(Do estudo "Inquisição Nunca Mais")
Pr Airton Evangelista da Costa
Muitos meios foram usados para que a Bíblia ficasse restrita ao pequeno círculo
dos sacerdotes, padres, bispos e papa. Dentre as medidas para
conter o avanço da Palavra de Deus, estão as seguintes:
1) Em 1229, o Concílio de Tolouse (França), o mesmo que criou a diabólica
Inquisição, determinou: “Proibimos os leigos de possuírem o Velho e o Novo
Testamento... Proibimos ainda mais severamente que estes livros sejam possuídos
no vernáculo popular. As casas, os mais humildes lugares de esconderijo, e
mesmo os retiros subterrâneos de homens condenados por possuírem as Escrituras
devem ser inteiramente destruídos. Tais homens devem ser
perseguidos e caçados nas florestas e cavernas, e qualquer que os abrigar será
severamente punido.” (Concil. Tolosanum, Papa Gregório IX, Anno Chr.
1229, Canons 14:2). Foi este mesmo Concílio que decretou a Cruzada contra os
albigenses. Em “Acts of Inquisition, Philip Van Limborch, History of the Inquisition,
cap. 08, temos a seguinte declaração conciliar: “Essa peste (a Bíblia)
assumiu tal extensão, que algumas pessoas indicaram sacerdotes por si próprias,
e mesmo alguns evangélicos que distorcem e destruíram a verdade do evangelho e
fizeram um evangelho para seus próprios propósitos... (elas sabem que)
a
pregação e explanação da Bíblia são absolutamente proibidas aos membros
leigos”. (grifo nosso).
2) No Concílio e Constança, em 1415, o santo Wycliffe, protestante, foi
postumamente condenado como
“o pestilento canalha de abominável heresia, que
inventou uma nova tradução das Escrituras em sua língua materna”.
3) O Papa Pio IX, em sua encíclica “Quanta cura”, em 8 de dezembro de 1866,
emitiu uma lista de oito erros sob dez diferentes títulos. Sob o título IV ele
diz: “Socialismo, comunismo, sociedades clandestinas,
sociedades bíblicas... pestes estas devem ser destruídas através de todos os
meios possíveis”.
4) Em 1546, Roma decretou:
“a Tradição tem autoridade igual à da Bíblia”.
Esse dogma está em voga até hoje, até porque existe o dogma da “infalibilidade
papal”.
5) O Papa Júlio III, preocupado com os rumos que sua Igreja estava tomando,
ou seja, perdendo prestígio e poder diante do número cada vez maior de “irmãos
separados” ou “’cristãos novos” ou “protestantes” (apesar dos massacres),
convocou três bispos, dos mais sábios, e lhes confiou a missão de estudarem com
cuidado o problema e apresentarem as sugestões cabíveis. Ao final dos estudos,
aqueles bispos apresentaram ao papa um documento intitulado “DIREÇÕES
CONCERNENTES AOS MÉTODOS ADEQUADOS A FORTIFICAR A IGREJA DE ROMA”. Tal
documento está arquivado na Biblioteca Imperial de Paris, fólio B, número 1088,
vol. 2, págs 641 a 650. O trecho final desse ofício é o seguinte:
“Finalmente (de todos os conselhos que bem nos pareceu dar a
Vossa Santidade, deixamos para o fim o mais necessário), nisto
Vossa Santidade
deve pôr toda a atenção e cuidado de permitir o menos que seja possível
a leitura do Evangelho, especialmente na língua vulgar, em todos os
países sob vossa jurisdição. O pouco dele que se costuma ler na Missa, deve ser
o suficiente; mais do que isso não devia ser permitido a ninguém.
Enquanto os homens estiverem satisfeitos com esse pouco, os interesses de
Vossa Santidade prosperarão, mas quando eles desejarem mais, tais interesses
declinarão. Em suma, aquele livro (a Bíblia) mais
do que qualquer outro tem levantado contra nós esses torvelinhos e
tempestades, dos quais meramente escapamos de ser totalmente
destruídos. De fato, se alguém o examinar cuidadosamente, logo descobrirá o
desacordo, e verá que a nossa doutrina é muitas vezes diferente da doutrina
dele, e em outras até contrária a ele; o que se o povo souber,
não deixará de clamar contra nós, e seremos objetos de escárnio e ódio geral.
Portanto, é necessário tirar esse livro das vistas do povo, mas com grande cuidado,
para não provocar tumultos” - Assinam Bolonie, 20 Octobis 1553 - Vicentius
De Durtantibus, Egidus Falceta, Gerardus Busdragus.
Todos esses maléficos expedientes usados para eliminar, alterar ou suprimir
as Sagradas Escrituras não conseguiram êxito. A Bíblia é o livro mais vendido e
mais lido em todo o mundo e está traduzido para quase 2.000 línguas e dialetos.
Só no Brasil são vendidos por ano mais de quatro milhões de bíblias, afora uns
150 milhões de livros com pequenos trechos (bíblias incompletas).
Os reflexos desses expedientes, ou seja, as tentativas de algemar a Palavra
de Deus, ainda hoje são sentidos. Muitos se satisfazem
“com o pouco” que lhes é oferecido”, e enquanto se contentam
com esse pouco (como sugeriram aqueles bispos) continuam errando.
“ERRAIS, NÃO
CONHECENDO AS ESCRITURAS, NEM O PODER DE DEUS”. (Mateus 22.29).
Só use as duas Bíblias traduzidas rigorosamente por equivalência formal a partir do Textus Receptus (que é a exata impressão das palavras perfeitamente inspiradas e preservadas por Deus), dignas herdeiras das KJB-1611, Almeida-1681, etc.: a ACF-2011 (Almeida Corrigida Fiel) e a LTT (Literal do Texto Tradicional), que v. pode ler e obter em BibliaLTT.org, com ou sem notas).
Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por fieis): BKJ-1611 ou LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, com notas para estudo) na bvloja.com.br. Ou ACF, da SBTB.