ENCONTRO OU DESENCONTRO?
Roberto César Alves do Nascimento roberto.cesar@bol.com.br
“Mas o Espírito
expressamente diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando
ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios”. 1 Tm 4:1
1. Introdução
O Encontro é Tremendo! Esta é a frase mais ouvida ultimamente nos
salões dos templos evangélicos, sejam eles pentecostais ou tradicionais. O mais
novo chavão evangélico pode ser visto em camisetas, adesivos para carros,
painéis decorativos, e principalmente na ponta da língua de diversos crentes.
Ecoa como um brado de vitória, como um grito de guerra, capaz de fazer o mais
simples dos cristãos se transformar no Super-Homem do avivamento. Para os que ainda
não foram atingidos por esta nova 'onda', trata-se do aspecto principal do
Modelo dos Doze, a nova visão para a Igreja em Células, preconizado pelo Pr.
César Castellanos Dominguez, da Colômbia.
Neste
pequeno relato conto a minha experiência de participação deste evento chamado
"Encontro", trazendo a público todas as suas principais
características. Não fiz nenhum pacto com ninguém. Tenho o compromisso, como
cristão, de trazer à luz , e desbaratar tudo o que se apresenta nocivo ao povo
de Deus. O apego à Palavra de Deus, o discernimento, o equilibrio, e a
observação, impediram o meu envolvimento emocional, o que permitiu a avaliação
cuidadosa de cada um dos seus aspectos. Do mesmo modo, o meu amor ao Senhor e a
meus irmãos me impediram de manter sigilo sobre as sutís e perigosas doutrinas
que ali são ministradas. Jesus disse em Mateus 10:26 "Portanto, não os temais; porque nada há encoberto que não haja de ser
descoberto, nem oculto que não haja de ser conhecido.". Espero que
aqueles que estão tendo oportunidade de ler este relato possam, à luz da
Palavra de Deus, refletir e tirar as conclusões devidas de cada ponto nele
apresentado.
2. Antecedentes
Durante dias a Igreja da qual sou
membro foi inundada e fortemente bombardeada pela frase "O ENCONTRO É TREMENDO".
Alguns poucos irmãos, juntamente com os pastores da igreja, que já haviam
participado deste Encontro, promovido por outras igrejas, foram os
protagonistas de tão intensa e exaustiva afirmação. Esta frase martelou
diariamente a cabeça de todos. A promessa de um encontro face a face com Deus
aumentava mais e mais a expectativa. O segredo quanto ao seu conteúdo, guardado
a sete chaves, o tornava mais atraente e desejado. Ainda seria necessário
passar pelo Pré-encontro, o qual
consistia de quatro palestras preparatórias.
Durante estas palestras foi pedido a todos sigilo absoluto quanto a tudo
que iriam ouvir e ver a partir daquele momento.
3. O Pré-Encontro
Este conjunto de palestras
leva o participante a reconhecer sua realidade espiritual, seu estado atual de pecador, e sua condição
como filho de Deus em Cristo Jesus. A estimulação para ir ao Encontro é
constante em todas as palestras.
4. O Encontro
Chegou enfim o dia tão
esperado. Fomos todos em um ônibus, em clima de grande euforia. No local
destinado ao retiro fomos recepcionados com explosões de fogos de artifício. Um
clima de grande festa. Recebemos diversas recomendações quanto ao
comportamento, das quais a de maior impacto foi a proibição de comunicação
interpessoal. Acreditem irmãos, a princípio eu achei ótimo.
A
primeira palestra ministrada foi
"O Peniel", cujo texto está em Gênesis 32:30. Fomos levados
entender a experiência de Jacó. Após a ministração fomos levados a meditar
sobre nossa real condição. Uma música de fundo era tocada enquanto éramos
liberados para sair do auditório e procurar um lugar onde poderíamos ficar a
sós com Deus. Foi um momento de muita comoção. Fomos liberados para chorar,
gritar, urrar, sem se preocupar com nada ou ninguém. Os pecados deveriam ser
confessados um a um, nome por nome, inclusive épocas em que ocorreram. Como
desde o princípio, não creio que tenha que trazer à memória meu passado antes
da minha conversão (II Cor. 5:17), eu decidi pensar na minha atual condição
diante de Deus. Foi um bom momento de reflexão sobre minha vida. Creio na
palavra em 1 João 1:9. Ao final voltamos todos para o auditório, eram mais ou
menos meia-noite. Depois fomos jantar e em seguida dormir.
A
segunda palestra, ministrada no sábado por volta das oito horas, foi acerca do que é o Encontro e quais os
resultados obtidos após ele. É neste momento que o Encontro é enfatizado como
algo que não pode ser jamais desprezado, pois de sua participação resultará a
transformação de sua vida, a renovação de seu coração, sua capacitação para ser
"um guia de multidões", além de receber definitivamente a fortaleza
de Cristo. É enfatizado a necessidade de estarmos ali, separados de tudo e de
todos, para termos este encontro com Deus. É usada a palavra em João 4:30
"Saíram, pois, da cidade e vinham
ter com ele." para explicar o privilégio ímpar de estarmos ali. Foi
esquadrinhada a Palavra em João 4:1-42
cujo resumo é : a mulher samaritana recebe a palavra, abre o coração, é
liberta, e torna-se uma grande missionária.
Após isso é enfatizada a importancia de ser um "sonhador". O
texto utilizado é João 11:11-25. Interpretando o verso 12 é dito que muitos dos
nossos sonhos estão mortos mas Jesus irá despertá-los. Enfatiza-se a linguagem
dos sonhos, onde tudo que acontece no mundo natural tem que ser conquistado
primeiramente no mundo sobrenatural.
Após esta palestra, que durou cerca de duas horas, fomos tomar café.
A
terceira palestra ministrada foi sobre Libertação (Quebra de maldição). Esta palestra começa com a afirmação que o
crente pode ter uma atitude "demonizada", descrita em Efésios
4:27. Ao falarem de maldições citaram
os textos de Deut. 11:26, Deut. 30:19, e Efésios 5:15-16. O preletor discorreu
sobre o surgimento das maldições, enfatizando a realidade da maldição
hereditária, e sua renúncia e quebra no Encontro, não importando se ela entrou
através dos pais, avós, bisavós, etc. Comecei a achar que alguma coisa não ia
bem, pois a Bíblia é clara em Ezequiel 18:20 quando diz "A
alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniquidade do pai, nem o pai
levará a iniquidade do filho, A justiça do justo ficará sobre ele, e a
impiedade do ímpio cairá sobre ele.", além de várias outras passagens
como Jeremias 31, Provérbios 3:33, 26:2, Gál 3:13, Colos. 2:14-15, Romanos
6:6-7, 2 Coríntios 5:17, João 8:36, dentre outros. Esta palestra demorou cerca
de três horas. Ao final fomos liberados para almoçar, era cerca de três horas
da tarde. Na porta do auditório interceptei o preletor e disse a ele que não
concordava com o que havia sido dito sobre maldição, que como crente converso
eu era nova criatura em Cristo Jesus, e que o fato de ter que voltar ao passado
era uma forma de anular a Cruz de Cristo. O preletor ficou sem resposta.
Após o
almoço fomos liberados para descansar um pouco. A partir daquele momento
comecei a ficar incomodado com toda aquela situação. Comecei a relacionar os
fatos, as palestras, os muitos depoimentos pessoais dos preletores, a
participação da equipe de apoio, as músicas, etc. Senti como se tudo que já
havia aprendido sobre a Cruz de Cristo não tivesse nenhum valor. Foi quando
tive um impulso para buscar a Palavra de Deus. Enquanto todos descansavam eu
comecei a estudar a Palavra. Escrevi quase duas páginas. Não tinha muito tempo,
pois ainda precisava passar a limpo tudo que havia escrito. O que escrevi
confirmou aquilo que penso acerca de minha salvação. Graças a Deus obtive esta
luz. O que escrevi baseou-se resumidamente em : Colossenses 2:14-15, Romanos 8,
Romanos 6, II Coríntios 5:17, Gálatas
6:17.
A quarta palestra ministrada foi
sobre comportamento no encontro e a nova postura após ele. Não há muito o que
falar sobre esta palestra senão o fato de relacionar a experiencia de Paulo com
o Encontro. Paulo não conhecia o amor de Deus, rendeu-se diante do Encontro com
Jesus, esteve três dias longe de tudo, quando ao final recebeu a grande
comissão de Cristo. Bem sugestivo não? Relacionando com esta experiência temos
: não conhecemos a Deus de fato; viemos para o Encontro onde ficamos longe de
tudo; fomos libertos da cegueira.
A
quinta palestra foi sobre "Cura Interior". O preletor inicia
explicando a diferença entre espírito, alma, e corpo. Afirma que no plano da alma residem todas as feridas e traumas da
vida. Relata uma lista grande de comportamentos causadores destas feridas. Ele
discorre sobre todos as possíveis feridas emocionais e suas diversas causas.
Relata alguns exemplos bíblicos tais como Moisés (língua pesada), Elias
(incapacidade de enfrentar Jezabel), Mirian (complexo de inferioridade), os 10
espias (complexo de inferioridade). Após isso passou a ministrar a cura
propriamente dita. Foi dito que para ser curado eram necessários dois passos :
romper o domínio de Satanás, tomando posse do que já era nosso; e receber a
cura de lembranças passadas. Em outras
palavras foi dito para voltarmos ao passado e desenterrarmos de lá os detalhes
mais sórdidos, desintulhando todo o lixo de que nos lembramos, jogando tudo
fora. Neste ponto é pedido para declararmos uns aos outros "Estou aberto
ao que Deus vai fazer em minha vida".
Durante esta ministração foram afastadas todas as cadeiras do auditório.
Foi posta uma música bem sugestiva, de adoração, e sem letra. Este momento
dividiu-se em três partes: 1) Fizemos uma regressão. Apagaram-se as luzes, foi pedido que visualizassemos o momento da
fecundação, depois a formação no útero materno, depois o nascimento, depois a
infância, depois a adolescência, etc. A visualização de cada fase foi
detalhadamente solicitada, onde fomos instruídos a lembrarmos dos momentos
difíceis, amargos, traumatizantes, etc. Em cada momento lembrado era pedido que
visualizássemos Cristo conosco e que devíamos liberar perdão para as pessoas
envolvidas. 2) Devíamos escolher um parceiro para o qual deveríamos confessar
nossas dores. O preletor oferecia um tempo para cada um confessar ao outro, e
ao final o ouvinte orava, conforme o modelo do preletor, declarando a cura
sobre este irmão, e vice-versa. Após
isso é ministrado a unção com óleo em cada participante. Quase todos os
participantes caíram. O fenômeno do cai-cai se instalou. Eu particularmente não
deixei que o preletor me ungisse com óleo. Após isso, todos em prantos, se
abraçando e se consolando, é pedido que voltássemos aos lugares onde foi
ministrada mais uma palestra sobre a Cruz de Cristo. Mais uma vez uma música de
adoração tocou, as cadeiras foram novamente afastadas, e foi pedido que
visualizássemos a vida de Jesus, desde o seu nascimento, apresentação no
templo, crescimento, seu ministério de cura e libertação, sua paixão , sua
traição, seu sofrimento vicário, os insultos, as chicotadas, os açoites, a dor
de levar a cruz, a crucificação. Foi pedido que nos víssemos no meio da
multidão que assistia a tudo, e ouviamos Jesus dizer que não foram os romanos e
nem os judeus que o tinham crucificado, mas o fato dEle estar ali era por causa
dos nossos pecados. Presenciávamos o grito do Salvador, a rendição do espírito,
a multidão se retira, nós nos retirávamos também. Ficamos sabendo que Jesus
havia ressuscitado. Foi pedido para que nos colocassemos debaixo da cruz para
sentirmos o sangue de Cristo caindo sobre nós. Ressucitamos com Cristo, a morte
e o pecado não tem mais domínio sobre nós. Após esse momento bradamos com
gritos de vitória e abraçamo-nos unos aos outros. 3) Após tudo isso o preletor
pede que peguemos um pedaço de papel e escrevessemos tudo o que o Espírito
Santo nos lembrar de coisas ruins, pecados, traumas, etc. Além disso foi pedido
para reunir que todo e qualquer objeto, que continha algum símbolo da Nova Era,
ou outros objetos quaisquer que poderiam lembrar situações ruins, ou se
relacionavam com atitudes ilícitas. Nesta hora fomos liberados para ir ao
dormitório. Ao voltarmos fomos separados em grupos de doze, e de mãos dadas,
fomos até uma grande fogueira onde lançamos tudo. Ao lançar os objetos e o
pedaço de papel bradamos em alta voz : "Estão anulados todos os argumentos
sobre minha vida". Confesso
irmãos, que apesar de participar destes eventos, estava convicto de que nada
disso era maior que a Cruz de Cristo em minha vida. Não confessei nada a
ninguém, não fiz regressão, e não escrevi nada no papel, e muito menos queimei
algum objeto. Simulei a minha participação para não provocar nenhum problema.
Depois disso tudo, já eram quase uma hora da manhã, fomos jantar e dormir.
Como
havia acontecido no sábado de manhã assim também foi no domingo. Fomos direto
para o auditório assistir a sexta palestra, que foi sobre estilos de oração e a
nova vida em Cristo. Interpelei o preletor e disse a ele que estava muito
preocupado com o que fora ministrado no sábado, em relação a Libertação e Cura
interior, e que gostaria de conversar detalhadamente depois sobre o assunto.
Depois fomos tomar café da manhã por
volta de nove e trinta.
A sétima palestra foi sobre
o Modelo dos Doze, onde foram apresentados seus diversos aspectos. Não vou
discorrer sobre este tema.
A última palestra foi sobre
Batismo no Espírito Santo. O preletor discorreu sobre os propósitos do batismo
no Espírito Santo, sobre os resultados, sobre as condições para recebê-lo,
sobre as evidências, e sobre a necessidade de ser cheio do Espírito. Após isso
começou o leilão do batismo. Este preletor era do tipo que empurrava a testa,
ocasionando várias quedas. Dessa vez eu também não cai, graças a Deus, apesar
de ter sido empurrado duas vezes.
Para finalizar ficamos no
auditório, após a palestra, onde um momento surpresa nos esperava. Foi pedido
que deitassemos com os olhos fechados. A medida que éramos chamados pelo nome
levantávamos uma das mãos e recebíamos
ao lado de nosso corpo um objeto. Quando todos receberam foi pedido que
abríssemos os olhos e verificassemos o conteúdo. Foi, para mim, o melhor
momento deste retiro. O objeto, um envelope, continha bombons, e vários cartões
e fotografias enviadas pela minha esposa. Ela não economizou, escreveu muitos
cartões. Montou um álbum com fotos de diversos momentos de nossa vida, tais
como namoro, noivado, e casamento. Foi um momento de grande quebrantamento.
Neste momento foi liberada a comunicação interpessoal, e todos se abraçaram e
se confraternizaram.
Como podemos ver, muitas
coisas boas aconteceram neste retiro. Não há dúvida que muitos de seus aspectos
são inéditos. Agora nem por isso devemos fechar nossos olhos às sutilezas que
foram ministradas juntamente com as coisas boas. Resumindo este Encontro eu
diria que ele tem três principais objetivos : Quebra de Maldições (Libertação),
Cura Interior, Batismo no Espírito Santo. Todos estes assuntos já foram bem
abordados e discutidos em diversos livros. São temas que apresentam muita
controvérsia. Cabe a cada um avaliar cada um destes temas, julgando-os à luz da
Palavra de Deus. Eu particularmente não concordo com nenhuma das abordagens
ministradas no Encontro. Creio ser uma forma muito sutil de negar a Cruz de
Cristo. Como isso é apenas um relato de minha experiência não vou entrar em
detalhes quanto à minha opinião.
É importante esclarecer
também que durante todos estes dias de retiro fomos bombardeados com a frase :
"O Encontro é Tremendo". As músicas "Eu quero é Deus" e
"Na casa de meu Pai há unçao e há poder" foram exaustivamente
tocadas. Os momentos de louvor eram altamente agitados, com pulos, danças
aeróbicas, trenzinhos, onde os principais incentivadores eram os preletores e
os irmãos da equipe de apoio.
O culto na igreja, realizado
no mesmo dia do retono do retiro, é marcado por manifestações de euforia que
chegam a passar dos limites da racionalidade. Gritos, pulos, danças aeróbicas,
assovios, fazem parte da expressão de todos os participantes deste Encontro. As
pessoas que ali estavam, tanto membros da igreja como visitantes ficavam sem
entender o que estava acontecendo. Os Pastores esforçavam-se para explicar o fato dizendo que
"estes irmãos tiveram um encontro face a face com Deus". Não houve
ministração da Palavra, mas sim testemunhos dos participantes do Encontro.
Muitos ficaram escandalizados, ao ponto de se retirarem.
5. O Pós-Encontro
Este conjunto de palestras
objetiva a consolidação dos aspectos do
Encontro. É marcado por muitos
depoimentos daquilo que foi conquistado.
Basicamente as palestras tratam da conservação daquilo que foi
conseguido no Encontro (Libertação e Cura Interior), das defesas contra as
retaliações de Satanás, e de como posso
deter as investidas do inimigo. O fatores "cobertura espiritual" e
"obediência e submissão" são muito enfatizados. Chegam a dizer que a
obediência aos Pastores é a nossa legalidade contra Satanás. Eu não creio
nisso, ao contrário eu creio que a Cruz de Cristo é a nossa legalidade. E vou
além em dizer que obediência e submissão não é imposta e sim conquistada
através da Palavra de Deus, assim como lemos em I Pedro 5:2 "Apascentai o rebanho de Deus, que está entre
vós, não por força, mas espontaneamente segundo a vontade de Deus; nem por
torpe ganância, mas de boa vontade;". Ao final de tudo somos
encorajados a participar da "Escola de Líderes", outro aspecto desse
Modelo dos Doze, e a participarmos como equipe de apoio em outros retiros. Mais
uma vez é reforçada a manutenção do silêncio absoluto quanto ao conteúdo do
Encontro. Após a última palestra fomos
convidados a participar da "queima de arquivo". Uma reunião, no
sábado seguinte, para queimarmos na fogueira os objetos remanescentes. Deste
evento eu não participei.
6. Conclusão
Depois de passar por todos
estes eventos, e perceber distorções da Palavra de Deus e enganos sutís, fui
compelido a pesquisar sobre cada assunto. Confesso que o que encontrei,
juntando com aquilo que já sabia, me deixou muito preocupado com o rumo que as
igrejas evangélicas, principalmente as renovadas, estão tomando. Muitas
doutrinas estranhas ao Cristianismo estão sendo sutilmente injetadas. Muitos
pastores e líderes na ânsia de verem suas igrejas crescerem e serem avivadas
estão adotando métodos e técnicas estranhas sem uma criteriosa investigação de
seus aspectos, muitas vezes ocultos. Muitas destas técnicas trazem em suas
entranhas práticas encontradas no espiritismo. Devemos ter muito cuidado com as
"novidades" que aparecem, e com os profetas de última hora que trazem
as revelações emergenciais de Deus. Paulo já advertia em Gálatas 1:8 "Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu
vos pregasse outro evangelho além do que já vos pregamos, seja anátema.".
Deus não sofre de processo de continuidade. Aquilo que Ele fez em Cristo Jesus
é perfeito e não necessita de retoques, e de que nada lhe seja tirado ou
acrescentado. A origem de seitas
heréticas decorre desta tentativa. Jesus Cristo também advertiu em Mateus 24:24
"porque hão de surgir falsos cristos
e falsos profetas, e farão grandes sinais e prodígios; de modo que, se possível
fora, enganariam até os escolhidos.". A vinda do AntiCristo seria
precedida por engano e apostasia. Paulo diz em II Tessalonicenses 2:9 "a esse iníquo cuja vinda é segundo a
eficácia de Satanás com todo o poder e sinais e prodígios de mentira,".
Por isso irmãos precisamos ser atalaias, sempre atentos. Devemos examinar tudo,
provar tudo, como em I João 4:1 "Amados,
não creiais a todo espírito, mas provai se os espíritos vêm de Deus; porque
muitos falsos profetas têm saído pelo mundo.", assim como em I
Tessalonicenses 5:21 "mas ponde tudo
à prova...", assim também como em I Coríntios 2:13 "...comparando coisas espirituais com
espirituais.". Temos que ser como os bereanos em Atos 17:11 "Ora, estes eram mais nobres do que os de
Tessalônica, porque receberam a palavra com toda avidez, examinando diariamente
as Escrituras para ver se estas coisas eram assim.". Temos a Bíblia, que é a Palavra de Deus,
como referência única e verdadeira. Que este
opúsculo possa servir de alerta aos meus irmãos em Cristo, como é dito
em Tito 1:9 "retendo firme a palavra
fiel, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para exortar na
sã doutrina como para convencer os contradizentes.
Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por fieis): BKJ-1611 ou LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, com notas para estudo) na bvloja.com.br. Ou ACF, da SBTB.