Thomas F. Heinze
Título original em inglês:
Answers to My Catholic Friends
Ó 1996 by Thomas F. Heinze
Images Ó 1996 Photo Disc, Inc.
Chick Publications
P.O.Box 662, Chino, CA 91708-0662
USA
Tradução de Mary Schultze
Primeira edição em português – 1998
ÍNDICE
Prefácio
1.Você considera a Missa como a Igreja Católica?
2.De Onde Vêm as Diferenças entre Católicos e Protestantes?
3.Qual a Diferença Mais Importante entre Protestantes e Católicos?
4.Por Que os Protestantes Não Veneram Imagens?
5.Por que os
Pastores Evangélicos Podem Casar?
6.Você Acredita em Maria?
7.O Purgatório Existe?
8.Sobre Quem a Igreja Foi Fundada?
9.A Quem Devemos nos Confessar?
Conclusão
Como missionário
evangélico na Itália por mais de 30 anos, achei que existem certas coisas que
os Católicos Romanos gostariam de saber com respeito à fé dos Protestantes e
sobre a Bíblia. Mormente quando eles precisam de respostas claras e nada
evasivas. O Movimento Ecumênico em sua própria Igreja tem feito com que essas
informações se tornem agora mais importantes do que nunca. Se você é um
Católico Romano, leia o que segue. Ficará surpreso com algumas respostas e vai
querer pegar a sua Bíblia e comparar todas elas sozinho, baseado na Palavra de
Deus. Caso você se disponha a fazer isso, começando a ler os vários versos que
precedem aqueles aos quais vou me referir, isso também o ajudará a entender o
contexto e então você verá por si mesmo como estou sendo honesto. Você também
vai extrair muito mais de sua Bíblia e o estudo vai beneficiar sua vida
espiritual, dando-lhe todas as informações de que precisa.
As passagens bíblicas apresentadas neste livro foram tiradas, não
de qualquer edição protestante, mas da Bíblia de Jerusalém, Edições Paulinas,
com imprimatur, de 01.11.1980, do Cardeal Paulo Evaristo Arns, Arcebispo
Metropolitano de São Paulo.
Esta é uma
pergunta importante, uma vez que a Missa é o centro de todas as reuniões
Católicas Romanas. Os Protestantes têm a Ceia do Senhor, também chamada
de Comunhão, a qual, embora faça lembrar a Missa, não significa a
mesma coisa. A apresentação da Missa foi modificada, a fim de torná-la
mais parecida com a nossa Comunhão do que no tempo em que era rezada em
Latim, porém as diferenças básicas em nada mudaram.
A doutrina Católica Romana da Missa foi estabelecida no Concílio de
Trento e afirma, dentre outras coisas, que ela (a Missa) é um sacrifício de
expiação... de pecados e punição dos mesmos... não apenas para os vivos, mas
também para as pobres almas do Purgatório (Ludwig Ott Fundamental Catholic
Dogmas, p. 412-413). A Igreja Católica Romana ensina, então, que o sacrifício
de Cristo é renovado na Missa e cada vez que a Missa é rezada
esta renovação do seu sacrifício adiciona algum mérito à salvação. Quando a Missa
é rezada por um morto, supõe-se que ela reduzirá sua pena no Purgatório.
Na prática, sem dúvida, todos os Católicos Romanos aprenderam que, após a morte
de um membro de sua família, eles devem fazer um grande número de ofertas aos
padres que rezam Missas, a fim de abreviar suas penas no Purgatório.
Isso é particularmente trágico para as viúvas, que em geral são pobres e muito
religiosas. Conquanto muitos padres não estejam de acordo com essa doutrina e
não aceitem ofertas para rezar Missas nestas condições, outros nos levam
a crer nas admoestações feitas por Cristo em Marcos 12:38-40 Guardai-vos dos
escribas, que gostam de circular de toga, de ser saudados nas praças públicas,
e de ocupar os primeiros lugares nas sinagogas e os lugares de honra nos
banquetes; mas devoram as casas das viuvas, e simulam fazer longas preces.
Esses receberão condenação mais severa. Na Itália, o maior centro do
Catolicismo mundial, existe um provérbio que diz: “você só consegue
aquilo pelo que paga”, o qual traduzido ao pé da letra significa: “sem
dinheiro não se reza Missa”.
Tendo
como fundamento o ensino de que o sacrifício de Cristo pode ser repetido na Missa,
a doutrina Católica Romana insiste em que o pão e o vinho usados
na Comunhão transformam-se através de um milagre. Este milagre não é visível,
isto é, a substância ainda se apresenta como pão e vinho. Mesmo
assim a doutrina Católica insiste em que estes elementos se transformam
rapidamente no corpo e sangue de Jesus e já não são pão e vinho.
Este suposto milagre é chamado Transubstanciação. Baseia-se numa
tradição que penetrou na Igreja nos anos 300 d.C., mas que só se tornou Dogma
em 1215 d.C., quando os Católicos começaram a se ajoelhar diante do pão.
Quando a Igreja aceitou essa Tradição, foi procurar respaldo bíblico na 1
Coríntios 11:24-25, que diz: E, depois de dar graças, partiu-o e disse:
“Isto é o meu corpo, que é para vós; fazei isto em memória de mim”. Do mesmo
modo, após a ceia, também tomou o cálice, dizendo: “Este cálice é a nova
aliança em meu sangue; todas as vezes que dele beberdes, fazei-o em memória de mim”. A interpretação Católica é que o pão e o vinho
que Cristo segurava nas mãos, como por um milagre, transformaram-se em Seu corpo.
Alguns procuram traduzir esta passagem figurada das Escrituras dando-lhe uma
interpretação literal. Mas não é assim. Por favor, note que quando Cristo
pronunciou estas palavras, ele estava diante dos seus discípulos, em seu corpo,
e que a expressão meu corpo deveria ser entendida apenas simbolicamente.
Não pode haver dúvida alguma neste ponto, uma vez que, após ter dito meu
corpo, ele o chamou três vezes de pão, o que certamente não teria
feito se àquela altura já não era pão, mas literalmente tinha se
transformado em seu corpo (1 Co 11:26-28). Desde que Jesus chamou
a substância tanto de pão como de corpo, ele devia estar falando
simbolicamente quando a chamou de pão ou quando a chamou de corpo.
A questão não é se deveríamos interpretar a passagem literal ou simbolicamente.
Mas é: qual a parte que deve ser interpretada literalmente e qual a parte que
deve ser interpretada simbolicamente? Estava Cristo falando literalmente quando
chamou a substância que segurava em suas mãos de seu corpo ou quando a
chamou de pão? Uma das duas expressões tem de ser simbólica ou então há
outra escolha: que ela se transforma de pão em corpo e logo em
seguida em pão.
Declaração semelhante é encontrada em Marcos 14:25, quando Jesus chama o vinho
de fruto da videira, após o ponto em que, de acordo com a doutrina
Católica, ele não deveria mais ser fruto da videira, mas deveria ter-se
transformado completamente no sangue de Cristo. Se ele tivesse sido
literalmente transformado em sangue, não o teria Jesus chamado de sangue
em vez de fruto da videira? Jesus também disse: Eu sou a porta. Não
quis ele dizer que é através dele que chegamos ao céu, em vez de que seu corpo
é feito de madeira?
Ainda mais importante é que na Missa, no momento em que deve ocorrer o
milagre, nada acontece! Cristo também mudou a água em vinho. Neste
caso ficou claro para todos os presentes que a água já não era água, mas
havia se transformado em vinho. Quando o mestre sala provou a água
transformada em vinho - ele não sabia de onde vinha, mas o sabiam
os serventes que haviam retirado a água - chamou o noivo e lhe disse: “Todo
homem serve primeiro o vinho bom e, quando os convidados já estão embriagados,
serve o inferior. Tu guardaste o bom vinho até agora. (João 2:8-10) Vamos
pensar noutros milagres de Cristo. Por exemplo: Quando ele curou o paralítico e
o homem que era leproso, teriam eles ficado ali como se nada tivesse
acontecido?
Não devemos perder de vista o propósito do serviço de comunhão. Logo, Cristo
jamais disse aos seus discípulos que oferecessem novamente o seu corpo,
mas falou duas vezes para eles o realizarem em sua memória (1
Co.11:24-25). Nós honramos Cristo fazendo sempre o que ele manda.
Respaldado nas
Escrituras, estou pronto para examinar a forte evidência de Hebreus 10:10-18.
Encorajo você a estudar os capítulos que antecedem este, não apenas para ver
que não estou usando versos fora do contexto, para ajudar o sentido, mas porque
os capítulos 7 e 9 tratam também deste assunto.
Hebreus 10:10 nos afirma categoricamente que: E graças a esta vontade é que
somos santificados pela oferenda do corpo de Jesus Cristo, realizada uma vez
por todas. (Veja também, na sua Bíblia, Romanos 6:9-10). Está claro neste
verso que não há necessidade nem possibilidade de se fazer outro sacrifício,
porque ele diz que o corpo de Cristo foi oferecido de uma vez por todas. O
assunto, porém, não termina aqui, mas vai ser esclarecido com maior detalhe e
clareza em Hebreus 10:11-12 Todo sacerdote se apresenta a cada dia, para
realizar as suas funções e oferecer com freqüência os mesmos sacrifícios, que
são incapazes de eliminar os pecados. Ele, ao contrário, depois de ter
oferecido um sacrifício único pelos pecados, sentou-se para sempre à direita de
Deus. Aqui Jesus é contrastado com os sacerdotes hebreus que ofereciam
sacrifícios repetidos. Qual a diferença entre eles e Jesus? É que Jesus não
está oferecendo sempre e sempre aqueles mesmos sacrifícios, pois já ofereceu um
sacrifício que foi suficiente. Quando ele morreu na cruz, falou: Está
consumado! (João 19:30). Como é que a renovação diária do seu sacrifício na
Missa encara estes versos todos? A Missa é uma contradição destas
passagens.
A última parte de Hebreus - verso 12 - nos diz que Jesus depois de ter
oferecido um sacrifício único pelos pecados, sentou-se para sempre à direita de
Deus. Isso está totalmente de acordo com Atos 1:9, quando a Bíblia diz que
Jesus foi elevado à vista deles, e uma nuvem o ocultou a seus olhos. depois
de ter oferecido um sacrifício único pelos pecados, sentou-se para sempre à
direita de Deus. Onde está Cristo agora? Ele subiu ao céu, onde, conforme
diz esta passagem de Hebreus, assentou-se para sempre à destra do Pai. Para
sempre significa que ele ainda lá está. (Leia Atos 3:21).
Muitos Católicos pensam que o corpo de Cristo está na hóstia consagrada,
no tabernáculo principal de cada igreja Católica Romana, e então se ajoelham
diante dela, quando por ali passam. Se isso fosse verdade o sacrifício de
Cristo poderia ser repetido, porém as Escrituras declaram textualmente que o
sacrifício por ele oferecido uma única vez foi suficiente para a nossa completa
salvação e que seu corpo agora está no céu. Recebemos o pão e o vinho
apenas em sua memória (1 Co.11:24-25).
Do que nos lembramos é do seu sacrifício suficiente. Ajoelhar-se diante da hóstia
é idolatria, porque ela é pão e não Jesus Cristo. E mais: se acharmos que a hóstia
é Cristo, ficaremos confusos e prontos a perder o significado da comunhão,
deixando de fazê-lo em sua memória.
A doutrina Católica da renovação do sacrifício de Cristo tem deixado muitos
fora do céu, porque ela diz que o sacrifício de Cristo foi insuficiente. Se
não, por que deveria ser repetido tantas vezes?
Essa idéia de que o sacrifício de Cristo não foi suficiente é então usada para
nos levar a crer que a pessoa que morre deve ainda sofrer no Purgatório, a fim
de pagar pelos seus pecados, até que Cristo seja oferecido tantas vezes quantas
necessárias para liquidar tal dívida. Mas a passagem de Hebreus 10 não deixa
dúvida alguma sobre isto e ainda afirma no verso 14: Com esta única
oferenda, levou à perfeição, e para sempre os que ele santifica.
Em Hebreus 10:17-18 outra promessa importante é adicionada: Não me lembrarei
dos seus pecados, nem das suas iniqüidades. Ora, onde existe remissão dos
pecados já não se faz oferenda por eles. O sacrifício perfeito de Cristo
já resolveu tão completamente este assunto, que Deus pode perdoar e esquecer os
nossos pecados. Então, onde fica o Purgatório? Ele não é mencionado na Bíblia.
Ela ensina que quando confiamos nossa salvação a Jesus Cristo, Deus perdoa e
esquece tudo... Aqueles que tentam alcançar o céu através de outro
caminho vão cair no inferno. A Bíblia não apresenta meio termo.
Esta maravilhosa verdade clama por ação. Por que você não pára por um momento e
agradece a Deus o sacrifício único de Cristo, que foi suficiente? Confie nele
para salvá-lo e creia na promessa de que Deus realmente vai perdoá-lo e
esquecer todos os seus pecados. E uma vez perdoados, já não há necessidade
de oferta...
Muitos me falam:
“Vocês, Protestantes, interpretam a Bíblia de uma maneira e a Igreja Católica
de outra”. As diferenças, contudo, não são de interpretação, mas de autoridade.
Para os Protestantes a Bíblia é a autoridade e a Palavra de Deus. Certo padre
resume isto muito bem, quando exclama com desgosto: “Vocês, Protestantes,
acreditam em tudo que esse livro diz!”
A ênfase bíblica, que é a herança Protestante, é visível até na Arquitetura dos
seus edifícios. Na Igreja Católica, o altar fica bem na frente. Ali supõe-se
que o sacrifício de Cristo é renovado na Missa. Na Igreja Protestante, o
púlpito fica bem no centro da atração. É essencial colocar a Bíblia numa
posição em que fique fácil para o pregador ler, porque a leitura e pregação da
Palavra de Deus é a parte central do culto Protestante.
A Igreja Católica aceita oficialmente a Bíblia como inspirada por Deus, mas não
como autoridade final. A Tradição junto com os pronunciamentos dos Papas e
Concílios têm a mesma autoridade. Há entretanto muitos pontos em que a Tradição
da Igreja Católica não está de acordo com a Bíblia. É nestes pontos que cada um
de nós precisa decidir o que vai seguir.
Ao decidir se
devemos nos submeter à autoridade da Bíblia ou da Igreja, devemos levar em
consideração o fato de que aquilo em que a Igreja Católica crê estar certo ou
errado muda com o passar do tempo. Celebrar a comunhão na linguagem do povo
foi, durante muito tempo, considerado uma heresia Protestante. A Missa
tinha de ser rezada em Latim. Então veio um período de mudanças iniciado pelo
Papa João XXIII, quando a Missa passou a ser rezada na língua do povo. A
Bíblia, entretanto, não muda e, por conseguinte, não pode concordar com uma
Igreja mutante.
Certa vez uma senhora Católica idosa me falou: “Se o Papa quer comer carne às
sextas feiras e ir para o inferno, ele pode, mas eu, não!” Mesmo que a Bíblia
concorde com a doutrina atual de que comer carne às sextas feiras não é pecado,
não pode, todavia, concordar que comer carne às sextas feiras, antes, era
pecado.
Através dos séculos muitas mudanças têm sido feitas nos ensinos da Igreja, os
quais estão totalmente em desacordo com a Bíblia. Poderia ilustrar isto com a
aceitação da veneração de imagens nas igrejas (Veja Cap. 4). As diferenças
entre a doutrina e aqueles para quem a Bíblia é a autoridade final não resulta
do desejo protestante de ser ofensivo, mas talvez do fato de que onde existe um
conflito entre os ensinos da Bíblia e os da Igreja Católica é impossível acatar
ambos. Cada um deve escolher nestes pontos a quem deve obedecer.
Na maior parte as Tradições contrárias à Bíblia começaram nos anos 300 d.C.,
quando o Imperador Constantino assumiu a Igreja, e foram gradualmente se
desenvolvendo até se tornarem dogmas da Igreja, embora muitas doutrinas
anti-bíblicas sejam de origem mais recente.
Um
desenvolvimento mais recente e que dificilmente evoluirá é o Movimento
Ecumênico, o qual inicialmente não começou na Igreja Católica. Ele começou na
ala liberal (também chamada modernista) entre as Igrejas Protestantes que já
não criam mais na Bíblia. Como resultado, elas já não mais sustentavam os
ensinos bíblicos mais fundamentalistas, como: a salvação é um dom gratuito de
Deus, a qual é recebida pela fé em Jesus Cristo. Por causa desse deslize na fé,
eles já não tinham uma mensagem clara para oferecer. O resultado é que nas
Igrejas Liberais a freqüência começou a diminuir.
Enquanto uma grande congregação podia facilmente manter o grande edifício de
sua Igreja, um pequeno grupo agora estava com problemas. Geralmente isso
acontecia com a Igreja de outra denominação liberal, ali perto. Por que então
não juntar as duas congregações num só edifício, vender o outro e assim
resolver o problema de freqüência nas Igrejas? Assim, a prática motivação
financeira, bem como o desejo de unidade, concorreu para aumentar o Movimento
Ecumênico dentro das Igrejas Protestantes.
O Catolicismo Romano achou atraente essa idéia de unidade do Movimento
Ecumênico e ainda havia a idéia prática, que oferecia à Igreja Católica a
possibilidade de juntar-se às denominações que iriam surgir. A fim de
proporcionar um Catolicismo no qual os Protestantes se sentiriam mais livres
para entrar, a leitura da Bíblia começou a ser encorajada entre os Católicos e
mudanças foram feitas na Liturgia Católica Romana, a fim de ficar mais parecida
com a dos Protestantes.
Infelizmente, porém, em seu desejo de ser como os Protestantes, muitos
Seminários Católicos começaram a ensinar as Teologias Liberais que haviam
levado tantas Igrejas Protestantes para longe da Bíblia e de Deus. Os
resultados foram os mesmos. A freqüência às Igrejas Católicas começou a
diminuir, dando à Igreja Católica Romana a mesma poderosa e prática motivação
de juntar-se às Igrejas dos grupos Protestantes Liberais.
Enquanto a influência da Bíblia aumentava entre alguns Católicos porque estavam
lendo-a mais agora do que era permitido antes, outros Católicos estão sendo
bombardeados com os ataques liberais às verdades bíblicas.
Outro movimento da Igreja Católica que veio através dos Protestantes foi o
Movimento Carismático, que se iniciou na Igreja Protestante, na Califórnia, em
1901. Este, primeiramente fez as Igrejas Protestantes levantarem-se e, em
seguida, deslizando através das linhas denominacionais, deu início ao Movimento
Carismático Católico.
Através dos
séculos a Bíblia tem sido odiada e destruída como nenhum outro livro jamais o
foi. Provavelmente mais cópias da Bíblia foram queimadas do que as de todos os
outros livros juntos. Mesmo assim, hoje muitas pessoas a lêem e muitas pessoas
a possuem e ela é traduzida em muitas línguas e publicada em muitas cópias,
mais do que qualquer outro livro.
Não apenas milhões de pessoas lêem este livro hoje, mas milhões de outros no
passado deram suas vidas para tornar conhecida a sua mensagem. Por que?
·
Porque ela tem transformado vidas
cheias de pecados em vidas boas e dignas. Através da sua influência elas vieram
a conhecer Deus e servir de ajuda aos que estavam ao seu redor.
·
Porque ela é inspirada por Deus: Toda
Escritura é inspirada por Deus e útil para instruir, para refutar, para
corrigir, para educar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito,
qualificado para toda boa obra (2 Tm. 3:16). E para dizer mais, ela
oferece evidência convincente de ser realmente inspirada por Deus. Por exemplo,
muitas de suas profecias já foram cumpridas. A doutrina Católica também afirma
que este livro é inspirado por Deus.
·
A Bíblia contém tudo que é
necessário para levar um cristão à perfeição. O verso acima mencionado
continua: A fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente
habilitado para toda boa obra (v.17). Não precisamos adicionar coisa alguma
da Tradição para levar o cristão a este completo estado de perfeição.
·
Porque, como afirma o Apóstolo
Pedro, em sua segunda Carta, a Bíblia é mais confiável do que aquilo que ele
havia visto com seus olhos, ouvido com seus ouvidos, porque foi escrita por
homens inspirados pelo Espírito Santo (1 Pedro 1:16-21). Parece óbvio que a
Bíblia é mais confiável do que aquilo que o próprio Pedro havia visto e ouvido
e que ela merece mais confiança do que a Tradição que a contradiz.
Alguns interpretam mal esta parte da Escritura e dizem que só a Igreja Católica
Romana é capaz de interpretar a Bíblia. A passagem, entretanto, fala da direção
de Deus aos homens que escreveram a Bíblia e não diz que somente alguns possam
interpretá-la. O Apóstolo Paulo louvou os crentes de Beréia, por examinarem
eles próprios as Escrituras para ver se o que ele estava lhes ensinando era
realmente escriturístico: Ora, estes eram mais nobres que os de Tessalônica.
Pois acolheram a palavra com toda a prontidão, perscrutando cada dia as
Escrituras para ver se as coisas eram mesmo assim (Atos 17:11). Se eles
fizeram bem em testar os ensinos do Apóstolo Paulo, comparando-os com os das
Escrituras, que eles já haviam lido, quanto mais nós deveremos aplicar o mesmo
teste às Tradições das Igrejas de hoje?
O Novo Testamento fala muito sobre as Tradições e as condena, quando elas vão
de encontro à Palavra de Deus. Jesus disse: Abandonais o mandamento de Deus,
apegando-vos à tradição dos homens.. Assim invalidais a palavra de Deus pela
tradição que transmitistes. (Marcos 7:8 e 13). Ver também Mateus 15:2-6;
Colossenses 2:8; 1 Tessalonicenses 2:13; Gálatas 1:14.
Alguns, desejando justificar a autoridade da Igreja Católica sobre as
Escrituras, relembram que a Bíblia não contém tudo que Jesus e os Apóstolos ensinaram.
Isso é realmente certo. E a Bíblia afirma isto. Este fato, contudo, não nos dá
autorização para aceitar as muitas doutrinas Católicas que são explicitamente
contrárias aos ensinos das Escrituras (Apocalipse 22:18-19; Marcos 7:3-13). A
Bíblia contém tudo de que necessitamos para ser levados à fé em Cristo e nos
ajuda a crescer na fé (João 20:30-31; 2 Timóteo 3:16-17).
A grande maioria das diferenças entre os crentes bíblicos Protestantes e a
Igreja Católica Romana não provém das interpretações diferentes da Bíblia, ou
de Bíblias diferentes, mas do caso de quem é a autoridade final. A
Bíblia deve ser interpretada à luz da própria Bíblia e não dobrada e colocada à
parte a fim de honrar pronunciamentos de Papas, concílios ou tradições (2
Tessalonicenses 2:15; 3:6).
Se alguém chega
hoje a você e pergunta: “Como posso ser salvo? Quero ir para o céu e não para o
inferno. Que preciso fazer?” O que lhe diria você?
Fiz esta pergunta a milhares de Católicos Romanos e também estou fazendo-a a
você. Quase todos dão substancialmente a mesma resposta. É a mesma resposta que
eu, como Protestante, dava, antes da minha salvação, quando ainda não conhecia
a resposta que Deus dá na Bíblia. Esta resposta poderia ser reduzida: seja
bom, não peque, ande na Lei de Deus.
A Bíblia nos
ensina exatamente o contrário do que aquilo em que a maioria de todos nós
acreditava. Ela nos ensina que somos todos pecadores e não merecemos salvação: Todos
pecaram...Não há quem faça o bem, não há um sequer...(Romanos 3:23 e 12).
Estamos todos incluídos. A Bíblia diz que não somos bastante bons para salvar
nossas almas: Maldito todo aquele que não se atém as todas as prescrições
que estão no livro da lei, para serem praticadas (Gálatas 3:10). Deus pede
que permaneçamos em tudo, não apenas que sejamos melhores que os outros
- permanecer em tudo! Alguns de nós abdicam mais do que os outros, mas
ninguém é perfeito. Mesmo assim ninguém permanece em todas as coisas escritas
no Livro da Lei. Deus ainda nos ama e em seu amor Ele nos oferece as boas novas
do Evangelho. Isto é, que apesar do que merecemos, Ele tem tido misericórdia de
nós e enviou seu Filho a fim de pagar pelos nossos pecados.
Algumas vezes um criminoso culpado e condenado, esperando pela execução, recebe
o indulto do Governador. Deus fez isto por nós: Porque o salário do pecado é
a morte, e a graça de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor... Pois
Deus amou tanto o mundo, que entregou o seu Filho único, para que todo o que
nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (Romanos 6:23; João 3:16).
Deus explica que não podemos nos salvar por nós mesmos, mas a salvação é o seu
presente para todos nós, pecadores. “Pois pela graça sois salvos por meio
da fé, e isso não vem de vós, é o dom de Deus: não vem de obras, para que
ninguém se encha de orgulho” (Efésios 2:8-9).
Veja como a Bíblia contradiz textualmente a crença de tantas pessoas de que se
trabalharem arduamente serão capazes de se salvar, guardando a Lei de Deus: Sabendo
entretanto que o homem não se justifica pelas obras da Lei, mas pela fé em
Jesus Cristo, nós também cremos em Cristo Jesus para sermos justificados pela
fé em Cristo, e não pelas obras da Lei, porque pelas obras da Lei ninguém será
justificado (Gálatas 2:16). E outra vez, o justo viverá pela fé (Gálatas
3:10-11). (Veja também Gálatas 3:12-13; 5:4; Romanos 3:20).
O criminoso ao qual o perdão é oferecido não o recebe porque é melhor do que os
demais criminosos. Ele é culpado e está condenado. Mas ele confiou em que
aquele pedaço de papel o libertaria. Confiou nele e saiu andando como um homem
livre. Em Jesus Cristo Deus oferece seu perdão aos pecadores que não o merecem.
O que você vai fazer com ele?
A
Bíblia diz que se fosse possível nós recebermos a salvação guardando a Lei de
Deus não haveria razão alguma para Cristo ter morrido por nós (Gálatas 2:21).
A Bíblia tanto explica porque não merecemos salvação como o que Cristo fez
neste sentido. Ele morreu em nosso lugar e tomou sobre ele o nosso castigo. Todos
pecaram e todos estão privados da glória de Deus – e são justificados
gratuitamente por sua graça, em virtude da redenção realizada em Cristo Jesus:
Deus o expôs como instrumento de propiciação por seu próprio sangue, mediante a
fé ... Porquanto nós sustentamos que o homem é justificado pela fé sem as obras
da Lei (Romanos 3:23-28). Esta passagem também explica quem será justificado:
aquele que crê em Jesus.
Deus afirma que todos pecaram. Aceite sua palavra. Não tente convencê-lo
de que você é uma exceção. Arrependa-se de seus pecados, porque Cristo morreu
na cruz, a fim de pagar a penalidade deles; não apenas pelo pecado original de
Adão, mas por todos os pecados. O Apóstolo João escreveu: ... E o sangue de
Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado (1 João 1:7). Aceite o perdão
que Ele lhe oferece!
Em Roma, quando morre um Papa, grandes cartazes são colocados nos muros da cidade, pedindo que as pessoas orem pela sua alma, porque a Igreja Católica crê que ele está sofrendo no Purgatório. Francamente... O Catolicismo não pode salvar nem mesmo os seus próprios Papas?! Se você está confiando neste sistema religioso para sua salvação, só deve esperar por uma destas duas coisas:
·
A Bíblia está errada em dizer como
uma pessoa é salva.
·
Que você é um Católico melhor do
que os Papas.
Encaremos
a verdade: a Bíblia não pode estar errada e provavelmente você não é um
Católico melhor do que os Papas. Mas temos a maravilhosa notícia de que Deus
nos oferece salvação através de seu Filho para todos os pecadores que não a
merecem.
A
salvação, como já vimos antes, é um dom gratuito de Deus para nós. Tudo o que
temos de fazer para receber este presente é aceitá-lo (Efésios 2:8-9). Aceitar
o presente de Deus para a salvação significa aceitar o seu Filho porque: Deus
nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho. Quem tem o Filho tem a
vida; quem não tem o Filho não tem a vida (1 João 5:11-12).
Aceitar Cristo significa que você tem de parar de acreditar que pode se salvar
através do Batismo, sendo bom o suficiente e depois sofrendo no Purgatório.
Ponha sua fé num fundamento mais sólido. Confie somente em Cristo para ser
salvo. Peça-lhe para entrar em sua vida e purificá-la como Ele deseja fazer. E
quando ele o fizer, Deus não mais o verá com seus pecados, mas através da
bondade de Cristo. João, o Apóstolo que Jesus mais amava, escreveu: Mas a
todos que o receberam, deu o poder de se tornarem filhos de Deus (João
1:12). O Apóstolo Paulo experimentou isso em sua própria vida: Tendo sido,
pois, justificados pela a fé, estamos em paz com Deus por nosso Senhor Jesus
Cristo, por quem tivemos acesso pela fé a esta graça, na qual estamos firmes
(Romanos 5:1-2).
Em minha própria experiência, quando descobri que Deus estava me pedindo para
confiar na salvação que Cristo me oferecia, tive uma luta real. Ele estava me
pedindo para desistir daquilo com que eu contava para minha salvação: minha
bondade e meus próprios méritos. Um artista adaptou este sentimento com o
quadro de uma criança que largou o brinquedo para sair correndo atrás de um
belo pássaro que estava voando em direção à terra para pousar em sua mão.
Eu não era o que se pode chamar de um pecador muito mau, quando entendi que
Deus estava me oferecendo salvação através de Cristo. Quando examinava minha
vida a coisa que mais me aborrecia era que eu usava um vocabulário sujo, que
sabia não agradar a Deus. Achava que se pudesse abandoná-lo, eu já seria digno
de receber a salvação.
Tinha ainda outra motivação para me limpar deste pecado. Era estudante
universitário nessa época e desejava muito dar uma boa impressão às garotas,
mas ficava sempre embaraçado com o meu linguajar sujo, que aflorava nos
momentos mais inoportunos.
Até certo ponto pedi ajuda a um amigo. Cada vez que ele me ouvisse dizer um
palavrão eu lhe pagaria uma multa. Em pouco tempo ele havia acumulado uma boa
soma de dinheiro, o qual nós gastamos numa noite, fora da cidade. Mas não
funcionou. Eu não conseguia controlar nem mesmo aquele único pecado, imagine os
pecados de todos os pecadores! Se eu fosse um ladrão teria mais dinheiro.
Pecado sexual me teria dado momentos de prazer. Mas o meu linguajar sujo nada
me oferecia em troca e eu não conseguia me livrar daquele mau hábito. Quando
constatei isso, abandonei qualquer esperança de ser bastante bom para me salvar
e acreditei em Deus. Foi um momento de humilhação e uma decisão muito difícil.
Encarei o fato de que estivera errado por 18 anos e pedi a Cristo para entrar
em meu coração e me purificar.
As lágrimas de alívio no final dessa luta interior ainda me escorriam pela
face, quando saí como um novo homem, salvo pela graça, não pelas obras, e
arrolado no livro do céu. Cristo vivendo em mim logo purificou meu vocabulário
e tem purificado tudo o mais, desde então.
Vi a mesma coisa acontecer a todos os filhos de pecadores, a drogados que
roubavam o último centavo de sua própria mãe para comprar drogas. Deixar Cristo
limpar uma vida, depois que Ele salva uma alma, nem sempre é fácil. Levamos
tempo lendo sua Palavra para deixá-la persuadir-nos, mas Deus envia seu Santo
Espírito para habitar em nós, quando recebemos seu Filho e somos purificados
pelo seu poder e não pelo nosso próprio. Esse é o segredo.
Você também pode ser salvo hoje por um simples e sincero ato de fé. Jesus
disse: Todo aquele que o Pai me der virá a mim, e quem vem a mim eu não o
rejeitarei (João 6:37). Quer parar e vir a Jesus agora mesmo para resolver
este assunto? Você não vai ser rejeitado. Se você precisar, leia novamente tudo
o que você não entendeu, mas não desista de sua decisão. Nada mais que você
possa fazer com sua vida terá maior importância, se depois você for para o
inferno. Então, por que não confessa seus pecados agora mesmo ao próprio Deus?
Se o fizer, creia que Jesus Cristo já pagou por todos eles.
Depois, sugiro que você lhe agradeça. Mostre-lhe como você se importa,
dedicando tempo à leitura da sua Palavra, a Bíblia, cada dia, a fim de ter uma
relação de amizade com ele e descobrir o que Ele realmente deseja fazer de sua
vida. Cristo é o seu Senhor e Mestre, tanto como seu Salvador. Ele deseja
guiá-lo em tudo o que você fizer em sua vida.
Assim como Deus o ajudará a encontrar companheirismo com os outros Cristãos em
um grupo que realmente crê e segue a sua Palavra, Ele também vai ajudá-lo a
trazer seus amigos e parentes para Ele.
Para os Católicos o problema não parece tão importante como realmente é. Com o
seu centro na Itália a atitude relativa a imagens é o critério que muitos usam
para distinguir os Católicos dos Protestantes. Eles vão dizer: “Ah, você é
Evangélico. Você é daqueles que não acreditam nos santos, não é?”
O dogma Católico declara: “É permitido e proveitoso venerar as imagens dos
santos”. Essas imagens dos santos que elas representam são extremamente
importantes para os países Católicos Romanos. E também nos países onde o
Catolicismo não é maioria. Multidões de pessoas que quase nunca entram pela
porta de uma igreja consideram-se Católicas devotas simplesmente porque são
devotas de uma ou mais imagens Católicas.
Talvez o fato mais importante que distingue os crentes bíblicos Protestantes de
seus vizinhos Católicos seja a insistência Protestante de que cada indivíduo
conhece Deus pessoalmente. De fato, a maior razão pela qual Cristo veio à
terra, morreu e ressuscitou, foi anular os pecados que nos separavam de Deus a
fim de que pudéssemos conhecê-lo de uma maneira pessoal. A Bíblia ensina que
todo indivíduo deveria ter um relacionamento direto com Deus; não um
relacionamento a longa distância, através de uma imagem do santo que a imagem
representa. Um dos maiores temas da Bíblia, do seu início em Gênesis, até o
livro de Apocalipse é o ódio de Deus às imagens. A razão é que elas separam os
homens de um contato direto com Ele, fornecendo-lhes alguém a quem oram e em
quem confiam.
A maioria dos Católicos fica deveras surpresa quando descobre que
um dos Mandamentos proíbe o uso de imagens. Vou mostrar o segundo Mandamento,
não de qualquer publicação Protestante, mas da Bíblia de Jerusalém (Edições
Paulinas): Não farás para ti imagem esculpida de nada que se assemelhe ao
que existe lá em cima, nos céus, ou embaixo na terra, ou nas águas debaixo da
terra. Não te prostrarás diante desses deuses e não os servirás, porque eu,
Iahweh teu Deus sou um Deus ciumento, que puno a iniqüidade dos pais sobre os
filhos, até à terceira e quarta geração dos que me odeiam, mas que também ajo
com amor até a milésima geração para aqueles que me amam e guardam os meus
mandamentos (Êxodo 20: 4-6).
Enquanto a Igreja Católica ensina regularmente os Dez Mandamentos, em seu
Catecismo ela elimina terminantemente o mandamento acima mencionado. Apesar
disso, ele se mostra em qualquer Bíblia, quer seja impressa numa gráfica
Católica ou numa Protestante. Se você tem uma Bíblia, não quer dar uma olhada agora?
Se você tem um Catecismo Católico Romano, por que não o abre também? Você não
vai notar imediatamente que o Mandamento contra a fabricação de imagens e o ato
de se ajoelhar diante delas foi eliminado, porque ainda lá estão os Dez
Mandamentos. Mas se você ler os três primeiros Mandamentos, tanto na Bíblia,
como no Catecismo, você vai notar que o segundo Mandamento, o mais extenso de
todos, foi deixado fora da versão do Catecismo. A omissão foi escondida
dividindo-se o décimo Mandamento em dois. Aqui está como se lê o décimo
Mandamento na Bíblia Católica: Não cobiçarás a casa do teu próximo, não
desejarás a sua mulher, nem o seu escravo, nem a sua escrava, nem o seu boi,
nem o seu jumento, nem coisa alguma que pertença a teu próximo (Êxodo
20:17). No Catecismo, a parte que diz: Não desejarás a mulher do teu próximo
virou o nono Mandamento e o resto ficou sendo o décimo. Estes Mandamentos são
novamente repetidos em Deuteronômio 5. Nesta segunda passagem não fica tão
evidente que o último Mandamento foi dividido em dois, a fim de camuflar a
falta do segundo. Provavelmente é por isso que a Igreja Católica usa a
especificação dos Dez Mandamentos de Deuteronômio, em vez da original entrega
dos mandamentos em Êxodo.
O fato de que o segundo Mandamento foi solapado e a omissão camuflada mostra
que não se trata de uma interpretação diferente da maneira como os outros
acham. Se eles não tivessem entendido que o segundo Mandamento condena imagens,
por que iriam removê-lo do Catecismo e de outros ensinos Católicos populares?
Alguns, na tentativa de justificar orações a imagens,
dizem que se tivessem de observar literalmente o segundo Mandamento não
poderíamos ter fotografais de nossos amigos e entes queridos. A Bíblia
esclarece isto numa passagem em que especifica que tipo de imagens são
condenadas. Imagens daqueles que o povo venera e adora: Não fareis ídolos,
não levantareis imagem ou estela e não colocareis na vossa terra pedras
trabalhadas para vos inclinardes diante delas, pois eu sou Yahweh vosso Deus (Levítico
26:1). Note que aqui, como em Êxodo, fala-se do propósito do uso de imagens
para adoração e a mesma palavra hebraica é traduzida por ajoelhar-se. Este
propósito não excluiria fotos normais de seus amigos e familiares? Uma exceção
óbvia é a prática de dirigir orações a fotos de parentes mortos.
Outros tentam evitar o claro ensino de Deus,
declarando de maneira autoritária que Ele está se referindo apenas a imagens
pagãs e não a imagens “cristãs”. Entretanto, notamos que:
·
Moisés falando aos Hebreus, povo
escolhido por Deus, e não a pagãos, disse-lhes que o Senhor não se tinha
mostrado a eles, quando lhes tinha dado os Dez Mandamentos, por uma razão
específica. Para que o povo de Deus não fizesse imagens dele próprio: ...uma
vez que nenhuma forma vistes no dia em que Yahweh vos falou no Horeb, do meio
do fogo, não vos pervertais, fazendo para vós uma imagem esculpida em forma de
ídolo, uma figura de homem ou de mulher... (Deuteronômio 4:15-16. Leia
ainda os versos 17-29). O que foi proibido aqui não foi uma imagem pagã, mas
qualquer imagem que o povo escolhido de Deus pudesse fazer do próprio Deus, ou
de homem ou de mulher.
·
Deus louvou ao Rei dos Judeus,
Ezequias, por ter destruído a serpente de bronze, que havia sido feita previamente
por seu expresso mandamento, e a qual seu povo, depois de um certo período de
tempo, começou a venerar. A Bíblia diz que ele fez o que agrada aos olhos de
Yahweh, imitando tudo o que fizera Davi, seu pai. Foi ele que aboliu os lugares
altos, quebrou as estelas, derrubou os postes sagrados, reduziu a pedaços a
serpente de bronze que Moisés havia feito, pois os filhos de Israel até então
ofereciam-lhe incenso; chamavam-na Noestã (2 Reis 18:3-4).Imagens São
Proibidas no Novo Testamento
Outros, tentando escapar dos ensinos da Palavra de Deus, proclamam que as
imagens eram proibidas no Velho Testamento, mas não no Novo Testamento. A
fraqueza fatal desse argumento é que ele não é verdadeiro. O Novo Testamento
fala um bocado sobre imagens e sempre contra elas, exatamente como o faz o
Velho Testamento.
Uma das primeiras passagens escritas no Novo Testamento está em 1 Coríntios
10:14: Meus bem amados, fugi da idolatria. O tema corre fácil no Novo
Testamento. Também o encontramos na 1 João 5:21, um dos últimos livros escritos
no Novo Testamento: Filhinhos, guardai-vos dos ídolos.
Além destes versos mencionados existem outros muito numerosos para serem
citados aqui, mas encorajo você a dar uma olhada neles, mais ou menos através
de todo o Novo Testamento: 1 Coríntios 6:9; 10:7; 12:2; Atos 7:39-42; 17:16-29;
Romanos 1:23; 1 Pedro 4:3; Apocalipse 2:14; 9:20; 21:8 e 22:15.
A
Igreja dos primeiros séculos não usava imagens (com exceção do símbolo do
peixe, usado como logotipo e não como ídolo). As imagens entraram primeiro na
Igreja para uso ornamental, no final do século III. Em 400 d.C., elas também
eram usadas com propósitos instrutivos e só nos séculos seguintes essas imagens
foram consideradas sagradas. Foram então aceitas para veneração pela Igreja
Católica Romana no Concílio de Nicéia, em 787 d.C. e no de Trento, em 1.562
d.C.
De acordo com a Tradição Católica, quando uma pessoa ora ou adora uma imagem de
santo ela está venerando o próprio santo, não a imagem. Esta explicação, embora
convincente quanto pareça, não justifica a oração a uma imagem, porque Deus
nô-la proíbe. Este fato tem sido entendido por muitas pessoas importantes na
Igreja Católica. Sob a mudança feita pelo Papa João XXIII, muitas imagens foram
retiradas das Igrejas. Este Papa e outros que o seguiram também tentaram cortar
outras práticas idolátricas da Igreja, como carregar imagens em procissões.
Na maioria dos
casos as imagens veneradas não são realmente imagens de santos, visto como não
existiam câmeras fotográficas no seu tempo de vida, nem muitos deles posaram
para pintores. A conseqüência óbvia é que muitas vezes as imagens são realmente
dos modelos que posaram para os pintores. Muitos artistas criavam tanto artes
religiosas como não religiosas com os mesmos modelos para ambas. Algumas vezes
os modelos eram pessoas muito religiosas e também não religiosas. Em outras
ocasiões os quadros mentais dos artistas é que determinavam como seria a
aparência do santo. Isso é óbvio, quando se recorda a aparência pálida de
algumas Madonas e em seguida a aparência das Madonas negras.
Uma senhora aprendeu que a imagem para quem o povo estava orando não era imagem
de santo. Ao passear com o seu cachorro, ela passou pelo Atelier de um
escultor. O artista correu, parou-a e lhe perguntou se podia cortar um pedaço
da cauda do seu cachorro para fazer as sobrancelhas de um santo que ele estava
esculpindo. Ela deu-lhe de boa vontade os pelos de que ele precisava. Enquanto
ia andando, ela constatou que “estava indo ajoelhar-se diante dos pelos do rabo
do seu cachorro”. Foi aí que ela parou definitivamente com a sua idolatria.
O fato de que muitas passagens da Bíblia
tratam de imagens torna óbvio que na opinião de Deus esta é uma parte
importante. Já frisei muitas passagens do Novo Testamento, enquanto o assunto é
vastíssimo no Velho Testamento, o que não dá para enumerar todas as passagens e
dentre elas as mais importantes são as seguintes, e lendo-as podemos ver o que
Deus pensa a respeito das imagens: Êxodo 23:24; 34:13; Levítico 19:4; 26:30;
Números 33:52; Deuteronômio 5:8-9; 9:12-17; 16:21; 27:15; 1 Reis 14:9, 22-23;
Salmos 78:58; 97:7; 106:19-20; 115:4-9; 135:15-18; Isaías 10:10-11;
30:22; 31:6-7; 42:8-17; 44:8-20; 45:20; 46:6-7; Jeremias 10:
3-16; Ezequiel 16:17-21; 30:13; Daniel 3:1-18; Oséias 11:2; 13:2-4;
Miquéias 1:7; 5:12-13; Habacuque 2:18-20.
Neste ponto alguém poderia sugerir que, uma vez que é proibido orar
às imagens, talvez fosse permitido orar aos próprios santos, que talvez sirvam
de mediadores entre nós e Deus. Jesus, entretanto, afirma que ninguém pode
chegar ao Pai senão através dele (João 14:6) e 1 Timóteo 2:5 é mais específica
ainda, quando afirma: Pois há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os
homens, um homem, Cristo Jesus, que se deu em resgate por todos. Cristo é o
nosso mediador porque é ele quem nos põe em contato com Deus. Ele pagou tudo
que Deus exigiu pelos nossos pecados, a fim de que nós, pecadores, possamos
orar assim: Pai Nosso que estás no céu...
Por que iria Deus nos dizer que Cristo é o único Mediador se fosse mentira
e houvesse outros mediadores?
Um padre atreveu-se a discutir este verso comigo, numa entrevista na TV.
Tentando fazer um grande sofisma neste verso, a fim de permitir aos Católicos
orar aos santos, ele declarou: “Não é que estes santos possam responder
imediatamente, mas eles pedem a Jesus, que por sua vez pede a Deus Pai, o qual
responde a oração”. Conhecendo, porém, a doutrina Católica, perguntei: “os
santos são oniscientes e onipresentes, de modo a entender milhões de
suplicantes no mundo inteiro, em todos os lugares e ao mesmo tempo?” Claro que
ele teve de responder que só Deus é Onisciente e Onipresente e que os santos
não podem ouvir nem entender todos aqueles suplicantes. Ao ver a implicação do
que havia falado, tentou recuperar o dano, dizendo: “Deus Pai ouve as orações e
dá aos santos o que eles pedem”.
Lembre-se de que só Deus pode estar em toda parte, ao mesmo tempo, a fim de
ouvir os milhares de orações vindas de todas as partes do mundo, ao mesmo
tempo. Você pode encontrar uma razão melhor para não orar diretamente a Ele em
primeiro lugar?
Deus nos ama e quer ser nosso amigo e nosso Pai. Ele quer que oremos
diretamente a Ele, para termos comunhão com Ele, para honrá-lo e louvá-lo. Ele
se sente menosprezado quando veneramos alguém ou alguma coisa que não seja Ele.
A Bíblia nos diz que Ele é ciumento do nosso amor, e ajuda-nos a entender isso,
ao dar-nos a ilustração de um marido que não quer que sua esposa saia com
outros homens. O que estamos dizendo a Deus, quando voltamo-lhe nossas costas e
oramos aos santos? É uma grande ofensa achar que Ele não é tão bondoso,
atencioso e compassivo como os santos são.
Examinemos o exemplo, o qual literalmente centenas de italianos têm usado para
mostrar-me porque deveria eu orar aos santos. Eles dizem: “Se você desejasse um
emprego em certa fábrica, e seu tio fosse amigo do proprietário, você não iria
diretamente à fábrica, mas pediria ao seu tio para falar com o proprietário em
seu lugar”. Nesta ilustração, o tio representa o santo e o proprietário da
fábrica é Deus. A ilustração mostra que o santo, representado pelo tio, conhece
e ama você, enquanto Deus, que é o dono da fábrica não o faz. A verdade é que
Deus nos conhece e nos ama e pede que vamos diretamente a Ele em o Nome de
Jesus, o único Mediador.
A Bíblia nunca afirma que santo algum, vivo ou morto, simpatize mais conosco do
que Deus o faz, e nem sequer menciona a possibilidade de alguém orar para ou
através dos santos. Ela contudo fala de Cristo: Com efeito, não temos um
sumo sacerdote incapaz de se compadecer das nossas fraquezas, pois ele mesmo
foi ele provado em tudo como nós, com exceção do pecado. Aproximemo-nos, então,
com segurança, do trono da graça para conseguirmos misericórdia e alcançarmos
graça como ajuda oportuna (Hebreus 4:15-16). Leia também Efésios 3:12. Ele
sabe e se importa!
O próprio Cristo nos diz a quem devemos orar em Mateus 7:7-11, que começa assim
Pedi e vos será dado... e termina assim Ora, se vós que sois maus
sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o vosso Pai que está nos
céus dará coisas boas aos que lhe pedem. A passagem de João 15:16
acrescenta que devemos sempre suplicar ao Pai em o Nome de Jesus: Não fostes
vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi e vos designei para irdes e
produzirdes fruto e para que o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo
quanto pedirdes ao Pai em meu Nome, ele vos dê. Um estudo
sobre orações na Bíblia lhe mostrará que tudo deve ser dirigido a Deus Pai,
através de Jesus Cristo, e não aos santos que já morreram.
O que já falei vai levá-lo a declarar: “Os Protestantes não acreditam nos santos”.
Realmente nós não acreditamos nos santos. Contudo cremos no que a Bíblia fala
sobre eles, o que é bem diferente do que a Tradição Católica ensina. Tanto
cremos neles que desejamos obedecer os Mandamentos que Deus os inspirou a
escrever na Bíblia. Dentre outras coisas eles nos ensinaram que devemos orar a
Deus e não aos santos ou imagens. Os santos que foram realmente santos nos
servem de exemplo. A Bíblia chama todos os que são santificados através da fé
no Senhor Jesus Cristo de santos, palavra que no Novo Testamento
refere-se aos crentes como um grupo, sem distinguir uma pessoa como mais santa
do que outra por ter feito milagres ou vivido uma vida mais pura.
Na Bíblia o termo santos é usado para descrever pessoas que ainda
estavam vivas. Os escritos de Paulo na Bíblia usam a palavra muitas vezes.
Examinemos como ele a usa: ...aos santos e fiéis em Cristo Jesus (Efésios
1:1). Ver também Efésios 1:15, 18; 2:19; 3:8,18; 4:12; 5:3 e 6:18. Ver também:
Romanos 1:7; Atos 9:13, 32; 26:10. Isso deixa bem claro que a palavra santo
era consistentemente usada no plural para referir-se aos grupos de cristãos
normais.
Os crentes da Igreja de Corinto eram santos (1 Co 1:2; 6:11; 14:34). Embora
eles ainda possuíssem graves defeitos e pecados e Paulo não pudesse falar-lhes
como a cristãos espirituais, mas a carnais (1 Co 1:11; 3:1; 6:5-8; 11:22).
Em complemento à clara declaração que: Há um só Deus e um só Mediador entre
Deus e os homens... existem outras razões por que não oramos aos santos:
·
Deus não nos dá exemplo algum na
Bíblia de pessoas que tenham orado aos santos ou os tenham venerado, e nem dá
indicação alguma no sentido de que Ele deseja que o façamos.
·
A Escritura ainda diz: Adorarás
ao Senhor teu Deus, e só a ele prestarás culto (Lucas 4:8).
·
Na Bíblia encontramos ilustrações,
tanto de homens como de anjos, recusando permitir que pessoas se ajoelhassem
diante deles, e até ensinando que tal coisa não deveria ser feita: Quando
Pedro estava para entrar, Cornélio saiu-lhe ao encontro e prostrou-se aos pés,
adorando-o. Mas Pedro reergueu-o, dizendo: “Levanta-te, pois eu também sou
apenas um homem (Atos 10:25-26). Leia ainda Atos 14:13-15 e Apocalipse
22:8-9.
·
O Apóstolo Paulo, um dos santos,
explicou aos Filipenses que ele só poderia lhes ser de ajuda enquanto vivo
(Filipenses 1:23-26).
Para responder o argumento de que os santos respondem as orações com milagres,
devemos responder com a observação de que manifestações espirituais (incluindo
milagres) podem vir de duas procedências diferentes: Deus ou o Diabo e seus
demônios. O Mandamento de Deus é que não devemos fazer imagens. Quando os
milagres parecem feitos pelos santos e convencem mais pessoas a tomar parte nas
práticas idolátricas de orar a outrem que não a Deus, tais milagres
dificilmente podem provir de Deus.
Além do mais, existe um grande número de santos que foram cassados pela Igreja
Católica porque em seus estudos históricos foi verificado que os tais santos
jamais existiram. Santa Filomena, por exemplo, supunha-se ter curado
miraculosamente o Papa Pio X. Todavia, mais recentemente esta santa foi cassada
por outro Papa em sua comissão de investigação como sendo pura fábula. Apesar
do fato da posição oficial da Igreja de que a tal santa jamais tenha existido,
aqueles que lhe são fiéis garantem que ela ainda continua operando milagres.
Você também pode tornar-se um santo se vier pela fé até Jesus Cristo, que
disse: Eu sou o caminho, a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai a não ser
por mim (João 14:6). Não é uma declaração oficial da Igreja que torna uma
pessoa santa, nem é isso alcançado através de uma vida sem pecado ou por fazer
milagres. Deus faz santos os que já foram pecadores: E graças a esta vontade
é que somos santificados pela oferenda do corpo de Jesus Cristo realizada uma
vez por todas (Hebreus 10:10). Leia ainda Atos 26:18. Confie somente em
Jesus Cristo para atirar bem longe todos os seus pecados, e você também se
tornará um dos santos.
A
Bíblia torna claro tanto no Velho como no Novo Testamento que o casamento não é
proibido para aqueles que desejam agradar a Deus, mesmo para os que desejam
servi-lo em tempo integral. O Novo Testamento deixa isso claro quando faz
exigências para os oficiais da igreja: Porém que o epíscopo seja
irrepreensível, esposo de uma única mulher ... que ele saiba governar bem a sua
própria casa, mantendo os filhos na submissão com toda dignidade (1Timóteo
3:2-4). Também as mesmas regras são aplicadas aos diáconos, conforme o verso
12. Os sacerdotes do Velho Testamento também eram livres para casar e
geralmente eram casados, bem como os líderes das Igrejas do Novo Testamento.
Enquanto isso, a Bíblia condena severamente as relações sexuais entre pessoas
não casadas. Deus diz que o contato sexual entre os casados não é pecado. De
preferência Ele ordena que cada pessoa no casamento se dê uma à outra. Passemos
aos pontos sobre os quais me escrevestes. É bom ao homem não tocar em mulher.
Todavia, para evitar a fornicação, tenha cada homem a sua mulher e cada mulher
o seu marido. O marido cumpra o dever conjugal para com a esposa; E a mulher
faça o mesmo em relação ao marido. A mulher não dispõe do seu corpo; mas é o
marido quem dispõe. Do mesmo modo, o marido não dispõe do seu corpo; mas é a
mulher quem dispõe. Não vos recuseis um ao outro, a não ser de comum acordo e
por algum tempo, para que vos entregueis à oração; depois disso voltai a
unir-vos... (1 Coríntios 7: 1-5). Esta passagem torna claro que a falta de
desejo no momento, ou mesmo o sentimento de que o sexo é pecado, não é razão
suficiente para uma pessoa casada privar-se de seu marido ou de sua esposa.
Deus quer que os casados fiquem satisfeitos no lar, a fim de se fortificarem
contra as tentações lá fora.
Em Efésios 5:22-23 Deus escolheu a relação entre marido e mulher como exemplo
de sua relação com os crentes. Ele disse: As mulheres estejam sujeitas aos
seus maridos, como ao Senhor, porque o homem é cabeça da mulher, como Cristo é
cabeça da igreja, e o salvador do corpo. A passagem continua ordenando aos
maridos que amem suas esposas e as tratem com doçura tão bem como tratam a si
mesmos. Devemos ser submissos a Cristo como a esposa é submissa ao seu marido,
e ele quer ter conosco o mesmo cuidado que o marido tem pela esposa. O uso
desta comparação mostra que Deus aprova o casamento.
É verdade que uma pessoa solteira está mais livre para o serviço de Deus, e a
Bíblia diz isso claramente, mas o contrabalança com o ensino da 1 Coríntios
7:9: Mas, se não podem guardar a continência, casem-se pois é melhor
casar-se do que ficar abrasado. Assim, enquanto ficar solteiro é o melhor
caminho para algumas pessoas servirem a Deus, não é o melhor para todas. Eis a
razão por que Deus permite a cada um casar ou não, conforme o seu próprio caso.
A Igreja Católica afirma que Pedro foi o
primeiro Bispo de Roma e o primeiro Papa, embora ele fosse obviamente casado,
conforme vemos em Mateus 8:14 e 1 Coríntios 9:5. Uma vez que a Bíblia não exige
o celibato para os líderes da Igreja e a Igreja Primitiva não o praticava, ele
não é obviamente um mandamento de Deus para todos os que desejam servi-lo em
tempo integral. Ele foi imposto aos padres Católicos Romanos por certos Sínodos
(Elvira, Orange, Artles, Agde, Toledo) e pelo Concílio Laterano de 1.139 d.C.,
basicamente para eliminar o nepotismo da Igreja Romana, que controla uma grande
parte das propriedades que alguns dos padres prefeririam passar para seus
filhos.
Esta condição não existe nas Igrejas
Protestantes, de modo que não tem havido necessidade de tal regulamento. Além
disso, muitas Igrejas Protestantes são democráticas demais em sua organização
para impor uma regra que não tem base bíblica. A Igreja Romana é uma Empresa e
tem o direito de exigir o celibato de alguns dos seus empregados; entretanto,
muitos padres são incapazes de atravessar sua vida sem ter relações sexuais.
Deus considera essas relações extremamente pecaminosas, quando praticadas pelos
que não são casados. (1 Coríntios 6:9-10,18; Atos 15:28-29; Apocalipse 21:8).
Os pobres sacerdotes que não conseguem resistir não são apenas severamente
condenados por Deus, mas também escandalizam muitos em sua Igreja, levando
outros ao pecado junto com eles.
Sim, nós cremos
em tudo que a Palavra de Deus fala sobre Maria. As crenças que rejeitamos são
aquelas que vieram posteriormente, sem nenhum respaldo bíblico. Cremos que
Maria foi uma mulher maravilhosa, escolhida por Deus para ser a mãe de Jesus
Cristo. Também que ela ficou virgem até o nascimento do nosso Salvador. Por
outro lado, não oramos a Maria nem lhe fazemos imagens, porque a Bíblia nos diz
em Lucas 4:8: Adorarás ao Senhor teu Deus, e só a ele prestarás culto. A
Bíblia nos ensina claramente que as orações devem ser dirigidas a Deus Pai.
Quando os discípulos pediram a Jesus: Senhor, ensina-nos a orar, a
primeira coisa que ele ensinou foi: Pai nosso... e lhes ensinou
todo o “Pai Nosso”. Outra vez Jesus perguntou a um grupo de pessoas: Por que me
chamais Senhor e não fazeis o que eu vos mando? Então, se Jesus nos mandou orar
ao Pai, vamos fazê-lo!
Algumas vezes aqueles que desejam que oremos a Maria dizem que
desde que ela foi a mãe de Jesus, ele sempre atende tudo que ela lhe
pede. Você pode julgar por si mesmo se isso é ou não verdade, lendo a
seguinte passagem da Bíblia: Chegaram então sua mãe e seus irmãos e, ficando
do lado de fora, mandaram chamá-lo. Havia uma multidão sentada em torno dele.
Disseram-lhe: “Eis que tua mãe, teus irmãos e tuas irmãs, estão lá fora e te
procuram”. Ele perguntou: “Quem é minha mãe e meus irmãos?” E, repassando com o
olhar os que estavam sentados ao seu redor, disse: “Eis a minha mãe e os meus
irmãos. Quem fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, irmã e mãe”. (Marcos
3:31-35)
Na Bíblia não existe exemplo algum de que alguém tenha ido a
Jesus ou ao Pai através de Maria. Em vez disso, lemos: há um só Deus, e um
só Mediador entre Deus e os homens, um homem, Cristo Jesus, que se deu em
resgate por todos (1 Timóteo 2:5-6). Jesus disse: Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai a não ser por mim (João 14:6).
Cristo é o nosso único mediador. Ele nos coloca diretamente em contato com
Deus, porque tomou sobre si os nossos pecados que nos separavam de Deus,
colocando-nos em contato direto com Ele.
A História nos ensina que as orações a Maria começaram no final
do quarto século depois de Cristo. Se Maria vivesse na época, jamais teria
permitido tal prática. Sendo uma mulher piedosa, ela jamais aceitaria as
orações que deveriam ser feitas diretamente ao Deus único.
Na Itália, o maior centro do Catolicismo Romano, as pessoas
tendem a criar várias imagens de Maria. Também acreditam que cada imagem por si
tem habilidades particulares. Umas crêem que uma imagem tem poder para curar.
Outras crêem que ela livra das lavas do Vesúvio. Outras protegem grupos
particulares, como pescadores, por exemplo. As igrejas cheias de imagens são as
que criam esse tipo de crenças. O resultado é que muitas pessoas viajam
quilômetros, passando por várias imagens de Maria, em busca daquela pela qual
serão ajudadas. Isso é obviamente idolatria e não é isso que desejo discutir,
pois nada tem a ver com Maria, a mãe de Jesus, que é uma só. Seu poder não
poderia mudar de uma estátua para outra...
Entrementes, olhemos para Maria, a mãe de Jesus, uma mulher tão
real quanto você que está lendo este livro. Cremos que ela foi uma excelente
mulher, já que Deus a escolheu para um papel tão especial que lhe daria
proeminência e nos ajudaria com o seu exemplo. Não há, entretanto, razão alguma
para crer que ela tenha sido concebida sem pecado (Imaculada Conceição),
porque, após o nascimento de Jesus, nós a encontramos no Templo, oferecendo
sacrifício pela sua purificação (Lucas 2:22-24). Era o mesmo que todas as
mulheres hebréias costumavam fazer, depois de dar à luz (leia Levítico 12).
Também, em sua prece de agradecimento a Deus, por ter sido escolhida para mãe
do Salvador, Maria chama Deus de meu Salvador (Lucas 1:47). Se ela fora
nascida sem pecado, não precisaria de purificação nem de um Salvador.
A Igreja de Roma ensina que Maria deve ser chamada Mãe de Deus,
expressão jamais usada na Bíblia. A razão é porque ela é a mãe de Jesus Cristo
e ele é Deus. Se à primeira vista isso parece aceitável, por outro lado, se ela
fosse a mãe de Deus, poderíamos concluir que a criatura pode ser a mãe do
Criador, isto é, que Maria nascida em um tal período da História seria a mãe de
tudo relativo a Deus, que existiu desde toda a eternidade (Gênesis 1:1; João
1:1-3 e 14). A Bíblia não nos ensina tal coisa. Em vez disso ela diz que Deus,
que sempre existiu, tomou a forma de homem através do nascimento virginal.
Então, Maria é a mãe da natureza humana de Cristo, porém não de sua natureza
divina, a qual existiu desde a eternidade (João 8:57-58). A fim de evitar
confusão neste ponto, é melhor não a chamarmos Mãe de Deus.
Enquanto a Bíblia ensina que Maria foi virgem até o nascimento de
Jesus, não nos dá razão alguma para crer que ela tenha permanecido virgem toda
a sua vida. De fato, Maria foi obediente a Deus que, quando falava de gente
casada disse: Eis por que deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e se unirá
à sua mulher, e se tornarão os dois uma só carne. (Efésios 5:31 e Mateus
19:6). Falando particularmente de Maria e José, a Bíblia explica: Contudo,
não a conheceu, enquanto ela não deu à luz um filho, a quem pôs o nome de Jesus
(Mateus 1:25). Esta passagem obviamente estabelece que José não teve relação
sexual com Maria antes do nascimento de Jesus, mas propositadamente exclui o
tempo que se segue. Nem passagem alguma que fala da virgindade de Maria
estabelece ter ela permanecido virgem, depois do nascimento de Jesus; pelo
contrário, deixa claro que José e Maria tiveram vida normal de marido e mulher.
Manter Maria virgem a vida inteira é fazer-nos crer que ela não obedecia a
vontade de Deus para mulheres casadas, o que não a honra, de modo algum.
Para provar que
Maria não permaneceu virgem para sempre, a Bíblia nos fala dos irmãos de Jesus,
diversas vezes, também. No Evangelho de Mateus, lemos: Não é este o filho do
carpinteiro? Não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, José, Simão e
Judas. Não vivem entre nós todas as suas irmãs? Donde lhe vem, pois, tudo isso?
(Mateus 13:55-56). Depois do nascimento de Jesus, todas as vezes em que a
Bíblia fala de Maria, ela está sempre em companhia de seus filhos. Pelo visto,
eles viviam juntos, como uma família normal (Mateus 12:46, 13:55-56, Marcos
3:31, 6:3, Lucas 8:19 e João 2:12). Alguns Católicos garantem que os irmãos de
Jesus eram na verdade seus primos. Muitas traduções antigas da Bíblia Católica
traduzem a palavra irmão por primo, sem qualquer respaldo bíblico
e somente no caso dos irmãos de Jesus Cristo. Todos os demais irmãos
foram traduzidos por irmãos. A desonestidade neste tipo de tradução
foi tão evidente, que quase todas as traduções recentes da Bíblia, agora usam a
palavra irmão.
Alguns Católicos até argumentam: sim, eles eram irmãos, mas só
no sentido espiritual, não físico. Essa interpretação é também errada,
porque até a ressurreição acontecer, os irmãos de Jesus não criam nele (João
7:5). Então está muito claro que seus irmãos na carne não criam nele. Se seus
irmãos não criam nele, obviamente não eram irmãos no sentido espiritual. Os
tradutores da versão New American Bible (Nova Bíblia Americana) evidentemente
reconhecem que esta contesta os ensinos romanos de que Maria permaneceu virgem
após o nascimento de Cristo. Eles enfraqueceram levemente a tradução de João 7:5.
Várias passagens da Bíblia realmente distinguem os irmãos espirituais dos
irmãos físicos de Jesus. Exemplo disso é João: 2:12. Depois disto, desceram
a Cafarnaum, ele, sua mãe, seus irmãos e seus discípulos.... (Ver
ainda João 12:46-50, Marcos 3:31-35, 6:1-3, Lucas 8:19-22). Passagens como
estas deixam bem claro que a Bíblia faz distinção entre os irmãos de Cristo e
seus discípulos.
Sobre esse falso fundamento da perpétua virgindade de Maria, os
filósofos, através dos séculos, criaram muitas fábulas e idéias que não estavam
embasadas na Bíblia ou em qualquer outro registro do período no qual ela viveu.
Jesus Cristo não encorajou a excessiva glorificação de Maria, a qual é tão
comum, agora. Lemos, por exemplo: Enquanto ele assim falava, certa mulher
levantou a voz do meio da multidão, e disse-lhe: “Felizes as entranhas que te
trouxeram e os seios que te amamentaram!” Ele, porém, respondeu: “Felizes,
antes, os que ouvem a palavra de Deus e a observam” (Lucas 11:27-28. Ver
também: Mateus 12:46-50 e Marcos 3:31-35).
Dar a Maria a glória que só deveria ser dada a Deus não é a
maneira certa de honrá-la. Se eu chamasse você de “Sua Majestade, a Rainha
da Inglaterra”, ou então dissesse: “foi maravilhosa a sua bravura ao
enfrentar perigos para atravessar o Oceano Atlântico e descobrir a América!”,
você se sentiria honrado? Provavelmente você me acharia um grande ignorante ou
então que eu estaria zombando de você, não é? Certamente você iria preferir que
eu dissesse algo de bom que você tivesse realmente feito...
Outra maneira de honrar Maria é fazer o que certamente lhe
agradaria. A Bíblia nos dá apenas um mandamento dela. Foi nas Bodas de Caná que
ela disse: Fazei tudo o que ele vos disser (João 2:5). Ela
estava ordenando que os criados naquelas Bodas obedecessem Jesus em tudo que
Ele os mandasse fazer. Uma vez que este mandamento foi dado numa ocasião
especial e para um povo específico, nós até podemos deixar de cumpri-lo, se o
desejarmos. Todavia, em nossos corações sabemos que Maria ficaria mais feliz se
obedecêssemos a Cristo do que se deixássemos de fazê-lo, e ainda por cima
ficássemos dizendo que estamos honrando-a. Então, vamos honrar Maria de uma
maneira que não vá de encontro aos ensinos da Escritura, de um modo que ela e
Deus possam aprovar. Sigamos o seu mandamento, fazendo tudo que Jesus nos manda
fazer...
A Bíblia nunca
fala de um lugar onde alguém possa ser purificado de seus pecados. De
preferência ela fala de uma Pessoa através da qual podemos ser purificados: Jesus
Cristo. Deus avisa que aquele que se recusa a confiar em Cristo para se
purificar de seus pecados é condenado: quem nele crê não é julgado; quem não
crê, já está julgado, porque não creu no nome do filho único de Deus (João
3:18). Só há duas escolhas: Quem crê no Filho tem a vida eterna. Quem recusa
crer no Filho não verá a vida. Pelo contrário, a ira de Deus permanece sobre
ele (João 3:36); Ver também Apocalipse 20:15; Lucas 16:19-31, especialmente
o verso 26. Qualquer um que aceitar Jesus Cristo está completamente salvo: Portanto,
não existe mais condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus (Romanos
8:1). Se não há condenação, então ficam eliminadas as chamas do Purgatório.
Outra passagem que exclui claramente a idéia de Purgatório é
Hebreu 10:17, que diz: ... Não me lembrarei mais dos seus pecados nem das
suas iniqüidade,. Se, como a Bíblia diz, Deus não mais se lembrará dos
pecados dos que estão em Cristo, Ele também não os punirá por esses pecados.
Fazer isso seria dizer que Cristo não pagou completamente por eles e que Deus
Pai ainda se lembra deles. Ver ainda Romanos 5:8; Hebreus 10:14-18; Salmos
103:12.
Qualquer um que não acreditar que Cristo o salvou completamente,
também não confiou totalmente em que o Seu sacrifício pagou todos os seus
pecados e acha que ainda terá de pagar por alguns deles. Contudo, somos salvos
quando deixamos de confiar no que fazemos, para começar a confiar somente em
Cristo para nossa salvação.
A idéia de que o sacrifício de Cristo não é suficiente para nos purificar
de todos os pecados iria condenar um grande pecador como o ladrão que foi
crucificado junto com Jesus a sofrer um longo tempo no Purgatório ou a
eternidade no Inferno! Em vez disso, nada foi deixado a ser feito após a morte
de Cristo na cruz. Quando o ladrão colocou sua confiança em Cristo, Jesus lhe
disse: em verdade, eu te digo, hoje estarás comigo no Paraíso (Lucas
23:43).
Se o Purgatório existisse e a Missa ajudasse as pessoas a
sair dele, os ricos teriam uma tremenda vantagem pelo fato de poderem pagar
missas abreviando, assim, o seu sofrimento. Quanto aos pobres seriam estes
deixados à mercê de um sacerdote ocasional que rezasse missas gratuitas por
eles. Um ex-padre escreveu “Se nós realmente crêssemos que as missas podem
salvar pessoas das chamas do Purgatório, iríamos exigir pagamento por elas? Eu
até salvaria um cachorro se o visse no fogo, sem jamais pensar em lhe cobrar
nada”!
O Purgatório evidentemente é uma idéia pagã. Virgílio, o poeta
latino pagão, que viveu em 70 – 19 a.C., classificava as almas que partiam como
destinadas a três lugares diferentes em seus escritos: Um para as almas boas,
um para as almas condenadas, e o terceiro onde as almas medianas poderiam
purgar os seus pecados. Uma vez que a idéia do Purgatório já existia fora da
Igreja, antes de nela penetrar, é provável que tenha sido trazida pelo contato
com pagãos como Virgílio. Houve um grande fluxo de idéias não bíblicas
penetrando na Igreja lá pelos anos 300 d.C., quando o Imperador Romano
Constantino recebeu muitas pessoas não convertidas como membros da igreja.
De qualquer modo, não há menção de Purgatório na Bíblia. Há quem
dê a idéia de que a Bíblia faz referência a este assunto em 2 Macabeus
12:41-45, passagem encontrada num dos livros apócrifos escritos no Período
Interbíblico, entre o Velho e o Novo Testamento. Tais livros jamais foram
aceitos como parte do Velho Testamento judaico nem mencionados no Novo
Testamento, porém foram incluídos na Bíblia Católica, embora com a explicação
de que não são inspirados, como os demais. Fora essa passagem da 2 Macabeus, os
apócrifos são pouco usados pela Igreja Católica para sustentar posições
doutrinárias.
É importante notar que esta passagem não fala bem de Purgatório,
mas realmente condena a idolatria, particularmente a prática de pendurar
pequenas imagens no pescoço. Os soldados hebreus foram encontrados usando esse
tipo de coisa depois de uma batalha, e seus agregados ao fazer tal descoberta,
verificaram que eles haviam morrido no pecado da idolatria. Então resolveram
orar pelas suas almas. A posição da Igreja Católica é que as orações feitas por
eles não teriam sido necessárias se estivessem no céu ou no inferno, mas em
outro lugar. A lógica parece boa, mas isso contradiz o ensino claro das
Escrituras inspiradas. E contradizer as Escrituras inspiradas com uma resposta
filosófica baseada numa inferência aparente dos apócrifos é realmente um
argumento muito fraco. A palavra apócrifo vem do grego e significava escondido,
vindo depois a ter o significado de falso ou de autoria duvidosa.
O próprio
Apóstolo Pedro explica na Bíblia sobre quem a Igreja foi fundada. Ele diz que
Jesus é a pedra angular. É ele a pedra rejeitada por vós, os construtores, mas
que se tornou a pedra angular. Pois não há, debaixo do céu, outro nome dado aos
homens pelo qual devamos ser salvos. (Atos 4:11-12).
Para conseguir uma base bíblica para o papado a Igreja Católica
negligencia inúmeras passagens, tais como a anterior, que menciona claramente que
Cristo é o cabeça e fundador da Igreja e mostra apenas uma pequena passagem no
Evangelho de Mateus. Eles deixam de verificar que mesmo se a Igreja tivesse
sido fundada sobre Pedro, não existe coisa alguma nesta passagem que afirme que
tal status passaria aos Papas. Mostrarei esta passagem aqui com os poucos
versos que a precedem, a fim de melhorar a nossa compreensão.
E eles disseram: “Uns afirmam que é: João Batista, outros que é
Elias, outros, ainda, que é Jeremias ou um dos profetas”. Então lhes perguntou:
“E vós, quem dizeis que eu sou?”
Simão Pedro, respondendo disse: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus
vivo.”
Jesus respondeu-lhe: “Bem-aventurado és tu Simão filho de Jonas,
porque não foi carne ou sangue que te revelaram isso, e sim o meu Pai que está
nos céus. Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei
minha igreja, e as portas do inferno nunca prevalecerão contra ela” (Mateus
16:14-18). No Grego, língua original do Novo Testamento, Cristo chama Pedro de
rocha (gênero masculino) e em seguida diz sobre esta pedra (gênero feminino)
edificarei a minha igreja. Qual a pedra sobre a qual a Igreja foi construída? A
interpretação geral da Igreja Católica é Pedro, mas a diferença de gênero torna
isso muito questionável. E, então, cinco versos adiante, Cristo repreende Pedro
veementemente chamando-o de Satanás. Assim, no próprio contexto, percebemos que
a rocha sobre a qual Jesus fundou sua Igreja é a declaração de Pedro de que
Jesus é o Messias.
Se nos foram deixadas outras passagens da Bíblia para nos ajudar a
descobrir sobre quem a Igreja foi fundada, vamos saber que é Jesus: Quanto ao
fundamento, ninguém pode colocar outro diverso do que foi posto: Jesus Cristo
(1 Coríntios 3:11).
Pedro certamente teria entendido se a Igreja tivesse sido fundada
sobre ele, mas escreveu que ela foi fundada sobre Cristo. Com efeito, nas
escrituras se lê: Eis que ponho em Sião uma pedra angular, eleita e preciosa;
quem nela crê não será confundido. Isto é, para vós que credes ela será um tesouro
precioso, mas para os que não crêem, a pedra que os edificadores rejeitaram,
essa tornou-se a pedra angular, uma pedra de tropeço e uma rocha que faz cair.
Eles tropeçam porque não crêem na Palavra, para o que também foram destinados
(1 Pedro 2:6-8). Pedro entendeu que Cristo é a pedra angular, o fundamento da
igreja, e estava se referindo a Ele, obviamente, nesta passagem.
O próprio Jesus falou: Não lestes esta Escritura: A pedra que os
construtores rejeitaram, tornou-se a pedra angular (Marcos 12:10). Os judeus
entenderam que ao afirmar isto Jesus estava proclamando-se o Messias e, uma vez
que não o desejavam como cabeça, logo tentaram matá-lo, conforme previsto na
Escritura. Mais tarde o conseguiram, porém ele se levantou da morte e se tornou
a pedra sobre a qual sua Igreja foi fundada. Você aceita Cristo como o
fundamento e direção de sua vida?
Voltando, então, a Mateus 16:14-18, com este pano de fundo das
Escrituras, fica bem claro que a rocha a que Jesus se referiu não foi Pedro,
mas a sua confissão: Tu és o Messias.
Mesmo que isso não fosse verdade e Pedro fosse a rocha sobre a qual
a igreja foi fundada, ainda não há qualquer razão bíblica para pensar que a
autoridade de Pedro foi passada a outros e que os Papas são seus sucessores.
Nem há razão para crer que tal idéia foi aceita pela Igreja Primitiva. De fato,
a idéia de papado foi-se desenvolvendo aos poucos e somente em 1870 d.C. foi
que a infalibilidade do Papa tornou-se um dogma. Mesmo então, houve grande
oposição dentro da própria Igreja Católica Romana. Realmente não existe
fundamento de que exista homem algum infalível, além do próprio Jesus, para ter
a autoridade sobre nós, que o Papa proclama ter, embora haja muitas razões para
crer que ele deseja muito que creiamos nisso.
É deveras confuso que o Papa proclame a sua autoridade,
infalibilidade e o direito de ter outros ajoelhados diante dele, como sendo o
sucessor de Pedro. Pedro jamais exigiu tais coisas. Foi exatamente o contrário,
quando alguém quis ajoelhar-se diante dele e ele falou: levanta-te, pois eu
também sou apenas um homem! (Atos 10:26).
Além do mais, Paulo achou necessário repreender Pedro severamente,
não porque ele era infalível, mas justamente porque ele estava errado. Paulo
escreveu: Mas quando Cefas (Pedro) veio a Antioquia, eu o enfrentei
abertamente, porque ele se tinha tornado digno de censura (Gálatas 2:11). Nem
foi este o primeiro erro que Pedro cometeu. Todos nos lembramos de que ele
negou a Cristo três vezes no momento crucial do seu julgamento e condenação. Não
pretendo desmerecer coisa alguma deste grande Apóstolo, mas não é lógico clamar
que a infalibilidade do Papa foi-lhe transferida por um homem que cometeu
erros, e sua autoridade sobre a Igreja, de um homem que proibia as pessoas de
se ajoelharem diante dele.
Uma vez que a verdadeira Igreja é fundada sobre Jesus Cristo,
deveríamos encontrar uma Igreja que não pregue salvação baseada em boas obras e
sacramentos, mas uma que tenha sua base na Santa Bíblia e no único nome dado
entre os homens pelo qual importa que sejamos salvos - Jesus Cristo! Desde que
tudo que pode ser encontrado sobre Jesus Cristo está na Bíblia, não vemos razão
para que uma Igreja tenha outra fonte de autoridade, quer seja o Papa, o Livro
dos Mormons, a Sociedade Torre de Vigia e principalmente um pastor que alegue
ter comunicação direta com Deus. Se você se sente confortável numa Igreja sem
levar sua Bíblia, provavelmente deve haver algo de errado...
Você deve lembrar-se de que quando os discípulos pediram que Jesus
lhes ensinasse a orar, ele disse: Pai nosso que estás nos céus, santificado
seja o teu nome... (Mateus 6:9). Jesus estava lhes ensinando que nossas
orações deveriam ser dirigidas a Deus Pai... Mas ao longo dessa oração a Deus Pai,
Jesus continuou: E perdoa-nos as nossas dívidas, como também nós perdoamos
aos nossos devedores (v. 12). O Próprio Senhor Jesus Cristo, nesta oração,
nos ensinou a orar pedindo perdão de nossos pecados diretamente a Deus Pai.
Confessamos nossos pecados diretamente a Deus Pai, não porque, como
Protestantes, desejamos ser diferentes, mas porque essa é a maneira como Jesus
ensinou os seus discípulos a orar.
Essa era a maneira normal dos cristãos confessarem seus pecados nos
primeiros séculos da Igreja. A confissão ao padre tornou-se doutrina oficial da
Igreja Católica em 1.225 d.C. Os padres tinham começado a ouvir confissões
algum tempo antes disso, mas eles oravam a Deus pelas pessoas, e não afirmavam
poderem eles próprios perdoar esses pecados, como fazem agora.
Com o fito de promover o confessionário, alguns padres referem-se à
seguinte passagem de João 20:21-23: Como o Pai me enviou, também eu vos
envio. Dizendo isso, soprou sobre eles e lhes disse Recebei o Espírito Santo.
Aqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; aqueles aos quais
retiverdes ser-lhes-ão retidos. A primeira coisa que devemos saber é que
estas palavras não foram ditas apenas aos Apóstolos ou a qualquer outra classe
especial, mas a todos os seguidores de Cristo, que estavam juntos naquele
tempo. Perdoar pecados não é, portanto, um privilégio do clérigo, mas de todos
os crentes.
Para completar, devemos perguntar como foi que os presentes,
ouvindo estas palavras de Cristo as interpretaram. Que fizeram eles para obedecê-lo?
Eles evidentemente entenderam que os pecados são perdoados quando as pessoas
confiam em Cristo como Salvador, porque saíram dali e foram pregar as boas
novas de que confiando em Jesus temos o perdão dos pecados (Atos 2:37, 38;
10:43). Eles não foram escutar confissões e dizer que eles podiam perdoar
pecados, como fazem agora os padres da Igreja Católica. O Livro de Atos é a
história do que os primeiros cristãos faziam e de como Deus trabalhava através
deles para propagar o Evangelho naquele tempo. Se você ainda tem dúvidas, um
estudo cuidadoso deste Livro vai convencê-lo.
O episódio de João 20, pelo que temos examinado nos versos 21-23,
também se encontra em Lucas 24:46-48, com adição de um detalhe muito
importante: E disse-lhes: “Assim está escrito, que o Cristo devia sofrer e
ressuscitar dos mortos ao terceiro dia, e que, em seu Nome, fosse proclamado o
arrependimento para a remissão dos pecados, a todas as nações, a começar por
Jerusalém. Vós sois testemunhas disso. Cristo estava falando de pregar
arrependimento (penitência é uma tradução pobre) e a remissão de pecados, e não
de confessar nossos pecados aos homens. Ao indagarmos: “o que fizeram aqueles
que o ouviram?” e, estudando a resposta na Bíblia, podemos facilmente verificar
o que o Senhor quis dizer: testemunhar de Cristo e proclamar sua salvação, foi
o que eles entenderam que Cristo estava lhes dizendo, e foi o que eles fizeram.
Os confessionários apareceram centenas de anos mais tarde.
Você pode indagar: “precisamos ou não confessar nossos pecados?”
Sim, todo cristão deve confessar seus pecados, mas não a homens, porque só Deus
tem o poder de perdoar pecados. O Apóstolo João escreveu: Se confessarmos os
nossos pecados, ele, que é fiel e justo perdoará nossos pecados e nos
purificará de toda injustiça (1 João 1:9). Esta exortação bíblica de
confessarmos nossos pecados a Deus está muito clara, mas em caso de haver
mal-entendido, quase todas as traduções usam confessar, enquanto poucas
usam reconhecer. Também, se você ler os versos precedentes, vai ler aquele
que é justo referindo-se claramente a Deus.
Devemos confessar nossos pecados a Deus, confiando nele para nos
perdoar baseados no sangue de Cristo que foi derramado por nossos pecados. Como
nós confiamos Nele, nós achamos que, como sua Palavra afirma, Naquele que é
justo podemos confiar para perdoar nossos pecados e limpar-nos de toda
injustiça.
Se tivermos pecado contra alguém, a Bíblia nos ensina a pedir-lhe
perdão, também. Portanto, se eu tivesse pecado contra um padre, deveria confessar-lhe
este pecado, mas também a Deus. Existem ocasiões em que necessitamos falar com
alguém sobre o que temos feito. A idéia, entretanto, de confessar a um padre,
em lugar de confessar a Deus, jamais foi encontrada nas Escrituras.
Orando diretamente ao seu Pai Celestial, confessando-lhe todos os
pecados de que você se lembra ter cometido, confie em que Cristo já pagou por
todos eles. Então, no futuro, quando você cair em algum pecado, confesse-o
imediatamente a Deus.
Caro Amigo, explicamos o claro
ensinamento da Bíblia. Deus o convida a aceitar sua salvação agora. Seria
tolice continuar num sistema que abandonou a Palavra de Deus, substituindo-a
pela dos homens. Não há realmente salvação dentro da Igreja Católica.
Andando através da famosa Catedral de São Pedro em Roma,
como turista, certo dia, fiquei atento a um grupo de crianças estudantes, de
modo a poder escutar que o padre que o guiava ia lhe explicando as facetas
daquela construção interessante. Quando estávamos no subsolo, algo curioso
aconteceu, ao chegarmos ao túmulo do Papa João XXIII, que fora a último Papa a
morrer naquele tempo, o padre pediu às crianças que se ajoelhassem e orassem
pela alma do grande Papa, a fim de que ela pudesse logo ser libertada do
Purgatório.
Para todos os fins práticos, queimar no Purgatório, até que você
tenha suficientemente pago por seus próprios pecados, é o melhor que o sistema
Católico Romano com a salvação pelas obras tem para oferecer. Por que, então,
não se voltar para a segura e única salvação que Deus lhe oferece através do
seu Filho Jesus Cristo, em vez de permanecer num sistema no qual nem mesmo os
maiores Papas podem ter certeza de encontrar salvação? Jesus disse: Eu sou o
caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai a não ser por mim (João
14:6).
Deus ama você e em Jesus Cristo já providenciou sua entrada no
céu. Ele o convida a colocar sua fé em Cristo, crendo que Ele salva. Por que
não inclinar sua cabeça em oração e tomar sua decisão agora mesmo de confiar em
Cristo para salvá-lo e segui-lo como seu Senhor? É a única maneira de conseguir
paz com Deus e a salvação de sua alma ... Justificados pela fé, estamos em
paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo!
1. Quando um Papa morre, cartazes são colocados
por toda a Itália pedindo às pessoas que rezem pela alma dele. Quanto tempo ele
vai sofrer no Purgatório? Por que, logo ele, dentre todas as pessoas, não pode
obter a salvação da sua própria alma?
2. Como podemos saber se Cristo pagou completamente pelos nossos pecados na
cruz, ou se a Missa renova seu sacrifício e diminui o tempo que devemos sofrer
pelos nossos pecados no Purgatório?
3. Por que os Protestantes não veneram imagens nem oram aos santos?
Neste livro, Thomas Heinze dá claras respostas a muitas das suas mais
importantes perguntas sobre as doutrinas Católicas.
Sobre o Autor:
Thomas F. Heinze trabalhou por mais de 30 anos como missionário na Itália. Atualmente
ele dirige a editora Edizione Centro Biblico. Ele é bacharel pela Oregon State
University e mestre em Teologia do Dallas Theological Seminary.
Sobre a Tradutora: Mary Schultze
escreveu 16 livros e publicou dez. Escreveu mais de 1.000 artigos
evangélicos (quase todos já publicados) e algumas poesias. Traduziu mais de
8.000 páginas
Só use as duas Bíblias traduzidas rigorosamente por equivalência formal a partir do Textus Receptus (que é a exata impressão das palavras perfeitamente inspiradas e preservadas por Deus), dignas herdeiras das KJB-1611, Almeida-1681, etc.: a ACF-2011 (Almeida Corrigida Fiel) e a LTT (Literal do Texto Tradicional), que v. pode ler e obter em BibliaLTT.org, com ou sem notas).
Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por fieis): BKJ-1611 ou LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, com notas para estudo) na bvloja.com.br. Ou ACF, da SBTB.