Pastor Antônio Fonseca
● O método mais eficiente para se
identificar uma seita é conhecer os quatro caminhos seguidos por elas, ou seja,
o da adição, subtração, multiplicação e divisão. As seitas conhecem as
operações matemáticas, contudo, nunca atingem o resultado satisfatório.
● 1°. Adição: O Grupo Adiciona Algo à
Bíblia. Sua fonte de autoridade não leva em consideração somente a Bíblia. Por
exemplo:
Adventismo do Sétimo Dia. Seus adeptos têm os
escritos de Ellen White como inspirados tanto quanto os livros da Bíblia.
Declaram: Cremos que: Ellen White foi inspirada pelo Espírito Santo, e seus
escritos, o produto dessa inspiração, têm aplicação e autoridade especial para
os adventistas do sétimo dia. Negamos que a qualidade ou grau de inspiração dos
escritos de Ellen White sejam diferentes dos encontrados nas Escrituras
Sagradas. Essa alegação é altamente comprometedora. Diversas profecias escritas
por Ellen White não se cumpriram. Isso põe em dúvida a alegação de inspiração e
sua fonte.
As Testemunhas de Jeová crêem que somente com a
mediação do corpo governante (diretoria das Testemunhas de Jeová, formada por
um número variável entre nove a 14 pessoas, nos EUA), a Bíblia será entendida.
Declaram: Meramente ter a Palavra de Deus e lê-la não basta para adquirir o
conhecimento exato que coloca a pessoa no caminho da vida.8 A menos que
estejamos em contato com este canal de comunicação usado por Deus, não
avançaremos na estrada da vida, não importa quanto leiamos a Bíblia. Essa
afirmação iniciou-se com o seu fundador, Charles Taze Russell. Ele afirmava que
seus livros explicavam a Bíblia de uma forma única. A Bíblia fica em segundo
plano nos estudos das Testemunhas de Jeová. E usada apenas como um livro de
referência. A revista A Sentinela tem sido seu principal canal para propagar suas
afirmações. O candidato ao batismo das Testemunhas de Jeová deve saber
responder a aproximadamente 125 perguntas. A maioria nega a doutrina bíblica
evangélica. Certamente, com a literatura das Testemunhas de Jeová, é impossível
compreender a Bíblia. Somente a Palavra de Deus contém ensinos que conduzem à
vida eterna. Adicionar-lhe algo é altamente perigoso! (Ap 22.18-19).
Nessa mesma linha estão os mórmons, que dizem
crer na Bíblia, desde que sua tradução seja correta. Ensinam:Cremos ser a
Bíblia a palavra de Deus, o quanto seja correta sua tradução; cremos também ser
o “Livro de Mórmon” a palavra de Deus (Artigo 8º das Regras de Fé).
Eles acham que o “Livro de Mórmon” é mais
perfeito do que a Bíblia. Declarei aos irmãos que o Livro de Mórmon era o mais
correto de todos os livros da terra, e a pedra angular da nossa religião
(“Ensinamentos do Profeta Joseph Smith”, p. 178). Outros livros também são
considerados inspirados: “Doutrina e Convênios” e “A Pérola de Grande Valor”.
Usam também a Bíblia apenas como livro de referência. Se dissermos aos mórmons
que temos a Bíblia e não precisamos do “Livro de Mórmon”, eles responderão com
esse livro: Tu, tolo, dirás: uma Bíblia e não necessitamos mais de Bíblia!
Portanto, porque tendes uma Bíblia, não deveis supor que ela contém todas as
minhas palavras; nem deveis supor que eu não fiz com que se escrevesse mais
(LM-2 Néfi 29.9-10). Citam as variantes textuais dos manuscritos como argumento
de que a Bíblia não seja fidedigna. Ignoram, porém, que a pesquisa bíblica tem
demonstrado a fidedignidade da Palavra de Deus.
Os Meninos de Deus (A Família) dizem que é
melhor ler os ensinamentos de David Berg, seu fundador, do que ler a Bíblia. E
quero dizer-vos francamente: se há uma escolha entre lerem a Bíblia, quero dizer-vos
que é melhor lerem o que Deus diz hoje, de preferência ao que disse 2000 ou
4000 anos atrás! Depois, quando acabarem de ler as últimas Cartas de MO podem
voltar e ler a Bíblia e as Cartas velhas de MO! (“Velhas Garrafas” – MO, julho,
1973, p. 11 n. 242-SD). Práticas abomináveis, segundo a moral bíblica, são
justificadas com a Bíblia.
A Igreja da Unificação, do Rev. Moon, julga ser
seu “Princípio Divino de inspiração mais elevado do que a Bíblia.A Bíblia… não
é a própria verdade, senão um livro de texto que ensina a verdade. … Portanto,
não devemos considerar o livro de texto como absoluto em todos os detalhes (“O
Princípio Divino”, Introdução, p. 7). Outro exemplo da conseqüência de
abandonar as Escrituras é observado nesse movimento. Além da Bíblia, rejeitam
também o Messias e seguem um outro senhor.
Os Kardecistas não têm a Bíblia como base, mas a
doutrina dos espíritos, codificada por Allan Kardec. Usam umoutro Evangelho
conhecido como “O Evangelho Segundo o Espiritismo”. Dizem: Nem a Bíblia prova coisa
nenhuma, nem temos a Bíblia como probante. O Espiritismo não é um ramo do
Cristianismo como as demais seitas chamadas cristãs. Não assenta os seus
princípios nas Escrituras. Não rodopia junto à Bíblia. Mas a nossa base é o
ensino dos espíritos, daí o nome-Espiritismo (“A Margem do Cristianismo”, p.
214). Procuram interpretar as parábolas e ensinos de Jesus Cristo segundo uma
perspectiva espírita e reencarnacionista. A Palavra de Deus é bem clara quanto
às atividades espíritas e suas origens.
A Igreja de Cristo Internacional (Boston)
interpreta a Bíblia segundo a visão de Kipp Mckean, o seu fundador. Um sistema
intensivo de discipulado impede outras interpretações. Qualquer resistência do
discípulo, referindo-se à instrução, desencadeará uma retaliação social.
Resposta Apologética:
O apóstolo Paulo diz que as Sagradas Letras
tornam o homem sábio para a salvação pela fé em Jesus (2 Tm 3.15); logo, se
alguém ler a Bíblia, somente nela achará a formula da vida eterna: crer em
Jesus. A Bíblia relata a história do homem desde a antigüidade. Mostra como ele
caiu no lamaçal do pecado. Não obstante, declara que Deus não o abandonou, mas
enviou seu Filho Unigênito para salvá-lo. Assim, lendo a Bíblia, o homem saberá
que sem Jesus não há salvação. Ele não procurará a salvação em Buda, Maomé,
Krishna ou algum outro, nem mesmo numa organização religiosa; pois a Bíblia é
absoluta e verdadeira ao enfatizar que a salvação do homem vem exclusivamente
por meio de Jesus (Jo 1.45; 5.39-46; Lc 24.27, 44; At 4.12;10.43;16.30-31; Rm
10.9-10).
● 2°.Subtração: O grupo tira algo da
pessoa de Jesus.
A Maçonaria vê Jesus simplesmente como mais um
fundador de religião, ao lado de personalidades mitológicas, ocultistas ou
religiosas, tais como, Orfeu, Hermes, Trimegisto, Krishna, (o deus do
Hinduísmo), Maomé (profeta do Islamismo), entre outros. Se negarmos o
sacrifício de Jesus Cristo a sua vida, estaremos negando também a Bíblia que o
menciona como Messias (Is 7.14 – Mt 1.21-23; Dn 7.13-14). Ou cremos
integralmente na Palavra de Deus como revelação completa e, portanto, nas
implicações salvíficas que há em Jesus Cristo, ou a rejeitamosintegralmente.
Não há meio termo.
A Legião da Boa Vontade (LBV) subtrai a natureza
humana de Jesus, dizendo que Jesus possui apenas um corpo aparente ou fluídico,
além de negar sua divindade, dizendo que ele jamais afirmou que fosse Deus.
Jesus não poderia nem deveria, conforme as
imutáveis Leis da Natureza, revestir o corpo material do homem do nosso
planeta, corpo de lama, incompatível com sua natureza espiritual, mas um corpo
fluídico (“Doutrina do Céu da LBV”, p. 108).
Agora, o mundo inteiro pode compreender que,
Jesus, o Cristo de Deus, não é Deus nem jamais afirmou que fosse Deus
(“Doutrina do Céu da LBV”, p. 112).
Outros grupos também subtraem a divindade de
Jesus: as Testemunhas de Jeová dizem que Ele é o arcanjo Miguel na sua
preexistência, sendo a primeira criação de Jeová.
Os adventistas ensinam que Jesus tinha uma
natureza pecaminosa, caída. Dizem, Santificar o sábado ao Senhor importa em
salvação eterna (“Testemunhos Seletos”, vol. III, p. 22 – 2ª edição, 1956).
Os Kardecistas ensinam que Jesus foi apenas um
médium de Deus. Dizem que Segundo definição dada por um Espírito, ele era
médium de Deus (“A Gênese”, p. 311).
Resposta Apologética:
A Bíblia ensina que Jesus é Deus (Jo 1.1; 20.28;
Tt 2.13; 1 Jo 5.20 etc.). Assim sendo, não pode ser equiparado meramente a
seres humanos ou mitológicos, nem mesmo com os anjos, que o adoram (Hb 1.6). A
Bíblia atesta a autêntica humanidade de Jesus, pois nasceu como homem (Lc 2.7),
cresceu como homem (Lc 2.52), sentiu fome (Mt 4.2), sede (Jo 19.28), comeu e
bebeu (Mt 11.19; Lc 7.34), dormiu (Mt 8.24), suou sangue (Lc 22.44) etc. Foi
gerado pelo Espírito Santo no ventre da virgem Maria, sendo portanto, santo,
inocente e imaculado (Hb 7.26). É verdadeiramente Deus (Jo 5.18; 10.39-33; 1 Jo
5.20) e verdadeiramente homem (Lc 19.10).
● 3°.Multiplicação: Pregam a
auto-salvação. Crer em Jesus é importante, mas não é tudo. A salvação é pelas
obras. Às vezes, repudiam publicamente o sangue de Jesus:
A Seicho-No-Ie nega a eficácia da obra redentora
de Jesus e o valor de seu sangue para remissão de pecados, chegando a dizer que
se o pecado existisse realmente, nem os budas todos do Universo conseguiriam
extingui-lo, nem mesmo a cruz de Jesus Cristo conseguiria extingui-lo.
Os mórmons afirmam crer no sacrifício expiatório
de Jesus, mas sem o cumprimento das leis estipuladas pela Igreja não haverá
salvação. Outro requisito foi exposto pelo profeta Brigham Young, que disse:
Nenhum homem ou mulher nesta dispensação entrará no reino celestial de Deus sem
o consentimento de Joseph Smith. O Homem tem de fazer o que pode pela própria
salvação (“Doutrinas de Salvação”, p. 91, volume III, Joseph Fielding Smith).
Por isso, eles têm grande admiração por Smith.
Os adventistas, por meio de sua profetisa Ellen
Gould White, ensinam que a guarda do sábado implica salvação e que os
benefícios da morte de Cristo nos serão aplicados desde que estejamos vivendo
em harmonia com a lei, que, no caso, é guardar o sábado. Santificar o sábado ao
Senhor importa em salvação eterna (“Testemunhos Seletos”, vol. III, p. 22 – 2ª
edição, 1956).
Doutrinas semelhantes são ensinadas pela Igreja
da Unificação do Rev. Moon, que desdenha os cristãos por acharem que foram
salvos pelo sangue que Jesus verteu na cruz, chegando a dizer que os que assim
ensinam estão enganados. Dizem: Como tem sido vasto o número de cristãos,
durante os 2000 anos de história cristã, que tinham plena confiança de terem
sido completamente salvos pelo sangue da crucifixão de Jesus!
As Testemunhas de Jeová ensinam que a redenção
de Cristo oferece apenas a oportunidade para alguém alcançar sua própria
salvação por meio das obras. Jesus simplesmente abriu o caminho. O restante é
com o homem. Uma de suas obras diz: Trabalhamos arduamente com o fim de obter
nossa própria salvação.14 Outra declaração: Somos salvos por mais do que apenas
crer na mensagem do Reino de todo o nosso coração; também temos de declarar
publicamente esta mensagem do reino a outros, para que estes também possam ser
salvos para o novo mundo de Deus (“Do Paraíso Perdido ao Paraíso Recuperado”,
p. 249 STV).
Resposta Apologética:
A Bíblia declara que todo aquele que nega a
existência do pecado está mancomunado com o diabo, o pai da mentira (Jo 8.44 comparado
com 1 Jo 1.8). A eficácia do sangue de Cristo para cancelar os pecados nos é
apresentada como a mensagem central da Bíblia. E a base do perdão dos pecados
(Ef 1.7; 1 Jo 1.7-9; Ap 1.5).
Com respeito à salvação pelas obras, a Bíblia é
clara ao ensinar que somos salvos pela graça, por meio da fé, e isso não vem de
nós, é dom de Deus, não vem das obras, para que ninguém se glorie (Ef 2.8-9).
Praticamos boas obras não para sermos salvos, mas porque somos salvos em Cristo
Jesus, nosso Senhor.
As obras são o resultado da salvação, não o seu
agente. O valor das obras está em nos disciplinar para a vida cristã (Hb
12.5-11; 1 Co 11.31-32). Paulo declara em Cl 2.14-17 que o sábado semanal fazia
parte das ordenanças da lei que foram cravadas na cruz e que não passavam de
sombras, indicando assim que o verdadeiro descanso encontramos em Jesus (Mt
11.28-30).
● Divisão: Dividem a fidelidade entre Deus
e a organização. Desobedecer à organização ou à Igreja equivale a desobedecer a
Deus. Não existe salvação fora do seu sistema religioso da própria organização
ou igreja.
Quase todas as seitas pregam isso, sobretudo as
pseudocristãs, que se apresentam como a restauração do Cristianismo primitivo,
que, segundo ensinam, sucumbiu à apostasia, afastando-se dos verdadeiros
ensinos de Jesus. Acreditam que, numa determinada data, o movimento apareceu
por vontade divina para restaurar o que foi perdido. Daí a ênfase de
exclusividade. Outras, quando não pregam que não integram o Cristianismo
redivivo, ensinam que todas as religiões são boas, e que a sua somente será
responsável por unir todas as demais. Dizem que segundo o plano de Deus ela foi
criada para esse fim, como é o caso da fé Bahá’í e outros movimentos ecléticos.
Resposta Apologética:
O ladrão arrependido ao lado de Jesus na cruz
entrou no Céu sem ser membro de nenhuma dessas seitas (Lc 23.43), pois o
pecador é salvo quando se arrepende (Lc 13.3) e aceita a Jesus como Salvador
único e pessoal (At 16.30-31). Desse modo, ensinar que uma organização
religiosa possa salvar é pregar outro evangelho (2 Co 11.4; Gl 1.8). Isso
implica dividir a fidelidade a Deus com a fidelidade à organização e tira de
Jesus a sua exclusividade de conduzir-nos ao Pai (Jo 14.6). Não há salvação sem
Jesus (At 4.12; 1 Co 3.11).
● A salvação só vem por meio de Cristo (At
4.12; Jo 3.36; Jo 5.24; Jo 20.31; At 10.43; I Ts 5.9 etc.).
● A plenitude do bem da salvação não é
posse, mas dádiva que brota unicamente da Graça de Deus, por meio da nossa fé.
Isso deve ser constantemente afirmado e exaltado. O conceito “dádiva” pertence
ao mesmo grupo semântico da palavra “gratuitamente” em Rm 3.24. Obras são
frutos da salvação, não a causa dela. Fé é a antagônica às obras! A nossa fé
traz Graça de Deus ao coração humano. Criados em Cristo Jesus para boas obras.
O propósito de nossa nova criação é que andássemos nas boas obras.
"E em nenhum outro há salvação; porque
debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, em que devamos ser
salvos" (Atos 4:12)
"Porque há um só Deus, e um só Mediador
entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem" (I Timóteo 2:5)
"A saber: Se com a tua boca confessares ao
Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos,
serás salvo. Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz
confissão para a salvação" (Romanos 10:9-10)
(Extraído do 📚 ICP
- série apologética)
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