Há algumas décadas atrás esta pergunta seria sem sentido no
meio evangélico, e a resposta seria um uníssono, SIM. Entretanto, de
alguns anos para cá a coisa tem mudado e tornado polêmica a questão da identidade
cristã da Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD). Nisto as opiniões se dividem,
para alguns líderes evangélicos, esta igreja não passa de uma denominação comum
com pontos doutrinários excêntricos, infelicitada por alguns erros do passado,
mas sem se enquadrar na classe sectária, para outros porém, as diferenças
existem, mas são poucas e não são fortes o bastante a ponto de nos separar.
Para esses, essa religião é autenticamente cristã; ainda outros (a maioria) se
colocam na defensiva, acreditando que o movimento adventista não passa de uma
igreja pseudocristã com doutrinas heterodoxas e, portanto precisa ser evitada
pelos evangélicos.
Percebe-se que hoje em dia as opiniões são mais notadamente variadas do
que, digamos, 30 anos atrás. Esta questão tem gerado acirrados debates no meio
evangélico. O pivô de tudo isso é a maciça campanha que vem sendo empreendida
pelos adventistas já há alguns anos com o intuito de limpar sua imagem negativa
herdada do passado e se aproximar dos evangélicos. O ecumenismo pregado
por eles tem dado certo, pois muitos têm se aproximado dos adventistas não mais
com olhos preconceituosos mas como irmãos que apesar de terem suas diferenças
doutrinárias e litúrgicas podem, não obstante, ter normalmente comunhão uns com
os outros. A rede de comunicação “ADSAT” e a rádio “Novo Tempo”, tem conseguido
prodígios nesta área. Não é raro ouvirmos evangélicos das mais variadas
denominações participarem de programas adventistas e serem tratados como
irmãos. Há até aqueles que pedem cursos bíblicos por correspondência para
estudarem em seus lares. O programa “A Voz da Profecia” e “Está Escrito”,
juntamente com as pregações de Alejandro Bullon, faz enorme sucesso hoje em dia
entre os evangélicos, sem falar é claro, dos conjuntos musicais como o “Prisma”
e do quarteto “Arautos do Rei”, que tem circulado livremente nos lares de
nossos irmãos e até mesmo em livrarias evangélicas. Também a liderança da IASD,
tem promovido estudos para pastores evangélicos com objetivo de “esclarecerem”
sua fé e desfazer a animosidade que existe entre ambos; ano passado no Nordeste
foi realizado um Congresso pela liderança adventista com a participação de 154
pastores evangélicos. (1)
Ultimamente esta preocupação (da imagem do adventismo) tem sido exposta por
diversos líderes adventistas, como por exemplo, Rubens S. Lessa, redator-chefe
da “Revista Adventista” que no editorial da edição de 12/99 sob o título,
“A Cara da Igreja Adventista”, tenta passar ao leitor a imagem de uma igreja
cristã, evangélica até. Diz ele: “Alguns nos tacham de judeus; outros de
fanáticos, retrógrados e fora de época. E HÁ OS QUE NOS CONSIDERAM APENAS UMA
SEITA.” (ênfase nossa). Essa preocupação também foi repetida nas edições de
03/2001 e 04/2001, nas entrevistas com os Drs. Sidney Storch Dutra,
reitor da Universidade de Santo Amaro e George R. Knight, escritor e teólogo
adventista.
Muitos no entanto acham que esta é a conclusão mais plausível a que podemos
chegar dentro de um contexto comparativo entre adventistas e evangélicos. Diz
certo pastor batista: “Não existe base para supormos que esta igreja possa
posar como evangélica, outrossim não medimos palavras em dizer que
tranqüilamente podemos enquadrar o movimento Adventista do Sétimo Dia no rol
das seitas pseudocristãs” .
POR QUE OS ADVENTISTAS?
Há adventistas e até evangélicos que ficariam chocados com a afirmação
acima. E muitos talvez estejam a indagar: Porque vincular o nome da IASD há um
título tão depreciativo como este? Não possuem eles ótimos serviços sociais,
como hospitais, escolas, grupos filantrópicos como os “Desbravadores” e tantos
mais? Não crêem na Trindade e na Bíblia como fazem os demais cristãos
evangélicos? Certamente que sim, podemos elogiar os adventistas por tudo isso,
e não lhes tiramos os méritos e valores. Contudo, a questão é muito mais
profunda e séria do que se pensa, colocando-se em outro patamar, ou seja, o teológico-doutriná
rio. Não podemos aferir um movimento religioso por sua “filantropia religiosa”,
ou por sua tênue camada doutrinária, enquanto a maior parte da crença de tais
movimentos, choca-se gravemente contra as verdades fundamentais do Cristianismo
histórico-ortodoxo que se encontram na Bíblia. Caso não fosse assim, poderíamos
também aceitar o Catolicismo Romano, o Espiritismo Kardecista e tantos
outros que sobrepujam a IASD. A questão é que hoje em dia está muito em voga o
relativismo e o ecumenismo que trazem como estandarte, a pregação do amor. Os
defensores de tal ideologia costumam dizer que: “Não importa as diferenças se o
que nos une mesmo é o amor e a comunhão”, “a doutrina não é tão importante
assim”, dizem eles. Embora isso pareça inócuo e atrativo, um amor não
estruturado nas verdades das escrituras sagradas é apenas um produto da
natureza humana...(2) (Mary Schultze). Afinal de contas a verdade
cristã integral não pode ser sacrificada por coisas tão secundárias como essas!
LOBOS EM PELE DE OVELHA
A pergunta que forçosamente surge em nossas mentes é: O que pretende a
Igreja Adventista com esse ecumenismo todo? Apenas comunhão com outras igrejas?
Limpar a imagem do movimento que por anos foi taxado pejorativamente de seita?
Ou existe algo mais por de trás de tudo isso? Apesar de toda esta “abertura”
promovida pela IASD com o intuito de transparecer comunhão entre os dois grupos,
os verdadeiros objetivos, entretanto continua sendo o proselitismo desleal por
parte dos adventistas. Não pense o leitor que estamos sendo radicais e
equivocados em nossa analise, pois os fatos falam por si. É a velha história da
tartaruga e do escorpião – a natureza! O modus operandi e o modus vivendi da
IASD, o que chamo de natureza da igreja, não lhe permite persi mudanças
significativas rumo a uma igreja tipicamente evangélica. Há alguns fatores a
priori que contribuem para isso. Vejamos:
1.
A IASD considera-se singular: Pondere na declaração a
seguir: “Sim, eu creio no futuro brilhante deste movimento porque não
somos uma simples igreja entre as demais, porque somos o remanescente de Deus
neste tempo do fim” (Revista Adventista Março/2001, pág. 10 - grifo nosso).
“...sem terem compreendido a natureza profética do movimento adventista, muitos
desses membros vêem a Igreja Adventista apenas como mais uma denominação
evangélica, que se distingue vagamente das demais denominações por ainda crer no
sábado...” (Revista Adventista Junho/2001, pág. 15)
Sim, eles acreditam que são a única igreja verdadeira de Cristo, como costumam
dizer , são: “os remanescentes” . O certificado de batismo dos adventistas vem
com onze (outros ainda com 13) perguntas na parte de trás para que o candidato
ao batismo possa responder antes de adentrar as águas batismais. Das onze
perguntas a última é formulada da seguinte maneira: “Crê que a Igreja
Adventista do Sétimo Dia constitue a Igreja remanescente, e deseja ser aceito
por ela para fazer parte de seus membros?”. Uma nota no começo do cartão diz:
“As seguintes perguntas devem ser respondidas, afirmativamente, diante
da Igreja, pelos candidatos ao batismo”(grifo nosso). Em outras palavras, quem
não confessar que eles são os “remanescentes” não pode ser batizado!
2.
A IASD acredita ser portadora exclusiva da mensagem apocalípca: Sob
a pergunta: “O senhor considera que somente a Igreja Adventista do Sétimo Dia
irá cumprir Mateus 24:14, ou outras denominações também ajudarão a cumprir essa
missão?”. O senhor Kinight já citado, responde que sim, mas argumenta que,
“Apocalipse 14, que é uma mensagem distintivamente adventista.”
Em uma outra entrevista, o mais novo diretor-geral da Casa Publicadora
Brasileira, órgão da IASD, incentiva euforicamente dizendo: “...a grande e
maravilhosa mensagem dos três anjos deve ser levada avante, agora como nunca
antes. O mundo deve receber a luz da verdade por meio do ministério
evangelizador da palavra, contida em nossos livros e periódicos... Façamos o
mundo ver que aqui estão ‘os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em
Jesus’ (Apoc. 14:12).” (Revista Adventista, Fevereiro/2001 pág. 6)
Tudo isto contribue para que o orgulho denominacional cresça ainda mais
afastando este movimento dos demais grupos evangélicos.
3.
Orgulho Denominacional: Discursando sobre a história do povo
adventista o teólogo adventista Alberto R. Timm declara: “As novas gerações de
conversos entravam para a igreja com tal convicção da verdade que dificilmente
abandonavam a fé. Os adventistas eram respeitados e até temidos pelos demais
evangélicos, devido ao seu profundo conhecimento bíblico. Os próprios
adventistas chegavam mesmo a se vangloriar de que uma das evidências de
possuírem a verdade era o fato de que seus membros, se alguns deles deixassem a
igreja, não se uniam a nenhuma outra denominação.” (Revista Adventista Junho/2001,
pág. 15 - grifo nosso)
Esta declaração reflete a concepção que os adventistas por anos a fio possuíam
(e possuem) sobre sua identidade exclusiva como “o povo de Deus”. Não é
raro encontrarmos este orgulho em diálogos com membros dessa igreja.
Consideram-se superiores aos demais evangélicos, pois acham que lá encontraram
“toda a verdade”. Isto está estampado no rosto de seus líderes, norteia suas
publicações e por fim já está acimentado nas mentes dos membros, de que só eles
detem a verdade completa da mensagem divina. Tanto é, que quando alguém se
converte ao adventismo, não se diz que a pessoa aceitou a Cristo, ou recebeu a
mensagem do evangelho, mas que abraçou a mensagem adventista, recebeu
a mensagem adventista e outras expressões semelhantes, insinuando com isso
que a mensagem que pregam é diferente da que é pregada pelas demais
denominações evangélicas. Temo que os adventistas estejam se enquadrando em II
Cor. 11:4 e Gálatas 1:6,8.
4.
Proselitismo desonesto: Depois de entendermos a cosmovisão
adventista fica fácil de percebermos que o proselitismo feito por
eles entre os evangélicos, é apenas uma conseqüência dos postulados teológicos
expostos e defendidos por tais. Os princípios desse movimento os impelem à
prática do proselitismo, pois acreditam piamente que todas as demais
denominações estão erradas, se não declaradamente, pelo menos é o que fica subtendido.
Por mais que os líderes dessa igreja protestem, e em nome de um pseudoecumenismo
neguem o que foi exposto aqui, contudo os fatos são testemunhas irrefutáveis, e
contra fatos não existem argumentos! Vejamos então como se portam nossos
“irmãos” adventistas para com as demais igrejas evangélicas das quais desejam
tanto se aproximarem. Não é raro lermos em seus periódicos manchetes
acompanhadas de alto teor entusiástico como as que seguem:
TÍTULOS EM MANCHETES
“BATIZADO EX-PENTECOSTAL”
“Joel Ferreira da Silva, que durante dez anos foi pastor da
Igreja O Brasil para Cristo.” (Revista Adventista - Agosto de 1996)
EX-PENTECOSTAIS SÃO BATIZADOS
“Como resultado de um trabalho sistemático, realizado.., onze
pessoas da Igreja Assembleia de Deus em Várzea Grande foram batizadas...” (ibdem)
Na “Revista Adventista” de Abril/2001 na pág. 24, sob o título, “Voz
da Profecia batiza novos conversos no Acre”, relata a história de um pastor
batista que apesar de já ser convertido a Cristo encontrou “nova luz através
dos cultos adventistas” e foi rebatizado.
Outra reportagem diz: “Uma igreja batista, com pastor e
membros, está estudando a Bíblia, de acordo com a mensagem adventista, e
já dedica o dia de sábado exclusivamente à comunhão com Deus. Como resultado
desse reavivamento, a previsão é de que cerca de 100 pessoas sejam batizadas
até o fim do ano”. (Revista Adventista - Maio/2001, pág. 32 – grifo
nosso)
OS FINS JUSTIFICAM OS MEIOS?
Parece que o ditado de Maquiavel é o lema preferido da IASD,
pois usam de meios desonestos para conseguirem aliciar membros e
líderes de igrejas evangélicas que por falta de conhecimento de suas doutrinas
e uma boa dose de ingenuidade, são presas fáceis desses falsos irmãos. (Gálatas
2:4)
Vários são os meios usados pelos quais os adventistas
trabalham para alcançarem seus objetivos nada éticos. Eis alguns deles:
·
Seminários para pastores.
Uma das táticas que está dando certa são os seminários criados para pastores
evangélicos em todo o Brasil. Cartas são enviadas para diversas denominações
evangélicas convidando seus pastores para uma palestra de estudo bíblico (É a
mesma tática usada pela seita do reverendo Moon) Tais eventos, se constituem,
sem sobra de dúvidas, em verdadeiras arapucas. Como a maioria dos pastores
evangélicos não possuem formação teológica adequada, são entorpecidos com os
malabarismos teológicos que por sua vez vem empacotados com uma linda
fraseologia ecumênica mas que na verdade são astutamente elaborados para
conseguirem, sob a máscara de “esclarecimento de pontos doutrinários
distintivos para uma melhor compreensão da fé adventista” , arrebanhar novos
conversos. Veja para que fim se destina a “Revista Ministério”!
Este periódico adventista, de março de l997, inda que a sua
publicação é feita com o propósito de dar informes sobre o “Seminário para
Pastores Evangélicos”. Com isso procura “constituir uma ponte para
aproximação do ministério evangélico, mostrando-lhe o que crê e prega a Igreja
Adventista”. Essa revista “é o principal elo dessa ligação, devendo ser
enviada àqueles pastores cujos endereços forem conseguidos”. Prossegue a
revista: “... pelo que revelam as profecias, a intolerância para com a nossa
igreja...não será totalmente erradicada nos meios protestantes, o plano tem
dado certo. Em muitos lugares aquela idéia de que os adventistas são uma seita
legalista vai sendo banida, e até batismos de pastores de outras
denominações já foram efetuados”. (o grifo é nosso) Perceberam
o entusiasmo dos adventistas nesse desejo de se aproximarem dos evangélicos?
Leia novamente: “...e até batismos de pastores de outras denominações
já foram efetuados”.
·
Escolas. Outro exemplo de crassa ignorância por parte do povo
evangélico é o fato de que muitos deles, matriculam seus filhos em colégios
adventistas pensando que isto é de pouca importância. Mas o que eles não sabem
é que além de causar confusão na mente da criança que cresce dividida entre os
ensinos da escola dominical e os de tais colégios, os pais também, além das
crianças, são candidatos em potencial para o rebatismo, como mostra esse artigo
logo abaixo:
“O casal Sandra e Eurico...eram pentecostais e aceitaram o adventismo,
após a leitura do livro O Terceiro Milênio, recebido da Escola Adventista de
Joinville, SC, onde os filhos estudam. A escola desenvolveu vários projetos
educativos e evangelísticos ao longo do ano”. E
prossegue, “Como resultado, já foram batizadas 11 pessoas” (Revista
Adventista Dezembro/99, pág. 22) É para isso que servem as escolas
adventistas!
·
Literatura. Outra grande
arma dos adventistas são suas literaturas. O diretor do Ministério de
Publicações da Divisão Sul-Americana, declara que: “...a literatura é um
poderoso instrumento de pregação e que a Igreja deve cada vez mais se envolver
nessa obra.” (Revista Adventista Julho/2001, pág. 11) E sabe por que
isso? Simplesmente porque os seus colportores- evangelistas, como são chamados,
conseguem adentrar livremente em nossas igrejas e lares e vender seus livros
sem nenhum empecilho. A abordagem começa de maneira sutil, com livros
interessantes de conteúdo até inofensivo, capaz de despertar o interesse da
pessoa na área da saúde como é o caso da revista, “Vida e Saúde” e de livros
como: “Recursos Para Uma Vida Natural” e “Os Campeões são Vegetarianos” ,
outros na área da alimentação também são apresentados . Tudo isso à primeira
vista é muito bom, acontece porém, que após ganhar a confiança da pessoa, esta
fica à mercê das inúmeras heresias empurradas posteriormente pelos colportores.
Tais literaturas são apenas “iscas” para abrir caminho às inúmeras heresias
doutrinárias que vão ser aceitas e digeridas na próxima visita culminando no rebatismo.
A “Revista Adventista” de Maio/2001 na pág. 7 trás os dados do ano 2000 sobre a
“influência” da obra de publicações realizada pela IASD. O último dado é:
“Batismo pela influência da literatura.. ......... ..56.792”, e citam como
apoio sua profetisa, Ellen G. White: “ O mundo deve receber a luz da verdade
por meio do ministério evangelizador da Palavra em nossos livros e
periódicos.”-Testemunhos Seletos, vol.3,pág.311.
Não está na hora de nossos líderes e pastores zelarem mais pelo
rebanho do Senhor? Não deveria de haver uma triagem em nossas editoras e
livrarias? Sabemos que até editoras evangélicas andam de mãos dadas com os
adventistas como é o caso da consagrada “Editora Betânia”, que infelizmente
acabou lançando um livro do pastor adventista Alejandro Bullon. O mesmo que em
seu livro “O Terceiro Milênio” taxa os que guardam o domingo como dia do Senhor
de estar selado pela Besta do Apocalipse. Cuidado com a literatura adventista
povo de Deus!
MEIAS VERDADES
O ÁLIBI ADVENTISTA
Geralmente quando são pressionados a provar que não são uma seita,
os adventistas apelam para o fato de que o conhecidíssimo Walter Martin, que
foi fundador do “Christian Research Institute” o I.C.P dos EUA, doutor em
teologia e autor do Best Sellers , “O Império das Seitas”, deu razões
para não incluir a IASD em sua obra. Este tipo de argumento foi citado pelo
pastor adventista Marcos de Benedicto na antiga revista “Vinde” de Setembro/97
na página 82 e mais recentemente numa matéria (Revista Adventista Abril/2001,
pág. 10) que teve como objetivo refutar a reportagem da revista “Eclésia” que
analisou as diferenças entre Adventistas X Evangélicos. Mas será que pelo fato
desse teólogo não citar a IASD em seu livro é prova cabal dela não ser uma
seita ? Claro que não! Também é verdade que ele não citou a Igreja Católica.
Pergunto: Será que os adventistas concordariam que a Igreja Católica não é uma
seita, pura e simplesmente por este fato? Demais disso temos uma declaração de
Martin que se constitue em grande embaraço para os apologistas adventistas.
Ora, todos sabemos que a maior expoente e difundidora da doutrina do “sono da
alma” é sem dúvida a IASD. Mas veja como Martin denomina tais movimentos que
defende tal doutrina. Diz ele: “Semelhantemente a outras SEITAS
que ensinam que, após a morte do corpo, a alma entra numa espécie de sono, as
Testemunhas de Jeová...” (O Império das Seitas Vol. I pág. 90 ed. Betânia) (destaque nosso).
A VERDADE DOS FATOS
O fato é que na época (1956), o Dr. Martin juntamente com Donald Grey
Barnhouse, entrevistaram vários líderes adventistas em sua Associação Geral
localizado em Takoma Park, Maryland, sobre as principais doutrinas distintivas
que a IASD professava. O resultado desta pesquisa resultou em um livro de 720
páginas que foi revisado por 250 líderes do adventistas chamado “Seventh-Day Adventists
Answer Questions on Doctrine, an Explanation of Certain Major Aspects of SeventhDay
Adventist Belief (Adventistas do Sétimo Dia Respondem a Perguntas sobre
Doutrina, uma Explicação de Certos Aspectos Principais da Crença Adventista do
Sétimo Dia) - Review and Herald Publishing Association, Washington, D.C.,
1957”.
No célebre livro “O Caos das Seitas” de autoria de J. K. Van Baalen
traz a seguinte explicação: “A refutação, porém, não se fêz esperar e
veio decisivamente à medida que, um após outro, os defensores evangélicos da
fé rejeitaram os artigos tanto de Barnhouse como de Martin na revista Eterníty
e sustentaram que o ASD:
1) jamais denunciou
sua pseudo-profetisa Ellen G. White;
2) jamais se retratou de alguma de suas doutrinas falsas,
nem
3) jamais renunciou sua
exclusão perene do Reino — quer agora ou
finalmente — de todos quantos deixam de aceitar seus dogmas. Uma lista parcial
de escritores durante o referido tempo de confusão consta do nosso Christianity
Versus the Cults (O Cristianismo vs. as Seitas), págs. 100-102.”
Mesmo assim “Houve, contudo, sérias controvérsias no seio da IASD
devido ao livro, dando origem a dois movimentos: o tradicional e o evangélico.
O primeiro recusava-se a abrir mão das posições acima, pois aceitá-las
comprometeria a exclusividade da IASD como o remanescente, a única e verdadeira
igreja de Cristo. O segundo advoga os conceitos expressos no Questions on
doutrine. Estes não queriam deixar a IASD, apenas queriam uma reforma nas
questões teológicas nada ortodoxas. Muitos desses, porém, por pressões
internas, deixaram a IASD. Diante de tudo que foi dito acima, conclui-se que o adventismo
com o qual o Dr. Martin dialogou e aceitou como cristão não é mais o mesmo que
presenciamos aqui no Brasil.”. ( Dicionário de Religiões, Crenças e Ocultismo, edi.
Vida – pág. 194)
AS HERESIAS ADVENTISTAS
E o próprio Lessa nos dá a razão quando diz: “Às
vezes, pensamos que a imagem que as pessoas pintam ao nosso respeito tem que
ver apenas com as diferenças doutrinárias ou nossa filosofia de vida, como
sábado, questão anímica, alimentação, aparência pessoal, etc. Logicamente,
essas coisas definem boa parte de nossa fisionomia. Não podemos negar as
cores e facetas de nossas doutrinas distintivas” (destaque nosso)
Preste atenção na palavra “distintiva” usada por ele, e é justamente essa
diferença doutrinária que abre um enorme abismo e separam ainda mais,
evangélicos e adventistas. Eis algumas delas:
O Sábado:
“Santificar o Sábado ao Senhor importa em salvação eterna”. (Livro:
Testemunhos Seletos, vol. III pág.22, EGW ed1956).
Assim
quando os Adventistas teimam que a guarda do Sábado é indispensável para nossa
salvação, não é porque estejam estribados na verdade Bíblica, mas sim nas
alucinações da Sra. E.G. White. Essa cidadã declara que a guarda do Sábado
constitui o selo entre Deus e o seu povo nos dias atuais: “Que é, pois, a
mudança do Sábado, senão o sinal da autoridade da igreja de Roma – “a marca da
besta”; “O selo da lei de Deus se encontra no quarto mandamento.. . Os
discípulos de Jesus são chamados a restabelecê-lo, exaltando o Sábado...”(Livro:
O Grande Conflito, Ed. condensada, 1992, pag. 267 e 269)”.
Diante do exposto, fica claro
que não é assim como alguns pastores afoitamente declaram que, entre nós e os
Adventistas, só o que nos separa é a guarda do Sábado, como se fosse questão
secundária. Para nós sim, é questão secundária (Rm. 14:5-6). Para os AD não: é
questão de salvação ou perdição.
O Sono da Alma :
Afirmam que, depois da morte, somos reduzidos ao
silêncio. Que morte é morte mesmo, incluindo a própria alma. Ao morrer, o homem
deixa realmente de existir.
Isso é uma inverdade, pois declarou o Senhor Jesus: “Eu
sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó? Ora, ele não é Deus
de mortos, mas de vivos” (Mt.22:32).
Lc.23.43 - hoje
estarás comigo no Paraíso
Dessa
forma, analisando as palavras de Jesus, é impossível admitir, com base nessa
passagem, que o malfeitor arrependido está deitado em sono inconsciente. Ambos
morreram naquele dia, Jesus desceu às partes mais baixas da terra (Ef 4.8-10) e
pregou aos espíritos em prisão (1 Pe 3.18-20), enquanto o malfeitor arrependido
foi ao Paraíso. O mesmo lugar para onde Jesus foi e levou cativo o cativeiro
(Ef 4.8). A vírgula depois da palavra hoje é um antigo artifício usado por
todos os hereges da antiguidade que procuraram negar a sobrevivência da alma,
para advogar a crença do sono da alma. Na verdade essa passagem ensina que a
teoria do sono da alma é uma teoria falsa, essa passagem ensina que a salvação
é pela fé, o grande baluarte da doutrina de Paulo (Rm 1.17; Ef 2.8-9; Tt 3.5).
A promessa de Jesus foi que naquele mesmo dia o malfeitor arrependido estaria
com Ele na glória. Do contrário, a palavra hoje ali seria mais do que
supérflua. Sem contar que de quebra a teoria do Juízo Investigativo fica
desqualificada com a verdade deste texto.(BA)
A Expiação de Cristo:
Aqui
se encontra um dos erros mais grosseiro da doutrina adventista. Tentando
corrigir o erro de Miller, que afirmava que Jesus voltaria em 1844 - sobre o
Templo em Jerusalém, o Sr. Hiram Edson e a Sra. E. G. White inventaram o engodo
de que Cristo voltou mesmo em 1844, não para a terra, como pensava Miller, mas
para algum outro lugar próximo a terra, e esse lugar não poderiam ser outro
senão o “santuário celeste”. Chegaram a essa conclusão por não haver templo ou
santuário no suposto dia marcado para a volta de Cristo (“O Conflito dos
Séculos” p.247,248,249, 1935). Ora, segundo eles, quando Cristo entrou no
santuário celeste, a porta foi fechada. Cristo está fazendo um “juízo
investigativo” , examinando tudo e mostrando ao Pai Celestial aqueles que têm
os méritos de gozar dos benefícios da expiação. Os demais, se não aceitarem nas
doutrinas da Igreja Adventista, não têm chance de se salvar, pois a verdade
está com eles. Dessa maneira de pensar deduzimos que, segundo eles, a expiação
não foi realizada na cruz do calvário, e sim está sendo feita no “santuário”.
Não durante a paixão de Cristo, mas em 1844. Não pela graça salvadora, mas
pelas obras da carne (Ef.2:8,9). Não pela aceitação de Cristo, mas das
doutrinas e do comprometimento das normas da Igreja Adventista, pois para eles,
Cristo tem apenas o título de “Salvador”. Devemos nos unir a Ele, unir a nossa
fraqueza à sua força, nossa ignorância à sua sabedoria. Então, como vemos e
sentimos, Cristo é o nosso cooperador, e, motivados pelo seu exemplo, devemos
fazer boas obras em prol da nossa salvação, e isso começa na observância
fiel da guarda do Sábado. Veja o que é Admitido pela Igreja Adventista: “Nós
discordamos da opinião que a expiação foi efetuada na cruz, conforme geralmente
se admite” (Heresiologia – EETAD, Pág.122).
A Purificação do Santuário:
Jesus Cristo hoje está fazendo o "Juízo Investigativo" que consiste
na purificação do santuário. EG White inventou a idéia de que no Velho
Testamento os pecados do povo eram transferidos durante o ano todo para dentro
do santuário e o sacerdote, no dia da expiação (que ocorria uma vez por ano),
entrava diante da arca da aliança, pegava os pecados do povo e colocava sobre o
bode emissário (Lv.16) e que à partir de 1844 Cristo estaria fazendo a mesma
coisa, investigando quem deverá ser salvo ou não, assim terminando o que ele
começou na Cruz. Ou seja: Com esse raciocínio os adventistas declaram que Jesus
não terminou a obra na Cruz. Vejam: "Uma das
verdades mais solenes, e não obstante mais gloriosas, reveladas na Escritura
Sagrada, é a da segunda vinda de Cristo, para completar a grande obra
da redenção"..."A intercessão de Cristo no santuário
celestial, em prol do homem, é tão essencial ao plano da redenção, como o foi
Sua morte sobre a cruz. Pela Sua morte iniciou essa obra, para cuja
terminação ascendeu ao Céu, depois de ressurgir".. . " nos conduz
através do ministério final do Salvador, ao tempo em que se completará a grande
obra para salvação do homem"... "O anúncio: “Vinda é a hora do Seu
juízo” – aponta para a obra finalizadora do ministério de Cristo para a
salvação dos homens"..."A intercessão de Cristo no santuário
celestial, em prol do homem, é tão essencial ao plano da redenção, como o foi
Sua morte sobre a cruz. Pela Sua morte iniciou essa obra, para cuja terminação
ascendeu ao Céu, depois de ressurgir".. . (Grande Conflito, pg. 299;
489; 428; 435; 489).
O Ano de 1844:
O
fundador desta controvertida seita, Pr. W.Miller (que na verdade era leigo),
afirmou que Jesus voltaria em 1843. Quando isto fracassou, seus seguidores
anunciaram que um ligeiro erro tinha ocorrido e então fixou o tempo do fim para
outubro de 1844. As pessoas venderam casas e móveis, e ficaram aguardando o
fim, ansiosas. No dia previsto, o povo reuniu-se no topo dos telhados e das
montanhas, aguardando o evento. Contudo, o passar do tempo provou que Miller
estava errado. Cristo não veio no dia indicado e nem virá em qualquer outro dia
marcado, pois a Palavra de Deus é claríssima: “Quanto, porém, ao dia e à
hora, ninguém sabe, nem os anjos no céu nem o Filho, senão o Pai” (Mc.13:32;
At.1:2). Miller se arrependeu por esse erro, mas os seus adeptos continuaram e
o resultado dessa inconseqüência é a Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas
variantes. Como podemos crer que esta obra é de Deus vendo como ela começou? A
Bíblia diz que Deus não é de confusão (ICor.14:33) e como aceitar que Ele
esteja nesse meio tão confuso?
Depois do fracasso da suposta volta de Cristo, declarou o Pr. Miller: “Sobre o
passado de minha visa pública, eu francamente reconheço meu desapontamento. ..
Nós esperávamos a vinda pessoal de Cristo para aquela época, e, agora,
argumentar que não estávamos enganados, é desonesto. Nós nunca deveríamos ficar
envergonhados por confessar nossos erros. Não tenho confiança em nenhuma das
novas teorias que surgiram fora do movimento, especialmente de que Cristo veio
como Noivo, de que a porta da graça se fechou, de que a sétima trombeta soou
então, ou de que houve o cumprimento da profecia em algum sentido”. (História
da Mensagem do Advento, p. 410, 412).
O Remanescente:
“... Nesta época, quando somos mandados chamar a atenção para os
mandamentos de Deus e a fé de Jesus, vemos a mesma inimizade que se manifestava
nos dias de Cristo. Acerca do povo remanescente de Deus, está escrito: E
o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao resto de sua semente,
os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo -
Apoc. 12:17” (O Desejado de Todas as Nações – P. 42; EGW). “O texto fala do
remanescente da descendência da mulher. Admitindo-se que a mulher constitui um
símbolo da Igreja, sua descendência seria os membros individuais que compõem a
Igreja em qualquer tempo; e o “restante” da sua descendência seria a última
geração de cristãos, nu os que estiverem vivendo na Terra por ocasião da
segunda vinda de Cristo. O texto também declara que essas pessoas “guardam os
mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus”; e no capítulo 19, verso 10, é
explicado que “o testemunho de Jesus é o espírito de profecia”, o qual
constitui, entre os dons, aquele que tem sido denominado “o dom de profecia” (I
Cor. 12:9 e 10)” (Patriarcas e Profetas; P.32; EGW)
Os adventistas são extremamente exclusivistas e se acham a única e a
remanescente Igreja de Cristo na Terra. Entretanto, a Igreja de Cristo não é
composta pela denominação "x" ou "y", mas pelo povo do
Senhor que estão arrolados nos céus.
“Mas, a todos quantos o receberam, aos que crêem no
seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus” (Jo.1:12)
“Mas tendes chegado ao Monte Sião, e à cidade do Deus
vivo, à Jerusalém celestial, a miríades de anjos; à universal assembleia e
igreja dos primogênitos inscritos nos céus, e a Deus, o juiz de todos, e
aos espíritos dos justos aperfeiçoados” (Hb.12:22-23)
“e sujeitou todas as coisas debaixo dos seus pés, e
para ser cabeça sobre todas as coisas o deu à Igreja, que é o seu
corpo, o complemento daquele que cumpre tudo em todas as coisas”
(Ef.1:22). Hb.3:6, Itm.3:15
“..., saibas como se deve proceder na casa de
Deus, a qual é a igreja do Deus vivo, coluna e esteio da verdade” (I Tm.3:15).
“mas Cristo o é como Filho sobre a casa de Deus;
a qual casa somos nós, se tão-somente conservarmos firmes até o fim a
nossa confiança e a glória da esperança” (Hb.3:6)
A
compreensão dos textos acima é simples. Você aceita a Jesus Cristo como seu
Salvador e se torna filho de Deus. Quando você se torna filho se transforma em
casa de Deus, em morado do Espírito Santo (ICor.3:16) e sendo “casa de Deus”
você é automaticamente a Igreja de Jesus Cristo na Terra. Essa Igreja
representa o corpo do Senhor movendo-se na terra e fazendo a obra do Pai. É
lógico que quando Jesus voltar para buscar a sua Igreja (Jo.14:1-3, I Ts.4:13-18),
Ele não vai levar uma parte do seu corpo e deixar a outra, mas como disse
Paulo; “estaremos com Ele” (Fil.1:23).
Naquele dia será uma grande festa entre o noivo e a
sua “Igreja noiva” (II Cor.11:2, Ef.5:23-27). O Apóstolo Paulo escreveu a maior
parte das epístolas do N.T. e nunca fez separação entre o povo que servia a
Deus, mas sempre chamava todos os servos de Deus de Igreja de Jesus e mostrava
a certeza de um dia estarmos com o Senhor, por isso seja fiel e esteja
pronto para o toque trombeta. Aleluia!!! (leia: Rm.16:16, I Cor.1:2, I
Cor.16:19, II Cor.1:1, Gl.1:2, Cl.4:15, I Ts.1:1, II Ts.1:1, I Tm.3:5, I Tm.5:16,
Fl.1:2).
O Espírito de Profecia (Ellen G. White):
A posição que essa escritora
goza no meio adventista é impar. Somente ela possui o “Espírito da Profecia”.
Não só os adventistas reconhecem sua autoridade religiosa inquestionável, mas a
própria escritora declara de si mesma: “Nos tempos antigos, Deus falou aos
homens pela boca de seus profetas e apóstolos. Nestes dias Ele lhes fala por
meio do testemunho do Seu Espírito. Não houve ainda um tempo em que mais
seriamente falassem a Seu povo a respeito da sua vontade...” (Testemunhos
Seletos – Vol.II, pág.276). (Ou seja, a autora se coloca acima dos próprios
apóstolos de Cristo quando declara que no seu tempo, o tempo em que ela tinha
as suas “revelações”, Deus falava mais seriamente).
O Bode Emissário:
No dia da expiação o sumo sacerdote, havendo tomado uma oferta da congregação
entrava no lugar santíssimo com o sangue desta oferta e o aspergia sobre o
propiciatório, diretamente sobre a lei, para satisfazer às suas reivindicações.
Então, em caráter de mediador, tomava sobre si os pecados e os retirava do
santuário. Colocando as mãos sobre a cabeça do bode emissário, confessava todo
esses pecados, transferindo- os assim, figuradamente, de si para o bode. Este
os levava então, e eram considerados como para sempre separados do povo. (O
Grande Conflito, p. 420, 24ª edição - 1980). Verificou-se também que, ao passo
que a oferta pelo pecado apontava para Cristo como um sacrifício, e o sumo
sacerdote representava a Cristo como mediador, o bode emissário tipificava
Satanás, autor do pecado, sobre quem os pecados dos verdadeiros penitentes
serão finalmente colocados. ... Quando Cristo, pelo mérito de seu próprio
sangue, remover do santuário celestial os pecados de seu povo, ao encerrar-se o
seu ministério, Ele os colocará sobre Satanás, que, na execução do juízo,
deverá arrostar a pena final. (Idem, p. 421).
Na verdade, admitir que Cristo tomará nossos pecados do santuário celestial no
final do Juízo Investigativo e os lançará sobre Satanás, implica que seu
sacrifício na cruz para remover nossos pecados não foi eficaz. Se Cristo vai
lançar nossos pecados sobre Satanás, por que sofreu por eles na cruz? Se, por
outro lado, Jesus levou nossos pecados na cruz, como na verdade o fez, por que
Satanás deve sofrer por ele?
O texto referido e citado pelos Adventistas para tal afirmativa herética é Lv.
16:8, que diz: “E Arão lançará sortes sobre os dois bodes: uma sorte
pelo Senhor, e a outra sorte pelo bode emissário”. Vejam a explicação do
texto pelo Dr. Mecnair, autor da Bíblia Explicada: “A verdade é que os dois
bodes são uma oferta pelo pecado (vrs. 5) e, evidentemente, uma dupla
representação de Cristo, e o ponto principal é que os pecados pelos quais o
primeiro morre são levados embora pelo segundo. Tudo isso é bastante simples, e
não precisa de idéias esquisitas, que somente obscurece o sentido. Assim o bode
não é de modo algum enviado a Satanás”
O Inferno:
Agora o príncipe das trevas, operando por meio de seus agentes (os
pastores que pregam sobre a existência do inferno), representa a Deus como um
tirano vingativo, declarando que Ele mergulha no inferno todos os que não Lhe
agradam, e faz com que sempre sintam a Sua ira; e que, enquanto sofrem angústia
indizível, e se contorcem nas chamas eternas, Seu Criador para eles olha com
satisfação.Assim o príncipe dos demônios reveste com seus próprios atributos ao
Criador e Benfeitor da humanidade. A crueldade é satânica. Deus é amor” (O
Grande Conflito; p.534 – EGW - parênteses nosso).
O ensino de Jesus
foi claro sobre o inferno: Mt 13.41-42, 49-50; 22.13; 24.50-51; 25.30, 41, 46;
26.24; Mc 9.45, 47-48; Lc 12.4-5; 13.27-28. A palavra aionios, que aparece na
Bíblia, designa: a eternidade de Deus (Ap 4.9; Rm 16.26); a felicidade do povo
de Deus (Mt 25.46; Jo 10.28); a glória eterna (2 Tm 2.10; 2 Co 4.17; Hb 9.15; 2
Co 5.14, 18) e futura punição dos ímpios (Mt 25.46; 2 Ts 1.9).
Jesus é o Arcanjo Miguel :
EG White afirma em seu livro - Os Patriarcas; pág.
366, que Jesus é o Arcanjo Migue: "Ainda mais: Cristo é chamado o Verbo de
Deus. João 1:1-3. É assim chamado porque Deus deu Suas revelações ao homem em
todos os tempos por meio de Cristo. Foi o Seu Espírito que inspirou os
profetas. I Ped. 1:10 e 11. Ele lhes foi revelado como o Anjo de Jeová, o
Capitão do exército do Senhor, o Arcanjo Miguel. Foi Cristo que falou a Seu
povo por intermédio dos profetas".
A Bíblia apresenta muitas diferenças entre Jesus e Miguel:
·
Jesus é criador ( Jô 1.3 ) , Miguel é criatura ( Cl 1.16 )
·
Jesus é Adorado por Miguel ( Hb 1.6 ), Miguel não pode ser adorado ( Ap.
22.8-9 )
·
Jesus é o Senhor dos Senhores ( Ap. 17.14); Miguel é príncipe( Dn 10.13)
·
Jesus é Rei dos Reis; Miguel é príncipe dos Judeus (Dn 12.1).
Há, portanto, clara distinção entre Jesus e Miguel. Jesus é o Filho de Deus, e
Miguel é anjo: Porque, a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, Hoje te
gerei? E outra vez: Eu lhe serei por Pai e Ele me será por Filho? E outra vez,
quando introduz no mundo o primogênito, diz: E todos os anjos de Deus o adorem
( Hb 1.5-6 ); Portanto fica claro aqui a superioridade de Jesus, e a falta de
conhecimento destes que se dizem “estudadores” da Bíblia.
A Natureza Pecaminosa de Jesus:
O Adventismo declara que: Em sua humanidade, Cristo
participou de nossa natureza pecaminosa, caída (....) De sua parte humana,
Cristo herdou exatamente o que herda todo o filho de Adão – uma natureza
pecaminosa (Estudos Bíblicos. CPB. P. 140/41).
Jesus foi concebido pelo Espírito Santo no ventre de Maria (Lc
1.30), diferenciando- se de todos os homens que nasceram em pecado (Sl 51.5). O
texto em questão declara que Jesus era santo, inocente, imaculado e separado
dos pecadores. Uma pergunta que resta: como admitir que a deidade absoluta
pudesse habitar no corpo humano corrompido? (Cl 2.9). Esse Cristo de natureza
pecaminosa é outro Jesus (2 Co 11.4).
Dieta alimentar:
“... Muitos alegam... que a carne é essencial; mas é
devido a ser o alimento desta espécie estimulante, a deixar o sangue febril
e os nervos excitados, que assim se lhes sente a falta. Alguns acham tão
difícil deixar de comer carne, como é o ébrio o abandonar a bebida... (livro: A
Ciência do Bom Viver, p.268,271)” (idem, p.21). Mais uma vez a indução,
agora de que a carne é “estimulante, deixa o sangue febril e os nervos
excitados”. Parece-nos que a Sra. EGW quer insinuar que comer carne é ficar
propenso ao pecado, mas ironicamente e sem querer fazer algum argumento contra
a benção que são os vegetais, o pecado entrou no mundo e uma fruta foi usada
para fazer a sedução que colocaria Eva em “xeque mate”; “Então, vendo a
mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e
árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, comeu, e deu a
seu marido, e ele também comeu”(Gn.3:6). Ou seja, o pecado entrou no
mundo e nesta trama diabólica um fruto foi usado e o sacrifício de um
animal (carne), que tipificava a morte de Cristo, foi a redenção de Eva e Adão.
Outro caso foi o de Jacó (usurpador) que seduziu seu irmão com uma sopa de
lentilha e o enganou (Gn. 25:34). É claro, o Diabo pode lançar mão de muitas
coisas para seduzir e enganar a humanidade, mas daí afirmar que comer carne é
pecado ou que é requisito para entrar na pátria celestial é extrapolar com a
exegese e mutilar a hermenêutica. Que Deus nos guarda de sermos enredados por
tamanhos engodos.
Matéria elaborada pelos apologistas:
Presb. Paulo Cristiano
Pr. João Flávio Martinez
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