Por LUIZ CARLOS APARÍCIO
O sucesso não ocorre por acaso. O que é sucesso? O que é felicidade? O que é
sorte? Por que algumas pessoas fazem sucesso na vida e outras não? Como
alcançar o sucesso? Qual o segredo das pessoas bem-sucedidas? São perguntas
como essa que a Programação Neurolingüistica – PNL, também conhecida como
Ciência do Sucesso, tenta responder; seduzindo milhares de pessoas em todo o
mundo, inclusive os cristãos evangélicos.
Segundo esse movimento, as técnicas ensinadas em seus cursos possibilita o
aluno a aumentar sua capacidade cerebral e alcançar que realmente deseja na
vida, ou seja, o sucesso. Dizem os seus mentores: “A vida que você leva foi
criada por você, então é sempre possível transformá-la para melhor”, “O sucesso
está em suas mãos”, “Há uma força especial dentro de você”, “Aprenda a usá-la
em seu benefício”, “Ouse fazer e o poder lhe será dado”. E completam: “Você
pode mudar sua vida. É simples, mas não é fácil, depende apenas de você”.
Entre todos os ensinamentos da Programação Neurolingüistica destacamos algo que
nos parece central na discussão do tema. Segundo esse movimento, a palavra
CRISE, em chinês, tem dois significados: “perigo” e “oportunidade”. É você quem
escolhe qual significado adotará. Exemplificam: “Quando você ouvir falar em
crise, pense em tirar o S da palavra. Você terá a poderosa palavra CRIE, do
verbo criar, ser criador. Ou coloque um traço vertical sobre o S, e logo você
tem um cifrão Cri$e, traduzindo: “Crie dinheiro”, “prosperidade”, “sucesso”,
enfim...”
Com esta base de ensino, a Programação Neurolingüistica tem-se destacado como o
grande diferencial nos treinamentos de auto-ajuda oferecidos nas escolas,
acampamentos, universidades e em empresas.
Temas de impacto, mas, em princípio, inofensivos, como: “melhore a sua
memória”, “auto-estima”, “motivação”, “qualidade”, “competitividade”, “leitura
dinâmica”, “trabalho em equipe”, “superação”, “sensibilização”,
“desenvolvimento de empreendedores”, “aumente sua capacidade de aprendizagem”,
“adaptação a ambientes de constantes mudanças”, “superação a situação de
pressão”, “globalização”, “atendimento”, entre outros, ganham uma nova
conotação seguindo por um caminho totalmente diferente do convencional.
Compreendendo o assunto sistematicamente
Uma técnica utilizada por profissionais de auto-ajuda que visa levar o
individuo a confiar no poder de suas próprias palavras, como fonte motivadora
de transformação pessoal, adquirindo, assim, valores positivos que determinarão
o sucesso em todas as ares da vida: emocional, profissional, financeira, etc. É
assim que a Programação Neurolingüistica se define.
No Brasil, no campo da PNL, o dr. Lair Ribeiro é a figura mais destacada. A
filosofia subjacente a essa técnica é a de que o homem é aquilo que ele pensa.
Nisto está imbuída a idéia de auto-suficiência. A PNL utiliza basicamente as
técnicas de Visualização, Meditação, Intuição, Hipnose ou regressão hipnótica e
Confissão Positiva; todas essas “técnicas” são utilizadas em conjunto.
– Visualização, na Nova Era, é o uso da concentração mental e
imagens dirigidas, as chamadas “directed imagery”, na tentativa de alcançar
determinados alvos físicos, mentais ou espirituais (ocultistas).
A pratica da visualização é antiga e afirma trabalhar de várias formas. Por
exemplo, usando a mente para entrar em contato com a suposta divindade interior
ou “eu superior”, os praticantes alegam que podem manipular a sua realidade
pessoal a fim de alcançar os alvos desejados, tais como boa saúde e aquisição
de riquezas.
A visualização é freqüentemente usada combinação com os estados alterados de
consciência ou como meio de se chegar aos mesmos, sendo muitas vezes
acompanhada de meditação ocultista. Ela foi, desde há muito, associadas às
religiões e práticas pagãs, como xamanismo e a meditação xamanista. Ela também
é muito utilizada para desenvolver habilidades psíquicas e na canalização para
entrar em contato com “conselheiros interiores” ou guias espirituais.
O problema básico é que a visualização da Nova Era atribui à mente humana uma
condição divina ou quase divina. Isso não só representa uma grande distorção da
natureza humana como pode também camuflar a manipulação da mente por espíritos,
definindo o processo como um empreendimento natural divino.
O uso da visualização na pratica da saúde pode levar a influencias ocultistas e
a problemas surgidos da negação da realidade por excesso de confiança na mente
“divina” da pessoa e seu suposto poder de cura ou “sabedoria” da saúde. No
campo da medicina (autodiagnóstico físico) e da religião (revelação psíquica),
o processo pode produzir a confiança em dados falsos que resultam em danos
físicos ou fraude espiritual. O cristão tem sua fé bem fundamentada em Deus e,
assim, pode não visualizar o futuro, mas se apropriar dele com a segurança das
promessas do Senhor (Hb 11.1).
– A meditação, na Nova Era (oriental – ocultista), é praticada por
milhares de pessoas. Em países asiáticos como China, Tibet, Índia, Tailândia
etc. ela faz parte do cotidiano e envolve o controle absoluto ou ajuste da
mente com vários propósitos, físicos ou espirituais (ocultistas).
Os promotores da meditação afirmam que a prática resulta em inúmeros benefícios
físicos. Mas, mesmo que isso seja verdade, os riscos físicos e espirituais os
superam. A meditação afirma trabalhar “imobilizando” a mente ou influenciando-a
de qualquer modo. Quem medita é supostamente capaz de perceber a verdadeira
realidade, sua verdadeira natureza, e a alcançar a verdadeira iluminação
espiritual. O dr. Daniel Coleman, autoridade em meditação e escritor em vários
livros, destaca a maioria das formas de meditação praticadas hoje é ocultista,
e que por mais diversos que sejam os nomes, todos esses caminhos propõe a mesma
formula básica numa alquimia (transformação ocultista da natureza) do “eu”.
A meditação da Nova Era usa caracteristicamente a mente de maneira anormal para
reestruturar radicalmente as percepções do individuo, levando-o a apoiar a
filosofia e os alvos ocultistas. Estados de consciência regressivos ou
induzidos espiritualmente são interpretados de maneira errada como estados de
consciência “mais elevados” ou “divinos”.
Por exemplo, em muitas formas da pratica da meditação, a possessão espiritual
propriamente dita é interpretada como um tipo de iluminação espiritual; além
disso, os poderes desenvolvidos através da meditação são falsamente
interpretados como evidencia de uma natureza divina latente. Quase todos que
fazem meditação infelizmente mão compreendem os resultados a longo prazo ou as
conseqüências dessas práticas.
O fenômeno perigoso e crescente do despertar kundalini mais notados são
períodos de desordem mental severa, incapacidade intelectual, sono profundo por
vários dias e influencias demoníacas.
A filosofia subjacente, o propósito estabelecido, o método físico e o contexto
espiritual da meditação determinam seu trabalho. A meditação bíblica nada tem a
ver com esse conceito e é uma pratica espiritual saudável, mas, repetimos, a
maior parte da meditação praticada hoje envolve métodos ocultistas que podem
provocar conseqüências danosas irreversíveis. Entre elas estão as influencias
por espíritos e até possessão demoníaca, assim como várias formas de danos
físicos, psicológicos e espirituais que são cada vez mais relatados na
literatura cristã. “... antes tem seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei
medita de dia e de noite” (Sl 1.2).
– Intuição segundo a Nova Era é um disfarce para os poderes
psíquicos e ocultos. É freqüentemente pregada em conjunto com a cura, a
telepatia, a clarividência, o diagnóstico psíquico e o espiritismo ocultista. A
“intuição” é desenvolvida da mesma maneira que as habilidades psíquicas (isto
é, programas de treinamento envolvendo meditação, concentração, estados alterados
de consciência, etc.). Uma vez desenvolvida, a pessoa busca suas habilidades
intuitivas e confia na orientação e instrução para qualquer cura ou outras
tarefas que devam ser feitas.
O problema básico com a intuição da Nova Era é sua premissa parapsicológica
injustificada: a normalização dos poderes psíquicos como “habilidades
intuitivas” latentes a raça humana. Isso mascara sua verdadeira sua realidade
como habilidades sobrenaturais originárias do mundo dos espíritos. As
habilidades ocultistas e os poderes espirituais são, portanto, internalizados
psicologicamente como parte do “potencial humano” latente; a intuição, por si
só, como um processo humano normal, se torna uma capa para o ocultismo, enquanto
a guerra espiritual continua atrás dos bastidores. O ser humano, em sua criação
original, herdou de fato aspectos da natureza divina de seu Criador (Gn 1.27;
2Pe 1.4), mas, com a queda, foi destituída dessa glória. Jesus afirmou:
“Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu
nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.” (Jo 15:5)
Desse modo, distinguir entre os poderes psíquicos ocultista e a intuição normal
humana se torna difícil e até mesmo impossível. De fato, é amedrontador saber
que muitos espíritas confessam não conseguirem distinguir a diferença de seu
guia espiritual sobre sua mente e inspiração, ou criatividade, humana normal.
– Hipnose ou Regressão Hipnótica é uma condição deliberadamente
induzida de sugestionalidade e transes acentuados, produzindo um estado de
consciência altamente flexível e capaz de ser dramaticamente manipulado. O
método é empregado por milhares de médicos e psicoterapeutas.
Vestígios dessa pratica podem ser encontrados desde a antiguidade e ela é
associada com freqüência ao ocultismo. Os processos exatos que fazem a hipnose
funcionar são desconhecidos. Pesquisas cientificas foram conduzidas para suprir
grande volume de informação em relação ao transe hipnótico e sua
suscetibilidade; todavia, o que é a hipnose e com ela funciona são pontos ainda
largamente discutidos. Afirmações difundidas e freqüentemente exageradas são
feitas quanto a sua aplicação na medicina, na psicoterapia, na educação e em
muitos outros campos.
Alguns promotores de processos de auto-ajuda fazem alegações sensacionalistas
em relação ao uso de hipnose para tratar ou curar uma infinidade de problemas
físicos e pessoais – alergias, obesidade, câncer, baixa auto-estima, tabagismo
e culpa, entre outros. Eles afirmam que suas possibilidades de aplicação na
área de crescimento pessoal, potencial humano e autotransformação são quase
infinitas.
Como cristãos, acreditamos que a hipnose é um estado singular de alteração da
consciência que pode ser utilizado em uma grande variedade de propósitos
ocultistas, como desenvolvimento psíquico, contato com espíritos, viagem
astral, psicografia, regressão e terapia de vidas passadas (reencarnação),
entre muitos outros.
Nos parece também que a hipnose esta ligada à pratica biblicamente do “feitiço”
e/ou “encantamento”. Assim, ela é realmente proibida, pois o cristão deve
encher-se com o Espírito Santo, o que significa que ele não deve permitir que a
mente seja controlada, manipulada e abusada por parte do hipnotizador, em
especial o incrédulo. O propósito dos psicoterapeutas da Nova Era, que empregam
o que é chamado de terapia das “vidas passadas”, é enviar a pessoa de “volta” à
sua suposta vida ou vida anteriores, a fim de resolver conflitos e traumas
emocionais ou espirituais que estejam supostamente afetando a sua saúde física,
emocional ou espiritual no momento, permitindo a influencia de demônios,
“Porque, quem conheceu a mente do SENHOR, para que possa
instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo.” (1Co 2:16)
– Esta expressão chamada de confissão positiva tem como
significado literal “trazer a existência o que declaramos com nossa boca”. A
confissão positiva coloca todo o peso da realização nas palavras pronunciadas e
na atitude mental rigorosamente mantida.
Mais profundamente, a confissão positiva busca exteriorizar aquilo que foi
projetado e reforçado na mente da pessoa através de todo trabalho de
visualização, meditação, intuição e hipnose, ou seja, suas palavras irão
confirmar todo processo de programação para o sucesso (PNL). Através da
confissão positiva, a pessoa tornar-se-á a criadora de seu próprio mundo, com
prosperidade nos negócios e saúde para família.
Neste caso, a confissão positiva confirma os ensinamentos da Nova Era que
declara que o homem é um deus, possuindo, portanto, a capacidade de criar a sua
própria felicidade. Esse conceito foi amplamente refutado ou adotado por
lideranças evangélicas em todo mundo. Hoje, esse movimento está confinado a
pequenos redutos denominacionais, pois no Brasil, em particular, não é tão
simples assim exercitar a “teologia do sucesso ilimitado”, e mesmo nos países
desenvolvidos essa teoria tem-se desgastado.
Biblicamente, entendemos que Deus é totalmente distinto do homem (vice-versa),
e que sua glória não é repartida. O ser humano é o mais sublime das criações de
Deus, dotado de valores herdados de seu Criador, mas nunca absoluto em si mesmo
“... que é o homem, para que te lembres dele? E o filho do homem para que o
visites? Contudo, pouco abaixo de Deus o fizeste; de glórias e de honra o
coroaste” (Sl 8.4-5). O apóstolo Paulo escreveu aos romanos sobre a
independência e soberania de Deus da seguinte maneira: “15
... Compadecer-me-ei de quem me compadecer, e terei misericórdia de quem eu
tiver misericórdia. 16 Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que
corre, mas de Deus, que se compadece.” (Rm 9:15-16 ), logo, não é o homem que determina
nada para si baseado nos desejos de seu coração, mas o Senhor, que realizará
todas as coisas de acordo com a sua vontade.
Como vimos a PNL busca substituir padrões considerados de “insucesso” por novos
padrões de “sucesso” alicerçados no homem. Em suas etapas de programação,
falamos da deletação, quando as pessoas programam suas mentes para apagar
conhecimentos adquiridos, eliminar experiências vividas e exterminar
comportamentos sedimentados ao longo da vida. Uma verdadeira lavagem cerebral.
Ou seja, um esvaziamento da alma do aluno.
O que a Bíblia fala sobre o perigo de uma casa vazia? (Lc 11.24-26)
“24 Quando o espírito imundo tem saído do homem, anda por
lugares secos, buscando repouso; e, não o achando, diz: Tornarei para minha
casa, de onde saí. 25 E, chegando, acha-a varrida e adornada. 26 Então vai, e
leva consigo outros sete espíritos piores do que ele e, entrando, habitam ali; e
o último estado desse homem é pior do que o primeiro.” (Lc 11:24-26 )
Podemos afirmar que é possível uma pessoa, após passar por um programa como o
PNL, sofrer forte possessão demoníaca e diversos tipos de perturbações metais e
até físicas.
A questão da PNL da “deletação” e na “inclusão” de novos valores na mente da
pessoa é feita dentro de um processo de assimilação dos seus princípios de
resistência. Através da utilização do relaxamento e da visualização, tal pessoa
é conduzida ao estado chamado Alfa. Neste estado, por meio de técnicas de
relaxamento ou meditação, a pessoa perde o senso critico, retendo
automaticamente todas as informações recebidas como verdadeiras, quer sejam
boas ou más. A Bíblia fala que é o Espírito Santo quem deve convencer o homem
do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8). Ou seja, o trabalhar de Deus é por
convencimento, o Espírito Santo, através da palavra de Deus, irá persuadir,
apresentar razões, mostrar fatos que possibilitem a pessoa confrontá-los com
sua vida e, então, se arrepender. Conversão é literalmente mudar de
comportamento.
Deus respeita a opinião do homem e leva-o a mudar de comportamento
apresentando-lhe a verdade do evangelho. O homem, quando se decide por Cristo,
o faz racionalmente no exercício da fé, e essa declaração é feita em pleno
estado de consciência, na PNL qualquer decisão tomada pelo homem é conseqüência
de uma lavagem cerebral, por meio da qual ele perde sua capacidade de pensar,
de argumentar e de questionar. Lendo Isaias 1.18: “Vinde
então, e argüi-me (questionar, interrogar), diz o
SENHOR...” (explicação nossa), entendemos que o
cristianismo é uma religião de consciência, razão e fé. Ninguém precisa entrar
em transe para crer em Cristo.
A Bíblia nos fala ainda que devemos resistir ao diabo (Tg 4.7). Como então
aceitaremos um posicionamento de mente no qual a nossa resistência é totalmente
eliminada? “Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso
adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar;”
(1Pe 5:8 ). Com tantas evidências de
ocultismo e praticas de magia e feitiçaria presentes na PNL, como poderemos
ficar desarmados, despreocupados e sem a lucidez necessária para discernir o
que esta ocorrendo em nosso derredor? (Veja Hb 5.14).
Não podemos baixar nossa guarda e ficar a mercê do diabo. Antes, devemos nos
revestir de toda armadura de Deus (Ef 6.10), através da palavra de Deus, porque
o diabo, de maneira astuta, cria verdadeiras arapucas para o homem incauto.
“E
não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjos de luz”.
(dois Co 11.14).
O engano do homem que se vê como seu próprio centro (Jr 17.9)
“Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o
conhecerá?”.
Em sua inclusão de novos padrões, a PNL destaca a tese de que o homem deve
seguir seu coração. Nos cursos, a pessoa em meditação consigo mesma busca
dentro de si respostas para sua vida e planeja, ou melhor, programa seu futuro
através das respostas encontradas em seu coração. Como podemos seguir o nosso
coração se ele é mais enganoso do que todas as coisas? Segui-lo nos trará como
conseqüência a destruição. Ainda em Mateus 15.19 podemos ler:
“Porque do
coração procedem os maus pensamentos”.
Mas, como cristãos, devemos nos preparar “... para que não sejamos vencidos por
Satanás; 11 Porque não ignoramos os seus ardis.” (2Co 2:10-11 )
A questão do sucesso da PNL é semelhante a Teologia da prosperidade que
circulou pelos meandros evangélicos há alguns anos. A questão da programação
está baseada na regressão, ou cura interior, e a confissão positiva, no
determinismo. Dessa forma, a fé tem sido usada na direção do “ter”, e não mais
do “ser” ou “viver”, como foi com os heróis da fé. A Bíblia relata que
“... o
justo viverá pela fé” (Hb 10.38). Enquanto os propagadores da prosperidade
estimulam a fé alicerçada na própria fé, o Senhor Jesus recomenda fé em Deus:
“E Jesus, respondendo disse-lhes: Tendes fé em Deus...” (Mc 11.22). Para
aqueles que tem um ensinamento contrário a esse, a Bíblia tem um adjetivo para
eles: “Ora, o mercenário foge, porque é mercenário, e não tem cuidado das
ovelhas” (Jo 10.13 – grifo do autor).
O depoimento que você lerá agora é verídico. O irmão que viveu esta terrível
experiência preferiu omitir o seu nome para evitar qualquer complicação.
“Fiz um treinamento de Neurolingüistica em 2000 pago pela empresa em que
trabalho e estimulado por um gerente de vendas. Posso dizer que minha vida foi
separada entre o “antes” e o “depois” desse curso, pois não tive discernimento
para entender a sensação de “liberdade” e de poder ‘fazer tudo’ que o
treinamento ensinava.
O treinamento teve inicio na sexta-feira à noite e se estendeu até domingo,
também à noite. Realizado no auditório de um hotel, o evento contou com a
participação aproximadamente de 500 pessoas, entre as 150 que iriam fazer o
treinamento pela primeira vez, as demais já haviam feito e os convidados:
parentes, amigos e/ou conhecidos. Ao chegar lá, senti um clima de festa, de
alegria, de felicidade. Todos se abraçavam muito e, ao se cumprimentarem, batiam
a mão direita por cima da cabeça ( um gesto da Nova Era ). Achei aquilo muito
bom, bem melhor do que na igreja que freqüentava.
Ao entrarmos no auditório ( impreterivelmente às 20h59 ), depois no jantar no
hotel, as pessoas que haviam nos levado ao curso já estavam presentes, nos
esperando para nos receber. Elas cantavam, pulavam alegres e gritavam: “... um,
dois, três e quatro... nós amamos vocês quatro”. Começamos o treinamento com
muita expectativa. O ambiente era bastante descontraído.
Em seguida, o consultor começou a passar algumas regras que deveriam ser
obedecidas até o final do curso. Uma delas era sentar sempre ao de
desconhecidos. Com isso, já estavam nos ensinando a ser mais atirados com as
pessoas. Outra regra era não discordar de nada que os palestrantes iriam falar.
É claro que, num primeiro momento, você discorda, mas, com o passar do tempo, à
medida que eles iam transmitindo simpatia, carisma e alegria, comecei a achar
que minha vida estava toda errada.
Após esse primeiro contato, depois de haver passado as regras, começamos com
uma terapia chamada: feed back negativo, quando fazíamos uma roda e as pessoas
gritavam xingando umas as outras de “mentirosas”, “covardes”, “prepotentes”,
“falsas”, “desonestas”, entre outras coisas que não convém citar aqui.
Colocavam uma música muito fúnebre e alta. As pessoas não resistiam e muitas
delas choravam e gritavam. Pensei estar na grande tribulação, pois fiquei muito
assustado com aquilo.
Depois disso, fomos aprender a abraçar. Uma pessoa ficava na frente da outra e
a abraçava bem forte. Fizemos isso durante um bom tempo. Aproximadamente 1h30,
nos ensinaram uma filosofia intitulada FILOSOFIA DO SUCESSO NAPOLEON HILL que
tivemos de decorar para recitá-la na manhã seguinte, às 8 horas, depois do
café.
Fiquei a noite inteira tentando decorar a filosofia. Por esse motivo, assim
como cerca de 90% dos participantes, dormi muito pouco (30min) no primeiro dia.
Apenas cinco ou seis pessoas conseguiram recitá-la. Para os que não decoraram o
texto, o castigo foi formar uma fila fora do auditório até memorizarem.
Enquanto tentávamos, desesperados, decorar a poesia, o monitor ficava vendendo
caixões de defunto de vários tamanhos e preços. A lição, segundo ele, era para
que não sofrêssemos, antecipadamente, com as coisas da vida.
Ao entrarmos no auditório novamente, nos perguntávamos se queríamos fazer parte
de uma nova família chamada “Família Silva”. Algumas pessoas responderam que
não, mas a palavra ‘não’ não era aceita pelos instrutores e membros. Em razão
disso, eles ficavam insistindo com a pergunta até a pessoa dizer que SIM.
Depois disso, iam para outro participante.
No sábado a tarde, cada um de nós foi induzido a sentar perto de uma pessoa
desconhecida e a contar para ela algum trauma de infância. Tudo era feito ao
som alto de uma música fúnebre. As pessoas choraram muito enquanto contavam
suas tristezas e sofrimentos vividos na infância devido aos maus tratos dos
pais. Após esses períodos, seria realizado, às 19 horas, um bailão, e todos
deveriam comparecer a caráter. Dançamos todos os tipos de musica com todos, não
importava se éramos casados, noivos, ou namorados, ninguém era de ninguém. Mas
os monitores não deixavam ninguém ir além da dança, para não denegrir a imagem
do curso.
Depois do baile houve uma coisa terrível. Todos os homens tiveram de se vestir
de mulher, se maquiar, colocar peruca, meia-calça, e depois desfilar para todas
as mulheres presentes. O objetivo dessa ‘terapia’ era eliminar todo e qualquer
preconceito. Depois da apresentação dos homens, foi a vez das mulheres. Elas se
fantasiaram com objetos eróticos sem qualquer pudor. A nossa mente, naquele
momento do curso, já estava aberta. Chegamos ao estado Alfa. Tudo o que nos
diziam era facilmente inculcado.
No domingo à tarde fizemos uma regressão até o útero materno. Pensando
realmente ter chegado lá, éramos obrigados a perdoar nossos pais por algum
trauma de infância que eles nos causaram. Aqueles que não quiseram perdoar
passavam novamente pelo mesmo processo. Éramos obrigados a similar um vômito
para representar que estávamos colocando de tudo de ruim pra fora. No final
fomos tratados como crianças, para que nos sentíssemos abertos para tudo que
pudéssemos aprender. Assim como eu, muitos perderam totalmente o senso crítico.
Passei a mexer com as mulheres. Para mim não a menor diferença em ser casado ou
não, em ser crente ou não. Estava em um processo de euforia muito grande, pois,
segundo eles, eu era uma criança de quatro anos.
A partir dessa fase passamos a ser ensinados em todas as coisas novamente.
Assim como uma criança, fomos aprendendo todas as coisas até a fase adulta,
quando então a ênfase positiva se voltou para nossa carreira profissional.
Ouvíamos mensagens do tipo: ‘agora tudo poderá ser alcançado por seus próprios
esforços!’; ‘você não precisa mais de ninguém!’; ‘você é auto-suficiente!’; ‘o
céu é o seu limite!’; ‘somente os melhores poderão ser aproveitados!’; ‘estamos
em uma Nova Era!’. Estávamos recebendo um tipo de doutrina na qual o centro da
vida é próprio homem, e Deus um figurante coadjuvante, perfeitamente
dispensável.
Saí do curso totalmente transformado, orientando-me apenas por esses conceitos.
Meus conhecimentos bíblicos, aprendidos na Escola Dominical e nos cultos, desde
a infância, já nem mesmo eram lembrados. Pedi então demissão da empresa que
trabalhava, pois achava que poderia encontrar algo melhor. Separei-me da minha
esposa, ficava, sem nenhum remorso, sem ver minha filha de dois anos por até
quinze dias e achava que estava ótimo. Mudei meu estilo de roupa, meu penteado,
vocabulário e achava que estava mais bonito, que realmente tinha melhorado.
Mas toda essa mascara, essa camuflagem diabólica começaram a cair, arruinando
minha vida emocional, profissional e familiar. Sentia forte depressão (leia-se
opressão) e os conflitos espirituais quase me deixaram louco. Meus amigos da
igreja perceberam que eu estava desequilibrado e desorientado. Comecei a perder
clientes importantes e já não conseguia saldar minhas dívidas, sofrendo vários
protestos e inclusão nos órgãos de proteção ao consumidor (SPC e Serasa). Foi
uma desgraça total!
Até que, não suportando mais esse quadro, o Espírito Santo de Deus, por sua
infinita misericórdia, fez-me lembrar do Senhor Jesus. Então orei para que o
Senhor me ajudasse a renunciar à obra do diabo na minha vida e a todos os
ensinamentos aprendidos no curso de Programação Neurolingüistica (PNL). O
Senhor Jesus me entender claramente como todos aqueles conceitos antibíblicos e
contrários ao plano de Deus para o homem.
Recorrendo novamente ao poder do sangue de Jesus para perdão dos pecados, e
auxiliado por irmãos valorosos de grupos de oração, fui totalmente restaurado.
Todas as áreas da minha vida antes afetadas por essas heresias foram
estabelecidas pelo Senhor Jesus. Estou novamente com minha esposa e minha
filha. O Senhor me devolveu meu anterior e meus antigos clientes. E agora estou
conseguindo honrar com todos os meus compromissos financeiros. E devo isso a
Deus.”
– Adotar partes de comportamento de outra pessoa para aumentar o rapport. Obter e manter rapport com outra pessoa, entrando no seu modelo de
mundo. É possível acompanhar crenças, idéias e comportamentos.
– Produto de um processo de refinamento e diferenciação das
informações sensoriais que obtemos do mundo.
– O processo pelo qual qualquer estimulo ou representação (externa ou
interna) fica conectado a uma reação e a dispara. As ancoras podem ocorrer
naturalmente ou ser criadas intencionalmente.
– Dentro de uma experiência, enxergar através dos próprios olhos, de
plena posse de todo os seus sentidos.
– Perceber atentamente o estado de outra pessoa, lendo os sinais
não-verbais.
– Estrutura unificadora da PNL. Uma matriz tridimensional de
níveis neurológicos, posições perceptivas e tempo.
– Relativo aos sentidos, ao aparato sensorial, que inclui sensações
táteis, sensações internas (como, por exemplo, as sensações lembradas e as
emoções) e o senso de equilíbrio.
– Que não está dentro de uma experiência, que observa ou ouve de
fora.
– Ter todos os canais sensoriais voltados ao nosso interior.
– Copiar de maneira precisa segmentos do comportamento de outra
pessoa.
– Entrar em contato com um estado mental através do comportamento.
Também significa coleta de informação, seja pela observação direta de sinais
não-verbais ou de perguntas do meta-modelo.
– Estado na qual a atenção e os sentidos estão voltados para
fora.
– A auto-imagem ou autoconceito. Quem a pessoa acha que é. A
totalidade do ser.
– Estado de conflito em que não se está totalmente empenhado no
objetivo. O conflito interno será expresso no comportamento da pessoa.
– Estado leve de transe em que a atenção se volta para dentro,
para os próprios pensamentos e sensações.
– Aspectos da personalidade que às vezes possuem intenções conflitantes.
– A forma como armazenamos imagens, sons e sentimentos do nosso
passado, presente e futuro.
– Radical que define o que existe em um nível lógico diferente. Derivado
do grego, significa “para além”.
– Comunicação indireta que utiliza uma história ou uma figura de
linguagem e implica uma comparação. Na PNL, a metáfora engloba parábolas,
alegorias e similaridades.
– Termo lingüístico que indica o processo de transformar um verbo
em substantivo abstrato.
– No discurso ou no pensamento, exclusão de uma parte da experiência.
– Modificar o próprio comportamento e estabelecer rapport, para que
outra pessoa o siga.
– Maneiras como sintonizamos e afinamos nosso corpo através da
respiração, postura, gestos e movimentos oculares, para pensar de determinado
modo.
– Forma hipnótica de linguagem, uma pergunta que é
interpretada como uma ordem.
– Termo lingüístico que se aplica a palavras como:
“todos” e “sempre”, que não admitem exceções. Uma das categorias do
meta-modelo.
– Relação de mútua confiança e compreensão entre duas ou mais pessoas.
A capacidade de provocar reações de outra pessoa. Também chamado de empatia.
– Um termo de computação que significa reorganizar a informação e/ou
filtrá-la durante o processo de reorganização.
– Aquele em que se percebe o mundo do ponto de vista de um
observador distante e indulgente. Uma das três posições perceptivas.
– Estado alterado de consciência em que a atenção se volta para dentro e
se concentra em poucos estímulos.
Só use as duas Bíblias traduzidas rigorosamente por equivalência formal a partir do Textus Receptus (que é a exata impressão das palavras perfeitamente inspiradas e preservadas por Deus), dignas herdeiras das KJB-1611, Almeida-1681, etc.: a ACF-2011 (Almeida Corrigida Fiel) e a LTT (Literal do Texto Tradicional), que v. pode ler e obter em BibliaLTT.org, com ou sem notas).
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