Por Que Você Se Opõe À Bateria?

(Why Are You Opposed to Drums?)

March 13, 2019 (first published April 24, 2007)

David Cloud

https://www.wayoflife.org/

(traduzido por Hélio de M. Silva)


Nós não nos opomos [exatamente] a [todo e qualquer uso de] baterias ou a qualquer outro instrumento musical; [aquilo a que nos opomos é] contra o uso de tambores de maneira errada.

Um tambor ou uma guitarra elétrica ou um teclado eletrônico não é mau ou errado em si mesmo.


Em primeiro lugar, somos contra o uso de tambores para produzir ritmos de natureza sensual ou sexual.


A Bíblia diz que este mundo está caído e está sob o domínio de homens e demônios pecadores, e o povo de Deus deve se separar das coisas más deste mundo. A Bíblia faz uma nítida distinção entre o santo e o profano (Ez 22:26), entre Deus e o mundo (Tiago 4: 4, 1 João 2: 15-17). João disse: "Temos sabido que provenientes- de- dentro- de Deus somos, e que o mundo inteiro no Maligno jaz." (1 João 5:19). Isso tem implicações muito abrangentes, incluindo implicações sobre a música cristã.

 

Os tambores são usados em uma orquestra [veja o uso de tambores pela University of North Carolina Symphony Orchestra, executando a 5ª Sinfonia de Beethoven https://www.youtube.com/watch?v=C99WlcDc9-k ]
e em uma banda militar [veja hino cantado tio de Hélio, que morreu na Itália defendendo o Brasil contra o nazismo e fascismo, https://www.youtube.com/watch?v=hik2xeRyKKg ],
mas, nesse contexto, eles s
ão usados de maneira diferente do que em uma banda de rock. Em uma banda militar, os tambores são usados para marcar uma batida direta. Em uma orquestra, os tambores são usados com moderação para apoiar a música, em vez de dominá-la. Mas, em uma banda de rock, a bateria ruidosamente força e faz dominar  uma batida constante em "backbeat" [ritmo pulsante, sensual, em background dominante] cujo volume [e natureza] dominam a música.

Ritmo em si não é errado, a menos que seja mal utilizado. O ritmo é uma parte necessária da música. Ele mantém a música em movimento, mas não deve dominar [em volume e natureza]. A Bíblia diz que é a melodia que deveria dominar na música cristã.

"
Falando vós uns aos outros em Salmos, e em hinos, e em cânticos espirituais; cantando vós e louvando- fazendo- MELODIA- de- palavras- e- harpa dentro do vosso coração , a o Senhor (Jesus);

" (Efésios 5:19, LTT).

Contraste uma música sacra tradicional como "Onward Christian Soldiers" [Hino 368, Confiança, do Cantor Cristão https://www.youtube.com/watch?v=FlcQ26xIiec ]
com uma canção de rock. Ambos têm ritmo, mas o ritmo na maioria das canções de rock domina e domina completamente a peça musical, enquanto o ritmo de "Onward Christian Soldiers" simplesmente complementa a mensagem lírica e move a música.

Frank Garlock, que tem um doutorado em música pela Eastman School of Music, contrasta a seção rítmica de uma orquestra em relação à de uma banda de rock:

"Quanto ritmo é demasiado ritmo, como pensado de uma perspectiva numérica? A sinfonia típica, como a Boston Symphony Orchestra ou a Chicago Symphony Orchestra, inclui aproximadamente cem músicos. Três a quatro deles são responsáveis pelo ritmo enquanto tocam instrumentos de percussão, como timbales, contrabaixos e tarolas, címbalos, triângulos, sinos e vários outros dispositivos rítmicos. Como os instrumentos de percussão não funcionam muito tempo, pode-se concluir que MENOS DE QUATRO POR CENTO DE UMA ORQUESTRA É RESPONSÁVEL PELO RITMO BÁSICO. Pode-se argumentar que todos os instrumentos tocam parte do ritmo, mas isso apenas faz  mais forte a analogia entre o ritmo e a pulsação [do nosso coração]. Todas as partes do nosso corpo são afetadas pela pulsação, mas é a pulsação que dá ao corpo seu ritmo básico. Além disso, deve ser lembrado que, assim como o espírito, a mente e o corpo estão inter-relacionados, a melodia, a harmonia e o ritmo também estão inter-relacionados. Um não pode existir sem os outros dois.

"O grupo convencional de rock secular ou cristão tem uma mistura ligeiramente diferente. Normalmente, há quatro instrumentos básicos: a guitarra base, um baixo, uma bateria e a guitarra. Embora a guitarra geralmente não seja considerada um instrumento de ritmo, do modo como é usada por um grupo de rock, ela definitivamente é. Todos os quatro instrumentos podem ser classificados como pertencentes à família do ritmo. O único que oferece a "melodia" de vez em quando é a guitarra. Na melhor das hipóteses, o som que vem dO TÍPICO GRUPO DE ROCK É SETENTA E CINCO POR CENTO RITMO "
(Frank Garlock, Music in the Balance , pp. 67, 68).

É o tambor mais do que qualquer outro instrumento que lidera o "backbeat" [ritmo pulsante, sensual, em background dominante] de uma banda de rock. Dan Lucarini, um ex-líder de louvor [pseudo- cristão] contemporâneo que liderou duas igrejas levando-as a de uma posição sagrada para uma contemporânea, adverte sobre os tambores de rock em seu livro "Por que eu deixei o movimento de música cristã contemporânea: Confissões de um ex-líder de adoração". Lucarini descreve como ele levou as igrejas gradativamente para longe da postura tradicional. Lucarini associa a bateria ao estágio final deste processo:

"Quando a bateria finalmente apareceu na plataforma, acredito que a igreja alcançou a parte mais íngreme e mais perigosa da descida da ladeira. Mais do que qualquer outro instrumento, um conjunto de bateria é o instrumento chave dos estilos musicais contemporâneos " ( Why I Left the Contemporary Christian Music Movement , p. 121).

Nós já vimos neste livro que o "backbeat" [ritmo pulsante, sensual, em background dominante] do rock é de natureza sexual. Isto é o que os roqueiros não salvos testemunharam. Veja o capítulo "Por que somos contrários à MCC [Música pseudo-Cristã Contemporânea]". Por isso, nos opomos à bateria quando eles são usados em uma forma de rock & roll para ruidosamente forçar e fazer dominar a batida sensual de uma maneira que domina a música ao invés de simplesmente apoiá-la.


Também nos opomos à bateria quando ela é usada para produzir ritmos que estão associados ao que é demoníaco.


Não apenas o tambor é um instrumento que está no coração do "backbeat" [ritmo pulsante, sensual, em background dominante] do rock & roll na sociedade moderna, mas também está intimamente associado ao que é demoníaco.

Um dos maiores especialistas em bateria testemunhou que elas têm o poder de alterar a consciência e levar as pessoas aos mundos espirituais. Mickey Hart, baterista do Grateful Dead, viajou pelo mundo pesquisando o poder da bateria. Em "Drumming at the Edge of Magic" [Batendo Tambores À Beira Da Feitiçaria], ele diz:

"Em todo lugar que você olha no planeta, AS PESSOAS ESTÃO USANDO TAMBORES PARA ALTERAR A CONSCIÊNCIA [entrar em transe espírita]. (…) Descobri, junto com muitos outros, o extraordinário poder da música, particularmente a percussão, para influenciar a mente e o corpo humanos. . . . Houve muitas vezes em que SENTI COMO SE O TAMBOR TIVESSE ME LEVADO A UMA PORTA ABERTA PARA DENTRO DO OUTRO MUNDO [DOS DEMÔNIOS]".

Mickey Hart não professa ser um crente, mas sua observação de que certos tipos de ritmo produzidos pelos tambores podem alterar a consciência e levar as pessoas a outros mundos é um alerta para os crentes que entendem o perigo do que é demoníaco.

A Bíblia nos diz que existem dois mundos espirituais: o de Deus e o do diabo. Esses mundos não são iguais em caráter e poder, mas ambos os mundos são reais, e a realidade do mundo demoníaco é algo com que todo crente deve aprender a lidar.

A Bíblia chama o diabo de "
o príncipe das potestades do ar" e adverte que este anjo caído "agora opera nos filhos da desobediência" (Efésios 2: 2).A Bíblia fala de "príncipes das trevas deste mundo" e "hostes espirituais da maldade, nos [lugares] celestiais" (Ef 6:12).

Pérola Primus, especialista em vodu, diz:

"
OS BATERISTAS MANTÊM TERRÍVEIS PULSAÇÃO E BATIDAS, QUE MUITO FACILMENTE TOMAM POSSE DAS SENSIBILIDADES DOS ADORADORES. Os observadores dizem que ESTES TAMBORES SÃO CAPAZES DE TRAZER UMA PESSOA PARA UM LUGAR ONDE É FÁCIL PARA A DIVINDADE (LOA) TOMAR POSSE DE SEUS CORPOS - a pessoa indefesa é fustigada por cada golpe enquanto o baterista formao propósito de bater e empurrar sua loa  (seu deus) para dentro de sua cabeça: A pessoa se encolhe a cada batida maior (batida acentuada) como se o martelo do tambor descesse sobre seu próprio crânio; ele ricocheteia sobre o local, agarrando-se cegamente aos braços estendidos para apoiá-lo " (Pearl Primus, palestra, Mount Holyoke College, Holyoke, Massachusetts, Mary E. Wooley Hall, 1953; citada por Leonard J. Seidel, Face The Music: Contemporary Church Music On Trial [Encare de frente a música: música [pseudo] cristã contemporânea em julgamento, 1988, pp. 43-42).

A associação entre rock & roll e vodu foi observada por músicos de rock não salvos. O baterista britânico de rock, Rocki (Kwasi Dzidzornu), que gravou com muitos grupos famosos como Rolling Stones, Spooky Tooth e Ginger Baker, percebeu, comprendeu que a música de Jimi Hendrix era semelhante ao vodu [catimbó do Haití]. Observe a seguinte declaração surpreendente da biografia de Hendrix:

"Ele [Hendrix] teve a chance de ver Rocki e alguns outros músicos africanos na cena londrina. Ele achou um prazer tocar ritmos contra as polirritmias deles. Eles totalmente saiam para um mundo fora [de si mesmos], em outro tipo de espaço que ele raramente havia visto antes. ... O PAI DE ROCKI FOI UM SACERDOTE DO VOODOO, E FOI O BATERISTA CHEFE DE UMA VILA EM GANA, África Ocidental. O nome verdadeiro de Rocki era Kwasi Dzidzornu. UMA DAS PRIMEIRAS COISAS QUE ROCKI PERGUNTOU A JIMI FOI DE ONDE ELE TINHA CHEGADO A UM RITMO DE VOODOO. Quando Jimi hesitou [para responder], Rocki continuou explicando em seu inglês hesitante que MUITAS DAS ASSINATURAS DE RITMOS QUE JIMI TOCAVA NA GUITARRA ERAM, MUITO FREQUENTEMENTE, OS MESMOS RITMOS QUE SEU PAI TOCAVA EM CERIMÔNIAS VOODOO. A maneira como Jimi dançava ao ritmo do que tocava lembrou Rocki das danças cerimoniais aos ritmos que seu pai presenteava para Oxum, o deus do trovão e do raio. A cerimônia é chamada voodooshi. Quando era uma criança na aldeia, Rocki tinha esculpido representações de madeira dos deuses. Eles também representaram seus ancestrais. Estes eram os deuses que eles adoravam. Eles lotariam muito a casa de Jimi. Certa vez, eles estavam tocando e Jimi parou e perguntou a Rocki: "Você se comunica com Deus, não é?" Rocki disse: "Sim, eu me comunico com Deus" (David Henderson, Desculpe-me enquanto eu beijo o céu , págs. 250, 251).

Há defensores da música do "rock cristão" que afirmam que é "racista" dizer que há uma associação entre o vodu [Catimbó do Haiti], e a música da selva africana, e o rock & roll, mas não há nada de racista nisso. Na biografia de Jimi Hendrix (que NÃO é escrita por um crente), vemos que o filho não-crente de um sacerdote de vodu via uma conexão direta entre a música do rock and roll e a do vodu idólatra. É racista o baterista de rock, o preto Rocki, por fazer tal observação sobre a música de um preto e de um fanático por Rock And Roll? Suas observações não podem ser descartadas convenientemente como o discurso de um "fundamentalista branco"! Considere alguns outros testemunhos de autoridades seculares sobre a íntima associação entre tambores, e vodu, e magia. Estes exemplos são de

Diretrizes Bíblicas para Música, de Terry Watkins:

"[Bateria] representa a batida do coração e é tocada para invocar poderes mágicos" (Miranda Bruce-Mitford, O Livro Ilustrado de Sinais e Símbolos , DK Publishing, 1996 p. 80).

"O xamã foi o 'cabelo comprido' original [precursor dos rebeldes sem causa de hoje], a primeira estrela do rock envolta em couro, dançando possuída  [por demônio] a um ritmo estourado em um TAMBOR. ... Para essas pessoas, COMUNICAÇÃO COM OS DEUSES ERA SINÓNIMO DE TAMBORES ... o corpo pode se tornar o canal para uma divindade, uma divindade não necessariamente do mesmo sexo que o adorador, e os TAMBORES SÃO O CATALIZADOR PARA TODO O PROCESSO. O transe do RITMO então gera a histeria, que gera o que os ocidentais chamam de "possessão" (Danny Sugerman, Appetite for Destruction , p. 208, 181).

"Na Sibéria, no norte da Ásia, os tambores são usados em rituais xam
ânicos para curar pessoas. Acredita-se que O XAMÃ PODE COMUNICAR-SE COM O MUNDO DO ESPÍRITO ATRAVÉS DA BATIDA DO TAMBOR " (Louise Tythacott, Instrumentos Musicais, Thomas Learning , 1995, p. 37).

"O BATERISTA DE HOJE DIFERE MUITO POUCO DO XAMÃ NO SEU INCESSANTE BATER UM RITMO, E TAMBÉM ENCONTRA-SE EM FORMA DE TRANSE ENQUANTO O REALIZA"
(David Tame, O Poder Secreto da Música , p. 199).

Aqui está o que Robert Palmer, uma autoridade secular sobre música rock, diz sobre o rock e o tambor:

"A ideia de que certos padrões ou sequências de RITMO servem como ELETRODUTOS PARA ENERGIAS ESPIRITUAIS (ligando a consciência humana individual com os deuses) é básica para as religiões africanas tradicionais e para as religiões derivadas de africanos nas Américas. E (quer estejamos falando historicamente ou musicalmente) são os improvisos ("riffs") fundamentais, e são as frases musicais ("licks") que são montadas para formar os improvisos, e são as figuras do baixo, e são os ritmos de bateria -- que fazem o rock and roll poder ser rastreado até a música africana de natureza essencialmente espiritual ou ritual. De certo modo, ROCK AND ROLL É UM TIPO DE 'VOODOO' "(Palmer, Rock & Roll, An Unruly History , Harmony Books, Nova York, 1995, p. 53)

Palmer descreve como os tambores são usados nas possessões [por demônios] do
"vodu ":

"Os bateristas Bata tocam seus toques, ou padrões rítmicos, como SINAIS [enviados] AO REINO DOS DEUSES, convidando-os e atraindo-os para descer e montar ou POSSUIR seus "cavalos", ou devotos. ... OS ESPECÍFICOS PADRÕES OU OS TIPOS DE [toques de] TAMBOR INCLUEM ALGUNS RIFFS [improvisos] E LICKS [frases musicais que são montadas formando os improvisos] BÁSICOS PARA O VOCABULÁRIO ROCK AND ROLL " (Palmer, Rock & Roll An Unruly History , p. 62).

Os mesmos ritmos de bateria que Robert Palmer descreve como "sinais para o reino dos deuses" formam o fundamento básico do rock 'n' roll e da música cristã contemporânea! A revista ocultista New Age Journal [Jornal da Nova Era] também descreve o poder de [trazer] "possessão [por demônios]" dos tambores."

Lembrei-me de uma conversa que tive em Cuba com um repórter do The New York Times  'Fique longe daqueles tambores', ele havia me dito, referindo-se aos que disseram para chamar os deuses nas cerimônias sagradas de Santeria. "Se eu realmente cedesse àqueles DRUMS, minha vida mudaria de maneiras que não estou preparada para assumir", ele acrescentou. Eu sabia do que ele estava falando. Estava tudo lá no tamborilar. ESCUTE-O POR BASTANTE TEMPO, E ALGUM CAMPO DE ENERGIA, ALGUM TIPO DE INTERCONEXÃO, TORNA-SE PALPÁVEL. Eu estava com fome daqueles tambores. Ainda assim, eu fugi deles " (Elizabeth Hanly," A história de um xamã, um sacerdote de Vodoun conduz o autor em uma jornada de compreensão ", New Age Journal , março / abril de 1997, pp. 56-57).

Quando os primeiros escravos negros da África foram convertidos ao cristianismo na América, eles conheciam o poder maligno e a influência dos TAMBORES, por causa do passado deles. E os negros convertidos proibiram o uso de tambores! Eles se referiam a eles como "
o tambor do diabo" (Martha Bayles, Hole in Our Soul: The Loss of Beauty and Meaning in American Popular Music [Buraco em Nossa Alma: A Perda da Beleza e do Significado na Música Popular Americana], p. 138).

Uma autoridade secular da música americana diz: "
Historicamente, os negros [convertidos souberam e] traçaram a fronteira entre instrumentos e práticas particulares; eles permitiam pandeiros, por exemplo, mas NÃO TAMBORES " (Bayles,Hole in Our Soul , p. 130).

Nós não nos opomos [exatamente] a [todo e qualquer uso de] baterias ou a qualquer outro instrumento musical; [aquilo a que nos opomos é] contra o uso de tambores de uma maneira que é associada ao sensual e ao demoníaco.



David Cloud



Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por fieis): BKJ-1611 ou LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, com notas para estudo) na bvloja.com.br. Ou ACF, da SBTB.