http://www2.uol.com.br/bibliaworld/crianca/testemunho01.htm
Entrevista:
Robélio Vale
Figueiredo
Entrevistado por:
Cézar Cavalcanti
Nos tempos
apostólicos o Evangelho alcançou todos os níveis de pessoas: camponeses,
pescadores, cobradores de impostos e até sacerdotes, homens ligados diretamente
aos sacrifícios no Templo, também abraçaram a fé cristã. Hoje não é diferente. O
poder do Evangelho de Jesus Cristo tem libertado pessoas de todas as seitas e
religiões.
Entrevistamos o irmão Robélio Vale Figueiredo que, depois de quatro anos de
preparação num seminário católico, oficializou durante vinte anos em diversas
paróquias. Sua conversão foi fruto da tolerância, bom senso e confiança na obra
do Espírito Santo. Hoje, membro de uma congregação da Assembleia de Deus, em São
Paulo, tem tido oportunidade para testemunhar e pregar o verdadeiro Evangelho de
Cristo.
Defesa da Fé - Como nasceu o
desejo para se tornar Padre?
Robélio Vale Figueiredo - Na verdade, a minha mãe fez uma promessa ao "senhor do
Bonfim" quando ela ainda estava grávida e, nessa promessa, dizia que se o bebê
fosse homem, um dia seria padre - o que veio a se concretizar com meu
nascimento, em 7/10/1944, em Ilhéus na Bahia.
Defesa da Fé - E você consentia
com a vontade de sua mãe?
Figueiredo - Com a idade de 7 anos comecei a fazer catecismo e a conviver com a
religião de minha mãe, começando, então, a me simpatizar com a idéia de um dia
ser padre. Continuei na comunidade católica e me tornei coroinha - ajudando o
padre ao celebrar a missa, isso com a idade de 12 anos. Ficava admirado com o
paramento sacerdotal, isto é, a roupa usada nas missas e outras celebrações, o
que também influenciou no meu desejo de ser padre.
Defesa da Fé - Como foi a
preparação no seminário e seu desempenho na Igreja Católica?
Figueiredo - Em 1969, com 25 anos, ingressei no seminário São Marcos (Embu-guaçu)
e concluí o curso teológico em 1972, quando fui ordenado sacerdote pela
congregação dos Padres Clementinos.
Logo após, fui nomeado pároco para uma paróquia em Santo Amaro, a qual
administrei durante três anos. Depois, recebi uma convocação pela C.P.C.
(Congregação Padres Clementinos) para realizar
Santas Missões pelo interior de São Paulo. Fui vigário em diversas regiões da
capital ( São Miguel Paulista, Carapicuiba, Osasco).
Defesa da Fé - O irmão fez menção sobre um conflito interior. O que lhe trazia
mais reflexão, enquanto estava como sacerdote católico?
Figueiredo - O batismo de crianças sempre me trouxe conflito, pois já era
evidente para mim que crianças não deveriam ser batizadas, devido a algumas
razões. Primeiro, porque devemos observar o mandamento do Senhor sobre o
batismo. As Escrituras nos dizem que antes do batismo deve haver ensino:
Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho,
e do Espírito Santo. (Mt 28.19)
Também nos dizem as Escrituras que a fé é um requisito para o batismo: Quem crer
e for batizado será salvo. (Mc 16.16). Um bebê
jamais poderia ser previamente ensinado e esclarecido da importância do batismo
e sua relação com a fé cristã.
Por outro lado, o apóstolo Paulo nos esclarece que a criança é santa devido a
presença de um adulto crente: Porque o marido incrédulo é santificado no
convívio da esposa, e a esposa incrédula é santificada no convívio do marido
crente. Doutra sorte, os vossos filhos seriam impuros; porém, agora, são santos.
(1 Co 7.14)
Outro aspecto da comunidade sacerdotal é a ausência de vida cristã. Tínhamos
ensinamentos filosóficos e éticos, que quando confrontados com os ensinamentos
da Bíblia, notava-se que não estavam de acordo com os requisitos das Escrituras.
Este foi um fator decisivo e então busquei a Deus e Ele preparou o tempo
oportuno para que eu deixasse a batina.
Defesa da Fé - Como tem sido sua vida hoje como cristão?
Figueiredo - Tenho usado meu tempo para estudar a Palavra de Deus e conhecer as
doutrinas verdadeiramente cristãs. Assim, tenho usufruído esta liberdade de ler
a Bíblia e crescer espiritualmente. Também tenho dedicado tempo à minha família,
esposa e filho e sou membro da Igreja Assembleia de Deus, liderada pelo pastor
Jairo Bartolomeu. Nas oportunidades que tenho recebido para pregar e
testemunhar, procuro ajudar aqueles que estão com dificuldades em deixar a
idolatria.
Defesa da Fé - Quais recomendações faria para o leitor que tem problemas com
membros da família que estão profundamente envolvidos com a idolatria e/ou
sacerdócio?
Figueiredo - Devemos ter zelo de Deus, mas segundo o conhecimento! A amizade
daquele pastor que me pediu o tapete emprestado, e seus convites para visitar
sua Igreja, foram a abertura para que eu recebesse o
Evangelho. Infelizmente ainda encontramos crentes que, em sua ânsia de alcançar
os perdidos, acabam por afugentar as almas cansadas. Falta-lhes a tolerância,
não significando isto que vamos transigir com o pecado. De forma alguma! Devemos
usar as oportunidades para demonstrar o fruto do Espírito (Gl
5.22-23).
Tenho em mente as palavras do Senhor Jesus: Eu, porém, vos digo: não resistais
ao perverso; mas, a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a
outra; e, ao que quer demandar contigo e tirar-te a túnica, deixa-lhe também a
capa. Se alguém te obrigar a andar uma milha, vai com ele duas. Dá a quem te
pede e não voltes as costas ao que deseja que lhe
emprestes. (Mt 5.39-42)
Talvez alguém pudesse condenar um pastor evangélico por este pedir a um padre
para lhe emprestar um tapete. "Usar um objeto de um movimento idólatra? Isto é
tolice!" Mas foi assim que o Senhor abriu meu coração para a verdade que
liberta. Além disso, a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a
fraqueza de Deus é mais forte do que os homens. (1 Co
1.25) Demonstremos a verdade aos nossos familiares que são descrentes, ou
idólatras, ou membros de seitas. Não com palavras duras e condenatórias, mas com
mansidão, amor e paciência, demonstrando assim o fruto do Espírito. Fiz-me tudo
para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns. (1
Co 9.22)
Defesa da Fé - A Igreja Católica,
nesse Ano do Jubileu está mobilizada no mundo todo, numa campanha pelas
Indulgências, o que o senhor pensa sobre isso?
Figueiredo - Com isso fica claro que a Igreja não mudou, e mais, o propósito
disso é reagrupar os fiéis afastados com o atrativo do perdão. Mas como o perdão
é algo subjetivo, só a fé no sacrifício vicário de Cristo, e
um real arrependimento pode, na verdade, trazer libertação.
"... e grande parte dos sacerdotes obedeciam à fé" (Atos 6.7) (Extraído da
Revista Defesa da Fé
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Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por fieis): BKJ-1611 ou LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, com notas para estudo) na bvloja.com.br. Ou ACF, da SBTB.