Pr. João Flavio Martinez
Origem remota, rituais ocultos, superdesenvolvimento mental - são alguns dos
assuntos que fascinam os iniciados no rosacrucianismo. Dizem os rosa-cruzes que
para entender seus ensinos é preciso recuar à época do Império Egípcio, e assim
dão a sua origem ao tempo em que os egípcios ainda transmitiam suas idéias
imprimindo sinais herméticos em tijolos de barro, tempo que antecede o uso do
papiro como escrita. Afirmam ainda que a primeira Loja Branca teve início no
reinado do Faraó Amenófis I.
Christian Rosenkreuz é conhecido como o fundador do rosacrucianismo. Nascido em
1375, na fronteira da Alemanha com a Áustria, onde se educou e se desenvolveu,
Rosenkreuz começou a viajar e após percorrer a Alemanha, Áustria e Itália,
encaminhou-se para o Egito, onde foi bem acolhido pelos irmãos da Loja Egípcia.
Ali, foi admitido em todos os graus dos mistérios egípcios e fundou a Ordem
Rosa-Cruz.
Assim como a Maçonaria se intitula uma sociedade secreta, assim também são os
rosa-cruzes. No século 18, deu-se o título de Rosa-Cruz a todas as entidades
que afirmam ter relações secretas com o mundo invisível. Da mesma forma como a
Maçonaria nega sua condição de entidade religiosa, assim o fazem os
rosa-cruzes. Pode-se afirmar, entretanto, que o rosacrucianismo é um tipo de
sociedade religiosa eclética ou sincrética, pois admite em seu quadro
associativo pessoas de todas as religiões. Tem seu templo, a sua loja do lar.
Tem seus sinais de reconhecimento, tem palavras de passe e apertos de mão, tem
também diversos graus e há cerimônias especiais para a entrada nesses graus.
Declarações sobre sua condição de seita religiosa são comprometedoras e
contraditórias: Já disseram que o trabalho Rosa-Cruz se torna uma religião para
alguns de seus membros. Isto é verdade desde que com isto não se queira dizer
que a Ordem se transforme em igreja. Aos rosa-cruzes pede-se que freqüentem as
suas respectivas igrejas, e que cooperem no bom trabalho que estão realizando;
ao mesmo tempo, porém, os ensinamentos... podem se tornar a religião de uma
pessoa, seja ela metodista, presbiteriana, protestante episcopal, católica
romana ou de qualquer outra seita.
No verbete Religião afirmam que... O conhecimento de Deus e de suas
manifestações suscita real devoção religiosa da parte dos rosa-cruzes, e o
místico é sempre um sincero estudante de teologia básica. Todavia, além de
associar-se a igrejas sectárias a fim de auxiliá-las na importante obra que
estão realizando, o rosa-cruz é liberal, é tolerante em sua religião e vê Deus
em tudo e em cada uma de suas criaturas. (O destaque é nosso).
Incentivando o estudo de suas monografias dizem mais: Se para o estudante, os
ensinamentos rosa-cruzes tiverem se tornado sua religião, deixe que eles
permaneçam assim, como coisa pessoal, apenas sua, e não permita que um gesto ou
uma palavra de sua parte possa sugerir a alguém que prefere permanecer afastado
das igrejas devido aos seus estudos rosa-cruzes. Poderá ser leal a ambos:
auxiliar a ambos e, ao mesmo tempo, servir a Deus e prestar maior auxílio à
humanidade através desses dois canais. (Monografia do Templo, 12º n.61, p. 4)
(O destaque é nosso).
Ademais, os rosa-cruzes afirmam que não constituem uma sociedade religiosa
cristã. Se a Ordem Rosa-Cruz fosse uma organização puramente cristã, isto
significaria que em todas as terras onde outras religiões fossem aceitas, os
rosa-cruzes teriam de ser cristãos. Esta não é a verdade. (Monografia do
Templo, 12º n. 102, p. 2).
Como vemos, embora negando e depois afirmando, os rosa-cruzes confessam ser uma
religião, mas destacam que não se trata de uma religião cristã. É uma religião
eclética. A Bíblia ensina que não existe possibilidade de alguém servir a dois
senhores em Mt 6.24 e que não devemos nos colocar debaixo de um jugo desigual
com os infiéis, notoriamente uma sociedade ocultista (2 Co 6.14-17). Para
muitas pessoas, qualquer tipo de culto é aceitável e não examinam as Escrituras
para verificar como Deus vê essa situação de duplicidade religiosa. Nas
Escrituras, vamos encontrar que Deus não aceita qualquer tipo de culto. Olhando
em Gênesis 4.3-7 encontramos dois irmãos - Abel e Caim - oferecendo culto a
Deus. O oferecimento de Caim foi rejeitado e o de Abel foi aceito. Na Bíblia
encontramos Deus exigindo adoração exclusiva em Dt 6.5; Êx 20.5. Só existe um
meio aceitável de adorar a Deus (Jo 4.23-24) e os demais são inconvenientes e
impróprios (Mt 7.13-14).
A Rosa-Cruz se vangloria de ter em seu rol de membros pessoas consideradas
ilustres na História, contudo o apóstolo Paulo era um doutor da lei e, quando
no judaísmo, havia estudado aos pés do sábio Gamaliel. Agora que era cristão,
não se envergonhava do Evangelho de Cristo, ao contrário, (Rm 1.16-17),
admitindo até que não eram muitos os poderosos segundo a carne que haviam
aceitado a fé cristã. Então, declara em 1 Co 1.18: Porque a palavra da cruz é
loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus.
Porque está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios, e aniquilarei a
inteligência dos inteligentes. Onde está o sábio? Onde está a escrita? Onde
está o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria
deste mundo? Visto como na sabedoria de Deus o mundo não conheceu a Deus pela
sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação (1 Co
1.18,21).
Como vimos, quão diferente é a linguagem de Paulo da empregada pelos
rosa-cruzes! Fazem declarações bombásticas de pessoas ilustres para ressaltar o
conhecimento secreto revelado a pessoas consideradas ilustres neste mundo por
meio dos seus ensinos secretos, quando Cristo, o próprio Evangelho, veio e
viveu entre os humildes e sua mensagem é aceita e compreendida por todos os
homens sinceros de coração (Mt 11.25).
Utilizam-se de objetos em suas práticas ocultistas tais como: incenso,
estátuas, toalhas, aventais, bandeiras, decalques, discos, fitas K-7;
publicações como monografias, de vários graus, enviadas pelo Correio para os
membros do Sanctum da Grande Loja.
Quando uma pessoa se converte, abandona as práticas ligadas ao ocultismo. Essas
práticas são chamadas de artes mágicas e todos os objetos de livros ligados a
essas artes devem ser abandonados e se possível até queimados. Esse era o modo
como agiam os primitivos cristãos (At 19.18-19).
O símbolo da Ordem é uma cruz negra com uma rosa vermelha no centro. A Cruz
representa o corpo humano, com os braços abertos voltados para a luz. No
centro, no ponto em que o braço horizontal da cruz se une à madeira vertical,
está sobreposta a rosa, representando a personalidade-alma. Essa rosa,
parcialmente desabrochada, simboliza a consciência em evolução à medida que
recebe a Luz Maior (Manual Rosa-Cruz, p. 235, 7ª edição, 198l).
A saudação rosa-cruz é feita com as seguintes palavras: Floresçam as Rosas na
tua Cruz. A resposta à saudação é: E também a tua (O Caos das Seitas, p. 87).
Sendo uma entidade religiosa com práticas ocultistas, propaga curas por meio de
poderes extra-sensoriais conhecidos pela sigla PES. Promete desenvolver o poder
da vontade; manter a saúde; superar hábitos maus, atingir uma conscientização
cósmica; mudar o ambiente; superar o complexo de inferioridade; decifrar
antigos símbolos. Essa condição de práticas ocultistas não é negada pelos
rosa-cruzes. Dizem que seu estudo é o mais completo, integral, minucioso e
maravilhoso curso de alta instrução em metafísica, ocultismo, magia natural,
psicologia e desenvolvimento mental, que o homem jamais teve.
Afirmam os rosa-cruzes que existem certas palavras mágicas que, quando
pronunciadas, trazem proteção contra circunstâncias adversas. Os membros dos
graus inferiores quando se confrontaram com situações graves e ameaçadoras, ao
repetir, imediata, silente ou suavemente a palavra Mathrem, ou a palavra
Mathra, trouxe-lhes proteção imediata para o corpo e paz para a mente. Por
exemplo, os membros que se confrontaram com colisões quase certas foram
protegidos quando rápida e mentalmente repetiram a palavra Mathrem ou Mathra.
(Monografia do Templo, 12º, número 206, p. 3). Outras palavras são... RA-MA.
Pronunciar essa palavra sagrada e fazer com que ambas soem como o A.
(Monografia do nono Grau, número sete, p. 4). A palavra RAMA deve ser
pronunciada alongadamente da seguinte forma: RAAAAAAAAA-AAAA-MAAAAA-AAAAAAAA.
Um dos rituais mais praticados é assim descrito:
"PREPARAÇÃO"
"Selecione qualquer ocasião do dia ou da noite, e qualquer período da
semana que seja mais conveniente para realizar este ritual. Requererá o
isolamento de uma convocação de Sanctum."
Velas: Acenda duas velas (archote) no altar de seu Sanctum, colocando-as cerca
de 20 cm de distância uma da outra, no mesmo plano. Se tiver a Cruz do Sanctum,
coloque-a ligeiramente por trás das duas velas e no centro entre as mesmas.
Incenso: Na ocasião em que preparar as velas, acenda também o incenso no
Incensório. O Incensório deve ser colocado cerca de 10 cm em frente à Cruz do
Sanctum.
Avental: Se tiver o seu avental ritualístico, deverá usá-lo, atando-o da
maneira usual.
Luzes: Todas as luzes devem ser apagadas, em seu Sanctum, com exceção das velas
e a lâmpada próxima à cadeira em que estiver sentado, para a leitura. Evite, se
possível, ter luzes brilhantes acesas no teto (Ádito número Um, p. 6).
Ensinos que entram em conflito com a Palavra de Deus - A divindade do homem.
Essa pretendida evolução do homem indicada pela rosa desabrochada é elevar o
homem à divindade, como afirmam: O (uso do) símbolo da Rosa-Cruz, não como
símbolo religioso, mas como símbolo divino, representa a verdadeira divindade
do homem e de toda a natureza (Manual Rosa-Cruz, p. 89). Esse ensino panteísta
(Tudo é Deus) é anti-bíblico. O homem foi criado por Deus (Gn 1.1), à sua imagem
e semelhança. É criatura e não um deus (Gn 1.26-27). O homem é homem e Deus é
Deus, não podem ser confundidos (Is 31.3; Ez 28.2,9).
Para criarem a consciência da sua divindade os rosa-cruzes são aconselhados a
repetir continuamente as seguintes palavras: Eu sou puro! Eu sou puro! Eu sou
puro! Minha pureza é a pureza da divindade do templo Sagrado (Cro-Maat! -
Monografia Semanal, segundo Grau, número Um, p. 6). Deus é distinto da sua
criação, embora não esteja distante dela. Entende-se com isso a transcendência
e a imanência de Deus. A transcendência de Deus é a característica de Ele ser
distinto da criação e a imanência de Deus indica que Ele não abandonou a
criação como ensina o deísmo. Paulo abordando o assunto no seu discurso no
areópago de Atenas disse: O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo
Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens, nem
tampouco é servido por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa;
pois Ele mesmo é quem dá a todos a vida, e a respiração, e todas as coisas. E
de um só fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da
terra, determinando os tempos já dantes ordenados, e os limites da sua
habitação (At 17.24-26).
A doutrina da reencarnação é uma das principais doutrinas dos rosa-cruzes e
eles não fazem segredo disso. De acordo com a lei de encarnação, cada ser
humano renasce no plano terreno a cada 144 anos, em média. Em outras palavras,
se pudéssemos acompanhar as reencarnações de uma pessoa em um período de mil
anos atrás, verificaríamos a ocorrência de um renascimento em um novo corpo a
cada 144 anos, em média. Se uma pessoa vive somente 80 anos neste plano
terrestre e, em seguida, eleva-se a uma vida mais alta pela transição, a alma e
a personalidade da referida pessoa permanecem no plano cósmico psíquico cerca
de 64 anos antes de se reencarnar, a fim de completar o ciclo de 144 anos... A
criança que passa para o plano cósmico aos quatro anos de idade teria de
permanecer no mesmo 140 anos aguardando a reencarnação. (Monografia de Neófito,
segundo grau, número doze, pp. 4-6).
A Bíblia enfatiza que o homem só passa uma vez pela terra em Hebreus 9.27,
"aos homens está ordenado morrerem uma só vez vindo depois disso o
juízo". Se morrem uma só vez é porque só podem nascer uma só vez. Depois
da morte... juízo e não retorno a este "plano terrestre".
O ensino de Jesus em Lc 16.22-26 mostra o seguinte: a) a unicidade da vida
terrestre; b) a existência de um lugar de felicidade após a morte (2 Co 5.6-8;
Fp 1.21-23); um estado consciente de tormento para os que o rejeitaram como
Salvador e Senhor (Lc 16.22-24); c) a futura ressurreição do corpo: glorificado
para os cristãos e de vergonha para os não-cristãos (Jo 5.28-29). Pela doutrina
da reencarnação ninguém se salvaria, seria um vai e vem sem fim, pois quem
viesse pagar uma dívida iria contrair outra para futuras reencarnações.
a) As últimas palavras proferidas pelo Mestre Jesus, na Cruz, foram RA-MA.
Se examinassem um pouco melhor a Bíblia encontrariam que as últimas palavras de
Jesus na cruz foram Tudo está consumado (Jo 19.30).
b) Sobre o Jardim do Éden:
...no alvorecer da evolução do Homem, encontramos o homem e a mulher em lugar
alegoricamente chamado Éden - o Jardim... Devemos, portanto, considerar o
Jardim do Éden como uma condição e não um lugar... (Monografia do Templo, nono
Grau, número Um, p. 4).
Consideramos o relato bíblico do Jardim do Éden realmente um lugar, uma
realidade histórica, e não um relato alegórico. Jesus se reportou, em seus
ensinos, sobre a criação de Adão e Eva como verdades históricas da criação do
primeiro homem e da primeira mulher (Mt 19.4-6). O mesmo fez o apóstolo Paulo
falando da queda dos nossos primeiros pais (Rm 5.12).
c) EU SOU O CAMINHO
E, naturalmente, temos esta outra maravilhosa e iluminadora declaração do
Grande Mestre, falando desta vez como CRISTO RESSUSCITADO... Ele não pronunciou
esta frase no sentido pessoal, e que Ele não estava falando como Jesus, o
Homem, ou como um Líder Divino... Naqueles dias o CAMINHO era uma escola
mística esotérica e secreta que aqueles que guiavam aos outros n'O CAMINHO eram
perseguidos. (Monografia do Templo 9º, número 29, p. 3).
Ora, lendo Jo 14.6 e o contexto vemos que Tomé perguntou a Jesus sobre o
caminho para a casa do Pai (Jo 14.2-3) e Jesus responde dizendo ser Ele o
caminho, e a verdade e a vida. "Ninguém vem ao Pai, senão por mim."
Jesus é esse caminho e não uma escola mística esotérica. É um ensino esdrúxulo
(Hb 13.9).
Trindade
Falando sobre a Trindade, assim se manifestam os rosa-cruzes: Os místicos
compreendiam muito bem o que Jesus quis dizer por Sagrada Trindade ou por 'Pai,
Filho e Espírito Santo'. Eles conheciam a lei do triângulo e como a divindade
pode ser representada pelo símbolo do triângulo ou pelos três. Eles não puderam
compreender, contudo, outras características da religião cristã adicionadas a
ela séculos depois. (Monografia do Templo, 12º, número 102, p. três).
A doutrina da Trindade é usualmente declarada nos seguintes termos: Na natureza
do único e eterno Deus há três pessoas eternamente distintas, o Pai, o Filho e
o Espírito Santo. Todas as três pessoas são o mesmo Deus, embora o Pai não seja
nem o Filho nem o Espírito; o Filho não seja nem o Pai nem o Espírito; e o
Espírito não seja o Pai nem o Filho. Isto pode ser visto nas referências de Mt
3.16-17; Jo 14.16,26; 2 Co 13.13.
A identificação da ordem batismal de Jesus na fórmula trinitária de Mt 28.19,
em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo em nada se relaciona com essa
lei do triângulo mencionada pelos rosa-cruzes.
O que pensam sobre Jesus
As opiniões dos rosa-cruzes sobre Jesus são estranhas e extravagantes. Os
conceitos emitidos sobre Jesus são até blasfemos. Nós que podemos ver o futuro,
compreendemos que o próximo grande salvador mundial, o próximo Cristo do homem,
e o filho de Deus, nascerá livre de qualquer relação com qualquer organização,
com qualquer seita ou religião, com qualquer movimento que seja limitado a
certas pessoas ou crenças. (Monografia do Templo, 10º, número 30, p. 6).
Os rosa-cruzes falam de outro Cristo que ainda vai nascer para se tornar o
salvador do mundo. Estão falando do anticristo (1 Jo 2.18). Seria Lord Maitreya
da Nova Era? Jesus falou da vinda de falsos cristos e esse anunciado não deixa
de ser um deles (Mt 24.5, 23-25).
SER EVOLUÍDO
Jesus foi, inquestionavelmente, a culminação da evolução de centenas dos
grandes místicos e seres inspirados dos séculos anteriores. (Monografia do
Templo, 11º, número 34, p. 4).
O Jesus bíblico é imutável. Duas declarações nesse sentido são encontradas em
Jo 8.58 e Hb 13.8, contestando assim a declaração rosa-cruz de ser Jesus uma
suposta evolução de centenas de grandes místicos.
NÃO MORREU NA CRUZ
Os antigos registros da Grande Fraternidade Branca e outros documentos que
constam dos arquivos rosa-cruzes demonstram claramente que, depois que Jesus
retirou-se para o mosteiro do Carmelo, viveu por muitos anos, realizando
reuniões secretas com seus Apóstolos e devotando-se, pela meditação e pela
prece, à formulação de doutrinas e ensinamentos para serem divulgados pelos
apóstolos (A Vida Mística de Jesus, p. 266). Refutando as declarações
rosa-cruzes afirmamos que Jesus não pode ser comparado a qualquer outro líder
religioso. Ele fez declarações tão fantásticas que causaram protestos dos seus
contemporâneos. Quando contestado nas suas reivindicações, comprovava sua
autoridade realizando milagres. Quando curou o coxo que fora levado à sua
presença por quatro amigos, declarou: Filho, perdoados estão os teus pecados.
Contestado pelos presentes sobre sua autoridade para perdoar pecados, deu ordem
ao paralítico que tomasse sua cama e se levantasse, o que foi feito de
imediato. Sua autoridade fora comprovada (Mc 2.1-11).
O Evangelho pregado por Paulo, declarado por ele ser o poder de Deus, (Rm
1.16-17) trazia a seguinte mensagem: Porque primeiramente vos entreguei o que
também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, e
que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras (1
Co 15.3-4). Negar a morte de Jesus implica negar sua ressurreição e negar sua
ressurreição é estar sem esperança, destituído de salvação! (1 Co 15.14-17).
O rosacrucianismo não apenas nega a morte física de Jesus na cruz, como nega que
essa morte tivesse efeito salvífico.
A doutrina da Expiação, ensinada pela Igreja, consiste em que o Cristo expiou
todos os pecados da humanidade, morrendo na cruz... A doutrina da Expiação é
misticamente verdadeira, mas somente no sentido de que o próprio homem,
alcançando o estado de consciência cósmica, pode expiar seu estado pecaminoso
(Discurso 24, série III, p. 4).
A morte de Jesus foi comprovada historicamente (Jo 19.30-42). Ora, considerando
que o rosacrucianismo nega a morte de Cristo na cruz, afirmando que Ele
sobreviveu à morte de cruz, e que viveu muitos anos como mestre no monte
Carmelo, está transmitindo um ensino falso, fraudulento e apontado por Paulo em
Gl 1.8 como devendo ser anatematizado. Pior ainda quando nega o significado de sua
morte vicária, expiatória na cruz (1 Pe 2.24). Realmente, é outro evangelho que
deve ser rejeitado. Um cristão orientado pela Bíblia jamais poderia tornar-se
um rosa-cruz (Ap 18.4).
No Brasil existem várias organizações que seguem a ideologia ocultista:
Antiga Mística Ordem Rosa-Cruz (AMORC) - fundada em 1915 pelo ocultista H.
Spencer Lewis, em Nova Iorque (EUA).
Fraternidade Rosa-Cruz - fundada por Max Heindel, em 1907, Oceanside, na
Califórnia (EUA.).
Fraternitas Rosae Crucis - P. B. Randolph, em 1868, R. S. Clymer, Quakerstown,
PA (EUA).
Lectorium Rosincrucianum/Áurea - fundada em 1971 por J. Van Rijckborgh, em
Haarlem, na Holanda.
Igreja Expectante - fundada em 1919, por A. R. Costet de Mascheville, em
Guarapari, no Estado do Espírito Santo.
Cerimônias e Práticas
São as seguintes as cerimônias e práticas celebradas regularmente que
identificam os rosa-cruzes como uma seita religiosa:
Ritual de Aposição de Nome, que deve ser realizado até os 18 meses da data do
nascimento, numa cerimônia parecida com o batismo de crianças praticadas em
igrejas católicas.
Ritual de Matrimônio, um tipo de cerimônia religiosa de casamento. Esta
cerimônia pode realizar-se até após uma semana depois do casamento no civil.
Ritual Fúnebre, cerimônia realizada só quando o morto tiver pertencido à Ordem.
Ordem Juvenil dos Portadores do Archote, cerimônia realizada com crianças e
adolescentes entre os 5 a 17 anos, com três classes por idades.
Ritos anuais: festa sagrada do Ano Novo, com refeição simbólica (março) e a
Festa da Pirâmide (setembro) em comemoração à construção da grande Pirâmide de
Quéops.
Pr. João Flavio Martinez
É fundador do CACP, graduado em história e
professor de religiões.
Só use as duas Bíblias traduzidas rigorosamente por equivalência formal a partir do Textus Receptus (que é a exata impressão das palavras perfeitamente inspiradas e preservadas por Deus), dignas herdeiras das KJB-1611, Almeida-1681, etc.: a ACF-2011 (Almeida Corrigida Fiel) e a LTT (Literal do Texto Tradicional), que v. pode ler e obter em BibliaLTT.org, com ou sem notas).
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Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por fieis): BKJ-1611 ou LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, com notas para estudo) na bvloja.com.br. Ou ACF, da SBTB.