1) Mesmo que houvesse em 1Cor (escrita por Paulo, em algum ponto entre os anos 52 e
56 DC) a indisputável prova de que todos (ou alguns de) os crentes em Corinto tinham o dom de
miraculosa e perfeitamente falarem em idiomas humanos que jamais haviam estudado, isto não implicaria que
alguém, hoje, pudesse ter tal dom:
21 ¶ Está escrito na lei: Por gente de outras línguas, e por outros lábios, falarei a ESTE POVO; e ainda assim me não ouvirão, diz o Senhor. 22 De sorte que as línguas são um sinal, não para os fiéis, mas para os INFIÉIS; e a profecia não é sinal para os infiéis, mas para os fiéis. (1 Coríntios 14:21-22; Conf. Is 28:11)
- "Você pode provar isto, Hélio"?
Sim: se os crentes estivessem sendo dominados e controlados pelo Espírito Santo de Deus, como é que
precisaram receber tão pesada repreensão e instrução (1Cor 14) para não continuarem fazendo bagunça e confusão????
Em que ponto da Bíblia uma pessoa crente CONTROLADA pelo Espírito Santo de
Deus tem que ser vigiada, repreendida, policiada, obrigada a não fazer nada
indigno (ou menos que perfeito) enquanto está sob o controle total do Perfeito??? Que
louco absurdo isto seria!
- "Hélio, o que eram, então, as 'línguas' que os coríntios
falavam?"
Ora, em nenhum local da Bíblia é dito que eram línguas ESTRANHAS isto é, nunca aprendidas (se alguém achar onde é dito, favor me
informar. Mas, mesmo assim, prevalece (1) para hoje).
Também nunca é dito que as línguas eram MIRACULOSAS, que eram DONS, que eram dons do ESPÍRITO SANTO (se alguém achar onde é dito, favor me informar.
Mas, mesmo assim, prevalece (1) para hoje).
- "Mas que eram, mesmo, estas 'línguas' que os coríntios falavam, Hélio?"
Simplesmente, eram idiomas humanos que haviam sido aprendidos. Elaborando:
a) Alguns crentes nativos de Corinto legitimamente usavam idiomas humanos (que já haviam aprendido) para pregar a um estrangeiro visitando a cidade e
que estivesse presenciando o culto da igreja (como se eu, que sei algum inglês, pregasse em inglês a um
americano que não soubesse português e estivesse em visita ao Brasil e fosse a
um culto da minha igreja). Isto não devia nem deve ser proibido.
b) Alguns crentes visitantes, que não falavam o idioma comum de Corinto, também podiam legitimamente pregar nos seus
próprios idiomas e serem traduzidos para o idioma de Corinto (como se um pastor americano, sem
saber português, em visita ao Brasil, pregasse em inglês e eu traduzisse para português, para todos
entenderem). Isto não devia nem deve ser proibido.
c) Muitos crentes nativos de Corinto, carnais, ameninados, exibicionistas, cobiçosos de IMITAREM os apóstolos, estavam pregando em
idiomas estrangeiros, mas o faziam sem nenhuma necessidade (deviam pregar no idioma comum, que todos conheciam),
e/ou o faziam sem nenhuma utilidade (não havia quem entendesse, ou não havia quem traduzisse). Às vezes, falavam
2, 3 ou mais desses crentes acriançados, ao mesmo tempo, pura bagunça. (Como se, numa igreja brasileira de 100 pessoas, 98 pessoas só soubessem
português, houvesse 1 pessoa que soubesse japonês e 1 pessoa que soubesse chinês, e ambas, por puro exibicionismo carnal,
levantassem
começassem a pregar bem alto, ao mesmo tempo... Que bagunça ... Que
exibicionismo carnal ...)
Post Scriptum:
O Teste- Prova- Desafio dos 20 Intérpretes
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Hélio de M. Silva, junho 2001.
Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por fieis): BKJ-1611 ou LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, com notas para estudo) na bvloja.com.br. Ou ACF, da SBTB.