. «Mas,
ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura a coisa formada dirá
ao que a formou: Por que me fizeste assim?» (Rm 9.20 - ACF)
. «Por isso
sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas
perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco
então sou forte» (2Co 12.10 - ACF)
.
«Aquele que for irrepreensível, marido de uma mulher, que tenha filhos
fiéis, que não possam ser acusados de dissolução nem são desobedientes.
Porque convém que o bispo seja irrepreensível, como despenseiro da casa de
Deus, não soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem
cobiçoso de torpe ganância; Mas dado à hospitalidade, amigo do bem,
moderado, justo, santo, temperante; Retendo firme a fiel palavra, que é
conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã
doutrina, como para convencer os contradizentes. Porque há muitos
desordenados, faladores, vãos e enganadores, principalmente os da
circuncisão, Aos quais convém tapar a boca; homens que transtornam casas
inteiras ensinando o que não convém, por torpe ganância» (Tito 1.6-11 -
ACF)
Compilado por Israel Reis
A Teologia
da Prosperidade
A mensagem
dos profetas da Prosperidade está centrada na saúde e na prosperidade, e
não na salvação, sendo um desvio do verdadeiro evangelho de CRISTO.
O movimento Confissão Positiva não é denominação e nem seita, mas um
movimento no seio das igrejas pentecostais e neopentecostais, que
enfatiza o poder do crente em adquirir tudo o que quiser. É, também,
conhecido como 'Teologia da Prosperidade', 'Palavra da Fé' ou
'Movimento da Fé'. Sua origem está no ocultismo, suas crenças e práticas,
algumas vezes, são aberrações doutrinárias e outras heresias. A Confissão
Positiva é uma adaptação, com aparência cristã, das idéias do
hipnotizador Finéias Parkhurst Quimby (1802-1866), conhecido como Pai
da Ciências da Mente. Quimby era praticamente da saúde mental e
acreditava que o pecado, a enfermidade e a perturbação só existem na mente
das pessoas, e não, na realidade. Chamava seu sistema metafísico de cura de
'Ciência do CRISTO', e, em 1863, chamou-o de 'Ciência Cristã'. Os
quimbistas criam no poder da mente, negavam a existência da matéria,
do sofrimento, do pecado e da enfermidade. Deles, surgiram vários
movimentos ocultistas. Seus promotores querem, ainda hoje, passar-se por
cristãos evangélicos. (Soares,
Esequias. Heresias e Modismos: Uma análise crítica das sutilezas de Satanás
- pp. 305,6).
“O
PECADO DA ‘TEOLOGIA DA PROSPERIDADE’ CONSISTE EM SUA ANULAÇÃO DA SOBERANIA
DE DEUS”
LEITURA
BÍBLICA
DEUS
É ETERNO
|
Sl
90.2
|
O
HOMEM É MORTAL
|
Is
51.12
|
A
BÍBLIA É A INFALÍVEL REVELAÇÃO DE DEUS
|
Jo
10.35
|
A
SALVAÇÃO FOI CONQUISTADA NA CRUZ
|
Cl
2.15
|
OS
JUSTOS TAMBÉM SOFREM
|
1Pe
4.12
|
DEVEMOS
SERVIR UNS AOS OUTROS
|
Gl
6.2
|
Introdução
A parábola do
rico insensato
E disse-lhe um da multidão:
Mestre, dize a meu irmão que reparta comigo a herança. Mas ele lhe disse:
Homem, quem me pós a mim por juiz ou repartidor entre vós? E disse-lhes:
Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não
consiste na abundância do que possui. E propôs-lhe uma parábola, dizendo: A
herdade de um homem rico tinha produzido com abundância; E ele arrazoava
consigo mesmo, dizendo: Que farei? Não tenho onde recolher os meus frutos.
E disse: Farei isto: Derrubarei os meus celeiros, e edificarei outros
maiores, e ali recolherei todas as minhas novidades e os meus bens; E direi
a minha alma: Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos;
descansa, come, bebe e folga. Mas Deus lhe disse: Louco! esta noite te
pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? Assim é aquele
que para si ajunta tesouros, e não é rico para com Deus” (Lc 12.13-21 -
ACF)
* O
OBJETIVO DESSE ARTIGO É:
- Explicar as raízes da
Teologia da Prosperidade.
- Descrever os principais
ensinamentos da Teologia da Prosperidade.
- Analisar as principais
conseqüências da Teologia da Prosperidade.
. Não
é errado o crente ser próspero, porque Deus é bom e deseja que tenhamos uma
vida abundante cf. (Jo 10.10).
Entretanto, isso não significa
que teremos ausência de dor, escassez ou momentos difíceis. A Palavra de
Deus esta repleta de exemplos de homens que padeceram dores, enfermidades e
escassez. Por isso, não podemos aceitar as heresias e as aberrações da
chamada “Teologia da Prosperidade”. Este movimento que surgiu no EUA
alastrou-se rapidamente pela América Latina e tem feito muitas igrejas
abandonarem o genuíno evangelho. Precisamos estar atentos, como disse-nos
Jesus: “E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a
vida de qualquer não consiste na abundância do que possui” (Lc 12.15 - ACF)
Teologia da Prosperidade: uma
teologia centrada na saúde e na prosperidade material, não na salvação
em Jesus Cristo.
Veremos a verdadeira prosperidade
bíblica em contraposição á Teologia da Prosperidade, também
conhecida como “Confissão Positiva”, que se constituiu uma ameaça a
igreja cristã. Veremos que o fundamento da chamada “Teologia da
Prosperidade” é um equívoco, mas isso não anula a prosperidade
ensinada na Palavra de Deus.
RAÍZES HISTÓRICAS DA TEOLOGIA DA PROSPERIDADE
Por
Alderi Souza de Matos
HISTÓRIA
O evangelicalismo brasileiro apresenta características apreciáveis
e preocupantes. Entre estas últimas está o gosto por novidades. Líderes e
fiéis sentem que, para manter o interesse pelas coisas de Deus, é preciso
que de tempos em tempos surja um ensino novo, uma nova ênfase ou
experiência. Geralmente tais inovações têm sua origem nos Estados
Unidos. Assim como outros países, o Brasil é um importador e
consumidor de bens materiais e culturais norte-americanos. Isso ocorre
também na área religiosa. Um movimento de origem americana que tem tido
enorme receptividade no meio evangélico brasileiro desde os anos 80
é a chamada teologia da prosperidade. Também é conhecida como “confissão
positiva”, “palavra da fé”, “movimento da fé” e “evangelho
da saúde e da prosperidade”. A história das origens desse ensino revela
aspectos questionáveis que devem servir de alerta para os que estão
fascinados com ele. Ao contrário do que muitos imaginam, as idéias
básicas da confissão positiva não surgiram no pentecostalismo, e sim
em algumas seitas sincréticas da Nova Inglaterra, no início do século
20. Todavia, por causa de algumas afinidades com a cosmovisão
pentecostal, como a crença em profecias, revelações e visões, foi em
círculos pentecostais e carismáticos que a confissão positiva
teve maior acolhida, tanto nos Estados Unidos como no Brasil. A
história de seus dois grandes paladinos irá elucidar as raízes dessa
teologia popular e mostrar por que ela é danosa para a integridade do
evangelho.
Essek W. Kenyon, o
pioneiro
Embora os adeptos da teologia da prosperidade considerem Kenneth Hagin
o pai desse movimento, pesquisas cuidadosas feitas por vários estudiosos,
como D. R. McConnell, demonstraram conclusivamente que o
verdadeiro originador da confissão positiva foi Essek William Kenyon
(1867-1948). Esse evangelista de origem metodista nasceu no condado
de Saratoga, Estado de Nova York, e se converteu na
adolescência. Em 1892 mudou-se para Boston, onde estudou no Emerson
College, conhecido por ser um centro do chamado movimento “transcendental”
ou “metafísico”, que deu origem a várias seitas de orientação
duvidosa. Uma das influências recebidas e reconhecidas por Kenyon nessa
época foi a de Mary Baker Eddy, fundadora da Ciência Cristã. Kenyon
iniciou o Instituto Bíblico Betel, que dirigiu até 1923.
Transferiu-se então para a Califórnia, onde fez inúmeras campanhas
evangelísticas. Pregou diversas vezes no célebre Templo Angelus, em
Los Angeles, da evangelista Aimee Semple McPherson, fundadora da Igreja
do Evangelho Quadrangular. Pastoreou igrejas batistas independentes
em Pasadena e Seattle e foi um pioneiro do evangelismo pelo rádio, com
sua “Igreja do Ar”. As transcrições gravadas de seus programas
serviram de base para muitos de seus escritos. Cunhou muitas expressões
populares do movimento da fé, como “O que eu confesso, eu possuo”.
Antes de morrer, em 1948, encarregou a filha Ruth de dar
continuidade ao seu ministério e publicar seus escritos. Quais eram as
crenças dos tais grupos metafísicos? Eles ensinavam que a verdadeira
realidade está além do âmbito físico. A esfera do espírito não só é
superior ao mundo físico, mas controla cada um dos seus aspectos. Mais
ainda, a mente humana pode controlar a esfera espiritual. Portanto, o ser
humano tem a capacidade inata de controlar o mundo material por meio de sua
influência sobre o espiritual, principalmente no que diz respeito à cura de
enfermidades. Kenyon acreditava que essas idéias não somente eram
compatíveis com o cristianismo, mas podiam aperfeiçoar a espiritualidade
cristã tradicional. Mediante o uso correto da mente, o crente poderia
reivindicar os plenos benefícios da salvação.
Kenneth Hagin, o
divulgador
O grande divulgador dos ensinos de Kenyon, a ponto de ser
considerado o pai do movimento da fé, foi Kenneth Erwin Hagin
(1917-2003). Ele nasceu em McKinney, Texas, com um sério
problema cardíaco. Teve uma infância difícil, principalmente depois dos 6
anos, quando o pai abandonou a família. Pouco antes de completar 16
anos sua saúde piorou e ele ficou confinado a uma cama. Teve então
algumas experiências marcantes. Após três visitas ao inferno e ao céu,
converteu-se a Cristo. Refletindo sobre Marcos 11.23-24, chegou à
conclusão de que era necessário crer, declarar verbalmente a fé e agir como
se já tivesse recebido a bênção (“creia no seu coração, decrete com a
boca e será seu”). Pouco depois, obteve a cura de sua
enfermidade. Em 1934 Hagin começou seu ministério como pregador
batista e três anos depois se associou aos pentecostais. Recebeu o
batismo com o Espírito Santo e falou em línguas. No mesmo ano foi licenciado
como pastor das Assembléias de Deus e pastoreou várias igrejas no Texas.
Em 1949 começou a envolver-se com pregadores independentes de cura
divina e em 1962 fundou seu próprio ministério. Finalmente, em
1966 fez da cidade de Tulsa, em Oklahoma, a sede de suas
atividades. Ao longo dos anos, o Seminário Radiofônico da Fé, a
Escola Bíblica por Correspondência Rhema, o Centro de Treinamento Bíblico
Rhema e a revista “Word of Faith” (Palavra da Fé) alcançaram um imenso
número de pessoas. Outros recursos utilizados foram fitas cassete e mais de
cem livros e panfletos. Hagin dizia ter recebido a unção
divina para ser mestre e profeta. Em seu fascínio pelo sobrenatural,
alegou ter tido oito visões de Jesus Cristo nos anos 50, bem como
diversas outras experiências fora do corpo. Segundo ele, seus ensinos lhe
foram transmitidos diretamente pelo próprio Deus mediante revelações
especiais. Todavia, ficou comprovado posteriormente que ele se
inspirou grandemente em Kenyon, a ponto de copiar, quase palavra por palavra,
livros inteiros desse antecessor. Em uma tese de mestrado na
Universidade Oral Roberts, D. R. McConnell demonstrou
que muito do que Hagin afirmou ter recebido de Deus não passava de plágio
dos escritos de Kenyon. A explicação bastante suspeita dada por
Hagin é que o Espírito Santo havia revelado as mesmas coisas aos dois.
Reflexos no Brasil
Os ensinos de Hagin influenciaram um grande número de pregadores
norte-americanos, a começar de Kenneth Copeland, seu herdeiro
presuntivo. Outros seguidores seus foram Benny Hinn, Frederick Price,
John Avanzini, Robert Tilton, Marilyn Hickey, Charles Capps, Hobart
Freeman, Jerry Savelle e Paul (David) Yonggi Cho, entre outros. Em 1979,
Doyle Harrison, genro de Hagin, fundou a Convenção Internacional
de Igrejas e Ministros da Fé, uma virtual denominação.
Nos anos 80, os ensinos da
confissão positiva e do evangelho da prosperidade chegaram ao Brasil. Um
dos primeiros a difundi-lo foi Rex Humbard. Marilyn Hickey, John
Avanzini e Benny Hinn participaram de conferências promovidas pela
Associação de Homens de Negócios do Evangelho Pleno (Adhonep).
Outros visitantes foram Robert Tilton e Dave Robertson. Entre
as primeiras manifestações do movimento estavam a Igreja do Verbo da
Vida e o Seminário Verbo da Vida (Guarulhos), a Comunidade Rema
(Morro Grande) e a Igreja Verbo Vivo (Belo Horizonte). Alguns líderes
que abraçaram essa teologia foram Jorge Tadeu, das Igrejas Maná
(Portugal); Cássio Colombo (“tio Cássio”), do Ministério Cristo Salva, em
São Paulo; o “apóstolo” Miguel Ângelo da Silva Ferreira, da Igreja
Evangélica Cristo Vive, no Rio de Janeiro, e R. R. Soares, responsável
pela publicação da maior parte dos livros de Hagin no Brasil. Talvez
a figura mais destacada dos primeiros tempos tenha sido a pastora
Valnice Milhomens, líder do Ministério Palavra da Fé, que conheceu os
ensinos da confissão positiva na África do Sul. As igrejas
brasileiras sofreram o impacto de uma avalanche de livros, fitas e
apostilas sobre confissão positiva. Ricardo Gondim observou em
1993: “Com livros extremamente simples, [Hagin] conseguiu
influenciar os rumos da igreja no Brasil mais do que qualquer outro líder
religioso nos últimos tempos”. (...
... ...).
.
Gnosticismo: Ainda em seus primórdios, a igreja cristã teve que refutar uma
doutrina que demonstrou ser nociva para a fé evangélica: o gnosticismo.
Tratava-se de uma crença, e está associada aos sírios, babilônicos,
egípcios e gregos. Tal ensino afirmava que a matéria era má e o espírito
bom. Esse dualismo entre matéria e espírito (filosofia do antigo
platonismo) levou seus adeptos a negar a realidade da matéria. Já que a
matéria não era real, o sofrimento também não passava de ilusão. A
influência desse pensamento sobre a Igreja Primitiva pode ser percebida na
crença que negava a natureza humana de Cristo. Em outras palavras, Cristo
sendo bom não poderia habitar em um corpo físico que era mau. Essa forma de
crer levou o apóstolo João a combatê-lo veementemente (1Jo
2.23; 4.2,3; 15). Foi a partir das crenças gnósticas que
surgiram os modismos e heresias que viriam ameaçar a pureza
da doutrina cristã. Entre estas ameaças está a Teologia da Prosperidade.
.
Crenças perigosas: Tais pensamentos não ficaram restritos
ao passado, pois a humanidade adora especulações (Ec 7.29). Para se
entender o surgimento da Teologia da Prosperidade, é preciso
conhecer um pouco da história de Phineas Parkhurst Quimby (1802 –
1866), criador do chamado “Novo Pensamento”. Quimby
estudou espiritismo, ocultismo, parapsicologia e hipnose e, além de
penteísta e universalista, acreditava também que o homem tem parte na
divindade. Por isso, defendia que o pecado e a doença existem apenas na
mente, Mary Baker Eddy (1821 – 1910), fundadora da “Ciência
Cristã”, tornou-se discípula de Quimby após ser supostamente,
curada por ele.
. Confissão
positiva: A crença que diz ser possível ao cristão viver em total saúde
e prosperidade financeira é resultado da junção dessas idéias. A ponte
entre as crenças do Novo Pensamento, Ciência Cristã e a fé propriamente
dita, foi feita por E. W. Kenyon e posteriormente por Kenneth
E. Hagin. Kenyon foi um cristão devoto, mas contaminou-se com os
ensinos da Ciência Cristã. Já Kenneth E. Hagin foi
influenciado por Kenyon e deste obteve a maioria dos seus
ensinamentos. Hagin fundou seu ministério passando a divulgar a Teologia
da Prosperidade ou Confissão Positiva. Ao pregar que os
cristãos não podem sofrer ou ficar doentes e que devem tornar-se ricos à
custa da fé, esse ensino tem produzido uma geração de crentes interesseiros
e materialistas. Deus “tornou-se” refém de leis espirituais que
Ele supostamente teria criado. O segredo é descobrir como usar tais leis e
assim conseguir o que quiser. Uma das mais utilizadas é a do determinismo.
Fórmula essa que tem a força de mandar até mesmo em Deus! Uma vez
que essas distorções passaram a ser reproduzidas em todo o mundo, não
tardaram a chegar aqui através dos que andam à procura de novidades,
desprezando a suficiência das Escrituras.
(Sl 119.14,72; Mt 4.4; Jo
17.17).
. “Folguei
tanto no caminho dos teus testemunhos, como em todas as riquezas” (Sl
119.14 - ACF)
. “Melhor é
para mim a lei da tua boca do que milhares de ouro ou prata” (Sl 119.72 -
ACF)
. “Ele, porém,
respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda
a palavra que sai da boca de Deus” (Mt 4.4 - ACF)
. “Santifica-os
na tua verdade; a tua palavra é a verdade” (Jo 17.17 - ACF)
O Que é a Confissão Positiva?
A confissão positiva
não é uma denominação nem uma seita, mas um movimento no seio das igrejas
pentecostais e neo-pentecostais que enfatiza o poder do crente em
adquirir tudo o que quiser. Seu surgimento foi gradual, a partir de Essek
William Kenyon (1867-1948). Uns são unicistas, outros
deificam o homem, há ainda os que pregam um Jesus exótico, estranho ao Novo
Testamento, e se caracterizam por pregarem saúde e prosperidade como
instrumento aferidor da vida espiritual do cristão. Suas fontes de
autoridade são a Bíblia, as revelações de seus líderes e a palavra da fé. Kenyon
começou a pregar na Igreja Metodista na região de Nova Iorque. Em 1981,
estudou na Emerson School of Oratory (Escola Emerson de Oratória),
em Boston, quando se encontrou com o Novo Pensamento do
hipnotizador e curandeiro Finéias Parkhust Quimby (1806-1866). Conhecido
como guru da Ciência da Mente e fundador do Novo Pensamento, Quimby
influenciou a Mary Baker Eddy, que em 1879 fundou a Igreja da Ciência
Cristã. Charles Emerson, fundador e diretor da citada Escola de
Oratória, aceitava as crenças da Ciência Cristã. Os seguidores de Quimby
criam no poder da mente e negavam a existência da matéria, do
sofrimento, do pecado e da enfermidade. Kenyon disse que muito se
poderia aproveitar do ensino de Mary Baker Eddy e se empenhou nas
campanhas pregando salvação e cura em Jesus Cristo dando ênfase aos textos
bíblicos que falam de saúde e prosperidade. Aplicava a técnica do
poder do pensamento positivo. Orava pelos enfermos e muitos foram salvos e
curados, mas outros não. Não era pentecostal, pastoreou várias igrejas e
fundou outras. Kenyon foi influenciado pelas seitas Ciência
da Mente, Ciência Cristã e a metafísica do Novo Pensamento. Kenyon
é reconhecido hoje como o pai do Movimento Confissão Positiva, também
conhecido como Teologia da Prosperidade, Palavra da Fé ou Movimento da fé,
pois influenciou Kenneth Hagin. Hagin nasceu em 1917 com problema
de coração e ficou inválido durante 15 anos. Ele se converteu ao
Evangelho em 1933 e no ano seguinte o Senhor Jesus o curou. Logo
começou a pregar e recebeu o batismo no Espírito Santo numa pequena
congregação interdenominacional no Texas em 1937. Hagin
estudava os escritos de Kenyon e divulgava esses ensinos kenyanos
em livros, cassetes e seminários, dando ênfase a confissão
positiva. Em 1974 fundou o Centro Rhena de Adestramento
Bíblico, em Oklahoma. Muitos pastores e movimentos foram influenciados
por Hagin. Em 1979, Hagin, Kenneth Copeland, Frederick Price,
Charles Capps e alguns outros fundaram a Convenção Internacional de Igrejas
da Fé, em Tulsa, Oklahoma. Para fundamentar sua Teologia da Prosperidade,
seus expoentes apresentam um Jesus rico e muito próspero
financeiramente quando esteve entre nós. Afirmam ainda que Jesus vivia numa
casa grande, administrava muito dinheiro, por isso precisava de um
tesoureiro, e usava roupa de grife. Cremos não haver necessidade de refutar
tais idéias, pois todos sabem que Jesus "se fez pobre, para que
pela sua pobreza, enriquecêsseis", 2 Coríntios 8.9. Compare
ainda Lucas 2.21-24 com Levítico 12.2-4,6,8; 9.5,8.
Hagin faz
diferença entre as palavras gregas rhema e logos. Ambas significam "palavra".
Ele afirma que logos é a palavra de Deus escrita, a Bíblia e que rhena
é a palavra falada por Deus em revelação ou inspiração a uma pessoa em qualquer
época, de modo que o crente pode repetir com fé qualquer promessa bíblica,
aplicando a sua necessidade pessoal, e exigir seu cumprimento. A base da confissão
positiva é a fé. O crente deve declarar que já tem o que Deus prometeu
nos textos bíblicos e tal confissão pode trazer saúde e prosperidade
financeira. A confissão negativa, por sua vez, é reconhecer a
presença das condições indesejáveis. Em outras palavras, você nega a
existência da enfermidade e ela simplesmente deixará de existir. Isso é o que
ensinava Quimby e ensina ainda hoje a seita Ciência Cristã. Atribuir
tanta autoridade assim às palavras de uma pessoa extrapola os limites
bíblicos. Além disso, não é verdade que haja essa diferença entre logos
e rhena. Deus é Senhor e soberano e nós os seus servos. O Senhor Jesus
nos ensinou na chamada Oração do Pai Nosso: "Seja
feita a tua vontade, assim na terra como no céu", Mateus 6.10.
Essas duas palavras gregas são usadas alternadamente para indicar a Bíblia.
O texto grego usou o termo rhena tou theou, "palavra
de Deus", para designar a Bíblia em Isaías 40.8. A
mesma expressão reaparece no Novo Testamento grego (1 Pedro 1.25).
Isso encontramos também nos escritos paulinos (Efésios 6.17) e, no
entanto, encontramos também logos tou theou para designar a Bíblia em
Marcos 7.13.
A Bíblia diz que devemos
confessar nossas culpas para que sejamos sarados (Tiago 5.16) e isso
não parece ser confissão positiva. Apóstolo Paulo afirma haver se
contentado com a abundância e com a escassez cf. (Filipenses
4.11-13). É verdade que a doença é conseqüência da queda do Éden,
mas dogmatizar que todos os enfermos estão em pecado ou não tem fé é ir
além do que está escrito. Há casos de pessoas que foram enfermas por
desobediência a Deus (Números 12.10). Por outro lado, há casos de
homens de Deus serem enfermos fisicamente. Timóteo (1 Timóteo
5.23) e Trófimo (2 Timóteo 4.20) são exemplos. Devemos ter
discernimento para sabermos quando o caso é puramente clínico e quando é
espiritual. As Sagradas Escrituras ensinam que nem a pobreza nem a riqueza
são virtudes, e elas não tratam a pobreza com desdém. Não devemos ir para
um extremo e nem para o outro cf. (Provérbios 30.8-9).
É verdade que a riqueza é bênção de Deus, desde que seja adquirida de
maneira honesta, não vise exclusivamente aos deleites (Tiago 4.3) e
não venha dominar a pessoa. Também é bom saber que a pobreza não é
símbolo de maldição divina (Provérbios 17.1 e 1 Timóteo 6.7-9).
Portanto, a confissão positiva é uma crença sem fundamento bíblico. Algumas
pessoas vêem as aberrações da confissão positiva, mas às vezes hesitam em
rebater esses abusos temendo dividir o povo de Deus, ou até mesmo ser
reputado como incrédulo ou anti-pentecostal. Nós cremos no sobrenatural de
Deus e na obra do Espírito Santo. Somos testemunhas de curas e outros
milagres que o Senhor Jesus tem operado em nosso meio. Isso são promessas
de Deus exaradas na Bíblia (Marcos 16.17-20 e João 14.12). Nem por
isso vamos ser ingênuos para aceitar doutrinas sem base bíblica. Jesus
disse: "Sede prudentes como as serpentes e símplices como as
pombas", Mateus 10.16. (Pastor Esequias Soares)
.
“Afasta de mim a vaidade e a palavra mentirosa; não me dês nem a pobreza
nem a riqueza; mantém-me do pão da minha porção de costume; Para que, porventura,
estando farto não te negue, e venha a dizer: Quem é o SENHOR? ou que,
empobrecendo, não venha a furtar, e tome o nome de Deus em vão” (Pv 30.8-9
- ACF)
. “Pedis,
e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites” (Tg
4.3 - ACF)
. “É
melhor um bocado seco, e com ele a tranqüilidade, do que a casa cheia de
iguarias e com desavença” (Pv 17.1 - ACF)
.
“Porque nada trouxemos para este mundo, e manifesto é que nada podemos
levar dele. Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com
isso contentes. Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e
em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na
perdição e ruína” (1Tm 6.7-9 - ACF)
PRINCIPAIS ENSINAMENTOS DA “TEOLOGIA DA PROSPERIDADE”
*As raízes da Teologia da Prosperidade NÃO estão
firmadas nas Sagradas Escrituras
1°. Divinização do homem: A
partir de uma interpretação equivocada de (Sl 82.6), os teólogos
da prosperidade criaram a doutrina dos “pequenos deuses”, Kenneth
Kopeland, pregador da Teologia da Prosperidade, afirmou certa
feita: “Cachorros geram cachorros, gatos geram gatos e Deus gera
deuses”. A intenção dessa doutrina é ensinar a “teologia do
domínio”. Sendo deus, o crente agora pode tudo. A Bíblia, porém diz que
o homem é estruturalmente pó (Gn 2.7; 3.19).
2°. Demonização da salvação: Esse
ensino chega ao extremo de afirmar que, ao morrer na cruz, Cristo
teria assumido a natureza de Satanás e que o Filho de Deus teve de
nascer de novo no inferno a fim de conquistar a salvação. Assim, os
proponentes da Teologia da Prosperidade colocam o Diabo como
co-autor da salvação. Pois esta não aconteceu na cruz quando Cristo
bradou “Está consumado”, mas somente quando Ele voltou do inferno onde
teria derrotado Satanás em seu próprio terreno. Hagin disse que o
grito de Jesus referia-se ao fim da Antiga Aliança e não ao
cumprimento do processo da salvação. A Bíblia, porém, diz que a salvação
foi conquistada na cruz e que o maligno não tem parte com o Senhor
(Mt 27.51; Jo 14.30).
“Mas longe esteja de mim
gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o
mundo está crucificado para mim e eu para o mundo” (Gl 6.14 - ACF)
3°. Negação do sofrimento: Os
crentes não precisam mais sofrer. Todo sofrimento já foi levado na cruz do
Calvário e o Diabo deve ser responsabilizado por toda e qualquer situação
de desconforto entre os crentes. Aqui há uma clara influência da Ciência
Cristã que também não admite o sofrimento. A Bíblia diz que o
cristão não deve temer o sofrimento e tampouco negá-lo
(Cl 1.24; Tg 5.10).
.
“Regozijo-me agora no que padeço por vós, e na minha carne cumpro o resto
das aflições de Cristo, pelo seu corpo, que é a igreja” (Cl 1.24 - ACF)
. “Meus
irmãos, tomai por exemplo de aflição e paciência os profetas que falaram em
nome do Senhor” (Tg 5.10 - ACF)
. Doutrina
da Prosperidade:
Afirmam os pregadores da confissão
positiva que a prosperidade financeira é uma prova de fidelidade
do crente a Deus. Dizem, por exemplo, que o ministério de Jesus era muito rico,
por isso é que tinha um tesoureiro. Dizem, ainda, que a pobreza é o ápice
da maldição do homem. É claro que devemos evitar quaisquer extremos:
a Doutrina da Prosperidade e a Doutrina da Miserabilidade. A prosperidade
bíblica é verdadeira, e para Deus, ser próspero significa ter todas as
necessidades supridas (Salmos 1.3), e não ser, especificamente,
abastado. Jesus não era rico materialmente; vejamos o que ele disse de si
mesmo quando um escriba intentou lhe seguir: “E disse Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu
têm ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça” (Mt 8.20 -
ACF)
e esta não é uma metáfora,
mas sim, uma linguagem cultural bíblica -- aqui raposa é raposa, e ave é
ave (Mateus 8.20). Quando Jesus quis se referir ao Governo
Romano ele utilizou uma linguagem política, quando disse: "Dai
pois a César o que é de César..." (Mateus 22.21)!
Doutra feita, Pedro
chegou perto de Jesus e disse que lhe estavam cobrando os impostos. Jesus,
então, mandou Pedro pescar um peixe e tirar uma moeda de sua boca
para pagar o tributo (Mateus 17.24-27). Vejam que Jesus não
tinha em seu poder sequer uma moeda. Não podemos, porém, no sentido
de contra-atacar a doutrina da prosperidade, pregar a comiseração —
artéria veicular e histórica da indulgência católica romana,
induzindo que o Senhor se apraz em que sejamos pobres, necessitados e
dependentes. Afirmando, ainda, que ele veio unicamente para os pobres: “Os cegos vêem, e os coxos andam; os leprosos são
limpos, e os surdos ouvem; os mortos são ressuscitados, e aos pobres é
anunciado o evangelho” (Mt 11.5 - ACF)
Paulo disse: “Porque
já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, por amor de
vós se fez pobre; para que pela sua pobreza enriquecêsseis” (2Co 8.9 - ACF)
- “O meu Deus, segundo as suas
riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus”
(Fp 4.19 - ACF)
Disse Pedro: “E
disse Pedro: Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho isso te dou. Em nome
de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda” (At 3.6 - ACF)
Jesus disse: “Não
andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com
que nos vestiremos?
(Porque todas estas coisas os
gentios procuram). De certo vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de
todas estas coisas; Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça,
e todas estas coisas vos serão acrescentadas”
(Mt 6.31-33 - ACF)
Onde houver necessidade Deus
pode mudar dias, transplantar órgãos e fazer da água vinho! Ele é soberano.
Porém, lembremo-nos, sempre
onde houver necessidade, porque Deus não espolia os seus bens.
Somente o ladrão é que veio para roubar, matar e destruir, oferecer e pôr
no lixo aquilo que a ele não pertence, aquilo que foi usurpado:
“E disse-lhe: Tudo isto te
darei se, prostrado, me adorares” (Mt 4.9 - ACF)
Note bem este fato meu caro
irmão: se algum abastado recebeu um dente de ouro, o qual livremente
poderia obtê-lo num dentista, sem dúvida alguma, não foi Deus, foi o
Usurpador! Esse dente logo vai apagar seu brilho; aquela prosperidade logo
vai sair pela próxima abertura do saco furado do explorador de bens dos
incautos; aquela sensação de levitação pela queda do poder logo vai
transformar-se numa contínua dependência psíquica-espiritual e, se não
liberto dela, imediatamente numa opressão diabólica; aquela paralisia vai
voltar acompanhada de um agudo glaucoma! A velha serpente não tem nem
para si, muito menos para os servos de Deus! Em nome de Jesus,
acordemos enquanto é dia; vejamos as coisas com uma óptica genuinamente do
Espírito! Como já disse, os dois extremos devem ser rejeitados. A
verdadeira doutrina da prosperidade é a bíblica que, em síntese, diz que
temos todas as nossas necessidades supridas: - “O
meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em
glória, por Cristo Jesus” (Fp 4.19 - ACF).
*José de Arimatéia, um
abastado político, pôde sentar no mesmo banco de primeira fila da
congregação de Betânia, com Pedro, um rude e pobre pescador!
CONSEQUÊNCIAS DA “TEOLOGIA DA PROSPERIDADE”
.
Profissionalismo ministerial e espiritualidade mercantil: A
primeira consequência danosa que a Teologia da Prosperidade causa
pode ser vista nos púlpitos. O ministério que anteriormente era vocacionado
tornou-se, em alguns círculos, algo meramente profissional. Os pastores passaram
a ser visto como executivos bem-sucedidos! O pastor agora é visto como um
profissional liberal e não como um ministro de Deus. Segundo a Teologia
da Prosperidade, ele não mais pastoreia cf. (1Pe 5.2),
mas gerencia sua igreja. A igreja passa a ter a mesma dinâmica
administrativa de uma grande empresa. A fé tornou-se um bem de consumo e
os adoradores foram alçados a consumidores. Já existem denominações que
contratam institutos de pesquisa para verificar se abrir uma igreja em
determinado bairro é viável. Pode ser que não seja lucrativo (1Tm 6.5).
.
“Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não
por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto”
(1Pe 5.2 - ACF)
.
“Contendas de homens corruptos de entendimento, e privados da verdade,
cuidando que a piedade seja causa de ganho; aparta-te dos tais” (1Tm 6.5 -
ACF)
.
Narcisismo e hedonismo: O narcisista é aquele que só
pensa em si e nunca nos outros cf. (Fp 2.4). A Teologia
da Prosperidade tem gerado milhares de crentes narcisistas.
Estão morrendo e matando uns aos outros. Já o hedonista é aquele que
vive em função dos prazeres.
“Não atente cada um para o que
é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros” (Fp 2.4 -
ACF).
. Modismos
e perda de ideais: De vez em quando aparece uma nova onda no meio dos
crentes. São modismos teológicos para todos os gostos.
Atualmente a lista está bem maior. Outra consequência terrível da Teologia
da Prosperidade é a perda dos ideais cristãos. Ao criar essa
mentalidade de mercado e transformar os crentes em consumidores, a Teologia
da Prosperidade acabou esvaziando os ideais do Reino de Deus.
Para que buscar o perfeito estado eterno se é possível possuir tudo agora?
A escatologia bíblica é trocada por uma teologia puramente utilitarista (Mt
6.33; Cl 3.2).
. “Mas,
buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos
serão acrescentadas” (Mt 6.33 - ACF)
.
“Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra” (Cl 3.2 -
ACF)
* “A divinização do homem, a demonização da salvação e a
negação do sofrimento são os principais pilares da Teologia da
Prosperidade”
. A
Bíblia fala da verdadeira prosperidade, mas os excessos criados por uma
teologia que fomenta o materialismo é anti-bíblico. Devemos nos resguardar
dos absurdos criados pela Teologia da Prosperidade no que concerne à
doutrina cristã. Nenhum crente, a fim de prosperar, necessita aderir às
fórmulas inventadas pelos pregadores DA TEOLOGIA DA PROSPERIDADE. A
verdadeira prosperidade vem como resultado de um correto relacionamento com
Deus que é fruto de um coração obediente.
“Acautelai-vos, porém, dos
falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente,
são lobos devoradores” (Mt 7.15 - ACF)
A Verdade Bíblica
Quando observamos as verdades
Bíblicas nos confrontamos de modo profundo com aquilo que é ensinado pela Teologia
da Prosperidade. O bem da verdade, muitos de nós já ouviram por
aí absurdos sem fim para defender que o crente deve ter riquezas e uma
saúde de ferro, e claro, aqueles que assim ensinam tentam respaldar-se na
Bíblia. De fato, se tomarmos meia dúzia de textos isolados (principalmente
promessas de bênçãos materiais feitas aos judeus), poderemos com base
na Bíblia criar extravagâncias e aberrações diversas. Muitas são as seitas
que aplicam este método falacioso. São muitos os problemas que a ignorância
bíblica pode produzir no rebanho e essa sonolência espiritual tem permitido
a entrada de falsos mestres e falsos ensinos no meio da igreja. Diz John
MacArthur: “Talvez a igreja hoje seja bem mais suscetível aos falsos
mestres, aos pervertedores de doutrinas e ao terrorismo espiritual do que
em qualquer outra geração na história da igreja. A ignorância bíblica
dentro da igreja talvez seja muito mais profunda e mais generalizada do que
em qualquer outra época ... ... ... . Se você duvida disso, escolha
aleatoriamente um dos sermões de qualquer dos principais pregadores
evangélicos anteriores a 1850 e o compare com o sermão típico de hoje. Além
disso, compare a literatura cristã de hoje com qualquer obra publicada há
cem anos ou mais, pelas editoras evangélicas. (...) Os temas característicos
dos sermões estão carregados de questões centralizadas no homem (tais como
relacionamentos pessoais, vida bem-sucedida, auto-estima, listas de ‘como
fazer’ e assim por diante) – a ponto de excluir muitos pontos da doutrina
bíblica que exaltam doutrinários nas Escrituras que enaltecem a Cristo.”
Pois bem, se você chegou até
aqui, percebeu que os problemas mencionados nos seguintes textos bíblicos
são reais em nossos dias: “Mas os que querem ser ricos
caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas,
que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é a
raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé,
e se traspassaram a si mesmos com muitas dores” (1Tm 6.9-10 - ACF)
. “E
também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também
falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e
negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina
perdição. E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será
blasfemado o caminho da verdade. E por avareza farão de vós negócio com
palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a
sentença, e a sua perdição não dormita” (2Pe 2.1-3 - ACF).
Entendendo que o amor ao
dinheiro e poder está no coração dos pregadores da Teologia da
Prosperidade e que eles estão no nosso meio, pois o joio cresce com o
trigo (Mt 13.30), passamos a examinar as palavras do Senhor Jesus
sobre as questões materiais. “Não ajunteis tesouros na
terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e
roubam; Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem
consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam” (Mt 6.19-20 - ACF)
. “O
deus Mamom atrai mais que o Cristo da Galiléia”. Forte
e duro, mas real. Será que o modelo de vida seguido por Jesus está
ultrapassado para a igreja pós-moderna (ou hiper-moderna?)? Se os
membros destas igrejas se dessem ao trabalho de examinar as Escrituras,
descobririam que nossa riqueza está em boas obras (1 Tm
6.18), na fé (Tg 2.5) e que somos herdeiros das insondáveis
riquezas que estão em Cristo (Ef 3.8). Os divulgadores da Teologia
da Prosperidade estão cegos em suas ambições materialistas e não
percebem que Jesus deixou muito claro que as riquezas não são o alvo da
igreja. Jesus não morreu para que nós O fizéssemos um banqueiro. É triste
constatar isso, mas muitas das igrejas evangélicas, e muitos dos que
carregam o rótulo de “evangélico” não estão mais adorando ao Deus
Vivo, mas estão prestando culto à Mamom. Muitas igrejas nos dias
de hoje são altares dedicados à Mamom. (João
R. Weronka)
. “Ouvi,
meus amados irmãos: Porventura não escolheu Deus aos pobres deste mundo
para serem ricos na fé, e herdeiros do reino que prometeu aos que o
amam?” (Tg 2.5 - ACF)
“E disse-lhes: Acautelai-vos e
guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na
abundância do que possui” (Lc 12.15 - ACF)
. A
Teologia da Prosperidade, para quem não sabe, é a doutrina principal
pregada pela IURD. Trata-se de uma substituição do Evangelho da
Graça, pelo “evangelho” da ganância. É comum ouvimos da boca dos pregadores
da prosperidade coisas do tipo: “Você é filho do Rei, não tem
por que levar uma vida derrotada.. Deus quer você seja rico, que tenha
muito dinheiro... quem é pobre está fazendo a vontade do diabo... está
vivendo em pecado... Um homem de Deus é rico!”
A teologia da prosperidade
une o fútil ao desagradável, ou seja, é uma mistura de ganância e
comodismo. Os adeptos da teologia da prosperidade acham que nós
temos direito de reivindicarmos o que quisermos de Deus, esquecendo
da soberania divina.
O Pr. Esequias Soares faz um
comentário interessante sobre essa ideologia da IURD de Edir Macedo:
Desde muito cedo na história
do cristianismo, já havia aproveitadores, que usavam a Palavra de Deus
visando lucros pessoais –
“Porque nós não somos, como
muitos, falsificadores da palavra de Deus, antes falamos de Cristo com
sinceridade, como de Deus na presença de Deus” (2Co 2.17 - ACF).
O termo grego para “falsificadores”
é “kapeleuo”, negociar com, comerciar no varejo, colocar à
venda, traficar, comercializar em pequena escala... falsificar, adulterar,
negociar, buscar lucros... Esse verbo aparece referindo-se tanto aos
mercadores, aqueles que usam a Palavra de Deus, visando interesses
pessoais, como aos falsificadores, que adulteram e sofismam a Palavra para
agradar as pessoas e delas tirar vantagens... é a prática da simonia...
O apóstolo Paulo já via, em seus dias, essa tendência mercadológica
e, para combatê-la, usou uma palavra com o significado de falsificar ou
mercadejar a Palavra. Isso envolve práticas da simonia, adulterar
a Palavra, fazer da religião comércio e faltar com sinceridade
diante de Deus, visando interesses pessoais. O apóstolo rebate os simoníacos
e, ao mesmo tempo, reafirma a sua sinceridade, quando diz; antes,
falamos de Cristo com sinceridade... muitos confundem fé cristã com
negócios e colocam a igreja nessa esfera, isso banaliza o sagrado e reduz
as coisas de Deus à categoria de mero produto comercial... O tema do culto
cristão é o Senhor Jesus, e não as ofertas.
Textos bíblicos, que refutam
esse evangelho falso, que promete ao homem uma vida de prosperidade
materialista, atiçando-lhe a ganância:
- “Não ajunteis tesouros na
terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e
roubam; Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem
consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam” (Mt 6.19-20 - ACF).
- “É
soberbo, e nada sabe, mas delira acerca de questões e contendas de
palavras, das quais nascem invejas, porfias, blasfêmias, ruins suspeitas,
Contendas de homens corruptos de entendimento, e privados da verdade,
cuidando que a piedade seja causa de ganho; aparta-te dos tais. Mas é
grande ganho a piedade com contentamento. Porque nada trouxemos para este
mundo, e manifesto é que nada podemos levar dele. Tendo, porém, sustento, e
com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes. Mas os que querem ser
ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e
nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao
dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se
desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores. Mas tu, ó
homem de Deus, foge destas coisas, e segue a justiça, a piedade, a fé, o
amor, a paciência, a mansidão”
(1Tm 6.4-11 - ACF).
- “Não
digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que
tenho. Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e
em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome;
tanto a ter abundância, como a padecer necessidade. Posso todas as coisas
em Cristo que me fortalece” (Fp 4.11-13 - ACF).
- “E disse-lhes:
Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não
consiste na abundância do que possui. E propôs-lhe uma parábola, dizendo: A
herdade de um homem rico tinha produzido com abundância; E ele arrazoava
consigo mesmo, dizendo: Que farei? Não tenho onde recolher os meus frutos.
E disse: Farei isto: Derrubarei os meus celeiros, e edificarei outros
maiores, e ali recolherei todas as minhas novidades e os meus bens; E direi
a minha alma: Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos;
descansa, come, bebe e folga. Mas Deus lhe disse: Louco! esta noite te
pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?Assim é aquele
que para si ajunta tesouros, e não é rico para com Deus” (Lc 12.15-21 -
ACF).
. O IBGE
trouxe uma constatação chocante para a ideologia dos propagadores da
teologia da prosperidade no Brasil... Foi comprovado, no último censo de
2006, que os evangélicos são os que mais contribuem com a sua religião,
apesar disso, são os religiosos mais pobres do País. Ou seja, essa teologia
na prática não funciona. Bem, com a palavra os pregadores da prosperidade! (CACP
- Prof. João Flávio Martinez)
1°. Este
CÂNCER denominado “Teologia da prosperidade” tem corroído muitas
mentes e infartados muitos corações com o seu engano e suas falaciosas
promessas. Onde está a exposição da Palavra? Alguém já disse:
“Onde a BÍBLIA não tem VOZ não devemos ter OUVIDOS”
2°. As
pessoas estão com fome. Mas não fome de Deus. Estão com sede. Mas não
sede de conhecer ao Eterno e andar nos seus caminhos. Estão com sede de
bens e riquezas materiais! Estão buscando saúde e prosperidade, e não
santidade. Do ponto de vista interno, o evangelho tem sido diluído numa
filosofia de vida egoísta, consumista e interesseira. É a geração que busca
mais sinais e menos cruz; mais a teologia da prosperidade do que a
prosperidade da teologia; mais divertimento, menos compromisso; mais
bênçãos e menos o ABENÇOADOR.
3°.
Muitos pregadores não falam mais da CRUZ DE CRISTO. Falam de
vitórias, auto-ajuda, mas o que precisamos é da ajuda do alto! Já dizia o Dr.
John Stott: “A cruz é a pedra de tropeço para o orgulho humano”. Não
falam porque não amam a CRUZ. Não morreram ainda para este mundo!
«Se a cruz não for o centro da
nossa religião, a nossa religião não é a de Jesus» (John Stott)
4°. Em
muitas igrejas o homem é o centro. Deus é apenas um mero visitante.
Estamos como a igreja de Laodicéia:
Rico sou, temos tudo! Pura
mentira. Falsa ideologia. Por que? Porque o Eterno estava
do lado de FORA da IGREJA!
Que terrível!
Muitas igrejas com essa síndrome de prosperidade se assemelham a
esta igreja [Laodicéia], dizendo: Somos
ricos, somos famosos, temos carros importados, jatinhos, mansões. Mas estas
colocaram JESUS para o lado de FORA! Óh
my God! Quanta cegueira. Quanta carnalidade. Quanta pecaminosidade!
Estas igrejas irão escutar aquele que é o Amém, a testemunha fiel e
verdadeira dizer: “Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera
foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és frio nem quente,
vomitar-te-ei da minha boca. Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e
de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e
pobre, e cego, e nu” (Ap 3.15-17 - ACF).
Este câncer vem sendo
alimentado por uma constante dieta que poderia ser chamada de “cristianismo
das refeições rápidas” – belas na aparência, mas fracas em substância.
Os provedores dessa dieta cancerígena têm utilizado o poder das ondas de
rádio e televisão, bem como uma pletora de livros e fitas criteriosa e
agradavelmente embalados, a fim de atrair suas presas para o jantar. E os
desavisados têm sido chamados a amar não o Mestre, mas aquele que está na
mesa do Mestre. Talvez a carga de responsabilidade que sinto ao escrever
este livro seja melhor expressa por meio das advertências de Pedro,
Paulo e do Mestre por excelência, Jesus Cristo. Tire um
momento para ouvir as palavras deles, que reverberam através dos séculos.
• O apostolo Pedro disse: “E
também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também
falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e
negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina
perdição. E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será
blasfemado o caminho da verdade. E por avareza farão de vós negócio com
palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a
sentença, e a sua perdição não dormita” (2Pe 2.1-3 - ACF).
• A essa advertência,
acrescentou Paulo:
“E que de entre vós mesmos se
levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos
após si.
Portanto, vigiai,
lembrando-vos de que durante três anos, não cessei, noite e dia, de
admoestar com lágrimas a cada um de vós” (At 20.30-31 - ACF).
• Ouça agora as palavras
do próprio Cristo:
“Acautelai-vos, porém, dos
falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente,
são lobos devoradores” (Mt 7.15 - ACF).
Não constitui motivo de
grande alegria soar o alarme, mas se faz necessário. Lamento o dano
espiritual já sofrido por tantos e é minha esperança que este livro [e que
estas Lições Bíblicas] venha a salvar pelo menos algumas ovelhas de Cristo
dum terrível destino. Que Deus se digne em usar esse livro [e essas
Lições Bíblicas] não somente para desmascarar os falsos mestres
que estão transformando a verdade em mitologia, mas também para propor
soluções a um cristianismo em crise.
Texto extraído da obra: (Cristianismo
em Crise: Um câncer está devorando a Igreja de Cristo. Ele tem de ser
extirpado – Hank Hanegraaff).
Estas são palavras de JESUS. Será
que ELE tem autoridade para falar? COM CERTEZA SIM! Ele conquistou na
cruz. Aleluia! E agora o que faremos: “Diremos como muitos, duro é
este discurso, ou nos lançaremos a seus pés [em arrependimento], para
ELE nos tomar em seus braços? Nele, que nos ama a ponto de nos livrar dos
enganos, e da perdição eterna. “Para que o mal triunfe, basta que os
bons não façam nada” (E. Burke)
SOBERANIA DE DEUS versus TEOLOGIA DA PROSPERIDADE
Por Dr. Paulo Romeiro
[Trecho do
livro "Super Crentes: O evangelho segundo Kanneth Hagin, Valnice
Milhomens e os profetas da prosperidade"]
A genuína fé cristã deve
estar fundamentada na Bíblia Sagrada. Caso contrário, o
corpo de Cristo sofrerá sérios transtornos. Quanto a este assunto, não
podemos deixar de mencionar o brilhante exemplo dos bereanos,
registrado em (Atos 17.11-13). Quando o apóstolo Paulo chegou
à cidade de Beréia, dirigiu-se à sinagoga dos judeus. A Escritura
diz que:
“Ora, estes foram mais nobres
do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a
palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim” (At
17.11)ACF
E com essa atitude que
queremos agora avaliar este movimento à luz da Bíblia, pois nenhuma
experiência, seja sonho, visão ou qualquer outra coisa, pode estar acima da
autoridade das Escrituras. Tal foi o brado ... ... ... [de todos os crentes
fieis, através de todos os séculos (não dos católicos)] : sola
Scriptura (somente a Escritura).
Uma das afirmações mais
contundentes desta corrente é que o cristão deve ser próspero
financeiramente e sempre ser livre de qualquer enfermidade. Quando isto não
acontece, é porque ele deve estar vivendo em pecado ou porque não tem fé.
Vejamos se tal posição tem apoio na Bíblia. Que a fé é importante ninguém
discute. A Bíblia diz em Hebreus 11.6: “Ora,
sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se
aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o
buscam”. No movimento da fé, entretanto, a obsessão em relação à
fé é tamanha que até a simples comunicação de um problema deve ser
reprimida. Em muitos destes círculos, mesmo em reuniões de oração,
evita-se pedir oração por alguém que esteja enfermo, pois não se
pode confessar ou admitir qualquer coisa negativa. Para reforçar seus
argumentos, citam Provérbios 18.21, que diz: “A
morte e a vida estão no poder da língua; e aquele que a ama comerá do seu
fruto”. Crêem que, se algo negativo for declarado, isto se
concretizará, resultando numa espécie de auto-maldição, uma
expressão também cunhada pelos seus pregadores. A Bíblia fala de pessoas
que, num momento de dificuldade, acabaram externando suas angústias e
tristezas, sem com isto tornar em realidade o mal que confessaram. Veja o
exemplo de Jacó em Gênesis 42.36, quando seus filhos voltam do
Egito, onde tinham ido comprar comida. José, que não foi reconhecido
por seus irmãos, exige que na próxima viagem tragam Benjamim,
provocando desta forma a seguinte reação de Jacó:
“Então Jacó, seu pai,
disse-lhes: Tendes-me desfilhado; José já não existe e Simeão não
está aqui; agora levareis a Benjamim. Todas estas coisas vieram sobre mim”.
Era natural que Jacó se sentisse assim. Depois de
tantos anos sem ver seu filho José, induzido por seus filhos a
pensar que ele tinha sido devorado por uma fera, e após ter perdido a esposa
Raquel quando nasceu Benjamim, sua vida passa a ser marcada pelo
sofrimento. O fato de ele confessar no versículo 36 que "José
já não existe" não provocou a morte de José no
Egito, não constituindo, portanto, em maldição. Vejamos também
algo semelhante na vida de Davi. Perseguido tenazmente por Saul,
que procurava por todos os meios assassiná-lo, Davi foi procurar
refúgio junto a Aquis, rei de Gate (1 Samuel 27.2). Em meio ao seu
desespero, tornou-se extremamente negativo: “Disse,
porém, Davi no seu coração: Ora, algum dia ainda perecerei pela mão de Saul
....” (1Sm 27.1 - ACF).
Apesar de sua atitude
negativa, Davi não pereceu e nem poderia perecer pela mão de Saul.
Deus o havia escolhido, através de Samuel, para ser rei de
Israel. Se ele morresse, a palavra de Deus não se cumpriria. Os
três jovens na fornalha ardente de Nabucodonosor também servem como
exemplo de que nem sempre uma declaração negativa se transforma numa
auto-maldição. Quando indagados pelo rei sobre quem era o Deus que
poderia livrá-los de suas mãos, responderam:
“Responderam Sadraque, Mesaque
e Abednego, e disseram ao rei Nabucodonosor: Não necessitamos de te
responder sobre este negócio. Eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, é
que nos pode livrar; ele nos livrará da fornalha de fogo ardente, e da tua
mão, ó rei. E, se não, fica sabendo ó rei, que não serviremos a teus deuses
nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste” (Dn 3.16-18 - ACF). Houve
duas declarações nesta passagem. A primeira, positiva, quando os
três jovens afirmaram que Deus poderia livrá-los, e a
segunda, negativa, quando admitiram que, ainda que Deus não os livrasse,
não se curvariam diante da estátua do rei. Apesar de terem feito uma confissão
negativa, eles não foram consumidos pelo fogo da fornalha, mas salvos
por uma intervenção sobrenatural de Deus. E novamente a auto-maldição
não se cumpriu. Não podemos deixar de mencionar o encontro que Jesus teve
com o pai de um jovem que possuía um espírito mudo. Depois de lhe ouvir a
súplica para que curasse seu filho, Jesus disse-lhe: “Se tu
podes crer, tudo é possível ao que crê” Ao que respondeu com
lágrimas o pai do menino: “Eu
creio, Senhor! ajuda a minha incredulidade” (Marcos
9.17-27). Novamente temos, nesta narrativa de Marcos, duas
confissões: uma positiva e outra negativa. Primeiro, o
pai do rapaz diz que crê, mas logo depois admite sua dificuldade
em crer e roga a ajuda do Senhor. O Senhor Jesus de maneira alguma o
rejeitou e nem deixou de atendê-lo por causa de sua confissão negativa,
antes, operou um grande milagre, libertando totalmente o rapaz para a
alegria daquele pai. O apóstolo Paulo nem sempre pensava
positivamente. Chegou a afirmar, certa vez, que era o principal dos
pecadores (1 Timóteo 1.15). Há vários outros exemplos na Bíblia que
demonstram que a operação de Deus não depende dos méritos de seus filhos.
Se Deus fosse depender de nossas fórmulas corretas e palavras precisas
para operar, ele não operaria mais. Deus é soberano e sobre sua
soberania, dentro da confissão positiva, trataremos adiante.
LOGOS&RHEMA
Há dois termos na língua
grega para o vocábulo ''palavra": logos e rhema.
Os pregadores da confissão positiva estão sempre fazendo um grande alarde sobre
uma suposta distinção entre estas duas palavras. Entretanto, há pouca
diferença entre estes dois termos no grego original. Seria como "enorme"
e "imenso" no português. Michael Horton esclarece:
Os ensinadores da fé
inventavam uma falsa distinção de significado entre essas duas palavras
gregas. Rhema, dizem eles, é a ''palavra'' que os crentes
usam para “decretar” ou "declarar" a fim de trazer
prosperidade ou cura para esta dimensão. É o "abracadabra".
Depois vem logos, ou "a palavra de revelação" que é
a palavra mística, direta, que Deus fala aos iniciados. O termo pode-se
referir também à Bíblia, mas é geralmente empregado no contexto de sonhos,
visões e comunicações particulares entre Deus e seu "agente".
Assim, quando alguém lê uma referência na literatura do pregador da fé à "Palavra
de Deus", ou "agir sobre a Palavra" e outras, o autor
não está mais se referindo à Palavra de Deus escrita, a Bíblia, mas, sim,
ao seu próprio "decreto" (rhema) ou uma palavra pessoal de
Deus para ele (logos). Conversando no início de 1991 com o Dr.
Russell Shedd (uma das maiores autoridades em Novo Testamento, do
Brasil) sobre este assunto, ele comentou que o apóstolo Pedro não fez
distinção entre estes dois termos quando escreveu 1 Pedro 1.23-25:
v. 23: pois
fostes regenerados, não de semente corruptível, mas de incorruptível,
mediante a palavra (logos) de Deus, a qual vive e é permanente. v.
24: Pois toda a carne é como a erva, e toda a sua glória como a flor da
erva; seca-se a erva, e cai a sua flor; v. 25: a palavra (rhema)
do Senhor, porém, permanece eternamente. Ora, esta é a palavra (rhema)
que vos foi evangelizada. Esta passagem é uma citação de Isaías 40.6-8.
Na Septuaginta, a versão grega do Antigo Testamento, o termo grego para "palavra",
no versículo 8, é (rhema), ficando assim confirmada a despreocupação
de Pedro em usar tanto um termo quanto o outro como sinônimos. (EXRAÍDO
DO LIVRO SUPERCRENTES)
. A
soberania de Deus é a doutrina que afirma que Deus é supremo, tanto em
governo quanto em autoridade sobre todas as coisas. Nos círculos dos “ensinos
da fé”, ela não é levada muito a sério. Verbos como exigir,
decretar, determinar, reivindicar freqüentemente substituem os
verbos pedir, rogar, suplicar etc. Ao comentar João 14.13,14,
que diz:
“E tudo quanto pedirdes em meu
nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes
alguma coisa em meu nome, eu o farei” (Jo 14.13-14 - ACF). Kenneth
Hagin afirma: A palavra “pedir” também significa “exigir”. “E
tudo quanto exigirdes em Meu nome, isso [Eu, Jesus] farei”. Um exemplo
disto é registrado no terceiro capítulo de Atos, quando Pedro e
João estavam à Porta Formosa.
Já demonstramos que Pedro
sabia que tinha algo para dar quando disse ao aleijado:
“E disse Pedro: Não tenho
prata nem ouro; mas o que tenho isso te dou”Então
Pedro disse: Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda....”
(At 3.6-7 - ACF).
Pediu, ou exigiu, que o homem
se levantasse em nome de Jesus?
No Novo Testamento grego, o
verbo “pedir”, que aparece em João 14.13,14 é aiteo.
De acordo com W. E. Vine, aiteo sugere a atitude de um
suplicante, uma petição de alguém que está em posição menor que a daquele a
quem é feita a petição, como em Mateus 7.11 (uma criança pedindo
a seu pai) e Atos 12.20 (vassalos fazendo um pedido ao rei).
Este verbo aparece muitas vezes nas epístolas, como em (Efésios 3.20;
Colossenses 1.9, Tiago 1.5,6; 1 João 5.14,15). Em todas estas
passagens seria impossível substituir o verbo “pedir” por “exigir”.
Outro verbo usado no grego
para pedir é erotao. Vine diz: que o seu
uso sugere que o suplicante está no mesmo pé de igualdade ou familiaridade
com a pessoa a quem é feito o pedido. E usado, por exemplo, para um rei
fazendo um pedido a um outro rei (Lucas 14.32). Vine continua: …É
significativo que o Senhor Jesus nunca usou aiteo no
sentido de fazer um pedido ao Pai. “A consciência de sua igual
dignidade, de sua intercessão potente e vitoriosa, é demonstrada nisto, que
sempre que Ele pede, ou declara que Ele pedirá qualquer coisa ao Pai,
sempre usa erotao, isto é, um pedido em termos de igualdade,
João 14.16; 16.26; 17.9,15,20; e nunca aiteo”.
Em Atos 3 (citado por Hagin,
acima), o paralítico era colocado diariamente à porta do templo,
chamada Formosa, para pedir esmola. Novamente, o verbo “pedir”
desta passagem no grego do Novo Testamento é aiteo (v. 2).
Estaria então o paralítico exigindo uma esmola das pessoas? Ora,
esmola não se exige, pede-se, e com muita humildade.
Em seu livro, O Direito de
Desfrutar Saúde, R. R. Soares declara:
Usar a frase “se for a Tua
vontade” em oração pode parecer espiritual, e demonstrar atitude
piedosa de quem é submisso à vontade do Senhor, mas além de não adiantar
nada, destrói a própria oração.
Qualquer pessoa que examinar
com cuidado os Evangelhos perceberá que a tônica da vida e do
ministério do Senhor Jesus era fazer a vontade do Pai. Examine, por
exemplo, cf. (João 4.34; 5.30; 6.38; 7.17). Quando
ensinou seus discípulos a orar, Jesus incluiu na oração: “Faça-se
a tua vontade, assim na terra como no céu”. Será que Jesus estava
errado? A conclusão óbvia é que não. Não tenho qualquer
problema em dizer, ao orar: “se for a tua vontade”, pois
isto me coloca em boa companhia. Jesus orou assim no Getsêmani: “E
disse: Aba, Pai, todas as coisas te são possíveis; afasta de mim este
cálice; não seja, porém, o que eu quero, mas o que tu queres” (Mc 14.36 -
ACF).
E novamente: “E,
indo segunda vez, orou, dizendo: Pai meu, se este cálice não pode passar de
mim sem eu o beber, faça-se a tua vontade” (Mt 26.42 - ACF).
João escreveu ainda: “E
esta é a confiança que temos nele, que, se pedirmos alguma coisa, segundo
a sua vontade, ele nos ouve” (1Jo 5.14 - ACF) (Dr.
Paulo Romeiro).
APLICAÇÃO PESSOAL
O homem verdadeiramente
próspero é como a: “...
árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu
tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará”
O termo hebraico
traduzido pela palavra "prosperar" é tsaleach, isto
é, "ter sucesso", "dar bom resultado", "experimentar
abundância" e "fecundidade". tsalach ou tsaleach: (Qal)
apressar; avançar, prosperar, progredir, obter sucesso, ser proveitoso;
(Qal) prosperar; (Hifil) tornar próspero, conduzir a um bom resultado,
fazer prosperar; mostrar ou experimentar prosperidade, prosperar – (Dic.
Strong).
A última frase do versículo
pode ser traduzida como: "...tudo quanto fizer terá sucesso... terá
em abundância... terá bom resultado". A verdadeira prosperidade é
uma conseqüência da obediência do homem a DEUS. O crente próspero,
segundo o salmista, é alguém que não se compraz com a companhia dos ímpios,
mas tem satisfação em obedecer a Escritura. Portanto, abandone o pecado e
afaste-se do ímpio. Ame incondicionalmente as Sagradas Escrituras.
Obedeça aos ditames da Palavra do Senhor, e terás cumprido os primeiros
passos à verdadeira prosperidade.
Você encontrou alguém da
Igreja verdadeira ficando rico no Novo testamento? Algum dos apóstolos era
rico? Pense nisto... Respondeu Jesus: “Respondeu
Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo,
pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas
agora o meu reino não é daqui” (Jo 18.36)ACF.
Nosso reino está nos céus.
A verdadeira prosperidade
consiste em ter a DEUS como o nosso Supremo Bem, como nosso Criador,
Salvador e Senhor.
«Mas,
buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos
serão acrescentadas» (Mt 6.33 - ACF)
Conclusão
Uma das principais ervas daninhas
que têm se alastrado no “jardim fechado” da Igreja, nestes
dias tão difíceis que antecedem à volta de Cristo, é a chamada “teologia
da prosperidade”, que nada mais é que uma doutrina distorcida a
respeito de Deus, de forte conteúdo materialista, que tem seduzido muitos
crentes e os feito desviar da verdade. Quando falamos em “teologia da
prosperidade”, também conhecida como “confissão positiva”, “palavra
da fé” ou “movimento da fé”, não falamos, propriamente, de uma seita ou
de uma denominação, mas de um movimento que se tem infiltrado, com suas
idéias e concepções, em diversas denominações e grupos evangélicos,
principalmente os pentecostais, sendo, por isso mesmo, uma das mais
perigosas heresias na atualidade. Seus conceitos têm invadido as mentes de
muitos crentes, trazendo grandes prejuízos espirituais. O apóstolo Paulo
foi claríssimo ao afirmar que se esperarmos em Cristo só para as coisas
desta vida seremos os mais miseráveis de todos os homens (1Co 15.19).
É esta a triste situação espiritual dos milhões que têm procurado Jesus
única e exclusivamente para terem a “prosperidade” apregoada pelos
falsos mestres da atualidade, eles mesmos escravos da ganância (2Pe
2.3).
. “Se
esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens”
(1Co 15.19 -ACF)
. “E
por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já
de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita”
(2Pe 2.3 - ACF)
Os Teólogos da prosperidade aqui no Brasil
estão ensinando que todos os cristãos devem ser ricos financeiramente,
ter o melhor salário, a melhor casa, o melhor carro, uma saúde de ferro, e
afirmando que toda enfermidade vem do diabo. E que se o cristão não vive
essa vida pregada por eles, é falta de fé ou que há pecado em sua vida,
desprezando, assim, soberania de Deus. A soberania de Deus é a doutrina que
afirma que Deus é supremo, tanto em governo quanto em autoridade sobre
todas as coisas, mas no orbe da Confissão Positiva, ela não é levada
muita a sério, pois os verbos que imperam são: exigir,
decretar, determinar, reivindicar, ao invés de pedir, rogar,
suplicar, etc. Jesus, porém, nos ensinou a pedir e não exigir cf.
(Mt 7.7; João 16.24). Veja ainda: Sl 27.4; Pv 30.7; Zc 10.1.
. A diabólica e perversa Teologia da
Prosperidade tem feito ricos, pobres da presença de Deus e dos pobres,
ricos sem Deus.
Por quê? “Porque
o (amor ao dinheiro) é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça
alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores”
(1Tm 6.10 - ACF).
Paulo talvez fosse rico antes, mas depois
que teve contato com Cristo viveu sem riquezas:
. “Não
digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que
tenho. Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e
em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome;
tanto a ter abundância, como a padecer necessidade” (Fp 4.11-12 - ACF).
. “Mas
os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas
concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e
ruína” (1Tm 6.9 - ACF).
Os
Teólogos da Prosperidade dizem que por ser filho de Deus, temos o
"direito" de termos o que quisermos! Vejamos, como exemplos,
algumas refutações bíblicas:
* Jesus não tinha onde reclinar a
cabeça (Mt 8.20).
* Paulo viveu em constante pobreza (Fp 4.11).
* Porque Jesus pediu ao rico para desfazer-se dos
bens?(Lc 18.22).
* Os que querem ficar ricos caem em tentações (1Tm
6.9).
* Não podemos servir a Deus e as riquezas (Lc 16.13).
* A oração que não é atendida: para gastar no luxo
(Tg 4.3).
* Na oração do Pai Nosso não há indicação de pedirmos
além do necessário ("de cada dia..." - Mt 6.11).
* O servo de Eliseu pegou lepra pela cobiça (2Rs
5.20-27).
* "Não ajunteis tesouro na terra..." (Mt
6.19).
* José e Maria eram humildes. Sua oferta de
sacrifício no templo foi um par de rolas (Lc 2.22), a mais simples oferta
(veja Lv 12.6-8).
* A fascinação da riqueza sufoca o crescimento espiritual
(Mc 4.19).
* Pedro e João não tinham oferta para dar ao
paralítico (At 3.6).
* Moisés abandonou sua riqueza e "status",
para servir a Deus e ao Seu povo (Hb 11.24-26).
* A cobiça levou o povo de Israel a desobedecer e ser
derrotado (Js 7.1-26).
* Deus usou Gideão, da família mais pobre de
Manassés, para libertar Israel (Jz 6.15).
* Jó, um justo, passou por um período de pobreza
total (Jó 1.9-12).
* Em Jerusalém, a maioria dos crentes era muito
pobre, mas Paulo não os tratou com desdém, mas chamou-os de Santos: “Porque
pareceu bem à Macedônia e à Acaia fazerem uma coleta para os pobres
dentre os santos que estão em Jerusalém” (Rm 15.26 - ACF).
. A Bíblia ensina que nem a
pobreza nem a riqueza são virtudes. A Palavra de Deus, aliás, em momento
algum trata a pobreza com desdém. A vida do homem não se constitui dos bens
que possui (Lc 12.15). Não devemos ir para um extremo, nem para o
outro (Pv 30.8-9). Qualquer extremo é perigoso. É verdade que a
riqueza é bênção de Deus, desde que adquirida de maneira honesta e não vise
exclusivamente aos deleites deste mundo (Tg 4.3). Caso contrário,
seremos escravizados por ela.
. Infelizmente, nos nossos
dias, muitos crentes passaram a encarar a sua fé como um meio de
enriquecimento, como um mecanismo de prosperidade material e, com isto,
desviam-se dos objetivos traçados pelas Escrituras Sagradas. Não negamos
que Jesus tenha bênçãos materiais para a Sua Igreja, mas,
definitivamente, não é para isto que a Igreja foi constituída e não é este
o propósito para ela estabelecido pelo Senhor. Quando mudamos a agenda
divina de salvação de almas e aperfeiçoamento dos santos pela agenda de
busca de prosperidade, estamos nos encaminhando, perigosamente, para a
apostasia. O materialismo é uma das principais marcas do espírito do
Anticristo, cujo reinado sempre beneficiará os mercadores cf.
(Ap 18), que serão os que mais lamentarão a queda de seu sistema
iníquo.
. Não é à toa que a primeira
expressão da igreja de Laodicéia, que é o retrato da igreja
apóstata dos dias do arrebatamento, seja “rico sou e de nada
tenho falta” (Ap 3.17), a mostrar que esta igreja tinha, em primeiro
plano, a preocupação com as riquezas, com os bens materiais. “Como
dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes
que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu”
Urge modificarmos este pensamento que está incrustado
na Igreja, levando muitos à apostasia. Muitos não pensam mais nas almas,
mas nos dízimos e ofertas; outros não estão preocupados com a obra de
Deus, mas com os cifrões dos seus salários. Muitos não querem
saber de buscar a Deus para ter bênçãos espirituais, para serem
instrumentos de salvação e de aperfeiçoamento de outros crentes, mas querem
enriquecer com campanhas, sacrifícios, etc. São pessoas que vivem como os
ímpios, que têm as mesmas preocupações e propósitos que os ímpios e que,
portanto, pertencem a este vasto grupo onde o amor está esfriando pelo
aumento da iniqüidade e que, buscando a riqueza material, não vê que se
comporta como um pobre, desgraçado e nu. Vigiemos e não entremos nesta
onda, que nos levará para a perdição eterna!
. Portanto, a Teologia da
Prosperidade é diabolicamente perversa e mentirosa, porque induz os filhos
de Deus a buscar a riqueza, por concluírem ser esta tão importante quanto à
salvação.
REFUTAÇÕES
BÍBLICAS DO “EVANGELHO DA PROSPERIDADE”
Heresia segundo a qual o crente
"deve ser rico", “sempre ter saúde”, senão não está abençoado..
Dizem que por ser filho de Deus, temos o "direito" de termos o
que quisermos! Vejamos as refutações bíblicas:
1°. Salomão não pediu riquezas... (1Rs
3.9)
2°. O mendigo Lázaro era salvo, porém...
(Lc 16.20-23)
3°. Jesus não tinha onde reclinar a
cabeça: (Mt 8.20)
4°. Paulo viveu em constante pobreza: (Fp
4.11)
5°. Porque Jesus pediu ao rico para
desfazer-se dos bens? (Lc 18.22)
6°. Os que querem ficar ricos caem em
tentações: (1Tm 6.9)
7°. Não podemos servir a Deus e as
riquezas: (Lc 16.13)
8°. Igreja Apostólica não tinha membros
que se diferenciassem entre si nas posses: (At 2.44-45)
9°. A recomendação para os discípulos:
não ter 2 túnicas (Mt 10.9-10)
10°. A pobreza como honra ("o irmão
de condição humilde"... Tg 1.9)
11°. A oração que não é atendida: para
gastar no luxo: (Tg 4.3)
12°. "Transformação dos elementos?".
Onde? Na Bíblia? A alquimia é uma forma de feitiçaria! (Ex 22.18, Ap 21.8)
13°. Na oração do Pai Nosso não há
indicação de pedirmos além do necessário ("de cada dia..." Mt
6.11)
14°. A colheita de cem por um é de
natureza espiritual! (Mt 13.23)
15°. A Bíblia exorta a procurar os
melhores dons (1Co 12.31), a buscar a Deus e Seu Reino (Is 55.6, Mt
6.33), etc. *Não há passagem
recomendando o acúmulo de bens cf. (Pv 30.8-9; Sl 62.10; 1Tm
6.8)
16°. O servo de Eliseu pegou lepra pela
cobiça... (2 Rs 5.20-27)
17°. Cobiça como pecado: (Lc 12.15-21;
1Jo 2.16)
18°. "Não amar as coisas do
mundo", significa não desejá-las! (1Jo 2.15)
19°. "Não ajunteis tesouro na
terra..." (Mt 6.19)
20. José e Maria eram humildes. Sua
oferta de sacrifício no templo foi um par de rolas (Lc 2.22-24), a mais
simples oferta cf. (Lv 12.6-8)
21°. A fascinação da riqueza sufoca o
crescimento espiritual (Mc 4.19)
22°. O amor ás riquezas, raiz dos males
(1Tm 6.10)
23°. Riqueza como serviço: (1Tm 6.17-19)
24°. Pedro e João não tinham oferta para
dar ao paralítico: (At 3.6)
25°. Transitoriedade e vaidade (Pv 23.5;
Ec 2.18, 5.10)
26°. Pobres no mundo, mas ricos para Deus
(Tg 2.5)
27°. Moisés abandonou sua riqueza e
"status", para servir a Deus e ao Seu povo (Hb 11.24-26)
28°. Prosperidade como resultada da
obediência, e não dos "direitos": (Dt 7.12-13, 11.13-15, etc.)
29°. A cobiça levou o povo de Israel a
desobedecer e ser derrotado: (Js 7.1-26)
30°. Deus usou Gideão, da família mais
pobre de Manassés, para libertar Israel: (Jz 6.15)
31°. Jó, um justo, passou por um período
de pobreza total: (Jó 1.9-12)
32°. "Ganhar o mundo inteiro"
ou "perder sua alma"? (Mc 8.36). Veja também (Lc 12.34)
33°. Qual o objetivo do evangelho?
Prosperidade ou salvação? Veja (Jo 20.31)
«Tendo, porém, sustento, e com
que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes. Mas os que querem ser
ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e
nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao
dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se
desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores» (1Tm
6.8-10 - ACF).
IMPLICAÇÕES PRÁTICAS DE SE CRÊ NA DOUTRINA DA CONFISSÃO
POSITIVA
Citaremos algumas implicações
preocupantes que comprovam a periculosidade desta doutrina para os cristãos
menos desavisados:
1°. – A Doutrina da confissão
positiva aniquila a Soberania de Deus.
Deus não depende das palavras
dos homens para agir. Deus é e sempre será Soberano. Soberania é o atributo
pelo qual Deus possui completa autoridade sobre todas as coisas criadas,
determinando-lhe o fim que desejar (Gn 14.19; Ne 9.6; Ex 18.11;
Dt
10.14-17; I Cr 29.11; II Cr 20.6; Jr 27.5; At 17.24-26; Jd 4; Sl 22.28;
47.2,3,8; 50.10-12; 95.3-5; 135.5; 145.11-13;
Ap 19.6). Já imaginou um Deus
que depende do homem para agir? Com certeza Ele entraria em
enrascada se estivesse sujeito às oscilações da vontade humana. Eu mesmo
não queria um Deus desse tipo. Prefiro o Deus da Bíblia que “tudo faz
como lhe apraz”. (Sl 115.3).
2°. – A
Doutrina da confissão positiva enaltece o homem.
Quando entendemos
biblicamente quem na realidade é o homem, ficamos sobremaneira conscientes
de nossas falhas e limitações. Quanto mais a confissão Positiva enaltece o
homem, mais eu vejo o seu erro. A Bíblia nos mostra claramente que o homem
nada é comparado ao Senhor nosso Deus. A Bíblia retrata como na verdade é o
homem (Ezequiel 16.4-5; Is 1.6 Rm 3.10-18;
Sl 51.5; 58.3; Is 48.8; João
5.40; Rm 1.28; 3.11,18; II Pedro 3.5; Rm 8.8; Jr 13.23; João 6.44-45; Rm
8.6-8; Ef 4.18;
Rm 1.21; Jr 17.9).
3°. – A Doutrina da confissão
positiva dá mais valor a palavra falada do que às Escrituras.
Onde fica a luta ... ... ...
[dos crentes fiéis (perseguidos pelos católicos), através de todos os
séculos]? Muitos foram aqueles que lutaram para que hoje tivéssemos a
Palavra de Deus em nossas mãos. Muito sangue foi derramado para que
pudéssemos ler às Escrituras sem a interferência da vontade humana. Onde
fica o princípio da “Sola Scriptura”? A Bíblia deixou de ser relevante para
as nossas vidas? Creio firmemente que não e os textos bíblicos
confirmam isso – (Sl 19.7-11; Sl 119; Jo 5.39; Rm 15.4; II Tm 3.16-17).
Amado irmão, se precisássemos
apenas falar e declarar para que as circunstâncias adversas fossem
resolvidas e vivêssemos rica e abundantemente sem problemas, então por que
a Bíblia dá tanta ênfase a suportar o sofrimento? Se Paulo tivesse o poder
de parar de sofrer decretando, então como foi que ele teve que ficar com o
espinho na carne? Deixemos de incoerência e vivamos a verdade da Palavra do
Senhor! “Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas
necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque
quando estou fraco então sou forte” (2Co 12.10 - ACF).
4°. – A Doutrina da confissão
positiva dá um conceito simplista da fé cristã.
O evangelho de Cristo é o
evangelho da cruz, da renúncia, do arrependimento, do nascer de novo. O
cristianismo de hoje é um cristianismo sem cruz, sem sacrifícios. Gosto de
dizer que é o “evangelho boa vida”, evangelho “não-faça-nada-e-ganhe-tudo”.
Esse não é o evangelho de Cristo. Basta vermos alguns textos para comprovar
o que estou dizendo – (Jo 3; Mt 16.24; Mc 8.34; Lc 9.23; Gl 6.12; Mt
3.8; Lc 5.32; II Pd 3.9, etc).
5°. – A
Doutrina da confissão positiva não tem o respaldo na História da Igreja.
Fico imaginando ... ... ...
[um crente dos séculos 2 a 19] orando da seguinte maneira: “Eu decreto
que a partir de hoje o papado vai morrer, reivindico que todos os inimigos
do evangelho sejam transportados para o inferno. Declaro explicitamente que
não mais haverá mais heresias e que os inimigos da cruz de Cristo vão
desaparecer da face da terra. Está decretado em nome de Jesus!” Essa
oração nunca aconteceu. Dentro da História da Igreja não se tem notícia de
coisas absurdas como essa. Será que todos os grandes homens de Deus
estavam enganados a respeito de sua fé? Quando examinamos biografias
diversas dos homens de Deus, seja de quem for, notamos uma única nota
coerente em todos: Verdadeira humildade.
Todos foram humildes em
afirmar a soberania de Deus e a fraqueza do homem. Agora, o homem quer
mandar em Deus? Meus amados somos servos e não senhores. E basta para
nós sermos apenas servos.
.
Estude a Palavra e não fique por ai repetindo, como papagaio, aquilo que
você escuta na televisão. É muito fácil pregar heresias. É muito prático
dizer um “abracadabra” evangélico para que tudo se resolva. Difícil
é estudar com afinco às Escrituras, passar horas debruçado sobre as páginas
santas desse livro. Buscar de Deus o verdadeiro sentido da vida, entender
às verdades centrais desse livro, no entanto, é salutar.
Os adeptos do Evangelho da
Prosperidade afirmam que os cristãos têm direito as riquezas materiais.
Se não estão prosperando financeiramente existem três razões: o
desconhecimento deste direito, não estão confessando positivamente que
serão ricos ou estão em pecado. É importante dizer que quando a Bíblia
menciona pessoas ricas não percebemos nenhuma indicação de que suas
situações financeiras positivas eram de ordem espiritual. Nisso está
implícito o quê os pregadores do Evangelho da Prosperidade ensinam:
pessoas ricas eram bem sucedidas financeiramente por causa da maneira como
serviam a Deus. Porém, o Senhor nunca estipulou que a situação financeira
de alguém fosse padrão, requisito, norma ou regra para alguém estar “de
bem com Ele” e até mesmo comprovar sua salvação. Ninguém será salvo por
ser rico ou condenado por ser pobre – ou vice-versa. Ninguém desfruta de um
relacionamento e atendimento vip de Deus por ser rico.
Se fôssemos aderir o ensino do Evangelho
da Prosperidade teríamos de admitir que Nicodemos (pertencente ao
grupo dos fariseus) e José de Arimatéia além de piedosos e tementes a
Deus estavam espiritualmente em melhor situação que os discípulos de Jesus.
É verdade que a Bíblia menciona José de Arimatéia ser homem bom e
justo, mas, mesmo assim foi necessário crer em Cristo e recebê-lo como seu
Salvador. Por outro lado, os discípulos de Jesus deveriam ser os mais ricos
dos homens, porém, a realidade comprova o contrário. Não quero ser acusado
de “especulador grosseiro”, mas é fato que profissionalmente os
discípulos de Jesus trabalhavam arduamente e mesmo assim foram selecionados
por Jesus para comporem o grupo apostólico. Por que Jesus não
vocacionou, para estar entre os doze, Nicodemos ou José de Arimatéia ou
qualquer outro cidadão rico e bem sucedido profissionalmente em Israel?
Mateus fora coletor de impostos, uma
profissão indigna a qualquer cidadão judeu. Ele não era um architelontes
(coordenador, chefe dos coletores de impostos), mas um telontes
(um simples cobrador de impostos). Os coletores de impostos (os
publicanos) eram associados a pecadores (Mt 9.10-13), meretrizes (Mt
21.31,32) e pagãos (Mt 18.15-17). André e Simão Pedro, Tiago
e João (filhos de Zebedeu) eram pescadores. Apesar de relativo sucesso
profissional (arrisco a dizer que os quatro eram sócios - Lucas 5.7-10)
eles tiravam do mar o sustento com muita dificuldade. Não tinham o luxo de
comandarem dezenas de funcionários a partir do seu “escritório”,
pois deviam estar em alto-mar pescando. É certo também que os discípulos, à
medida que eram chamados por Jesus, abandonavam seus ofícios e priorizavam
em suas vidas o discipulado aos pés do Mestre. Porém, não observo em nenhum
momento Jesus dizer a eles que agora que teriam deixado suas profissões e
obedeceram a seu chamado, seriam ricos e não mais enfrentariam
enfermidades. Nunca li um versículo onde Jesus tenha dito à eles que
bastava terem conhecimento de que Deus não aprova a pobreza ou as doenças
na vida dos que O servem e que confessando positivamente a prosperidade
física ou financeira, de fato era isso que aconteceria.
“Porque pareceu bem à
Macedônia e à Acaia fazerem uma coleta para os [pobre]s dentre os santos
que estão em Jerusalém” (Rm 15.26 - ACF).
Não é porque Deus é dono do “ouro e da
prata”, como dizem alguns, que os que O servem também deve ser. Nós não
somos donos de nada – nem da nossa própria vida. Deus tem abençoado muitos
crentes com uma boa profissão, outros com heranças, com promoções no
emprego, com oportunidades e condições financeiras de cursarem nível
superior. Mas existem leis naturais e universais envolvidas nesse processo.
Essa história de que Deus quer dar aos seus filhos os melhores carros, os
melhores postos políticos ou empregatícios, as melhores roupas, as melhores
casas, não passa de “conversa pra boi dormir”, “palavras jogadas
ao vento”. Kenneth Hagin chega às raias do absurdo e da
contradição quando diz que Jesus andou no Cadillac dos seus dias –
um jumento. Sobre isso, preste atenção no que diz o Dr Alan Pieratt: A
ingenuidade da doutrina da prosperidade pode ser vista com total clareza na
tentativa ridícula de Hagin no sentido de justificar a busca das riquezas,
quando diz que Jesus andou no Cadillac de seus dias — um jumento. É difícil
acreditar que ele não saiba que um jumento, ainda mais emprestado, estava
muito abaixo da dignidade e do luxo conferidos por um cavalo ou uma
carruagem. É a mesma coisa que chamar cimento de ouro.
A
RIQUEZA NO NOVO TESTAMENTO
No Novo Testamento as riquezas não
constituem um alvo a ser buscado e alcançado. Muito pelo contrário ela foi
alvo de críticas e apresentada como um perigo. Jesus disse, em Mateus
6.24, que não devemos tê-la como senhor das nossas vidas:
“Ninguém pode servir a dois
senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e
desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom” (Mt 6.24 - ACF).
gr. Mammonas: de
origem aramaica (confiança, i.e., riqueza, personificada);
1) Mâmon
2) tesouro
3) riqueza (onde
personificada e oposta a Deus) – (Dic. Strong)
No original é mamom, um termo aramaico
significando dinheiro ou outros bens terrenos valiosos. Jesus deixou
bem claro que uma pessoa não pode ao mesmo tempo servir a Deus e às
riquezas. (1) Servir à riqueza é dar-lhe um valor tão alto que: (a)
colocamos nela nossa confiança e fé; (b) esperamos da parte dela
nossa segurança máxima e felicidade; (c) confiamos que ela garantirá
o nosso futuro; e (d) a buscamos mais do que o reino de Deus e sua
justiça. (2) Acumular riquezas é um trabalho tão envolvente, que
logo passa a controlar a mente e a vida da pessoa, até que a glória de Deus
deixa de ter a primazia em nosso ser (Lc 16.13). “Nenhum servo pode servir dois senhores; porque, ou há de odiar um e
amar o outro, ou se há de chegar a um e desprezar o outro. Não podeis
servir a Deus e a Mamom”
Jesus também disse na parábola do
semeador que há um tipo de terreno onde a palavra de Deus e o evangelho
lançado não prevalecem perfeitamente: é aquele em que a semente que
caiu entre os espinhos. “e a que caiu entre espinhos, esses são os que
ouviram, e, indo por diante, são sufocados com os cuidados, e riquezas, e
deleites da vida, e não dão fruto com perfeição”. Os cuidados pessoais,
os deleites, as riquezas, asfixiaram a semente e ela não pode produzir
fruto com perfeição. Tornaram-se obstáculos. Isso os pregadores da
prosperidade não dizem, não ensinam e nem pregam.
“E o que foi semeado entre
espinhos é o que ouve a palavra, mas os cuidados deste mundo, e a sedução
das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutífera” (Mt 13.22 - ACF).
O apóstolo Paulo condenou com
veemência (I Tm 6.9,10) os que anseiam por dinheiro: “Mas
os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas
concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e
ruína. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e
nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com
muitas dores”
Disse também (Fp 4.11-13) que era maduro
o suficiente para enfrentar as dificuldades da vida quanto a sua situação
social, ao pregar o evangelho: “Não
digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que
tenho. Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e
em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome;
tanto a ter abundância, como a padecer necessidade. Posso todas as coisas
em Cristo que me fortalece”.
Paulo está dizendo que apesar das
circunstâncias ele está satisfeito. O contentamento dele está em Cristo
e não no que as coisas materiais poderiam trazer-lhe. O apóstolo diz que
aprendeu a viver contente em toda e qualquer situação (v. 11), isto
é, possuía suficiência espiritual para enfrentar as dificuldades. Então, no
versículo 13 diz que a Pessoa, a fonte, que lhe ensinou como agir
desta forma foi o Senhor Jesus, por isso que podia fazer todas as
coisas, ou seja, tudo quando era necessário ao estar em Cristo.
“Porque virá tempo em que não
suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para
si doutores conforme as suas próprias concupiscências; E desviarão os
ouvidos da verdade, voltando às fábulas” (2Tm 4.3 - ACF).
O FINAL INFELIZ DOS LÍDERES DA PROSPERIDADE
Por Mary Schultze
Os pastores da Teologia da
Fé/Prosperidade falam cada heresia!
“A Bíblia declara que a obra
foi realizada há 2.000 anos. Deus não vai curar vocês agora. Ele já os curou há 2.000 anos!” (Benny Hinn, “Rise and Be Healed”, Orlando, Flórida,
Celebration Publishers, 1991).
Estas citações têm caído
diretamente dos lábios ou das penas dum punhado de homens e mulheres que se
consideram profetas modernos. E são esses auto-proclamados apóstolos que
estão levando a Igreja a um reino de seitas. Mas não aceite apenas a minha
palavra quanto a isso:
“Satanás venceu Jesus na
cruz”. – (Kenneth Copeland)
“Você não está olhando para Morris
Cerullo - Você está olhando para Deus, está olhando para Jesus”. – (Morris
Cerullo)
“Nunca, jamais, em tempo
algum, vá ao Senhor e diga: ‘Se for da tua vontade...’ Não permita que
essas palavras destruidoras da fé saiam de sua boca”. – (Benny
Hinn)
“Deus precisa receber
permissão para trabalhar neste reino terrestre em favor do homem... Sim!
Você está no controle das coisas! Assim, se o homem detém o controle, quem
deixou de exercê-lo? Deus”. – (Frederick K. C. Price)
“O homem foi criado em termos
de igualdade com Deus, e podia permanecer na presença dele sem qualquer
consciência de inferioridade”.
- (Kenneth
E. Hagin)
Parte do processo de “declarar”
uma cura é chamada “confissão positiva” e tem a sua origem no
ocultismo dos curandeiros pagãos. Isso quer dizer que a pessoa deve negar
os sintomas físicos, para exercer a sua própria fé. Um verso muito citado
para isso está no Salmo 103.3 que diz: “Ele é
o que perdoa todas as tuas iniqüidades, que sara todas as tuas
enfermidades”
Este verso é tomado como um cheque
em branco para declarar a cura de qualquer enfermidade. Contudo, no
moderno Movimento da Fé, a palavra “todas” não significa exatamente todas,
visto como, aparentemente, ela não cura braços nem pernas quebrados. Neste
caso não pode haver negação de sintomas físicos. Contudo, Deus não falha em
hipótese alguma no Seu poder. Por que deveria Ele ser limitado por uma
costela quebrada, se o que está sendo ensinado é tão bíblico como
demonstrável?
Numerosos
exemplos podem ser citados de como tiveram um final infeliz e de como
falharam em seus ensinos os homens mais famosos da teologia da
fé/prosperidade nos USA.
1°. E.
W. Kennyon faleceu vitima de um tumor maligno.
2°. John
Wimber e seu filho Chris morreram de câncer.
3°. A.
A. Allen morreu de alcoolismo.
4°. John
Lake morreu de um colapso.
5°. Gordon
Lindsey morreu do coração.
6°. O cunhado
de Kenneth Haigin morreu de câncer.
7°. O
mesmo aconteceu à sua irmã
8°. Sua
esposa foi operada e o próprio Haigin usou óculos até morrer.
9°.
Kathryn Khulmann morreu do coração.
10°. Daisy
Osborne morreu de câncer, jurando que havia sido curada.
11°. Jamie
Buckingham morreu de câncer.
12°. Fred
Price conseguiu uma quimioterapia para a sua esposa.
13°. John
Osteen procurou ajuda médica para curar o câncer da esposa.
14°. A esposa
de Charles Capps fez tratamento médico de câncer e também Joyce
Meyer.
15°. Mack
Timberlake está se tratando de um câncer na garganta.
16°. R.
W. Shambach fez quatro pontes safenas.
17°. O
Profeta Keith Greyton morreu de AIDS. (Mary Schultze)
. «Não é lícito aos homens, nem
mesmo aos anjos, fazerem, nas Santas Escrituras, qualquer acréscimo,
diminuição ou mudança. Por conseguinte, nem a antiguidade, nem os costumes,
nem a multidão, nem a sabedoria humana, nem os juramentos, nem as
sentenças, nem editos, nem os decretos, nem os concílios, nem as visões,
nem os milagres se devem contrapor as estas Santas Escrituras; mas, ao
contrário, por elas é que todas as coisas se devem examinar, regular e
reformar» ... ... ... .
«Pois,
se a lei chamou deuses àqueles a quem a palavra de Deus foi dirigida (e a
Escritura não pode ser anulada)» (Jo 10.35 - ACF)
Bibliografia
Fonte:
Todos os textos
bíblicos foram traduzidos para a tradução: Almeida Corrigida Fiel – (ACF)
Site: ... ... ...
Prosperidade á Luz da Bíblia –
José Gonçalves
Cristianismo em Crise – Hank
Hanegraaff
Heresias e Modismos – Esequias
Soares
Decepcionados com a Graça – Paulo
Romeiro
Evangélicos em Crise – Paulo
Romeiro
Super-Crentes – Paulo Romeiro
«Tendo,
porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes»
(1Tm 6.8 - ACF)