William Tyndale (1494-1536) nasceu perto de Olchon, no sul do País de Gales,
embora tenha crescido em Gloucestershire. O nome de família de Tyndale é
associado com o Vale de Olchon, uma fortaleza para Igrejas Batistas [a
princípio, sem usar nenhum título, depois chamadas de Anabatistas
(Rebatizadoras), pelos seus inimigos romanistas]. De acordo com Davis na
"História dos Batistas Galeses", Llewellyn Tyndale e Hezekiah Tyndale
eram membros da Igreja Batista [mesmo se ela não usasse o título
"batista", tinha doutrina batista] nas proximidades de
Abergaverney. Certamente, em seus escritos, Tyndale expressa os pontos de vista
Batistas usando termos Batistas, como "ancião" em vez de
"Bispo" e reconhece o clero pelos ofícios de "pastor" e
"diácono". Ele desafiou o celibato clerical.
Tyndale foi particularmente eloquente ao expressar a Doutrina Bíblica do
batismo realizada por batista. Ele descreveu a ordenança como "o símbolo
de arrependimento ... e novo nascimento" [portanto, batismo só de
crentes]. Como os Batistas fazem, ele identificou o batismo
principalmente com o arrependimento: "o batismo é um sinal de
arrependimento que significa que devo arrepender-me do mal, e crer para ser
salvo ... pelo sangue de Cristo". Tyndale negou a necessidade do batismo
para a salvação do adulto, e disse que "os bebês que morrem não-batizados
por nós cristãos estão tão bem quanto aqueles que morrem batizados". Ele
assinalou que a função principal do batismo é a de "testemunhar e expor
nossa sensatez quanto ao significado das promessas". William Tyndale
acreditava que o Espírito Santo não trabalha na água, mas "acompanha a
pregação da fé, e com a palavra da fé, entra no coração e purifica-o".
Tyndale também descreveu o batismo como "imergir ou mergulhar como o
verdadeiro símbolo" [não o despejar nem o aspergir água por cima].
(Baptism, Bromiley, pp 11, 25, 56, 149, 179, 192, Tyndale,
British Reformers Series, p 407, Tyndale, Parker Society Series, III, p.171,
Tyndale, Parker Society Series, I, pp 350-351, 357, 423-424)
Em 1536 Tyndale foi condenado por heresia pelo papa por seu
trabalho de tradução da Bíblia. Suas últimas palavras foram: "Senhor, abra
os olhos do rei da Inglaterra". A oração de Tyndale foi cumprida por dois
reis: Apenas 2 (dois) anos depois, o Rei Henrique VIII autorizou a Grande
Bíblia e 75 anos depois o Rei Tiago autoriza a Bíblia que leva seu nome. A
Bíblia King James é a tradução final, a 7º (sétima), que começou com a Bíblia
de Tyndale, e é cerca de 85% do próprio trabalho de Tyndale.
"Como
ribeiros de águas assim é o coração do rei na mão do SENHOR, que o inclina a
todo o seu querer". (Provérbios 21:1)
"Porque a palavra do rei tem poder; e quem lhe dirá: Que fazes?"
(Eclesiastes 8:4)
Traduzido e enviado por Hélio S. Ferraz, 13.1.2017.
Hélio de M. Silva acrescentou explicações dentro de colchetes [].
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