Por David Cloud
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A Contraditória Posição de John Piper
sobre a Oração Contemplativa
John Piper (nascido em 1946) tem aumentado
rapidamente sua influência entre fundamentalistas em geral e batistas
independentes em particular. Piper é o pastor sênior da Igreja Batista Belém,
Minneapolis, Minnesota, que é tão insossa em seus padrões doutrinários que o
conselho de anciãos propôs em 2002 que o estatuto da igreja fosse alterado para
permitir que um candidato rejeitasse o batismo por imersão, se ele
"sincera e humildemente acredita que seja contrário à Escritura e de sua
consciência - e não apenas contrária à tradição familiar ou desejos - para ser
batizado por imersão e, assim, considerar o seu batismo infantil ou a sua
aspersão adulta como imprópria ou inválida"; a proposta não foi aprovada ,
mas a verdade é que Piper e os anciãos estavam dispostos a aceitar o batismo
infantil, em alguns casos, o que é uma posição herética por uma assim chamada
igreja batista tomar.
A palavra grega "baptizo" significa
imersão e o batismo é chamado de um sepultamento na Escritura (Rm 6:3-4; Col.
2:12). Imersão não é apenas um modo de batismo, é o batismo, e não existe nenhum
exemplo nas Escrituras de um bebê sendo batizado. Ao contrário, a exigência
para o batismo é a fé em Cristo e uma criança é claramente incapaz de disso
(Marcos 16:16, Atos 8:36-39; 16:30-33). Embora muitos acreditem sinceramente
que seu batismo infantil ou aspersão adulta é um batismo verdadeiro, eles estão
sinceramente enganados e de modo algum devem ser encorajados no seu erro por
pregadores batistas.
Minha conclusão é que o ensino de Piper é uma
teia de verdade e erro. Parece-me que ele é um homem muito sincero, que é o
produto do corrupto evangelicalismo contemporâneo (Seminário Teológico Fuller)
e das mais importantes personalidades dentro deste movimento (por exemplo,
Harold Ockenga, Francis Schaeffer, C.S. Lewis e Daniel Fuller).
Piper tem uma paixão louvável pelo evangelismo
mundial. Ele não faz rodeios sobre algumas verdades fundamentais, como a
perdição do homem, a estreiteza do Evangelho, a expiação pelo sangue, e a
realidade do inferno.
Por seu próprio testemunho, o princípio central
da teologia de Piper é o "hedonismo cristão". Este é o seu termo e
ele o tem defendido ao longo dos anos contra todos os desafios. Ele diz que é
"uma filosofia que toca praticamente todas as áreas da minha vida".
O hedonismo cristão é uma doutrina que diz que a
maior vocação do homem é buscar sua própria felicidade ao buscar a Deus.
Hedonismo cristão é uma mistura extremamente
sutil de verdade e erro, mas o erro é grave. Peter Masters, pastor sênior do
Metropolitan Tabernacle em Londres, a igreja que ficou famosa por ser
pastoreada Charles Spurgeon, disse-me em fevereiro de 2011 que ele acredita que
o ensino de Piper é "perigoso". Ele alertou sobre isso em
"Hedonismo Cristão - É correto?" Sword & Trowel,
2002, No. 3.
Piper é rápido em dizer que o hedonismo cristão
"não significa que Deus se torna um meio para nos ajudar a conseguir
prazeres mundanos".
Mas, apesar desta negação, o hedonismo cristão
caiu como uma luva nas mãos do movimento de rock cristão com sua
filosofia "não deixe que ninguém lhe diga como viver", o movimento
carismático/pentecostal, e os elementos "culturalmente liberais" da
igreja emergente . De fato, a filosofia de Piper tem sido influente em todos
esses movimentos.
Piper em dois de seus livros (Desiring
God e Don’t Waste Your Life) descreve as raízes do
hedonismo cristão. Ainda que ele procure convencer que esta filosofia seja
baseada na Bíblia, ele é no mínimo ingênuo ao admitir que na verdade ele se
baseou nos escritos dos seguintes homens:
Blaise Pascal
Um dos primeiros homens citados por Piper em seu
livro Desiring God é Blaise Pascal.
"Durante o meu primeiro trimestre no
seminário fui apresentado ao argumento em favor do prazer cristão e a um dos
seus grandes defensores, Blaise Pascal. Ele escreveu: 'Todas as pessoas buscam
a felicidade. Não há exceção para isso. Sejam quais forem os meios diferentes
que empreguem, todos objetivam esse alvo. A vontade nunca dará o último passo
em outra direção. Esse é o motivo de cada ação de todo ser humano, mesmo dos
que se enforcam’. Essa declaração combinou tão bem com meus próprios anseios
profundos e com tudo o que sempre tinha visto nos outros, que a aceitei e
jamais encontrei alguma razão para duvidar dela... Jonathan Edwards vinculou isso
(a declaração de Pascal) à Palavra de Cristo: Jesus sabia que toda a humanidade
estava em busca de felicidade. Ele a dirigiu para a maneira correta de
alcançá-la e disse-lhe em que precisa se tornar para ser abençoada e
feliz'" (Desiring God).
O católico romano Blaise Pascal foi um matemático
brilhante, mas ele também foi um teólogo herege e um homem profundamente
confuso, espiritualmente. Embora atacasse alguns aspectos do catolicismo, ele
aceitou o papado, a missa, os santos, a mariolatria e veneração de relíquias.
Ele foi profundamente influenciado pelo misticismo cego do jansenismo e passou
muito tempo em um convento, onde sua irmã era uma freira e onde o misticismo
católico era praticado. Sua única declaração escrita de fé absoluta pertencia a
um suposto milagre ocorrido no convento de Port-Royal em que sua sobrinha foi
supostamente curada de uma doença ocular pela aplicação de um espinho da
suposta coroa que foi colocada na cabeça de Cristo. Seu livro mais
influente, The Pensees (Pensamentos)
contém uma filosofia que rejeita a revelação divina infalível e, portanto, não
possui certeza sobre nada, exceto uma humildade mal definida e de graça. Ele
afirma que o homem não pode conhecer as coisas profundas de Deus e dos
mistérios do universo. Ele chamou de cegueira um "salto no escuro da fé em
Deus", por razões pragmáticas (porque acreditar em Deus é mais seguro do
que não acreditar em Deus).
Pascal é um homem muito perigoso para se seguir
em assuntos espirituais, e ainda mais quando uma citação dele é fundamental
para o Hedonismo Cristão de John Piper.
C.S. Lewis
John Piper é um discípulo C. S. Lewis. Ele cita
Lewis com frequência e nos termos mais positivos (ele menciona algumas
"falhas" de passagem, sem especificamente identificá-las). Piper diz:
"C.S. Lewis ... caminhou ao longo do horizonte do meu pequeno caminho
escuro em 1964 com um brilho resplandecente de tal forma que é difícil
dimensionar o impacto que ele teve na minha vida" ( Don’t Waste Your Life, p.
19). Ele diz que "nos cinco ou seis anos seguintes eu quase nunca estava
sem um livro de Lewis à mão" (p. 20). Ele diz que Lewis "me ajudou a
tornar-me vivo em vida" (p. 19).
No prefácio de Desiring God, Piper
lista Lewis como um dos "heróis deste livro". Piper chama Lewis de
"o homem que me ensinou a ver" (Don’t Waste Your Life, p.
18).
Ao expor a história de como ele desenvolveu a
doutrina do hedonismo cristão, Piper escreve:
"No tempo da faculdade, eu aprendera a
apreciar muito a obra de C. S. Lewis. Contudo, apenas bem mais tarde comprei o
sermão intitulado "Peso de glória". A primeira página desse sermão é
UMA DAS MAIS INFLUENTES PÁGINAS LITERÁRIAS QUE LI. Se hoje a noção de que
é errado desejar a nossa felicidade e esperar ansiosamente gozá-la esconde-se
na maioria das mentes, afirmo que ela surgiu em Kant ou nos estóicos, mas não
na fé cristã"(Desiring God).
As "falhas" de C.S. Lewis são básicas,
começando com a salvação e o próprio evangelho. Até mesmo a revista
Christianity Today admite que Lewis "foi tudo menos um evangélico
clássico, social ou teologicamente. ... ele não endossava a inerrância bíblica
ou substituição penal. Ele acreditava no purgatório e na regeneração batismal
("C.S. Lewis Superstar", Christianity Today, Dez.
2005).
É óbvio que C.S. Lewis era um herege que tinha
heresias verdadeiramente condenáveis, mesmo falando da salvação e do evangelho,
mas John Piper admite abertamente que a sua doutrina do hedonismo cristão foi
derivada em grande parte dos escritos de Lewis. Em vez de fugir de Lewis quando
descobriu suas heresias, em vez de evitá-lo como ordenado em Romanos 16:17 e
outras Escrituras, Piper o abraçou.
Daniel Fuller
Outra influência importante no desenvolvimento do
hedonismo cristão foi Daniel Fuller, presidente do Seminário Teológico Fuller.
Piper escreve sobre ele:
"Fico sempre em dívida para com Daniel
Fuller em tudo o que faço. Eu estava em sua classe em 1968, onde as seminais
descobertas foram feitas. ... Ele continua a ser um estimado amigo e
professor" (Desiring God).
"Minha dívida para com Daniel Fuller é
incalculável" (Don’t Waste Your Life).
Daniel Fuller, filho de Charles Fuller, fundador
do Seminário Teológico Fuller, é o triste produto da renúncia do Novo
Evangelicalismo ao separatismo. Na busca de credenciais educacionais
impressionantes, ele foi enviado para a Alemanha para se sentar aos pés de
teólogos modernistas e o impacto sobre sua fé, como seria de se esperar (1
Coríntios 15:33), foi negativo. Ele rejeitou a doutrina fundamental da
inerrância das Escrituras e se tornou um líder no esforço em mudar a declaração
doutrinária do Fuller para refletir sua visão herética. Isso ocorreu em 1972. A
declaração original, dizia que a Bíblia é "plenamente inspirada e livre de
todo erro no todo e em parte". A nova declaração eliminou a parte "livre
de todo erro no todo e em parte", deixando assim espaço para a visão
herética de que a Bíblia contém erros, uma opinião defendida pelo reitor do
Seminário, Daniel Fuller, e o presidente, David Hubbard, e por alguns
professores do Fuller. Estes incluíram Paul Jewett, que escreveu em seu livro
de 1975 Man as Male and Female, "Gênesis 1 não é uma parte
literal do relatório científico, mas uma narrativa que ilumina o sentido
supremo da existência do homem. ... mito religioso, saga, ou alegoria
bíblica"(pp. 122, 123). Os professores do Fuller, Edward Carnell e Wilbur
Smith endossaram o livro de Bernard Ramm The Christian View of Science
and Scripture, que alega que a Bíblia é divinamente inspirada apenas em
algumas questões e que contém erros em áreas como ciência e história. Ramm,
escreveu: "Qualquer que seja nas Escrituras a referência direta às coisas
naturais é mais provável que seja em termos dos conceitos predominantes
culturais". Ele aceitou a evolução teísta, negou que o dilúvio de Noé foi
em todo o mundo, explicou muitos dos milagres de Êxodo de forma naturalista,
negou que o sol se deteve no dia de Josué, etc.
O declínio na defesa da doutrina da inspiração
bíblica estava em plena floração, quando Piper estava no Seminário Fuller entre
1968-71 e seu professor favorito estava na vanguarda desta heresia, mas Piper
não fez nada além de elogiar Daniel Fuller e nem sequer menciona este séria
controvérsia no contexto do seu elogio.
A queda espiritual do Seminário Teológico Fuller
foi documentada em 1976 pelo ex-vice-presidente Harold Lindsell em The Battle for the Bible.
A recomendação de John Piper de Daniel Fuller e
sua admissão no Seminário Fuller que teve um grande impacto na sua vida é um
assunto muito sério.
Harold John Ockenga
Outra grande influência que Piper teve foi Harold
John Ockenga. Piper escreve sobre ele:
"Ockenga, então pastor da Igreja Park Street
em Boston, estava pregando na capela, todas as manhãs durante a semana de
ênfase espiritual. Eu estava escutando a WETN, a estação de rádio da faculdade.
Nunca tinha ouvido uma exposição das Escrituras como aquela. ... Fiquei ali
sentindo como se tivesse acordado de um sonho, e sabia, agora, que eu estava
acordado, o que eu estava a fazer" (Don’t Waste Your Life).
Novamente, não há nenhum alerta. Ockenga é
elogiado e recomendado de forma não crítica.
Harold Ockenga foi um dos pais do
neo-evangelicalismo. Ele foi extremamente influente. Ele foi pastor da igreja
Park Street em Boston, fundador da Associação Nacional de Evangélicos,
co-fundador e primeiro presidente do Seminário Teológico Fuller, o primeiro
presidente da Sociedade Evangélica Mundial, presidente do Gordon College, do
conselho de diretores da Associação Evangelística Billy Graham, presidente do
Gordon-Conwell Theological Seminary, e ex-editor da revista Christianity
Today.
Ockenga alegou ter cunhado o termo
"neo-evangélico" e de ter gerado o movimento. A declaração abaixo é a
forma como ele definiu o Novo Evangelicalismo em 1976, quando ele escreveu o
prefácio do livro de Harold Lindsell, The Battle for the Bible:
"O Neo-evangelicalismo nasceu em 1948 em
conexão com uma convocação para um discurso que dei no Civic Auditorium de
Pasadena. Enquanto reafirmando a visão teológica do fundamentalismo, este
discurso REPUDIOU SUA ECLESIOLOGIA E SUA TEORIA SOCIAL. A chamada para um
REPÚDIO AO SEPARATISMO E A CONVOCAÇÃO PARA O ENVOLVIMENTO SOCIAL recebeu uma
resposta saudável de muitos evangélicos. O nome pegou e porta-vozes, como os
doutores Harold Lindsell, Carl F.H. Henry, Edward Carnell, Gleason Archer
apoiaram este ponto de vista. Não tivemos nenhuma intenção de lançar um
movimento, mas descobriu-se que a ênfase atraiu o apoio generalizado e exerceu
grande influência. O Neo-evangelicalismo é ... DIFERENTE DO FUNDAMENTALISMO EM
SEU REPÚDIO AO SEPARATISMO E A SUA DETERMINAÇÃO EM ENVOLVER-SE NO DIÁLOGO
TEOLÓGICO DE HOJE. ELE TEM UMA NOVA ÊNFASE SOBRE A APLICAÇÃO DO EVANGELHO NAS
ÁREAS SOCIOLÓGICA, POLÍTICA E ECONÔMICA DA VIDA. Neo-evangélicos enfatizam a
reafirmação da teologia cristã, de acordo com a necessidade dos tempos, O
REENGAJAMENTO NO DEBATE TEOLÓGICO, A RECAPTURA DA LIDERANÇA DENOMINACIONAL, E
REEXAME DOS PROBLEMAS TEOLÓGICOS, COMO A ANTIGUIDADE DO HOMEM, A UNIVERSALIDADE
DO DILÚVIO, OS MÉTODO DE DEUS NA CRIAÇÃO, E OUTROS".
Esta declaração é contraditória e hipócrita.
Ockenga disse que o Novo Evangelicalismo afirma a visão teológica do
fundamentalismo, mas ao mesmo tempo, ele diz que o Novo Evangelicalismo chama
para "o reexame de problemas teológicos tais como a antiguidade do homem, a
universalidade do dilúvio, o método de criação de Deus, e outros". Isso
descreve uma definitiva e dramática regressão na visão
"fundamentalista" da inspiração divina das Escrituras. Foi uma
capitulação vergonhosa para a falsamente chamada ciência moderna. Para o crente
na Bíblia, a antiguidade do homem, a universalidade do dilúvio, e método de
Deus na criação não são "problemas" a serem resolvidos, eles são
doutrinas divinas para serem acreditadas.
Desde a sua criação o Novo Evangelicalismo tem
sido um ataque sutil, mas hediondo sobre a fé uma vez entregue aos santos. Você
não pode "repudiar o separatismo" sem repudiar a Bíblia, porque a
separação é um ensinamento fundamental da Palavra de Deus.
Separação não significa ser sem amor ou vil; não
é algo "não essencial" ou uma parte opcional do cristianismo, é um
mandamento divino.
"noteis . . . desviai-vos deles" (Rom.
16:17)
"Não vos prendais a um jugo desigual"
(2 Cor. 6:14)
"saí do meio deles" (2 Cor. 6:17)
"aparta-te dos tais" (1 Tim. 6:5)
"evita" (2 Ti. 2:16)
"se purificar destas coisas" (2 Tim.
2:21)
"afasta-te" (2 Tim. 3:5)
"evita-o" (Tito 3:10)
"não o recebais em casa, nem tampouco o
saudeis" (2 Jo. 10)
John Piper e sua doutrina do hedonismo cristão
são produtos do movimento neo-evangélico e havia morte na panela desde o seu
início. Piper foi treinado em duas instituições neo-evangélicas declaradamente
mortas (Wheaton e Fuller) e ele nunca renunciou ao neo-evangelicalismo e suas
heresias.
À luz do repúdio do Novo Evangelicalismo ao
separatismo, não é surpresa que Wheaton e Fuller tem se tornado cada vez mais
apóstatas ao longo dos anos, ainda que Piper continue falando afetuosamente
deles e elogiado seus professores neo-evangélicos. Mais recentemente, Richard
Mouw, presidente do Seminário Fuller, elogiou o livro universalista de Rob
Bell Love Wins. Ele o chamou de um "belo livro" e disse:
"Eu basicamente concordo com a sua teologia" (The Orthodoxy of Rob
Bell, Christian Post, 20 de março de 2011). Isto nos diz o quão terrivelmente o
seminário Fuller caiu longe de suas raízes em relação ao ministério
evangelístico "somente através do sangue" de Charles Fuller. Mouw
concorda com Bell que é errado dizer: "Aceite Jesus agora, porque se daqui
a 10 minutos você morrer sem aceitar esta oferta, Deus vai castigá-lo para
sempre no fogo do inferno". Comentários de Mouw: "Que tipo de Deus
estamos apresentando para a pessoa?" A resposta é o Deus da Bíblia e o
Deus pregado pelos fundadores do Seminário Teológico Fuller. É o novo deus de
Bell e Mouw. Mouw diz que depois que um rabino, amigo seu morreu, ele
"estenderia a esperança, que ... Jesus iria recebê-lo no reino
celestial". Nunca li nada parecido na Bíblia, mas C.S. Lewis ensinou isso
mesmo. Mouw diz que aqueles que questionam a salvação de Madre Teresa só porque
ela acreditava em um falso evangelho deveriam ter vergonha de si mesmos. Acho,
então, que o apóstolo Paulo deveria ter vergonha de si mesmo para dizer que
aqueles que pregam um falso evangelho são anátemas (Gálatas 1).
Quero salientar que John Piper não aceita as
heresias do universalismo e a negação de um inferno eterno de fogo. Ele até
reprovou Rob Bell no seu blog, mas ele não vê que esses erros foram
fundamentais no neo-evangelicalismo, tais como o repúdio ao separatismo e a
ênfase no diálogo e o re-exame da doutrina, que criou a situação atual em que
evangelicalismo é tomado por completo com heresias de perdição.
Que Piper é um produto do Novo Evangelicalismo e
não o renunciou é um assunto muito sério.
Que sua doutrina do hedonismo cristão é o baseado
nos escritos de Neo Evangélicos hereges é um forte alerta.
Desejar Deus é bíblico, mas incorporando a minha
felicidade em princípio não é.
Nós não discutimos uma ênfase em desejar a Deus. Somos
exortados a nos regozijar no Senhor. O amamos com todo o nosso coração, alma,
força e mente. O amamos tão fervorosamente que o nosso amor por qualquer outra
pessoa ou coisa parece ser um aborrecimento (Lucas 14:26). Nos é dado o
exemplo de uma alma que suspira pelo Senhor como um cervo que brama pelas
correntes das águas. Deus é a minha rocha, minha fortaleza, meu libertador,
minha força, meu escudo, a força da minha salvação, minha torre forte.
Não, não há absolutamente nada de errado em
desejar a Deus, e na verdade não o desejamos na medida certa. Essa é a
finalidade para a qual fomos criados. Essa é a própria essência da genuína vida
humana.
O que rejeitamos é a fórmula que John Piper criou
e a apresentação desta fórmula especial como a essência da vida cristã.
O que rejeitamos é ligar a nossa felicidade
diretamente com a busca de Deus, porque a Bíblia não menciona isso.
Há uma abundância de felicidade e alegria na vida
cristã piedosa, mesmo neste mundo, mas a Bíblia não enfatiza desta forma, como
Piper faz.
É verdade que temos a promessa de recompensas e
somos encorajados a esperá-las, e é verdade que não é errado ser motivado para
este fim, mas isso não favorece o Hedonismo Cristão de Piper.
Também é verdade que o Novo Testamento diz muito
sobre a "alegria do Senhor" na vida cristã, mas é importante
compreender que a alegria não é a mesma coisa que a felicidade emocional tão
procurada pelo mundo. Há muita felicidade na vida cristã, mas é um erro pensar
que este é apenas o que a Bíblia quer dizer com alegria e júbilo. 2 Coríntios
6:10 diz: "Como contristados, mas
sempre alegres". 1 Pedro 1:6 diz: "Em que vós grandemente vos alegrais, ainda que
agora importa, sendo necessário, que estejais por um pouco contristados com
várias tentações". Jesus Cristo, que foi ungido com o óleo
de alegria (Heb. 1:9), também foi
"homem
de dores, e experimentado nos trabalhos"
(Isaías 53:3).
Dessas passagens é evidente que se pode ser feliz
mesmo quando emocionalmente triste, mesmo quando o espírito está pesado, mesmo
quando se está passando por sofrimento. A ALEGRIA E GOZO CRISTÃO É, ACIMA DE
TUDO A CONFIANÇA INABALÁVEL EM DEUS, INDEPENDENTEMENTE DAS CIRCUNSTÂNCIAS. Isto
é evidente no uso das palavras gregas. A mesma palavra grega traduzida como
"glória" em Romanos 5:11 (kauchaomai) também está em Rm 5:3;
Rm 5:2; Rm 2:17, 23; 03:27, 2 Coríntios . 11:16. O vangloriar-se ou gloriar-se
em Cristo e as promessas de Deus são alegria!
Há um grande
perigo na identificação de alegria cristã apenas com o prazer emocional, com
uma alegria espiritual. Devido à condição caída deste mundo mau e de nossa
própria natureza corrompida, é impossível, que experimentemos uma pequena
quantidade de tristeza e aflição na vida presente. O grande apóstolo Paulo
disse: "... também
gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo" (Rm 8:23). Deus não promete livrar o cristão das dores
de uma criação caída. Há aqueles que exigem do cristão tentar manter uma
exuberância emocional, mas isso vai contra a Palavra de Deus. Tiago 5:13 diz:
"Está alguém entre vós aflito? Ore. Está alguém
contente? Cante louvores" Aqui a Palavra de Deus reconhece que há
diferentes experiências emocionais entre os membros de uma igreja em
determinado momento, e não exige que todos obedeçam a um padrão único de
euforia. Ao atribulado não é dito para ser feliz, a ele é dito para orar.
Na verdade, para o cristão mundano, aquele que
tornou-se amigo do mundo, que está se alegrando na sastisfação carnal, o
apóstolo Tiago diz: "Senti as
vossas misérias, e lamentai e chorai; converta-se o vosso riso em pranto,
e o vosso gozo em tristeza"(Tiago
4:4, 9). Esta é uma exortação adequada para a geração atual de cristãos que
vivem uma vida de luxúria e que são descritos em 2 Timóteo 4:3-4.
A plenitude e a perfeição da felicidade emocional
é algo que pertence ao futuro, quando o crente irá gozar na glória eterna de
Cristo no Céu e o "homem velho" terá desaparecido e teremos um corpo
ressurreto.
Não devemos fazer do nosso principal objetivo
neste mundo buscar tal alegria, ou seremos severamente desapontados. Como
Jesus, "o qual, pelo gozo que lhe estava proposto,
suportou a cruz" (Hb 12:2), o filho de Deus deve ser firme
para suportar os sofrimentos múltiplos da vida presente com os olhos focados na
alegria indizível que está por vir; ele deve se recusar a se desviar por uma
busca vã de euforia emocional no aqui e agora.
A felicidade vem e vai nesta vida. Não é algo que
deve ser perseguido. Os Salmos estão cheios de descrições de melancolia e
sofrimento. Somente no Salmo 119, encontramos as seguintes condições: a alma do
homem de Deus está quebrantada pelo desejo (v. 20), consome-se de tristeza (v.
28), está grandemente indignada (v. 53), desfalece pela salvação (v. 81),
secou-se como um odre na fumaça (v. 83), é quase consumido (v. 87), está perto
de perecer na aflição (v. 92), está aflitíssimo (v. 107). Sua alma está
continuamente em suas mãos (v. 109); sua carne se arrepia de temor (v. 120),
seus olhos desfalecem para a salvação (v. 123). Rios de águas correm dos seus
olhos (v. 136). Ele é consumido pelo zelo (v. 139), está tomado de aflições e
angústias (v. 143), está necessitado de libertação do sofrimento (v. 153). Ele
tem muitos perseguidores e inimigos (v. 157); é perseguido sem causa (v. 161);
se desgarrou como a ovelha perdida (v. 176).
A descrição da Bíblia sobre a vida cristã no
mundo atual enfatiza fortemente o aspecto dos problemas e perseguições.
A plenitude da felicidade é descrita mais em
conexão com a próxima vida vez da presente. Esta vida presente é descrita
mais em contexto de problemas do que felicidade. Romanos 8 contrasta
"as aflições deste tempo
presente" com a glória que se seguirá na próxima
vida. Nesta passagem Paulo descreve a vida cristã em termos de
"aflições" (v. 18), "expectação" (v. 19), "sujeita à
vaidade" (v. 20), "servidão da corrupção" (v. 21) ,
"gemendo e com dores" (v. 22), "gemendo em nós mesmos" (v.
23), "esperando a adoção" (v. 23).
Se a felicidade, até mesmo a felicidade em Deus
fosse o elemento principal da vida cristã presente, Paulo não teria dito que se
não fosse pela ressurreição e a vida futura ele seria o mais miserável de todos
os homens (1 Coríntios 15:19).
É possível encontrar textos de prova para apoiar
a ênfase de Piper sobre a felicidade que se encontra na busca de Deus, mas não
é suportado pelo ensino geral e ênfase do Novo Testamento.
O erro central do hedonismo cristão é que ele não
é desenvolvido a partir das Escrituras, mas é lido na Escritura. Em Desiring
God Piper opera um princípio invertido da exegese. Ele primeiro define
sua doutrina a partir de escritos humanos, para em seguida, ir nas Escrituras
para provar isso. Ele constrói o seu hedonismo cristão dos escritos de Blaise
Pascal, de C.S. Lewis, Jonathan Edwards, e outros, e só depois é que ele vai
para a Escritura para ter suporte. Por todo o restante de seu livro, ele assume
a crença no hedonismo cristão e fala disso como uma doutrina
estabelecida.
Ele fala, por exemplo, "este fato - louvor,
que significa prazer consumado e que o mais elevado propósito do homem é beber
profundamente deste prazer". Mas isso é presunção, porque ele não
estabeleceu diretamente da Escritura que isto é um fato.
Se o leitor aceita que Piper provou a verdade de
sua doutrina, então ele não vai criticar corretamente os textos de prova que
ele oferece. Isto é como falsos mestres que manuseiam a Bíblia, e é muito
eficaz porque a maioria das pessoas não estão fundamentadas nos princípios de
corretos de interpretação, tais como analisar o contexto, comparar Escritura
com Escritura, e examinando a doutrina à luz da Escritura como um todo.
Como todas as heresias, o hedonismo cristão é
baseado em textos de prova ao invés de posse de toda a Escritura. Se o
hedonismo cristão fosse verdadeiro e tão importante, haveria muitas passagens
nas epístolas do Novo Testamento que o colocariam com perfeita clareza, mas na
verdade em nenhum lugar os escritores da Bíblia oferecem o hedonismo cristão
como a "essência" ou o "segredo" da vida cristã.
Peter Masters diz:
"Eu nem por um momento sugiro que seu uso da
Escritura é desonesto ou manipulador, mas ele é claramente tão carregado por
sua visão que ele vê corroboração para sua doutrina onde não é para ser
visto".
Sincero ou não, manipulativo ou não, o
efeito é o mesmo, e a Palavra de Deus adverte: "E, se alguém também milita, não é coroado se não militar
legitimamente" (2 Timóteo 2:5). Devemos corretamente,
legitimamente manejar as Escrituras (2 Tm. 2:15), e tirá-las do contexto e
inserir uma teologia pré-concebida por alguém nas passagens não é o caminho
certo.
Este problema percorre todo o ensino Piper. Mas
há muitas afirmações bíblicas boas. Considere o seguinte, por exemplo:
"Devemos jogar o combustível da Palavra de
Deus todos os dias no fogo da alegria? Realmente, devemos! Não apenas todos os
dias, mas dia e noite… Oh, que não tratemos a Bíblia como algo inútil! Se o
fizermos, estaremos nos opondo a nós mesmos e desprezando os santos que
trabalharam e sofreram pela Palavra de Deus" (Desiring God).
Poderíamos citar muitas boas declarações como
esta, mas o ensino é intercalado com o raciocínio humano, que é contrário à
Escritura, versículos tomados fora do contexto, e citações de hereges, de tal
forma que eles são recomendados, quer se trate de C.S. Lewis, Dietrich
Bonhoeffer (que Piper chama de "presente de Deus para a minha geração de
estudantes"), Daniel Fuller, Karl Barth, Ayn Rand, Agostinho, ou qualquer
outro. Piper joga psicoheresia, misticismo contemplativo, e muitos outros erros
no seu guisado teológico.
O ensino de Piper não é puro. A trombeta não dá
um som correto. Há perigo espiritual aqui.
Piper sabe as implicações do termo
"hedonismo" nesta época apóstata onde o que predomina no cristianismo
atual é o amor próprio, um tipo de vida mundana descrita em 2 Timóteo 3:1-2 e
4:3-4:
"SABE, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos
trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos... Porque
virá tempo em que não suportarão a sã doutrina mas, tendo comichão nos ouvidos,
amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; E desviarão
os ouvidos da verdade, voltando às fábulas".
Apesar disso, Piper persiste obstinadamente em
chamar sua doutrina de "hedonismo cristão."
Ele diz: "Isso não significa que Deus é o
meio para nos ajudar a ter prazeres mundanos", mas a sua doutrina é tão sutil
e o coração é tão enganoso e a carne é tão forte e a apostasia tão profunda que
pode facilmente ser assim interpretado.
Piper não tem claramente distinguido seu
"hedonismo" do cristianismo rock & roll. Ele não reprovou o
"liberalismo cultural" da igreja emergente. Não, ele juntou as mãos
com Mark Driscoll, em uma conferência sobre desejar a Deus. Ele não reprovou as
heresias de crescimento da igreja Rick Warren. Na verdade, ele realizou uma
conferência sobre desejar a Deus na igreja de Warren, a Saddleback
Church.
Em seu fruto, o hedonismo cristão de John Piper
tem muito mais em comum com o cristianismo apóstata de 2 Timóteo 4:3-4 do que
com o cristianismo de Paulo.
Em contraste com a idéia de Piper de que existe
uma "chave" para a santificação, a Bíblia apresenta uma abordagem
múltipla.
A seguinte crítica por Peter Masters identifica
este erro:
"O Hedonismo Cristão diz que a busca da
felicidade em Deus é a fonte soberana do poder e energia para a vida do cristão.
... deleitando-se em Deus é a questão crucial na caminhada cristã; a parte
central e mais importante da vida de fé. ... deleitando-se em Deus é o
princípio organizador para todas as outras experiências espirituais e dos
deveres cristãos. Torna-se a fórmula-chave para todo o vigor e desenvolvimento
espiritual. Todos os outros deveres cristãos são considerados dependentes de
quão bem obedecemos este dever central de deleitar-se no Senhor. Toda a vida
cristã é simplificada em se apoiar em uma única busca, o qual é obrigada a
distorcer a percepção da vida cristã e como ela deve ser vivida. [A
tentativa de Piper] em simplificar a santificação bíblica está fadada ao
fracasso porque o método bíblico para a santificação e o crescimento espiritual
consistem de uma série de fios ou caminhos de ação, e todos devem receber
atenção individual. Assim que você substituir uma única grande idéia ou
princípio organizador, e agrupar todas as vertentes em uma só, você altera o
projeto de Deus e seu método. Os aspectos vitais da verdade e de conduta vão
para o papel e recebem pouca ou nenhuma atenção. Você não pode
reorganizar a maneira do Senhor de realizar os frutos de piedade sem varrer
para fora da vista muitos dos deveres cristãos. Sistemas que tem um único
princípio não têm a intenção de causar danos, mas, inevitavelmente, eles o
fazem. Tomando emprestado um jargão científico moderno, a santificação bíblica
é um sistema de complexidade irredutível. Não que isso seja muito complicado -
tendo somente sete ou oito virtuosas componentes conhecidas no qual todas devem
ser mantidas à tona no ministério" (Peter Masters, "Christian
Hedonism - Is It Right?" Sword & Trowel, 2002, No. 3).
Existem de fato muitos aspectos da vitória
espiritual e nem Cristo, nem os escritores das epístolas do Novo Testamento a
apresentaram sempre como uma coisa qualquer.
Se houvesse qualquer "chave",
poderíamos ter certeza de que Cristo a teria descrito.
Talvez o mais próximo que Cristo chega a uma
coisa dessas é João 15, onde a "chave" seria permanecermos n'Ele, mas
isso não é oferecido como a soma da vida cristã ou uma chave abrangente.
Quanto aos apóstolos, se houvesse qualquer
"chave", poderíamos ter certeza de que eles a teriam descrito em
termos claros e precisos para as igrejas do primeiro século que passavam por
muitas dificulades e a teriam enfatizado nas Epístolas Pastorais para os
pregadores que estavam no meio da batalha. Mas olhamos em vão por uma descrição
do hedonismo cristão ou qualquer outra "chave".
Considere um exemplo de Pedro e de Paulo:
2 Pedro 1:
Aqui Pedro resume o caminho da vitória espiritual
e frutos eternos, e ele menciona muitos elementos. Existe a confiança nas
preciosas promessas de Deus (v. 4). Há a busca diligente de crescimento
espiritual através da construção sobre o fundamento da fé para acrescentar ao
conhecimento virtude, ciência, temperança, paciência, piedade, amor fraternal e
caridade (vv. 5-7). Existe a abundância nessas coisas (v. 8). Por estes meios
Pedro nos assegura que tornaremos certa a nossa vocação e eleição e será
amplamente concedida a nós a entrada no reino eterno de Cristo (vv. 10-11).
Efésios 4-6:
Em Efésios 1-3 Paulo estabelece as bases
doutrinárias da vida cristã. Ele descreve a posição eterna e imutável do crente
em Cristo. Em Efésios 4-6 ele se volta para a vida cristã no mundo atual. Não
há um "segredo", nem "chave" ou "essência". Ao
contrário, Paulo expõe muitos elementos de vitória espiritual e de fecundidade.
Estamos a andar como é digno de nossa vocação (4:1), suportando uns aos outros
em amor (4:2), e procurando manter a unidade do Espírito (4:3). Há a
necessidade de submeter-se aos ministros que Deus deu às igrejas para
crescimento e proteção (Ef 4:11-16). Somos exortados a não andar como os não
crentes, mas seguir a verdade em amor (Ef. 4:17 - 5:15). Devemos andar
prudentemente (Ef 5:15), para remir o tempo (Ef 5:16), para entender a vontade
de Deus (Ef 5:17), para ser cheio do Espírito (Ef 5:18) , para cantar salmos e
dar graças (Ef 5:19-20), para sujeitarmo-nos uns aos outros no temor de Deus
(Ef 5:21). As esposas devem sujeitar-se aos seus maridos e os maridos devem
amar suas esposas (Efésios 5:22-33). Os filhos devem obedecer seus pais e os
pais devem educar os seus filhos na disciplina e na admoestação do Senhor e os
servos ser obedientes a seus senhores e estes devem deixar de ameaçá-los (Ef
6:1-9). Devemos colocar toda a armadura de Deus e, assim, permanecer firmes
contra as astutas ciladas do diabo (Ef 6:10-20).
Poderíamos olhar para as epístolas de Romanos,
Gálatas, Coríntios, Tiago, Iª João, e encontraríamos a mesma coisa. Em nenhum
lugar encontramos uma essência única e fundamental da vida cristã. Em vez
disso, há muitos elementos de vitória, muitas responsabilidades espirituais e
morais.
É verdade que Jesus resumiu toda a Lei em dois
princípios:
"E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu
coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e
grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como
a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas". (Mateus 22:37-40)
Mas esta é a essência da Lei de Moisés, não a
essência da vitoriosa vida cristã. A Lei é o aio para conduzir os homens para o
Evangelho, mas a Lei não é o Evangelho (Gálatas 3:24). A Lei é a morte do
pecador, porque ela exige a perfeição, mas o Evangelho é vida, porque Cristo é
a nossa perfeição. Para a essência da vida cristã vitoriosa, devemos olhar para
as epístolas do Novo Testamento, e quando o fazemos nunca vemos uma declaração
de Hedonismo Cristão, como uma chave importante.
Há também muitos motivos certos para o serviço do
Senhor, e não apenas o que Piper desenvolve, que é a alegria em Deus. Este é de
fato um grade e elevado motivo, mas se isso fosse a essência e a soma da
própria vida cristã, o Novo Testamento não falaria de tantos outros motivos
corretos. Piper diz que não deve ser por causa de "obrigação por amor à
obrigação, nem direito por amor ao direito" (Desiring God), mas ele está
errado. É legítimo diante de Deus servi-Lo, por vezes, apenas por uma
questão de dever e direito. Às vezes isso é tudo que nos resta, enquanto
vivemos neste mundo de pecado mergulhado em um "corpo de morte", e
isso não é um motivo ilegítimo.
Às vezes eu tenho o meu devocional diário com
Deus e Sua Palavra fora de um sentido de grande paixão por Cristo; às vezes eu
só faço isso porque eu sei que é necessário para a vitória espiritual e
proteção contra o diabo; às vezes eu faço porque eu sei que deveria fazer.
Nenhum destes são motivos errados.
Por exemplo, em 2 Coríntios 8-9, Paulo exorta os
crentes a contribuir para uma oferta para os santos necessitados que estavam
passando fome. Se Piper estava certo e se a busca da alegria em Deus era a
própria essência da motivação cristã, Paulo poderia indicar isso, mas ele não o
fez. Em vez disso, ele oferece vários motivos diferentes que agradam a Deus. Ao
dar, estamos a dar-nos ao Senhor (2 Coríntios 8:5). Estamos a servir às
necessidades dos santos (2 Coríntios. 8:4). Estamos a trabalhar para a graça de
Deus (2 Coríntios. 8:7). Estamos a provar a sinceridade do nosso amor (2
Coríntios 8:8, 24). Estamos seguir o exemplo de Cristo (2 Coríntios 8:9).
Devemos buscar uma igualdade (2 Coríntios. 8:13-15). Estamos a encorajar os
corações de líderes cristãos (2 Coríntios 8:24;. 9:3-4). Estamos a semear na
expectativa de uma recompensa (2 Coríntios. 9:6-10).
Piper mostra uma presunção assustadora em sua
exegese.
Considerar a sua afirmação: "o principal
propósito de Deus é glorificar a Deus e ter prazer em Si mesmo para
sempre".
Piper está afirmando que Deus é um hedonista por
seu próprio direito! Sua primeira prova para isso é o Salmo 115:3. "Mas o nosso Deus está nos céus; fez tudo o que lhe agradou".
Piper diz: "A implicação desse texto é que
Deus tem o direito e o poder de fazer tudo que o deixa feliz".
Mas o versículo não diz nada sobre a felicidade
de Deus. Piper enfia nesse verso a sua doutrina preconcebida. Isso é presunção.
Piper então diz:
"Pense um pouco nisso: se Deus é soberano e
pode fazer tudo o que lhe apraz, então nenhum dos seus propósitos pode ser
frustrado... E se nenhum dos seus objetivos pode ser frustrado, ele deve ser o
mais feliz de todos os seres".
Eu não tenho dúvida de que Deus é um ser feliz,
mas isso não é nem aqui nem lá. As passagens que Piper cita como evidência para
o sua doutrina de que "Deus é um hedonista" não provam tal coisa.
Então ele diz:
"A base da felicidade de Deus, por sua vez,
é a sua soberania... Já que tanta coisa depende da soberania de Deus, devemos
nos certificar de que a base bíblica dela é sólida".
Ele passa então a demonstrar a partir da
Escritura que Deus é soberano, mas ao fazê-lo não prova nada sobre a sua
doutrina do hedonismo. Esta é uma tática para fisgar através de uma isca.
Em nenhum lugar nas Escrituras somos ensinados
que "o principal propósito de Deus é glorificar a Deus
e ter prazer em Si mesmo para sempre". Pode
ser verdade, pode não ser verdade, mas não podemos fazer disso uma doutrina,
porque ela não tem o suporte da divina revelação contida nas Escrituras, e o
uso de Piper das Escrituras prova que isso é terrivelmente presunçoso.
Assim, o erro fundamental do hedonismo cristão é
simplesmente que ele não está solidamente estabelecido sobre o fundamento da
Bíblia e este é certamente o suficiente para rejeitá-lo.
Para aqueles que querem estabelecer a sua vida
cristã sobre uma base sólida de verdade eu recomendo as epístolas apostólicas;
eu não recomendo os livros de John Piper.
Para provar o hedonismo cristão, Piper cita
Jonathan Edwards, a Confissão de Westminster e o Catecismo de Heidelberg.
Ele ainda afirma que "todo o catecismo de
Heidelberg está estruturado da mesma maneira que o hedonismo cristão".
Ele faz justaposição de suas declarações
com as citações de Jonathan Edwards, mas ele toma Edwards fora do contexto de
sua pregação em geral, assim como ele faz com a Bíblia.
De fato, os puritanos teriam fortemente
repreendido a ele e sua tolerância ao rock cristão, ao movimento
carismático/pentecostal, a associações com emergentes. O fato de Piper
colocar-se na linhagem dos antigos protestantes não é só errado, é ridículo;
sua abordagem suave, hedonista, é definitivamente um novo tipo de protestantismo.
"Às vezes em seus livros o
doutor Piper quer que a gente veja isso como uma idéia antiga, mas suas
reivindicações não são convincentes. Isso não tende olhar mais para o passado
do que para C. S. Lewis. ... Doutor Piper frequentemente cita Jonathan Edwards,
que disse muito sobre deleitar-se em Deus e alegria cristã. Por referência a
Jonathan Edwards, o doutor Piper efetivamente diz: "veja, isso é tão velho
quanto as montanhas”. Esta é a forma como os nossos antepassados pensavam.
Certamente Jonathan Edwards oferece passagens a escolher sobre deleitar-se em
Deus como fizeram os escritores puritanos ingleses, MAS EM NENHUM MOMENTO ELE
FORMA UM SISTEMA NO QUAL ISTO SE TORNA O PRINCÍPIO CHAVE DA VIDA CRISTÃ.
ALEGRIA EM DEUS SEMPRE SE ESTABELECE AO LADO DE OUTROS DEVERES IGUAIS. Embora o
doutor Piper procure a raiz de seu sistema no passado, ele parece, ao mesmo
tempo bem consciente de que é uma idéia nova. Muitas vezes, ele admite-o
usando a linguagem da inovação, e dizendo, em tantas palavras, que é explosiva;
o que é impressionante; isto é radical; é perigoso. Ele até mesmo usa o termo
"minha visão", e é isso o que é, por mais bem intencionado, é a
visão pessoal do doutor Piper. Ele também chama de "minha teologia".
Doutor Piper chama seu livro de uma obra destruidora de paradigmas"(Peter
Masters, "Christian Hedonism - Is It Right?" Sword &
Trowel, 2002, No. 3).
Peter Masters, que ocupa o atual pastorado do
antigo calvinista Charles Spurgeon e que está no lugar dos antigos
protestantes, reprova Piper e seu hedonismo cristão.
Existe uma profundidade infinita na Escritura,
porque é a eterna Palavra de Deus, mas há também uma simplicidade prática na
verdade Bíblica, porque está ajustada ao fracos e pobres deste mundo presente,
de quem Deus escolheu para enriquecer na fé (Mateus 11:25; 1 Coríntios 1:26-27;
James 2:5).
O apóstolo Paulo advertiu que é o diabo que
corrompe a simplicidade que há em Cristo (2 Co 11:3).
Piper admite que sua doutrina não é simples.
"Eu Sei que isso é desconcertante, à
primeira vista, por isso vou tentar desmontá-lo peça por peça, para então,
colocá-lo novamente".
"...novas maneiras de olhar o mundo ... não
se prestam a definições simples. Um livro inteiro é necessário para que as
pessoas possam começar a entender".
"Isso é algo engenhoso".
Condidere a seguinte declaração, que é muito
típica:
"Em outras palavras, sim, amor é mais do que
sentimentos; mas falta de amor não é menos sentimentos".
O que isso significa, exatamente? Quem sabe? É
muito complicado, muito obtuso, facilmente mal compreendido. Piper até mesmo
admite, "Isto é suscetível de ser mal interpretado". De fato, é, e
isso é porque não é a simplicidade da sã verdade bíblica.
Depois de ter estudado (não meramente lido) dois
dos maiores livros sobre cristianismo hedonista e ainda tendo dificuldade em
colocar sua teologia em termos simples, eu tenho a suspeita que ele diria que
eu não fiz direito.
Digo, porém, que, se uma teologia é tão
complicada que não possa ser compreendida corretamente por um pregador
razoavelmente inteligente, mesmo depois de horas de estudo, então não é
bíblica.
Eu tenho pregado o evangelho e discipulado
crentes na vida cristã por quase quarenta anos, e as doutrinas da salvação e
santificação que eu tiro da Palavra de Deus podem ser ensinadas a caipiras nas
colinas do Tennessee, onde comecei minha carreira de pregador e aos membros das
nossas igrejas no Nepal, muitos dos quais são iletrados.
Piper está, ao que tudo indica, se envolvendo com
a psicoheresia, que é a infiltração dos princípios da psicologia humanista nas
igrejas através do movimento de aconselhamento cristão.
Por exemplo, ele considera o pecado como uma
"doença":
"Os países ricos praticamente inventaram um
tipo completamente novo de doenças: obesidade, arteriosclerose, problemas
cardíacos, derrame, câncer do pulmão, doenças venéreas, cirrose hepática, vício
em drogas, alcoolismo, divórcio, crianças em risco, suicídio, assassinato"
(Desiring God).
Vício em drogas, alcoolismo, abuso de crianças,
divórcio, suicídio e assassinato não são doenças!
A influência da psicoheresia também é evidente na
sua exortação de que o marido deve se submeter "aos profundos desejos e
necessidades de sua esposa" (Desiring God). O marido deve amar sua esposa,
mas submeter-se a seus desejos profundos é uma receita para a frustração e
confusão.
Considerando a medida em que a psicoheresia tem
permeado o evangelicalismo e a rejeição de Piper ao "separatismo",
não tenho dúvida de que este tema será evidente em seus outros escritos.
Piper menciona o místico católico Bernardo de
Clairvaux e o místico pentecostal Graham Kendrick e diz que esses místicos são
"as pessoas mais apaixonadas por Deus no mundo” (Desiring God).
Esta é uma recomendação poderosa e profundamente
equivocada de misticismo.
Enquanto Piper dá um som incerto na questão da
oração contemplativa (insinuando, por exemplo, em um blog datado de
22 de maio de 2010, que o misticismo católico romano pode estar
errado), o fato é que ele recomenda Bernardo de Clairvaux, que foi um santo
católico romano e um raivoso herege. Bernardo foi o autor do livro Homilies in Praise of the Virgin Mother, chamando Maria de a Rainha do Céu, a Estrela, a escada em
que os pecadores podem subir até Deus, a estrada real para Deus, o canal
através do qual a vida divina flui para toda a criação.
"Bernardo desempenhou o papel principal no
desenvolvimento do culto da Virgem, que é uma das mais importantes
manifestações da religiosidade popular do século XII" (Norman
Cantor, The Civilization of the Middle Ages, 1993, p. 341).
Bernardo foi um feroz opositor dos crentes da
Bíblia que se recusaram a se submeter ao papa, sendo perseguidos no sul da
França. Estes cristãos separatistas eram chamados de petrobrussianos e
Henricianos, recebendo o nome de dois de seus líderes, Pedro de Bruys e
Henrique de Lausanne. Pedro foi capturado, brutalmente encarcerado e queimado
em uma estaca em 1126, durante a vida de Bernard. Henrique de Lausanne foi
preso em 1134 e condenado à prisão no mosteiro de Bernardo em Clairvaux.
Piper quer nos fazer crer que "São"
Bernardo era uma "pessoa apaixonada por Deus". É mais provável que
ele fosse possesso por demônios.
Piper também recomenda Graham Kendrick como um
místico "apaixonado por Deus". Kendrick é um roqueiro cristão
pentecostal do tipo mais radical e promove a herética teologia e doutrina do
"reino agora" e da palavra da fé. Ele é um membro da igreja Christian
Fellowship Ichthus onde deu as boas vindas para a chamada bênção de Toronto com
a sua embriaguez no espírito, risos histéricos, latidos, urros, cair no chão
rolando. Graham afirma que foi "batizado com o Espírito Santo" em
1971, depois de participar de uma reunião carismática. Ele diz: "Foi mais
tarde naquela noite quando eu estava limpando os dentes e me aprontando para ir
para a cama que eu fui cheio do Espírito Santo! ... e lembro-me deitado na
minha cama, o sorriso fixo ainda no meu rosto, louvando e agradecendo a Deus, e
cautelosamente experimentando uma nova linguagem espiritual que se apresentava
na minha língua sem considerar todas as objeções levantadas pelo meu cérebro
incrédulo! ... Isso foi um divisor de águas real em minha experiência cristã
(Nigel Smyth, "What Are We All Singing About?"
http://www.freedomministries.org.uk/ccm/nsmyth1.shtml). Esta "nova
linguagem espiritual" era o balbuciar sem sentido e em nada parecido como
as línguas da era apostólica.
Um dos objetivos de Kendrick é romper as
barreiras denominacionais e criar uma ampla unidade ecumênica. Ele foi o
co-fundador da Marcha para Jesus, que reúne todo o tipo de denominação e seita,
incluindo católicos e mórmons. Uma biografia no site de Kendrick orgulhosamente
diz: "Cruzando barreiras internacionais e confessionais, suas canções,
como a popular ‘Shine Jesus Shine’," foram utilizadas desde eventos
em inúmeras pequenas igrejas até grandes festivais - incluindo cruzadas
dos Promise Keeper, Billy Graham e em uma missa para quatro milhões de pessoas
ao ar livre na capital das Filipinas, Manila, onde o Papa 'balançou seu cajado
ao ritmo da música".
Poucas coisas são mais espiritualmente perigosas
hoje do que o misticismo carismático/pentecostal, mas Piper recomenda a seus
leitores que deveriam imitar um dos seus principais proponentes como um
"apaixonado por Deus".
Mais uma vez, o hedonismo cristão de John Piper
não lhe dá nem mesmo discernimento espiritual básico quando se trata das
heresias dos nossos dias.
Piper tenta responder a perguntas não respondidas
claramente na Bíblia e procura criar uma teologia sistemática com essas
respostas.
Por exemplo, como pode Deus ser soberano e não
ser o autor do pecado? Como Deus pode ser entristecido com o pecado e não ser
frustrado com o que os homens fazem?
A tentativa de responder essas coisas é um erro
fundamental da sua teologia.
Considere algumas das declarações de Piper:
"O que temos visto até agora é que Deus é
absolutamente soberano sobre o mundo e ele pode fazer qualquer coisa que lhe
agrade, e ele, portanto, não é um Deus frustrado, mas um Deus profundamente
feliz".
Piper vai além do que a Bíblia ensina sobre a
soberania de Deus e acrescenta seu próprio pensamento humano, o que é
extremamente perigoso.
"Por que contemplar o mosaico da história da
redenção alegra o coração de Deus? Será que isso não é idolatria — que Deus tem
prazer em algo que não ele mesmo?... Portanto, agora temos de perguntar: O que
deixa Deus feliz? Se pudermos descobrir qual é essa coisa que Deus busca em
tudo o que faz, saberemos o que mais o alegra... concluo que a glória do
próprio Deus é suprema em suas afeições... Ele tem prazer em sua glória acima
de todas as outras coisas... Portanto, o objetivo principal de Deus é preservar
e manifestar sua grandeza e valor infinitos eterríveis, ou seja, sua glória.
Deus tem muitos outros objetivos no que faz. Nenhum deles, porém, é mais
importante que esse. São todos subordinados. A paixão predominante de
Deus é exaltar a grandiosidade da sua glória. Ele ama sua glória infinitamente.
Deus seria injusto (assim como nós) se valorizasse qualquer coisa além do que
tem valor supremo. E é ele que tem valor supremo. Se ele não tivesse prazer
infinito no valor da sua própria gloria, seria injusto... Dentro da Divindade
trina (Pai, Filho e Espírito Santo), Deus tem sido supremo em suas próprias
afeições por toda a eternidade... Deus gosta de contemplar sua glória refletida
em suas obras.... As pessoas não gostam de ouvir que Deus é supremo em suas
próprias afeições" (Desiring God).
Este é o raciocínio humano. É presunçoso. É
intromissão em coisas muito altas para o homem e coisas não claramente
reveladas nas Escrituras.
Eu aconselharia John Piper e qualquer um que
considera a sua teologia prestar atenção em Deuteronômio 29:29:
"As coisas encobertas pertencem ao
SENHOR nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem a nós e a
nossos filhos para sempre, paraque cumpramos todas as palavras
desta lei".
A ênfase de Piper sobre as emoções na adoração é
extremamente perigosa e se encaixa como uma luva nas mãos do movimento de
louvor contemporâneo e seu misticismo carismático/pentecostal.
"A adoração é autêntica quando surgem afetos
por Deus no coração como um fim em Si mesmos" (Piper, Desiring God).
"Adoração é uma maneira de refletir
alegremente de volta para Deus o brilho do seu valor. Isso não pode ser feito
por meros atos devidos. Pode ser feito apenas quando afetos espontâneos brotam
no coração" ( Piper, Desiring God).
"A atuação do coração na adoração é o
despertar de sentimentos, emoções e afetos do coração. Lá onde os sentimentos
por Deus estão mortos, a adoração está morta. A adoração genuína precisa
incluir sentimentos interiores que refletem o valor da glória de
Deus."(Piper, Desiring God).
"Também fica claro por que não é idolatria e
egocentrismo dizer que nossas emoções são um fim em Si mesmo. Não é egocêntrico
porque as emoções da nossa adoração são centradas em Deus"(Piper, Desiring
God).
Enquanto somos contra o culto espiritual sem
vida, a ênfase de Piper sobre as emoções é perigosa por causa do engano e
egoísmo inerente ao coração humano. É tão fácil pensar que eu estou adorando o
Deus verdadeiro quando de fato estou adorando qualquer outra coisa, até mesmo a
mim.
É especialmente perigosa por causa do poder de
manipulação das emoções pela música moderna de adoração, que é projetada para
produzir as mesmas emoções que Piper encoraja. Ele usa ritmos de dança
fortemente sincopados, acordes intrincados, letras repetitivas, subida e queda
do nível de som, e outros elementos para manipular as emoções. A verdadeira
música sacra não faz isso. Ela fortalece a mensagem da letra, mas não
sobrecarrega as letras. Ela alimenta a mente mais do que as emoções, o coração
mais do que o corpo.
A ênfase de Piper sobre as emoções é errada
porque a Bíblia ensina que a verdadeira adoração envolve muitos elementos,
incluindo a obediência, pois por causa da obediência e seus atos envolvem dor e
até mesmo profunda tristeza.
Considere Abraão caminhando em direção ao Monte
Moriá com Isaque. Ele estava determinado a oferecer seu amado filho a Deus em
obediência ao mandamento divino, em um dos maiores atos de adoração registrado
nas Escrituras, mas não há nenhuma evidência de que a viagem foi marcada pela
felicidade.
Considere Jó sentado em um monte de cinzas
raspando suas feridas com um pedaço de cerâmica quebrada no mais profundo pesar
e confusão com a perda de seus filhos e a sua fortuna e posição na vida. Quando
Jó ignorou o conselho de sua esposa para amaldiçoar a Deus e ao invés, se
curvou diante de seu Criador e disse: "o SENHOR o deu, e
o SENHOR o tomou: bendito seja o nome do SENHOR", esse
foi um dos maiores atos de adoração já registrado . No entanto, há evidências
claras de que Jó não estava feliz.
Embora a Bíblia às vezes mencione as emoções como
um aspecto da adoração não há ênfase em emoções como Piper
faz.
A verdadeira adoração cristã não é emoção
intensa, é viver pela fé na Palavra de Deus.
"Por isso estamos sempre de
bom ânimo, sabendo que, enquanto estamos no corpo, vivemos ausentes do Senhor.
(Porque andamos por fé, e não por vista)" (2 Co.
5:6-7).
"Porque em esperança fomos salvos. Ora a
esperança que se vê não é esperança; porque o que alguém vê como o esperará? Mas,
se esperamos o que não vemos, com paciência o esperamos" (Rm.
8:24-25).
ORA, a fé é o firme fundamento das coisas que
se esperam, e a prova das coisas que se não vêem. (Hb 11:1)
George Muller acertou em cheio quando disse:
"A fé não tem nada a ver com sentimentos ou
com impressões, com improbabilidades ou com experiências externas. Se desejamos
tais coisas com a fé, então já não estamos descansando na Palavra de Deus,
porque a fé não precisa de nada desse tipo. A fé descansa na Palavra exposta de
Deus. Quando o aceitamos na Sua Palavra, o coração está em paz".
O ex-líder do adoração contemporânea Dan
Lucarini, autor de Why I Left the Contemporary
Christian Music Movement (Por que eu deixei o
Movimento de Música Cristã Contemporânea), diz: "Quando tentamos sentir
uma experiência de afirmação da adoração, não estamos adorando a Deus; estamos
adorando nossos próprios egos. O verdadeiro coração de adorador é o coração que
se inclina diante de Deus e se submete à sua Palavra, nada mais, nada
menos".
Com sua ênfase nas emoções, Piper desempenha o
mesmo papel do movimento carismático/pentecostal e sem dúvida lança confusão
naqueles que querem adorar a Deus de modo aceitável. Lembro-me de mim como um
novo convertido, eu era muito licencioso, tinha um estilo de vida marcado pelo
vício em drogas, e como eu ainda estava deprimido. Isto confundiu-me porque eu
estava visitando igrejas pentecostais e estava sendo pressionado a "ser
feliz" e adorar a Deus de forma extravagante. Eu tentei, mas era um mero
ato. Então um dia eu li Tiago 5:13.
"Está alguém entre vós aflito? Ore. Está
alguém contente? Cante louvores".
Eu estava tão incentivado por isso, porque eu vi
que Deus não exigia que eu fosse feliz se eu não estava feliz! Tiago falava
para os crentes em diferentes condições emocionais em qualquer atividade da
igreja, e se um crente está aflito, não é dito a ele para ser feliz.
1. Piper ensina a
heresia que a regeneração precede a fé
"... ao ouvirmos o evangelho, de forma
alguma responderemos de modo positivo, a não ser que Deus efetue o milagre da
regeneração. Temos de experimentar primeiro a obra regeneradora do Espírito Santo.
João é quem ensina mais claramente que a regeneração precede e possibilita a
fé. A fé é a evidência do novo nascimento, não a causa dele. O novo nascimento
vem primeiro e possibilita fé e conversão. Antes do novo nascimento estamos
mortos, e pessoas mortas não preenchem condições. A regeneração é totalmente
incondicional. Ela é devida unicamente à graça gratuita de Deus" (Desiring
God).
Isto é baseado no raciocínio humano, que é o
seguinte: Os homens são mortos em pecados e, portanto, eles não podem acreditar
e não podem acreditar a menos que sejam regenerados. Por outro lado, enquanto a
Bíblia ensina que os incrédulos estão mortos em ofensas e pecados (Efésios
2:1), ela também diz que esses homens podem acreditar. Em
nenhum lugar a Bíblia diz que os homens nascem de novo antes deles acreditarem.
Em toda parte do Novo Testamento os homens são ordenados a crer e a salvação é
dito que segue a fé.
O melhor texto de prova que Piper oferece para
esta doutrina é tirado da liberal New Revised Standard Version em 1João 5:1,
que diz: "Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo nasceu de Deus"
(1Jo 5.1, BJ).
[N.T.: na versão em português de Desiring
God, a escritura utilizada é da Bíblia de Jerusalém].
Mas mesmo se a tradução da NRSV de 1 João 5:1
fosse legítima, ela não diz que a regeneração precede a fé. Se alguém
interpreta isso no verso, é contrário aos ensinamentos de muitas passagens
claras das Escrituras, como as seguintes:
"Mas, a todos quantos o receberam,
deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu
nome" (João 1:12).
"Porque Deus amou o mundo de tal maneira
que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça,
mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que
condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem crê nele não
é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do
unigênito Filho de Deus" (João 3:16-18).
“E, indo eles
caminhando, chegaram ao pé de alguma água, e disse o eunuco: Eis aqui água; que
impede que eu seja batizado? E disse Filipe: É lícito, se crês de todo o
coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de
Deus” (Atos 8:36-37).
"A este dão testemunho todos os profetas,
de que todos os que nele crêem receberão o perdão dos pecados pelo seu
nome" (Atos 10:43).
"E, tirando-os para fora, disse: Senhores,
que é necessário que eu faça para me salvar? E eles disseram: Crê no Senhor
Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa" (Atos
16:30-31).
Se o Apóstolo Paulo estivesse de acordo com a
doutrina de Piper, ele teria respondido à pergunta do carcereiro de Filipos de
forma diferente ou ele teria se recusado a responder, já que não haveria
absolutamente nada que um pecador pudesse fazer para garantir a sua salvação.
Ele só podia esperar que ele fosse um dos eleitos e que Deus iria regenerá-lo
para que ele então pudesse acreditar.
Considere mais alguns versos que ensinam que a fé
é "a mão que se estende para receber a salvação" e que a fé não é precedida
pela regeneração:
"Porque não me envergonho do evangelho de
Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro
do judeu, etambém do grego" (Romanos 1:16).
"Mas agora se manifestou sem a lei a
justiça de Deus, tendo o testemunho da lei e dos profetas; Isto
é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que
crêem; porque não há diferença" (Romanos 3:21-22).
"Mas que diz? A palavra está junto de ti, na
tua boca e no teu coração; esta é a palavra da fé, que pregamos, A
saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração
creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Visto que com o
coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação.
Porque a Escritura diz: Todo aquele que nele crer não será confundido.
Porquanto não há diferença entre judeu e grego; porque um mesmo é o
Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam. Porque todo aquele que
invocar o nome do Senhor será salvo" (Romanos 10:8-13).
"Mas, àquele que não pratica, mas crê
naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça" (Romanos 4:5).
"TENDO sido, pois, justificados pela fé,
temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo" (Romanos 5:1).
"Em quem também vós estais, depois que
ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele
também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa" (Efésios 1:13).
A idéia de Piper que a fé em si é uma obra não se
baseia nas Escrituras, que diz que a fé é o oposto das obras (Efésios 2:8-9). A
fé é a mão que se estende para aceitar o dom que Deus oferece em Cristo.
2. Piper
confunde santificação e a busca de Deus com a conversão
"A busca da alegria em Deus não é opcional.
Não é "algo mais" em que a pessoa pode crescer depois de chegar à fé.
Enquanto seu coração não tiver atingido essa busca, sua "fé" não pode
agradar a Deus. Não é fé que salva. Fé salvadora é a confiança de
que, se você vender tudo o que tem e esquecer todos os prazeres pecaminosos, o
tesouro oculto da alegria santa satisfará seus desejos mais profundos. A fé
salvadora é a convicção sentida pelo coração de que Cristo não é
somente confiável, mas também desejável" (Desiring God).
Piper cita Mateus 13:44 como suporte para sua
visão de salvação:
"Também o reino dos céus é semelhante a um
tesouro escondido num campo, que um homem achou e escondeu; e, pelo gozo
dele, vai, vende tudo quanto tem, e compra aquele campo".
Piper diz: "Essa parábola descreve como
alguém se converte e é levado para dentro do reino dos céus. A pessoa descobre
um tesouro e é impelida pela alegria a vender tudo o que tem para adquirir esse
tesouro".
Eu percebo que muitos comentaristas veem isto
como uma parábola sobre a salvação, mas não faz sentido. Se a parábola
refere-se ao pecador e a salvação, então ele está dizendo que a salvação é
alcançada por obras, o que não pode ser, e também seria dizer que a salvação
está escondida, mas não é. Ela está sendo proclamada abertamente a todas as nações.
Não, as palavras são claras. A parábola não está falando sobre o Evangelho;
está falando sobre o Reino, que é uma coisa completamente diferente. Cristo é
aquele que já vendeu tudo para o estabelecimento do Reino. Isso fica claro a
partir da parábola das pérolas, que segue em Mateus 13:45-46.
Tornar uma parábola obscura e uma peça central de
teologia sobre a salvação, que é exatamente o que faz em Piper em Desiring God nos
capítulos 2 e 3, é outro exemplo de seu uso indevido das Escrituras.
Longe de proteger Piper do mal, o hedonismo
cristão levou-o para os braços do movimento ecumênico, o movimento
carismático/pentecostal e da igreja emergente.
Em vez de reprovar Billy e Franklin Graham e seu
evangelismo ecumênico, ele os elogia e participa de fóruns com eles.
Por exemplo, ele foi orador em 2004 na
conferência da NRB (National Religious Broadcasters) em Charlotte, Carolina do
Norte, unindo-se nesse fórum com Franklin Graham, James Dobson, Ted Haggard, e
Pat Robertson, todos possuindo uma relação muito estreita com a Igreja Católica
Romana. Graham segue os passos de seu pai em enviar convertidos de volta para a
Igreja Católica. Dobson tem aparecido na capa de revistas católicas e para
nosso conhecimento nunca avisou seus muitos ouvintes católicos a sair de Roma.
Robertson escreveu o prefácio do livro ecumênico A House United? Evangelicals and Catholics Together: A Winning
Alliance for the 21st Century (NavPress,
1994). Ele elogiou o católico romano Keith Fournier por
sua "profunda dedicação para ajudar a curar a divisão" que
"separa o Corpo de Cristo". Três anos antes, Robertson convidou
Fournier para ser o diretor executivo do Centro Americano de Direito e Justiça
na Universidade Regent. Haggard, que era então o pastor sênior da Igreja New
Life em Colorado Springs e presidente da Associação Nacional dos Evangélicos,
disse em outubro de 2005: "A New Life não tentará converter os
católicos" e "a igreja nunca iria desencorajar seus membros de se
tornarem católicos ou a assistir a missa católica"(The Berean Call, Jan. 2006) Três
organizações católicas romanas participaram da conferência da NRB em 2004. A
Global Catholic Network publicou um anúncio no jornal da NRB a cada dia e
alugou espaço para exposições. A Priests for Life distribuiu pacotes de seu
material; e a Catholic Answers, que promove os dogmas católicos, também
participou.
Doutor Ralph Colas, que escreveu um relatório
como testemunha ocular desse encontro, assim o concluiu:
"Este ano, alguns oradores, como John Piper,
tinham mais conteúdo biblico do que é normalmente apresentado nos congressos da
NRB. No entanto, nenhum identificou os apóstatas, o catolicismo romano, bem
como aqueles que abraçam revelações extra-bíblica e sonhos, como sendo uma
ameaça para o povo de Deus. Como é tão frequentemente a essas novas reuniões
evangélicas, não é necessariamente o que eles dizem - mas o que eles não
conseguem dizer que cria a confusão e compromete ainda mais. A NRB continua a
ser uma mistura de crentes e descrentes, e seu amplo inclusivismo revela
que se encaixa exatamente no centro do novo campo evangélico".
Piper ainda suporta o herético fenômeno
carismático de cair no espírito. Ele levou sua equipe a uma reunião no estilo
"benção de Toronto" e admitiu que "vários de minha equipe
caíram" ("John Piper: Hedonist Theologian?" Faith and
Freedom magazine, Dec. 2006).
Piper disse: "Eu simplesmente sei de muitas
pessoas que tem sido profundamente ajudadas em suas vidas para o bem por cair
ao chão por 45 minutos em uma espécie de riso ou paz" (tape of Question
and Answer Session at conference in Minneapolis, Jan. 31, 1996).
Piper também convidou um pastor da Igreja
Vineyard para ministrar em uma sessão de treinamento de liderança e "ele
simplesmente jogou todos fora de seus assentos".
Talvez a evidência mais clara da cegueira
espiritual de Piper é a sua posição não crítica e estreita relação com Rick
Warren, que é um caso de estudo na igreja emergente. Em abril de 2011, Piper
realizou uma conferência na Saddleback Church, de Warren. Piper também também
se juntou com Warren na pauta de pregação na Conferência anual de pastores da
convenção batista do sul, em junho de 2011.
Warren prega a herética filosofia do "não
julgar"; transforma a igreja em um completo centro de entretenimento rock
& roll com movimentos pélvicos; diz que Deus não vai perguntar sobre a sua
opinião doutrinária; cita continuamente e com aprovação hereges em seus
escritos e pregações (como a católica romana universalista Madre Teresa, Henri
Nouwen e Thomas Merton); promove misticismo católico contemplativo; compara
fundamentalistas cristãos a terroristas islâmicos; apela à unidade entre
batistas, católicos romanos, pentecostais, anglicanos, etc; promove a excessivamente
liberal Aliança Batista Mundial; se junta com os praticantes da Nova Era; diz
que crentes devem trabalhar com os incrédulos e os religiosos pagãos para
construir o reino de Deus, e apresentou o católico romano Tony Blair com
a medalha internacional da paz (Março 2011). Para ver a documentação
http://www.wayoflife.org/database/warrenheader.html
Qual é a atração de John Piper para os
fundamentalistas e os batistas independentes?
Intelectualismo
Piper tem profundidade, ele é um estudante, um
pensador. Seus leitores encontram-se intelectualmente satisfeitos. A eles são
dados algo de substância para se pensar. À luz da superficialidade que tende a
caracterizar grande parte do movimento Batista Independente, não é de estranhar
que muitos sejam atraídos pelo intelectualismo de Piper.
Exaltação de Deus
Em vez de uma teologia centrada no homem, a
teologia de Piper é centrada em Deus. Isto é por que sua linha de pensamento
vem pelo lado correto sobre a questão do inferno. Ele entende a santidade e a
justiça de Deus (Desiring God).
Liberalismo cultural
Uma razão pela qual Piper se associa
confortavelmente com homens como Mark Driscoll e Rick Warren é que ele divide
em algum grau sua crença em "liberalismo cultural". Ele acredita na
liberdade de se envolver com a cultura pop e parece alertar mais contra
"julgamentalismo "e "legalismo" do que contra o mundanismo.
Sua igreja é um centro de rock & roll. Este princípio frouxo é atraente
para os amantes do mundo. Tanto quanto sabemos ele não reprova Warren por suas
festas dançantes de verão e nove locais de adoração movidos a rock & roll
(incluindo danças em linha country e havaiana) e por cantar a música de Jimi
Hendrick "Purple Haze" (com alusões ao uso de drogas) em uma
atividade da igreja, e ele não reprova Driscoll por sua festas de ano novo
regadas a champagne e concursos de dança.
Abordagem suave, mais tolerante
Outra coisa que sem dúvida atrai alguns
fundamentalistas e Batistas Independentes para Piper é a sua postura, suave,
mais tolerante em geral. Isso se reflete na grande variedade de pessoas que ele
cita com aprovação. Ela é refletida em suas associações, no seu modo de vida
cristã. Mesmo suas advertências são tipicamente formuladas de modo suave. Ele definitivamente não é
um separatista. Suas advertências sobre o perigo do mundo são emitidos em
generalidades, em vez de detalhes, eles são emitidos mais como sugestões do que
mandamentos.
A hora exige uma forte ênfase na separação, tanto
eclesiástica quanto do mundo, mas John Piper é extremamente silencioso em ambas
as frentes.
Por causa de suas descuidadas associações, John
Piper pode levar você para qualquer lugar. Ele pode levar você a Rick Warren e
Mark Driscoll, e de lá você pode ir em qualquer direção nas águas traiçoeiras
do evangelicalismo moderno. Você pode encontrar o misticismo contemplativo
católico, filosofia Nova Era, como de Leonard Sweet, culto a divindade
feminina, como a promovida em A Cabana, rebaixar o conceito bíblico do inferno,
da inspiração bíblica, a negação do sangue expiatório de Cristo, o evangelho do
reino agora, a evolução teísta, a auto-estima, e muitas outras coisas.
John Piper e sua renúncia ao
"separatismo" é uma ponte para essas águas traiçoeiras.
Leia também:
A Contraditória Posição de John Piper
sobre a Oração Contemplativa
Traduzido por Edimilson de Deus Teixeira
Fonte: Way of Life
Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por fieis): BKJ-1611 ou LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, com notas para estudo) na bvloja.com.br. Ou ACF, da SBTB.