israel Heute – artigo citado.
[11] Artigo: “ISRAEL: O MAIOR SINAL DO FIM DOS TEMPOS” - Arno
Froese http://www.chamada.com.br/mensagens/sinal_do_fim.html
[12] Pr. Ron Riffe – artigo citado.
[13] Há dois estudos denominados “Sociedades Secretas Mataram o Senhor Jesus
Cristo” (Parte 1 e 2), disponíveis no site: www.espada.eti.br, onde o
autor analisa como se deu a crucificação de Jesus Cristo e quem foram os
mentores:
http://www.espada.eti.br/ce1077.asp
http://www.espada.eti.br/ce1078.asp
[14]
Pr. Ron Riffe – artigo citado.
[15] Artigo: “ISRAEL E A IGREJA”, de Luis Henrique L´Astorina,
Campinas/SP.
[16] “Arquivo traz documentos que revelam postura do Brasil diante do Holocausto”,
disponível em: http://www4.usp.br/index.php/sociedade/14817-arquivo-traz-documentos-que-revelam-postura-do-brasil-diante-do-holocausto
.
[17] http://jucamoreno1.blogspot.com/2008/01/postura-anti-semita-do-brasil-no.html
[18] http://cesarkiraly.wordpress.com/2008/04/21/o-anti-semitismo-no-brasil/
[19] Artigo: “Dominionism and the Rise of Christian Imperialism”,
by Sarah Leslie - Traduzido por Mary Schultze. Para
saber mais sobre a heresia “Teologia do Domínio”, leia o artigo completo,
disponível em: www.cpr.org.br/Mary.htm
[20] Artigo: “Pragmatismo na Igreja: Uma Religião Orientada Para Resultados e
Que Abre a Porta Para o Anticristo - Uma Apostasia com Propósitos”, Capítulo 5:
O Movimento Carismático, disponível em: http://www.espada.eti.br/n1506cap-5.asp.
Para quem quiser saber mais sobre a postura do Brasil diante do holocausto:
Livro: “O Anti-Semitismo nas Américas” (Edusp, 744 págs., R$ 98), organizado
pela professora da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP
Maria Luiza Tucci Carneiro.
Livro: "O Brasil e a Questão Judaica", de Jeffrey Lesser, Editora
Imago, 1995. (O livro tem um apanhado bastante minucioso sobre a escabrosa
política racial brasileira na época, falando inclusive da grande influência do
pensamento do historiador, sociólogo e jurista Oliveira Viana nas medidas
racistas então tomadas).
Livro: CARNEIRO, Maria Luiz Tucci. O anti-semitismo na Era Vargas – fantasmas
de uma geração (1930-1945). São Paulo, Editora Perspectiva, 2001, 536 páginas.
SITES RECOMENDADOS:
www.chamada.com.br
www.cpr.org.br
www.espada.eti.br
www.solascriptura-tt.org
Só use as duas Bíblias traduzidas rigorosamente por equivalência formal a partir do Textus Receptus (que é a exata impressão das palavras perfeitamente inspiradas e preservadas por Deus), dignas herdeiras das KJB-1611, Almeida-1681, etc.: a ACF-2011 (Almeida Corrigida Fiel) e a LTT (Literal do Texto Tradicional), que v. pode ler e obter em BibliaLTT.org, com ou sem notas).
(Copie e distribua ampla mas gratuitamente, mantendo o nome do autor e pondo
link para esta página de http://solascriptura-tt.org)
(retorne a http://solascriptura-tt.org/ EscatologiaEDispensacoes/
retorne a http:// solascriptura-tt.org/ )
Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por fieis): BKJ-1611 ou LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, com notas para estudo) na bvloja.com.br. Ou ACF, da SBTB.