DOBSONOLOGIA

[James Dobson e sua “Focus On The Family Organization”]




        Dobsonologia é uma mistura de psicologia, humanismo, Nova Era, ativismo político e ecumenismo, embrulhados numa caixa prateada de moralidade, amarrada com uma fita dourada, contendo várias passagens da Escritura - não necessariamente dentro do contexto. A Dobsonologia está sendo vendida como sã doutrina à comunidade cristã, em substituição à autoridade da Bíblia, por James Dobson e sua Focus On The Family Organization (Organização Foco Sobre a Família).

         A citação seguinte, da obra “The Christian Counselor’s Manual” [Manual do Conselheiro Cristão], do Dr. Jay E. Adams (ps 82-83), descreve melhor o “sistema” de educação infantil de Dobson:


         “... Dobson ... recomenda estritamente os métodos behavioristas na educação infantil, com o nome de Cristianismo... Sua íntima e absoluta capitulação ao behaviorismo é embalada em termos cristãos, mas, de fato, ele introduz um sistema igualmente ímpio dentro do lar cristão, conquanto pressupondo ser uma reação cristã à permissividade... Recompensa e castigo são importantes (especialmente o primeiro) com ênfase na necessidade de estrutura. Contudo, a proposta de Dobson é fria e ímpia. Ela está centralizada na manipulação, e nada menciona sobre a confrontação bíblica. Conspicuamente ausente nessa disciplina infantil é o uso das Escrituras, da conversão, do arrependimento, da obra do Espírito Santo e da santificação... a persuasão bíblica, a convicção [de pecado] e o compromisso pessoal são ignorados”.


* Na obra de Dobson - Dare to Discipline – [Ouse Disciplinar] “ele coloca uma necessária ênfase sobre a disciplina através da estrutura”; contudo ele retira isso de uma ideologia skineriana, isto é: “conforme Dobson, uma criança deve ser “treinada” como se deveria (evidentemente) treinar um cachorro... A pressuposição (não declarada, porém sublinhada no livro) “é a de que o homem não passa de um animal”, não deixando, desse modo, “espaço algum para a obra do Espírito Santo na conversão ou santificação”. A mudança é, portanto, admitida como “acontecendo estritamente a nível horizontal.” (Excerto do livro “The Big Umbrella” [O Grande Guarda-chuvas] , Jay Adams, ps 130-131). Em 1994, a Focus On The Family publicou “The New Dare to Discipline”. Na seção de perguntas e respostas do livro havia esta: “Os filhos adolescentes deveriam ser açoitados por desobediência ou por serem malcriados?" O Dr. James Dobson, o autoproclamado perito na educação infantil, respondeu dessa maneira: 


        “Não. Os adolescentes desejam desesperadamente ser considerados como adultos e se ressentem profundamente quando são tratados como crianças. Bater neles é o pior dos insultos, nessa idade, e eles têm razão em odiá-lo. Além disso, não funciona”.


        Sobre qual autoridade os adolescentes não deveriam ser açoitados,  Dr. Dobson? Por acaso devemos governar nossas vidas conforme a “vontade” dos adolescentes ou conforme a Bíblia nos ensina? Se os adolescentes se ressentem quando são tratados como crianças, então não deveriam agir como crianças. E se os açoites são o pior insulto para eles, então fica evidente que estes açoites funcionam de fato, detendo as ações rebeldes que merecem a vara. E, finalmente, ao dizer que “isso não funciona”, Dobson está chamando Deus mentiroso, conforme Provérbios 22:15: A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da correção a afugentará dela”. Deus diz que o castigo funciona e Ele não especifica uma idade limite, conforme Provérbios 19:18: Castiga o teu filho enquanto há esperança, mas não deixes que o teu ânimo se exalte até o matar. [Nota da Tradutora: Dos anos 1960 para cá, exatamente por causa dos livros de psicologia proibindo os castigos infantis, cresceu uma geração rebelde contra os pais e mestres, culminando no assassinato de pais e professores, conforme temos visto nos últimos anos].

        No livro de Dobson “When God Doesn’t Make Sense” [Quando Deus Não Faz Sentido] (de 1993), lemos: “Se Corrie Ten Boom perdoou um guarda da SS [nazista], o qual compactuou na responsabilidade pela morte dos membros de sua família (falsa analogia), certamente também podemos perdoar o Rei do Universo, por ter enviado o Seu Filho unigênito para morrer em reparação pelos nossos pecados.”

        O próprio fato de que alguém poderia ficar zangado com Deus, Aquele que não pode cometer erro algum, e é perfeito em todos os sentidos, e que teríamos necessidade de perdoá-Lo, é malignidade e blasfêmia contra o Seu caráter santo e justo! (Vejam a edição de março/abril 1995 da PsychoHeresy Awareness Letter  - “Dobson’s Blasphemies” [Boletim de Conscientização da Psico-Heresia - Blasfêmias de Dobson] - páginas 4-5, para uma análise completa sobre o livro de Dobson). Se alguém tem um ressentimento contra Deus por qualquer coisa, deveria arrepender-se. Como poderia um homem pecador “absolver Deus” de alguma coisa, uma vez que Ele não é culpado de nada? [Nota da Tradutora: Esta é uma teoria carismática, segundo a qual os crentes devem perdoar Deus de alguma “injustiça” da parte dEle, inclusive existe até um corinho falando sobre isso]. Como pode um homem desculpar Deus, quando ele nada fez para merecer desculpa? Como pode um homem perdoar Deus de alguma falta, quando Ele jamais poderia estar sob julgamento? Dobson reconhece que essa idéia de um homem perdoar Deus “pode soar quase blasfema”. Ora, ela não soa quase como blasfêmia; ela é tremendamente blasfema. Ela é ROMPANTEMENTE BLASFEMA! [Que grande “psicólogo cristão” é esse que não sabe discernir espiritualmente uma coisa tão simples?] (É de admirar que “When God Doesn’t Make Sense” tenha obtido dois prêmios da Evangelical Christian Publishing Association [Associação dos Publicadores Cristãos Evangélicos]: a comenda da Medalha de Ouro na categoria de O Viver Cristão e a do Christian Book of the Year [Almanaque Cristão do Ano].) [Nota da Tradutora: O mundo sempre festeja os falsos profetas, ao mesmo tempo em que apedreja os verdadeiros].

        *Constantemente citadas são as “boas obras” de Dobson sobre sua oposição ao aborto, à pornografia, etc., bem como o seu apoio a diversas causas morais, principalmente às causas familiares, como evidência do seu “fruto” espiritual, e, portanto, do seu Cristianismo bíblico. Contudo, o seu moralismo está alicerçado no Ecumenismo e, na maioria dos casos, totalmente desviado de Deus e dos básicos princípios bíblicos. Esta é a estratégia de que “os fins justificam os meios” [um slogan criado pelos jesuítas], a qual não é bíblica. Juntar-se aos ímpios, a fim de promover o moralismo (um sistema que de fato não é melhor do que o humanismo) não é o que a Bíblia convoca os cristãos a realizar. Não é tarefa nossa transformar a sociedade nem tentar cristianizar as instituições, nem pressionar os ímpios a viverem vidas santas, mas, em vez disso, retirar do mundo aqueles que aceitam o Evangelho, a fim de que possam viver totalmente para Deus.

        Testemunho na Focus on the Familiy, de 14/04/1992, numa propaganda no jornal “US Today”, num artigo de página inteira, intitulado “In Defense of a Little Virginity” [Em Defesa de um Pouco de Virgindade], no qual Dobson opinou:  “Vamos moralizar o comportamento do mundo” , sem tentar chegar à raiz de tudo que causa o mal - O PECADO! O anúncio promove abstinência da relação sexual antes do casamento a uma cultura sem Cristo, a qual não tem, portanto, as bases nem o poder de abstenção. Dobson parece ter sido tão apanhado no aspecto social das boas causas que tende a esquecer que a alma deve ser colocada antes do corpo. Ele acabou promovendo um evangelho moralista, social e psicológico, tipo classe média americana, o qual não tem o poder de salvar. Ele [o evangelho moralista] pode salvar o lar, a família, até a nação, mas certamente está atrapalhando o caminho para o verdadeiro evangelho. (Vejam também o registro em vídeo da Focus on the Family - "Sex, Lies & The Truth”[Sexo: Mentiras e Verdades] - outra produção mundana, “moralista”, a qual ignora o item pecado e, além de tudo, ignora a pornografia leve, como tendo o seu próprio direito. [Ver ainda a reportagem analisando a edição de Outubro/1995 da revista Focus on the Family, na qual a estrela da música rock CeCe Winas é apresentada em um anúncio, usando um decote baixo e a cintura nua. Pelo visto, Dobson acha que somente a pornografia pesada é que está errada].

        * Imagina-se como uma coisa deve ser obscena e vulgar para que Dobson possa desaprová-la. Em seu livro de 1998, “Preparing for Adolescence” [Preparando para Adolescência], obviamente destinado a pessoas de 10-13 anos de idade, Dobson diz: “ ... Precisamos falar claramente sobre o assunto do intercurso sexual... Estarei tratando vocês como adultos, sem desprezar qualquer assunto que lhes seja relevante”. Em seguida, Dobson prossegue descrevendo graficamente o ato e os sensações de um homem e uma mulher praticando o ato sexual (p. 82). (Será que o ato sexual é de fato um assunto relevante para quem está se preparando para a adolescência? Será que os pais gostariam que seus filhos lessem esse material?) Mesmo promovendo a abstinência no “Preparing for Adolescence”, Dobson sanciona a masturbação, descrevendo-a como uma “sensação excitante”, que alguém tem com a mesma, afirmando ser “uma parte normal na adolescência”. Além do mais, Dobson acredita que se esta não causa doença nem gera bebês, “não é tanto uma preocupação de Deus.” (ps 86-87).

        Dobson parece ter uma íntima e não crítica relação com a Igreja Católica Romana e sua agenda ecumênica:

a) - Nos anos 1980, Dobson ajudou a formar a Aliança Religiosa Contra a Pornografia, a qual incluía padres e bispos católicos romanos. O encontro aconteceu na Catedral de São Patrício. Dobson elogiou a unidade que esteve presente nessa reunião e declarou que “houve uma grande camaradagem entre os líderes principais de virtualmente todos os grupos religiosos” dos Estados Unidos (Focus on the Family, janeiro/1987). Sobre essa aliança disse Jerry Kirk: “Nunca antes eu havia visto católicos, protestantes, judeus, gregos ortodoxos e mórmons se reunirem com tanto acordo e cooperação sobre um assunto”. Também representados nesse encontro estavam: a National Association of Evangelicals  [Associação Nacional de Evangélicos], o Concílio Nacional de Igrejas, a Convenção Batista do Sul e os Carismáticos. Um arcebispo católico chamou essa aliança de “um milagre ecumênico”. (FBIS, 22/08/1998).

b) - Dobson tem dado freqüentes boas vindas aos católicos romanos e aos mórmons, em seu show radiofônico, saudando-os como sendo “a família de Deus”. Em 1989, ele ofereceu um calendário com um slogan peculiar aos mórmons: “As famílias são eternas”, o qual resume a doutrina mórmon da progressão das famílias seladas no templo mórmon (15/04/1991, Calvary Contender).

c) - Na edição de novembro de 1989 da revista infantil - Clubhouse - da Focus on the Familiy, uma sorridente Madre Teresa apareceu na capa, com um artigo principal intitulado “Teresa de Calcutá, Uma Pequena Mulher Com Um Grande Coração”. Os leitores dessa revista foram levados a imaginar que Madre Teresa foi uma legítima cristã do Novo Testamento, a qual estava realizando uma grande obra para Deus, através de sua missão das Irmãs de Caridade. Madre Teresa, na realidade, era uma panteísta da Nova Era, a qual considerava o Budismo, o Hinduísmo, o Islamismo e as demais religiões como sendo todas caminhos aceitáveis para Deus. Isso é um grande engano. Ela também pregava o falso evangelho sacramental de Roma, tendo dado a multidões de pessoas um falso conforto, encorajando-as a colocar suas esperanças nessas futilidades, tais como a missa católica romana e a Maria católica romana. É abominação para Deus que Dobson apresente essa mulher em sua revista.

d) - O protestante convertido ao Catolicismo, Scott Hann, Professor de Teologia na Universidade Franciscana, sendo um convidado muito popular nos programas de rádio através do país, começou uma entrevista gabando-se do fato de que sua Faculdade Católica tem impressionado evangélicos de liderança como James Dobson e Chuck Colson. Ele citou Dobson como tendo observado que “jamais havia visto um campus onde os estudantes levam o Senhor Jesus Cristo tão a sério”. Hann ainda acrescentou que Colson havia nomeado a Universidade Católica como membro da Evangelical College Coalition, [Coalizão de Faculdades Evangélicas] porque “ela é realmente uma universidade católica ortodoxa, tão evangélica como católica”!  (Fonte: Entrevista de Scott Hann - “Pittsburg Talks” WORD-FM, conforme registro na Berean Call de abril/1996).

e) - A edição de 8-14/03/1998 do National Catholic Register  [Registrador Católico Nacional] continha um artigo sobre os músicos católicos. Ele mencionou que os seguintes artistas que se movimentam nos círculos contemporâneos da música cristã são católicos romanos: John Michael Talbott, Kathy Triccoli, Tom Booth, Tony Melendez, Sarah Hart, Danny Langdon e Sheryl Crow. O artigo também observava que James Dobson e sua Focus on the Family têm endossado Kathy Triccoli e sua música. O National Catholic Register também destacava que Dobson endossa uma revista da juventude católica chamada “YOU”! (FBIS, 22/08/1998).

f) - O Dr. Joseph Nicolosi, um psicoterapeuta católico romano, foi o preletor principal numa conferência em novembro de 1998, patrocinada pela organização Focus on the Family, de Dobson. Dobson realizou mais duas conferências em 1999 (em 14/08/1999 e 06/11/1999), nas quais Nicolosi novamente se apresentou.

No princípio de 1993, o Rabino Howard Hirsch do Templo Shalom em Colorado Springs, e o bispo católico (da mesma cidade), Richard C. Hanifen, ficaram aborrecidos porque “Os jovens católicos e judeus estavam sendo evangelizados na escola”. Eles se encontraram com líderes “cristãos” em Colorado Springs (havia 72 associações “cristãs” nacionais e internacionais ali aquarteladas nesse tempo) e todos concordaram que essa evangelização era imprópria! Os estudantes cristãos foram censurados porque estavam tentando resgatar os seus colegas de uma eternidade sem Cristo! (TBC, novembro/1995). 

Mais tarde, em abril de 1993, uma “Aliança de Respeito Mútuo” foi redigida, na qual as partes concordavam em respeitar as crenças umas das outras, e a evitar a polarização. A Focus on the Family de Dobson (junto com Hirsch and Hanifen) foi a signatária desse acordo. (Imaginem Pedro, Tiago e João, quando proibidos de pregar pelo Sinédrio, assinando um acordo para cessar tais atividades, em respeito às diversas crenças dos cidadãos romanos!) A “Aliança” dizia que a rede de associações da área de Colorado "está defendendo uma forma inteiramente nova de Cristianismo socialista " (ou seja, um Ecumenismo para o ativismo social), e que os membros da organização "buscavam compartilhar insights [visões em profundidade] e aprender uns dos outros num espírito de boa vontade e respeito mútuo”, deixando sobreviver sua herança bíblica. “É nossa esperança e oração de que assim fazendo iremos prover um modelo positivo de discurso público que possa basear-se sobre os fundamentos de nossa herança comum judaico-cristã... Uma boa vontade em ouvir e aprender uns dos outros, para que afinal possamos manifestar o ministério da reconciliação”. Hanifen foi citado como dizendo que sua esperança para o futuro é “explorar todos os tipos de assuntos, a fim de aprender os valores das várias fés e como estas vêem a Escritura”. O que salta à vista é que Dobson não está apenas ignorando as diferenças fundamentais de crenças, a fim de que se unam em causas comuns, como tomou, agora o partido dos que silenciam o evangelho.

 

Biblical Discernment Ministries - Editor - Rick Miesel

rambdm@csinet.net

http://www.rapidnet.com/~jbeard/bdm/exposes/

Parte de uma reportagem de 25 páginas sobre James Dobson.

Traduzida por Mary Schultze, em 25/06/2007.







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