Li o excelente artigo
do Dr. Joseh Chambers, pastor do Pawcreek Ministries.
Decidi usar parte do mesmo, com minhas próprias palavras, usando somente as idéias dele com as quais concordo plenamente.
Nada tem causado maior dano ao povo pentecostal e às igrejas
carismáticas (neopentecostais ou baixo pentecostais) do que os falsos ensinos
relacionados com as atividades do Espírito Santo. Os pentecostais seguidores da
Bíblia (H1) seguem claramente a Palavra de Deus e entendem a obra soberana do
Espírito Santo em cada uma de suas manifestações. Vamos tratar aqui de alguns
aspectos particulares, ressaltando a diferença entre o fundamento
pentecostal bíblico e o engodo carismático. [Sempre que for usada a expressão “carismático/a”
subentenda-se “neopentecostal”, “baixo pentecostal” ou, como a autora costuma
se expressar, “penteca” [H2] ].
1. Adivinhação conhecida como “profecia pessoal” ou “profecia
particular”.
2. O Engodo da Oração em Línguas.
3.Oração Paranormal – Os bla-bla-blas interpretados como “oração no
Espírito”.
4.-Culto Contemporâneo/Carismático de Adoração.
1. - Adivinhação Conhecida Como “Profecia Pessoal” - Não existe
essa coisa de “profecia particular” (ou pessoal). O mundo carismático tem
promovido a falsa idéia da “profecia particular”, nas últimas décadas, o que
tem se tornado um pesadelo em muitas igrejas. Homens como Pat Robertson e Paul Crouch
têm acumulado fortunas e mudado o perfil da igreja com esse enganoso espírito
de adivinhação. Provavelmente a maior força no sentido de impulsionar suas
redes de TV ao estrelato tem sido o falso domínio por eles exercido sobre os
crentes que vêem os seus programas, com esses “privilegiados” usando o suposto dom
da adivinhação chamado “dom da profecia” ou “palavra do
conhecimento”. Esse dom é tão falso como o próprio Lúcifer e para nada
serve, a não ser para enganar os que nele acreditam... O crente deve ser guiado
em sua vida de piedade exclusivamente pela Palavra de Deus. Os tais profetas
constituem uma verdadeira “caixa de Pandora”, proferindo muitas vezes profecias
contraditórias aos homens e mulheres que andam em busca de um arco-íris,
permitindo que esses abusivos charlatães pronunciem sobre eles palavras
enganosas. Conheci algumas dessas almas confusas, especialmente um ministro do
evangelho, cujo ministério era totalmente controlado pelas “profecias
particulares”, tendo terminado num verdadeiro desastre...
O Apóstolo Pedro havia
usufruído a glória da Transfiguração e contou o testemunho que o Pai havia dado
sobre o seu Filho Amado - Jesus Cristo. Contudo, Pedro disse: “E temos, mui
firme, a palavra dos profetas” (2 Pedro 1:19), tendo identificado claramente
essa palavra como sendo a Bíblia. Em seguida ele acrescentou a obrigação de
nossa dependência das Escrituras, quando disse: “Porque a profecia nunca foi
produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram
inspirados pelo Espírito Santo” (2 Pedro 1:21). Em outras palavras, a profecia
é um dom que não deve ser usado para controlar, dirigir ou manipular pessoa
alguma (como tem acontecido nos meios carismáticos, com os falsos apóstolos e
profetas falando asneiras para proveito próprio). Os crentes devem ler e seguir
exclusivamente as Escrituras da Palavra de Deus, aplicando-as a si mesmos. Que
ninguém (padre, bispo, pastor, profeta, apóstolo, etc.) tente exercer qualquer
domínio ou autoridade sobre as suas vidas [(Paulo nos comanda em Gálatas 5:1:
“ESTAI, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a
colocar-vos debaixo do jugo da servidão”).
Geralmente, as tais “profecias particulares” servem tão somente para criar um
falso nível de conhecimento espiritual em benefício de quem “profetiza”. É como
se essa pessoa tivesse um conhecimento interior ou algum tipo de comunicação
direta com Deus. Os fundadores de falsas religiões, seitas e movimentos
espúrios têm usado sempre esse expediente, conseguindo enganar milhões de
pessoas que desconhecem a Bíblia... Lamentavelmente, existem milhões de pessoas
que seguem atrás dos milhares desses falsos profetas, emprestando-lhes os
ouvidos, escutando suas baboseiras. O pior é que as almas carentes que
escutam esse tipo de coisas permitem que os falsos profetas exerçam a direção
de suas vidas. Toda pessoa “nascida de novo” tem dentro de si o Espírito Santo,
que ali se encontra para dar direção e inspiração à sua vida. Ela não precisa
de um homem pecador para lhe ditar as regras do seu viver. O Espírito emprega a
Palavra de Deus por Ele inspirada exatamente para efetuar essa direção na
pessoa que a lê. Levar em conta as palavras dos falsos profetas é entregar-se a
um abismo perigoso.
A maioria desses “adivinhos”
nunca oferece além de palavras de garantia, de favor e de bênção. E quando
estas não funcionam, eles convencem os iletrados bíblicos de que foi por falta
de fé. Ora, os cristãos já possuem a promessa de bênçãos espirituais (Efésios
1:3) e não precisa andar atrás de bênçãos carismáticas, as quais apenas criam
uma enganosa sensação de bem estar...
O Pai celestial é um Deus pessoal. Ele cuida igualmente dos Seus filhos.
Ele conhece o nome de cada um de nós e até cada fio do nosso cabelo. Admitir a
necessidade de um vidente ou guru para se tomarem decisões ou escutá-lo falar
palavras extáticas sobre cada problema nosso é entregar-se à escravidão e não à
liberdade e verdade da Bíblia, conforme Gálatas 5:1. As pessoas que dependem
desse tipo de esperança são almas carentes, que têm preguiça de pesquisar os
ensinos bíblicos dentro dos respectivos contextos, preferindo correr em busca
de “uma palavra”. Tenho encontrado algumas que me perguntam: “MARY, você tem
alguma palavra para mim?” Respondo imediatamente: “Tenho, sim. Leia a
Bíblia e medita nas Sagradas Escrituras e ali terá uma palavra de Deus para
orientá-lo”.
Os dons são dados à igreja e funcionam para dar inspiração e poder à
Palavra de Deus. O Espírito Santo jamais age fora das Escrituras; Ele nos
ensina: “Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a
palavra de Deus”. Ele não usa outro tipo de “espada”, muito menos esses
pronunciamentos estáticos para se expressar e levar os crentes a cegos
tropeços... O fruto do Espírito Santo é dado ao crente em forma de “amor, gozo,
paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança” (Gálatas
5:22). A verdadeira atuação do Espírito é no sentido de engrandecer a obra do
Senhor Jesus Cristo e nunca de exaltar um pecador que se auto-intitula “profeta
ou apóstolo”. A aplicação das verdades bíblicas é uma responsabilidade
pessoal e ninguém pode transferi-la a outrem, por preguiça de ler e tentar
segui-las. O Senhor nos convida, pacientemente, em Isaías 1:18-a: “Vinde então,
e argüi-me, diz o SENHOR”.
Que
ninguém confunda o verdadeiro dom do “discernimento”; este nos é dado pelo
Espírito Santo, mediante o estudo constante da Palavra de Deus e pode ser usado
por um líder piedoso - pastor ou membro da igreja - que levem uma vida de
honestidade, piedade e sabedoria, podendo aconselhar os crentes com problemas e
também os que ainda se alimentam de leite desnatado. Paulo nos aconselhar a
levar as cargas uns dos outros, ajudando-nos em sincero amor cristão.
2. O Engodo da Oração em Línguas - Um dos falsos ensinos
mais presentes na Onda Carismática é o que eles chamam “Orar em
Línguas”. Existe uma verdade bíblica sobre ”orar no Espírito”, a qual foi à
igreja primitiva, pelo Apóstolo Paulo: “Porque, se eu orar em língua
desconhecida, o meu espírito ora bem, mas o meu entendimento fica sem fruto.
Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento;
cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento” (1 Coríntios
14:14-15). Judas 1:20 também diz: “Mas vós, amados, edificando-vos a vós mesmos
sobre a vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo”. A explicação para “orar
no Espírito” está em Romanos 8:26-27: “E da mesma maneira também o Espírito
ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como
convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis. - E
aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do Espírito; e é ele que
segundo Deus intercede pelos santos”. [Nota: Não é fantástico que eu tenha
aprendido isso com um líder pentecostal americano? - MS]
Na mensagem bíblica o
Espírito Santo é Soberano e nos ensina a orar como convém. Não engodo
carismático a soberania do Deus Espírito Santo é superada e o conteúdo da
mensagem passa para o controle enganoso de um “profeta” proferindo baboseiras
espirituais e engodando as almas piegas e carentes. Quem estuda a Bíblia com o
desejo de crescer na graça e no conhecimento do Senhor recebe a orientação do
seu Autor e não cai nas mãos desses charlatães que se locupletam de bens à custa
da preguiça e ingenuidade dos crentes.
O gozo espiritual de quem afirma estar “orando em línguas” é totalmente
falso. Cada manifestação do Espírito deve ser recebida conforme a 1 Pedro 1:21
já citada: “Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum,
mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo”. Em Atos
2:14, lemos que o Pai enviou o Espírito Santo para testificar aos judeus que
Jesus Cristo era realmente o Messias prometido e para fundar a igreja judaica
para a difusão do Seu Evangelho. Os apóstolos ficaram cheios do Espírito Santo
e falaram nas línguas dos judeus dispersos, ali presentes, os quais foram
convencidos da validade da oba de Cristo. Eles não falaram as baboseiras dos
“faladores de línguas” de hoje. Ao mesmo tempo, os fariseus e saduceus ficaram
admirados ao ver homens iletrados falando em línguas estrangeiras (não
estranhas), achando que eles estavam embriagados. Os carismáticos aproveitam e
distorcem este tipo de ensino, cambaleando como “embriagados no Espírito”, a
fim de engodarem os desconhecedores das verdades bíblicas. Esse tipo de
“embriaguez” sempre começa com o “orar em línguas” e nada tem a ver com a obra
do Espírito, mas com a carnalidade do homem ou atuação dos demônios.
O Espírito de Deus dignifica os cristãos e nunca os transforma em
répteis ou animais arrastando-se pelos salões e criando uma atmosfera de engodo
e ocultismo para as almas carentes da verdade. Quem assim age é o enganoso
coração humano, aliado ao espírito do erro, o qual se transforma em “anjo de
luz”, a fim de enganar os que buscam sensações e experiências, em vez de se
concentrarem numa diligente pesquisa bíblica. “Orar no Espírito” é se entregar
humildemente nas mãos de Deus, reconhecendo a própria incapacidade e confiando
em que o Espírito Santo vai supri-las de maneira admirável (Romanos 8:26-27, já
citado). Devemos rejeitar qualquer tipo de misticismo e nos dedicar
exclusivamente às verdades da Palavra de Deus.
3. Oração Paranormal - Um novo procedimento nas igrejas
carismáticas é proferir “gemidos inexprimíveis” como se procedessem do Espírito
Santo, os quais, na verdade, são imitações dos sussurros ouvidos nos terreiros
de vodu. Esse tipo de “gemido” é comum a todas as pessoas com tendências
psíquicas, dirigidas exclusivamente pela sua natureza adâmica. Como criaturas
físicas e espirituais, todos nós podemos ser usados para o bem ou para o mal,
para a rendição absoluta ao nosso Deus ou para a manipulação do nosso “enganoso
coração” (Jeremias 17:9) e até mesmo para as artimanhas do famigerado “anjo de
luz”. Os espíritos demoníacos vagueiam pela terra, buscando alguém para devorar
(1 Pedro 5:8) e atacam especialmente os iletrados na Palavra, os quais são mais
facilmente manipuláveis.
Os fenômenos presenciados nas igrejas carismáticas em Toronto (Canadá) e
nas igrejas “avivadas” em Pensacola (USA), não passam de engodos
parapsicológicos, usados por pessoas ansiosas por fama, riqueza e poder,
incorrendo nas admoestações de Paulo feitas na 1 Timóteo 6:9-10: “Mas os que
querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências
loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao
dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se
desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores”. Quem se
entrega a esse tipo de engodo comprova que não nasceu de novo e que a
sua experiência psíquica lhes apresenta um “outro Jesus”, em vez do verdadeiro
Jesus Cristo da Bíblia. O pior é que esse tipo de super-crentes costuma
aproximar-se das pessoas carentes para induzi-las ao erro. Por outro lado,
tentam enfrentar os que deles discordam, ameaçando-os com maldição e
condenação. E quando expomos os seus erros, eles costumam dizer que “Deus
não permite que julguemos os outros”, usando erroneamente o conteúdo de
Mateus 7:1-2: “Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo
com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos
hão de medir a vós”, no qual o Senhor fala aos judeus, num contexto totalmente
diferente do contexto carismático atual, quando temos a obrigação expor os seus
erros doutrinários.
Quando nos rendemos ao
Senhor, através da oração, não temos a necessidade de forçar quem quer que seja
a nos seguir o exemplo. Não cometemos a estultícia de “exigir” coisa alguma do
Senhor, nem precisamos dar uma resposta relâmpago às nossas orações, pois
sempre nos sujeitamos à perfeita e agradável vontade de Deus, com as nossas
mentes renovadas pela leitura consistente de Sua Palavra Santa. As curas e
respostas aos crentes “avivados” são efêmeras, variando conforme o seu humor.
Judas descreve esse tipo de pessoas nos versos 11-13: “Ai deles! porque
entraram pelo caminho de Caim, e foram levados pelo engano do prêmio de Balaão,
e pereceram na contradição de Coré. Estes são manchas em vossas festas de amor,
banqueteando-se convosco, e apascentando-se a si mesmos sem temor; são nuvens
sem água, levadas pelos ventos de uma para outra parte; são como árvores
murchas, infrutíferas, duas vezes mortas, desarraigadas; ondas impetuosas do
mar, que escumam as suas mesmas abominações; estrelas errantes, para os quais
está eternamente reservada a negrura das trevas”.
Castigo aos rebeldes - As igrejas de Toronto e Pensacola costumam castigar
os crentes “rebeldes” que não se submetem aos seus caprichos religiosos.
Muitos crentes são forçados a se unir aos engodos carismáticos, com medo da
punição eclesiástica. Outros pedem ajuda a pastores e leigos esclarecidos
(geralmente batistas fundamentalistas bíblicos). Paulo já aconselhava os
crentes do seu tempo, conforme Efésios 6:11-12: “Revesti-vos de toda a armadura
de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo.
Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os
principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século,
contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais”. Satanás e
seus anjos não andam se manifestando em cada recanto dos nossos lares, nem nas esquinas
de nossas cidades, como esses carismáticos insinuam. Ele age, de preferência,
nas igrejas que os convocam, a todo instante, ameaçando os crentes e usando
erroneamente os versos bíblicos que falam das “forças espirituais do mal”.
Esses charlatães bíblicos nunca usam o contexto...
A mania dos pastores carismáticos (todos eles malaquianos de
carteirinha) é ameaçar os crentes novos, dizendo que estes estão incorrendo em
castigo divino por “não terem seguido a sua vocação”. Eles são
especialistas em usar textos fora do contexto e o crente imaturo costuma cair
em sua conversa fiada. Castigar os renitentes é típico dos terreiros de macumba
e do vodu. Os agrilhoados ao erro têm a consciência incrustada no sentimento de
culpa e morrem de medo dos seus “guias” espirituais. Isso também acontece, e
muito, no baixo pentecostalismo.
A Palavra de Deus é clara,
quando nos ensina na 1 João 5:18: “Sabemos que todo aquele que é nascido de
Deus não peca; mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno
não lhe toca”. Ora, se alguém crê que o Senhor Jesus é Deus, que Ele
morreu na cruz por nossos pecados e ressuscitou. E se confia totalmente
em Seu sacrifício vicário, invocando com fé o seu Nome, reconhecendo, ao mesmo
tempo, que é um pecador carente da GRAÇA de Deus, esse alguém “nasce de
novo” e, portanto, não pode ser tocado pelo maligno, conforme os
carismáticos estão sempre ameaçando quem discorda de suas doutrinas esdrúxulas.
O Evangelho de Cristo é simples demais; porém esses “apóstolos & profetas”
carismáticos, operadores do erro, estão transformando-o numa cadeia de regras
judaizantes. Paulo já advertia os coríntios na 2 Coríntios 11:3: “Mas temo que,
assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de
alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que
há em Cristo”.
Satanás deseja possuir os seus adoradores e usa cada uma de suas vítimas
a seu bel-prazer. O Espírito Santo habita no coração do homem nascido de novo,
para testificar continuamente o Senhorio de Cristo. Enquanto Satanás manipula
as emoções e experiências carnais, o Espírito de Deus leva os crentes a
constantes manifestações de amor alegria e paz, sem excitação alguma,
muitas vezes quando eles estão sozinhos, orando de joelhos em seu quarto,
executando um trabalho caseiro, ou um trabalho na obra do Senhor.
O Espírito Santo é o nosso hóspede e nos inspira glória e louvor
silenciosos ao Pai celestial e a Cristo, sem crises de exaltação carnal e
emocional. Em Habacuque 2:20, lemos: “Mas o SENHOR está no seu santo templo;
cale-se diante dele toda a terra”. As igrejas carismáticas ainda desconhecem
que Deus não é surdo e usam uma gritaria insana, tentando “acordar” a
Trindade, gritando estrepitosamente e até cantando corinhos tolos, pedindo, por
exemplo, que venha uma tempestade sobre a igreja, etc. Imaginem se Deus
escutasse essas baboseiras e atendesse aos seus clamores? Qualquer serviço
religioso que ultrapassa os ensinos da Bíblia deve ser considerado espúrio. Que
os engodados por essa turma de “pastores & mestres” judaizantes possa
confiar exclusivamente nas verdades bíblicas, deixando de temer as ameaças de
maldição e castigo proferidas por esses contraventores religiosos.
4. Culto Contemporâneo - A moda nas igrejas carismáticas é a
chamada “adoração contemporânea”. E não somente nas carismáticas, mas também
nas mega e meta-igrejas, que crescem assustadoramente por causa de sua
prática de misturar o evangelho com a psicologia “cristã” e uma boa dose de
política e mundanismo. Um dos papas desse tipo de adoração é Rick Warren, em
sua busca amistosa de adoradores superficiais. Nenhum pastor
contemporâneo, quer seja na União Européia e ou nos Estados Unidos, acredita
realmente na Divindade de Cristo. A maioria deles é ligada aos altos escalões
da Maçonaria e trabalha em surdina, visando à implantação da Nova Era Global,
com a esperança da reconstrução do novo templo de Jerusalém, onde os judeus e
os cristãos apóstatas irão entronizar o seu “cristo”. Todos eles adotam a
teoria de Agostinho (Dominionismo) de que a igreja vai dominar o mundo, a
qual foi adaptada pela nova geração carismática americana, com a idealização do
que eles chamam “Reconstrucionismo”, ou seja, o domínio mundial (religioso e
moral) através do evangelho e da política da igreja americana. Esse objetivo
tem englobado todas as denominações e os carismáticos são os mais empenhados
nesse esforço, numa atmosfera de paz e amor inspirada (segundo eles)
pelo Espírito Santo, sem contestações doutrinárias, sendo, no âmago uma
adaptação do Hinduísmo que tem predominado nas mentes ocidentais. Através dessa
política religiosa de “amor e compreensão”, numa salada indigesta de misticismo
oriental e catolicismo medieval, os carismáticos estão agindo para
estabelecer o governo mundial do Anticristo.
As igrejas do adorador contemporâneo usam uma programação que
agrada os freqüentadores: assim elas realizam os cultos para adultos e idosos,
com música clássica, e os cultos para jovens e crianças, com música rock ou
coisa pior. Ninguém está preocupado em agradar a um Deus “antiquado”, mas ao
crente moderno; por isso a adoração contemporânea é, antes de tudo,
antropocêntrica... Mesmo porque os seus líderes acham que Deus tem obrigação de
adaptar-se aos desejos do homem! Ora, como o Deus dos carismáticos é “surdo”,
Ele não vai se preocupar com uma igreja que abusa dos decibéis... Ele deve se
contentar em que os seus “adoradores contemporâneos” estejam na maior euforia,
sentindo-se bem “no Espírito”, daí por que Ele se apressa em conceder todas as
“bênçãos materiais e espirituais” que eles “exigem”.
As igrejas carismáticas adotaram (talvez até por ignorância) a teoria
principal dos jesuítas: “Os fins justificam os meios”. Se é para a
igreja crescer, tudo é válido! Essa teoria foi primeiramente usada pelo pastor pentecostal/budista
Paul (David) Yonggi Cho e em seguida assimilada pelo baixo
pentecostalismo carismático.
Ao contrário dos pentecostais tradicionais, os carismáticos costumam
adorar em estado alterado de consciência “transe”. Levantam as mãos,
gesticulam, fecham ou reviram os olhos, dançam, requebram e fazem outras coisas
esdrúxulas. Caqui no Brasil, certa cantora gospel andou rastejando pelos
palcos, dizendo que recebeu o espírito do “Leão de Judá”. Ela é tão
ignorante na Bíblia que não sabe distinguir entre os títulos do Senhor
Jesus Cristo na igreja e os títulos Dele em Israel. Ela não sabe que “Leão da
Tribo de Judá” é um título exclusivo do Messias de Israel, na época da
pós-tribulação, quando ele vier glorioso para governar o Seu povo (Apocalipse
5:5). O Seu título principal na igreja é “Rei dos reis e Senhor dos
senhores”, referindo-se ao fato de que Ele seria adorado pelos reis da
terra... A partir de Apocalipse 4:1, a igreja terá sido arrebatada e tudo que o
Livro de Apocalipse anuncia é para os judeus e o futuro reinado de Cristo.
Muitos adoradores carismáticos costumam cair pesadamente ao chão,
“embriagados do Espírito”, ou seja, em transe, e para levantá-los são
necessários alguns homens fortes. Isso acontece muitas vezes nos centros
espíritas. Conheci uma jovem (Savany, hoje convertida a Cristo e membro
de uma igreja batista em Fortaleza, Ce.) que recebia um “santo” qualquer no
terreiro de umbanda. Ela ficava tão forte e perigosa que dois homens fortes não
conseguiam segurá-la, mesmo sendo uma garota franzina, com pouco mais de
40 kg de peso. Os carismáticos agem do mesmo modo. Não devem ficar possuídos do
“Leão”, mas do “Rinoceronte”, o que demonstra não ser exatamente o Espírito
Santo, mas “outro espírito” quem os impulsiona às suas esquisitices.
Demos graças a Deus porque Ele é soberano. Seu povo muitas vezes começa
agindo erroneamente, mas dentre tantos milhares, muitos começam a enxergar o
erro em que estão imersos e se voltam para o estudo da Bíblia, abandonando
essas práticas estranhas que podem conduzi-los ao abismo de fogo.
Uma coisa deve ficar
absolutamente clara: Só vai comparecer diante do trono da glória quem estiver
remido pelo Sangue precioso de Cristo, confiando exclusivamente em Sua Palavra
santa, pela qual todos nós seremos julgados (João 12:48). Que as vítimas do
engodo baixo pentecostal abandonem esse pantanal religioso/místico/carismático
e se voltem exclusivamente para “Jesus, o autor e consumador de nossa fé.
(Hebreus 12:2).
Mary Schultze, 19/07/2007.
http://www.cpr.org.br/Mary.htm
Trabalho embasado no artigo escrito pelo
pastor do
Paw Creek Ministries, Joseph Chambers,
intitulado
“Charismatic False Teachings”.
(NOTA 1 de Hélio: Há enormes
diferenças de graus de erros entre os ramos da árvore pentecostal, mas
considero que TODOS estes ramos da têm um grave erro em comum que provém das
suas raízes: exigirem que Deus lhes esteja dando os mesmos dons que foram
exclusivos dos 83 apóstolos + discípulos. E colocarem emoções, sentimentos,
experiências, a par ou mesmo mais alto que a Bíblia. Não há “pentecostalismo
bíblico”. E temo que 99% dos membros de igrejas arminianas não sejam salvos,
penso nelas com muito carinho, como pessoas interessadas mas ainda carecendo da
verdadeira salvação, aquela que crê “uma vez salvo, sempre salvo”, ao invés de confiar
nas suas forças para se preservar salvo. Quem crê assim, em qualquer
denominação, precisa ser evangelizado de verdade e ser salvo de verdade, tanto
quanto um muçulmano precisa!
Quem crê assim, em qualquer denominação,
não é, ainda, nosso irmão.)
(*NOTA 2 de Hélio: Eu posso chamar mentiroso de mentiroso, ladrão de ladrão,
mas não gosto de usar apelidos feitos somente para ofender as pessoas e para se dar
risadas deles... É mais fácil conseguirmos recuperar do erro um pentecostal
chamando-o de pentecostal do que de penteca. É difícil uma pessoa errada (por
falta de instrução, mas sincera, não em rebelião total) ouvir o que Deus lhe
diz se eu a chamar de judeu nojento, branco azedo, negro safado, velho caduco,
jumento decrépito, aprendiz de Satanás, etc.)
Todas as citações bíblicas são da ACF (Almeida Corrigida Fiel, da SBTB). As ACF e ARC (ARC idealmente até 1894, no máximo até a edição IBB-1948, não a SBB-1995) são as únicas Bíblias impressas que o crente deve usar, pois são boas herdeiras da Bíblia da Reforma (Almeida 1681/1753), fielmente traduzida somente da Palavra de Deus infalivelmente preservada (e finalmente impressa, na Reforma, como o Textus Receptus).