Don Feder
O movimento do aquecimento global vem sendo comparado a uma religião — apesar
de não ter Deus, tem uma visão sobre pecado e arrependimento, sobre condenação,
e sobre salvação. Imita de maneira péssima uma religião.
Uma religião de verdade melhora a condição humana incentivando comportamento
moral em obediência à vontade de Deus. Os proponentes do aquecimento global
estão criando uma seita suicida, que — se for seguida até sua conclusão lógica
— levará à extinção dos seres humanos.
Esqueça o Tratado de Kyoto. Esqueça o destrutivo projeto de lei Lieberman-Warner
que corta as tão chamadas emissões do gás estufa em 70% até o ano 2050, o que
custaria aos EUA aproximadamente $1 trilhão e traria como conseqüência a perda
de 3.4 milhões de empregos. Isso é só o começo.
No final, a cruzada do aquecimento global é um ataque frontal à procriação,
à família e ao futuro da humanidade.
Na edição de 9 de dezembro da Revista Médica da Austrália, o Professor Barry
Walters recomenda “o imposto do bebê”, que taxaria em $5.000 o primeiro bebê e
um imposto anual de $800 por cada bebê adicional, sobre as famílias com mais de
dois filhos. “Todo bebê recém-nascido na Austrália representa uma fonte potente
de emissões de gás estufa por uma média de 80 anos, não simplesmente por
respirar, mas por consumir de modo esbanjador os recursos típicos da nossa
sociedade”, escreve Walters, que chama a procriação de “conduta anti-social
que provoca o efeito estufa”. Walters terá dificuldade de encontrar
famílias a quem taxar. O índice de fertilidade da Austrália (o número de
crianças que em média uma mulher tem) é 1.75 — bem abaixo do nível de
substituição (2.1) e menos da metade do que era em 1960 (3.6). Angela Conway,
da Associação da Família Australiana, acha que Walters deveria pagar seu
próprio imposto de gás. “Penso que professores que se julgam importantes e que
têm idéias idiotas deveriam pagar imposto de carbono por todo o ar quente que
eles criam“, diz Conway. Além do açoite de impostos a serem administrados às
famílias que teimosamente continuam a procriar, Walters diz que ele quer que o
governo australiano considere medidas de controle populacional semelhante às
medidas da China comunista, com sua política que impõe um único filho por
família. Essa política é reforçada com penalidades draconianas, esterilização e
abortos forçados.
Na Inglaterra, um grupo chamado Fundo de População Ótima tem a mesma agenda. O
Fundo está horrorizado com um insignificante aumento no índice de nascimentos —
de 1.8 em 2005 para 1.87 em 2006. O Fundo observa que o consumo de energia, ou
“pegadas de carbono”, durante a vida inteira de uma criança que nasce na
Inglaterra hoje é o equivalente de 620 viagens, de ida e volta, entre
Inglaterra e EUA. O Fundo pede ao governo que use a força nos ingleses que não
seguem o modelo da Federação Internacional de Planejamento Familiar, que
promove políticas de aborto e apóia a política chinesa de controle da
natalidade compulsório. Os alarmistas do aquecimento global vêem as pessoas
apenas como consumidoras de energia (ou geradoras de poluição), jamais como
criadores em potencial — por exemplo, de uma lâmpada ou motor mais eficiente,
ou de um novo meio de limpar o meio-ambiente.
A turma do efeito estufa está numa paixão cega, que virou moda. “O crescimento
da população humana é a suprema questão ambiental”, diz Ric Oberlink, porta-voz
da entidade (de nome sinistro) Californianos a favor da Estabilização da
População. “O aquecimento global é um problema bem sério, mas é apenas um
componente do problema do excesso de população”.
Ric (a eliminação da vogal “o” é a contribuição dele para conservar o
meio-ambiente) afirma que o problema não é apenas pessoas em excesso, mas
também americanos em excesso que, por sua própria natureza má, consumirão
energia demais durante suas vidas. Os americanos são “de longe os consumidores
mais vorazes e os maiores produtores de gases estufa per capita entre países do
mundo”, observa Ric. Para Ric, é irrelevante o fato de que os EUA passaram o
século passado despejando prosperidade no resto do mundo (sem mencionar que os
EUA derrotaram os dois sistemas totalitários de governo que mais espalharam o
terror no século 20). O negócio dele é só o consumo voraz e a grande produção
dos americanos. “Uma solução para resolver a crise (um globo quente) é as
pessoas pararem de ter tantos bebês”, diz um texto de 14 de março escrito por Dave
Johnson naquela fonte de idiotices, o jornal The Huffington Post. “Já gastamos
todas as áreas de pesca. O gado sendo criado para alimentar tantos comedores de
carne é um problema tão grande quanto os carros que estamos dirigindo”. Assim,
a solução é pararmos de ter bebês e nos tornarmos vegetarianos que andam só de
bicicletas.
“A explosão populacional provocou transtornos graves nas relações ecológicas
entre os seres humanos e o meio-ambiente”, adverte o Sierra Club. “Em
reconhecimento da crescente magnitude dessa questão de conservar o
meio-ambiente, o Sierra Club apóia um programa bem expandido de educação sobre
a necessidade do controle populacional”.
A esquerda está realmente envolvida na questão de controle. O fanatismo do
aquecimento global parece chegar ao ponto de ter nojo de si mesmo. Em 1989,
David Graber, então biólogo do Serviço Nacional de Parques, foi citado no
jornal Los Angeles Times com a seguinte observação: “A felicidade humana e
certamente a fecundidade humana não são tão importantes quanto um planeta
selvagem e saudável. Conheço cientistas sociais que me recordam que as pessoas
são parte da natureza, mas isso não é verdade… Nós nos tornamos uma praga sobre
nós mesmos e sobre a Terra. Até que chegue tal tempo em que o homo sapiens
decida se juntar novamente à natureza (vestindo fibras naturais e vivendo em
árvores?), tudo o que alguns de nós poderão fazer é esperar que surja o vírus
certo”.
E eles se chamam misantropos [indivíduos que têm aversão à sociedade humana].
Em 1991, Jacques Cousteau escreveu: “A fim de se estabilizar a população
mundial, temos de eliminar 350.000 pessoas por dia. É uma coisa horrível de
se dizer, mas é igualmente ruim na dizê-la”. Será que o que Cousteau tinha em
mente era a praga certa? Um palestrante no Fórum da Condição Mundial de Gorbachev
em 1996 em San Francisco propôs a redução da população mundial em 90%.
Ele não especificou o método.
A maioria dos alarmistas do aquecimento global contenta-se em fazer predições
absurdas e induzir pânico, enquanto ao mesmo tempo eles se negam a declarar ao
público seus planos mais importantes. Assim, ao aceitar seu prêmio Nobel
politicamente correto, Al Gore (o “Herman, o Monstro” do aquecimento global)
declarou: “Começamos a travar guerra contra a própria Terra”. Gore prediz que
“a destruição da camada de ozônio poderia fazer com que os níveis dos mares
subissem 6 metros neste século”. Isso ocorreria antes ou depois de a cidade de
Nova Iorque ser coberta por uma geleira, do jeito que mostra o filme “The Day After
Tomorrow” (O Dia Depois de Amanhã)?
Numa coluna de domingo no jornal New York Times (“É tarde demais para depois”),
Thomas L. Friedman chia: “O fato de que o aquecimento global está agora tendo
tal efeito observável nas colunas de nosso ecossistema — como o gelo do mar
dentro do Círculo Ártico, que um novo estudo (convenientemente não mencionado)
diz que poderia desaparecer inteiramente durante os verões até o ano de 2040 —
é com certeza um grande fator (na mudança da “consciência global”). Mas o outro
lado é o poder voraz da economia global de hoje, que vem criando uma situação
em que o mundo não só está ficando quente, mas está sendo estuprado”. Olhe para
o lado positivo: Quando Friedman está tagarelando sobre o meio-ambiente, pelo
menos ele não está dizendo besteiras sobre o Oriente Médio.
Apesar dos pessimistas, o aquecimento global não é um fenômeno observável. É
por isso que a histeria é parte essencial da campanha publicitária. Escrevo
este artigo observando, através da janela da minha casa na Nova Inglaterra, 30
cm de neve e gelo — em plena metade de dezembro! Conforme informou um grupo de
cientistas num estudo publicado na edição online da semana passada da Revista
Internacional de Climatologia, durante as três décadas passadas, as previsões
de modelos de mudanças climáticas geradas por computador (nas quais confiam os
alarmistas do aquecimento global) não têm uma correlação com dados reais e
mensuráveis de balões meteorológicos e satélites em órbita.
Mas essa é apenas a ponta da cobertura de gelo do Ártico (que, a propósito, não
está diminuindo). De acordo com o Centro Meteorológico MetSul do Brasil, neste
ano a cobertura de gelo do Ártico está dentro do 1% da norma de inverno, e o
inverno acabou de começar. O gelo na camada de gelo polar sul cresceu de
modo significativo, comparado ao ano passado.
O cardeal australiano George Pell, arcebispo de Sydney, comenta que a temperatura
atmosférica de Marte subiu 0. 5 graus Celsius.
Se tão somente os marcianos parassem de ter tantos bebês com imensas pegadas de
carbono e começassem a andar de bicicletas… O especialista em furacões William Gray
da Universidade Estadual do Colorado crê que a terra começará a se esfriar
dentro de 10 anos. Neil Frank, ex-diretor do Centro Nacional de Furacões, chama
o aquecimento global “um trote”.
Richard Lindzen, professor de meteorologia no Instituto de Tecnologia de
Massachusetts, indica que a Europa era bem mais quente na Idade Média do que
é hoje. Mas o século XVII era muito mais frio. (Então, não era raro o rio Thames
congelar no inverno. ) Em outras palavras — por favor, preste atenção, Al Gore
— a Terra passa por ciclos periódicos de aquecimento e esfriamento, sem
nenhuma relação com emissões de carbono.
Há hoje aproximadamente 22.000 ursos polares, em comparação com os 5. 000 que
havia há 60 anos. Ao que tudo indica, os ursos adoram os efeitos do aquecimento
global em seu meio-ambiente — veja a preferência deles por óculos de sol e
camisetas havaianas.
A temperatura na Groelândia é mais baixa hoje do que era em 1940. Mil anos
atrás, os colonizadores vikingues preparavam colheitas na Groelândia, que era
uma região realmente verde. Lamentavelmente, eles começaram a dirigir
modernos pick-ups e a queimar combustíveis fosseis para fazer funcionar suas
fábricas do século XI. Brincadeiras de lado, com tanta produção e colheitas dos
vikingues, a Groelândia teria de ser um lugar quente hoje, certo? Mas hoje é
uma região cheia de gelo.
Reid Bryson, professor emérito da Universidade de Wisconsin em Madison,
considerado o pai da climatologia científica, explica: “Nos 300 anos passados,
estamos saindo de uma Pequena Era Glacial. Por 300 anos, não estamos fazendo
dióxido de carbono demais”.
Com as informações que temos hoje sobre mudança climática durante os 12. 000
anos passados (com base em relatos e dados históricos como anéis de crescimento
nas árvores) os ciclos de aquecimento e esfriamento da Terra coincidem
exatamente com a atividade magnética do sol.
E quanto ao consenso científico em favor de um aquecimento global provocado
pelo homem, agenciado por Al Gore e companhia? É um mito. Há muitos cientistas
com a coragem de chamá-lo de fraude — o equivalente do século XXI do Homem de Piltdown.
Outros ficam em silêncio porque foram intimidados. Os cientistas que estão
dispostos a seguir a idéia do aquecimento global recebem estabilidade
profissional, assistentes de pesquisa, verbas e reconhecimento de seus colegas.
Conforme explica Lindzen: “Os cientistas que divergem do alarmismo viram seus
financiamentos desaparecerem, seu trabalho ridicularizado e eles mesmos
classificados como palhaços”. Os insultos são cruéis. Lindzen diz: “Posso agüentar
ser chamado de cético porque todos os cientistas têm de ser céticos, mas então
começaram a nos chamar de negadores, com todas as conotações do Holocausto
(negadores). Isso é grosseria”.
Lindzen é um daqueles que comparam o dogma do aquecimento global a uma
religião. “Você crê no aquecimento global? Essa é uma questão religiosa. A
segunda parte da questão também é: Você é um cético ou crente?” O professor
está enganado. O aquecimento global é uma religião apenas no sentido das
religiões suicidas de Jim Jones e Heaven’s Gate.
Em sua variação mais extrema, o aquecimento global é uma seita suicida cujos
profetas e sacerdotes empolgam-se com a idéia da extinção em massa da
humanidade. Embora muitos alarmistas do aquecimento global se contentem apenas
em repelir a revolução industrial, e outros favoreçam o fim da civilização por
meio de uma redução gradual da população (a nível mundial, os índices de
fertilidade caíram em 50% no século passado, mas eles continuam com sua
propaganda de uma explosão populacional), outros são mais ambiciosos. O ódio
para com à humanidade sempre esteve por trás da agenda da esquerda. Os
filósofos do Iluminismo odiavam a humanidade porque nossa natureza não queria
se adaptar às idéias utópicas deles. Os marxistas nos odiavam porque éramos
animais egoístas que estupidamente se recusavam a adotar o socialismo
científico. Ah, o mau uso da ciência. Uma geração anterior de ecologistas nos
odiava por poluir, por saquear as florestas virgens com arranha-céus e shopping
centers, por não permitir que eles contemplassem a natureza original de suas
casas de férias. Os ativistas de direitos dos animais nos odeiam por dominar
outras espécies. E os alarmistas do aquecimento global nos odeiam por ter
filhos, por não dirigir carros híbridos, por destruir a camada de ozônio com
emissões de CO2, por tornar a vida de pingüins e ursos polares miserável e — de
acordo com o cenário de pesadelo que eles pintam — por acabar fazendo a Terra
inabitável. Daí, a conclusão inevitável: O mundo ficaria melhor se todos nós
estivéssemos mortos.
“Considerando o desaparecimento total e absoluto do homo sapiens, então não só
a comunidade de vida da Terra continuaria a existir, mas com toda a
probabilidade, seu bem-estar melhoraria. Em resumo: nossa presença não é
necessária”, comenta Paul Taylor em “Respeito pela Natureza, uma Teoria de
Ética Ambiental”.
“Não temos problemas em princípio com seres humanos reduzindo seus números
matando uns aos outros. É um excelente jeito de extinguir os seres humanos”,
disse uma criatura porta-voz da Frente de Liberação Gaia.
“Os seres humanos, como espécie, não são mais valiosos do que uma lesma”,
declarou John Davis, editor da revista Earth First (Em Primeiro Lugar, a
Terra).
No livro “O Mundo Sem Nós”, Alan Weisman celebra o que ele vê como a extinção
inevitável da humanidade, à medida que as florestas e os animais selvagens
reivindicam nossas cidades.
Há até um Movimento Voluntário da Extinção Humana (MVEH), que se descreve como
“a alternativa humanitária aos desastres humanos”. O MVEH explica que “a
alternativa promissora para a extinção de milhões de espécies de plantas e
animais é a extinção voluntária de uma espécie: Homo sapiens… nós”.
Continuando com essa linha bem humorada de pensamento: “Quando todo ser humano
decidir parar de procriar, a biosfera da Terra poderá voltar à sua glória
original, e todas as criaturas restantes serão livres para viver, morrer, se
desenvolver… e talvez se extinguir, como tantos dos ‘experimentos’ da Natureza
fizeram durante as eras”. Será que é por isso que os liberais parecem estar
desaparecendo? O movimento em favor da extinção dos seres humanos pode ser
apenas um bando de extremistas da ideologia do aquecimento global. Mas a
conclusão deles é a expressão lógica da natureza do movimento do aquecimento
global.
Por que se contentar com a extinção gradual da humanidade por meio de índices
de nascimento abaixo do nível de substituição e por meio da desindustrialização
quando podemos realizar a mesma coisa numa geração? (Para outros alarmistas do
aquecimento global, o desejo deles de morte ocorre mais no subconsciente. )
Mas em vez de terem a decência de simplesmente se matarem, eles sentem
necessidade de deixar uma mensagem — como os pobres caras insociáveis que foram
a um shopping center com um rifle para ver quantos inocentes eles poderiam
levar junto com eles.
Se você vir Al Gore num shopping center com o que parecer um rifle — corra.
Don Feder é um famoso colunista social judeu dos EUA.
Artigo original: The Global Warming Suicide Cult
Traduzido e adaptado por Julio Severo: www.juliosevero.com.br;
Fonte: www.DonFeder.com
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