O Taoísmo se baseia
no sistema politeísta e filosófico de crenças que assimilam os antigos
elementos místicos e enigmáticos da religião popular chinesa, como:
culto aos ancestrais, rituais de exorcismo, alquimia
e magia.
A origem da
filosofia do Taoísmo é atribuída aos ensinamentos do mestre chinês Erh
Li ou Lao Tsé (velho mestre), um contemporâneo de Confuncio,
nos anos 550 a.C., segundo o Shih-chi (Relatos dos Historiadores). Apesar
de não ser uma religião mundialmente popular, seus ensinos têm
influenciado muitas seitas modernas.
Como no Budismo,
muitos fatos da vida de Lao Tsé são lendas. Uma delas é a questão dele já
haver nascido velho. Supostamente, ele nasceu no sul da China em volta do
ano 604 a.C. Ele tinha uma importante posição no governo, como
superintendente judicial dos arquivos imperiais em Loyang, capital do
estado de Ch'u.
Por desaprovar a
tirania dos regentes de seu governo, Lao Tsé veio a crer e ensinar que os
homens deveriam viver uma vida simples, sem honrarias ou conhecimento.
Sendo assim, ele renunciou o seu cargo e foi para casa.
Para evitar a
curiosidade de muitos, Lao Tsé comprou um boi e uma carroça, e partiu para
a fronteira da província, deixando aquela sociedade corrompida para trás.
Ao chegar lá, o policial, um de seus amigos, Yin-hsi, o reconheceu e não o
deixou passar. Ele advertiu Lao Tsé que deveria escrever seus
ensinamentos, e só assim poderia cruzar a fronteira na região do Tibete.
Segundo a história,
Lao Tsé, agora com 80 anos, regressou após três dias com os ensinamentos
escritos em um pequeno livro com aproximadamente 5.500 palavras. Ele o
denominou de “Tao te Ching”, o “Caminho e seu Poder” ou o “Caminho e
Princípios Morais”. Logo após, ele montou em um búfalo e partiu para nunca
mais voltar. Lao Tsé foi canonizado pelo imperador Han entre os anos 650 e
684 a.C. Segundo a história, ele morreu no ano 517 a.C.
Uma das facetas do
“Tao te Ching” é ensinar ao povo como resistir às terríveis calamidades
comuns na China. Ele diz que a pessoa deve sempre permanecer em um nível
baixo, sem nenhuma ambição, e sem desejar sobressair sobre qualquer
circunstância, a fim de sobreviver.
O Taoísmo religioso
(Tao Ciao) surgiu na dinastia do imperador Han, no século II.
Tchuang-tseu, um discípulo de Lao Tsé e filósofo chinês, que
morreu no princípio do século III, desenvolveu e proliferou os
ensinamentos de seu mestre.Tchuang-tseu escreveu uma média de 33 livros
sobre a filosofia de Lao-Tsé, que resultou na composição de 1.120 volumes,
os quais formam o Cânon Taoísta. Ele acreditava que o “Tao-te-Ching” era a
fonte da sabedoria e a solução para todos os problemas da
vida.
Para compreender a
filosofia do Taoísmo, vejamos o que Tchuang-tseu pronunciou quando sua
esposa morreu:
“Como posso me
comover com sua morte? Originalmente ela não tinha vida, nem forma, e nem
força material. No limbo da existência e não-existência havia
transformação, e a força material estava envolvida. A força material se
transformou em forma, a forma em vida, e o nascimento em morte. Da mesma
maneira que acontece com as estações do ano. Ela agora dorme na grande
casa, o universo. Para eu estar chorando e pranteando, será mostrar minha
ignorância do destino. Por isso eu me abstenho.”
O credo do Taoísmo
é: “Sujeite-se ao efeito, e não busque descobrir a natureza da
causa.”
O Taoísmo é uma
religião anti-intelectual, que leva o homem a contemplar e se sujeitar às
leis aparentes da natureza, ao invés de tentar compreender a estrutura
destes princípios. A doutrina básica do Taoísmo se resume em uma forma
prática, conhecida como as “Três Jóias”: compaixão, moderação e
humilhação. A bondade, simplicidade e delicadeza também são virtudes
que o Taoísmo busca aparentar às pessoas.
Os ensinos de
LaoTsé eram, em parte, uma reação contra o Confucionismo humanístico e
ético daquele tempo, o qual ensinava que as pessoas só poderiam viver uma
vida exemplar, se estivessem em uma sociedade bem disciplinada, e que se
dedicassem aos rituais, deveres e serviços públicos. O Taoísmo, por sua
vez, enfatizava que as pessoas deveriam evitar todo tipo de obrigações e
convívios sociais, e se dedicassem a uma vida simples, espontânea e
meditativa, voltada à natureza. Por isso, o imperador Shi Huang Ti mandou
queimar os livros de Confuncio.
Segundo os
ensinamentos do Taoísmo, o Tao (caminho) é considerado a única
fonte do universo, eterno e determinante de todas as coisas. Os taoístas
crêm que quando os eventos e coisas são permitidas existir em harmonia
natural com a força macro-cósmica, então existe paz.
Tao —
Deus: Apesar do Taoísmo
originalmente ignorar um Deus criador, os princípios do Tao eventualmente
tem o conceito de Deus. LaoTsé escreveu: “Antes do céu e da terra
existirem, havia algo nebuloso... Eu não sei o seu nome, e eu o chamo de
Tao.”
Yin e
Yang: Eles consideram
também que tudo no mundo é composto pelos elementos opostos Yin e
Yang. O lado positivo é o yang, e o negativo, o yin. Esses
elementos transformam-se, complementam-se e estão em eterno movimento,
equilibrados pelo invisível e onipresente Tao. Yang é a força positiva do
bem, da luz e da masculinidade. Yin é a essência negativa do mal, da morte
e da feminilidade. Quando esses elementos não estão equilibrados, o rítmo
da natureza é interrompido com desajustes, resultando em conflitos. Eles
ensinam que da mesma forma que a água se modela dentro de um copo, o homem
deve aprender a equilibrar seu Yin e Yang, a fim de viver em harmonia com
o Tao. O filme “Guerra nas Estrelas” foi baseado na filosofia
taoísta, em que a força universal existe e as pessoas determinam se a usam
para o bem, ou para o mal.
Esta filosofia vai
contrária a Teologia Bíblica. Deus é onipotente e a fonte de todo o bem.
Lúcifer, hoje Satanás, foi criado por Deus, e por isso tem limites quanto
à sua autoridade e poder. Como fonte do mal, o Diabo se opõe ao reino de
Deus. Ele não é, nunca foi, e nunca será igual ou se harmonizará em sua
oposição à Deus.
Embora formulado há
mais de 2.500 anos, o Taoísmo influencia a vida cultural e política da
China até hoje. Suas manifestações mais populares são o chi-kung,
arte de autoterapia; o wu-wei, prática da inação; ioga;
acupuntura; e as artes marciais wu-shu ou
kung-fu.
Artes
Marciais — É ensinado nas
artes marciais como: kung-fu, caratê, judô, aikidô, tai-chi-chuan e
jujitsu, que o equilíbrio da pessoa com o Tao é estabelecido quando a
“Força” ou “Ch'i”, uma energia que sustenta a vida, flui no corpo e se
estende a fim de destruir o seu oponente.
Acupuntura — Usando a mesma
filosofia, eles vêm a saúde fisiológica como a evidência do equilíbrio do
Yin e Yang. Se estes elementos estão desequilibrados, as enfermidades
surgem. Eles ensinam que para restaurar a saúde necessita haver uma
ruptura no fluxo do Yin e Yang, o qual é feito através de agulhas
inseridas no corpo. Uma vez que o equilíbrio dos elementos tenham sido
restabelecidos, a força do Tao pode fluir livremente no corpo trazendo a
cura.
Ioga — Apesar da ioga
não referenciar ao Taoísmo, ela incorpora a mesma filosofia da “Força”
como sustentador da vida e da estética. O Taoísmo professa a longevidade e
a imortalidade física pela perfeita submissão à ordem natural universal,
através da ioga, meditação, prática de exercícios físicos e respiratórios,
dietas especiais e mágica.
Culto aos Ancestrais
Rituais de Exorcismo
Alquimia
Magia
Culto aos
ancestrais: para os chineses,
a maioria dos deuses são pessoas que tiveram poder excepcional durante a
sua vida. Por exemplo, Guan Di, que é o deus protetor dos negociantes, foi
um general dos anos 200 d.C.
Rituais de
exorcismo: o Taoísmo possui
um sacerdócio hereditário, principalmente em Taiwan. Esses sacerdotes
dirigem rituais públicos, durante os quais, eles submetem as orações do
povo aos deuses. O sacerdote principal, que no momento da cerimônia se
encontra em transe, se dirige a outras divindades, representando outros
aspectos do Tao, em favor do povo. O Taoísmo enfatiza que os demônios
devem ser aplacados com presentes, a fim de assegurar a passagem do homem
na terra.
Alquimia: química da Idade
Média e da Renascença, que procurava, sobretudo, descobrir a pedra
filosofal e o elixir da longa vida. O imperador Shi Han enviou expedições
navais para várias ilhas, a fim de descobrir a erva da imortalidade. O
imperador Wu Tsung tomou medicamentos taoístas para eterificar seus ossos.
Os chineses buscam o Taoísmo para fins de cura e livramento de espíritos
maus.
Magia ou
mágica: arte oculta com
que se pretende produzir, por meio de certos atos e palavras, e por
interferência de espíritos (demônios), efeitos e fenômenos contrários às
leis naturais. Os discípulos de Lao Tsé diziam ter poder sobre a natureza
e se tornaram advinhos e exorcistas.
Na atualidade, o
Taoísmo está dividido em dois ramos: o filosófico e o
religioso.
O Taoísmo
filosófico é ateísta e se diz ser panteísta. Ele trata levar o homem a
uma harmonia com a natureza através do livre exercício dos instintos e
imaginações.
O Taoísmo
religioso é politeísta, idólatra e exotérico, pois consulta os mortos.
Ele teve início no segundo século, quando o imperador Han edificou um
templo em honra a Lao Tsé, e o próprio imperador ofereceu sacrifícios à
ele. Somente a partir do século VII é que o Taoísmo veio ser aceito como
religião formal.
O Taoísmo religioso
possui escritura sagrada, sacerdócio, templos e discípulos. Também crêem
numa nova era que haverá de surgir e derrotará o sistema estabelecido. Com
o tempo, o Taoísmo aderiu deuses ao sistema religioso, crença do céu e do
inferno, e a deificação de Lao Tsé.
O Taoísmo pratica o
que Paulo escreveu aos Romanos: “Pois mudaram a verdade de Deus em
mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é
bendito eternamente. Amém.” A vida de virtudes éticas pode ser
atrativa, mas falha quando se trata da natureza pecaminosa do homem.
Respeitar as leis ou preservar a natureza é uma mordomia que o homem
desenvolve para com a terra, mas nunca deve ser uma forma de devoção
religiosa, acima do Deus Criador da natureza.
Antes do Comunismo
tomar a China, para cada 11 chineses, um era taoísta. Suas práticas
animistas tem diminuido na China, mas continua grandemente nas comunidades
chinesas da Ásia. Apesar de não ser uma religião oficial nos Estados
Unidos, seus princípios filosóficos são encontrados na maior parte das
seitas orientais no Ocidente.
Atualmente, a
religião conta com cerca de três mil monges e 20 milhões de adeptos em
todo o mundo, sendo muito popular em Hong Kong, com mais de 360 templos.
Deus: Cremos em um só
Deus, eternamente subsistente em três pessoas distintas, o Pai, o Filho e
o Espírito Santo, Dt 6.24; Mt 28.19; Mc 12.29.
Jesus: Cremos no
nascimento virginal de Jesus, em sua morte vicária e expiatória, em sua
ressurreição corporal de entre os mortos, e em sua ascensão gloriosa aos
céus, Is 7.14; Lc 1.26-31; 24.4-7; At 1.9.
Espírito
Santo: Cremos no Espírito
Santo como terceira pessoa da Trindade, como Consolador e o que convence o
homem do pecado, justiça e do juízo vindouro. Cremos no batismo no
Espírito Santo, que nos é ministrado por Jesus, com a evidência de falar
em outras línguas, e na atualidade dos nove dons espirituais, Jl 2.28; At
2.4; 1.8; Mt 3.11; I Co 12.1-12.
Homem:
Cremos na criação
do ser humano, iguais em méritos e opostos em sexo; perfeitos na sua
natureza física, psíquica e espiritual; que responde ao mundo em que vive
e ao seu criador através dos seus atributos fisiológicos, naturais e
morais, inerentes a sua própria pessoa; e que o pecado o destituiu da
posição primática diante de Deus, tornando-o depravado moralmente, morto
espiritualmente e condenado à perdição eterna, Gn 1.27; 2.20,24; 3.6; Is
59.2; Rm 5.12; Ef 2.1-3.
Bíblia:
Cremos na inspiração verbal e divina da Bíblia Sagrada, única
regra infalível de fé para a vida e o caráter do cristão, II Tm 3.14-17;
II Pe 1.21.
Pecado:
Cremos na
pecaminosidade do homem, que o destituiu da glória de Deus, e que somente
através do arrependimento dos seus pecados e a fé na obra expiatória de
Jesus o pode restaurar a Deus, Rm 3.23; At 3.19; Rm 10.9.
Céu e Inferno:
Cremos no juízo
vindouro, que condenará os infiéis e terminará a dispensação física do ser
humano. Cremos no novo céu, na nova terra, na vida eterna de gozo para os
fiéis e na condenação eterna para os infiéis, Mt 25.46; II Pe 3.13; Ap
21.22; 19.20; Dn 12.2; Mc 9.43-48.
Salvação: Cremos no perdão
dos pecados, na salvação presente e perfeita, e na eterna justificação da
alma, recebida gratutitamente, de Deus, através de Jesus, At 10.43; Rm
10.13; Hb 7.25; 5.9; Jo 3.16.
Escrito pelo Rev. Eronides da Silva, postado em: http://www.sepoangol.org/eron.htm , de onde copiamos |
Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por fieis): BKJ-1611 ou LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, com notas para estudo) na bvloja.com.br. Ou ACF, da SBTB.