(ICP) Instituto Cristão de Pesquisas
“Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios; Pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência; Proibindo o casamento, e ordenando a abstinência dos alimentos que Deus criou para os fiéis, e para os que conhecem a verdade, a fim de usarem deles com ações de graças” (1Tm 4.1-3 - ACF)
Compilado Por Israel Reis
A Igreja Católica Romana alega que seus papas herdaram a autoridade do apóstolo Pedro. Este erro grosseiro é evidente por uma simples comparação da vida e dos ensinos do apóstolo Pedro com as vidas e ensinos dos papas.
O que há em comum com a igreja primitiva? Nada!
Durante os primeiros séculos ocorreram muitas perseguições, isto cooperou para que a igreja se mantivesse fiel as Escrituras.
Este período é chamado de era patrística, ou era dos pais da igreja. Halley fala de Policarpo (69-156 d.C.), discípulo de apóstolo João que foi queimado vivo por se recusar a amaldiçoar a Cristo. Policarpo falou: “oitenta e seis anos faz que sirvo a Cristo e Ele só me tem feito bem, como podia eu, agora, amaldiçoá-lo, sendo Ele meu Senhor e Salvador?”.
A corrupção no cristianismo começou já em meados do século III, onde houve o primeiro rompimento sério dos cristãos, por causa da introdução dos batismos de crianças. O rompimento foi chamado de “desfraternização”. No século IV, Constantino ascendeu ao posto de Imperador. Este apoiou o cristianismo, e seu sucessor Teodósio (378/95) transformou o cristianismo em religião oficial do Império Romano. Assim sendo, muitos ímpios se tornaram cristãos por motivos políticos e escusos. Constantino convocou em 325 d.C. o Concílio de Nicéia onde começou surgir o catolicismo romano influenciado por doutrinas pagãs. Como pôde haver essa junção entre o cristianismo e Roma? Roma que sempre foi centro de idolatria em que seus imperadores eram considerados deuses. Alcides Peres conta que em 326 d.C., um ano depois do Concílio,Constantino vai a Roma para celebrar o vigésimo ano de seu reinado. Por intriga palaciana, manda prender seu filho Crispo, que é logo julgado, condenado e morto pelo próprio pai... Foi esse homem que deu origem a esta junção do catolicismo com o romanismo. Muitas doutrinas estranhas continuaram a penetrar no catolicismo romano. Fazendo que cada vez mais a igreja católica romana se distanciasse dos ensinamentos das Escrituras.
E qual a origem da Igreja Católica? “Pelos primeiros 280 anos da história cristã, o Cristianismo foi banido pelo Império Romano, e os cristãos foram terrivelmente perseguidos. Isto mudou depois da ‘conversão’ do Imperador Romano Constantino. Constantino ‘legalizou’ o Cristianismo pelo Edito de Milão, em 313 d.C. Mais tarde, em 325 d.C., Constantino conclamou o Concílio de Nicéia, em uma tentativa de unificar o Cristianismo. Constantino imaginou o Cristianismo como uma religião que poderia unir o Império Romano, que naquela altura começava a se fragmentar e a se dividir. Mesmo que isto aparente ser um desenvolvimento positivo para a igreja cristã, os resultados foram tudo, menos positivos. Logo Constantino se recusou a abraçar de forma completa a fé cristã, mas continuou com muitos de seus credos pagãos e práticas. Então, a igreja cristã que Constantino promoveu foi uma mistura de verdadeiro Cristianismo e paganismo romano. A origem da Igreja Católica é a trágica mistura de Cristianismo com religiões pagãs que o cercavam. Ao invés de proclamar o Evangelho e converter os pagãos, a Igreja Católica “cristianizou” as religiões pagãs e “paganizou” o Cristianismo. Embaçando as diferenças e apagando as distinções, sim, a Igreja Católica se fez atraente às pessoas do Império Romano. O resultado foi que a Igreja Católica se tornou a religião suprema no ‘mundo romano’ A oração pelos mortos começou a ser aceita por volta de 300 d.C.
· O começo da exaltação a Maria onde o termo “mãe de Deus” surgiu pela primeira vez em 431 d.C (Concílio de Éfeso).
A doutrina do purgatório foi aprovada em (1439), no Concílio de Florença, confirmada definitivamente no Concílio de Trento em (1549-1563), mas ela já existia desde (593-1070). A adoração da cruz, imagens e relíquias em 786 d.C.
A canonização dos santos mortos em 995 d.C. O celibato do sacerdócio em 1079 d.C.(Ver Decretal da Transl. Episc.)
Introdução
1°. Não há evidência alguma que Pedro era o bispo de Roma nem há evidência alguma no Novo Testamento que a igreja de Roma tinha algo de especial. Todavia, os papas governam de Roma e alegam que Pedro foi o primeiro bispo de Roma, e alegam que a
Igreja Católica Romana é a igreja mãe. A primeira epístola de Pedro, entretanto, foi escrita da Babilônia (1Pe 5.13), não de Roma, e a alegação dos papas que “Babilônia” significa Roma é pura conjectura (invenção). A evidência que Pedro não era o pastor (o mesmo que bispo)de Roma é abundante. Paulo escreveu para a igreja em Roma em A.D. 58, mas apesar de mencionar 27 pessoas pelo nome, ele não menciona Pedro nem uma vez sequer. Isso seria uma afronta indesculpável da parte de um apóstolo e um desrespeito contra outro apóstolo, se Pedro lá estivesse. Posteriormente, Paulo escreve de Roma para as Igrejas da Galácia, para igreja de Éfeso, Filipo, e dos Colossenses, bem como para Filemom, mas nem sequer uma só vez ele menciona que Pedro esteve em Roma. Em 2Tm 4.16 Paulo disse que ninguém ficou com ele e todos o abandonaram quando ele respondia às acusações. Onde estava o papa Pedro? O fato é que Pedro não era um papa e nunca esteve em Roma, muito menos foi bispo (no sentido católico) de Roma.
2°. Pedro era casado (Mt 8.14), mas os papas são proibidos de casar. Paulo recomenda que o ministro seja casado (1Tm 3.1-3)
3°. Pedro disse que as Escrituras Sagradas são a certa Palavra de Deus e a ela apenas devemos dar crédito (2Pe 1.19-21), mas os papas dizem que devemos dar crédito também às suas tradições não inspiradas.
4°. Pedro avisou sobre os falsos mestres que fazem comércio do povo de Deus (2Pe 2.1-3), mas os papas não somente os promovem, mas fizeram monumentais somas de dinheiro por vender a sua religião pelas missas, por suas orações pelos mortos, e suas indulgências, e por suas peregrinações a locais santos e por incontáveis outras barbaridades.
5°. Pedro não tinha prata nem ouro (At 3.6), mas os papas têm imensa quantidade de ambos.
6°. Pedro disse que o batismo é uma figura, um símbolo, e que não é a água que salva, mas Jesus Cristo (1Pe 3:21)
um na Basílica de São Pedro e outro no palácio Lateran.
9°. Pedro ensinou que a salvação é estritamente pela justiça de Jesus Cristo (2Pe 1.1)
imputada sobre os crentes, mas os papas clamam que seus sacramentos são necessários para a salvação.
10°. Pedro ensinou contra a hierarquia clerical, alertando aos pastores contra ser senhores da herança de Deus
(1Pe 5.1-4), mas os papas estabeleceram um sistema de senhorio eclesiástico sobre pessoas e igrejas, e têm adicionado muitos ofícios que nunca são mencionados no Novo Testamento (exemplo: papas, cardeais, padres, monges, freiras).
11°. Pedro ensinou que o único sacerdócio no Novo Testamento é o de Sumo Sacerdote do Senhor Jesus Cristo no sentido do ofício real em si, e o sacerdócio geral e individual de todos os crentes (1Pe 2.29) (1Pe 2.4-8), mas os papas dizem que Pedro era a Rocha.
13°. Pedro ensinou que o homem nasce de novo pela palavra de Deus (1Pe 1.23), mas os papas dizem que o homem nasce de novo pelo batismo.
14°. Pedro ensinou que Cristo “sofreu uma vez pelos pecados” (1Pe 3.18), e tomou nosso pecados em seu próprio corpo na cruz” (1Pe 2.24) mas os papas dizem que Cristo é sacrificado repetida e novamente na missa e que ter Jesus Cristo não é o suficiente, mas que o crente precisa também da Igreja Católica Romana, seus sacramentos e seu sacerdócio.
15°. Pedro ensinou que o crente tem uma viva esperança, e que ele tem uma herança reservada no céu, e que ele é preservado pelo poder de Deus (1Pe 1.2-5) mas os papas dizem que o crente não pode saber ao certo que ele tem um lar no céu.
16°. Pedro ensinou que o crente não é para ser um assassino, ou um ladrão, ou um malfeitor, ou um intrometido nos assuntos alheios, (1Pe 4.15) mas os papas têm sido tudo isso.
Pedro foi o Primeiro Papa? Agora veremos que a própria existência do papado é uma deturpação das Escrituras. É impossível abordar este assunto sem falar a respeito do trecho bíblico em que os católicos se baseiam para firmar a doutrina do papado: “...tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja..” (Mt 16.13-20). Os católicos pegam esta afirmação de Cristo para afirmar que Pedro é a pedra ou rocha em que Cristo“...esta pedra...”“Tu és o Cristo, O Filho do Deus vivo”. Cristo é a pedra fundamental da igreja. Paulo afirmou:“Porque ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já esta posto, o qual é Jesus Cristo.” (I Co 3.11). No grego, a palavra Pedro é petros, do gênero masculino, enquanto “Tu és Petros (masculino), e sobre esta petra (feminino) eu edificarei a minha igreja”. Mostra-se assim que Cristo não estava falando de Pedro como a pedra ou rocha, mas sim a respeito da declaração de Pedro – “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.” Se Pedro fosse a rocha, Cristo teria dito: “sobre ti edificarei a minha igreja”,“Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja”, é omitida (Mc 8.27-30) .Marcos por muito tempo foi companheiro de Pedro e no seu evangelho há uma profunda influência do mesmo. Pedro chamava Marcos de filho“Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina” (At 4.11)ACF.
“E, chegando-vos para ele, pedra viva, reprovada, na verdade, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa,
Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo. Por isso também na Escritura se contém: Eis que ponho em Sião a pedra principal da esquina, eleita e precio E quem nela crer não será confundido. E assim para vós, os que credes, é preciosa, mas, para os rebeldes, A pedra que os edificadores reprovaram, Essa foi a principal da esquina, E uma pedra de tropeço e rocha de escândalo” (1Pe 2.4-8)ACF
Há também a afirmação católica que Pedro teria recebido as chaves do céu. É outra deturpação das Escrituras, baseada em Mateus 16.19: “Eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.” Não podemos entender a declaração de Cristo como se esta fosse somente dirigida“...o que tem a chave de Da o que abre, e ninguém fecha; e fecha, e ninguém abre” (Ap 3.7). O que seria abrir e fechar ou ligar e desligar que Cristo fala que a igreja realizaria com respeito às pessoas? O que se segue: quando a igreja prega o evangelho, abre o rei quando deixa de pregar, o fecha. Isto fica bem claro quando observamos o “ai” de Cristo a respeito dos fariseus. “Mais ai de vós escribas e fariseus, hipócritas! Pois que fechais aos homens o reino dos céus; e nem vós entrais nem deixais entrar aos que estão entrando.” (Mt 23.13). Porque os fariseus fechavam o reino?“Ai de vós, doutores da lei, que tiraste a chave da ciência; vós mesmos não entrastes, e impedistes os que entravam.” (Lc 11.52). Assim observamos que quando a igreja prega o evangelho genuíno esta abre o reino dos céus, quando não, fecha o reino. Ao analisarmos o trecho bíblico de Mt 16.13-20, devemos partir para a análise da afirmação católica que Pedro foi o primeiro papa. Se ele realmente foi o primeiro papa, o foi de maneira totalmente diferente dos padrões papais. Há um abismo enorme entre Pedro e os seus pretensos sucessores. A verdade é que Pedro não foi o primeiro papa e a ordenação de um dirigente humano universal para a igreja está totalmente contrária às Escrituras.
Jorge Buarque Lyra (in: Catolicismo Romano) argumentou muito bem: “Poderia, acaso, de alguma forma, um homem ser fundamento de uma obra divina? Se pudesse (admitindo-se o absurdo), tal obra deixaria de ser divina.”
Vejamos as seguintes características de Pedro:
1°) Pedro não era celibatário. Tanto que teve sogra curada por Cristo (Mc 1.29-31). O papa é celibatário, sendo o celibato uma imposição a todo o clero. Em “Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e doutrinas de demônios ...proibindo o casamento.”
2°) Pedro era pobre. “E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro...” (At 3.6). O papa está cercado de riquezas.
3°) Pedro nunca esteve em Roma. extra bíblicas para afirmar que Pedro esteve em Roma. E mesmo que Pedro tenha estado em Roma ele não fundou ali a Igreja.
4°) Pedro nunca consentiu que ninguém se ajoelhasse a seus pés. “E aconteceu que, entrando Pedro, saiu Cornélio a recebê-lo, e, prostrando-se a seus pés, o adorou. Mas Pedro o levantou, dizendo: Levanta-te, que eu também sou homem.” (At 10.25 e 26). O papa constantemente recebe este tipo de reverência e adoração.
5°) Pedro não era infalível. “E, chegando Pedro a Antioquia, lhe resisti na cara, porque era repreensível. Porque antes que alguns tivessem chegado da parte de Tiago, comia com os gentios; mas, depois que chegaram, se foi retirando, e se apartou deles, temendo os que eram da circuncisão.” (Gl 2.11 e 12). O papa é considerado infalível. A infalibilidade papal foi definida e aceita oficialmente em 1870 no Concílio do Vaticano 1870 anos para considerar o papa infalível. É importante observar que não foi Deus que decidiu, mas foram homens pecadores reunidos que chegaram à conclusão que o papa era infalível. Na Bíblia está escrito: “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.23) e ainda está escrito que quando dizemos que não temos pecado fazemos a Deus mentiroso. Veja: “Se dissermos que não pecamos fazemo-lo mentiroso, e a Sua palavra não está em nós.” (I Jo 1.10).
6°) Pedro não tinha a primazia na igreja.“Aos presbíteros, que estão entre vós, admoesto eu, que sou também presbítero com eles e testemunha das aflições de Cristo...” (I Pe 5.1). Em At 8.14 está escrito: “Os apóstolos, pois, que estavam em Jerusalém, ouvindo que Samaria recebera a Palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João.” Note bem: “E subindo Pedro a Jerusalém, disputavam com ele os que eram da circuncisão.” Enquanto que a igreja Católica afirma que as decisões do papa não podem ser questionadas.
CONCLUSÃO
Tu és Pedro, e sobre esta
pedra edificarei a minha igreja
Tu es Petrus et super hanc petram aedificabo ecclesiam meam
Esse trecho de Mateus 16.18 em Roma. Destarte,
ele é a fonte mais importante de toda a dogmática católica. A expressão Tu és Petrus, carrega
atrás de si uma procissão de outras heresias erigidas em cima das
interpretações de textos deslocados de seus respectivos contextos,
interpretados de modo arbitrário pelos teólogos e doutores católicos romanos. É
ele o genitor da infalibilidade papal, do poder temporal e dos demais desvios
teológicos, contradições e distorções dessa igreja. Portanto, esclarecer à luz
da Bíblia todo esse equívoco teológico é desestruturar a base em que se firma a
eclesiologia católica.
Os pilares do papado
A tese católica se firma em três questionáveis pressupostos principais, a
saber:
Cristo edificou a Igreja sobre Pedro, numa interpretação totalmente tendenciosa
e arbitrária de (Mateus 16.18,19).
Pedro fundou e dirigiu a Igreja de Roma, sendo martirizado nessa cidade.
A sucessão apostólica numa cadeia ininterrupta até nossos dias: de Pedro
ao Papa Bento XVI (em latim: Benedictus PP. XVI, em italiano:
Benedetto XVI), nascido Joseph Alois Ratzinger, (Marktl am Inn,
Alemanha, 16 de abril de 1927) é o Papa
desde o dia 19 de Abril de 2005. Igualmente,
há ainda outros argumentos apresentados pelos católicos romanos que se firmam
nessa trilogia, mas, neste momento, analisaremos apenas os já mencionados.
Em que pedra a igreja está edificada?
O endereço eletrônico católico www.lepanto.org.br, da Frente
Universitária Lepanto“Pois também eu te digo que tu és Pedro (Petrus), e sobre
esta pedra (petra) edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não
prevalecerão contra e e eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o
que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra
será desligado nos céus” (Mt 16.18,19).
Jesus, ao proferir essa declaração, estava realmente afirmando que
Ele próprio era a “pedra” sobre a qual sua Igreja seria edificada. Temos diversos motivos
para esta interpretação. Vejamos:
Petra , um rochedo inabalável. Ora,
Jesus fez nítida diferença semasiológica entre petra e Petros. Um é
substantivo feminino singular e está na terceira pessoa; o outro, masculino
plural, e se encontra na segunda pessoa. Além disso, o termo petra nunca é
usado na Bíblia em relação a homem algum, somente em relação a Deus. Logo, tal
verso nem de longe insinua alguma coisa sobre Roma, sucessão apostólica ou algo
similar.
Os católicos conseguem ver o
que não existe no texto.
Edificação sobre quem?
A declaração “Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo” é a chave
para entendermos toda a problemática. Jesus perguntou a“todos”, e não
somente a Pedro, “quem Ele era”. “Disse-lhes
ele ‹‹Jesus››: E vós, quem dizeis que eu sou?” (Mt 16.15).
A ele — Pedro — foi revelado, em sua confissão, que Cristo era o Messias, o Filho de Deus, daí a frase:
“Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus.
Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja..” – ACF.
Ou seja, a igreja está
edificada sobre a confissão de que Ele (Jesus) era o Filho de Deus.
A bem da verdade, a Igreja jamais poderia ser solidamente edificada sobre homem
algum, nem mesmo Pedro, que, embora tenha sido um grande apóstolo, foi, no entanto,
falível e passível de erros, como demonstra, de maneira sobeja, o
contexto imediato:
“Ele ‹‹Jesus››, porém, voltando-se, disse a Pedro: Para trás de mim, Satanás, que me serves de escânda porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas só as que são dos homens” (Mt 16.23 - ACF).
Além de outros escritos do
Novo Testamento em que podemos perceber a inconstância de Pedro (Mt 26.69-75).
Quem é a pedra?
O significado de próprio Pedro: “Vós
também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo,
para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo” (1Pe 2.5).
Por sua vez, todas as “pedras
vivas” estão edificadas sobre a grande Petra, que é
Jesus:
“Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos, e da família de De Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esqui No qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor” (Ef 2.19-21 - ACF)
Agora, comparemos o texto de Mateus 16.18 com o texto seguinte:
“Diz-lhes Jesus: Nunca lestes nas Escrituras: A pedra, que os edificadores rejeitaram, Essa foi posta por cabeça do ângulo; Pelo Senhor foi feito isto, E é maravilhoso aos nossos olhos? Portanto, eu vos digo que o reino de Deus vos será tirado, e será dado a uma nação que dê os seus frutos. E, quem cair sobre esta pedra, despedaçar-se e aquele sobre quem ela cair ficará reduzido a pó” (Mt 21.42-44 - ACF)
Indubitavelmente, tanto em Mateus
16.18 quanto em 21.44,“Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a
minha igreja” (Mc 8.27-30). Isto não
é de pouca relevância, pois 1Pe 5.13) e, segundo Eusébio, foi de Pedro que
Marcos coletou informações para redigir seu evangelho. Pedro, em nenhum
momento, disse de si mesmo que era a rocha ou pedra da igreja, caso contrário,
Marcosteria confirmado o fato de modo enfático. Se
porventura o dogma da superioridade de Pedro é verdadeiro e de tamanha
importância, como ensina a Igreja Católica, não parece praticamente
inconcebível que os registros de Marcos e de Lucas silenciem a respeito?
O que significa Kephas?
Kephas significa pedra ou Pedro? João
nos dá a resposta: “E levou-o a Jesus. E, olhando Jesus para ele, disse: Tu és Simão,
filho de Jon tu serás chamado Cefas (que quer
dizer Pedro)” (Jo 1.42 - ACF).
Fica claro que Cefas ou Kephas significa Pedro e não pedra.
Para fazer jus à coerência e
à lógica católica, Jesus deveria ter dito mais ou menos assim: “Tu és Kephas e sobre
esta kephas edificarei...”, ou: “Tu és
Pedro e sobre este Pedro edificarei...”, caso não houvesse nenhuma diferença.
Um acréscimo ao nome de Pedro
Teria Jesus mudado o nome de Simão Barjonas para
Pedro ou apenas feito um acréscimo?
Ora, quando se muda um nome faz-se necessariamente uma
substituição. O nome anterior não é mais mencionado, como nos casos de Abrão
para Abraão (Gn 17.5) e de Sarai para Sara (Gn 17.15). Já no
caso de Pedro, houve apenas um acréscimo,“Agora, pois, envia homens a Jope e manda
chamar a Simão, que tem por sobrenome Pedro”
(At 10.5,18,
11.13). Podemos ver que se trata de um acréscimo no nome e não a
mudança do mesmo, como querem os teólogos do Vaticano. Além
disso, Pedro continuou sendo chamado de Simão (At 15.14) ou
Simão Pedro (Jo Pedro para “abrir e
fechar”. Todavia, devemos salientar que foram as chaves do “reino
dos céus” e não da Igreja que lhe foram concedidas. O reino
dos céus não é a Igreja.
Antes, as “chaves” estavam nas mãos dos fariseus, como lemos: “Ai de
vós, doutores da lei, que tirastes a chave da ciência; vós mesmos não
entrastes, e impedistes os que entravam” (Lc 11.52 -
ACF).
Essas chaves representam a propagação do evangelho de
arrependimento de pecados, pelo qual todos os
cristãos, e não Pedro apenas, podem abrir as
portas dos céus para os pecadores que desejam ser salvos. Tanto é que, em Mateus
18.18, Jesus confia às chaves também aos demais apóstolos: “Em
verdade vos digo [digo a vocês e não somente a Pedro] que tudo o que ligares na
terra será ligado no céu, e tudo o que desligares na terra será desligado no
céu”.
Pedro, portanto, foi o primeiro a usá-la por ocasião da festa de
Pentecostes, quando quase três mil almas foram salvas (At 2.14-41).Depois, a
usou para pregar ao primeiro gentio,
Cornélio (At 10.1-48). É esta a
chave que abre a porta, e ela não é prerrogativa exclusiva do hierarca católico
romano. Ninguém tem o poder (ou direito) de
monopolizá-la, como querem os católicos romanos.
Certo site ortodoxo, comentando sobre o assunto em questão, disse com muita
propriedade: “Para a Igreja una e indivisa, a interpretação desta passagem do
evangelho é toda outra. Como disse Orígenes (fonte comum da Tradição patrística
da exegese), Jesus responde com estas palavras à confissão de Pedro: este se
torna a pedra sobre a qual será fundada a Igreja porque exprimiu a fé
verdadeira na divindade de Cristo. E Orígenes
comenta: Se nós dissermos também: Tu és o Cristo, Filho
de Deus Vivo, então tornamo-nos também em um
Pedro [...] porque quem quer que seja que se una a Cristo torna-se
pedra. Cristo daria as chaves do reino apenas a Pedro, enquanto as outras
pessoas abençoadas não as poderiam receber? Pedro é, então, o primeiro
‘crente’, e se os outros o quiserem seguir podem ‘imitá-lo’ e receber também as
mesmas chaves”.
“Jesus, com as suas palavras relatadas no evangelho, sublinha o sentido da fé
como fundamento da Igreja, mais do que funda a Igreja sobre Pedro, como a
Igreja Romana pretende. Tudo se resume, portanto, em saber se a fé depende de
Pedro, ou se Pedro depende da fé [...] Por isso mesmo, São Cipriano
de Cartago pôde afirmar que a fé de Pedro pertencia ao bispo de cada Igreja
local, enquanto São Gregório de(Lc 22.31, Jo 21.15,17)
Os católicos frisam nesses textos as palavras “confirmar” e “apascentar” e vêem
nelas uma suposta primazia jurisdicional de Pedro. O engano deste argumento
está em não mostrar que o apóstolo Paulo também “confirmava”
as igrejas cf. (At 14.
15.32,41). Quanto ao “apascentar”,“Que faremos, homens irmãos?”. Dirigiram-se
a toda a igreja e não apenas a Pedro (At 2.37).
Pedro foi o primeiro a evangelizar um gentio (At 10.25)
Ao contrário do que pensam os católicos, o caso de Cornélio é um contragolpe no
argumento romanista, pois Pedro teve de dar explicações perante a Igreja por
ter se misturado e comido com um gentio. Raciocinemos,
onde está a primazia de Pedro nesse episódio? Se a tivesse, porventura daria
explicações perante seus supostos comandados? Certamente
que não! Mas Pedro teve de se explicar, porque não possuía nenhum governo
sobre os demais.
No catálogo dos apóstolos, o nome de Pedro sempre é colocado em primeiro lugar (Mt 10.2
Mc 3.16- Lc 6.13- At1.13). É bom
frisarmos que este primeiro lugar na lista de nomes é apenas de caráter
cronológico e não funcional. Percebe-se que os quatro primeiros nomes da lista
dos sinópticos são: Simão,
André, João e Tiago, os primeiros a serem chamados para seguir o Mestre e, dentre eles,
coube a Pedro ter uma prioridade cronológica. Todavia, em outros textos, como,
por exemplo, Gálatas 2.9, seu nome não aparece em tal posição: “E
conhecendo Tiago, Cefas e João, que eram considerados como
as colunas...”.
Pedro escolhe Matias para suceder Judas Iscariotes (At 1.15)
Lendo cuidadosamente Atos 1.15-26,“E,
lançando-lhes sortes, caiu a sorte sobre Matias. E por voto comum foi contado
com os onze apóstolos” (v. 26).
O veredicto de Jesus
O fator agravante quanto à intenção de tornar Pedro soberano entre os demais
apóstolos está nas palavras taxativas de Cristo — o ÚNICO Sumo Pastor,
Chefe Supremo, Cabeça e Fundamento da Igreja — em não
titubear e corrigir algumas precoces ambições de supremacia entre eles. Certa
feita, tal idéia foi sugerida ao Mestre que, no
mesmo instante, a rechaçou dizendo:
“...Bem sabeis que pelos príncipes dos gentios são estes dominados, e que os grandes exercem autoridade sobre eles.
Não será assim entre v mas todo aquele que quiser entre vós fazer-se grande seja vosso serviçal;
E, qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, seja vosso servo” (Mt 20. 18-27 - ACF)
O próprio Pedro desfaz essa lenda ao dizer: ninguém tenha domínio sobre o rebanho “Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho” (1Pe 5.1-3 - ACF). Não se pode ver aí nenhum vestígio de superioridade, supremacia ou destaque sobre os demais, pois ele mesmo se igualava aos outros dizendo: “... que sou também presbítero com eles...” Pedro jamais mandou. Pelo contrário, foi mandado e obedeceu: “Os apóstolos, pois, que estavam em Jerusalém, ouvindo que Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João” (At 8.14 - ACF).
E tudo isso faz jus às palavras de Jesus, que disse: “Na verdade, na verdade vos digo que não é o servo maior do que o seu senhor, nem o enviado maior do que aquele que o enviou” (Jo 13.16 - ACF)
Pedro esteve em Roma?
Embora a Bíblia não diga nada a respeito, os católicos insistem em dizer que o
fato de o apóstolo Pedro ter sido o fundador da igreja de Roma é incontestável. Atribuem, ainda,
ao apóstolo Pedro, um pontificado de 25 anos na capital do Império.
E, conseqüente (deduzem), ele
tenha morrido ali. É claro que estas ligações, em princípio, são de valor
inestimável, pois, entrelaçadas, robustecem a tese vaticana da primazia do
papado. Contudo, há de se frisar que somente a chamada tradição vem em socorro
das causas romanistas nestas horas e, mesmo assim, de maneira dúbia.
. Pedro não pode ter sido papa durante 25 anos, pois foi martirizado
no reinado do imperador Nero, por volta do ano 67 ou 68 d.C. Subtraindo 25
anos, retrocederemos ao ano 42 ou 43. Nessa época, ainda não havia sido
realizado o Concílio de Jerusalém (At 15), que
ocorreu por volta do ano 48 ou 49 d.C., quando
Pedro participou(mas não deveria, porque,
segundo a tradição, nessa época o apóstolo estava em Roma). No entanto, ainda
que Pedro, segundo a opinião católica, tivesse participado do Concílio de
Jerusalém, a assembleia fora presidida por Tiago (At 15.13-21).
No ano 58 d.C., Paulo escreveu a epístola aos Romanos e, no capítulo 16, mandou
uma saudação para muitos irmãos daquela cidade, mas Pedro sequer é mencionado.
Em 62 d.C., o apóstolo Paulo chegou em Roma e
foi visitado por muitos irmãos (At28.30,31),
todavia, nesse período, não há nenhuma menção de Pedro ou a algum papa. O
apóstolo Paulo escreveu quatro cartas de Roma: Efésios, Colossenses, Filemom (62 d.C.)
e Filipenses (entre 67/68 d.C.), mas Pedro não
é mencionado em nenhuma delas. Se Pedro estava em Roma no ano 60 d.C., como se
deve entender a revelação referida no livro de Atos, em que
Jesus “assim
importa que testifiques também em Roma” (At 23.11 -
ACF). Se Pedro estava em Roma, não caberia a ele estar cumprindo
esta função? Onde se encontrava o suposto papa de Roma nessa ocasião?
É por estas e outras razões que não acreditamos que Pedro tenha fundado ou
presidido a Igreja de Roma, como afirmam os católicos.
O insustentável suporte da tradição
A tradição é um dos pilares nos quais se assenta a teologia romanista. O
principal órgão da tradição é a Patrística, os
escritos dos pais da Igreja. Essa
tradição é de relevante valor à causa católica, pois dela advém toda a “lógica” da “sucessão
apostólica”.
É dela que é extraída a má interpretação de Mateus 16.18, da primazia de Roma, da corrente sucessória de São Pedro, etc.
Na verdade, as coisas são bem diferentes
quando analisadas de maneira criteriosa.
. Dos inúmeros pais da Igreja, somente
77 opinaram a respeito do assunto de Mateus
16.18, sendo que 44 reconheceram ser a fé de Pedro a rocha. Os outros 16 julgaram
ser o próprio Cristo e somente 17 concordaram com a tese vaticana.
Nenhum deles afirmou a infalibilidade de Pedro e tampouco o tinham como papa.
Exemplo disso é Santo Agostinho que, em
uma de suas obras, expressamente afirma que sempre, salvo uma vez, ele havia
explicado as palavras sobre esta pedra — não como se referissem à pessoa de
Pedro, mas sim a Cristo, cuja divindade Pedro havia reconhecido e proclamado.
Diz certa fonte católica que: “Se a
corrente da sucessão apostólica por alguma razão encontra-se interrompida,
então as ordenações seguintes não são consideradas válidas, e as missas e os
mistérios, realizados por pessoas ilegalmente ordenadas, estão desprovidos da
graça divina. Essa condição é tão séria que a ausência de sucessão dos bispos
em uma ou outra denominação cristã despoja-a da qualidade de Igreja verdadeira,
mesmo que o ensino dogmático presente nela não esteja deturpado. Esse foi o
entendimento da Igreja desde o seu início”.
Finalizando...
Procuramos não ser prolixos ao historiar sobre esta questão. Todos
sabemos que o trono dos papas teve seus momentos de vacância. Muitos papas
conquistaram este título por dinheiro; outros, considerados legítimos, foram
condenados como herege; e quantos, pela ganância do cargo, foram envenenados
por seus rivais. Houve também os nomeados por imperadores e, quando não, havia
três ou mais papas se excomungando mutuamente pela disputa da cadeira de São
Pedro. Sem falar, é claro, da época negra da pornocracia (influência
das cortesãs no governo).
. Não é debalde que a obra literária clássica
Divina comédia, de Dante Alighieri, coloca vários papas no inferno. Há, ainda,
uma tremenda contradição nas muitas listas dos pontífices romanos expostos por
historiadores católicos, nas quais os nomes de tais sucessores aparecem
trocados ou ausentes, sem consenso algum. Não cremos que estes homens sejam os
verdadeiros sucessores da cátedra de Pedro. A
bem da verdade, essa tal sucessão ininterrupta e contínua dos papas é
totalmente arrebentada e falsa. É por demais ultrajante, mesmo
para uma mente mediana suportar tamanha incongruência.
. Pelo que foi exposto, podemos considerar
serenamente que “Pedro nunca foi papa e tampouco o papa é o vigário de Cristo”.
Biografia de Pedro
• Cidade natal: nasceu em Betsaida, Galiléia.
• Filiação: filho de Jonas e irmão do apóstolo André, seu primeiro nome era
Simão.
• Moradia: na época de seu encontro com Cristo, morava em Cafarnaum, com a
família da sua mulher (Lc 4,31-38).
• Profissão: pescador, trabalhava com o irmão e o pai.
• Qualidades: dinâmico (Mt 17.4),
fiel (Mt 26.33), sincero (Jo 21.17),
ousado (Mt 14.28), humilde (Lc 5.8),
entre tantas outras.
• Defeitos: ansioso (Mt 19.27), inconstante (Mt 14.30),
precipitado (Mt 16.22), duvidoso (Mt 26.75)
• Fontes: Os quatro evangelhos (Mateus,
Marcos, Lucas e João), Atos dos Apóstolos e as epístolas
de Paulo.
• Ministério: destacou-se entre os doze apóstolos e foi a ele que Cristo
apareceu pela primeira vez depois de ressuscitar.
• Cartas escritas: 1 e 2 epístolas que levam o seu nome.
• Viagens ministeriais:
- Primeira viagem: de
Jerusalém a Samaria (At 8.14-25).
- Segunda viagem: de
Jerusalém, através de Lida e Jope, até Cesaréia (At 9.
11.2).
- Terceira viagem: de
Jerusalém a Antioquia (At 15.1- Gl 2.11).
• Pedro e Jesus:
- Perto do mar da Galiléia, é chamado para seguir a Jesus (Mt 4.18,19).
- Perto da Galiléia, encontra a moeda do tributo na boca do peixe (Mt 17.24-27).
- Na Galiléia, anda sobre as águas do mar (Mt 14.28,29).
- Em Jerusalém, na última Ceia, Jesus lava seus pés (Jo 13.6,7).
- No Jardim do Getsêmani, corta a orelha de Malco (Jo 18.10,11).
- Em Jerusalém, no palácio do sumo sacerdote, nega o seu Senhor (Jo 18.25,27).
- Em Jerusalém, sente remorso (Mt 26.75).
- João e ele correm, apressados, para o túmulo vazio (Jo 20.3-8).
- Junto ao mar da Galiléia, após a ressurreição, vê o mestre e é consolado (Jo 21.3-17).
• Momentos ministeriais marcantes:
Em Jerusalém, profere seu maior discurso, quando ocorrem quase três mil
conversões (At 2.41).
- Em Jerusalém, cura um paralítico (At 3.6).
- Em Jerusalém, profere dura sentença sobre Ananias e Safira (At 5. 1-11).
- Em Lida, cura Enéias de paralisia (At 9.34,35).
- Em Jope, ressuscita Tabita, também chamada de Dorcas (At 9.36-41).
- Em Jope, tem a visão do lençol descendo do céu (At 10.9-16).
- Em Cesaréia, prega na casa de Cornélio (At 10.23-48).
- Em Jerusalém, é libertado da prisão por um anjo (At 12.3-10).
Pedro em Roma, segundo a tradição católica romana
Todos os anos, milhares de peregrinos cristãos vão para o
Vaticano, o centro da cristandade católica, para visitar a basílica que possui
o nome do apóstolo Pedro. É dito aos visitantes que o túmulo de Pedro
encontra-se nessa igreja. De acordo com uma antiga tradição, Pedro tornou-se
mártir em Roma durante as perseguições aos cristãos por parte do imperador
Nero, nos anos 60 A.D.Contudo, não temos a
mínima idéia de como ou quando ele chegou lá e as evidências, arqueológicas e
textuais, deste período em Roma são poucas – datadas do segundo século
A.D., tão-somente. Clemente é o primeiro a escrever sobre o sofrimento e
o martírio de Pedro, mas não nos dá nenhum indicativo de que Pedro tenha
trabalhado ou morrido em Roma. O bispo Inácio de Antioquia, enviado a
Roma e martirizado entre os anos 110 e 130 A.D., também
não faz menção a Pedro como líder (bispo) da igreja
em Roma.
Os teólogos católicos romanos entendem que o texto de 1 Pedro
5.12,13 o situa em Roma — mas de maneira críptica; isto é,
descrevem o remetente da carta como “o eleito
na Babilônia”, um código do século 1º para Roma, o império opressor daqueles
dias. Mas embora esta carta contenha o nome de Pedro, alguns acreditam que não
tenha sido escrita por ele. Além disso, a carta é endereçada aos cristãos das
províncias da Ásia menor romana, confirmando o relato de Paulo das atividades
de Pedro no extremo Leste.
No final do século 2º, contudo, Pedro se junta a Paulo,
de forma regular, como um dos fundadores da igreja em Roma.
A inspiração para essa tradição parece
vir do livro de Atos, que divide, de forma organizada, a descrição sobre como o
evangelho foi espalhado de Jerusalém (o
cenário de Atos 1) até
Roma (o cenário do capítulo final, Atos 28): uma
seção de Pedro (Atos 1-12) seguida por uma seção
de Paulo (Atos 13-28). Na mesma época, o pai
da igreja, Irineu (c. 185
A.D.), descreveu a igreja de Roma como “a
igreja maior, mais antiga e igreja universalmente conhecida, fundada e
organizada em Roma pelos apóstolos mais gloriosos: Pedro e Paulo”. O
presbítero (ancião da igreja) Gaio menciona
dois monumentos em Roma dedicados a esses “fundadores
da igreja”. Segundo Gaio, o
monumento de Pedro encontra-se no Vaticano e o de Paulo, no Caminho de Ostiense (região
Sul de Roma, onde se encontra a Basílica de São Paulo fora dos muros). O
termo usado por Gaio para monumento foi tropaion, que
significa “troféu” — pode referir-se também a um túmulo ou a um memorial erguido no
local do sofrimento. Assim, Gaio é o
escritor mais recente a situar o martírio de Pedro em Roma.
No início do século 3º, o escritor cristão
Tertuliano supõe que os leitores saibam que Pedro foi crucificado e Paulo
executado (provavelmente decapitado) durante
as perseguições do imperador romano Nero. Tertuliano interpreta
a morte de Pedro como o cumprimento de João
21.18,19, no qual Jesus prediz: “Quando
for velho [Pedro], estenderá as mãos e outra pessoa o vestirá e o levará para
onde você não deseja ir. Jesus disse isso para indicar o tipo de morte com a
qual Pedro iria glorificar a Deus”. A
tradição, comum no meio cristão, de que Pedro fora crucificado de cabeça para
baixo vem de uma obra de 231
A.D: “E, por fim, vindo a Roma, ele foi crucificado de cabeça para
baixo; pois havia pedido que sofresse daquela maneira”. Jerônimo, no século 4º,
acrescenta os motivos que levaram Pedro a fazer tal pedido: “Ele recebeu em
suas mãos a coroa do martírio ao ser pregado na cruz com a cabeça voltada para
o chão e seus pés levantados para o alto, afirmando que ele era indigno de ser
crucificado da mesma maneira que seu Senhor”.
Segundo a pregação romana, o túmulo de Pedro encontra-se
exatamente embaixo do altar consagrado da basílica e atrás do Nicho dos Pálios,
local onde as estolas litúrgicas (pálios) são
deixadas durante a noite antes de serem entregues aos novos bispos. Escavadores
modernos encontraram um nicho escondido nessa parede contendo os ossos de um
homem envolvidos em um pano de púrpura cara que, “acreditam”, possuía
cerca de 60 anos quando morreu. Em 1968, a igreja
declarou que tais ossos eram os restos de São Pedro.
. É importante esclarecer que todas estas informações são
contestadas por vários estudiosos, devido à ausência de evidências
satisfatórias e suspeita de manipulação de informações por parte da igreja
romana. Todo o esforço de Roma em autenticar a presença de Pedro por lá visa
aglutinar argumentos que corroborariam para aceitação de seu papado em Roma,
pois como poderia sê-lo se jamais estivera lá? Entretanto, ainda que houvesse
consenso de que Pedro esteve em Roma e que lá foi martirizado, isso ainda não
seria o suficiente para alterar a avalanche de argumentos bíblicos que se opõe
ao estabelecimento de seu papado. A dogmática católica depende da presença de
Pedro em Roma, porém, esta suposta presença, se fosse confirmada, não tem a
capacidade em si mesma de evidenciar que Pedro tenha iniciado a linha de
sucessão apostólica, como quer a igreja romana.
Reflexão C. H. Spurgeon concluiu um dos seus grandes sermões com as palavras abaixo: Não encontro palavras por demais severas. Se cada frase minha fosse um trovão e cada palavra, um relâmpago, mesmo assim não seriam fortes demais para protestar contra a maldito sistema que tem degradado a terra inteira, levando-a a beijar os pés do papa e que ainda continuar a rebaixar a nossa nação, e isso através de uma igreja dita protestante. Ó Deus Todo Poderosos, Tu que é o Deus de Latimer e de Ridley, o Deus dos mártires, cujas cinzas ainda se encontram entre nós, será que vais tolerar que este povo volte aos falsos deuses, aos santos e santas, às virgens e crucifixos, às relíquias e às baforadas de fumaça e ao domínio tenebroso? Pois a isso ele vai chegar, se a Tua graça não prevalecer. Ó, meu ouvintes, Jesus é o único Salvador dos filhos dos homens. Creiam nele e vivam. Este é o único evangelho e vocês estarão correndo perigo se não o receberem, por amor a Cristo.
Nós, cristãos, devemos amar os católicos, mas não invalidar a verdade bíblica. O apóstolo João declarou que temos de ter amor pela verdade: “O presbítero à senhora eleita, e a seus filhos, aos quais amo na verdade, e não somente eu, mas também todos os que têm conhecido a verdade, Por amor da verdade que está em nós, e para sempre estará conosco: Graça, misericórdia e paz, da parte de Deus Pai e da do Senhor Jesus Cristo, o Filho do Pai, seja convosco na verdade e amor” (2Jo 1-3).
“Porque nada podemos contra a verdade, senão pela verdade” (2Co 13.8) Apóstolo Paulo
Aplicação Pessoal
1°. Sumo Pontífice: Jesus Cristo é o Sumo Pastor (1Pe 5.4)
2°. É a Ponte ou caminho entre nós e Deus (Jo 14 1Tm 2.5)
3°. O Vigário de Jesus é o ESPÍRITO SANTO e não o papa (Jo 14.16-18)
4°. O chefe invisível da Igreja é Jesus. Um Cristo visível só pode ser um falso cristo (Mt 24.23- Ef 1.20-22)
Bibliografia:
http://www.icp.com.br/77materia2.asp
http://www.cacp.org.br/catolicismo/artigo.aspx?lng=PT-BR&aarticle=1115&amenu=2&asubmenu=8
http://www.baptistlink.com/creationists/pedroeopapa.pdf
http://www.cacp.org.br/catolicismo/
Série Apologética – vol. l – pag. 41-46 – (ICP) Instituto Cristão de Pesquisas
Bíblia de Estudo Apologética – (ICP) – Almeida Corrigida Fiel
–(ACF) SBTB.
Noites com os romanistas, M.H. Seymour, Edições Cristãs.
Doze homens, uma missão, Aramis C. de Barros, Ed. Luz e Vida.
O cristianismo através dos séculos, Earle E. Cairns, Ed. Vida
Nova.
Pedro nunca foi papa nem o papa é vigário de Cristo. Aníbal P.
Reis. Ed. Caminho de Damasco.
Quem
fundou sua Igreja, padre Alberto Luiz Gambarini, Ed. Ágape.
Os papas, Aquiles Pintonello, Ed. Paulinas.
A hierarquia, padre José Comblin, Ed. Paulus.
Bible Review, fevereiro de 2004, artigo “Peter in Rome”
Só use as duas Bíblias traduzidas rigorosamente por equivalência formal a partir do Textus Receptus (que é a exata impressão das palavras perfeitamente inspiradas e preservadas por Deus), dignas herdeiras das KJB-1611, Almeida-1681, etc.: a ACF-2011 (Almeida Corrigida Fiel) e a LTT (Literal do Texto Tradicional), que v. pode ler e obter em BibliaLTT.org, com ou sem notas).
(Copie e distribua ampla mas gratuitamente, mantendo o nome do autor e pondo link para esta página de http://solascriptura-tt.org)
(retorne a http://solascriptura-tt.org/ Seitas/
http://solascriptura-tt.org/Seitas/Pentecostalismo/
retorne a http:// solascriptura-tt.org/ )
Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por fieis): BKJ-1611 ou LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, com notas para estudo) na bvloja.com.br. Ou ACF, da SBTB.