Burkhard Vetsch
"Não temas, ó vermezinho de Jacó, povozinho de Israel; eu te
ajudo, diz o Senhor, e o teu Redentor é o Santo de Israel" (Is 41.14).
Uma promessa maravilhosa! Mas onde, como e quando esta ajuda para Israel pode ser
encontrada hoje? Talvez, com os EUA? Não! Ou talvez com Deus, que permitiu o
Holocausto e deixou ocorrer a "intifada" (rebelião dos palestinos)? Os
inimigos, cegos de ódio, não poupam nenhum sacrifício, nem a própria vida para
espezinhar o "vermezinho de Jacó" e provocar uma "solução final"
para poder estabelecer o chamado Estado Palestino. E isso em Eretz Israel (a
terra de Israel)! O mundo sem Deus prefere crer numa mentira histórica, ao
invés de crer na Palavra de Deus eternamente válida.
Lembremo-nos mais uma vez do que Deus diz do "vermezinho de
Jacó": "Porque tu és povo santo ao Senhor, teu Deus; o
Senhor, teu Deus, te escolheu, para que lhe fosses o seu povo próprio,
de todos os povos que há sobre a terra. Não vos teve o Senhor afeição, nem vos escolheu
porque fôsseis mais numerosos do que qualquer povo, pois éreis o menor de todos
os povos, mas porque o Senhor vos amava e, para guardar o juramento que fizera
a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão poderosa e vos resgatou da casa da
servidão, do poder de Faraó, rei do Egito" (Dt 7.6-8).
Do "vermezinho de Jacó" brotou Davi, o "Meleque
(= rei) de Israel", que escolheu ser pequeno e humilde diante de Deus.
Pela graça de Deus ele pôde subir ao "trono de Davi" como rei terreno
e precursor do eterno Rei da Paz, Jesus Cristo.
Deus não escolhe quem busca poder, status e fama. Pelo contrário: "Deus
escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as
coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes" (1 Co 1.27). Esse
é um princípio divino, que se estende por todo o Plano de Salvação.
"Palestina", como Israel é chamado por muitos hoje, é uma designação falsa,
pois essa palavra é uma derivação de "pelishtim" ou "Filístia".
Na verdade Israel foi oprimido temporariamente pelo "povo do
mar", os filisteus, mas os conhecedores da Bíblia sabem que Davi acertou
as contas com Golias e os filisteus foram vencidos. Em tempo algum a terra de
Israel pertenceu aos filisteus ou aos palestinos. Os moradores da terra, antes
que Israel a ocupasse, foram as gerações dos cananeus: "Canaã
gerou a Sidom, seu primogênito, e a Hete, e aos jebuseus, aos amorreus, aos
girgaseus, aos heveus, aos arqueus, aos sineus, aos arvadeus, aos zemareus e
aos hamateus; e depois se espalharam as famílias dos cananeus. E o
limite dos cananeus foi desde Sidom, indo para Gerar, até
Gaza, indo para Sodoma, Gomorra, Admá e Zeboim, até Lasa" (Gn 10.15-19), e
a terra se chamava Canaã. "Habitou Abrão na terra
de Canaã; e Ló, nas cidades da campina e ia armando as suas tendas
até Sodoma" (Gn 13.12). Depois que Ló havia se separado de
Abraão, este recebeu novamente uma confirmação da parte de Deus: "Ergue
os olhos e olha desde onde estás para o norte, para o sul, para o oriente e
para o ocidente; porque toda essa terra (Canaã) que vês, eu ta
darei, a ti e à tua descendência, para sempre" (Gn 13.14-15).
Quando Israel entrou em Canaã, Josué recebeu a ordem divina: "Moisés,
meu servo, é morto; dispõe-te, agora, passa este Jordão, tu e todo este povo, à
terra que eu dou aos filhos de Israel. Todo lugar que pisar a planta do vosso
pé, vo-lo tenho dado, como eu prometi a Moisés" (Js 1.2-3). Depois
de quarenta anos de peregrinação pelo deserto, a terra de Canaã foi a pátria de
Israel durante 1.500 anos até a destruição do templo no ano 70 d.C. Então
Israel foi espalhado entre os povos – até que no ano de 1948, foi-lhe novamente
concedida uma pátria por decisão da ONU, mas com a imposição (infeliz) de
dividi-la com os árabes.
Mas de onde vem, então, o nome Palestina? O imperador romano Adriano, que odiava
os judeus e os cristãos, deu esse nome à terra no ano de 135 d.C., com a intenção
de que não se fizesse mais referência "ao nome Judéia de Israel".
Assim foi cunhado o falso nome "Palestina" e ele ficou sendo usado
desde então. Infelizmente, até as sociedades bíblicas aceitaram essa falsa
denominação e a usaram nos mapas em diversas Bíblias: Palestina, ao invés de
Canaã.
Aqueles que atualmente se chamam de palestinos são árabes, sejam
eles muçulmanos ou cristãos. No fundo a polêmica atual entre árabes e judeus
(Israel) não é um problema étnico nem político, mas um problema religioso.
Aqueles que atualmente se chamam de palestinos são árabes, sejam
eles muçulmanos ou cristãos. No fundo a polêmica atual entre árabes e judeus (Israel)
não é um problema étnico nem político, mas um problema religioso. E por isso,
na verdade, somente a Bíblia pode mostrar o caminho certo para a solução do
conflito.
Israel (= Jacó) é uma designação que se refere tanto ao povo como
também à terra. Povo e terra formam uma unidade inseparável. Desta forma, a
terra deve pertencer aos palestinos, ou seja, aos árabes? Jamais, pois o
próprio Deus garante que ela pertence a Israel. As nações deveriam prestar
atenção àquilo que Deus diz do Seu "vermezinho Israel" e
como Ele o protege: "Porque aquele que tocar em vós toca na menina
do seu olho" (Zc 2.8b).
A história trágica de Israel mostra que desde o início da sua existência foi oprimido
continuamente por poderes inimigos e até ameaçado pelo holocausto. Holocausto
significa extermínio em massa, extinção, solução final do problema judeu. Isso
já começou antigamente no Egito com Faraó, que tentou dizimar os hebreus. Mas
tão certo como Faraó e seus exércitos se afogaram no Mar Vermelho, também Deus
acertará as contas com os atuais inimigos de Israel. Naquele tempo ainda era um
único inimigo que ameaçava a Israel, hoje são as nações. Desde 1948 Israel foi
envolvido em cinco guerras, às quais sobreviveu vitoriosamente. Hoje um dos
seus principais inimigos, que usa pedras, punhais e bombas, está bem no meio do
seu território. Contra isso é difícil usar tanques, ou aviões. Por meio de
guerras e atos terroristas morreram milhares de israelenses desde a fundação do
Estado, e a desejada paz desvanece cada vez mais para o "vermezinho
de Jacó". Altos dignitários da política vêm a Israel e se atrevem a
dar "bons" conselhos e exortações, dizendo que os judeus deveriam
ceder territórios. Mas nada nem ninguém anula as promessas que Deus deu a
Jacó: "Disse-lhe Deus: O teu nome é Jacó. Já não te chamarás Jacó,
porém Israel será o teu nome. E lhe chamou Israel. Disse-lhe
mais: Eu sou o Deus Todo-Poderoso; sê fecundo e multiplica-te; uma nação e
multidão de nações sairão de ti, e reis procederão de ti. A terra que dei a
Abraão e a Isaque dar-te-ei a ti e, depois de ti, à tua descendência" (Gn
35.10-12). Mas nem o povo como um todo nem o governo se firma nessa
promessa, e infelizmente segue o caminho da "angústia de
Jacó", conforme Jeremias 30.7-10: "Ah! Que grande é
aquele dia, e não há outro semelhante! É tempo de angústia para Jacó; ele,
porém, será livre dela. Naquele dia, diz o Senhor dos Exércitos, eu quebrarei o
seu jugo de sobre o teu pescoço e quebrarei os teus canzis; e nunca mais
estrangeiros farão escravo este povo, que servirá ao Senhor, seu Deus, como
também a Davi, seu rei, que lhe levantarei. Não temas, pois, meu servo, Jacó,
diz o Senhor, nem te espantes, ó Israel; pois eis que te livrarei das terras de
longe e à tua descendência, da terra do exílio; Jacó voltará e
ficará tranqüilo e em sossego; e não haverá quem o atemorize".
Nosso coração anseia por isso! A nossa oração sempre deve ser que, sem demora, Israel
seja conduzido ao encontro do destino que Deus planejou para ele! Para isso é
preciso ter fé baseada nas Escrituras e perseverança, não se deixando determinar
pelo mal e pelo que é atualmente visível, mas sim, firmando-se nas imutáveis
promessas de Deus!
Deus o chama de "vermezinho de Jacó". O Israel moderno –
e "vermezinho de Jacó", será que isso combina? Ou Deus
deveria fazer uma correção e mudar-lhe o nome? Com essa humilde terminologia
divina ofenderíamos Israel diretamente. No máximo, esta expressão talvez possa
ser engolida nas piadas judaicas ou no humor do escritor satírico israelense
Ephraim Kishon. Israel se orgulha dos seus progressos tecnológicos. E não só
por isso, pois em todas as áreas os judeus realizam coisas inovadoras. Por
exemplo, em tempo recorde eles criaram um jardim florido e belas cidades nas
areias do deserto. Não se consegue enumerar tudo o que eles estão conseguindo e
realizando. E nós nos admiramos e nos alegramos com o seu sucesso, e
naturalmente também porque foram vitoriosos nas cinco guerras, das quais se
viram obrigados a participar. E se houver guerra novamente, Israel está
preparado – e como!
Contudo, falta o essencial ao povo de Deus hoje: a confiança no Deus de seus pais
Abraão, Isaque e Jacó. Israel quer ser como todos os outros povos e esquece o
seu Deus. Por isso, hoje em dia, há medo e perplexidade por toda parte.
Alastram-se a anarquia e a imoralidade em Israel como acontece nas outras
nações. No Knesset (Parlamento) ninguém se levanta e chama ao retorno para o
Deus dos pais. Para onde isso vai levar? Para a "angústia de
Jacó", a Grande Tribulação. Só se pode implorar: "Senhor, tenha misericórdia
deles e abrevie esse tempo!" O próprio Deus é fiador da salvação e do
renascimento de Israel, que o Messias, Yeshua, Jesus Cristo, trará. Então se
cumprirá o que está escrito: "Eu, o Senhor, te chamei em justiça;
tomar-te-ei pela mão, e te guardarei, e te farei mediador da aliança com o povo
e luz para os gentios" (Is 42.6). Por isso: nós, que amamos o judeu
Jesus, formemos uma muralha de orações ao redor do"vermezinho de Jacó"! Assim
o problema com os vizinhos de Israel, hoje ainda inimigos, estará
resolvido: "Bendito seja o Egito, meu povo, e a Assíria, obra das
minhas mãos, e Israel, minha herança" (Is 19.25b).
Com absoluta certeza o "vermezinho de Jacó" pode
contar com a ajuda do Senhor, pois seu Redentor, o próprio Santo de Israel, comprometeu-se
com Sua promessa: "Desposar-te-ei comigo para sempre;
desposar-te-ei comigo em justiça, e em juízo, e em benignidade, e em
misericórdias; desposar-te-ei comigo em fidelidade, e conhecerás ao
Senhor" (Os 2.19-20).
Naquele tempo, segundo o direito judaico, o noivado era bem mais significativo do
que nos costumes do Ocidente. Um casal de noivos ficava comprometido um com o
outro, pois o noivo pagava um dote por ocasião do noivado. Com isso o acordo estava
selado. Em que consiste o dote em relação a Israel? "Em justiça,
em juízo, e em benignidade e em misericórdias... e em fidelidade!" Qual
é o fundamento de um noivado? Evidentemente é o amor! Além disso, o Senhor
ainda lhes deu Seu Filho unigênito. Portanto, o que mais Israel pode esperar de
Deus? Encontramos a resposta em Romanos 11.29: "Porque os dons e a
vocação de Deus são irrevogáveis" e: "se somos
infiéis, ele permanece fiel, pois de maneira nenhuma pode negar-se a si
mesmo" (2 Tm 2.13).
Deus cumpriu Seu juramento e continua cumprindo-o. – E Israel? "Veio
para o que era seu, e os seus não o receberam" (Jo 1.11). E: "Não
queremos que este reine sobre nós" (Lc 19.14b). Que tragédia para
a própria desgraça! Que grande ofensa a Deus e a Seu Filho! Como deve ter sido
dolorosa para Eles a recusa desse amor! Ouvimos como um lamento:"Estendi
as mãos todo dia a um povo rebelde, que anda por caminho que não é bom,
seguindo os seus próprios pensamentos" (Is 65.2). Por isso Israel
ainda tem de passar pelo juízo redentor, pois Deus diz por meio de
Samuel: "Se, porém, não derdes ouvidos à voz do Senhor, mas,
antes, fordes rebeldes ao seu mandado, a mão do Senhor será contra vós outros,
com foi contra vossos pais" (1 Sm 12.15). – "Eis que
a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu
ouvido, para não poder ouvir. Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre
vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que
vos não ouça" (Is 59.1-2).
Poderíamos continuar jogando sobre Israel muitas outras passagens bíblicas que falam
de condenação. Esta é a nossa tarefa? De maneira nenhuma! Isso não compete a
nós! Nesse sentido nos chama a atenção a insistente exortação do apóstolo
Paulo: "Não te ensoberbeças, mas teme. Porque, se Deus não poupou
os ramos naturais, também não te poupará" (Rm 11.20b-21). Por
acaso será que nós temos sido continuamente fiéis ao Senhor? Infelizmente, não!
Somos nós melhores do que o "vermezinho de Jacó?" De
modo algum! É vergonhoso constatar que o anti-semitismo não se alastra apenas
nos círculos políticos, mas até em igrejas isso tem acontecido – e contagiado
membros de grupos cristãos.
Desde a escolha de Israel, como povo de propriedade de Deus, o
inimigo tem sempre procurado destruí-lo. Ele costuma usar dirigentes políticos
como Hitler, Nasser, Kaddafi, Yasser Arafat, mas também a imprensa de esquerda.
Desde a escolha de Israel, como povo de propriedade de Deus, o inimigo
tem sempre procurado destruí-lo. Ele costuma usar dirigentes políticos como
Hitler, Nasser, Kaddafi, Yasser Arafat, mas também a imprensa de esquerda. O
Holocausto começou com Faraó. Na peregrinação pelo deserto foi o rei Balaque que
usou os serviços do renomado adivinho e "vidente" Balaão. Este era
uma sumidade no terreno do ocultismo. Balaão deveria amaldiçoar Israel por meio
de suas temidas maldições mágicas, o que falhou apesar de diversas tentativas.
Contra a vontade de Balaque e Balaão, ao invés de maldição, esse falso profeta
teve de pronunciar as mais gloriosas palavras de bênção: "Benditos
os que te abençoarem, e malditos os que te amaldiçoarem... uma estrela
procederá de Jacó, de Israel subirá um cetro" (Nm 24.9b e 17a).
A história de Israel, em muitos trechos, é uma história de sofrimentos trágicos.
Finalmente houve na Suíça e em alguns outros países uma disposição para rever a
História e ressarcir danos materiais às vítimas do Holocausto e seus
descendentes, e se fala de revisar o passado. Mas além disso também seria importante
revisar a História de Israel, sua origem e suas promessas como são ensinadas em
escolas e universidades. Para isso, porém, seria necessário estudar a Bíblia!
Como, entretanto, as nações e seus dirigentes estão cegos e não têm mais
compromisso com a Bíblia, continuam presos à velha e antiga culpa, que é
impossível de ser reparada com quaisquer bens materiais. Ninguém pode resgatar
sua culpa por meio de ouro ou dinheiro! Deus não aceita nenhuma negociação de
indulgências. A Palavra de Deus diz que as nações se tornaram cegas: "obscurecidos
de entendimento, alheios à vida de Deus por causa da ignorância em que vivem,
pela dureza do seu coração" (Ef 4.18).
Alguém que odiava os judeus perguntou a um velho judeu:
"O que você pensa que acontecerá com o seu povo se nós continuarmos perseguindo
vocês"? O judeu respondeu: "Haverá um novo feriado para nós!" "O
que você quer dizer com isso?", perguntou o outro, "como vocês podem
ter um novo feriado se continuarmos perseguindo vocês?" O velho judeu
disse: "Veja bem, Faraó quis nos exterminar – e nós recebemos um feriado:
a Páscoa! Hamã quis enforcar Mordecai e exterminar todos os
judeus – e nós recebemos um novo feriado: Purim! Antiôco, o
rei da Síria, quis exterminar os judeus. Ele ofereceu um porco ao deus Júpiter
no templo – e Israel recebeu outro feriado: Hanucah! Hitler
quis nos exterminar – e nós recebemos mais um feriado: Yom Ha’atzmaut,
o Dia da Independência! Os jordanianos ocuparam Jerusalém Oriental durante 19
anos, impedindo-nos de orar no Muro das Lamentações, até que, no ano de 1967,
nossos soldados libertaram Jerusalém Oriental. Desde então festejamos
anualmente o Yom Yerushalaym, o Dia de Jerusalém! E caso
continuarem nos perseguindo, receberemos mais feriados da parte de Deus!" E
o velho judeu tem razão!
Esta história continua sendo escrita: Israel receberá outro feriado. O monumento
já foi levantado. No mundo inteiro só existe um único monumento a uma guerra
que ainda não aconteceu. Qualquer um tem a oportunidade de vê-lo em Megido, e a
placa indicativa diz que, de acordo com Apocalipse 16.16, Deus reunirá as
nações para a guerra em Armagedom. Mas não somente isso. Também se cumprirá
Zacarias 14.12 assim que os inimigos de Israel atacarem Jerusalém, e a sentença
está lavrada: "Esta será a praga com que o Senhor ferirá a todos
os povos que guerrearem contra Jerusalém: a sua carne se apodrecerá, estando
eles de pé, apodrecer-se-lhes-ão os olhos nas suas órbitas, e lhes apodrecerá a
língua na boca." Por causa das armas químicas, esse cenário
apocalíptico se torna compreensível. Mas nós cremos na promessa divina: "Porque
eu sou contigo, diz o Senhor, para salvar-te; por isso, darei cabo de todas as
nações entre as quais te espalhei; de ti, porém, não darei cabo, mas
castigar-te-ei em justa medida e de todo não te inocentarei" (Jr 30.11).
Da mesma maneira Deus procedeu com os israelitas na Pérsia. O livro de Ester relata
uma história estranha, que soa como um conto de fadas das mil e uma noites. A
vida majestosa e cheia de pompa do Oriente e as intrigas que faziam parte da
corte real da Pérsia são descritas de maneira muito realista: uma grande parte
de Israel não conseguia se decidir a obedecer aos profetas, Isaías e Jeremias,
para deixar a Babilônia e voltar para a sua terra, embora a ordem do Senhor
fosse clara: "Saí da Babilônia, fugi de entre os caldeus" (Is
48.20a), e "Saí do meio dela, ó povo meu, e salve cada um a
sua vida do brasume da ira do Senhor" (Jr 51.45). O período de 70
anos de cativeiro no exílio, conforme os profetas haviam anunciado, estava no
fim. O templo deveria ser novamente edificado em Jerusalém e os sacrifícios
reinstituídos. Mas os judeus que haviam ficado não mostraram nenhuma vontade
nesse sentido. Obviamente eles preferiram se assimilar e se acomodar na terra
próspera onde se encontravam. Aí se manifestou novamente a desobediência
obstinada: "Mas o meu povo não me quis escutar a voz, e Israel não
me atendeu. Assim, deixei-o andar na teimosia do seu coração; siga os seus
próprios conselhos" (Sl 81.11-12). Isso teve por conseqüência inevitável: "Mas,
porque clamei, e vós recusastes; porque estendi a mão, e não houve quem
atendesse; antes, rejeitastes todo o meu conselho e não quisestes a minha
repreensão, também eu me rirei na vossa desventura, e, em vindo o vosso terror,
eu zombarei" (Pv 1.24-26).
Esta não é uma séria advertência para nós? Quem pensa que sabe tudo melhor e persiste
na teimosia, traz sobre si infortúnio e infelicidade. Foi a grande misericórdia
de Deus que fez com que Ele, assim mesmo, aceitasse Seu povo desesperado e o
salvasse para a Sua honra. A Sua misericordiosa providencial protegeu o resto
do povo do aniquilamento total, e Ele também o fará no futuro! A decisão de
Hamã de exterminar os judeus e enforcar Mordecai foi frustrada pelo corajoso
ato da Hadassa (= Ester). "Se morrer, morrerei"! Com
essa decisão corajosa ela não apenas frustrou o plano de Hamã, mas também do
rei, agindo em favor do seu povo. E Hamã experimentou o dito: aquele que
prepara uma forca para Israel será pendurado nela!
Mas hoje, quem tem coragem de falar a favor de Israel? Aquele que abençoa Israel
será abençoado! Em memória do maravilhoso livramento da mão de Hamã, Israel
festeja a cada ano, no dia 14 de adar, a Festa de Purim. Todavia, o dia de
grande alegria ainda está por vir, pois Isaías anuncia ao "vermezinho
de Jacó": "Em lugar da vossa vergonha, tereis dupla honra; em lugar
da afronta, exultareis na vossa herança; por isso, na vossa terra possuireis o
dobro e tereis perpétua alegria" (Is 61.7). (Burkhard Vetsch -http://www.chamada.com.br)
Burkhard Vetsch
Só use as duas Bíblias traduzidas rigorosamente por equivalência formal a partir do Textus Receptus (que é a exata impressão das palavras perfeitamente inspiradas e preservadas por Deus), dignas herdeiras das KJB-1611, Almeida-1681, etc.: a ACF-2011 (Almeida Corrigida Fiel) e a LTT (Literal do Texto Tradicional), que v. pode ler e obter em http://BibliaLTT.org, com ou sem notas.
(Copie e distribua ampla mas gratuitamente, mantendo o nome do autor e pondo link para esta página de http://solascriptura-tt.org)
Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por fieis): BKJ-1611 ou LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, com notas para estudo) na bvloja.com.br. Ou ACF, da SBTB.