Resposta a
“VINTE RAZÕES POR QUE NÃO SOU PROTESTANTE”
http://geocities.yahoo.com.br/jf_m2001/75.htm
Pr Airton
Evangelista da Costa
Com a colaboração de Carlos Devaney e do pastor Norberto Carlos Marquardt.
Circula pela internet um artigo de apologética, sob o título acima, que
resume o pensamento da Igreja Católica sobre os protestantes. A pedido de um
irmão da Fé Reformada, elaboramos a devida refutação a cada uma das questões
levantadas. Vejamos:
1- Não sou protestante porque o protestantismo não existe
desde o princípio do Cristianismo. Surgiu 1500 anos depois da era Apostólica.
Suas igrejas são locais, regionais ou nacionais, não existindo uma Igreja
Universal.
R – Mas o Cristianismo existe e é dele
que fazemos parte. O Cristianismo é Universal. O católico Martinho Lutero, um
dos expoentes da Fé Reformada, teve a coragem de protestar contra a venda de
indulgências, um comércio que estava denegrindo o Cristianismo. A partir daí, o
Cristianismo, sob a graça de Deus, seguiu seu caminho livre das heresias. A
ruptura foi necessária num momento em que o catolicismo pretendia se estender
por todo o mundo, sempre com a ameaça de colocar na fogueira seus
opositores. Então o Cristianismo
seguiu seu caminho com a verdade
bíblica, tendo unicamente Jesus como Senhor, Mediador, Advogado e Intercessor,
conforme as Escrituras (Pr Airton)
2 – Não sou
protestante porque apesar da afirmação de que
somente a Bíblia deve ser considerada
como norma de fé e prática, eles não concordam entre si no tocante a
pontos importantes, entrando assim, em contradições. São mais de 20.000 mil
denominações diferentes. Cada uma pregando uma suposta verdade.
R – Ser a Bíblia a norma de fé e
prática do cristão não é uma afirmação dos crentes; é uma declaração da própria
Palavra de Deus (Rm 10.17; 2 Tm 2.15; 3.16-17 ;4.2). Há muitas denominações
registradas em cartório, mas existe unidade na fé em Cristo Jesus.
Desprezamos dogmas criados por homens. Não comemos pelas mãos dos outros. Cada
crente examina as Escrituras, e debate, e troca opiniões, assim como faziam os
primeiros cristãos. Vejam: “Estes foram mais nobres do que os de Tessalônica,
pois de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se
estas coisas eram assim” (Atos 17.11). A Bíblia chama de “nobre” aquele
que examina a Palavra e dela tira suas próprias conclusões. Somos uma só fé, uma só religião, uma só
doutrina. Só adoramos o Santo dos
santos, Aquele que morreu em nosso
lugar. Não louvamos, nem adoramos, nem suplicamos a outros deuses (Mateus
4.10). Se alguma denominação ensina outro Evangelho, não faz parte do Corpo de
Cristo, não é considerada cristã, não
é Igreja de Jesus (Pr Airton).
3- Não sou protestante porque atribuem a si
próprios o direito de interpretar a Bíblia. Acreditam ter uma iluminação
pessoal vinda do Espírito Santo sem intermediários, ou seja, sem a Igreja. O
mais interessante é a diferença que o Espírito Santo manifesta em cada uma das
centenas (talvez milhares) de ramificações do protestantismo.
R - Fazemos o que Deus quer que
façamos, ou seja, que nos dediquemos à leitura de sua Palavra, e
nela meditemos dia e noite (Salmos 1), pois sabemos que "toda
Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para repreender,
para corrigir, para instruir em justiça, a fim de que o homem de Deus seja
perfeito e perfeitamente preparado para toda boa obra" (2 Tm 3.16-17). O
acesso à Bíblia não é proibido na Igreja de Cristo. Qualquer um pode ler; tendo
dúvida, pede ajuda aos mais entendidos. Para isso, há escolas dominicais
e cursos teológicos. Todo crente deve saber manejar bem a palavra da verdade
para apresentar-se a Deus aprovado (2 Tm 2.15). Deus não quer ignorantes de Sua
Palavra. Podemos recorrer também ao Espírito Santo que não está preso numa redoma
de ouro e guardado num cofre; Ele está em nós (Sl 51.11; Lc 11.13; At 2.4; Ef
1.13; Rm 8.9; 1 Co 3.16,19) e nos ajuda em nossas fraquezas, pois Ele é uma
Pessoa (Rm 8.16,26; Lc 12.12; 14.26; 1 Co 2.13).Temos
iluminação pessoal? E Jesus não disse que somos a luz do mundo e sal da terra
(Mt 5.13,14)? (Pr Airton).
4- Não sou protestante porque a doutrina não tem unidade, as igrejas não
são infalíveis em questões de moral e fé. Suas hierarquias não são rígidas, os
preceitos são secundários. A salvação está em somente crer em Cristo, mas
sabemos que não basta somente crer, pois, é preciso viver a fé, e vivê-la em
santidade. Daí os Mandamentos. Daí a moral que a Igreja ensina. Dizer que a
salvação vem somente do crer em Cristo, é continuar vivendo vida injusta ou
dissoluta, é mentir à própria consciência.
R - E os papas são infalíveis? E as
histórias repugnantes sobre diversos papas? E a diabólica Inquisição? E o
perdão pedido aos chineses, aos aborígenes, a Galileu? Não é o reconhecimento
de erros cometidos pelo catolicismo? A rigidez moral do catolicismo funciona? E
o caso de assédio e violência sexual de sacerdotes católicos contra religiosas,
em 23 países, para ficar só neste exemplo?
Ensinamos o que ensina a Palavra. A fé no Senhor Jesus envolve arrependimento
dos pecados; sem isso não há perdão nem salvação. A santidade faz parte da vida
cristã. Quem nos convence do pecado é o Espírito Santo (João 16.8). As boas
obras são decorrentes dessa fé salvífica. QUEM NELE CRÊ NÃO SERÁ
JULGADO; QUEM NÃO CRÊ JÁ ESTÁ CONDENADO, porque não crê no nome do
unigênito Filho de Deus (palavras de Jesus (Jo 3.18). Vejam também Romanos
10.9. Acontece que o catolicismo ensina a salvação pelas obras; mas não somos
salvos pelas obras, mas para as boas obras (Ef 2.8). Ademais, “o justo viverá
pela fé” (Romanos· 1.17) (Pr Airton).
5- Não sou protestante porque apesar deles lerem a
Bíblia (embora sem alguns livros e com interpretações diversas) não possuem
nenhuma autoridade superior Infalível, para declarar que uma palavra tem tal
sentido, e exprime tal verdade.
R – Qual seria a autoridade infalível na
Terra? Só surgiu um homem assim: Jesus Cristo, porque não tinha a mancha do
pecado. A Palavra diz: “Seja Deus verdadeiro, e todo homem mentiroso”, e que
“não há um justo, nem um sequer” (Rm 3.4,10). Não temos um PAPA falível, mas
temos um Papai do Céu infalível capaz de suprir todas as nossas
necessidades (Fp 4.19). ”O Senhor é o
meu Pastor e nada me faltará” (Salmo
23) (Pr Airton).
6 - Não sou protestante porque eles negam a Tradição oral.
Sendo que na própria Bíblia, Paulo recomenda os ensinamentos de viva voz
(Tradição) que nos foram transmitidos por Jesus e passam de geração em geração
no seio da Igreja, sem estarem escritos na Bíblia. Confira em (2 Tim 1,12-14).
R - Negamos a Tradição Oral porque ela foi a maior fonte de problemas já na
teologia do Antigo Testamento, torcendo as palavras já escritas na Torah; e ela
também tem sido comprovadamente a maior fonte de heresias no meio da Igreja
Romana. No caso do Antigo Testamento, dizia Jesus aos fariseus: “MC 7.9 – “E
dizia-lhes: Bem invalidais o mandamento de Deus para guardardes a vossa
tradição”. Note-se que Deus não deixou nada escrito, tanto no Antigo Testamento
como no Novo. Mas a existência de ESCRITURA deixada por Moisés e outros homens
de Deus limitou todos os sermões de Jesus a somente o que estava
escrito. Ele combatia tudo o que se afastasse do que estava
escrito. Paulo e os demais apóstolos podiam aconselhar os irmãos a seguir o que
dissessem, pois estavam VIVOS e seu testemunho era real. Após suas mortes, tudo
o mais que alguém poderá dizer que ouviu
deles é mera especulação. Tome-se por exemplo a Igreja da Galácia: tinha sido
evangelizada e fundada PESSOALMENTE pelo apóstolo (At 18:23), mas isso não impediu
que os crentes ali logo perdessem a fé genuína para os judaizantes, obrigando
Paulo a, POR ESCRITO, trazê-los de volta à verdadeira fé: “(GL 4:11) - Receio
de vós, que não haja trabalhado em vão para convosco”. “(GL 4:18) - É bom ser
zeloso, mas sempre do bem, e não somente quando estou presente convosco“ “(GL 5:7,8) - Corríeis bem; quem vos
impediu, para que não obedeçais à verdade? Esta persuasão não vem daquele que
vos chamou”. E Paulo termina sua pregação, por estar ausente, por meio de
documento escrito: “(GL 6:11) - Vede com que grandes letras vos escrevi por
minha mão”. Se isso aconteceu num curto período de tempo, ainda em vida do
Apóstolo que evangelizou os gálatas pessoalmente e em sua ausência se perderam,
o que não dizer de séculos de ignorância quando a Igreja de Roma inclusive
PROIBIA a leitura da Bíblia por seus seguidores? A maior prova da falha da
tradição oral está na Cronologia dos Dogmas, com doutrinas humanas criadas em
épocas muito tempo após a morte dos apóstolos, sendo que não se encontra nenhum
documento anterior prescrevendo tal doutrina na Igreja Primitiva (tais como
Purgatório, Assunção de Maria, Concepção Imaculada de Maria, Oração pelos
mortos, etc).
Acreditar na Tradição Oral que nunca foi registrada na Igreja do primeiro
século é combater o próprio ensino de Paulo, que escrevia cartas e mandava que
fossem lidas em todas as Igrejas, intercambiando com outras que já havia
escrito: “CL 4:16 - E, quando esta epístola tiver sido lida entre vós, fazei
que também o seja na igreja dos laodicenses, e a que veio de Laodicéia lede-a
vós também”. “1TS 5:27 - Pelo Senhor
vos conjuro que esta epístola seja lida a todos os santos irmãos”.
E outra coisa importante: este argumento católico se baseia na carta a Timóteo,
certo? Vejamos tal carta em sua totalidade:
1) Em todas as orientações que foram dadas sobre comunicação oral, os apóstolos
ordenavam sobre pronomes pessoais: “palavras que de MIM tendes ouvido”;
2) Paulo nunca mandou alguém a obedecer quem não fosse apóstolo e queria que
fosse ensinado o que saiu dele mediante TESTEMUNHAS: “(2Tm 2:2) - E o que de
mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam
idôneos para também ensinarem os outros”.
3) Paulo recomenda a perfeição do obreiro de Deus pela Palavra escrita e não
incluiu a tradição em pé de igualdade: “(2Tm 3:16,17) - Toda a Escritura é
divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para
corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e
perfeitamente instruído para toda a boa obra”.
Mais um detalhe: para ser apóstolo, deveriam existir dois requisitos
básicos: “(At 1:20-22) - Porque no
livro dos Salmos está escrito: Fique deserta a sua habitação, E não haja quem
nela habite. Tome outro o seu bispado. É necessário, pois, que, dos homens que
conviveram conosco todo o tempo em que o Senhor Jesus entrou e saiu dentre nós,
começando desde o batismo de João até ao dia em que de entre nós foi recebido
em cima, um deles se faça conosco testemunha da sua ressurreição”.
Nenhum outro homem, além dos doze, merecia tal título. Paulo foi chamado
Apóstolo dos Gentios devido ao seu chamado, não se considerava como um dos doze
e depois dele nenhum outro homem mereceu este título, por não preencher os
requisitos básicos do apostolado. Portanto, a autoridade apostólica morre com o
último apóstolo, João, restando seus ensinamentos escritos, o que aliás foi o mais importante critério para determinação do Cânon do Novo
Testamento pela Igreja Primitiva.
7- Não sou protestante porque algumas denominações batizam
crianças, outras não as batizam; algumas observam o domingo; outras, o sábado;
algumas têm bispos; outras não os têm; algumas têm hierarquia; outras entregam
o governo da comunidade à própria congregação; algumas fazem cálculos precisos
para definir a data do fim do mundo. Outras
não se preocupam com isto, etc.
R - Se divergências operacionais ou de entendimento da Escritura fossem
critérios para determinação de legitimidade, nunca a Igreja de Roma poderia ter
tal título. O simples fato de ter um nome único de denominação não excluiu a
verdade que os católicos possuíssem verdadeira bagunça doutrinária, ontem e
hoje. Exemplos: a Inquisição era considerada divina a seu tempo, hoje é
considerada ignorância pelos próprios católicos; as ordens de padres têm, cada
uma, estilos de vida próprios e ensinos de santidade diferentes, como os
franciscanos, os dominicanos, os adeptos da Tradição, Família e Propriedade
(que negam a submissão ao papa), a Renovação Carismática (que para muitos
padres ainda é mal vista e tratada como facção). Curiosamente, existe um livro
chamado “Como Lidar com as Seitas”, do padre
Paulo H. Gozzi, que diz textualmente, ao tratar das divergências internas da
Igreja de Roma: “Há lugar para todo mundo na Igreja, para cada jeito de
viver a fé e a comunhão. Há variedade de serviços, de dons, de atividades, mas
o Espírito que dá essa diversidade é o mesmo. As diferenças existem para o
enriquecimento espiritual de uns e outros, jamais para dividir e separar uns
dos outros. Quem não gosta do jeito de um grupo, não precisa participar dele,
participe de outro. Quando é que vamos aprender a viver em paz e harmonia e
pluralismo, aceitando o jeito diferente de cada um ser o que é, dentro da mesma
Unidade?” (páginas 64 e 65 da referida obra, 4a. edição da editora Paulus).
É bom mesmo que esse padre pense assim, pois ele diz na página 39, ao falar
sobre o Saravá - o Baixo Espiritismo: “Não
devemos fazer acusações injustas, achando que essas religiões são do demônio
(...) E nessa cultura tribal foram criando mitos e lendas religiosas que
explicam os mistérios da vida, passando tudo isso de pai para filho. Essas
religiões africanas são belas, puras e merecem o nosso profundo respeito”.
Garanto que o Vaticano não pensa assim. Pelo menos três padres que conhecemos
pensam BEM DIFERENTE disso... e onde está a unidade doutrinária, afinal não é
um livro publicado por uma editora católica, que não imprime nada que seja
protestante? Não vamos mais longe: e o
Padre Quevedo, que diz que o diabo não existe e não existem possessões
demoníacas, contrariando o próprio Evangelho? Onde está a orgulhosa unidade
católica, já que um herege como este não é excomungado por chamar o próprio
Jesus de mentiroso?
E, quanto ao hiato entre Cristo e os protestantes, temos a afirmar duas coisas:
1) Esse hiato existe doutrinariamente e historicamente somente com a Igreja
Católica de Roma, pois Jesus nunca fundou denominação alguma com base em Roma
(cuja fundação foi num concílio presidido por um imperador romano, 3 séculos
depois de Cristo) e também o fundamento não foi Pedro, foi o próprio Cristo,
segundo afirmação do próprio apóstolo em sua carta (1PE 2:3,4,6) – “Se é que já
provastes que o SENHOR é benigno; E, chegando-vos para ele, pedra viva,
reprovada, na verdade, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa”, Por
isso também na Escritura se contém: “Eis que ponho em Sião a pedra principal da
esquina, eleita e preciosa; E quem nela crer não será confundido”. Paulo disse
a mesma coisa: 1Co 3:11 –“ Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que
já está posto, o qual é Jesus Cristo”. EF 2:20 – “Edificados sobre o fundamento
dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina’.
2) Mais importante que o hiato temporal, é o hiato Doutrinário, e nesse aspecto
a Igreja Protestante ficou muito mais perto de Cristo ao voltar-se SOMENTE aos
escritos apostólicos, recusando as dezenas de dogmas errados da igreja de Roma,
mediante o lema “SOLA SCRIPTURA”.
8- Não sou protestante porque há passagens da Bíblia que
eles não aceitaram como tais; a Eucaristia, por exemplo, Jesus disse
claramente: Isto é o meu corpo (Mateus 26,26) e Isto é o meu sangue (Mateus 26,28).
R – Jesus também disse, claramente: “Eu sou a porta. Todo aquele que
entrar por mim, salvar-se-á. Entrará e sairá, e achará pastagens” (Jo 10.9). Só
um louco interpretaria literalmente essa palavra e admitiria que Jesus é uma
porta e que os cristãos são ovelhas comedoras de capim. Ele disse: “Eu sou a
videira verdadeira [fonte de vida espiritual], e meu Pai é o agricultor; vós
sois os ramos” (Jo 15.1,2,5) Nem por isso admitimos que Jesus é uma árvore, o
Pai é um plantador de arroz, e os cristãos são ramos. Está claro que essas
expressões são figurativas. Ao dizer “Isto é o meu corpo” estava dizendo,
realmente “Isto representa o meu corpo”.
Se levarmos em conta a interpretação literal, Jesus ao levantar o pão
estaria levantando seu próprio corpo.
Ademais, naquela oportunidade, como todas as vezes por ocasião da ceia
do Senhor, o pão continua com gosto e sabor de pão, bem como o vinho continua
com o cheiro e sabor de vinho. Esses elementos não se transformam numa mágica
no corpo de Jesus. Se assim fosse, Jesus teria engolido a Si próprio. Jesus não entra em nós pela ingestão do Seu
corpo, mas entra em nossa vida quando O aceitamos de todo o nosso coração como
Senhor e Salvador (Rm 10.9) (Pr Airton).
9- Não sou protestante porque os supostos intérpretes da Bíblia não
aceitam a real presença de Cristo no pão e no vinho consagrado, sendo que em
(João 6,51) Jesus afirma: O pão que eu darei, é a minha carne para a vida do
mundo. Aos judeus que zombavam, o Senhor tornou a afirmar: Em verdade, em
verdade vos digo: se não comerdes a carne do filho do homem e não beberdes o
seu sangue, não tereis a vida em vós. Pois a minha carne é uma verdadeira
comida e o meu sangue é uma verdadeira bebida.
R – A leitura e interpretação da Bíblia não devem ser privilégio de um
grupo governante como na seita testemunhas-de-jeová e no catolicismo. Todos
podem ler e interpretar livremente a Palavra de Deus, que é dirigida a todos
indistintamente. Sobre o assunto
eucaristia já falamos anteriormente. O
pão não se transforma no corpo de Cristo.
Ademais, Jesus instituiu a ceia em MEMÓRIA, para recordação do Seu sacrifício na cruz. Vejam:
“Fazei isto em memória de mim”
(1 Co 11.24-25). O sacrifício de Jesus não pode e não deve ser RENOVADO
TODOS OS DIAS. Vejam: “Pois Cristo
padeceu uma única vez pelos pecados” (1 Pe 3.18). Ele não precisa morrer
outras vezes. Então, o culto da ceia do Senhor não objetiva crucificá-LO outra
vez, mas recordar a Sua morte expiatória. “Comer a minha carne e beber o meu sangue” não pode ser interpretado
literalmente, pois Deus não aprovaria
um ato de antropofagia (comer carne humana com suas vísceras, cabelos e unhas). Nem sempre o significado de um texto é o significado literal,
como mais acima foi explicado. Quando
lemos que Ele é a pedra angular, o real fundamento da Igreja (1 Co 3.11; Ef
2.20) não podemos entender que Jesus seja realmente uma pedra. São figuras de
linguagem. Vejamos os comentários de
Norman Geisler em seu Manual Popular de Dúvidas: “Há muitas indicações em João
6 de que Jesus literalmente queria dizer que a sua ordem para comer a sua carne
deveria ser considerada de uma maneira figurada. Primeiro, Jesus afirmou que a
sua declaração não deveria ser tomada com um sentido materialista, quando ele
disse: “as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são
vida” (Jo 6.63). Segundo, seria um
absurdo e um canibalismo considerá-la com um sentido físico. Terceiro, Ele não estava falando da vida física, mas
da “vida eterna” (Jo 6.54). Quarto, ele
chamou a si de “o pão da vida” (Jo 6.48) e contrastou esse pão com o pão físico
(o maná) que no passado os judeus comeram no deserto (Jo 6.58). Quinto, Ele
usou a figura do “comer” a sua carne paralelamente à idéia de “permanecer” nele (cf.Jo 15.4-5), que representa
outra figura de linguagem. Sexto,
se comer a sua carne e beber o seu sangue fosse tomado literalmente, isso seria
contradizer outros mandamentos das
Escrituras, que ensinam a não comer
carne humana nem sangue (cf.
At 15.20)”. Ademais, a salvação não está em comer o
corpo de Jesus, mas em crer e obedecer (Jo 3.18,36; 5.24; 6.35; 7.38;
11.25; Atos 10.43; 13.39;16.31; Rm 1.16;10.9) (Pr Airton).
10- Não sou protestante porque os mesmos não reconhecem o primado de
Pedro, sendo que o próprio Jesus disse;Tu és Pedro (Kepha) e sobre esta pedra
(Kepha) edificarei a minha Igreja; (Mateus16,18)
R - “Tu ésPedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja”
(Mt. 16.13-20). O catolicismo vale-se dessa passagem para afirmar que os papas
são sucessores de Pedro. Nenhum dos
modos de entender essa passagem dá suporte à posição católica. “Sobre esta pedra” poderá referir-se à firme
declaração de Pedro, de que Jesus era “o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt
16.16). Admitida a hipótese de a referência ser a pessoa de Pedro, este
(Petros, pedra, em grego) seria apenas uma pedra no fundamento apostólico da
Igreja (Mt 16.18), não a rocha. Pedro
admitiu que Cristo é a principal pedra, a pedra principal, angular, preciosa,
de esquina (1 Pe 2.7-8). E mais: a) No primeiro concílio em Jerusalém, Pedro apenas
introduziu o assunto (At 15.6-11). Tiago teve participação mais importante:
assumiu a reunião, deu seu parecer e fez um pronunciamento final (At 15.13-21).
b) Paulo não diz que Pedro é a coluna da Igreja, mas que as “colunas” (no
plural) são “Tiago, Cefas e João” (Gl 2.9); c) Paulo declarou que a Igreja é
edificada “sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Jesus
Cristo, a pedra angular” (Ef 2.20); d) Pedro não instituiu o celibato, pois era
casado (Mt 8.14); e) Pedro não era e
não se considerava infalível, pois foi advertido por Paulo porque ele não
procedia “corretamente segundo a verdade do Evangelho” (Gl 2.14); f) A Bíblia
diz que Cristo é o fundamento da igreja cristã, e que “ninguém pode lançar
outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo” (1Co 3.11); g)
A Igreja primitiva perseverou na “doutrina dos apóstolos”, e não na de Pedro
(At 2.42). Finalmente, Pedro não aceitava adoração (o beija-mão, o ajoelhar-se
aos pés) conforme Atos 10.25-26. (Pr Airton).
11- Não sou protestante porque eles não aceitam o sacramento do perdão e
da reconciliação. Sendo que Jesus entregou aos Apóstolos e seus sucessores, a
faculdade de perdoar ou não os pecados, e agir em nome dele. Àqueles a quem
perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem não perdoardes,
não serão perdoados" (Jo 20,23)
R - Pecadores não possuem poderes para perdoar pecados. O perdão dos
pecados passa necessariamente pelo arrependimento sincero, e nenhum humano
teria condições de saber quem está realmente arrependido. Só Deus pode perdoar pecados. Nem perdoamos
nem vendemos perdão. Tiago 5.16 fala
que devemos relatar nossas fraquezas uns aos outros, buscar auxílio mútuo em
oração. É claro, mediante arrependimento os pecados serão perdoados por Deus. A
Bíblia se explica a si mesma. Veja: “Se o meu povo... se humilhar, e orar e
buscar a minha face, e se converter de seus maus caminhos, então eu ouvirei dos
céus, e PERDOAREI OS SEUS PECADOS...” (2 Cr 5.17). Não se vê Pedro e Paulo, ou qualquer apóstolo, antes ou depois da
ascensão de Jesus, perdoando pecados. Quando perguntaram a Pedro como proceder
para ser justificado, ele respondeu: “Arrependei-vos e convertei-vos, para que
SEJAM APAGADOS OS VOSSOS PECADOS, e venham os tempos de refrigério pela
presença do Senhor”. Quando os escribas
afirmaram que só Deus pode perdoar pecados, Jesus não corrigiu (Mc
2.7-12). Assim como os sacerdotes não
podem salvar pecadores, mas podem anunciar a salvação dos arrependidos, segundo
a Palavra, da mesma forma não podem perdoar pecados, mas proclamar o perdão dos
que se arrependem, segundo a Palavra. Assim podemos entender João 20.23 (Pr
Airton).
12- Não sou protestante porque Jesus disse que edificaria
sua Igreja sobre Pedro (Mateus 16,18), e as igrejas protestantes são
constituídas sobre Lutero, Calvino, Knox, Wesley, etc...Entre Cristo e
estas denominações há um hiato...Somente a Igreja Católica remonta até Cristo.
R – Uma pessoa humana não poderia ser a pedra de sustentação da Igreja
de Cristo. Somente o próprio Cristo é a
pedra angular (At 4.11; Ef 2.20), pedra espiritual (1 Co 10.4), pedra principal
de esquina (1 Pe 2.7). Cristo é o fundador de Sua Igreja, “pois ninguém pode
pôr outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo” (1 Co
3.11). “Não somos estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos, e
da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas,
sendo o próprio Cristo Jesus a principal pedra angular. Nele todo o edifício
bem ajustado cresce para templo santo no Senhor; e nele também vós juntamente
sois edificados para morada de Deus no Espírito” (Ef 2.19-22).
13- Não sou protestante porque Jesus prometeu à sua Igreja que estaria
com ela até o fim dos tempos (Mateus 28,20), e os mesmos se afastam da única
Igreja de Cristo, para fundar novas igrejas; que se vão dividindo, subdividindo
e esfacelando cada vez mais, empobrecendo e pulverizando a mensagem do
Evangelho.
R - Jesus Cristo conviveu numa época onde havia diversos tipos
de denominações entre os judeus: saduceus, fariseus, herodianos e os zelotes.
Não existe NENHUMA, sequer uma crítica a essa divisão por parte do Senhor Jesus
em todos os Evangelhos. Nesse ponto, não importa se os nomes das placas são
diferentes; importa se o Evangelho é pregado
em sua forma mais pura: 1Co 1:23 – “Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que
é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos”. Nunca, em momento algum, Cristo determinou
que denominações seriam prova de inautenticidade, mas sim Ele prezava que as
diferentes denominações não tivessem ERROS DOUTRINÁRIOS para com as
Escrituras... e esse é justamente o ponto onde a Igreja de Roma erra,
preocupando-se somente com o nome da placa. Matam-se os mosquitos, mas dá-se
passagem ao elefante...
14 - Porque o subjetivismo protestante entra pelos caminhos
do racionalismo e vêm a ser os mais ousados roedores das Escrituras (tal é o
caso de Bultmann, Marxsen, Harnack, Reimarus, Baur...) Outros preferem adotar
cegamente o sentido literal, sem o discernimento dos expressionismos próprios
dos antigos semitas ; o que distorce, de outro modo, a genuína mensagem
Bíblica.
R - No dia que a Igreja de Roma excluir o Padre Quevedo, que diz que o
diabo não existe, no dia que a Igreja de Roma excluir os padres que acreditam
em reencarnação, como os exibidos no Fantástico de 11 de Novembro/2001, no dia
que a Igreja de Roma excluir o padre Gozzi que acha belo e puro o Candomblé,
nesse dia eu vou acreditar que a Igreja de Roma não aceita SUBJETIVISMOS em seu
meio... antes disso... é mera HIPOCRISIA E FALÁCIA.
15- Não sou protestante porque quem lê um folheto protestante dirigido a
Igreja Católica, lamenta o baixo nível das argumentações, sendo imprecisas,
vagas, ou mesmo tendenciosas; afirmam gratuitamente sem provar as suas
acusações; baseiam-se em premissas falsas, datas fictícias, anacronismos etc.
R – A acusação recai sobre o acusador. Vemos nessas VINTE RAZÕES os
erros pelos quais somos acusados. Ou seja, o baixo nível da argumentação, quase
inexistência de uma base bíblica; um modo tendencioso de nivelar todas as
denominações evangélicas, classificando-as como seitas. Em resumo, dizendo que
fora do catolicismo não há salvação.
São os mesmos erros cometidos no tempo de Martinho Lutero. O catolicismo
seria o guardião da verdade. Mas Jesus
disse claramente que quem nele crê não será condenado. A Bíblia diz claramente que a salvação é
pela graça, mediante a fé (Ef 2.8). Não vem pelo batismo, nem pela ingestão do
pão, nem pelo casamento, pelo crisma ou por qualquer outra obra. O ladrão da
cruz apenas creu, e foi salvo (Lc 23.43). Uma coisa é acusação, outra é apontar
as heresias e apresentar argumentos bíblicos (Pr Airton)
16- Não sou protestante porque: eles protestam, criticam, censuram a fé
Católica para substituí-la pela negação, pela revolta contra a autoridade do
Papa etc. Esse é o laço que os une, pois a essência do protestantismo é a
negação da Igreja Católica.
R – É um erro a expressão “fé católica”. Não existe fé católica nem fé
evangélica, mas simplesmente a fé no Senhor Jesus, o nosso Salvador. Milhões
substituíram a fé católica pela fé em Jesus.
Ninguém será salvo por pertencer a esta ou àquela denominação. A
salvação é pessoal e depende de nossa fé em Jesus Cristo (Jo 3.18; Rm 10.9; At
16.31). Não atacamos o Papa ou quem quer que seja. Quem assim faz não está se
comportando como verdadeiro cristão. O Papa é autoridade máxima no catolicismo,
mas não no Cristianismo. Logo, como não
pertencemos ao catolicismo não estamos sob a autoridade papal. Negamos a Igreja
Católica, mas não negamos a Cristo Jesus (Pr Airton).
17 -Não sou protestante porque cada qual dá à Escritura o sentido que
julga dar, e assim se vai diluindo e pervertendo cada vez mais a mensagem
revelada. Lêem apenas, mas tem grandes dificuldades de estudarem a Bíblia e as
antigas tradições do Cristianismo.
R – Carece de prova a afirmação de que cada evangélico dá a
interpretação que deseja dos textos bíblicos.
As denominações evangélicas possuem teólogos, faculdades de teologia,
escolas bíblicas, toda uma estrutura para orientar, ensinar, tirar
dúvidas. Não há nenhuma norma proibindo
a leitura da Bíblia, como aconteceu antigamente no catolicismo. Julgamos que todos são capazes de entender a
Palavra de Deus (2 Tm 3.16-17). Dizer
que temos grandes dificuldades “de estudar” a Bíblia é faltar com a verdade. É
exatamente o contrário. Os evangélicos estão sempre portando a sua Bíblia. Ocorre o contrário no catolicismo, onde a
maioria não tem o hábito de pelo menos ler as Escrituras (Pr Airton)
18 - A grande razão pela qual o protestantismo se torna inaceitável ao Cristão que reflete é o
subjetivismo que o impregna visceralmente. A falta de referenciais seguros,
garantidos pelo próprio Espírito Santo (conforme João 14,26 e João 16,13I), é o
principal ponto fraco ou calcanhar de Aquiles do protestantismo.
R – Muito pelo contrário, o protestantismo tem-se tornado aceitável
pelos que descobrem a verdade. É inegável o crescimento real dos protestantes
no Brasil. Todos os que vieram do
catolicismo optaram pelos referenciais seguros apresentados pela igreja
evangélica porque extraídos diretamente da Palavra. A Bíblia Sagrada é o ponto forte dos protestantes (1 Tm
2.2.15; 3.16-17) (Pr Airton)
19- Não sou protestante porque esta diluição do protestantismo e a perda
dos valores típicos do Cristianismo, estão na lógica do principal fundador
Martinho Lutero;que apregoava o livre exame da Bíblia ou a leitura da Bíblia
sob as luzes exclusivas da inspiração subjetiva de cada protestante; cada qual
tira das Escrituras "o que bem lhe convém".
R – A objeção acima é uma repetição. Já falamos sobre o livre exame que é uma
bênção, pois Deus ordena que todos leiam a Sua Palavra. Vejamos. “Procura
apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar,
que maneja bem a palavra da verdade” (2 Tm 2.15). “Bem-aventurados aquele que
lê, e bem-aventurados os que ouvem as palavras desta profecia...”(Ap 1.3);
“Bem-aventurado o homem que...tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei
medita de dia e de noite” (Salmo 1.1-2); “Examinais as Escrituras...” (Jo
5.39); “Estes foram mais nobres do que os de Tessalônica, pois de bom grado
receberam a palavra, EXAMINANDO CADA DIA nas Escrituras...” (Atos 17.11). Logo,
cai por terra o argumento do livre exame. A Escritura é para ser lida e
examinada livremente. Não retiramos das Escrituras o que bem nos convém, porque
nela tudo convém (Pr Airton).
20 - Concluindo! Não sou protestante porque Maria Santíssima disse: Desde
agora, todas as gerações me chamarão de Bem-aventurada; (Lucas 1.48), e nos
cultos protestantes, seu nome, sequer é mencionado. Caiu no esquecimento. Quem
cumpre (Lucas 1.48) é somente a Igreja Católica Apostólica Romana.
R - Deus não divide sua glória com ninguém (Is 42.8). Ele é soberano e
somente a Ele devemos adorar (Mt 4.10). Maria morreu. A tentativa de comunicação com os mortos é abominação ao
Senhor (Is 8.19; Dt 18.10-12). Na
parábola do rico e Lázaro, Jesus
informa que os mortos nada podem fazer pelos vivos (Lc 16.19-11).
Bem-aventurada quer dizer feliz. Maria foi uma pessoa feliz. Jesus chamou de
bem-aventurados os pobres de espírito, os que choram, os misericordiosos, os
limpos de coração, etc (Mt 5). Então, por ter sido chamada de bem-aventurada,
Maria não ficou investida das prerrogativas
de mãe de Deus, mãe da humanidade, assunta aos céus,
advogada nossa, sempre virgem, imaculada, depositária de preces, rainha dos
céus, trono de sabedoria, etc. O nome da santa Maria é pronunciado por qualquer
cristão, observando-se tudo o que a Bíblia diz sobre ela (Pr Airton).
Só use as duas Bíblias traduzidas rigorosamente por equivalência formal a partir do Textus Receptus (que é a exata impressão das palavras perfeitamente inspiradas e preservadas por Deus), dignas herdeiras das KJB-1611, Almeida-1681, etc.: a ACF-2011 (Almeida Corrigida Fiel) e a LTT (Literal do Texto Tradicional), que v. pode ler e obter em BibliaLTT.org, com ou sem notas).
Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por fieis): BKJ-1611 ou LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, com notas para estudo) na bvloja.com.br. Ou ACF, da SBTB.