MAMaciel
[Um estudo simplificado em forma de 10 perguntas e respostas sobre as interpretações errôneas que os fundadores da seita deram, com validação posterior da Sra. White, ás 2300 “tardes e manhãs” de Daniel 8 e às 70 Semanas de Daniel 9.]
O objetivo do presente estudo não tem como alvo ofender pessoas [nunca foi este o meu alvo], mas levar esclarecimentos Bíblicos a pessoas sinceras que permanecem enganadas por falsas doutrinas e, consequentemente, sem certeza de salvação, sofrendo emocionalmente pelo controle mental que é exercido sobre elas. É, portanto, uma mensagem de amor pela verdade e pelas almas perdidas, jamais mensagem de ódio.
Recebo numera correspondência eletrônica de pessoas ligadas à seita sabatista. Algumas já decididas a conhecerem de fato o ensino bíblico, outras que ainda não se desprenderam das amarras.
Dentre as muitas linhas que recebo [muitas de pessoas tão fanáticas e cegas pela religião que utilizam de ofensas pessoais com palavras de baixo calão, sem qualquer discernimento ou demonstração de qualquer fruto espiritual de sua alegada espiritualidade – ver Tiago 3.14-15], algumas perguntas são realmente válidas de serem respondidas e, creio eu, suas respostas podem ajudar outros levando-os ao esclarecimento e discernimento Bíblico correto.
Sobre uma pequena e breve seleção de perguntas é que se construiu o presente estudo. Eu busquei desenvolver o texto de forma, linguagem e explicação mais simplificada possível, em favor do entendimento e do discernimento espiritual. Caso alguém deseje maiores e mais detalhados tratados sobre o assunto, forneço uma lista de livros recomendados ao final do texto.
E assim, oro para que DEUS utilize estas singelas linhas como ferramenta de discernimento que alcance aos irmãos já salvos pela Graça, mas também que possam atingir àquelas almas que tem sede pela verdade da palavra de DEUS, libertando-as do jugo da sabadolatria.
Não, isto não é verdade!
E, se o fosse, quebraria toda ordem, estrutura, seqüência e contexto apresentado em Daniel capítulo 8.
Resumidamente, seguindo o contexto histórico, gramatical e textual, podemos dizer que:
a. Até o capítulo 6 Daniel não havia recebido da parte de DEUS nenhuma visão. [Perceba que no capítulo 2 DEUS dá a Daniel apenas a interpretação do sonho de Nabucodonosor.]
b. Somente a partir do capítulo 7 [ate o fim do livro, no capítulo 12], temos as visões dadas por DEUS a Daniel de forma direta.
Estando assim estruturado uma seqüência histórica de esclarecimentos proféticos entre os capítulos 7 e 8, que podemos resumir da seguinte maneira:
• Cap. 7: DEUS mostra a Daniel [com maiores detalhes que deu a Nabucodonosor no capítulo 2], as características dos quatro (4) reinos mundiais em forma de animais, a saber: Babilônia (Leão com asas de Águia – 7.4), Medo-Pérsia (Urso – 7.5), Grécia (Leopardo com 4 asas – 7.6) e Roma (animal terrível e espantoso, com dentes de ferro – 7.7, respectivamente. O capítulo termina com Daniel perturbado com a visão. DEUS dará maiores detalhes a Daniel em seguida, na próxima visão, que é relatada no capítulo 8.
• Cap. 8: DEUS concede a Daniel uma segunda visão, dando maiores detalhes sobre os dois reinos que sucederão à Babilônia, a Medo-Pérsia (o Carneiro, v. 20) e a Grécia (o Bode, v. 21-22).
É tão evidente a seqüência, que não há como negá-la. O texto trata das características e de períodos de tempo relacionadas aos quatro reinos mundiais e o impacto deles sobre Israel e o povo judeu, preparando o terreno para a visão sobre o quarto reino mundial e de seu príncipe vindouro [identificado como o Anticristo], visões que DEUS dará a Daniel e que ele descreverá nos capítulos 9 e 10 até 12, as duas últimas visões de Daniel, somando ao todo quatro visões.
Quebrar esta seqüência constitui um absurdo interpretativo sem tamanho e, portanto, um erro de interpretação grotesco e brutal.
Dessa forma, as visões de Daniel não falam em nenhum momento sobre o surgimento dos sabatistas milleritas surgidos em meados do século XIX, pois elas tratam dos reinos mundiais e de seus impactos na história de Israel, do povo judeu, no cenário mundial que antecede o advento do reino davídico que será restabelecido por DEUS na Terra, no Reino Milenar de CRISTO.
Novamente a resposta é um retumbante não!
Primeiramente todas as seqüências proféticas dadas por DEUS a Daniel tratam de acontecimentos que ocorrem na Terra e não no Céu. DEUS somente dará a revelar alguns detalhes de fatos que ocorrem no céu ao apóstolo João, escritas no último livro da Bíblia, o Apocalipse. E mesmo assim não falará em lugar algum que o céu necessita ser purificado!
Gosto de pensar que o livro de Daniel é o relatar do fim do mundo do ponto de vista judaico, enquanto o livro de apocalipse é o relatar do fim do mundo do ponto de vista dos tempos das igrejas locais [Embora este pensamento seja muitíssimo simplificado por envolver uma série de eventos históricos e detalhes proféticos que se completam e se complementam]. Alguém certa vez me disse que o livro de Daniel “é a chave que abre o livro de Apocalipse”.
Todos os textos apresentados por Daniel trazem revelação sobre fatos que se relacionam com a História Mundial terrestre [ocorrem na Terra] do ponto de vista de Israel e, portanto, interpretar que algo que ali é apresentado deve ser entendido como ocorrido no Céu constitui uma ruptura estranha à própria revelação dada por DEUS a Daniel.
Constituindo assim outro erro fatal das bases da seita sabatista.
Não, isto é outro erro na interpretação dos sabatistas!
Note que os versículos 8 a 14 mostram que, dos quatro chifres um se engrandeceria sobremaneira.
Como o Bode é a Grécia e o grande chifre o primeiro rei (v. 20), a seqüência fala da divisão de seu reino com seus quatro generais.
Todos sabem que este primeiro rei foi Alexandre Magno, que foi quem unificou o reino com suas conquistas (326-323 aC). O historiador Flávio Josefo descreve que o sumo sacerdote Jádua mostrou o livro do profeta Daniel ao próprio Alexandre, lendo-lhe o registro de que um príncipe grego destruiria o Império Persa, deixando Alexandre muito contente e satisfeito [ver - Flávio Josefo, História dos Hebreus, Ant. Jud., 1, XI, c. 8]
Os seus generais, que dividiram o reino, foram: Cassando (Macedônia e Grécia), Lisímaco (Ásia Menor, Trácia, Plafagônia e o Ponto), Selêuco Nicanor (Síria e Babilônia) e Ptolomeu Lago (Egito, Cirenaica e Arábia).
As guerras entre eles foram ferrenhas e extensas, estando descritas alguns importantes detalhes nos capítulos 10 e 11 de Daniel, tratando de algumas delas, entre os Selêucidas (Norte) e os Ptolomeus (Sul).
Entre os versículos 8 e 14, DEUS mostra a Daniel que destes quatro generais um se levantaria entre eles, invadindo a terra gloriosa (i.e. Jerusalém), conquistando-a sob intensa violência.
Ao fazer isso, este “chifre pequeno” (v. 9) tiraria o “sacrifício contínuo” (vv. 11, 12 e 13), a ofertas de holocausto. Com isto o santuário seria por ele profanado.
Isto de fato ocorreu quando Antíoco Epifânio [majestoso, magnânimo], que os judeus chamavam “Epimânio” [louco], com ódio atroz por Jerusalém e pelos judeus, invadiu a “terra gloriosa” [DEUS dá detalhes mais à frente para Daniel - ver 11.16 e 41], matou 40.000 judeus num só dia, entrou no santuário, invadiu o santo dos santos e sacrificou uma porca sobre o altar de ofertas queimadas.
É necessário lembrar que Daniel vive num tempo em que o santuário estava destruído e DEUS está lhe mostrando que ele seria reedificado, mas também outra vez profanado.
Não é de se estranhar que Daniel tenha de imediato desejado saber quanto tempo o santuário permaneceria profanado, pois ele vê a mensagem de esperança do Templo reedifica ao mesmo tempo em que também sente a dor por outro futuro sofrimento de seu povo amado.
O texto então faz referência ao “sacrifício contínuo” (vv. 11, 12 e 13), a mais perfeita das ofertas e que este seria interrompido. Esta era a oferta de holocausto, realizada duas vezes durante o dia (ver. Êxodo 29.38-42; Levítico 6.8-13; Números 28.1-8; Esdras 3.3-4).
Logo, 2300 tardes e manhãs são dias, cerca de sete anos conforme o calendário judaico lunar (ver apêndice). A profecia, portanto, se cumpriu ao pé da letra!
Com o cerco e a invasão de Ântico e a profanação do templo (171 a.C. ~ 165 a.C.), a oferta de holocausto ficou interrompida. quando o sacrifício foi restabelecido sobre um novo altar consagrado, tendo sido o santuário purificado desta forma.
Vejamos como foi traduzida na Bíblia King James, 1611:
"And he said אָמַר unto me, Unto two thousand אֶלֶף and three שָׁלוֺשׁ hundred מֵאָהdays עֶרֶב בֺּקֶר; then shall the sanctuary קֹדֶשׁ be cleansed צָדַק." KJB
Abaixo seguem TODOS os 44 versos onde JUNTAS, as palavras tarde e manhã ou tardes e manhãs (ereb : Strong # 6153 ou boquer Strong # 1242) aparecem no VT:
Ge 1:5,8,13,19,23,31; Ge 49:27; Ex 16:8,12-13; Ex 18:13-14; Ex 27:21; Ex 29:39,41; Le 6:20; Le 24:3; Nu 9:15,21; Nu 28:4,8; De 16:4; De 28:67; 1Ki 17:6; 2Ki 16:15; 1Ch 16:40; 1Ch 23:30; 2Ch 2:4; 2Ch 13:11; 2Ch 31:3; Ezr 3:3; Es 2:14; Job 4:20; Ps 30:5; Ps 55:17; Ps 65:8; Ps 90:6; Ec 11:6; Isa 17:14; Eze 24:18; Eze 33:22; Da 8:14,26; Zep 3:3
TODAS as vezes se referem a dias normais.
Algumas notas importantes:
a. Como dissemos antes, a profecia se refere a fatos ocorrido na Terra, no santuário judaico em Jerusalém;
b. Como o segundo Templo foi destruído em 70 d.C. pelo imperador Tito e seu exército, o “chifre pequeno” não pode ser o papado do tempos de Miller, como erroneamente interpretam os sabatistas, pois não havia santuário físico a ser profanado.
c. A profanação do santuário não se relaciona com o sabath hebdomadário judaico. Não existe o menor traço entre a profecia e a absurda interpretação sabatista.
d. Se Jesus tivesse de purificar o céu, isto indicaria que alguém o tinha profanado. Como alguém, mesmo o diabo, poderia profanar o céu, local da morada do DEUS Altíssimo?
e. E, por fim, se a profecia falasse de 2300 anos, sendo que a profecia começa no tempo do “chifre pequeno” que é historicamente Antíoco Epifânio, ela começaria seu cumprimento em 168 a.C. com a profanação do santuário, que subtraído do total de anos o cálculo apontaria para o ano de 2132 d.C. e não para 1844! E somente isto constituiria um tamanho absurdo que nem a maior de todas as más vontades de entender o relacionamento histórico da profecia poderia conceber.
Portanto, relacionar 2300 “tardes e manhas” com 2300 anos proféticos é grosseira interpretação que não encontra nenhum fundamento Bíblico, histórico, matemático e lógico. É tudo fantasia horrenda e deturpada da seita e de seus fundadores.
Toda e qualquer interpretação profética segue a lei Bíblica do duplo cumprimento.
Um relacionado ao contexto histórico do período relacionado ao profeta e outro relacionado a eventos futuros.
Por exemplo, tomem-se as profecias relacionadas às 7 cartas das 7 Igrejas em Apocalipse 2 e 3. As mesmas apontam tanto para igrejas locais literais como para períodos e eventos relacionados ao cristianismo ao longo dos séculos.
Não é diferente no que concerne à interpretação de Daniel 8 que relaciona Antíoco Epifânio com o Anticristo. Então, para que haja cumprimento de sua relação com os tempos futuros, faz-se necessário:
a. Que o Templo esteja construído: isso somente se cumprirá na primeira metade da Tribulação, quando o Anticristo reconstruirá o Templo judaico.
b. O “sacrifício contínuo” seja interrompido: Como já dissemos antes, esta era a oferta do holocausto que ocorria duas vezes durante o dia. Logo, para o seu cumprimento ocorrer é necessário que este holocausto tenha sido restabelecido e que seja de fato interrompido pelo “chifre pequeno”. Trata de um evento ainda futuro. (ver II Tess. 2.4)
Correspondentemente, Antíoco Epifânio é figura do Anticristo, não do papado. Nenhum Papa interrompeu serviços no Templo, que permanece destruído.
Portanto a interpretação sabatista de que o cumprimento se deu em 1844 não somente é grotesco, mas também é desastroso, falso e desonesto.
Como já dissemos antes, nenhum papa interrompeu serviços no Templo, que permanece destruído em Jerusalém desde o ano 70 d.C.
E não há nenhuma estrutura histórica, gramatical e textual que permita relacionar “sacrifício contínuo” com sabath judaico.
Portanto, outra vez, a interpretação sabatista de que o “sacrifício contínuo” é o sabath judaico semanal, ou de um Juízo Investigativo para purificar o Céu, não passa de fraude desonesta.
Tendo visto que o profeta Daniel não está falando do surgimento dos adventistas em 1844 [acredite, eles realmente ensinam que Daniel esta falando deles], uma outra manipulação é realizada pela seita ao relacionar 2300 “tardes e manhãs” com as 70 semanas em seu tempo total.
Como já vimos as 2300 “tardes e manhãs” de forma alguma podem representar “anos proféticos”. Iludindo assim o povo incauto, os adventistas engendram um cômputo estapafúrdio.
Vejamos os erros:
Eles afirmam que as 70 Semanas devem ser subtraídas de 2300 anos. E para que tudo se encerre neles, afirmam que o as 70 Semanas começam no ano de 457 a.C.
Logo, na conclusão deles, o cálculo seria mirabolantemente feito da seguinte maneira:
Então...
Assim...
Que mirabolante matemática, não é mesmo? Vejamos os absurdos:
a. 2300 “tardes e manhãs” não representam anos, como visto anteriormente.
b. As 70 semanas não obtiveram pleno cumprimento, uma semana ainda aguarda cumprimento profético.
c. A forçada matemática aponta falta de critério pois, por duas vezes, se subtrai 490 de valores diferentes em um cálculo pérfido e sem base bíblica.
d. A intenção é forçar o ano de 1844 para prover “revelação” divina.
Tudo é o mais puro lixo interpretativo, sem dúvida alguma.
Vejamos as correções:
As 70 semanas se iniciam com o decreto da reedificação de Jerusalém. A esse respeito ocorreram três decretos expedidos pelos reis persas: 539/538 a.C., 459/458.C. e 445/444a.C.
A ordem, conforme a História, proferida por Artaxerxes I Longânimo (Neemias 2.1, 7-8), aconteceu por último, o cômputo deve ser como indicado pelo texto Bíblico, isto é, da “saída da ordem para restaurar e edificar a Jerusalém até o Messias, o Príncipe, haverá 7 semanas, e sessenta e duas semanas;”.
Isto quer dizer que até o Messias não temos 70 semanas, mas 7 + 62 que somam 69 Semanas!
Fazem-se necessárias duas outras explicações:
a. Há diferença entre calendário judaico e gentílico. O calendário judaico é lunar com anos de 354 dias, com meses de 30 dias e de 29 dias. Faz-se necessário a determinado períodos o acréscimo do mês de Adar, um 13º mês, para que se cubra as diferenças para menos. (ver apêndice)
b. O calendário Gregoriano possui um atraso de 4 anos! Logo, o ano 33 da idade terrena de Jesus aconteceu no ano 29 d.C., quando ele foi crucificado ou, conforme o texto “cortado” (v 26).
Estas duas verdades são ignoradas pelos mirabolantes fundadores do adventismo.
Logo, muito mais simples é a matemática de DEUS que a dos sabatistas:
445 a.C. + 29d.C. = 474 anos [retiradas as diferencias entre cômputos de calendários] temos impressionantemente 469 anos ou 7 semanas + 62 semanas = 69 semanas, dando o período exato em que o Messias seria morto!
Aos seus erros grosseiros os sabatistas somam a afirmação de que as 70 semanas terminam no batismo de Jesus, errando com o texto três vezes:
Primeiro falta uma semana no cômputo das 70 semanas.
Segundo que o texto aponta para o sacrifício (morte) do Messias, não para seu batismo!
Terceiro que em 34 d.C. Jesus já havia subido ao céu!
Que engodo sem tamanho!
Obs.: Mais adiante veremos que a última semana que aguarda cumprimento, tem relação com o Anticristo e os Sete Anos da Tribulação.
Não, o texto é muitíssimo claro! E ele não fala a respeito do movimento millerita.
Fala a respeito dos judeus e da historicidade de Israel. Observemos o que diz a Bíblia:
“Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade...”
Sobre o teu povo indica o povo de Daniel, os judeus. E sobre a tua santa cidade, indica a cidade de Jerusalém.
Além disso, da lista de 06 eventos fornecida por Gabriel no versículo, apenas os quatro primeiros já se cumpriram, enquanto que as duas últimas realizações da lista ainda permanecem aguardando cumprimento.
E estas somente se realizarão com a Vinda de Cristo para estabelecer seu reino milenar na Terra, o restabelecimento do reino davídico prometido pode DEUS.
Portanto, o texto trata dos judeus, de Jerusalém, de Israel. Não fala nem dos gentios e muito menos dos sabatistas.
Não, com já vimos antes e, de acordo com as Sagradas Escrituras, elas se iniciaram com a “saída do decreto” e não com “saída do povo”.
Vale aqui ressaltar que é outro ponto ignorado pelo sabatismo o fato que ocorreram três retornos:
O primeiro após o decreto de Ciro (538 a.C.), 42.370 hebreus seguiram Zorobabel a Jerusalém (Esdras 2.64). Muitos permaneceram no desterro durante longos anos.
Esdras é o chefe da segunda caravana de retorno, acompanhado de 1750 judeus, seguiu para Jerusalém apenas no sétimo ano de Artaxerxes da Pérsia (Esdras 7.8-9) portanto, oitenta anos após a libertação primeira, com Zorobabel.
Neemias só obteve alforria no ano vigésimo de Artaxerxes (Neemias 2.1), treze anos depois de Esdras, após os primeiros repatriados e 142 anos depois da desolação de Jerusalém.
Ora, a história nos mostra que o incêndio de Jerusalém ocorreu em 587 a.C., mas a ordem de sua reconstrução de fato apenas em 445 a.C..
Logo, é falso o cômputo sabatistas por mais estas razões, tornando nula sua interpretação fantasiosa.
Outra vez a lavagem cerebral ocasionada pela seita confere uma inversão da realidade. Senão, vejamos:
Que desastre! Aqui temos um verdadeiro abismo entre o cristianismo Bíblico e a seita sabatista:
Primeiro: Segundo a interpretação Teológica e Histórica, o “povo que há de vir” aponta para o povo ROMANO e não para os judeus.
Em segundo lugar: O “príncipe” não é o Senhor Jesus Cristo, mas o Anticristo, pois o versículo usa claramente o termo MESSIAS para identificar o Senhor Jesus Cristo, diferenciando assim entre os dois.
Em terceiro lugar: o versículo fala da destruição da “cidade e do santuário”, Jerusalém e o Templo, fato ocorrido no ano 70 d.C. com a invasão do Imperador Tito comandando soldados romanos. Logo, seguindo a regra da interpretação profética, o príncipe será um futuro líder do povo romano, que buscará restabelecer o Império Romano nos últimos dias.
Em quarto lugar, se a morte do Senhor Jesus Cristo encerra a 69ª semana e uma está ausente, ela só aparecerá quando o “príncipe” firmar aliança “com muitos” (gentios e judeus, ver Apoc. 13.8), rompendo a aliança com os judeus no meio da semana, iniciando as abominações do assolador (v. 27 e Mateus 24.15 a 21).
Logo, para a interpretação Histórica, Teológica e Literal, o “príncipe” será um regente antagônico ao Messias, conforme o texto deixa claro, não podendo ser a mesma pessoa.
Como bem sabemos, o antagônico do Senhor Jesus Cristo é de fato o Anticristo!
O Messias “foi cortado”, ou seja, o Senhor Jesus Cristo foi morto, ressuscitou e permanece ausente deste mundo, apenas retornando para dar cabo do reinado do Anticristo, seu antagônico, num tempo ainda futuro.
O Anticristo, para o total cumprimento da profecia, deverá reconstruir o templo num pacto de sete anos, imitando os períodos velhos testamentários que DEUS estabelecia para o povo judeu, e o romperá para alegar sua divindade, conforme descrito pelos apóstolos (ver II Tess. 2.1 – 11; Apoc. 13.1-8).
No fim de todas as suas horrendas e fatídicas interpretações, os sabatistas confundem Cristo com o Anticristo. Lamentável engodo da seita a cegar multidões de perdidos.
Outra vez gostaria de dizer que há dois erros na própria pergunta:
Primeiro, como já vimos, as 70 semanas não se encerraram em 34 d.C. e nem apontam para o ano de 1844, como alegam os sabatistas.
Em segundo lugar há um erro no entendimento final do fato ocorrido no início da seita, que eles gostam de alegar ter constituído o que gostam de chamar o “Grande Desapontamento”.
Ora, “Grande Desapontamento” é um termo desonesto para encobrir uma fala profecia, a de que Cristo voltaria para a Terra em 1843...depois 1844...depois 1845...depois 1846 ...[e assim a Sra. White sempre profetizou que Cristo voltaria no ano seguinte, até sua morte, mantendo as rédeas no povo engodado].
Todos nós sabemos que profetizar a volta de Cristo é uma impossibilidade e que esta tentativa constitui um gravíssimo pecado (ver Mateus 13.32).
Suponhamos que um servo fiel, um salvo, profetize falsamente e, depois de comprovada sua falsa profecia, caia em si e de joelhos peça perdão? Não chegaria ele à conclusão que careceria de um dia de Grande Arrependimento?
Os fundadores do sabatismo tomaram um rumo não somente desonesto mas também desastroso por não se arrependerem se suas falsa profecias. Antes, em seu orgulho pecaminoso se apartaram da simplicidade do Evangelho e, ao invés de um Grande dia de Arrependimento, os sabatistas mascaram suas falsas profecias com um termo muito amado por eles, “Grande Desapontamento”.
Não se deixe enganar. Um erro não encobre outro erro.
Não nos resta alternativa senão considerar o movimento tão rebelde e falso quanto os mais terríveis enganos do diabo. Demônios não se arrependem. As seitas que eles estabelecem também não.
Prezado amigo, se você é um salvo, saiba que você não pode considerar os adventistas como sendo evangélicos. Em suas interpretações terríveis, eles pregam um falso evangelho, um outro tempo, um outro Cristo, um outro DEUS. Não podes ter comunhão com eles e continuar obedecendo a DEUS.
A você que permanece na seita, meu apelo é para o seu arrependimento franco e sincero diante de DEUS, entregando a ele sua vida e recebendo a CRISTO como seu único e suficiente Salvador.
Como disse certo ex-adventista que me escreveu e que levou pouco mais de três anos para se libertar dos falsos ensinos e do julgo de seus métodos de lavagem cerebral: “Há vida fora das seitas! Glória a DEUS!”
Sim amigo, há vida em CRISTO! Achegue-se, pois, a ELE.
Pr Miguel Ângelo L Maciel
Apêndice
A. Frases de homens de DEUS: As setenta semanas são para Israel e os judeus.
“É como se o anjo dissesse: O cativeiro tem durado 70 anos; o período entre o cativeiro e a vinda do Messias [para estabelecer seu Reino Milenar na Terra] será setenta vezes tanto”. – Dr. Halley, em seu comentário bíblico.
“Depois de suplicar por seu povo, com um intercessor verdadeiro, Daniel pede que DEUS tenha compaixão da cidade desolada, com o muros arrebentados, o templo destruído...DEUS então enviou o seu servo Gabriel, o homem, para instruir o profeta a respeito do curso da História.” – Prof. Antônio Mesquita, em seu estudo sobre o livro de Daniel.
“Tudo o que é descrito nesse capítulo não tem relação com a história mundial ou com a história da Igreja, mas trata exclusivamente de Israel e de Jerusalém.” – Norberth Lieth, em seu tratado sobre Daniel e as perspectivas do futuro.
“Segundo o contexto, o propósito das 70 semanas é exclusivamente o povo de Israel e não a Igreja, nem os gentios.” - explicou o Pr Jonas Xavier, grande erudito e estudioso das profecias bíblicas, o qual tive prazer de conhecer e ser aluno.
“A visão das 70 semanas é a resposta de Deus (vv. 21-23). Nesta visão, Deus revela a Daniel a programação temporal e os eventos que levarão ao estabelecimento do reino messiânico de Israel. A profecia tem a ver com "teu povo" (referindo-se ao povo de Daniel, os Judeus [literalmente]) e com "tua santa cidade" (referindo-se a Jerusalém [literalmente])” – David Cloud em seu texto : As 70 Semanas de Daniel.
“Foi dito a Daniel que Jerusalém e o templo seriam reconstruídos, mas numa época específica e com um propósito específico: para o Messias.” – Arno Froese, em seus estudos que buscam descomplicar as profecias de Daniel.
“Esta ordem (mandamento) é o princípio das setenta semanas ou 490 anos.” - John Gill
“A data a partir da qual se contariam as 70 semanas foi a do decreto da reedificação de Jerusalém, v 25.” – Dr. H. H. Halley.
“O ‘cronômetro’ divino que marca as setentas semanas para Israel começou a contar a partir do momento em que foi publicado o decreto que permitia aos judeus reconstruírem a cidade de Jerusalém... A segunda parte do versículo 25 é importante como complemento: ‘haverá sete semanas, e sessenta e duas semanas;’ - provendo assim o primeiro intervalo no cômputo final das 70 semanas.” – Norberth Lieth.
“Frizem-se os seguintes itens da frase: ‘desde a saída da ordem’ e não do final da obra de restauração [ou da saída do povo]; ‘para restaurar, e para edificar a Jerusalém’, a cidade e o Templo. Por conseguinte, o ponto inicial do cálculo desse período é o da saída desse decreto para a reedificação da cidade de Jerusalém.” - Dr. Aníbal Pereira dos Reis.
b. Breve explicação sobre o Calendário Judaico
O calendário judaico é basicamente lunar, pois nele cada mês começa em uma lua nova, pois a palavra hebraica que é usada na Bíblia para significar mês é CHÓDESH, que significa lua nova, e vem da palavra CHADASH, que significa novo. Pode ser considerado como dia da lua nova o dia em que ocorre a conjunção lunar, ou o dia seguinte ao em que ocorre a conjunção lunar.
No entanto, o calendário judaico é também solar, pois em Êxodo 12:2 e em Êxodo 13:4, Deus ordenou que o primeiro mês do ano seja o mês de Aviv, e a palavra Aviv significa primavera, de modo que o primeiro mês do ano deve ser o mês que coincide com o início da primavera na Terra de Israel, e as estações do ano são fixadas pelo movimento da Terra em redor do Sol. Portanto, o calendário judaico, que é o calendário bíblico, é um calendário misto, lunar e solar, em que os meses são marcados pelos movimentos da lua, e os anos são marcados pelos movimentos do sol.
O ciclo da lua é de 29 dias, 12 horas, 44 minutos e 3 segundos, ou seja, aproximadamente 29 dias e meio. Por isso, no calendário judaico os meses têm 30 dias e 29 dias, alternadamente.
Portanto, 12 meses, sendo 6 de 30 dias e 6 de 29 dias, dão um total de 354 dias. Como o ciclo do sol é de 365 dias e seis horas, aproximadamente, então existe uma diferença de cerca de 11 dias entre o ano lunar e o ano solar.
Para compatibilizar os meses lunares com o ano solar, esta diferença de cerca de 11 dias é compensada acrescentando-se em determinados anos um 13o mês de 30 dias. Este 13o mês é intercalado antes do mês de Adar, e é chamado Adar Rixo, que significa Adar Primeiro, e quando isto acontece, o mês de Adar passa a ser chamado Adar Sheni, que significa Adar Segundo. Desta forma, temos no calendário judaico anos de 12 e de 13 meses.
Bibliografia
WOOD, Dr. Leon J. A Profecia de Daniel. Imprensa Batista Regular. SP, 1969.
BAALEEN, J. K. Van. O Caos das Seitas. Imprensa Batista Regular. Sp. 1970.
MESQUITA, Antônio Neves de. Estudo no Livro de Daniel. JUERP. RJ, 1978.
HALLEY, Dr. H. H. Manual Bíblico. Edições Vida Nova. SP, 1979.
REIS, Dr. Aníbal Pereira dos. As visões de Daniel. Edições Caminhos de Damasco. SP, 1981.
LIETH, Norbert. Daniel – Perspectivas de Futuro. Actual Edições. RS, 2004.
FROESE, Arno. Descomplicando as Profecias de Daniel. Actual Edições. RS, 2005.
XAVIER, Jonas Pessoa. O Fim Vem! Imprensa Maranata. BA, 2008.
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MAMaciel
Só use as duas Bíblias traduzidas rigorosamente por equivalência formal a partir do Textus Receptus (que é a exata impressão das palavras perfeitamente inspiradas e preservadas por Deus), dignas herdeiras das KJB-1611, Almeida-1681, etc.: a ACF-2011 (Almeida Corrigida Fiel) e a LTT (Literal do Texto Tradicional), que v. pode ler e obter em BibliaLTT.org, com ou sem notas).
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