Hélio de Menezes Silva
Em última instância, praticamente TODAS as maiores diferenças teológicas entre pessoas
que alegam crer de verdade em toda a Bíblia, que confessam o nome do Senhor
Deus Triúno da Bíblia, e que alegam ter fé e verdadeiramente crer no Seu Filho
Jesus Cristo, tendo-O por Senhor e Salvador pessoais e por vero Deus, -- todas
tais diferenças teológicas recaem em “Como interpretar a Palavra de Deus?”
Centenas de horas de estéreis (por vezes inflamados, carnais, gerando feridas,
escandalizando) debates entre uma tal pessoa e outra, durante toda a vida que
Deus lhes deu, seriam evitadas se precedidas por 1 ou 2 horas de entendimento
sobre “Como devemos interpretar a Palavra de Deus? Sob que único método de
interpretação? Sob que outras poucas regras de interpretação que detalham esse
método?”
Se, antes de 1000 horas de debates, duas pessoas (mesmo se, por exemplo, uma
delas for um crente de verdade e de doutrina batista fundamentalista das
melhores, e a outra for do erro ou heresia ou apostasia ou seita mais louco que
você possa imaginar) -- Se, antes dessas 1000 horas de debates, elas se
assentarem e conversarem 2 horas, depois concordarem sobre que método de
interpretação da Bíblia deverão usar, então, com toda certeza, convergirão em
tudo de mais importante e explicitado na Bíblia, e convergirão dentro de muito
menos tempo que se pense. Mas, se não concordarem em como interpretar a Bíblia,
então nunca, jamais concordarão em quase nada disso, nem mesmo com 10.000 horas
de debate.
Por isso (ó crente bíblico, verdadeiro e da melhor linha fundamentalista de
doutrina ) se alguém o provocar e desafiar para um debate, então, antes de tudo
o mais, sente com ele para explicar-lhe o método mais bíblico de interpretação,
para tentar fazer com que ele mude e o aceite com toda sinceridade e
entusiasmo. Se ele não quiser aceitar este único modo de interpretação
totalmente coerente com tudo que a Bíblia ensina sobre si mesma, então bata o
pó das suas sandálias e não entre no debate, procure as ovelhas e deixe os
bodes de lado. Cristo disse a um deles “Quem é de Deus escuta as palavras de Deus; por isso
vós não as escutais, porque não sois de Deus.” (Jo 8:47 ACF). Depois, disse também “As minhas ovelhas ouvem a
minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem;” (Jo 10:27 ACF)
Basicamente, há apenas 3 métodos de interpretação da Bíblia:
Cada pessoa atribui o sentido que preferir às palavras de Deus, de
modo que a autoridade final fica sendo o homem, e não Deus!
- O método alegórico é tão absurdamente abominável, a palavra alegórico é, por
razões óbvias, tida por tão pejorativa por quase todos os crentes, que quase
todo alegorista jura que não o é. Mas o é, disfarçada e traiçoeiramente.
Tenhamos muito cuidado, pois desconheço coisa pior para a sanidade doutrinária
de uma igreja e de um crente, do que ter um pastor que, mesmo disfarçada e
inconfessadamente, às vezes, mesmo que raramente, usa o método alegórico de
interpretação. E, do mesmo modo que somente uma pequena fração de um iceberg
fica visível e o grande perigo dele fica abaixo das águas e invisível, assim é
o alegorismo, mesmo disfarçado. Eis um sinal para detectá-lo: muitas vezes a
pequena parte do alegorismo que aflora e fica visível é o Amilenarismo, mas
este grave erro doutrinário é somente a parte menos visível, há no alegorismo
perigos 7 vezes maiores em extensão e em profundidade e em mortalidade.
alega que por “histórico” apenas significa levar em conta o
significado das palavras nos contextos históricos e geográficos de quando foram
escritos pelas mãos dos homens (de Jó a Moisés a João) para dentro dos quais
Deus assoprou as palavras de Deus. Mas, na realidade, muitíssimos dos adeptos
desse método de interpretação (pelo menos às vezes, em alguns versículos), dão
a “histórico” o significado de servilmente adotar como suprema e
indiscutível a interpretação oficial “histórica” de suas denominações, de seus
mais venerados fundadores e mestres, e dos assim chamados “Pais da Igreja” (na
realidade, pais das heresias da igreja católica romana). Reconhecem que “por ‘literal’,
umas poucas vezes queremos dizer aquilo que nós mesmos e nossa denominação preferimos,
aquilo que achamos que Deus deve (ou mesmo deveria) ter querido dizer,
aquilo que achamos que os ouvintes e leitores da época devem (ou mesmo
deveriam) ter entendido, e, principalmente, aquilo que temos certeza de
que foi ensinado pelos homens que veneramos mais extremamente e
são nossa verdadeira autoridade final, pois os consideramos infalíveis em
aspectos doutrinários. Quem são eles? São os nossos mais reverenciados
fundadores e mestres, os pais de nossa denominação e os seus preferidos Pais da
Igreja Católica.”
Ver (3.2’), abaixo.
{literalismo é o mesmo enfoque usado na comunicação ordinária, normal,
comum, usual [não os códigos secretos dos espiões, quadrilhas, místicos
lunáticos, pois estas são comunicações anormais, se e quando forem reais
comunicação]. De fato, todos os sistemas de leis (e suas interpretações e
aplicação pela justiça e cartórios e notários, etc.) (como no antigo Império
Romano, no Brasil e em todas as nações de que eu tenho conhecimento) estão
totalmente baseadas sobre este enfoque interpretativo. Também toda a literatura
didática normal, sobre todas as áreas das mais variadas ciências e
conhecimento}
Obviamente, a interpretação literal-gramatical-histórica tem espaço para
linguagem figurada- poética (como em "Eu sou a porta", "os montes ...
romperão em cântico ... as árvores ... baterão palmas", etc.), de significado óbvio e
indiscutível: só não tem espaço para alegorismo (associar leão à Inglaterra,
confundir Israel a igreja como uma só e mesma coisa indiferenciável, etc.).
Claro, claro, há talvez 0,1% de passagens com lindo, profundo e verdadeiro
sentido poético (como em Is 55:12 ... os montes e os outeiros romperão em
cântico diante de vós, e todas as árvores do campo baterão palmas) e com lindo, profundo e
verdadeiro sentido poético uso de figuras de linguagens (Eu sou a porta ... Eu sou o
caminho
... etc.), mas sempre
há um modo (único e evidente pelo contexto imediato e mediato) de
interpretá-los de modo que honre o literalismo racional. Talvez um exemplo
esclareça melhor:
Se o jornal diz que “a educação é o caminho que o Brasil deve trilhar”, isto é
linguagem figurada, mas todos, de modo simples e imediato e honrando o
literalismo racional, entendem que “caminho” não é uma rodovia, e que
“trilhar” não é com pés físicos literais! Todos entendem que “caminho”, na
sentença, significa ação a ser tomada para a salvação do nosso país. Para mim,
esta [ainda] é a interpretação NORMAL, a interpretação LITERAL racional, a
interpretação literal- óbvia- indiscutível dentro do seu contexto. Não há outra
interpretação possível. Ninguém precisa entender diferentemente.
Semelhantemente, onde Cristo diz “Eu sou o caminho ...”, devemos entender que “caminho”, nesta
sentença, significa acesso, maneira que habilita para a salvação pessoal do
inferno e para a adoção pelo Pai, através da fé bíblica e do recebimento
bíblico do Cristo da Bíblia. Para mim, esta [ainda] é a interpretação NORMAL, a
interpretação LITERAL racional, a interpretação literal-óbvia-indiscutível
dentro do seu contexto. Não há outra possível. Ninguém precisa entender
diferentemente.
Interpretação alegórica é o oposto do acima. Um alegorista dirá “A palavra `Eu`
significa a Igreja Denominacional Fulana, portanto o que Cristo realmente quis
dizer é que a Igreja Denominacional Fulana é o único caminho para a salvação.
Outro alegorista dirá "A expressão `o caminho`
[no singular] é muito radical, devemos interpretá-la como sendo apenas `um
doS muitos caminhoS possíveis`, portanto o que
Cristo realmente quis dizer é que Ele é um dos muitos caminhos possíveis para o
céu, e sabemos que outros caminhos igualmente possíveis são as boas obras, a
sinceridade, o esforço sincero, o batismo, o budismo, o islamismo, qualquer
religião sinceramente seguida, ou até mesmo o ateísmo moral e bondoso.” Com a
interpretação alegórica, o interpretador faz a Bíblia ensinar absolutamente qualquer
coisa que ele quiser. Com interpretação alegórica, vai-se à Bíblia para
torcê-la de modo a dizer o que o homem quer, é Deus que tem que se dobrar ao
homem e não este a Deus.
Para o literalista, Israel é sempre Israel e diferente da Igreja;
por outro lado,
para o alegorista-número-1, Israel significa a “Igreja Católica Romana”;
para o alegorista-número- 2, Israel significa “a Igreja verdadeira, universal e
invisível e difusa, dos salvos verdadeiros”;
... ;
para o alegorista-número-20, Israel pode significar qualquer outra coisa.
Para o literalista, as inúmeras promessas da Bíblia de um reino de 1000 anos
literais de Cristo visível e fisicamente presente e fisicamente reinando da
literal nação de Israel sobre todo o mundo literal, é exatamente isto (o reino
é total e literal, os 1000 anos são literais (de 365 dias), Cristo estará
visível e literalmente presente fisicamente e reinando literalmente, o mundo é
o literal e inteiro mundo);
por outro lado,
para o alegorista-número-1, tais promessas significam um quase reino, mais ou
menos virtual, de duração indefinida, de uma influência benéfica indefinida e
não pessoal nem visível nem fisicamente presente, cuja influência benéfica se
estende gradualmente até alcançar a maior parte de (mas não necessariamente toda)
a terra, se e à medida que contar com a ajuda das religiões unidas e das ONG's;
... ;
para o alegorista-número-20, tais promessas podem significar qualquer outra
coisa.
Examinemos o que queremos dizer por cada uma das palavras deste título
“Literal, Gramatical, Autoridade só às Escrituras”:
3.1) “Interpretação LITERAL”
é somente a forma contraída para “Interpretação Literal, Normal, mas Dando
Margem a um Mínimo de Intepretação Figurada (somente onde a Bíblia deixar
explícito e indiscutível que assim deve ser)”
O dicionário define interpretação
LITERAL
como aquela que é
"baseada nas próprias palavras em seu sentido comum ... não vai além dos
fatos". [Webster’s
New Twentieth Century Dictionary, unabridged, 2d
ed., s.v. “literal.”]
Nesta definição,
note, primeiro, que a interpretação literal atribui a cada palavra o mesmo
significado que teria em seu uso normal, quer empregada no normal
pensar, ou no normal falar [como dando aula quer a sábios ou a jovens e a
crianças], ou no normal escrever [quer no jornal da cidade, ou em carta a um
sábio, ou em carta a um velho camponês de poucas letras] sobre o assunto em
pauta. A nossa regra primeira e máxima, a nossa "Regra de Ouro de
Interpretação", seja:
Quando
o sentido simples da Escritura faz senso comum, não procure nenhum outro
sentido; portanto, tome cada palavra no seu significado literal - usual -
ordinário - primário, a não ser que os fatos do contexto imediato, estudados à
luz de passagens relacionadas e de verdades axiomáticas e fundamentais,
claramente indiquem o contrário." [Cooper]“
Em segundo lugar, note, da definição do dicionário, que “o literalismo resiste
a ir além do que está escrito. Uma vez que o literalismo resiste a ir além dos
fatos [o significado normal das palavras nos dicionários] ao interpretar um
determinado texto, então os intérpretes literais resistem à tentação de
importar idéias estrangeiras ao texto, ideias provenientes de fora do texto. Um
exemplo clássico de ir além do que o texto diz é a antiga e popular
interpretação alegórica de que os quatro rios em Gênesis 2, os Pisom, Havilá,
Tigre e Eufrates, têm que ser entendidas como se referindo ao corpo, à alma, ao
espírito, e à mente do homem. Ora, tal idéia não é facilmente aparente a
ninguém que esteja lendo e estudando o texto em Gênesis 2. É preciso ir fora do
texto de Gênesis 2 e trazer para dentro dele conceitos estrangeiros que lhe são
estrangeiros, a fim de chegar a esta conclusão. [adaptei de Andy Woods, http://www.spiritandtruth.org/teaching/documents/articles/25/25.htm]
“Note-se, de
passagem, que a interpretação literal tem sido injustamente criticada com a
alegação de que ela adere a um literalismo inflexível, preso a dois trilhos de
aço, que nunca [e em hipótese nenhuma] dá margem a [nenhum] tipo, símbolo,
figura de linguagem, e distinção de gênero [quando, indiscutivelmente, há
variação de estilo literário, na Bíblia]. [A falácia de] tal argumentação
contra um inimigo inventado e inexistente [para riculamente cantar uma vitória
irreal de uma luta irreal] é facilmente reconhecível pela simples leitura de
como aqueles que defendem uma hermenêutica literal definem o termo literal.
Charles Ryrie especificamente observa que o literalismo "... não se opõe ou
exclui a correta compreensão de tipos, ilustrações, apocalipses e outros
gêneros dentro da estrutura básica da interpretação literal." Ryrie explica ainda que a interpretação literal "...
também pode ser chamada de interpretação simples- normal- e- evidente, para que
ninguém receba a noção equivocada de que os princípios do literalismo
[completamente] proíbem [todas e quaisquer] figuras de linguagem." Ryrie ainda mais fortifica
este ponto, apelando para a seguinte citação de ER Craven.:
“O
literalista (assim chamado) não é aquele que nega que linguagem figurada
e que símbolos são usados em profecia, nem ele nega as grandes verdades
espirituais que neles [linguagem figurada e símbolos] estão estabelecidas. Sua
posição é, simplesmente, que as profecias devem ser normalmente
interpretadas (ou seja, de acordo com as bem estabelecidas leis da
linguagem) como quaisquer outros enunciados são interpretados. Aquilo que for
manifesta [e indiscutivelmente] figurado, assim é considerado [pelo
literalista].” Usualmente, logo após o uso de uma palavra a
ser interpretada num sentido figurativo, a própria Bíblia deixa claro e
indiscutível qual é esse sentido figurado, de forma que até uma criança já bem alfabetizada
sabe qual é ele, se ler todo o contexto. Quando Jesus disse “Eu sou a porta”,
até uma criança já bem alfabetizada e com inteligência normal, mesmo numa nação
muçulmana que nunca o permitiu sequer saber da existência de Jesus, entenderá
que a Bíblia não diz que Jesus é um artefato de madeira (!), mas que Ele é a
abertura, o caminho para algo bom.
“O absurdo da noção de que uma hermenêutica literal não consegue abranger
figuras básicas do discurso também é ilustrada pelo fato de que o mais extenso
tratamento acadêmico (de figuras de linguagem) hoje disponível foi escrito não
apenas por um literalista dispensacionalista, mas por um
hiper-dispensacionalista! E.W. Bullinger, o criador deste trabalho, não apenas
foi um literalista e um dispensacionalista, mas um hiper dispensacionalista que
acreditava que a era da igreja começou depois de Atos 28:28 [Atenção, Hélio
nunca disse nem creu nisso]. Thomas Ice observa, "O trabalho de Bullinger demonstra que os literalistas têm
pelo menos pensado sobre o uso de figuras de linguagem de forma detalhada e
sofisticada, e não consideram que tal uso conflite com o literalismo." [Andy Woods]
3.2. “[A expressão] Interpretação GRAMATICAL enfatisa o impacto
que a gramática desempenha em qualquer determinado texto. Assim, os intérpretes
da Bíblia devem analisar corretamente a relação que as palavras, frases ou
sentenças têm em relação uma à outra. Tal análise implica o estudo da
lexicologia (significado das palavras), da morfologia (formas de palavras [suas
declinações, gênero, número, grau, modo, tempo, voz, etc.), partes do discurso
(função das palavras) e sintaxe (relação de palavras) .” [Andy Woods]
3.2’) “[A expressão] Interpretação HISTÓRICA leva em consideração
o contexto histórico, a criação e circunstâncias em que as palavras das
Escrituras foram escritas. Milton S. Terry explica:
“O
intérprete deve, portanto, esforçar-se para, do presente, transportar-se para a
posição histórica de seu autor, olhar através de seus olhos, observar o seu
entorno, sentir com o seu coração, e pegar sua emoção. Aqui notamos a
importância do termo interpretação histórico-gramatical”
[Eu, Hélio, de boa consiência, já usei e defendi este termo “interpretação histórica”,
no sentido de se procurar o
significado das palavras nos contextos históricos e geográficos de quando foram
escritos pelas mãos dos homens (de Jó a Moisés a João) para dentro dos quais
Deus assoprou as palavras de Deus. Por exemplo, é necessário e bom que se
procure o sentido histórico de “lançaram as suas sortes” em Atos 1:26:
26 E (os
discípulos) lançaram as suas
sortes {*}, e caiu a sorte {*} sobre Matias. Assim então, ele, por- voto-
em- comum- (de- todos-), foi-
contado juntamente- com os onze apóstolos.
{* "sorte" é um pedaço de madeira ou
pedra ou cerâmica, usado para votar (uma cor significando sim, outra não) ou
para escolher- ao- acaso. Neste verso, tivemos uma escolha por votação anônima
e unânime}
Hoje, no entanto, não
mais gosto muito deste termo “histórica”, porque católicos romanos e reformados
querem pôr nele a idéia de servidão às tradições herdadas dos assim chamados
“Pais da Igreja”, que na verdade são apenas os pais das heresias católicas
romanas. Reconhecem que “por
‘histórico’, em muito grande parte queremos dizer aquilo que temos certeza
de que foi ensinado pelos homens que veneramos mais extremamente
e são nossa verdadeira autoridade final, pois os consideramos infalíveis em
aspectos doutrinários. São eles os nossos mais venerados fundadores e mestres,
os pais de nossa denominação e os seus preferidos Pais da Igreja Católica”.
Portanto, hoje, prefiro como mais segura a 3ª parte do nome “Interpretação Literal, Gramatical, Autoridade
só às Escrituras”:
3.3) A expressão “Autoridade
só às Escrituras” significa que não damos autoridade senão às Escrituras,
interpretadas segundo as 2 expressões já vistas (Literal e Gramatical), e
segundo regras de detalhamento vistas em http://solascriptura-tt.org/Ide/ComoEstudarInterpretarBiblia-Longo-Helio.htm.
(para sua comodidade repetiremos uma pequena parte disso, abaixo). Em
particular, não damos nenhuma autoridade a credos ou artigos de fé ou
confissões doutrinárias de nenhuma denominação (inclusive de batistas,
anabatistas, de waldenses, etc.), nem aos católicos romanos e reformados, nem
aos seus fundadores e nomes expoentes, nem aos chamados “Pais da Igreja” (que
são apenas os pais das heresias católicas).
Fora da interpretação normal
das Escrituras, toda e qualquer tentativa para determinar, de modo objetivo+
seguro (e não subjetivo+ falsificador) o significado pretendido pelo autor está
perdida.
Hélio de Menezes Silva, mai.2012.
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Hélio de Menezes Silva
- Ser salvo 1 Co 2:14; Ora, o homem natural não compreende
as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode
entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.
- Ler
(estudar, conferir) diariamente At 17:11; Ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em
Tessalónica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas
Escrituras se estas coisas eram assim.
- Interpretar literalmente (em harmonia com contexto e
passagens correlatas) 2Pd 1:20; Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da
Escritura é de particular interpretação.
- Saber dividir as Escrituras (que dispensação? dirigido a quem? dito
por quem? etc.) 2Tm 2:15; Procura apresentar-te a Deus
aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a
palavra da verdade.
Lembremos que os 13
livros Rm a Fm são os únicos da Bíblia expressamente escritos para a
dispensação em que estamos, das igrejas locais.
Consequentemente, embora todas as palavras dos restantes 53 livros da Bíblia
({Gn-At; He-Ap}) também sejam igualmente inspiradas por Deus de forma verbal +
infalível + inerrável + plenária, tais outros 53 livros têm algumas centenas ou
milhares de partes (por exemplo: sacrifício de animais, circuncisão, dons e
sinais exclusivos dos apóstolos, etc.) dirigidas a outras dispensações e outros
grupos de pessoas e não a nós, os salvos dos dias de hoje.
Consequentemente:
1) tudo que está proibido/ ordenado/ prometido em {Gn-At; He-Ap} (por exemplo: entrar
diretamente na presença de Deus (sem sacerdote humano servindo de intermediário)/
circuncisão/ bênçãos materiais em consequência do dizimar), mas está
explicitamente escrito o contrário em {Rm-Fm}, onde está explicitamente permitido/ proibido/ não prometido,
então mudou e, agora, para nós, na realidade, está permitido/ proibido/ não prometido;
2) tudo que está proibido/ ordenado/ prometido em ambos {Gn-At; He-Ap} e {Rm-Fm} (por
exemplo: homicídio, amar a Deus acima de tudo, recompensa por crer e por
obedecer), então agora, para nós, continua proibido/ ordenado/ prometido;
3) os casos em que “algo” está proibido/ ordenado/ prometido em {Gn-At; He-Ap} (por exemplo,
espiritismo/ guardar o ano sabático/ colheita dobrada no ano anterior ao
sabático), mas {Rm-Fm} guarda silêncio sobre isto, então precisam de uma
análise muitíssimo mais acurada, com considerações de implicações rigorosamente
lógicas e irrefutáveis, feitas a partir de verdades bíblicas mais explícitas e
claras {Rm-Fm}, acrescidas de considerações sobre se tal “algo” faz parte da
lei cerimonial ou da lei moral de Deus, etc.
(Por exemplo:
- 3.a) a proibição ao espiritismo não faz parte da lei
cerimonial mas sim da moral, e a prática espírita viola outros mandamentos
válidos para esta dispensação das igrejas locais, portanto espiritismo continua
proibido por Deus, para nós, desta dispensação;
- 3.b) guardar o ano sabático é da lei cerimonial, só para judeus, portanto não
se aplica a nós;
- 3.c) daí, a promessa de colheita dobrada no ano anterior ao sabático também
não se aplica a nós.)
- Comparar
Escritura com Escritura 1Co 2:13; As quais também falamos, não
com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina,
comparando as coisas espirituais com as espirituais.
- Aplicar (por em prática); e pregar At 8:35. Então Filipe, abrindo a sua boca,
e começando nesta Escritura, lhe anunciou a Jesus.
1. Algumas profecias foram
condicionais (eg: Jonas, para
Nínive);
2. Profetas falam do futuro
como se fosse presente ou passado;
3. “Lei
dos Picos”: um trecho pode dar a
visão de 2 picos e esconder 1 vale entre eles (eg: Is 61:1-2; Jl 2:28-32);
“O espírito do Senhor DEUS está sobre mim; porque o SENHOR me ungiu, para
pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a
proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos
presos; A apregoar o ano aceitável do SENHOR e o dia da
vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes;
E há de ser que, depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e
vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os
vossos jovens terão visões. E também sobre os servos e sobre
as servas naqueles dias derramarei o meu Espírito. E
mostrarei prodígios no céu, e na terra, sangue e fogo, e colunas de fumaça.
O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e
terrível dia do SENHOR. E há de ser que todo aquele que
invocar o nome do SENHOR será salvo; porque no monte Sião e em Jerusalém haverá
livramento, assim como disse o SENHOR, e entre os sobreviventes, aqueles que o
SENHOR chamar.
4. “Lei do Duplo Cumprimento”: profecias podem ser cumpridas duplamente,
a 1a. vez num sentido “menor” e incompleto (eg: a destruição de Jerusalém no
ano 70) e a 2a. vez num sentido “maior” e completo (eg: a Grande Tribulação);
5. “Lei da 1a. Referência”: o sentido símbolo, na Bíblia, é
constantemente o da sua 1a. ocorrência (eg: fermento é sempre mal, pecado,
hipocrisia, e isto explica a parábola do fermento, em Mt 13);
6. “Lei da Recapitulação”: passagens sucessivas podem ser
recapitulações, repetições de um mesmo fato sob diferentes ênfases e pontos de
vista (eg: os 4 evangelhos; os sonhos de faraó; Gn 1:1 e os outros relatos da
criação Gn 1:2-31 e 2:4-25; os 7 selos + 7 trombetas + 7 taças de Apocalipse.,
etc.);
7. Nunca alicerce uma doutrina apenas sobre símbolos, tipos,
parábolas, etc. E não procure explicar todos os seus
detalhes, mas só os principais. E use-os não para inventar, mas sim para ilustrar doutrinas, já bem estabelecidas em trechos
claros, literais, explícitos
8. Sempre use os textos explícitos-claros-ordem para
explicar os implícitos-escuros-exemplo. Não use estes para torcer e anular
aqueles;
9. Tudo o que foi cumprido até hoje o foi literalmente. Por
que supor que não mais o será?
10. Siga estas regras e siga o princípio de “Sola Scriptura”, sem se curvar demais aos comentários aos
grandões (do passado e, ainda mais, de hoje).
Só use as duas Bíblias traduzidas rigorosamente por equivalência formal a partir do Textus Receptus (que é a exata impressão das palavras perfeitamente inspiradas e preservadas por Deus), dignas herdeiras das KJB-1611, Almeida-1681, etc.: a ACF-2011 (Almeida Corrigida Fiel) e a LTT (Literal do Texto Tradicional), que v. pode ler e obter em BibliaLTT.org, com ou sem notas).
(Copie e distribua ampla mas gratuitamente, mantendo o nome do autor e pondo link para esta página de http://solascriptura-tt.org)
Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por fieis): BKJ-1611 ou LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, com notas para estudo) na bvloja.com.br. Ou ACF, da SBTB.