“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo
era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por
ele, e sem ele nada do que foi feito se fez... E o Verbo se fez carne, e
habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai,
cheio de graça e de verdade.” (Jo 1:1-3, 14)
INTRODUÇÃO
Todo ser humano começa a existir no momento da concepção. A origem
da vida inicia-se pela união de um óvulo da mãe a um espermatozóide do pai,
como sabemos. Jesus Cristo, entretanto (por ser Deus), já existia ANTES do
momento de Sua concepção (como lemos nos versículos acima), pelo Espírito
Santo, no ventre de Maria. [1]
Na passagem bíblica onde é relatada a criação do homem, lemos: “E disse
Deus: Façamos o homem
à nossa imagem, conforme a nossa semelhança...” (Gn
1:26). [grifo meu]. O verbo “façamos” (na 3ª pessoa do plural) refere-se ao
Deus Triúno: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Logicamente, Jesus Cristo
também estava presente no momento da criação.
Em Miquéias 5:2, lemos uma das profecias sobre o nascimento de
Jesus Cristo, mostrando Sua eternidade: “E tu, Belém Efrata,
posto que pequena entre os milhares de Judá, de ti me sairá o que governará em
Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos,
desde os dias da eternidade.” (Mq
5:2) [grifos meus].
A Bíblia nos diz que todas as coisas vieram a existir através de
Jesus Cristo, (inclusive os seres humanos e, aqui, Maria, a mãe de Jesus
Cristo, está incluída): “Porque nele
foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra,
visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam
potestades. Tudo foi criado por ele e para ele.” (Cl
1:16).“Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do
que foi feito se fez.” (Jo 1:3). “Estava
no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o
mundo não o conheceu.” (Jo 1:10). [grifos meus].
O profeta
Isaías, ao narrar sobre a vinda do Messias, descreveu algumas de Suas
características divinas e, portanto, eternas: “Porque
um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus
ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus
Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.” (Is
9:6) [grifos meus]
Interessante notarmos que as Escrituras, ao se referirem a Melquisedeque,
Rei de Salém, mostram-nos que ele foi um tipo, um símbolo do Messias que viria
(o Senhor Jesus Cristo), por apresentar as mesmas características (humanamente
falando) que o Filho de Deus possui: “Sem pai, sem mãe, sem
genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida, mas sendo feito
semelhante ao Filho de Deus, permanece sacerdote para sempre.” (Hb
7:3).
O Pastor Ron Crisp nos ensina que: “Hebreus 7:3 e 15
deixam claro que Melquisedeque foi um tipo de Jesus Cristo. Assim como Adão,
Moisés, Arão ou Davi, ele foi um homem mortal, cuja pessoa e vida, de várias
maneiras foram um símbolo de Jesus Cristo.” [2]
Gleason Archer, por sua vez, referindo-se a Hb 7:3, diz-nos que: “O
contexto esclarece que Melquisedeque entrou em cena como um tipo do Messias, o
Senhor Jesus. A fim de salientar essa característica típica desse sumo
sacerdote, o registro bíblico de propósito omite a menção de seu nascimento,
filiação, parentesco e linha genealógica. Isso não quer dizer que ele não teve
pai (pois até o antítipo, Jesus de Nazaré, teve o Espírito Santo como seu Pai –
e é certo que sua mãe, Maria, é mencionada nos evangelhos), nem que ele jamais
nascera (pois até Cristo, em sua forma humana, teve seu natal). É que o
aparecimento dramático e repentino de Melquisedeque ficou mais saliente quando
ele foi apresentado como porta-voz do Senhor a Abraão, servindo como arquétipo
do futuro Cristo, que derramaria bênçãos sobre o povo de Deus”. [3]
Jesus Cristo não teve princípio, nem fim, pois Ele é Deus. Sendo
Deus, Ele é Eterno. Em Ap 1:8, vemos o próprio Jesus Cristo falando sobre Sua
Eternidade e Onipotência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o
princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e
que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso.” Ele,
também, disse: “... Em verdade, em verdade vos digo que antes
que Abraão existisse, eu sou.” (Jo
8:58). [grifos meus].
Entretanto, em dado momento da história, Jesus Cristo também Se
tornou 100% Homem, pois Ele Se fez carne, ao Se encarnar neste mundo com um
corpo físico (que Ele possui até hoje e que se tornou corpo glorificado, em
virtude de Sua Ressurreição), com o objetivo de morrer em nosso lugar (morte
vicária), tendo nascido e vivido sem pecado algum (Mt 27:24; Lc 23:4, 14, 47;
Hb 4:15, 7:26, 9:14; 1 Pe 1:19). No evangelho segundo João, lemos: “E o Verbo
se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a
glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.” (Jo
1:14). [grifos meus].
Diante disto, vemos que Jesus Cristo é 100% Deus (Mt
14:33, 27:54; Mc 1:1; Lc 4:41; Jo 1:49, 3:18, 8:23, 58, 10:30, 11:4, 27, 20:31;
2 Co 1:19; Hb 4:14; 1 Jo 5:10; 2 Pe 1:1; Ap 2:18; etc.), a Segunda Pessoa da
Tri-Unidade Divina, e 100% Homem (Mt 8:20, 9:6, 12:8, 16:28,
25:31; Lc 24:7; Jo 3:13, 6:62; At 7:56; Ap 1:13, 14:14; etc.), concomitantemente,
o que, para nós, é um mistério que devemos aceitar pela fé. As Escrituras nos
revelam que: “E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Deus se
manifestou em carne, foi justificado no Espírito, visto dos
anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, recebido acima na glória.” (1
Tm 3:16) [grifos meus]. [4]
Antes de passarmos adiante, cabe aqui uma observação: algumas
“versões” bíblicas deturpadas trazem o pronome “Aquele”, na 1 Tm 3:16, em vez
de “Deus” e trazem a palavra “origens”, em vez de “saídas”, em Mq 5:2; o que
diminui, gravemente, a exatidão do texto bíblico. Portanto, o verdadeiro crente
deve evitar tais versões e traduções bíblicas, adotando apenas a Almeida
Corrigida Fiel, da SBTB.
Mesmo Jesus Cristo sendo Eterno (pois Ele é DEUS), a ICAR - igreja
católica apostólica romana (esta falsa religião que se autodenomina
“Cristianismo”, mas não é) faz verdadeiros malabarismos com as Escrituras,
criando dogmas heréticos, no decorrer de sua história, para forçar seus
seguidores a crerem em tudo o que os “papas” afirmaram (e venham a afirmar),
sem o direito de questionar seus ensinamentos, sob pena de serem amaldiçoados e
excomungados.
Para “fundamentar” suas heresias, esta falsa religião inventa um
dogma atrás do outro, tal qual uma tremenda colcha de retalhos, na tentativa (eficaz,
lamentavelmente) de divinizar Maria, tornando-a uma “deusa”. Vejamos alguns
desses dogmas:
Tal dogma foi proclamado pelo Concílio de Éfeso, em 431, segundo o
qual Maria seria a "mãe de Deus" (em gregoTheotokos e em
latim Mater Dei). Referido Concílio proclamou que "se
alguém não confessa que o Emanuel é verdadeiramente Deus, e que por isso a
Santíssima Virgem é Mãe de Deus, já que engendrou segundo a carne o Verbo de
Deus encarnado, seja anátema".
Vejamos o
que nos diz James R. White, com relação ao termo grego theotokos: “Maria
não é mãe de Deus no sentido de que ela trouxe à luz a existência de Deus. Nós
normalmente usamos a palavra “mãe” para nos referirmos a alguém que nos trouxe
à luz como indivíduos, e de quem derivamos nossa natureza humana. Todavia, a
Pessoa divina que se tornou Jesus, o eterno Filho de Deus (Colossenses
1:13-17), o Logos (João 1:1-14), já existia desde toda a eternidade e é
o Criador de Maria. Ela foi usada para trazer o Encarnado ao mundo, mas ela
não adicionou algo ou trouxe à luz o Filho Eterno que veio ao mundo através
dela. Seu filho era totalmente divino (por conseguinte, ela é
theotokos) [Nota: Portadora de Deus], mas ela mesma não produziu a
divindade de seu Filho.Por esta razão, não há nada sobre o termo theotokos
que de alguma forma exalte Maria, mas somente Cristo”. [destaques
meus]. [5]
Vejamos esta outra citação, no que se refere ao Concílio de Éfeso: “Hoje,
fala-se muito do concílio de Éfeso como ‘uma questão cristológica’. O
que estava em jogo não era se Maria deveria ser chamada de mãe de Deus ou não,
mas se o Filho nascido dela possuía apenas a natureza humana ou as duas
naturezas: a humana e a divina. O resultado positivo foi o
estabelecimento da natureza hipostática de Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro
homem. Mas a deturpação veio de carona. Todo o ambiente que cercou esse
Concílio foi repleto de intrigas, corrupções, ódios e idolatria, mais
especificamente idolatria mariana. O historiador Edward Gibbon referiu-se ao
concílio de Éfeso como um ‘tumulto episcopal, que na distância de treze séculos
assumiu o venerável aspecto de Terceiro Concílio Ecumênico’.” [destaques
meus]. [6]
Alguns sites católicos, na internet, chegam ao cúmulo de alegar
que tal dogma é uma “lógica irretorquível”; concluindo, desta forma, que “Maria
é a mãe de Deus”, enganando os incautos católicos. E ai de quem ousar
questionar tal ensinamento!
Ora, afirmar que uma mulher, um ser humano (que teve um início de
existência), sendo, portanto, uma criatura, possa ser a “mãe de Deus”, que é
ETERNO (sem princípio nem fim), é absurdo, herético e ilógico!
Eles confundem o fato de Maria ter sido apenas o vaso pelo qual
Jesus Cristo Se encarnou e, diante disto, interpretam que ela se tornou a “mãe
de Deus”. Isto é uma heresia que contradiz as próprias palavras de Maria (Lc
1:46-49; Jo 2:1-5).
A Bíblia nos relata como se deu a concepção do corpo humano de
Jesus Cristo: “Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua
mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido
do Espírito Santo. Então José, seu marido, como era justo, e
a não queria infamar, intentou deixá-la secretamente. E, projetando ele isto,
eis que em sonho lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi,
não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que
nela está gerado é do Espírito Santo” (Mt
1:18-20). [grifos meus].
Quanto à Sua humanidade, Jesus nasceu de Maria
(enquanto ela ainda era virgem), sendo um Homem perfeito, por não haver herdado
a natureza humana pecaminosa que todos recebem, visto que não foi concebido por
José, pois, não houve relação sexual; tendo sido por obra exclusiva do Espírito
Santo, pela virtude do Altíssimo (Lc 1:35). Por isto, JESUS CRISTO é o Cordeiro
de Deus “imaculado e incontaminado” (1 Pe 1:19b), por não ter
a mancha do pecado original: “Porque não temos um sumo
sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que,
como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.” (Hb
4:15). [grifos meus].
Quanto à Sua divindade, não foi o filho de José que
nasceu, mas o Filho de Deus que nos foi dado: “Porque
Deus amou o mundo de tal maneira que deu o
seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não
pereça, mas tenha a vida eterna.”(Jo 3:16). [grifos meus].
Como se vê, Maria NÃO gerou a divindade de Jesus, mas, apenas Seu
corpo humano! Ele sempre existiu, pois é Infinito, é Deus,
é Eterno!!! Ele foi o Único que nasceu imaculado e nunca pecou (Adão
e Eva foram “criados” sem pecado, depois pecaram). Só Ele é perfeito! Deus,
o Pai, não tem “mãe”, muito menos “pai”.
Uma das passagens nas quais a igreja católica se “apóia” (e
distorce), é a que narra o momento em que Isabel, ao ver Maria, exclamou: “Bendita
és tu entre as mulheres, e bendito o fruto do teu ventre. E de onde me provém
isto a mim, que venha visitar-me a mãe do
meu Senhor?” (Lc 1:41-42). [grifos meus]. Com base neste trecho grifado,
esta falsa “religião” alega que Isabel teria reconhecido Maria como sendo a
“mãe de Deus”.
Ora, vê-se claramente que Isabel se referia, nesta passagem, ao
Messias (a Jesus Cristo) que iria nascer e não a Deus Pai. Jesus é o Cristo (Mt
16:16, 20; Lc 2:11, 26, 4:41; Jo 4:25, 42), o Salvador (Lc 1:47, 2:11; Jo 4:42;
At 5:31; Fp 3:20; 2 Tm 1:10; Tt 1:4; 2 Pe 1:11, 2:20, 3:18; 1 Jo 4:14), o
Senhor (Lc 2:11; Fp 3:20; 2 Pe 1:11, 2:20, 3:18), o Ungido (At 4:26-27), pelo
qual os judeus tanto ansiavam. Eles não esperavam por Deus Pai (YHWH), mas pelo
Messias.
Por exemplo, Davi, referindo-se ao Messias (Jesus Cristo), disse: “disse o
Senhor [Deus Pai] ao meu Senhor [Deus
Filho – Jesus Cristo]: Assenta-te à minha mão direita, até que ponha os teus inimigos
por escabelo dos teus pés.” (Sl 110:1) [ênfases minhas]. Aqui,
vemos que, tanto Deus Pai, quanto Jesus Cristo, são chamados de ‘Senhor’.
Em Apocalipse, lemos que Jesus Cristo é o Cordeiro de Deus que,
segundo a Onisciência Divina, já estava preparado como sacrifício, desde a
“fundação do mundo”: “E adoraram-na todos os que habitam sobre a
terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que
foi morto desde a fundação do mundo.” (Ap 13:8). O apóstolo João
declarou: “E vimos, e testificamos que o Pai enviou seu Filho para Salvador
do mundo.” (1 Jo 4:14)
Conclui-se que Isabel, também, referia-se ao Senhor Jesus Cristo,
o Filho de Deus, de quem Maria era a mãe (humanamente falando).
É importante frisar que Maria não é “mãe de Deus” e, nem tampouco,
“mãe da humanidade”. Equivocadamente, a ICAR (para tentar “justificar” suas
pretensões de que Maria seja a “mãe da humanidade”) “apóia-se” na passagem
bíblica onde Jesus Cristo, na cruz, pede ao apóstolo amado (João) para cuidar
de Maria.
Note-se que Ele, inclusive, teve o cuidado de se dirigir a Maria
como “mulher” e não como “mãe”, para separar as coisas: “Ora
Jesus, vendo ali sua mãe, e que o discípulo a quem ele amava estava presente,
disse a sua mãe: Mulher, eis aí
o teu filho” (João 19:26-27). [grifo meu]. Entretanto, a ICAR diz que
Maria se tornou, em virtude desta passagem bíblica, a “mãe de todos nós”.
Ora, no contexto de Jo 7:3-8, compreendemos o porquê de Jesus ter
deixado Maria aos cuidados de João, e não de Seus ‘irmãos carnais’. A razão é: “Porque
nem mesmo seus irmãos criam nele.” (Jo
7:5), ao contrário dos Seus seguidores, Seus ‘irmãos espirituais’, os
discípulos e apóstolos! Isto foi o cumprimento de uma profecia que dizia: “Tenho-me
tornado um estranho para com meus irmãos, e um desconhecido para com os filhos
de minha mãe”. (Sl 69:8)
Pergunta-se:
Desde quando João representou “toda a humanidade” aqui? Por que não há um só
relato neotestamentário de alguém chamando Maria de mãe ou lhe fazendo alguma
petição, solicitando sua “intercessão” ou “mediação”?
Se há uma mulher que poderia receber o título de “mãe da
humanidade” esta mulher é EVA, a primeira mulher criada, da qual todos nós
somos descendentes e da qual todos nós (inclusive Maria) herdamos o pecado: “E
chamou Adão o nome de sua mulher Eva; porquanto era a mãe de
todos os viventes.” (Gn
3:20) [grifos meus]. Nem por isto chamamos Eva de “Santa Eva”, nossa “mãe do
céu” e nem lhe dirigimos petições!
Maria não é nossa “mãe no céu” e nunca foi “rainha”, pois nunca
teve um reinado. Pelo contrário. Ela mesma se identificou como uma humilde
serva do Senhor, como vimos. A única “divindade” que a Bíblia identifica com o
título de“Rainha dos Céus” é um abominável ídolo pagão (um
demônio) que provocou a ira de Deus contra o Seu povo: “Os
filhos apanham a lenha, e os pais acendem o fogo, e as mulheres preparam a
massa, para fazerem bolos à rainha
dos céus, e oferecem libações a outros deuses, para me
provocarem à ira”. (Jr 7:18) [grifos meus].
Aliás, este demônio “Rainha dos Céus“ é quem tem aparecido pelo mundo, nas
chamadas "aparições marianas". (Ver também: Jr 44:17; Sl 21:13; 47:9;
57:5; Fp 2:9-10; Ap 5:12, etc.). [7]
Maria teve várias virtudes (o que é inegável), mas que não fazem
dela uma “rainha” (Jr 7:18; 1 Co 8:5-6; 1 Tm 6:14-15), nem “medianeira” (Jo
14:6; 1 Tm 2:5), nem “advogada” (1 Jo 2:1), muito menos “co-redentora” (Jo
6:37; 1 Tm 2:6), nem outros títulos inventados por Roma (pois, estes atributos
são exclusivos de Jesus Cristo, conforme se vê pelos versículos bíblicos
citados). [8]
Ela foi nossa abençoada irmã em Cristo, tendo sido apenas um vaso
(este foi o seu ministério). Teve apenas seu ventre usado para que Jesus viesse
ao mundo como Homem, para sofrer como Homem, cumprir a lei e pagar o preço pelo
pecado. Tanto é que o Novo Testamento pouco fala sobre ela. Ela não é “nossa
mãe”, nem "mãe da humanidade", quem dirá "mãe de Deus”!!! [9]
A ICAR ensina o absurdo de que Maria foi “concebida sem pecado”,
pois, somente assim, poderia ter gerado Jesus Cristo, sem pecado. Ora, como
vimos, a concepção do corpo humano de Jesus Cristo deu-se por obra EXCLUSIVA do
Espírito Santo (Mt 1:18-20). Maria não gerou a divindade de Jesus, pois Ele é
Deus e, portanto, não tem pecado!
Na bula dogmática Ineffabilis Deus, foi feita a
definição (invenção) oficial do dogma da “Imaculada Conceição de Maria”. Em 8
de dezembro de 1854, disse Pio IX: “(...) que a doutrina que defende
que a beatíssima Virgem Maria foi preservada de toda a mancha do pecado
original desde o primeiro instante da sua concepção, por singular graça de
privilégio de Deus onipotente e em atenção aos merecimentos de Jesus Cristo
salvador do gênero humano, foi revelada por Deus e que, por isso deve ser
admitida com fé firme e constante por todos os fiéis”.
Ora, seguindo esta “lógica irretorquível”, vejamos esta
explicação: “Se para Jesus ser imaculado fosse necessário que sua mãe
também o houvesse sido, logicamente entende-se que as mesmas razões existem
para que tivessem sido imaculadas a mãe de Maria e sua avó, e assim
sucessivamente, até chegar a Eva [que, por sua vez, não era imaculada]. Esta é
uma conseqüência teórica que, ainda que repugne ao bom sentido, temos que
admitir, se aceitamos como válidas as suposições apologéticas dos
concepcionistas marianos”. [10]
Vejamos, também, esta observação do Pr. Airton Evangelista da
Costa: “A única forma de Maria ter sido gerada sem pecado seria
mediante a intervenção direta do Espírito Santo no ventre de sua mãe, tal como
aconteceu com Jesus. E essa exceção teria registro prioritário na Bíblia”. [11]
Maria foi uma humilde serva do Senhor e, ao ser
visitada pelo anjo Gabriel, fez questão de demonstrar isto, dizendo: “... Eis
aqui a serva do
Senhor...” (Lc 1:38). Sendo uma pecadora, como qualquer outro ser
humano (Rm 3:23, 5:12), a mesma tem tido seu nome, ministério e papel bíblico
distorcidos pela ICAR. Maria mesma destacou o fato de, por ser uma pecadora,
necessitava do Salvador: “E o meu espírito se alegra em
Deus meu Salvador.” (Lc
1:47). Ela não é Deus (não é divina), mas, foi uma criatura humana, descendente
de Adão e Eva e, conseqüentemente, pecadora: “Porque
todos[inclusive Maria] pecaram
e destituídos estão da glória de Deus.” (Rm
3:23). “Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo
pecado a morte, assim também a morte passou a todos [inclusive
Maria] os homens por isso que todos pecaram.”(Rm
5:12). [ênfases minhas].
Ela também fez questão de demonstrar sua baixeza, como mero ser humano
contaminado pelo pecado, dizendo: “Porque atentou na baixeza
de sua serva...” (Lc 1:48). Ela foi agraciada em dar à luz
Jesus Cristo (graça = favor NÃO merecido): “Disse-lhe,
então, o anjo: Maria, não temas, porque achaste
graça diante de Deus.” (Lc
1:30). [grifos meus]. Como a própria palavra nos diz, favor imerecido é algo
que alguém recebe sem merecer, sem ter feito nada para que tal ocorresse.
Interessante notarmos que, até hoje, as judias têm a esperança de
serem escolhidas para ser a mãe do “Messias”, tendo em vista que os judeus não
reconheceram o Messias, pois Jesus Cristo “Veio
para o que era seu, e os seus não o receberam.” (Jo
1:11).
É importante frisar que a escolha de Maria para ser a mãe humana
de Jesus Cristo, não foi uma escolha aleatória feita por Deus. Maria não era
alguém “sem pecado” ou superior às outras mulheres. Não foi por qualquer mérito
dela, mas, foi para que se cumprissem as profecias que diziam que Jesus seria
descendente do Rei Davi (2 Sm 7:12-16; 1 Cr 17:11-14; Is 11:1, 10; Mt 1:1,
9:27, 15:22, 21:9; At 13:22-23; Rm 1:3, 15:12; 2 Tm 2:8; Ap 5:5, 22:16). Tanto
Maria (Lc 3:23 - o pai de Maria era “Heli”), quanto José (Mt 1:16, 20; Lc 1:27
– o pai de José era “Jacó”), eram da descendência de Davi. Sendo José o pai
adotivo de Jesus, para o Messias ser da linhagem de Davi, era necessário que
também Maria fosse da linhagem sangüínea de Davi.
Através de Seu pai adotivo, José, descendente de Davi, Jesus tinha
o direito legal ao trono de Davi, e através de Sua mãe, que,
também era descendente de Davi, Ele tinha o direito hereditário natural ao
trono de Davi, Seu pai (Lc 1:32). Vejamos:
No evangelho segundo Mateus, temos a descendência de José: “E Jacó
gerou a José, marido de Maria, da qual nasceu Jesus, que se chama o Cristo”. (Mateus
1:16)
No evangelho segundo Lucas, temos a descendência de Maria: “E o
mesmo Jesus começava a ser de quase trinta anos, sendo (como se cuidava) filho
de José, e José de Heli”. (Lucas 3:23)
Não há aqui nenhuma contradição nessas duas genealogias. Vimos em
Mateus 1:16 que José era filho de Jacó. Então, o mesmo não poderia ser, também,
filho de Heli. No evangelho de Lucas, a linha genealógica mostra a descendência
de Maria, que é filha de Heli e, como a mesma já estava desposada com José (=
casada), este é mencionado na genealogia de Lucas e não ela. Como se percebe, a
Bíblia nos mostra que Maria era filha de Heli e não de Joaquim, conforme consta
na tradição católica.
A
explicação é a seguinte: “É bem conhecido que os
judeus, ao elaborarem suas tabelas genealógicas, levavam em conta apenas os
varões, rejeitando o nome da filha quando o sangue do avô era transmitido ao
neto por uma filha, e contando o marido desta filha em lugar do filho do avô materno
(Números 26:33, Números 27:4-7)". Possivelmente por este motivo Lucas diz
que José era «filho de Heli» (Lucas 3:23).” [12]
Muitos exaltam o título de “bem-aventurada”. Ora, Maria disse sim
que seria chamada “bem-aventurada” (Lc 1:48); porém, isto significa
simplesmente “feliz”. Até porque, ser “bem-aventurada” não é privilégio de
Maria. No V.T., temos um exemplo de outra mulher “bem-aventurada”. Trata-se de
Lia, esposa de Jacó: “Então disse Lia: Para minha ventura; porque
as filhas me terão por bem-aventurada” (Gn 30:13). Maria foi
bem-aventurada, assim como são aqueles mencionados pelo Senhor Jesus Cristo, no
Sermão do Monte (Mt 5). Há uma passagem que mostra uma mulher exaltando Maria,
equivocadamente, chamando-a “bem-aventurada”, ao que Jesus replicou, imediatamente: “...
Antes bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus e a guardam.” (Lc
11:28).
Cabe ressaltar que, quando se cumpriram os dias da purificação
dela, segundo a Lei (Lv 12:2-3; Lc 2:22), Maria e José foram consagrar
Jesus Cristo no templo, como era feito com todo macho “primogênito” dos casais
(Lc 2:23) e Maria foi levar, também, a oferta “pelo pecado”, conforme a Lei
(vide Lv 2:6, 8): “E para darem a oferta segundo o
disposto na lei do Senhor: Um par
de rolas ou dois pombinhos.” (Lc
2:24), a fim de Maria deixar de ser considerada imunda, conforme
constava na Lei de Moisés.
Vejamos
alguns famosos testemunhos históricos que desmentem este dogma: |
Apesar de todos estes importantes testemunhos históricos e as
explicações bíblicas acima, os católicos consideram Maria “divina” (especial,
digna de adoração, alguém que não cometeu pecados durante sua vida, etc.), em
virtude dos “ensinos papais”. Isto é uma grande loucura, gerando o grave pecado
da idolatria. A Bíblia nos mostra que nenhum ser humano deverá ser adorado
(Atos 10:25-26, 14:14-18). O próprio Jesus Cristo nos exorta: “E
Jesus, respondendo, disse-lhe: Vai-te para trás de mim, Satanás; porque está
escrito: Adorarás o Senhor teu Deus, e só a ele servirás”. (Lucas
4:8).
A ICAR ensina aos seus fiéis que Maria não teve outros filhos,
permanecendo virgem, mesmo depois de Jesus ter nascido (“virgem antes, durante
e depois do parto”), o que contraria várias passagens bíblicas que mostram o
contrário. Para tal afirmação, essa religião se baseia, equivocadamente, na
passagem bíblica que diz: “Portanto o mesmo Senhor vos
dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará
à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel.” (Is
7:14). [grifos meus].
Ora, Jesus foi concebido (como vimos) por obra do Espírito Santo e
Maria ERA sim virgem ATÉ o nascimento dEle. Isto ocorreu para se cumprir a
referida profecia de Isaías. Lemos: “E José, despertando do sono,
fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu a sua mulher; e não a
conheceu até que deu à luz seu filho, o primogênito; e
pôs-lhe por nome Jesus.” (Mt 1:24-25). [grifos meus]. Esta
passagem é cristalina ao mostrar que José não “conheceu” (não teve relações
sexuais com) Maria ATÉ que ela desse à luz seu filho “primogênito” (primogênito
= primeiro filho). Se Jesus não tivesse sido o primeiro filho de
Maria, a palavra deveria ser “único” e não “primogênito”!
O verbo CONHECER, na Bíblia, quando se refere a um casal, tem a
conotação de “manter relação sexual” e não apenas “saber quem é uma pessoa”.
Maria já conhecia José (no sentido de “saber quem
ele era”, assim como já conhecia outros homens, evidentemente, por “saber quem
eles eram”), pois os mesmos já se encontravam comprometidos, como lemos na
passagem que diz que o anjo Gabriel apareceu: “A uma
virgem desposada com um homem, cujo nome era José, da
casa de Davi; e o nome da virgem era Maria. (Lc
1:27) [grifos meus]. Maria ficou surpresa, pois não havia tido, até então,
nenhuma relação sexual, por ser virgem (e, portanto, não teria como
ter um filho) e perguntou ao anjo: “Como se fará isto, visto que não
conheço homem algum?” (Lc
1:34). [grifos meus].
Vejamos alguns outros exemplos:
“E conheceu Adão a
Eva, sua mulher, e ela concebeu e deu à
luz a Caim, e disse: Alcancei do Senhor um homem”. (Gn
4:1)
“E levantaram-se de madrugada, e adoraram perante o Senhor, e
voltaram, e chegaram à sua casa, em Ramá, e Elcanaconheceu a Ana
sua mulher, e o Senhor se lembrou dela. E
sucedeu que, passado algum tempo, Ana
concebeu, e deu à luz um filho, ao qual chamou Samuel; porque, dizia ela,
o tenho pedido ao Senhor.” (1Sm 1:19-20)
“Sendo, pois, o rei Davi já velho, e entrado em dias,
cobriam-no de roupas, porém não se aquecia... E era a moça sobremaneira
formosa; e tinha cuidado do rei, e o servia; porém o rei não a
conheceu.” (1Rs 1:1, 4) [grifos meus]
Como vimos,
à exceção da passagem retro (visto que Davi já era velho e, portanto, não teve
relações sexuais com a moça), nas demais, é claro o significado do verbo
conhecer, no sentido de relação sexual; pois, filhos foram
concebidos!
Tendo em
vista que Jesus foi o Filho primogênito de Maria, isto demonstra, claramente,
que a mesma teve outros filhos e, portanto, o falso dogma da “Perpétua
Virgindade” cai por terra.
As Escrituras confirmam este fato, mostrando que Jesus teve quatro
irmãos, que foram filhos naturais/legítimos de José com Maria (Tiago, José,
Simão e Judas) e também algumas irmãs (vide: Mt 12:46-50, 13:55-56; Mc
6:3; Lc 2:7; Jo 2:12, 7:3-10; At 1:14; 1 Co 9:5; Gl 1:19). Porém,
a ICAR inventou que a palavra “irmão” significa “primo”, contrariando todas as
passagens bíblicas retromencionadas.
Observemos que a palavra “irmão” é usada 346 vezes no N.T. e não
significa “primo” em nenhuma delas. Se a palavra “irmão”, na Bíblia,
significasse “primo”, Jesus, em Lucas 8:19-21, estaria dizendo que Sua mãe
e seus “primos” são aqueles que ouvem a Palavra e a cumprem. Isto não faz
sentido, pois Ele quis dizer “irmãos”, porque, neste contexto, esta
palavra foi usada para se referir à ‘irmandade espiritual’ e não à
consangüínea! Entretanto, todas as vezes que a palavra “irmão” foi usada no
N.T. para designar uma relação de família, com laços de parentesco
consangüíneo, ela simplesmente significa “irmão”!
Vale lembrar que Jesus Cristo é o Filho UNIGÊNITO DE DEUS (o Único
Filho que foigerado por Deus
– Jo 3:16), mas é O PRIMOGÊNITO de Maria (o primeiro
filho gerado por ela – Mt 1:25). Maria não é “mãe
de Deus”, mas, “filha de Deus”! Ela não é “nossa mãe”, mas, é “irmã” daqueles
que crêem em Jesus Cristo e também são, em virtude disto, Filhos de Deus!!!
Mais um dogma criado com o intuito de divinizar a humilde serva do
Senhor, levando o incauto povo católico a cometer o abominável pecado da
idolatria. Até porque, eles precisam “justificar” a adoração e as orações que
são atribuídas a Maria, como se a mesma fosse “medianeira”; o que, também, é
uma blasfêmia, pois a Bíblia nos ensina que: “... há
um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.” (1
Tm 2:5).
Sobre a origem deste dogma, o Pb. Paulo Cristiano, do CACP -
Centro Apologético Cristão de Pesquisas, esclarece-nos que: “Esta
crença é uma derivação do dogma da perpétua virgindade e da imaculada conceição
de Maria, e marca um passo mais na tendência romanista à exaltação de Maria
como objeto de culto religioso. Antes de sua definição oficial, o Papa Pio XII
havia consultado todos os bispos católicos do mundo, na Carta Apostólica
‘Deiparae Virginis’, em 1 de maio de 1946, sobre a conveniência e possibilidade
de declarar como dogma a crença na Assunção de Maria. A resposta do episcopado
foi favorável à idéia da proclamação. E, com efeito, a 1 de novembro de 1950, o
Papa Pio XII, na Constituição Apostólica ‘Munificentissimus Deus’, fez o
seguinte pronunciamento: ‘Nós pronunciamos, declaramos e definimos que é um
dogma revelado por Deus, no qual a Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem
Maria, foi levada aos céus em corpo e alma quando terminou o curso de sua vida
na terra’." [14]
Interessante notarmos que, apesar de muitos católicos pensarem que
Maria foi trasladada aos céus, sem ter morrido, o dogma da “Assunção de Maria”
diz que ela MORREU. Ora, se Maria foi “concebida sem pecado” (dogma da
“Imaculada Conceição”), como alega a ICAR, mas foi “assunta aos céus” (dogma da
“Assunção”), tendo morrido, como ocorre com qualquer descendente de Adão e Eva
(Rm 3:23), como eles fazem para conciliar estes dois “dogmas” tão opostos,
visto que Rm 5:12 nos ensina que a morte é conseqüência do pecado? [OBS: o
Único que entregou o Seu Espírito antes de morrer, venceu a morte e ressuscitou
foi JESUS CRISTO! A morte não teve poder sobre Ele, pois Ele foi o Único que
nasceu sem o pecado e nunca pecou.].
Vejam como a ICAR tenta “costurar” esta colcha de retalhos,
conforme consta nesta citação, retirada de um site católico:“É verdade que
na Revelação a morte se apresenta como castigo do pecado. Todavia, o fato de a
Igreja proclamar Maria liberta do pecado original por singular privilégio
divino não induz a concluir que Ela recebeu também a imortalidade corporal. A
Mãe não é superior ao Filho, que assumiu a morte, dando-lhe novo significado e
transformando-a em instrumento de salvação.”
Para “justificar” as contradições de tais dogmas, o falecido
“papa” João Paulo II, em audiência datada de 25/06/97, ensinou sobre o que ele
chamou de “Dormição de Maria” e assim se manifestou: “O Novo
Testamento não dá nenhuma informação sobre as circunstâncias da morte de Maria.
Este silêncio induz supor que se produziu normalmente, sem nenhum fato
digno de menção. Se não tivesse sido assim, como teria podido passar
despercebida essa notícia aos seus contemporâneos, sem que chegasse, de alguma
maneira até nós? No que diz respeito às causas da morte de Maria, não
parecem fundadas as opiniões que querem excluir as causas naturais. (...) Qualquer
que tenha sido o fato orgânico e biológico que, do ponto de vista físico, Lhe
tenha produzido a morte, pode-se dizer que o trânsito desta vida para a
outra foi para Maria um amadurecimento da graça na glória, de modo que nunca
melhor que nesse caso a morte pode conceber-se como uma ’dormição’.” [destaques
meus]. [15]
As heresias
católicas são tantas que eles atribuem a Maria o pronome “Lhe”, em letra
maiúscula, como lemos acima, tornando-a divina, o que é uma blasfêmia, pois
esta forma pronominal deve ser usada apenas quando nos referimos ao Deus Triúno
(o Pai, o Filho e o Espírito Santo).
Por incrível que pareça, não satisfeita em divinizar Maria e lhe
atribuir tantos títulos e honrarias, a ICAR se prepara para inventar mais um
dogma. Este é ainda mais blasfemo que os anteriores.
Trata-se do dogma da “Co-redenção mariana”, como se
Maria também tivesse sido cooperadora na remissão de nossos pecados. Esta falsa
“religião” ainda alega que Maria é a “Mãe de Todos os povos da Terra” e que
este “quinto dogma” irá fortalecer esta tese. [16]
Em um site católico, lê-se a seguinte citação herética, com
relação ao título de “co-redentora”: “Desde muitos anos tenho a
absoluta convicção de que, sem este último título honorífico, não está perfeito
o ‘canal de Graças’, das graças necessárias para que se complete a nossa
redenção.”
Ora, vejam que blasfêmia! Jesus Cristo viveu neste mundo sem
pecado algum, cumpriu a Lei, sujeitou-Se à infame morte na cruz, derramando Seu
precioso sangue para nos redimir e, agora, vêm dizer que somente com a invenção
de um dogma católico é que se completará a nossa redenção??? Misericórdia!!!
A “justificativa” deles para darem tal título a Maria é a
seguinte: “Porque, efetivamente, Maria sofreu toda a Paixão com Jesus.
Misteriosamente ela viveu cada dor em seu coração, com o mesmo efeito
terrificante que o Filho a sofreu no corpo e no espírito. Jamais, em toda a
história do homem, em milhares de crucificações ocorridas, se viu uma Mãe que
tivesse a fortaleza interior capaz de acompanhar seu filho, e de suportar tudo
sem um ai, sem um grito, num caminho tão doloroso como foi o do Calvário de
Jesus. Maria somente conseguiu isso, porque ela é indissoluvelmente ligada ao
seu Filho Jesus, porque Ele efetivamente é Carne da carne de Maria, e é Sangue
do sangue de Maria, eis aí o que leva ao Dogma da Co-redenção.”
Entretanto, se alguma pobre vítima católica (ou algum “herege
protestante”, como eles gostam de chamar seus opositores) ousar questionar os
ensinamentos desta seita, mostrando que são antibíblicos, eles já se antecipam
com ameaças heréticas, desmerecendo as Escrituras e até chegando a CONFESSAR
que a Bíblia NÃO ensina, nem legitima, seus dogmas: “Opor-se à
legitimidade do título de Corredentora é implicitamente criticar João Paulo II
que, mais uma vez, tem usado repetidamente o título de Corredentora. Usar
a linguagem das Escrituras e dos Padres como critério de legitimar a
terminologia da Igreja seria efetivamente eliminar os títulos dogmáticos
marianos da Imaculada Conceição e da Assunção, bem como o termo
transubstanciação e mesmo infalibilidade papal, pois nenhuma dessas verdades
dogmáticas estão descritas na linguagem das Escrituras e dos Padres.” [grifos
meus] [17]
Como se vê, as Escrituras não ensinam tais dogmas, pois, são todos
eles frutos das mentes apóstatas dos líderes romanos!
Os absurdos da ICAR parecem não ter fim. Vejamos esta citação, que
foi publicada na Revista Time:"Entre todas as mulheres que já viveram,
a mãe de Jesus Cristo é a mais celebrada, a mais venerada... Entre os católicos
romanos, a Madona, ou Nossa Senhora, é reconhecida não somente como a Mãe de
Deus, mas também, de acordo com muitos papas, a Rainha do Universo, Rainha dos
Céus, Trono de Sabedoria e até Esposa do Espírito Santo." (Revista
Time, "Serva ou Feminista?", 30/12/1991, pg. 62-66) [18]
Vejamos
que raciocínio ilógico, antibíblico e até uma afronta à razão: Segundo a
“lógica” católica, pelo fato de Maria ter gerado o corpo humano do Filho de
Deus, ela se tornou, por isto, a “mãe” do próprio Deus e, ao mesmo tempo,
“esposa do Espírito Santo”! Ou seja: ela é esposa de Um (o Espírito Santo),
mãe de Outro (Jesus Cristo) e, por isto, tornou-se a “mãe” de Deus Pai, que
também é seu Criador... Alguém consegue entender isto? |
É simplesmente lastimável, em pleno século XXI, alguns iludidos
(apesar de bem intencionados) ainda crerem que Maria seja a “mãe de
Deus”! Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por fieis): BKJ-1611 ou LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, com notas para estudo) na bvloja.com.br. Ou ACF, da SBTB.
Isto fere a lógica e o bom senso, além de ser antibíblico e,
portanto, uma heresia. É coisa de catecismo católico, colocado nas mentes das
crianças, pois estas ainda não têm discernimento e maturidade. É pura lavagem
cerebral.
O apóstolo Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, exorta-nos que: “Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo.
Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja
anátema.” (Gl 1:9)
Uma criatura
não pode ser “mãe” do Deus Eterno. Como vimos, Maria não é divina, nem eterna.
Nem tampouco, onisciente, onipresente, muito menos onipotente; pois, tais
atributos são exclusivos do Deus Triúno. Afinal, não há um “Santíssimo
Quarteto” no céu!
Vê-se, com certa freqüência, alguns adesivos em carros de
católicos com uma herética frase, que diz: “Peça à Mãe que o Filho
atende”. Os católicos pensam que Jesus Cristo é um “deus irado”, que
precisa que “sua mãe” interceda junto a “ele”, pelos fiéis aqui da Terra, para
obterem suas petições.
Enquanto isto, Jesus Cristo nos diz: “... tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda.” (Jo 15:16). “Até agora nada
pedistes em meu nome; pedi, e
recebereis, para que o vosso gozo se cumpra.” (Jo
16:24).
Conclui-se que devemos pedir diretamente ao Pai, em nome
do Filho, e o Pai poderá atender, se for da Sua vontade: “E esta é a confiança que temos nele, que, se pedirmos alguma
coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve.” (1Jo
5:14).“Ora, nós sabemos que Deus não ouve a
pecadores; mas, se alguém é temente a Deus, e faz a sua vontade, a esse ouve.” (Jo 9:31). [Vide: Mt 6:10, 26:42; Lc 11:2, 22:42; Jo 9:31;
At 21:14; Rm 1:10, 15:32; Ef 5:17; Fp 2:13; Hb 13:21; Tg 1:17; 1 Pe 4:2; etc.].
Porém, mesmo assim, diariamente, milhares, talvez milhões de pessoas,
rezam a Maria, pedindo-lhe graças (sendo que ela não é onisciente nem
medianeira). Não devemos nos esquecer que a Bíblia alerta que pedidos (rezas)
feitos às imagens e ídolos, que são demônios (1 Co 10:20) são possíveis de
acontecer.
Entretanto, precisamos entender que nem sempre o que dá certo é de
Deus: “O meu povo consulta a sua madeira, e a sua
vara lhe responde, porque o espírito da luxúria os engana, e prostituem-se,
apartando-se da sujeição do seu Deus.” (Os
4:12).
Diante de tudo o que as Escrituras nos ensinam, nota-se que a
“senhora” dos católicos não é a Maria da Bíblia, a humilde “serva do Senhor”, a
mãe de Jesus Cristo, que foi salva pela fé nEle. Trata-se, na verdade, de um
ídolo criado por sua falsa “religião”, que usurpa títulos e atributos divinos,
transferindo-os para uma criatura humana, levando o povo ao terrível e
abominável pecado da idolatria!
No céu, só há um Pai, o Senhor, e não uma mãe ou “senhora”: “Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em
todos vós” (Ef 4:6). O próprio Jesus O chama de Pai (Lc 22:42; Jo 5:17, 30;
etc.).
O ensino católico da “Paternidade Universal de Deus” é mais uma
doutrina pagã e apóstata, pois, a Bíblia nos mostra que Deus só é Pai dos
salvos; pois, somente são “filhos de Deus” aqueles que nasceram de novo (Jo
3:3, 5), pela graça, mediante a fé em Jesus Cristo (Jo 1:12-13; Mt 5:9, 44, 45;
Lc 6:35; Jo 12:36; Rm 8:14-16, 9:26; Gl 3:26, 4:5, 7; Ef 1:5,2:3, 5:1, 8; 1
Jo 3:1, 10). Os demais seres humanos são meras criaturas e não filhos e,
portanto, além de não terem uma “mãe” no céu, muito menos têm um “pai”!
Para a igreja católica, a "tradição" é superior à
Palavra de Deus, pois, se houver algum conflito de entendimento, deverá
prevalecer a decisão dos papas!!! Aí fica fácil enganar os fiéis, não é mesmo?
Ou seja, o que esses homens falíveis, apóstatas e pecadores disserem vale mais
do que o que Deus disse em Sua Palavra eterna, inerrante e infalível. É só
vermos as bulas papais e decisões dos "concílios" para confirmar
isto.
Ora, Deus não tem “mãe”, muito menos “pai”. Porém, apesar da ICAR ensinar que “Deus tem mãe”, outra
falsa religião, a dos mórmons (Mormonismo), ensina que “Deus tem pai” (que
seria o “avô de Jesus”), e que este, por sua vez, possui outro pai, e, assim,
sucessivamente, o que é um verdadeiro “sarapatel teológico”. [19]
Como se vê, a fé sem fundamento é fanatismo (fé cega)! Aliás, não
há “fé” que justifique tanta afronta à Palavra de Deus! Por isto, a
Bíblia deve ser a única regra de fé e prática de todo aquele que se
diz cristão; pois, caso contrário, a pessoa estará sujeita a situações
grotescas como estas que acabamos de ver.
A Bíblia diz:
"À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra,
é porque não há luz neles". (Is 8:20)
Humberto Fontes (humbertoetania@globo.com)
Novembro/2008
(Dedico este artigo ao meu pai, orando para que o mesmo consiga
discernir o papel bíblico de Maria, e crer em Jesus Cristo, pois só Ele é “o
caminho, e a verdade e a vida.”)
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:
Só use as duas Bíblias traduzidas rigorosamente por equivalência formal a partir do Textus Receptus (que é a exata impressão das palavras perfeitamente inspiradas e preservadas por Deus), dignas herdeiras das KJB-1611, Almeida-1681, etc.: a ACF-2011 (Almeida Corrigida Fiel) e a LTT (Literal do Texto Tradicional), que v. pode ler e obter em BibliaLTT.org, com ou sem notas).
retorne a http://
solascriptura-tt.org/
)