Henry W. Coray
Foi um privilégio do compilador deste livro, ter sido um dos alunos do
Seminário Teológico de Princeton, onde este grande homem figurava como um
gigante de mais de dois metros de altura, entre os estudiosos não somente da
sua época mas de qualquer época. Os leitores que estão questionando este tão
superlativo elogio, devem reservar o seu juízo até finalizarem esta leitura
sobre este gênio entre os gênios, que, dentre outras coisas, passou anos
pesquisando 10.000 documentos em muitas línguas para provar que o Dr. Driver da
Universidade de Oxford, estava errado na sua tentativa de mostrar que o livro
do profeta Daniel não era digno de confiança.
O Professor Robert Dick Wilson, M.A., Ph. D., Pricenton, que faleceu em 1930,
era um ardoroso defensor da doutrina da inspiração verbal das Escrituras
Sagradas, e afirmava, com justiça, que era um perito em todas as questões
envolvidas nesta doutrina. Através de longos anos de contínuo estudo, ele
dominou todas as antigas línguas e dialetos necessários para a leitura dos
manuscritos da Bíblia. Para que pudesse aprender a língua falada na Babilônia,
que não era ensinada em nenhuma universidade americana, ele teve que viajar
para a Alemanha, para que pudesse estudar na Universidade de Heidelberg. Ao
estudo da língua da Babilônia ele acrescentou a língua da Etiópia, o fenício,
vários dialetos aramaicos, e assim por diante, até que conseguiu dominar 45
línguas e dialetos.
No seu livro, “Há Erudição por parte da Alta Crítica?”, ele escreve: “lembro do
dia quando comecei a pesquisar a Bíblia com temor e tremor – pensando no que
poderia descobrir – mas agora todo o temor já passou.”
.
Robert Dick Wilson (1856-1930)
A Biografia que segue foi escrita pelo Reverendo Henry W. Coray, autor das
biografias em Valentes da Verdade. Ele é pastor da Igreja
Presbiteriana Ortodoxa em Glenside, Pensilvânia, e graduado no Seminário
Teológico de Westminster.
Dizem que “grandes tarefas exigem homens de grande preparo.” Um exemplo notável
seria o de Moisés, que investiu dois terços da sua carreira de cento e vinte
anos, queimando os neurônios do seu intelecto e do seu ser, para o terço
restante e árduo [da sua vida]. Um exemplo moderno seria Robert Dick Wilson.
Wilson fez o seu curso de graduação na Universidade de Princeton, concluindo-o
em 1876. Deu prosseguimento para obter M.A. e Ph. D., intercalando dois anos na
Universidade de Berlin, aprofundando seus estudos de pós-graduação. Ele
ministrou cursos do Antigo Testamento no Seminário Teológico de Petersburgo, e
voltou a Princeton, aonde ele ganhou fama internacional como estudioso e
defensor da histórica fé cristã.
Quando o liberalismo tomou conta do seminário de Princeton em 1929, ele
juntamente com J. Gresham Machen, Oswald Ailis, CorneliusVan Til, e outros,
retiraram-se para estabelecer o Seminário Westminster na Filadélfia.
O Dr. Wilson era tão versado em línguas semíticas que ele tinha intimidade com
cerca de quarenta delas, por incrível que possa parecer. O seu livro, Scientific
Investigation of the Old Testament (Investigação Científica do Antigo
Testamento), é reputado como um clássico nesse importante ramo da teologia. Um
dos seus opúsculos, Is Higher Criticism Scholarly? (Há Erudição Por Parte
da Alta Crítica?), deu um golpe devastador na destrutiva posição dos críticos da
Bíblia, e tem sido publicado em nove línguas diferentes.
A sua maior contribuição para a erudição cristã foi no livro de Daniel. Dois
volumes contêm uma compilação de uma dúzia de tratados sobre essa profecia,
reunidos de artigos anteriormente impressos em periódicos e jornais.Estes
representam o mais alto nível de erudição.
“São homens como Wilson,” diz Dr. Edward Young, “homens que não temeram o
trabalho árduo, que não evitaram os problemas difíceis, e que desejaram travar
batalha com os inimigos; são esses homens que Deus tem usado para edificar a
Sua igreja.”
A atitude pessoal de Robert Dick Wilson para com os assaltos feitos pela crítica
destrutiva pode ser resumida nas suas próprias palavras:
“Tenho como um costumeiro hábito, nunca aceitar uma objeção a uma declaração do
Antigo Testamento, sem submetê-la à mais radical investigação, lingüisticamente
e factualmente. . . .Se alguém crê na probabilidade ou certeza de elementos
miraculosos onde Deus está agindo, mas não crê nas reinvidicações da Bíblia de
ser esta uma revelação divina, alegando evidências históricas, científicas, ou
filosóficas, considero meu dever fazer o meu melhor, para mostrar que esta
alegada evidência é irrelevante, não conclusiva, e falsa.”
Um dos momentos mais marcantes na experiência dos seus alunos ocorreu quando,
depois de uma dissertação sobre a completa confiabilidade das Escrituras, o
renomado erudito disse com lágrimas: “Jovens, há muitos mistérios nessa vida
que não pretendo entender, muitas coisas difíceis de se explicar. Mas posso
dizer-lhes nesta manhã, com a mais profunda certeza, que 'Jesus me ama, e sei
disso porque a Bíblia assim o diz.'”
Deixemos Dr. Wilson falar por si mesmo. O que se segue são seleções feitas de
uma palestra proferida pelo mesmo sobre - O que é um especialista?
“Se um homem é chamado de especialista, a primeira coisa a ser feita é estabelecer
o fato de que ele realmente o é. Um especialista pode valer mais do que um
milhão de outras testemunhas que não são. Antes de um homem ter o direito de
falar sobre a história, a língua, e a paleografia do Antigo Testamento, a
igreja cristã tem o direito de exigir que tal especialista deva estabelecer a
sua habilidade de assim o fazer.”
“Por quarenta e cinco anos a fio, desde que sai da faculdade, tenho me devotado
ao extraordinário estudo do Antigo Testamento, em todas as suas línguas, em
toda a sua arqueologia, em todas as suas traduções, e até aonde for possível,
em tudo que diz respeito ao seu texto e história. Falo assim, para que possam
ver porque tenho permissão e posso falar como um especialista. Posso
acrescentar que o resultado desses quarenta e cinco anos de estudo da Bíblia
tem me levado todo o tempo a uma fé mais firme de que no Antigo Testamento
temos um verdadeiro relato preciso da história do povo de Israel; e tenho o
direito de encomendar isto para alguns daqueles homens e mulheres brilhantes
que pensam que podem rir do cristão antigo e da sua fé na Palavra de
Deus.”
“Temos observado que os críticos da Bíblia vão até ela apenas para achar algum
erro, têm uma maneira muito peculiar de reivindicar para si todo o conhecimento
e virtude, e todo o amor pela verdade. Uma das suas frases favoritas é: 'Todos os
estudiosos concordam.' Quando alguém escreve um livro e procura ganhar destaque
dizendo 'Todos os estudiosos concordam', eu quero saber quem são esses
estudiosos e porque eles concordam. Para começar, aonde eles adquiriram suas
evidências?”
“Lembro que há alguns anos atrás eu estava investigando a palavra 'Baca', que
temos na Bíblia em inglês – 'Passing through the valley of Baca, make it a
well.' [Que, passando pelo vale de Baca, faz dele uma fonte;] (Salmo 84:6a –
ACF em Português). Encontrei no dicionário de hebraico que havia um viajante
chamado Burkhart, que disse que 'Baca' significava amoreiras. Isso não era
muito elucidativo. Não via como amoreiras poderiam ter alguma relação com água.
Verifiquei todas as autoridades no assunto, tanto na Alemanha como na
Inglaterra, desde o tempo de Burkhart, e pude observar que eles apenas seguiam
Burkhart. Havia apenas um pesquisador por trás disto! Quando estive viajando
pelo oriente, percebi que tínhamos aqui e ali uma água deliciosa. A água
jorrava aparentemente do solo, no meio do deserto. Perguntei ao meu irmão, que
era um missionário, de onde vinha essa água. Ele disse: “Eles trazem esta água
das montanhas. É um aqueduto subterrâneo. Eles usam uma proteção para prevenir
que a água evapore.” E o nome daquele aqueduto era Baca.
“Meu objetivo é que possais ter a capacidade de traçar essa concordância de
opinião entre os estudiosos até aquele que propôs a declaração, e então
descobrir se aquilo que o estudioso disse é verdade. Qual foi o fundamento da
sua declaração?”
“Tenho declarado ser um especialista. Tenho eu o direito de fazê-lo? Bem,
quando estava no seminário costumava ler meu Novo Testamento em nove línguas
diferentes. Decorei o hebraico de maneira que podia recitar sem a falta de uma
sílaba; e assim fiz com Davi, Isaías, e outras porções das Escrituras. Assim
que colei grau no seminário, tornei-me professor de hebraico por um ano e então
fui para a Alemanha.Quando cheguei em Heidelberg tomei uma decisão. Decidi – e
o fiz em oração – consagrar a minha vida ao estudo do Antigo Testamento. Tinha
então vinte e cinco anos; baseando-me na vida dos meus ancestrais, julguei que
viveria até os setenta; então teria quarenta e cinco anos para trabalhar.
Dividi isso em três partes. Nos primeiros quinze anos eu me devotaria ao estudo
das línguas necessárias. Nos outros quinze, me dedicaria ao estudo do texto do
Antigo Testamento; e reservaria os quinze anos restantes para documentar os
resultados dos meus estudos prévios e das minhas investigações, de maneira que
as pudesse deixar para o mundo. E o Senhor tem me capacitado para executar esse
plano por quase um ano.”
“A maioria dos nossos alunos costumavam ir para a Alemanha, e ouviam
catedráticos darem aulas que eram o resultado dos suas próprios trabalhos. Os
alunos aceitavam tudo porque foi o professor que disse. Fui lá para estudar de
modo que não houvesse professor na terra que ditasse as leis para mim, ou
dissesse algo que eu não pudesse investigar a evidência que baseava o que fora
dito”.
“Agora considero que para investigar uma evidência era necessário, primeiro de
tudo, saber a língua na qual a evidência estava baseada. Então fui a Berlin, e
dediquei-me quase que inteiramente ao estudo das línguas que tinham relação com
a Bíblia; como também decidi que iria aprender todas as línguas que pudessem
esclarecer o hebraico, todas as línguas cognatas, como também todas as línguas
para as quais a Bíblia houvera sido traduzida até 600 A.D., de maneira que eu
pudesse investigar o texto por mim mesmo.”
“Tendo feito isso, posso dizer-me um especialista. Desafio qualquer homem que
faça um ataque ao Antigo Testamento, com base em evidências que eu não possa
investigar. Posso chegar aos fatos se eles forem lingüistas. Se souber alguma
língua que eu não conheça, eu a aprenderei. Agora vou mostrar-lhes alguns dos
resultados.”
“Depois de ter aprendido as línguas necessárias, comecei a investigar cada
consoante do Antigo Testamento hebraico. Há cerca de um milhão e duzentos
delas; e levou anos até que concluísse a minha tarefa. Tive de ler todo o
Antigo Testamento verificando cada consoante deste; tive também que observar as
variantes do texto, até onde pudessem ser encontradas nos manuscritos, ou nas
notas dos Massoretas (os Massoretas eram um grupo de judeus eruditos que tinham
a função de transmitir o que acreditavam ser o verdadeiro texto do Antigo
Testamento) ou nas várias versões, ou em passagens paralelas, ou nas emendas conjecturadas pelos críticos; então eu tinha que classificar os resultados.
Estimo muito esta forma de pesquisa textual; porque o meu plano tem sido
reduzir a crítica do Antigo Testamento a uma ciência absolutamente objetiva;
algo que possa ser baseado em evidência, e não em mera opinião. Dificilmente
faço uma declaração que seja baseada apenas na minha crença subjetiva.”
“Para tornar-se um perito textual deste nível é necessário ser mestre em
paleografia (ciência que lida com escritas antigas) e filologia; ter um
conhecimento exato de uma dúzia de línguas, no mínimo, de maneira que cada
palavra possa ser examinada cuidadosamente. Para determinar o verdadeiro texto
do Antigo Testamento é necessário saber tudo concernente à doutrina e história
bíblicas.”
“O resultado daqueles trinta anos de estudo que dediquei ao texto foi este:
posso afirmar que não há uma só página do Antigo Testamento sobre a qual
possamos ter qualquer dúvida. Podemos estar absolutamente certos que
substancialmente temos o texto do Antigo Testamento que Cristo e os apóstolos
tiveram, e que existiu desde o princípio.”
“Gostaria de dar alguns outros exemplos da verdadeira crítica da Bíblia. Posso
lembrar de quando se pensava que era inútil lermos as longas genealogias
encontradas nos primeiros capítulos de Primeiro Crônicas – nove capítulos de
nomes próprios. Mas hoje, na crítica científica do Antigo Testamento, os nomes
próprios são da mais profunda importância. A maneira pela qual foram escritos –
de fato, tudo relacionado a estes – tornou-se um dos verdadeiros fundamentos sobre
os quais estão edificados a crítica científica do Antigo Testamento.”
“Vejamos o seguinte caso: Há vinte e nove reis antigos cujos nomes são
mencionados, não só na Bíblia, mas também em monumentos das suas respectivas
épocas; muitos deles sob suas próprias supervisões. Há cento e noventa e cinco
consoantes nestes vinte e nove nomes próprios. Ainda assim podemos ver que nos
documentos do Antigo Testamento há apenas duas ou três, nestas cento e noventa
e cinco consoantes, sobre as quais haja alguma questão quanto à exatidão na
maneira como estão escritas nos seus próprios monumentos. Algumas destas têm
dois mil anos, algumas quatro mil; e estão de tal forma escritas, que cada
letra está claramente correta. Isto é certamente maravilhoso.”
“Compare esta precisão com outras escritas. Tenho sido acusado de não fazer
alusão aos escritos clássicos com mais freqüência no meu livro a respeito de
Daniel. Aqui está a razão – pegue a lista feita pelo maior erudito da sua
época, o bibliotecário em Alexandria no ano 200 A.C. Ele compilou um catálogo
dos reis do Egito, ao todo trinta e oito; de todos estes, apenas três ou quatro
são identificáveis. Ele também fez uma lista dos reis da Assíria; em apenas um
caso podemos identificar de quem se trata; e ainda assim, este não está escrito
corretamente. Ou tomemos [como exemplo] Ptolomeu, que catalogou dezoito dos
reis da Babilônia. Nenhum deles está corretamente escrito; não se poderia
descobrir de modo nenhum a quem ele se referia, a não ser que o soubéssemos
através de outras fontes. Se alguém fala contra a Bíblia, pergunte-lhe a
respeito dos reis mencionados nela. Há vinte e nove reis do Egito, Israel,
Moabe, Damasco, Tiro, Babilônia, Assíria, e Pérsia, nela referidos; e dez
países diferentes entre estes vinte e nove. Todos estes estão incluídos tanto
nos relatos bíblicos como nos monumentos. A Bíblia dá o nome correto de cada um
destes, o país correto, e os coloca na ordem cronológica correta. Pense no que
isto significa!”
“Aqui está ainda um outro caso no qual se necessita do labor dos estudiosos.É
um consenso dos críticos que a presença de palavras em aramaico (o aramaico era
uma língua da Mesopotâmia e terras adjacentes) nos livros do Antigo Testamento
fornece um indício da data dos mesmos. Cheguei à conclusão de que os críticos
diziam muita coisa a respeito dos aramaísmos que eles não podiam substanciar.
Então peguei um dicionário de hebraico e o examinei desde a primeira, até a
última palavra, e juntei os resultados. Então peguei o aramaico e fiz o mesmo.
Compilei uma lista das palavras mais relevantes e as comparei com as palavras
da língua babilônica.
"Continuando a investigação de forma científica descobri, que de fato, é muito
fraco o argumento criado sobre a presença de aramaísmos no Antigo Testamento.
Existe apenas cinco ou seis dessas palavras, em todo o livro, que dificilmente
poderíamos considerá-las duvidosas. A verdade é que no século passado não se
conhecia [bem] a língua da Babilônia; e quando se encontrava uma forma de
substantivo ou verbo, no Antigo Testamento, que não se adequava ao hebraico,
diziam então que era aramaico, e que o livro que a continha, era de uma data
posterior do que se acreditava.
"Mas desde então, Deus nos tem dado entendimento da língua babilônica,
levando-nos ao seguinte resultado: certos substantivos aramaicos terminam em
OOTH ( rimando com 'booth' em inglês) e pensava-se que isto era peculiar a essa
língua. Porém agora sabemos que isso é encontrado tanto na língua babilônica
como em hebraico. Os registros babilônicos nos levam à uma época antes de
Abraão; e daí em diante, até o reino da Babilônia chegar ao fim, encontramos a
ocorrência desta terminação nos substantivos. Assim, o fundamento do velho
argumento caiu por terra.”
“Terminando, gostaria de chamar a atenção para o fato que enquanto o estudo dos
sistemas religiosos dos povos antigos tem mostrado que havia entre eles uma
busca de Deus, em lugar algum pode ser visto que eles conseguiram alcançar um
claro entendimento do Único Deus Verdadeiro, Preservador, Juiz, Salvador e
Santificador do Seu povo. As suas religiões eram de caráter exterior; a
religião do Antigo Testamento é essencialmente da mente e coração, uma religião
de amor, alegria, fé, esperança, e salvação através da graça de Deus. Como
podemos explicar isso?
“Os profetas de Israel declararam que os seus ensinamentos vieram de Deus. A
escola crítica moderna é antagônica a esta declaração. Eles dizem que os
profetas expressaram as idéias das suas respectivas épocas, e que estavam
limitados pelas situações em que viviam. Mas se é assim, como pode ter sido que
tão grandes mensagens de esperança e salvação tenham vindo dos apriscos e dos
lares humildes de Israel, e não dos oráculos de Tebas e Menfis, nem de Delfos e
Roma, nem da Babilônia, nem dos desertos da Média? Uma das poderosas declarações
das Escrituras é: 'Deus conosco'; esta é a chave que desvenda os misteriosos
labirintos do Antigo Testamento, e nos abre o seu rico e permanente tesouro.”
“O recém falecido P.J. Willoughby, antigo presidente do Sovereign Grace Union,
escreveu: - Em tempos recentes, muitos eruditos têm tentado desacreditar a
Palavra [de Deus] escrita, especialmente do Antigo Testamento. Muitos outros
eruditos de reputação, entretanto, têm descoberto que as evidências sobre as
quais as críticas daqueles estão baseadas, são de extrema insignificância. O
antigo Professor Dick Wilson, era um homem de grande erudição. Com a idade de
vinte e cinco anos, ele lia o Novo Testamento em nove línguas diferentes. Podia
repetir de memória uma tradução em hebraico de todo o Novo Testamento, sem
perder uma só sílaba. Podia fazer igualmente o mesmo com grandes porções do
Antigo Testamento. Ele diz: 'por quarenta e cinco anos, continuamente, desde
que deixei a faculdade, tenho me dedicado ao estudo do Antigo Testamento em
todas as suas línguas, em toda a sua arqueologia, em todas as suas versões, e
tanto quanto possível, tudo que diz respeito ao seu texto e história.' Ele era
familiarizado com cerca de quarenta e cinco línguas e dialetos. Ele
provavelmente sabia mais a respeito do Antigo Testamento, e sobre tudo
relacionado com o mesmo, mais do que todos os críticos destrutivos juntos.”
“Professor Wilson, tendo examinado cabalmente e por longo tempo as evidências
sobre as quais os críticos destrutivos baseiam as suas críticas, concluiu que
eram desprezíveis. Mas quanto às evidências a favor da posição ortodoxa ele
escreve: 'A evidência que possuímos me tem convencido que “Havendo Deus
antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas,”
e que o Antigo Testamento em hebraico, “sendo inspirado por Deus,” tem “por
Seus singulares cuidados e providência sido preservado puro em todas as
épocas.'”
(Já que Dr. Wilson lidou primariamente com o Antigo Testamento, podemos
perguntar, “Que suporte os estudos do Dr. Wilson dão ao Texto Recebido em
relação ao Novo Testamento em particular?” A resposta é óbvia. Dr. Wilson tinha
na mais alta estima o Texto Massorético; isto é, o cânon do Antigo Testamento
de 39 livros que, através dos séculos, foi transcrito com meticulosa precisão
pelos massoretas. Estes estudiosos foram escolhidos com extremo cuidado pela
nação judaica, para manter pura e intacta as sagradas Escrituras que lhes foram
dadas por Deus no princípio. Sendo o texto Massorético que forma parte do Texto
Recebido ou Textus Receptus.)
Traduzido por Euclides Vilar de Azevedo
Só use as duas Bíblias traduzidas rigorosamente por equivalência formal a partir do Textus Receptus (que é a exata impressão das palavras perfeitamente inspiradas e preservadas por Deus), dignas herdeiras das KJB-1611, Almeida-1681, etc.: a ACF-2011 (Almeida Corrigida Fiel) e a LTT (Literal do Texto Tradicional), que v. pode ler e obter em BibliaLTT.org, com ou sem notas).
(Copie e distribua ampla mas gratuitamente, mantendo o nome do autor e pondo link para esta página de http://solascriptura-tt.org)
Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por fieis): BKJ-1611 ou LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, com notas para estudo) na bvloja.com.br. Ou ACF, da SBTB.