Já não bastava a Igreja de Roma ter-se apropriado do ofício de apóstolo,
afirmando que o papa é o sucessor do apóstolo Pedro e chamando de apóstolos
os seus hierarcas superiores, isto é, os “príncipes” da Igreja. Nos últimos
anos, alguns pastores neopentecostais resolveram também se intitular
“apóstolos”, copiando essa heresia católica.
Infelizmente, o que mais têm feito esses pastores malaquianos é imitar os
desmandos do Vaticano em suas práticas antibíblicas, criando uma novidade
após a outra, todas elas com o exclusivo objetivo de acumular prestígio e
riqueza material.
Na página 15 da conceituada revista evangélica “Chamada da Meia Noite”,
edição de abril 2004, podemos ler informações interessantes sobre o que
realmente significa o cargo de apóstolo:
1. - Os apóstolos tinham de ser testemunhas daquilo que Jesus havia feito
durante todo o tempo em que esteve em seu meio. Eles tinham de ser
testemunhas pessoais de Sua morte e ressurreição (Atos 1:21-22).
2. - Todos os apóstolos foram chamados diretamente por Jesus - tanto os doze
como, posteriormente, Paulo (Lucas 6:12-16; Atos 9).
3. – O ministério apostólico foi especial e exclusivo para a fundação da
Igreja de Jesus (Atos 2:42; Efésios 2:20-22).
4. - Os apóstolos tinham dons especiais para a realização de sinais e
milagres destinados ao estabelecimento da Igreja de Jesus (Atos 5:12;
8:14-17). Por isso, Paulo disse na 2 Coríntios 12:12 que “os sinais do seu
apostolado” foram apresentados por meio dele. Essa afirmação mostra que os
sinais apostólicos eram especiais e não podem ser atribuídos a outras
pessoas.
5. - A função apostólica nunca foi transmitida a outros. Mesmo tendo
escolhido diáconos, obreiros e presbíteros (Atos 14:23), os apóstolos nunca
transferiram o seu ministério a alguém, porque ele é singular.
6. – Os doze apóstolos, todos de origem judaica, além do seu papel ligado à
Igreja, também têm relação especial com o povo judeu. Um dia eles se
assentarão com o Senhor em doze tronos e julgarão as doze tribos de Israel
(Lucas 22:30).
7. – Apocalipse 21:14 indica que nunca houve nem haverá mais de doze
apóstolos: “E o muro da cidade tinha doze fundamentos, e neles os nomes dos
doze apóstolos do Cordeiro”.
Como os doze tronos e os doze fundamentos da cidade são limitados a esse
número, não podemos aceitar mais apóstolos. De outra forma, seriam
necessários tronos e fundamentos para todos os papas que já existiram [quase
300].
O fato do papa aceitar manifestações de exaltação por parte de seus
subordinados, que se ajoelham diante dele e beijam o seu anel, também não
corresponde ao caráter dos apóstolos, que não admitiam tais honrarias.
Quando Cornélio, o centurião romano, prostrou-se aos pés de Pedro - de quem
o papa se considera sucessor - o apóstolo o corrigiu: “E no dia imediato
chegaram a Cesaréia. E Cornélio os estava esperando, tendo já convidado os
seus parentes e amigos mais íntimos. E aconteceu que, entrando Pedro, saiu
Cornélio a recebê-lo, e, prostrando-se a seus pés o adorou. Mas Pedro o
levantou, dizendo: Levanta-te, que eu também sou homem” (Atos 10:24-26).
Aqui termina a citação da revista supra citada.
Como vemos, pelos esclarecimentos do escritor Norbert Lieth, essa novidade
neo-pentecostal do “apostolado” é pura balela e não merece a mínima
credibilidade. Como diz a Bíblia no Salmos 42:7, “Um abismo chama outro
abismo” e tem sido exatamente isso que temos visto em algumas igrejas ditas
“avivadas”, com uma acelerada degradação do legítimo Evangelho do Senhor
Jesus Cristo.
Com alguns crentes rastejando pelo chão, soltando urros animalescos,
caindo para trás, sibilando como serpentes e aderindo a outras práticas
condenáveis, daqui a pouco os “apóstolos” modernos vão começar a exigir que
os membros de suas igrejas lhes beijem os anéis de ouro e ametista (que
serão comprados com as ricas ofertas e dízimos dos ignorantes bíblicos) e
que os chamem de “Pai”, usurpando o título que somente o Deus e Pai de Nosso
Senhor Jesus Cristo tem o direito de receber.
Se o Senhor não voltar bem depressa para arrebatar a Sua Igreja, ainda
veremos coisas muito piores, pois o Diabo nunca se contenta em enroscar mais
e mais o povo de Deus em suas armadilhas sub-reptícias.
Desde que Agostinho criou a teologia de que Roma é o novo “Israel de Deus”,
a qual foi assimilada pelos meios protestantes, o povo judeu passou a ser
imitado em todos os sentidos, principalmente nos meios neopentecostais.
Esses pastores adoram reivindicar para si mesmos as promessas feitas por
Deus a Israel, embora jamais tenham aceitado para suas igrejas as maldições
correspondentes à desobediência aos mandamentos do Senhor. Isso me faz
lembrar uma sábia vizinha do meu tempo de infância, que costumava criticar o
governo Vargas com esta frase: “Esse governo só quer o ´venha a nós´... Mas
´a vosso reino´, nada!
Mary Schultze, abril 2004.
Todas as citações bíblicas são da ACF (Almeida Corrigida Fiel, da SBTB). As ACF
e ARC (ARC idealmente até 1894, no máximo até a edição IBB-1948, não a SBB-1995)
são as únicas Bíblias impressas que o crente deve usar,
pois são boas herdeiras da Bíblia da Reforma (Almeida 1681/1753),
fielmente traduzida somente da Palavra de Deus infalivelmente preservada
(e finalmente impressa, na Reforma, como o Textus Receptus).
(retorne a http://solascriptura-tt.org/Seitas/
Romanismo/
(retorne a http://solascriptura-tt.org/
Seitas/
retorne a http://
solascriptura-tt.org/
)