Atualizado em 3 de agosto de
2005 (publicado pela primeira vez em 23 de fevereiro de 2000) (David Cloud – Fundamental
Baptist Information Service, P.O. Box, Port Huron, MI 48061, 866-295-4143, fbns@wayoflife.org; para instruções sobre
inscrição e cancelamento ou mudança de endereço, ver o parágrafo de informação
no final do artigo) -
O texto abaixo foi extraído da segunda edição do livro “Repentance Is More
Than a Sinner’s Prayer” (Arrependimento é Mais que uma Oração do Pecador)”,
direitos de cópia 2000, David W. Cloud, disponível na “Way of Life Literature”
(http://wayoflife.org)
Falando ampla e genericamente, louvo ao Senhor pelo movimento das igrejas
batistas fundamentalistas. Este movimento representa várias congregações que
mantém certas coisas em comum, principalmente (novamente, falando muito
genericamente) a bíblica doutrina dos batistas; independência das estruturas
denominacionais; e uma militância fundamentalista pela verdade. As igrejas batistas
fundamentalistas tem exibido um tremendo zelo pelo evangelismo e pelas missões
mundiais. Multidões em todo o mundo têm sido salvas por causa deste zelo. As
igrejas batistas fundamentalistas também têm estado na vanguarda pela defesa da
verdade nesses tempos finais. George W. Dollar, um dos mais antigos
historiadores do movimento fundamentalista, faz a seguinte observação:
“ Cada vez mais, batistas independentes têm dominado a cena do Fundamentalismo
desde 1935. Seu evangelismo que bate pesado produziu algumas grandes igrejas;
sua constante ênfase em ganhar almas para Cristo e na construção de escolas batistas
independentes (com um forte empurrão por parte do inter-denominacionismo) lhes
deu um lugar de comando no continente americano...Um fator adicional nesta nova
situação tem sido a aprofundada apostasia entre os batistas organizados, entre
os presbiterianos e entre os metodistas. Fundamentalistas entre os últimos dois
grupos têm tido grande dificuldade em conseguir que muitas pessoas queiram
deixar as denominações da velha linha. De fato, poucos presbiterianos e
metodistas têm querido deixá-la de modo nenhum, mesmo em face de ultrajante
apostasia e liberalismo. (Dollar, Uma História do Fundamentalismo na América,
3ª edição 1989, p. 213).
Deixados de lado esses fatores positivos, nas décadas mais recentes um grande
erro se introduziu nos recantos do movimento batista fundamentalista. Eu o
chamo de “METODOLOGIA DA ORAÇÃO RAPIDINHA”. É uma metodologia evangelística em
que se diz que as pessoas são cristãs preparadas para o céu e são listadas como
tal em relatórios, meramente porque fizeram a “oração do pecador”, mesmo não
oferecendo nenhuma evidência de que sejam realmente nascidas de novo.
Eu chamo a isso “Metodologia da Oração Rapidinha” porque focaliza em uma oração
como o meio de salvação. Eu a chamo de “Metodologia da Oração Rapidinha” porque
se especializou em rápidas apresentações e rápidas decisões e uma falta geral
de profundidade e porque enorme número de seus “convertidos” não demonstram
nenhuma evidência de genuína salvação bíblica.
Um exemplo disto foi-me comunicado algum tempo atrás por um amigo que teve a
seguinte experiência em uma proeminente igreja batista independente:
"Nós saímos juntamente com a equipe de oficiais e funcionários da igreja, na manhã de sábado, para ganhar almas. Nós imediatamente nos dividimos e eu fiquei num pequeno grupo juntamente alguns dos veteranos. Na primeira porta a que nos dirigimos, falamos a um amigável rapaz católico e, para minha surpresa, o rapaz foi salvo ante meus olhos, quando Mr. XXXX o levou tão rapidamente de umas poucas passagens das Escrituras até a “oração do pecador”, que isso me pegou com a guarda baixa [sem saber o que pensar daquilo]. Eu me recuperei e (enquanto estava tomando detalhes do contato com este homem e os escrevia numa pequena ficha-formulário), eu perguntei ao homem se (1) acreditava que era uma pessoa boa e (2) que é possível ir ao Céu sendo uma pessoa boa. Este homem que tinha acabado de ser “salvo” disse-me ' SIM.' Eu olhei ao redor e outros dois homens ao lado de mim não disseram nada e não fizeram nada. Nós fomos a alguns lugares mais e eventualmente alcançamos uma casa onde uma jovem senhora católica romana veio à porta. Ela disse que era uma cristã que já tinha professado.sua fé.[ante um grupo como o nosso]. Mesmo que ela dissesse que todas as igrejas eram as mesmas, Mr. XXXX deu-lhe a garantia do salvação citando 1 John 5:13."
As igrejas que adotaram esse método de evangelização não escriturístico
produziram milhões de falsas profissões de fé e têm dado uma falsa esperança à
mesma multidão. Não é incomum que um por cento ou menos dos “convertidos”
demonstrem genuína salvação. Há muitas igrejas que só podem mostrar um punhado
de novas criaturas em Cristo para cada mil convertidos que anunciam. Longview
Baptist Temple, em Longview, Texas, alega que mais que um milhão de pessoas
foram salvas em 25 anos (http://www.lbtministries.com/Pastor/Meet_Our_Pastor.htm).
Todavia, num culto médio de quarta-feira [para orações e/ou doutrina], o qual é
a mais verdadeiro reflexo da verdadeira membresia real e ativa de qualquer
igreja, você somente irá encontrar umas pouquíssimas centenas de pessoas.
Literalmente, centenas de milhares daquelas almas que foram “ganhas” não estão
em lugar nenhum onde possam ser encontradas.
Há algo extremamente errado sobre
esse quadro. É uma grande confusão.
Por anos tenho estado observando o triste fruto dessa técnica: multidões de
falsas profissões de fé, confusão sobre salvação, indiferença quanto à verdade
bíblica, agnosticismo, vida reprovável e blasfêmia contra Deus. Em muitas
comunidades no país, um grande percentual da população fez a “oração do
pecador” e foi batizada em igrejas que praticam a “Metodologia da Oração Rapidinha”.
Muitos deles jamais nasceram de novo e estão agora quase inoculados contra a
salvação bíblica. Quando desafiados sobre sua condição espiritual sem vida,
eles comumente replicam: “eu fiz aquilo”, significando que fizeram uma oração e
receberam a garantia da vida eterna. Já que não ouviram que Deus requer que
eles se arrependam dos seus pecados, estão confortáveis e seguros de terem um
bilhete de passagem para o céu. Os que observam tais coisas são levados a
pensar que a salvação significa pouco ou nada em relação ao modo de vida de
alguém.
Eu fui salvo com a idade de 23 anos,
pela graça de Deus, no verão de 1973, e logo me reuni a uma igreja batista
fundamentalista. Fiquei super contente por encontrar igrejas que levam a Bíblia
a sério, que não querem facilmente vender os requisitos de Deus para a vida
cristã, que são genuinamente zelosos pela verdade bíblica e que querem defender
a verdade, CONTRA o erro. Eu devorava a Bíblia e tinha lido o Novo Testamento 3
ou 4 vezes nos primeiros meses após ter sido salvo e sabia que este era o tipo
de igreja onde Deus queria que eu me congregasse. Não há igreja batista
fundamentalista perfeita e aquela onde congregava como novo cristão certamente
estava longe de ser perfeita. No entanto, eu era zeloso e ousado pelo Senhor, e
estava entusiasmado por ter encontrado meu lar, ali.
Um ano mais tarde passei a freqüentar uma escola bíblica [um seminário] batista
para melhorar minha educação, meus conhecimentos das Escrituras, e a me
preparar para o serviço ao Senhor. Eu sabia o que o Senhor estava me chamando
para que eu fizesse, mas sabia que o que quer que eu fizesse pela vontade de
Deus, requereria uma forte fundamentação em Sua Palavra. Enquanto
lá estava, trabalhava no ministério de ônibus de uma grande igreja batista
fundamentalista (Igreja Batista de Highland Park, Chattanooga, Tennessee) e
pregava numa pequena capela associada com aquela igreja. Fui treinado em
técnicas de ganhar almas que eram desenvolvidas para produzir grande número de
“profissões de fé”. Na prática, requerer e esperar por arrependimento não era
parte da técnica. Ela focalizava, ao invés, na manipulação de pessoas para
admitirem serem pecadores (sem usar tempo suficiente para esclarecer exatamente
o que aquilo significava), para saber se gostariam de ir para o céu quando
morressem, e para fazerem a oração do pecador. Os que fizessem a oração do
pecador ouviam imediatamente que estavam salvos, recebiam a garantia da
salvação e a eles se diziam estarem salvos, embora a grande maioria não demonstrasse
nenhuma evidência bíblica de salvação.
Testemunhei várias vezes esse tipo de coisa. Um grupo de ganhadores de almas voltaria
à igreja afirmando ter conseguido dez almas para Cristo, mas, como de hábito,
nenhuma dessas pessoas “salvas” mostraria qualquer interesse posterior nas
coisas de Deus. Se isso ocorresse uma ou duas vezes, ninguém pensaria muito
sobre isso. Nenhuma igreja pode inteiramente evitar falsas profissões de fé,
mas o relato de número massivo [gigantesco] de profissões vazias é o procedimento
padrão para essas igrejas. Ninguém parece se perturbar com o fato de que só
ínfima percentagem das várias salvações relatadas exiba alguma evidência de
regeneração.
Por várias semanas em 1977, minha esposa e eu acompanhamos um programa de ganhadores
de almas num Phoster Club numa igreja na Flórida. Embora as senhoras do Phoster
Club relatassem muitas salvações, não encontramos [absolutamente] nenhuma
pessoa que demonstrasse bíblica evidência de salvação. (Sei que algumas pessoas
são salvas através desses programas, mas as amplas estatísticas não refletem a
realidade).
Tenho um amigo que pastoreou uma igreja batista fundamentalista no nordeste de
Indiana, perto da Primeira Igreja Batista de Hammond. Em 1980, um aluno da
Hyles-Anderson obteve em sua igreja perto de 1000 cartões de decisão do
ministério de visitação da Primeira Igreja Batista. As pessoas desse ministério
acompanharam diligentemente esses indivíduos, mas ficaram extremamente
desapontados por descobrir que [absolutamente] nenhuma das pessoas estava
interessada nas coisas de Cristo. O amontoado de profissões era completamente
vazio de realidade espiritual. Ele me testificou que isto lhe abriu os olhos ao
perigo da abordagem de Hyles ao evangelismo e claramente demonstrou a
duplicidade dos relatos publicados pela Primeira Igreja Batista. Não darei seu
nome, pois não o quero submetido a vexame, mas mantenho seu nome anotado.
Durante meu primeiro ano na escola bíblica, saí para ganhar almas com vários
experientes ganhadores de almas e repetidamente testemunhei esse tipo de coisa.
O ganhador de alma pegaria alguém na “Estrada da Epístola aos Romanos”, embora
o indivíduo muitas vezes não demonstrasse praticamente nenhum interesse no que
estava sendo dito e embora parecesse estar ansioso para fugir de nós e seguir
para seus interesses. A despeito da falta de qualquer convicção do Santo
Espírito ou de arrependimento evidentes, o ganhador de alma manipularia a
pessoa pressionando-a para que fizesse a oração, e então lhe anunciaria que
estaria “salva”, e continuaria dando-lhe a certeza da “salvação”. Eu sempre
duvidei dessa técnica. [Pergunto] como a pessoa poderia ser salva se,
obviamente, não estava convencida ou arrependida do seu pecado contra Deus, nem
mesmo muito interessada em Deus, de fato, quando, por todas as aparências, ele
só fez a oração meramente esperando por um bilhete de passagem para o céu que
não requereria mudança de sua parte e também esperando se livrar dos ganhadores
de almas? [Como tal pessoa poderia ser salva?]
Um homem de Deus me descreveu tal cena recentemente, similar àquelas que
pessoalmente presenciei muitas vezes. Visitando uma grande igreja batista
fundamentalista na Califórnia, ele foi fazer visitação com um dos mais notáveis
ganhadores de almas da igreja. Uma senhora respondeu à campainha em uma casa e
ficou impacientemente atrás da porta de tela enquanto o ganhador de alma
dissertou rapidamente o plano de salvação. Ela queria atender ao seu filho que
brincava no quintal, mas ele lhe implorava que ouvisse a apresentação. Durante
todo o tempo, ela olhava para o fundo da casa, bastante distraída. No final da
apresentação ele enfaticamente exigiu que ela abrisse a porta parcialmente e
apertasse sua mão. Ela parecia chocada por seu pedido, mas cautelosamente fez o
que ele pediu. Então ele perguntou se ela queria ir para o céu depois de
morrer. Quando ela respondeu afirmativamente, ele lhe pediu que fizesse a
oração do pecador depois dele, o que ela fez. Ele lhe anunciou que ela estava
gloriosamente salva e ela imediatamente fechou a porta e foi cuidar de seus
afazeres. Isso é o que chamo de Metodologia da Oração Rapidinha ou
manipulativa. Essa senhora, e milhões como ela, fizeram a “oração do pecador”
sem a convicção do Espírito Santo sobre o pecado, sem claro entendimento do evangelho,
sem arrependimento demonstrado ante Deus e sem fé salvadora depositada sobre
Jesus Cristo.
É impossível imaginar os apóstolos e pastores nas igrejas primitivas agindo
dessa forma e eu tenho que recusar seguir essa prática em meu próprio ministério.
Aprendi muitas coisas bíblicas na escola bíblica e agradeço a Deus pelas boas
coisas que ganhei nos meus anos lá, mas Deus me diz em Sua Palavra para
“provar TODAS as coisas” (I Ts 5:21) e isso inclui as coisas que fui ensinado
numa escola bíblica batista. Tenho todo o direito e a responsabilidade de
rejeitar coisas que não estejam de acordo com a Bíblia, mesmo enquanto “retendo
aquilo que seja bom”, em meu treinamento. Não é incomum em escolas bíblicas
tentar exigir uma inquestionável lealdade de seus graduandos, e aqueles que
questionam e rejeitam coisas que a escola ensina ou defende vão para a “lista
negra”. Isto é absolutamente contrário às Escrituras e não é de Deus. O único
Ser a quem podemos dar inquestionável lealdade é o Senhor Jesus Cristo. Cada
pregador deve ser continuamente provado pelas Escrituras (I Co 14:29). A
autoridade pastoral é autoridade real que requer a submissão dos membros da
igreja (Hb 13:7, 17), mas a submissão ao pastor [ou à igreja ou ao seminário ou
à denominação] não é inquestionável nem cega. As Escrituras limitam a
autoridade do pastor. Ele não tem autoridade para conduzir a igreja de modo
contrário à Palavra de Deus e é errado que os pastores (ou a liderança da
escola bíblica, etc.) tratem as pessoas como inimigas, quando elas se recusam a
seguir ensinos que elas acreditem não serem Escriturais.
Eu rejeitei esta metodologia evangelística não escritural [de oração
rapidinha] quando me ensinaram sobre ela pela primeira vez há 30 anos atrás, e
a rejeito hoje ainda mais veementemente. Ela não é o tipo de evangelismo que
encontramos no Novo Testamento e eu me recuso a seguir uma teologia e prática
fabricadas por homens, independentemente de quais sejam as etiquetas que
portem. Batistas e fundamentalistas que ensinem e pratiquem coisas
contrárias à Bíblia estão tão errados quanto protestantes e novos Evangélicos
que o façam.
Essa metodologia evangelística não escritural [de oração rapidinha] permeou num
grande segmento do movimento da igreja batista independente durante as últimas
três décadas. Embora muitos homens sejam culpados de promovê-la, acredito
que um homem que teve a mais ampla influência nisso foi o PASTOR JACK HYLES, da
Primeira igreja Batista de Hammond, Indiana. Sua influência diminuiu nas
décadas mais recentes devido a vários escândalos, mas ,nos anos 70 e 80, sua
influência era vasta através do Colégio Hyles-Anderson , dos seus livros, e do congresso
anual chamado de Escola de Pastores
“A Metodologia da Oração Rapidinha alcançou seu ápice em 3 de maio de 1998,
quando o Pastor Hyles afirmou que mais pessoas foram salvas e batizadas em sua
igreja naquele [único] dia do que foram salvas e batizadas no dia de
Pentecostes ou em qualquer outro dia da história da Igreja. Hyles estima que em
torno de 15.000 pessoas foram salvas em seu dia especial e 5.112 foram
batizadas.
Quando os eventos na igreja de Hyles são comparados com os descritos em Atos, cap.
2, no entanto, aparecem cinco discrepâncias sérias: (1) Pedro pregou a morte, sepultamento
e ressurreição de Cristo, enquanto Hyles pregou sobre o Céu. (2) Pedro exigiu
arrependimento, enquanto Hyles nem mesmo mencionou arrependimento ou mesmo
enfatizou que ele pode ser necessário para a salvação. (3) Os que foram salvos no
dia de Pentecostes foram acrescentados à Igreja, enquanto os que fizeram a
oração com Hyles não tiveram permissão para se unirem à igreja. (4) A única
“metodologia” usada em Pentecostes foi a oração, a pregação da Palavra de Deus,
o testemunho pessoal, e o poder sobrenatural do Espírito Santo, enquanto Hyles
usou múltiplas promoções fabricadas por homens para atrair pessoas às suas
reuniões e para manipular pessoas para tomarem “decisões” e submeterem-se ao
batismo. (5) Os que foram salvos em Pentecostes “continuaram firmes na
doutrina, na comunhão e nas orações”, enquanto poucos dentre os contados nas
estatísticas de salvação de Hyles demonstraram tais evidências claras de
salvação. [Ver Cap. Cinco do livro Repentance Is More Than a Sinner’s
Prayer (Arrependimento é Mais que a
Oração do Pecador), o título do capítulo é “Pentecostes vs. Hylescostes”]
(Contaram-me que antes de sua morte em 2001, Jack Hyles estava pregando sobre
arrependimento e mudança de vida. Disseram-me que ele estava fazendo isso na Conferência
de Wally Beebe Bus em Janeiro de 2000, por exemplo. Mas se ele realmente mudou sua
mental a respeito de arrependimento e decidiu definir arrependimento
biblicamente e historicamente como uma mudança mental que resulta em mudança de
vida, e se ele realmente acreditou ser importante procurar por genuíno
arrependimento e conversão na vida de cada professante de fé, então ele deveria
ter publicamente renunciado às suas afirmações anteriores sobre arrependimento,
assim como à sua metodologia não baseada nas Escrituras “você- quer- ir- para-
o- céu?- Então- faça- essa- oração” que encheu a terra com professantes de fé
não convertidos. Ele também deveria ter renunciado à afirmação ultrajante de
que foram salvas em sua igreja, em 3 de Maio de 1998, mais pessoas do que no
dia de Pentecostes. Em outras palavras, se ele se arrependesse sobre o
arrependimento, então nós o teríamos realmente visto [arrependimento na própria
vida dele]! O arrependimento bíblico pode ser visto. É uma grande hipocrisia e
incrível confusão um homem dizer que acredita no arrependimento bíblico
enquanto, ao mesmo tempo, classifica milhares de orações vazias como
“salvações”. Um homem que diz que 15.000 pessoas foram salvas em sua igreja em
um [único] dia quando ele sabe muito bem que muitos deles não nasceram de novo,
NÃO ACREDITA EM ARREPENDIMENTO, apesar de tudo que possa dizer com sua boca. MUITOS
OUTROS HOMENS QUE DIZEM QUE CRÊM EM ARREPENDIMENTO NEGAM-NO NA PRÁTICA, ATRAVÉS DE SEUS NÃO ESCRITURAIS PROGRAMAS DE GANHAR ALMAS)
Acredito ser a carnalidade que permite que a metodologia da “oração rapidinha”
domine um programa evangelístico de uma igreja. Por que seguir uma metodologia
que produz números massivos de profissões vazias? Por que relatar as orações
vazias como se fossem salvações? Por que não admitir que tais grandes números
não refletem a genuína salvação? Acredito que a resposta jaz na carnalidade da
liderança. O orgulho (usar números inflacionados para exaltar a si mesmos) e a
exaltação do homem (seguir homens de reputação e não seguir somente a Deus e à
Sua Palavra, e permitir que homens exaltem a si mesmos acima das Escrituras e
da decência) são produtos da carnalidade.
A mesma carnalidade que permitiu que a não escriturística metodologia da “oração
rapidinha” permeie muitas igrejas batistas independentes deu frutos não
espirituais em outras áreas. Multidões de proeminentes pregadores batistas
independentes (incluindo Jack Hyles e seu filho Dave e muitos dos amigos
pregadores mais íntimos de Hyles) foram envolvidas em escândalos morais, muitas
vezes deixando suas congregações em caos e arrasadas. Incontáveis membros da
igreja se tornaram amargos por esses incidentes e são hoje firmes inimigos do
fundamentalismo bíblico por causa da carnalidade e do absurdo não escriturístico
que observaram nas igrejas batistas independentes. (Não estou desculpando essas
pessoas, porque deveriam ter mantido seus olhos no Senhor, ao invés de
mantê-los nos homens; só estou apontando um fato). Muitas das igrejas maiores
entraram em colapso e fecharam suas portas ou são mera casca de sua “glória”
anterior. Nada disso me espanta muito. Os homens dispostos a empregar técnicas
não escriturísticas para “ganhar almas”, dispostos a usar manipulação humana
para produzir profissões de fé questionáveis, dispostos a transformar a casa do
Deus santo num carnaval, que relatam grande número de convertidos, apesar da
vasta maioria deles não demonstrar evidência de salvação, que são auto-promotores
e fanfarrões, -- são homens carnais. “Porque o que semeia para sua própria
carne da carne colherá corrupção”.... (Gl 6:8). Não é surpresa que muitos
desses homens se tornaram adúlteros, ladrões, mentirosos, pervertidos e
charlatães. (Oro ao Senhor, por outro lado, que também haja pastores de algumas
grandes igrejas batistas independentes que sejam homens de Deus, humildes,
compassivos, centrados em Cristo).
Muitas outras grandes igrejas batistas independentes rapidamente se tornaram
ecumênicas e adotaram filosofias não escriturísticas neo-evangélicas de
crescimento de igreja (empregando uma mensagem positiva, usando música de rock,
deixando que as pessoas estabeleçam os padrões de vida pregados pela igreja,
associando com Mantenedores da Promessa (Promise Keepers) e outras organizações
ecumênicas, usando uma miscelânea de versões modernas da Bíblia [baseadas no
texto alexandrino e/ou traduzindo pelo método de Equivalência Dinâmica], etc.).
Isto também não me surpreende. Demasiados pastores batistas independentes
foram consumidos com uma abordagem pragmática para o crescimento da igreja. Os
pragmáticos usam de qualquer método para alcançarem mais eficazmente o objetivo
de formarem e manterem uma grande igreja, independentemente de o método ser ou
não estritamente fiel às Escrituras ou glorificar a Jesus Cristo. Vejo pouca diferença
entre o batista independente que usa recursos carnavalescos para construir
grandes igrejas, de um neo-evangélico que usa um “culto contemporâneo”. Nenhuma
dessas coisas está nas Escrituras nem glorifica a Jesus Cristo. À luz do
pragmatismo que tem permeado a filosofia de crescimento de muitas igrejas batistas
independentes nos últimos 30 anos, não surpreende que tantas estejam adotando a
metodologia neo-evangélica. Há 30 anos, as maiores igrejas no país eram batistas
independentes. Hoje, as maiores são neo-evangélicas e carismáticas. O
pragmatismo vê isso e pula no vagão de maior sucesso sem considerar o ensino e
exemplo das Escrituras do Novo Testamento. Sua primeira consideração não é a
verdade, mas números e prestígio.
A ampla adoção da “oração
rapidinha” resultou numa mudança na doutrina do arrependimento. Um dos erros do
método de evangelização que produz grande número de profissões vazias de fé é a
falha em pregar e demandar o arrependimento bíblico, ou a redefinição do
arrependimento para significar uma mera mudança mental que não necessariamente
resulta numa mudança de vida.
Considere os seguintes exemplos
dessa mudança na definição de arrependimento:
“O que faz com que a ira de Deus caia sobre uma pessoa? Não crer! Então, de que
uma pessoa deve se arrepender para ser salvo? Ele deve se arrepender daquilo
que o torna perdido. Já que ‘não crer’ o torna perdido, ‘crer’ o torna salvo. O
arrependimento então é a conversão a partir daquilo que o afasta de ser salvo, para
aquilo que o salva. Então, sim, há um arrependimento de não crer para que se
venha a crer. É simplesmente uma mudança de direção [uma conversão].
Significa dar a volta. Você está deixando a não crença e decide dar a volta e
crer. Você muda sua direção. Você muda a sua mente. Com a sua vontade você crê
e repousa sobre Cristo para salvá-lo. Você tem que se arrepender de não crer.
Aquilo que torna perdido o homem deve ser corrigido” (Dr. Jack Hyles, Enemies
of Soulwinning (Inimigos de Ganhar Almas),
1993).”.
“10.446 profissões de fé em 1995. … Arrependimento não é uma doutrina. A
palavra ‘arrependimento’ nem mesmo é encontrada no livro de João. Deus assume
obviamente que ‘arrependimento’ é uma parte de ‘crer’.....Arrepender não é
converter-se dos seus pecados... Arrepender é mudar sua mente da não crença
para a crença em Cristo”. (Bob
Gray, “A Message from the Pastor,” The Soulwinner,
January 1996, Longview Baptist Temple, Longview, Texas).
“A ênfase sobre arrependimento criou
confusão entre pregadores jovens e idosos. Tem sido uma fonte de desencorajamento para os ganhadores de almas.....
Tenho duas escolhas. Posso seguir os que usam seus alfinetes [emblemas
orgulhosamente exibidos nas golas de suas roupas] de ganhadores de almas, ou
posso seguir os que são críticos daqueles que levam pessoas a Cristo. Que os
críticos possam se arrepender e que possam os ganhadores de almas perceber que
estamos no mesmo time” (Brent Neal, “Is Repentance an Attack on
Soulwinning?” The Baptist Contender,
junho 1966).
“As várias condições falsas de salvação [incluem] batismo na água e arrependimento”
(Dr. Fred Afman, “The Way of Salvation,” Sunday School class, Highland
Park Baptist Church, Chattanooga, Tennessee,
maio 1966. Citado por Chris
Mc Neilly, The Great Ommission, pgs 25/26; Dr. Afman é professor no Tennessee Temple).
“Se alguém diz: arrependa-se dos seus
pecados senão você não estará salvo, o que eles querem dizer com isso?.... arrependimento
no verdadeiro sentido da palavra significa deixar de ser um descrente e
tornar-se um crente” (Tolbert Moore, “Repentance and Lordship
Salvation,” The Gospel Preacher, setembro
1996).
“O problema e a confusão não é pregar arrependimento, mas ligar a definição
errada à palavra. Por exemplo, dizer que arrependimento significa
converter-se do pecado, ou dizer que arrependimento é uma mudança mental que
leva a uma mudança de ação é dar uma definição errada à palavra” (Curtis
Hutson, Repentance: What Does the Bible Teach? Sword of
the Lord, 1996 p.16).
Acredito que as afirmações acima sobre arrependimento representam um erro
sério. Não acredito que isso seja um assunto simples. Dizer que o
arrependimento não tem nada a ver com converter-se do pecado, negar que ele
seja uma mudança de mente que LEVA A UMA MUDANÇA DE VIDA, e afirmar que
arrependimento não tem que ser pregado, tudo isso é ensinamento falso. Se não
precisa ser pregado, por que o Senhor Jesus Cristo e Pedro e Paulo e os outros
pregadores da Bíblia o fariam?!
Estou convencido que essa mudança na doutrina do arrependimento é meramente
uma justificativa para a metodologia não escriturística que se tornou
proeminente durante as últimas três décadas.
Como os batistas fundamentalistas
chegaram a esse ponto? Afirmar que milhares estejam sendo salvos quando não há
evidência de salvação na maioria das suas vidas é confusão. Não é nisso que os batistas
fundamentalistas acreditavam e praticavam antes das últimas décadas.
João, o batista
Está claro que o primeiro ‘batista’, aquele chamado João, não praticava
qualquer tipo de ‘oração rapidinha’. Ele pregava arrependimento e demandava a
respectiva evidência.
“Naqueles dias, apareceu João batista pregando no deserto da Judéia e dizia:
Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus. Vendo ele, porém, que
muitos fariseus e saduceus vinham ao batismo, disse-lhes: Raça de víboras, quem
vos induziu a fugir da ira vindoura? Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento;”
(Mt. 3:1,2, 7, 8).
Igrejas Apostólicas
Também está claro que os apóstolos do Senhor e as primeiras igrejas não
desdenhavam o arrependimento. Pedro exigiu o arrependimento no dia de
Pentecostes: “Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos e cada um de vós seja
batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados e recebereis
o dom do Espírito Santo. (Atos 2:38). Em sua Segunda epístola,
Pedro descreveu salvação como vir ‘ao arrependimento” (II Pedro 3:9).
Também Paulo pregou o arrependimento aos pagãos não salvos doa seus dias. “Ora,
não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos
homens que todos, em qualquer parte, se arrependam (Atos 17: 30)”. Ele
obviamente não se impressionou pelo argumento de que o termo arrependimento não
deveria ser usado porque o povo não salvo não o compreendia ou o argumento que
o arrependimento não deveria ser pregado porque não é mencionado no Evangelho
de João! Além disso, Paulo exigiu evidência do arrependimento dos que
professavam a fé em Cristo: “Pelo que, ó rei Agripa, não fui desobediente à
visão celestial, mas anunciei primeiramente aos de Damasco e em Jerusalém, por
toda a região da Judéia, e aos gentios, que se arrependessem e se
convertessem a Deus, praticando obras dignas de arrependimento”.
(Atos 26: 19-20).
Não há o mais leve traço de “oração rapidinha” no evangelismo praticado pelos
apóstolos e as primeiras igrejas.
Os Waldenses
Os Waldenses são um exemplo de separatistas, igrejas batistas do Novo
Testamento que existiram através de toda as “Eras de Trevas” e que foram
amargamente perseguidos pela Igreja Católica Romana apóstata. Fiz extensa
pesquisa sobre as antigas igrejas, mesmo chegando ao ponto de visitar o Alpes
no nordeste da Itália onde eles viveram, e foi muito edificante e desafiador.
Minha biblioteca contém dúzias de histórias sobre os Waldenses, incluindo Algumas
Notas sobre a História Eclesiástica das Antigas Igrejas do Piemonte (1821)
por Pierre Allix, Detalhes Autênticos dos Waldenses (1827) por D’Henri Arnaud,
Espelho dos Mártires, por Thieleman Braght, História dos Waldenses da
Itália (1889) por Emilio Comba, Uma História da Igreja Medieval
(1954) por Margaret Deanesly, A História dos Antigos Waldenses (1838)
por George Faber, Atos e Monumentos (1641) por John Foxe, Narrativa
de uma Excursão às Montanhas do Piemonte (1925) por William Gilly, A
Inquisição na Idade Média (1906) por Henry Lea, História Geral das
Igrejas Evangélicas dos Vales Piemonteses (1669) por Leger, História da
Reforma na Itália (1856) por Thomas M’Crie, História da Igreja de Cristo
(1819) por Joseph Milner, Os Waldenses (1853) por A. W.Mitchell, História
das Igrejas Evangélicas dos Vales do Piemonte (1658) por Samuel Morland, Uma
História Eclesiástica (1840) por Johann Mosheim, História Geral da
Religião Cristã (1847) por Augustus Neander, História da Igreja Cristã (1910)
por Phillip Schaff, História dos Antigos Cristãos (1846) por Jean Paul
Perrin, Pesquisas Eclesiásticas (1792) por Robert Robinson, Os
Waldenses (1838), por William Beattie e História do Protestantismo
(1896) por James Wylie.
William Jones, um notável pastor e estudioso batista britânico no século 18 e
início do século 19, publicou uma excelente história dos Waldenses em 1819. Sua
História da Igreja Cristã em dois volumes, foi recentemente publicada pela Way
of Life Literature via Biblioteca Eletrônica da História Batista no web site de
Way of Life - http://www.wayoflife.org/articles/jones00.htm. Usando
materiais raros da Igreja, Jones observou que o termo “Waldenses” descreve
vários grupos de cristãos separatistas que tomaram a Bíblia como sua única
autoridade de fé e prática e que rejeitaram Roma como a grande prostituta da
Babilônia. Pelo menos alguns dos Waldenses sustentaram os distintivos batistas,
incluindo a Bíblia como única autoridade de fé e prática, uma participação
regenerada da igreja, duas ordenâncias da igreja: o batismo dos crentes e a
Ceia do Senhor como refeição memorial, o sacerdócio do crente, o direito à
interpretação pessoal das Escrituras e a separação da igreja e Estado. (Por
volta do século 16, muitos dos Waldenses que restavam após [cerca de 15] séculos
de inesgotável e feroz perseguição estavam desgastados e então corromperam suas
práticas e aceitaram certos erros protestantes como o batismo infantil; mas há
irrefutável evidência de que no mínimo muitos dos primeiros grupos Waldenses
rejeitaram esses erros).
As antigas igrejas Waldenses da Itália e da França, como representantes das
igrejas separatistas crentes na Bíblia e existentes na Idade das Trevas,
pregavam arrependimento e exigiam evidência de arrependimento dos que
professavam o Cristo. O texto seguinte é de uma Confissão de Fé Waldense de
1544:
“Acreditamos que a ordenança do batismo na água é o sinal visível e externo
que representa para nós o que, em virtude da operação invisível de Deus, está
dentro de nós, isto é, a renovação de nossas mentes e a mortificação de
nossos membros através [da fé em] Jesus Cristo. E por essa ordenança somos
recebidos na santa congregação do povo de Deus, previamente professando e
declarando nossa fé E MUDANÇA DE VIDA” (Jones: History of the
Christian Church, vol. II, “Waldensian sentiments and
practices, collected from their own writings”).
É óbvio que as antigas igrejas Waldenses
teriam rejeitado com horror a idéia moderna de que o arrependimento não
necessariamente resulta em mudança de vida e que as igrejas podem receber
membros que não tenham outro testemunho de salvação além da mera oração que
repetiram.
Roger Williams
Centenas de exemplos podem ser dados dos batistas na Inglaterra e na América
durante os últimos séculos para demonstrar que eles defenderam o arrependimento
bíblico. Como exemplo do que os batistas pensavam sobre arrependimento e
conversão na antiga história da América, voltamos a Roger Williams. Ele formou
o que é amplamente visto como a primeira igreja batista na América. Embora
Williams mais tarde tenha se desvinculado dos batistas e de outras igrejas
organizadas, ele mantinha uma visão sensível ao Evangelho e a muitos aspectos
da doutrina bíblica. Ele foi muito enfático sobre a necessidade da genuína
conversão. Em sua Resposta a George Fox (fundador dos Quakers) de 1676, Roger
Williams observa que “uma Igreja do Evangelho deve ser feita de homens
verdadeiramente regenerados que se possa chamá-los de crentes reais,
verdadeiros discípulos e convertidos, pedras vivas, de tal modo que se possa
dar conta de como a graça de Deus apareceu entre eles e PRODUZIU AQUELA
MUDANÇA CELESTIAL NELES” (citado em Thomas Armitage, A
History of the Baptists, 1890). Esta mudança que ele chama “aquele
princípio galante, celestial e fundamental do objetivo verdadeiro de uma
congregação, aprisco ou sociedade cristã.” Em seu tratado “Christenings
make not Christians“ (Batizar ou Declarar
Cristão não Fazem Cristãos), publicado em 1645, Williams adverte enfaticamente
contra as falsas profissões de fé e uma falha em pregar e exigir a genuína
conversão espiritual. Ele conta a seus leitores que ele poderia ter
multiplicado milhares de “convertidos” entre os nativos de Nova Inglaterra, se
tivesse desejado usar meios não encontrados nas Escrituras: “Sei que teria sido
fácil para mim mesmo, longe de mim tal coisa, trazer muitos milhares desses nativos,
sim, todo o país, a uma conversão anticristã muito maior do que jamais se ouviu
na América”.
Depois de repetir que dessa forma ele poderia ter convertido os índios, ele faz
a seguinte indagação: “Por que eu não os trouxe a tal conversão?” E ele responde:
“Respondo: “Ai de mim, se chamo luz à escuridão ou escuridão à luz, se chamo de
doce ao amargo ou de amargo ao doce. Ai de mim se chamo a isso conversão a
Deus, o que é, de fato, uma subversão das almas de milhões na cristandade, de
uma adoração a meramente outra, e a profanação do santo nome de Deus, do Seu
santo Filho e das abençoadas ordenanças.... Não é um terno de cetim carmesim
que fará um homem morto viver. Tire-o e mude seu carmesim para branco e ele
continuará morto. Tire-o também e coloque nele roupas de ouro e dela mude para
roupas cobertas com diamantes e ele ainda será um homem morto. Pois não é uma
forma nem a mudança de uma forma para outra, outra forma mais fina, mais fina e
ainda mais fina, que torna um homem em convertido – QUERO DIZER UM CONVERTIDO
ACEITÁVEL PARA DEUS EM JESUS CRISTO, CONFORME A REGRA VISÍVEL DE SUA ÚLTIMA VERDADE E
TESTAMENTO. Não falo de hipócritas, que só tem o brilho mas sem a solidez do
ouro, como Simão o Mago, Judas, etc. Mas de VERDADEIRA CONVERSÃO EXTERNALIZADA.
Digo então, ai de mim! Se, com a intenção de pegar pessoas, como disse o Senhor
Jesus a Pedro, eu fingir a conversão [deles] e trouxer homens, como peixes
místicos, a um estado de Igreja, quer dizer, um estado de convertidos, e então edificá-los
com ordenanças como se fossem um povo cristão convertido e ainda, depois disso,
ainda fingir pegá-los através de uma pós-conversão.”
Nas páginas 17-18, Williams define mais completamente o que ele entende como
arrependimento e conversão:
“Primeiro, deve ser por livre proclamação e PREGAÇÃO DE ARREPENDIMENTO e perdão
dos pecados (Lucas 14), por mensageiros que possam provar seu envio e
comissionamento legal pelo Senhor Jesus para fazer discípulos em todas as
nações; para batizá-los ou lavá-los no nome ou profissão de fé na Santa
Trindade. Mt 28:19; Rm 10: 14-15. Em seguida, UMA TAL CONVERSÃO (até o alcance
do julgamento dos homens, que é falível) É COMO FOI O JULGAMENTO DOS PRIMEIROS
MENSAGEIROS, como foi em Simão o Mago, etc., É NA MEIA-VOLTA-VOLVER DE TODO O
HOMEM, PARA FORA DO PODER DE SATÃ E PARA AGORA SEGUIR NA DIREÇÃO DE DEUS. Atos
16. Essa mudança é como se o velho homem se tornasse um bebê (Jô 4); Sim, equivale
à nova criatura de Deus na alma. Ef 2:10.”
Aquele sólido velho guerreiro da
liberdade religiosa, Roger Williams estava atento ao grande crime de produzir e
aceitar “convertidos” cristãos que não estejam verdadeiramente convertidos por
regeneração espiritual. É óbvio o que Roger Williams pensaria da prática entre batistas
independentes de hoje multiplicando milhares de pessoas pelo mundo afora
proclamadas como “salvas” meramente porque fizeram uma oração. Muitos
missionários batistas me descreveram a terrível confusão disseminada em várias
partes do mundo através da prática da “oração rapidinha” por seus irmãos
missionários que utilizaram esse mal não Escritural além das praias da América.
Sim, eu o vi com meus próprios olhos.
Durante nossos 14 anos de trabalho missionário no Nepal, poderíamos obter
números massivos de “decisões” e “orações de pecador” se estivéssemos dispostos
a usar a metodologia da oração rapidinha. Que hindu ou budista não quereria “ir
para o céu depois de morrer?” Ansiosamente eles fariam uma oração ou cumpririam
o ritual de qualquer outra religião por esse fim desejado. Na realidade, no
entanto, o que eles estão fazendo quando fazem essa oração é meramente
acrescentando Jesus a seus outros deuses porque não estão prontos a se
arrepender de sua idolatria. Trabalhei com alunos da universidade do Nepal na
cidade de Oklahoma e, numa reunião evangélica eu estava falando com um deles.
Nós o conhecíamos há um ano e meio e passamos muitas horas juntos e havia
explicado o evangelho para ele. De fato ele participou de várias igrejas e
ouviu o evangelho muitas vezes. Ele me contou que “aceitou Jesus Cristo como
Deus e Salvador. Nesse ponto, um ganhador de almas tipo “oração rapidinha” lhe
diria para fazer a oração do pecador, mas essa pressa é loucura para quem está
lidando com as almas eternas dos homens. Eu disse: “Isso é ótimo”. O que você
pensa agora a respeito dos deuses hindus?” Ele respondeu: “Eles também são
deuses. Há um único Deus, mas Ele tem várias manifestações e modos de adoração.
No meu caso, gosto do modo cristão de adoração.” Isto é típico do caminho que
muitos hindus tomam quando se tornam interessados no Cristianismo. Eles aceitam
Jesus Cristo como Deus, mas não como único Deus. Eles não rejeitam a idolatria.
Eles adicionam Jesus a seus outros deuses. Quando um hindu (ou alguém mais,
neste assunto) está pronto a ser salvo, ele está pronto a sair da idolatria e a
receber SOMENTE a Jesus Cristo como Deus e Salvador (Ts 1:9-10)!
As Igrejas que dei início são muito cuidadosas sobre os que professam a Cristo
e querem se juntar a elas. Eles requerem alguma evidência de que o indivíduo
nasceu de novo (Atos 26:20) Se eles não fizessem assim, se eles aceitassem
qualquer pessoa naquela cultura que quisesse “professar a Cristo”, as igrejas
rapidamente se encheriam com “hindus cristianizados” não regenerados. E é isto
precisamente o que você encontra em muitas outras igrejas. Uma igreja nos EUA,
famosa por suas muitas “decisões” geradas por seu programa evangelístico,
acompanhou alguns dos contatos nepaleses locais da minha esposa. Em alguns
casos, eles conseguiram que os nepaleses fizessem uma oração de salvação e
conseguiram levar alguns deles para a fila da piscina batismal. Mas os
nepaleses ainda permaneceram não regenerados e não arrependidos de sua
idolatria. Uma vez fomos a um jantar na casa de um casal nepalês em que ambos
os cônjuges fizeram a oração do pecador. Exposto em destaque na parede da sala
de estar estavam deuses nepaleses. A senhora contou à minha esposa que, sim,
eles ainda oravam a eles. Não surpreende encontrar um hindu eu queira adicionar
Jesus a seu/sua deus/a, mas o que surpreenderia seria encontrar uma igreja que
afirme acreditar e seguir a Bíblia, mas que aceita profissões vazias de fé como
“salvações” e contabilize-as assim, em seus relatórios e até mesmo em seu rol
de membros.
Os primeiros batistas na América não
só levavam a sério a salvação como requeriam evidência dos que então eram
batizados, mas esse era o comum entre as antigas igrejas batistas na América do
Norte. O Pastor David Benedict publicou sua História Geral da Denominação
Batista na América, em 1813. Ele trabalhou oito anos nessa obra monumental,
durante cujo processo ele viajou perto de 7.000 milhas pelos estados do
sul e do norte e no Canadá, coletando informação sobre as igrejas. Muitas
dessas jornadas foram solitárias, a cavalo, em regiões inóspitas do país. Sua
história frequentemente menciona o cuidado com que as igrejas batistas
devidamente organizadas recebiam membros. “Eles tinham um costume chamado ouvir
a experiência”, que precedia o batismo. A seguinte, por exemplo, é uma
descrição de um reavivamento que ocorreu em 1807 em Argyle, Nova Escócia:
“Muitos foram feridos no coração e se lamentaram sob o peso dos seus
pecados. No último culto de sábado em março, 20 pessoas vieram e foram
batizados. Devo concluir também que cento e vinte foram batizados. Houve cinco
batismos no inverno. Vinte e quatro CONTARAM SUAS EXPERIÊNCIAS, os quais
ainda não foram batizados [porque suas experiências não foram consideradas
totalmente suficientes] ainda e vários outros estão sob sentimentos de
esperança. A obra [isto é, o reavivamento] ainda continua nesse lugar e está se
disseminando rapidamente em diferentes partes da província” (Benedict, Uma
História Geral da Denominação Batista, vol.I, cap.8).
Vemos muitas diferenças importantes entre o método de evangelismo praticado por
esses antigos batistas, em relação ao método praticado por muitos batistas
independentes hoje. Primeiro, eles procuravam pelas [evidências de] forte
convicção de serem pecadores, [evidência dada] pelo Espírito Santo. Segundo,
eles requeriam um claro testemunho de salvação daqueles que seriam batizados.
Eles requeriam dos candidatos a professarem a fé que “contassem suas
experiências” perante a igreja. É óbvio que eles procuravam mais que culto meramente
dos lábios para fora. Terceiro, eles não computavam meras profissões de fé, mas
computavam os batismos de [sim, mas isto somente se referia a] os que davam
evidência de salvação. Quarto, eles não confundiam “sentimentos de esperança”
com salvação genuína. Sabiam que uma pessoa pode estar interessada em Cristo e
pode ser convencida do seu pecado sem estar genuinamente salva. Vemos muitos
exemplos disso nos Evangelhos.
J. Frank Norris
Vamos nos aproximar mais do nosso próprio tempo. Nos anos 30, 40, 50 e 60, houve multidões de igrejas batistas
fundamentalistas “agressivas” [quanto ao evangelismo] que viram milhões de
almas serem salvas pela graça de Deus. J. Frank Norris, por exemplo, pastoreou
duas grandes igrejas ao mesmo tempo, desde 1934 a 1947 – a Primeira
Igreja Batista de Fort Worth, Texas e a Igreja Batista Templo, de Detroit,
Michigan. Pelos esforços de Norris e seu assistente, Dr. Louis Entzminger, as
Escolas Dominicais dessas duas congregações se tornaram as maiores do mundo
naquela época (15.000 e 20.000 alunos, respectivamente). Eles descartaram livrinhos
de estudo e usaram somente a Bíblia como livro texto nas Escolas Dominicais.
Norris desenvolveu um programa agressivo de visitação de casa em casa. Em suas memórias,
Entzminger escreveria:
“Do ponto de vista humano, o segredo do crescimento dessas igrejas pode ser
resumido em uma palavra: Visitação (O Frank Norris que Conheci por 34 anos,
p.255).
Os homens saíam nas noites das 2ªs feiras, indo diretamente do trabalho para a
igreja às 18hs onde tomavam uma sopa preparada pelas senhoras da igreja. Às
18.30 h recebiam cartões e saíam para visitar os lares, dois a dois. Às 21hs
voltavam à igreja para dar relatos. As mulheres se reuniam na igreja às 09.30 h
e visitavam os lares até 12.30 h e então se encontravam novamente na igreja
para almoçar e confraternizar, seguido por relatos e uma curta mensagem de
Norris.
Essas duas Igrejas, por sua vez, produziram dúzias de outras igrejas. No ano da
morte de Norris (1952), a Primeira Batista e a de Fort Worth tinham
estabelecido mais de 20 igrejas que cresciam saudavelmente e em volta daquela
única cidade. O mesmo foi verdade para o da Igreja Batista Templo, de Detroit. Uma
certa vez [por ocasião de uma campanha evangelística] J. Frank Norris [todas as
noites] durante uma inteira semana sobre o assunto do inferno, sem fazer um
único convite. Só depois de toda a semana dessa pregação, ele fez o convite e
mais de 150 pessoas foram salvas. Ele acreditava em forrar o chão dos corações
dos pecadores com a lei de Deus para preparar a alma para a genuína conversão e
arrependimento. Este é um dos elementos esquecidos do evangelismo de hoje. Norris
nunca deu aos homens a idéia de que poderiam ser salvos e ir para o Céu sem
arrependimento dos seus pecados contra Deus. Em sua mensagem “Há um Céu?”
ele proclamou:
“Jesus disse: A não ser que nos arrependamos, pereceremos todos, da mesma
forma. Só há uma verdade que salva o homem do inferno: arrependimento. Os
homens não vão para o inferno por causa dos seus pecados, mas POR NÃO SE
ARREPENDEREM DOS SEUS PECADOS.”
Norris obviamente acreditava em
arrependimento do pecado. Numa série de mensagens intituladas “Em Que os
Batistas Fundamentalistas Acreditam”, pregada na reunião anual da Associação
Batista Americana em 1935, Norris declarou claramente que o arrependimento é a
“volta para Deus com sincera contrição, confissão e súplica por misericórdia” e
que a “adequada evidência” do novo nascimento “aparece nos santos frutos do
arrependimento e fé e novidade e vida.” Ele pregou contra aqueles que instruíam
as pessoas a tomarem meras “decisões” por Cristo e que convidavam pecadores a
meramente virem à frente para oração. Ele dizia que “nesse tipo de pregação não
havia evangelho suficiente para salvar uma formiga.”
Não havia “oração rapidinha” no ministério de Norris ou no ministério de outros
antigos pregadores batistas fundamentalistas. Eles nunca deram a idéia que as
pessoas poderiam ser salvas sem evidenciar uma mudança de vida.
J. Oswald Smith
Outro exemplo de um ministério evangelístico agressivo numa igreja
fundamentalista na primeira parte do século 20 foi o de J. Oswald Smith em
Toronto, Canadá. Ele construiu uma grande congregação através da pregação do
evangelho e iniciativas de ganhar almas. Ele treinou ganhadores de almas,
separou guerreiros de oração, usou cultos evangelísticos, fez convites e fez
grande coleta de almas no Canadá e em todo o mundo. Não havia nada de raso, no
entanto, em seu ministério do evangelho. Não havia “oração rapidinha”. Ele
constantemente enfatizada a convicção do pecado, o genuíno renascimento
espiritual, a confissão do pecado, o arrependimento e a absoluta necessidade do
poder de Deus operando o milagre. A seguinte afirmação é de um sermão que ele pregou
sobre evangelismo diante de 3.000 alunos universitários:
“Onde houver genuína convicção do pecado não é necessário impor, coagir ou
pressionar na energia da carne; os pecadores virão sem serem forçados; eles
virão porque percebem que têm que vir... Se tivermos que conseguir frutos do
Espírito Santo, Deus deve preparar o terreno; o Espírito Santo deve convencer
sobre o pecado antes que os homens possam verdadeiramente crer.” É certo
dizer às pessoas para crerem quando Deus já fez Seu trabalho em seus corações, mas
primeiro eles devem sentir a necessidade deles. ESPEREMOS ATÉ QUE O ESPÍRITO
DE DEUS TENHA FEITO SUA PARTE ANTES DE DIZERMOS: ‘CREIAM NO SENHOR JESUS
Cristo e vocês serão salvos. VEJAMOS PRIMEIRO OS SINAIS DE CONVICÇÃO como no
caso do carcereiro filipense...
“‘Há um outro Evangelho, muito popular nos dias atuais, que parece excluir
convicção do pecado e excluir arrependimento, excluir ambos do esquema da
Salvação, o qual passa a demandar do pecador uma mera concordância com o fato
de sua culpa e pecado, e uma espécie de concordância intelectual com o fato
e a suficiência com a intermediação de Cristo; e, dada tal concordância, diz
que ele vá em paz e fique feliz com a certeza de que o Senhor Jesus tornou tudo
certo entre sua alma e Deus, assim gritando paz, paz, onde não há paz. Frágeis e falsas conversões desse tipo podem
ser uma razão por que tantos que assumem a profissão de fé cristã desonram a
deus e trazem reprovação à igreja por suas vidas inconsistentes e por suas
permanentes escorregadelas e mundanismo e pecado’....
“UMA COISA É LEVANTAR A MÃO E ASSINAR UM CARTÃO DE DECISÃO, MAS OUTRA
COISA É SER SALVO... Uma coisa é ter centenas de convertidos declarados
durante o excitamento de uma campanha, mas outra coisa é vir cinco anos depois
e ainda encontrá-los lá”. (Oswald J.Smith, A Paixão pelas Almas,
1950).
É óbvio que não há “oração rapidinha” no ministério de Oswald J.Smith. Ele não
procurava por vazias profissões de fé. Ele buscava salvações. Ele definiu
arrependimento como uma mudança mental tão radical que sempre resultaria
em mudança de vida.
Centenas de outros exemplos poderiam ser dados de igrejas batistas
independentes fundamentalistas e agressivamente evangelísticas, entre 1930 e
1970. O ponto onde quero chegar é que enquanto essas igrejas tinham grande zelo
pelo evangelismo, elas não praticavam a metodologia da “oração rapidinha”.
Norris e outros daquele tempo contavam números, mas não faziam relatórios
ultrajantes sobre profissões vazias de fé. O que eles tipicamente contavam não
eram “decisões” ou “profissões”, mas batismos e pessoas que se tornavam
membros. Por exemplo, em 1946 foram relatadas 3.126 “adições a ambas as
igrejas” (Fort Worth e Detroit). Na biografia de Norris por Entzminger não há
menção de meras profissões de fé e certamente não há exemplo de profissões
vazias sendo chamadas de “salvações”.
Em décadas passadas, os batistas mais
fundamentalistas pregavam o arrependimento bíblico. Eles ensinavam que o
arrependimento é uma volta para Deus, afastando-se do pecado. Eles sabiam que o
arrependimento verdadeiro resulta numa mudança na vida da pessoa e ficariam
admirados se um batista fundamentalista negasse isso. Eles não ensinavam que o
arrependimento fosse uma obra da salvação, mas sabiam que o verdadeiro
arrependimento sempre produz boas obras. Eles entendiam adequadamente sobre o
arrependimento e pregavam enfaticamente sobre arrependimento. Considere os
seguintes exemplos:
Coletei essas citações de muitas fontes e sou especialmente grato à biblioteca
do Colégio Batista Bíblico em Springfield, Missouri, ao Dr. Chris McNeilly por
seu excelente livro A Grande Omissão: O Que Aconteceu ao Arrependimento
(Colégio Batista de Fairhaven, Chesterton, Indiana, 1999); ao evangelista Steve
Ragland, Ministro Batista em Prisões, Sioux Falls, Dakota do Sul, que realizou
extensa pesquisa sobre a doutrina do arrependimento, e ao Dr. Jack Green,
pastor da Igreja Batista Landmark em Fort Worth, Texas, que
gerencia a J&R Distribuidores, através da qual os escritos e fitas de
antigos batistas fundamentalistas são publicados. Dr Green graciosamente me
permitiu pesquisar em seus próprios arquivos sobre o arrependimento
As seguintes declarações sobre arrependimento são de batistas fundamentalistas.
(As declarações feitas por muitos cristãos nos últimos 500 anos estão no meu
livro Arrependimento é Mais que uma Oração do Pecador)
“A EVIDÊNCIA ADEQUADA [DO NOVO NASCIMENTO] APARECE NOS SANTOS FRUTOS DO
ARREPENDIMENTO E FÉ E NOVIDADE DE VIDA... Houve um tempo em que os
ministros nunca pregavam sem chamar a atenção ao arrependimento. Mas isso está
fora de moda agora. Oh, pela voz de um João, o batista: ‘Arrependei-vos!
Arrependei-vos! Arrependei-vos! Arrependei-vos! ’, Jesus disse: ‘A menos que
vos arrependeis, todos, da mesma forma, perecerão’. Paulo pregou arrependimento
a Deus e fé no Senhor Jesus Cristo. Acreditamos que o Arrependimento e a Fé são
obrigações solenes e também graças inseparáveis, inseridos em nossas almas pela
operação do Espírito de Deus; assim sendo, sendo profundamente convictos de
nossa culpa, perigo e dependência e do caminho da salvação por Cristo, voltamos
a Deus com séria contrição, confissão e suplicando por misericórdia; ao
mesmo tempo recebendo ao Senhor Jesus Cristo e abertamente confessando-O como
nosso único e suficiente Salvador” (J.Frank Norris, Em Que os Batistas Fundamentalistas
Acreditam, uma palestra dada na reunião anual da Associação Batista
Americana na Primeira Igreja Batista, Fort Worth, Texas, 1935).)
“Arrepender-se significa literalmente mudar a mente ou o espírito para Deus,
deixando o pecado. Significa AFASTAR-SE DOS SEUS PECADOS, sinceramente, de todo
o coração, e acreditar que Jesus Cristo o salvará. Você pode ver, então,
como o homem que acredita em Cristo se arrepende, e o homem que se arrepende
acredita em Cristo. O carcereiro se arrependeu quando SE AFASTOU DO PECADO
para acreditar no Senhor Jesus Cristo”
(John R. Rice, O Que Devo Fazer para Ser Salvo? 1940).
“Os batistas pregam o evangelho do ARREPENDIMENTO DO PECADO. Eles pregam
e praticam o mesmo verdadeiro evangelho do arrependimento, da salvação, do
batismo, como o primeiro pregador batista de que temos registro, cujo nome era
João e que veio de Deus” (J.Frank Norris, Palestras sobre Romanos,
coleção 1947).
“Acreditamos que o Arrependimento e a Fé sejam obrigações solenes e também
graças inseparáveis, inseridas em nossas almas pela operação do Espírito de
Deus; e assim, sendo profundamente convencidos de nossa culpa, perigo e
desamparo e do caminho da salvação por Cristo, voltamos a Deus com séria
contrição, confissão e suplicação pela misericórdia e ao mesmo tempo
recebendo o Senhor Jesus Cristo de coração e abertamente confessando-O como
nosso único e suficiente Salvador” (Sociedade Bíblica Batista, Artigos
de Fé, 1950).
“Reconhecendo sua culpa, há um AFASTAMENTO DO PECADO. Há uma volta para Deus.
A palavra real ‘arrependimento’ significa uma volta completa: uma mudança de
curso, uma mudança de mente... É IMPOSSÍVEL PENSAR NUM ARREPENDIMENTO QUE
NÃO FAÇA COM QUE O PECADOR SE AFASTE ALEGREMENTE DOS SEUS PECADOS.... Sei
que temos um movimento religioso raso em nossos tempos que permite aos homens
professarem fé em Cristo e ao mesmo tempo continuarem a viver no mundo. Essa fé
religiosa rasa não é real. Elas são meras palavras e não têm parte com Deus na
salvação” (Harold Sightler, Castigo e Arrependimento, 1963).
“Arrependimento para Deus – que é AFASTAR-SE DE TODOS OS SEUS PECADOS e
de tudo que você sabe estar errado e VOLTAR SUA FACE PARA A DIREITA, então
acreditando em Jesus Cristo como seu completo Redentor” (B.R. Lakin, Prepare-se
para Encontrar seu Deus, 1964).
“Arrependimento é [mais que uma mera] tristeza espiritual pelo pecado. ARREPENDIMENTO
É O ABANDONO DO PECADO. O ARREPENDIMENTO REAL É COLOCAR SUA CONFIANÇA EM JESUS CRISTO DE FORMA QUE VOCÊ NÃO VIVERÁ MAIS DAQUELE JEITO. O Arrependimento é permanente. É uma experiência
para toda a vida e para toda a eternidade. Você nunca mais amará ao demônio
novamente quando você se arrepende. Depois que você foi [verdadeiramente]
salvo, você nunca mais flertará com o demônio novamente como hábito de sua
vida. Nunca mais você será feliz vivendo em pecado. Isso nunca
mais o satisfará e as aparências do mundo nunca mais preencherão seus desejos e
suas ansiedades em sua alma. Arrependimento é algo muito maior do que muita
gente pensa. É absolutamente essencial se você quer ir para o céu” (Lester
Roloff: Arrependa-se ou Pereça, 1965).
“O verdadeiro momento em que a alma que está morta, eliminada, alienada da
verdadeira vida de Deus, se vê como sem esperança, desamparada, merecedora do
inferno e pecador a caminho e já nas bordas do inferno; quando essa alma vê que
Jesus Cristo é o único caminho, a única esperança e quando ela enxerga além de
si, quando se ARREPENDE DO SEU PECADO e vê o trabalho finalizado do Senhor
crucificado, sepultado e ressuscitado para a salvação – nesse mesmo momento,
instantaneamente, o Espírito de Deus opera” (G.Beauchamp Vick, A Fé
Bíblica dos Batistas, vol. II, Imprensa Batista Regular, 1966).
“Às vezes é útil enfatizar o Senhorio de Jesus Cristo na explicação desse
assunto de uma entrega pessoal. Muitos extravios ocorrem porque o pecador
não entende o que está envolvido ao SE TOMAR JESUS CRISTO COMO SEU SENHOR, mais
do que por outros motivos, no meu julgamento. Um ‘ACREDITISMO’ QUE NÃO INCLUI
UMA ENTREGA DE CORAÇÃO É UM ACREDITISMO MERAMENTE MENTAL; isto não pode
resultar num novo nascimento para um pecador, não mais do que para os demônios!”
(Robert Summer, Evangelismo Bíblico em Ação, 1966).
“O verdadeiro arrependimento é a tristeza pelo pecado cometido contra um Deus
santo e não apenas tristeza pelo pecado, mas O AFASTAMENTO DO PECADO, O
ESQUECIMENTO DO PECADO E A VOLTA PARA DEUS. O pecado levou o Salvador à
cruz e certamente só este fato é razão suficiente por que TODOS OS QUE
GENUINAMENTE SE ARREPENDERAM ODEIEM O PECADO E ESQUEÇAM OS CAMINHOS PECAMINOSOS”
(Oliver B.Greene, Comentário sobre Atos dos Apóstolos, Atos 2:
37-38, 1969).
“UMA ORAÇÃO DECORADA OU ALGUMA DECLARAÇÃO REPETIDA SEM O VERDADEIRO
ARREPENDIMENTO E FÉ NUNCA SALVA NINGUÉM. Ele deve ser muito sério a
respeito disso e realmente querer dizer isto... Considere um caso em que a
pessoa com que se está lidando vai repetir uma oração, depois que o ganhador de
almas chama o Senhor para salvar sua alma. Aqui está um padrão que pode ser
seguido meramente como exemplo: ‘Senhor, eu percebo que sou um pecador. Estou
perdido em meu pecado. EU ME VOLTO CONTRA MEU PECADO. Eu me arrependo do meu
pecado. Aqui e agora eu confio no Senhor Jesus Cristo como meu Salvador
pessoal... ’ (Leon F. Maurer, Ganhando Almas: O Desafio do Momento,
Espada do Senhor, 1970).
“O que quero dizer com arrependimento? Quero dizer VOLTAR SEU CORAÇÃO CONTRA
SEU PECADO. Voltar-se contra o pecado dentro do seu coração e começar a
viver para Deus... Um coração penitente que SE VOLTA CONTRA SEU PECADO e
volta para Jesus” (John R. Rice, Arrependa-se ou Pereça, Espada do Senhor, 3 de
março de 1971).
“O arrependimento é uma das notas perdidas na pregação dos dias modernos. Há
muito tempo está ausente dos púlpitos por toda a América e por todo o mundo.
Como resultado, nossas igrejas estão cheias de pessoas que nunca conheceram
arrependimento em seus corações... O arrependimento simplesmente significa uma
mudança de mente sobre mim mesmo e meu estado espiritual. SOBRE PECADO e sobre
Deus... O fruto do arrependimento é a VOLTA PARA DEUS, CONTRA O PECADO... O
filho pródigo teve uma mudança de mente e se levantou e voltou para o pai, deixando
o chiqueiro para trás. Assim é com todos que realmente se arrependeram dos
seus pecados. ELES SE VOLTAM CONTRA O PECADO para servir ao Deus verdadeiro e
vivo (I Ts 1:9)” (Charles Boone, A Testemunha, “A Necessidade de
Arrependimento”, junho de 1971).
“Deveria haver pregação clara contra o pecado. As pessoas deveriam ser
ensinadas A SE VOLTAREM CONTRA O PECADO em genuíno arrependimento” (John R.Rice,
Dr Rice, Aqui Estão Mais Perguntas, vol. II p.425, 1973).
“Arrependimento é dar uma ‘virada de rosto’, UMA GIRO EM TORNO DE SI
MESMO. O Arrependimento envolve auto-julgamento que produz uma MUDANÇA MENTAL A
RESPEITO DE SI MESMO, SOBRE O PECADO, e sobre o Salvador, o Senhor Jesus Cristo. Até que uma pessoa se
arrependa, ela estará satisfeita vivendo em pecado e morrerá e irá para o
inferno” (Gene Hooker, “O Que é Arrependimento”, Ministério nas Prisões Rock of
Ages, nd.).
“As palavras gregas [para arrependimento] significam “UMA MUDANÇA MENTAL QUE
RESULTA EM MUDANÇA DE AÇÃO”. Quando
isso se refere ao homem, há uma tristeza pelo envolvimento no pecado. Essa
definição é substanciada pelos estudos de Trench e Thayer, assim como pelo uso
do Novo Testamento” (Bruce Lackey, Arrependimento é Mais que uma
Mudança mental, 1980).
“Pouca pregação, poucos ganhadores de almas, folhetos evangélicos ou programas
de rádio, mencionam o arrependimento casualmente. Os que o fazem normalmente o
desculpam dizendo que ele não significa afastar-se do pecado ou mesmo ter a
intenção de fazê-lo, mas apenas uma mudança de mente. O que é o verdadeiro
arrependimento?... Aqui, em Atos 26:19-20, assim como em Jonas cap.3, o
arrependimento está claramente descrito como VOLTANDO-SE CONTRA O PECADO para
Deus, e isto trará uma mudança de vida. A obra que alcança o arrependimento
é a prova real de salvação!” (Caçador de Erro Evangelístico, Tribuna
Bíblica Batista, Arrependimento Bíblico, 3 de abril de 1984).
“[Arrependimento] é uma mudança de mente que leva a uma mudança de direção e
EVIDENCIA A SI MESMO EM AÇÃO MUDADA...
Não há uma verdadeira fé que salva sem
arrependimento, assim como não há arrependimento sem fé salvadora. Os dois são
virtualmente inseparáveis e ainda vitalmente necessários componentes do
evangelho” (Ed Dobson, O Arrependimento é Parte do Evangelho?, Jornal
Fundamentalista, fevereiro de 1984).
“Durante muito tempo tem sido ensinado em alguns círculos que não podemos
conseguir almas salvas quando saímos para ganhar almas. Amigo, entenda
claramente que nenhum homem, nenhum pregador, ninguém tem qualquer habilidade
ou qualquer autoridade para salvar ninguém, ou mesmo convencer a ninguém do seu
pecado... Sem convicção não pode haver conversão. Sem arrependimento não
pode haver regeneração.... Se Deus Todo-Poderoso não operou em seu coração
e vida, meu amigo, não faz nenhuma diferença quantas vezes você levantou sua
mão numa reunião como essa. NÃO FAZ DIFERENÇA QUANTAS VEZES VOCÊ ANDOU POR
UM CORREDOR OU FEZ UMA ORAÇÃO ... PODE-SE FÍSICA E VERBALMENTE FAZER UMA
ORAÇÃO, MAS SE A ATITUDE DO CORAÇÃO NÃO ESTÁ CERTA COM DEUS, NÃO HÁ SALVAÇÃO.
Não faz diferença quantas vezes você assinou um cartão de decisão ou mergulhou
em alguma piscina batismal ou se uniu a uma igreja” (Evangelista Ken Lynch,
O Perdão do Pecado, c.1985).
“A palavra arrependimento significa uma mudança mental – uma volta interna. A
visão da pessoa é alterada a respeito de Deus, o pecado e em relação a si
mesmo. A mudança mental produz uma CORRESPONDENTE MUDANÇA NO CORAÇÃO E
AÇÃO... Embora o arrependimento tenha sido amplamente esquecido por nossa
geração, não foi esquecido no paraíso. ‘E nos tempos da ignorância, Deus não
teve em conta, mas agora comanda que todos os homens em todos os lugares se
arrependam” (Evangelista Harold Vaughan, Vida de Cristo,
março/abril, 1987).
“O arrependimento é uma mudança mental que RESULTA NUMA MUDANÇA DE AÇÃO”
(Pastor Robert Sargent, Marcos da Doutruna Batista, Igreja
Batista Bíblica de Willeton e Colégio Bíblico Batista Fundamentalista, Willeton
(Perth), Oeste da Austrália, 1989).
“OS QUE ACREDITAM QUE O ARREPENDIMENTO É UMA MUDANÇA MENTAL da não crença para a crença estão promovendo
uma saLVAÇÃO INTELECTUAL, QUE PODE SER ALCANÇADA POR UMA ORAÇÃO BARATA (Billy Graham exclui disto apenas
quando os ouvintes vêm para ouvi-lo, enquanto esses vêm para serem ouvidos) que
expressam a crença nos fatos mostrados, tal como Simão fez em Atos, cap. 8.
Quando rejeitamos a crença de seus convertidos como Pedro fez com Simão, somos
chamados de inimigos da coleta de almas. Em outras palavras, se não vemos
evidência de salvação em seus convertidos e levamos o perdido ao
arrependimento, somos considerados inimigos da coleta de almas. Algo não está
certo quando os [auto-] declarados ganhadores de almas ficam zangados quando
ouvem que seus convertidos estão sendo salvos depois de se verem perdidos ... O
importante não é quantos você tem à sua conta, mas quantos nomes estão escritos
no Livro da Vida do Cordeiro” (Evangelista Steve Ragland, O
Arrependimento é Somente uma Mudança Mental?, Ministério Batista em Prisões,
1996).
“Pregar arrependimento como parte da fé salvadora e uma condição necessária
para todos os benefícios da salvação é um dever sagrado a que nenhum pregador
deve silenciar e ainda ser visto como fiel servidor de Cristo (Lucas 24:47). É
exigido de Deus em sua dispensação [, amigo,] como foi nas precedentes
[dispensações] (Atos 17:30). O arrependimento de modo nenhum é meritório nem se
deve descansar nele, já que ele em nada contribui para nossa salvação. O mesmo
se pode dizer da fé, pois sem arrependimento o evangelho não pode ser crido de
forma salvadora (Mt 21:32; Mc 1:15). O arrependimento, como dom do Espírito,
é uma percepção da pecaminosidade do pecado e a tomada de posição junto a Deus
contra si mesmo, acompanhada por genuína tristeza espiritual e DETERMINAÇÃO COM
PROPÓSITO DE SE VOLTAR CONTRA OS ÍDOLOS para servir ao único e verdadeiro Deus
vivo (I Ts 1:9)” (Mike Harding, Primeira Igreja Batista, Troy,
Michigan, Conferência sobre Pregação da América Central, 1996).
“Aquele garoto perdido [o Filho Pródigo] nunca teria vindo ao Pai se não tivesse
sido movido a fazê-lo pelo arrependimento. Em nossos dias de fraco e barato
evangelismo, teríamos dito àquele moço para ligar para seu pai para lhe pedir
mais dinheiro para vir embora para casa. Só chore um pouco no ombro de Deus,
fique exatamente onde está e Deus irá ajustar tudo. Não é assim que acontece. VOCÊ
SIMPLESMENTE NÃO PODE VIR PARA O PAI ENQUANTO PERMANECE ONDE ESTÁ, AMANDO SEU
ESPELHO E A LAMA DO PECADO... Você pode ter a velha oração do pecador forçada,
fazer toda e qualquer oração do pecador jamais escrita, mas isto não será de
qualquer valia sem um coração penitente” (Pastor John Bishop, Igreja
Batista do Condado de Cleborne, Heber Springs, Arkansas, O Desafio Cristão,
março 1996).
“A falta de pregação contra o pecado trouxe multidões de falsas profissões de
fé e falsas crenças... No Novo Testamento, a respeito de salvação, o
arrependimento é sempre uma mudança para melhor e SEMPRE UM ARREPENDIMENTO POR
CAUSA DE E CONTRA O PECADO. O arrependimento bíblico é a mudança de mente
sobre seu pecado, sobre o Salvador e sobre as Escrituras, que produz uma grande
mudança na direção de suas vidas (Atos 3:19) (Pastor John L. Graf, Valentes
para a Verdade, março 1997).
“O arrependimento das Escrituras é uma mudança de mente que leva à mudança
no coração, uma mudança de atitude e uma MUDANÇA DE CONDUTA; uma mudança de
atitude sobre si mesmo, sobre o pecado e sobre o Senhor Jesus Cristo. É um
voltar a face de uma alma que se afastou de Deus” (Pastor Roger Voegtlin,
Comando de Deus ao Arrependimento”, Igreja Batista de Fairheaven,
Chesterton, Indiana, 1998).
“O arrependimento faz com que uma pessoa se aborreça a si mesma, produz uma
profunda tristeza pelo pecado, faz com que a pessoa se afaste dos ídolos,
PRODUZ UMA DIFERENÇA NA VIDA DA PESSOA, evidencia a si mesma quando quer
fazer as coisas certas e faz com que a pessoa conheça a verdade” (Pastor
Houg Hammett, Elementos de Salvação Bíblica, Igreja Batista de
Lehigh Valley, Emmaus, Pennsylvania, 1998).
“O arrependimento expressa o AFASTAMENTO CONSCIENTE DO PECADO, uma
mudança mental e toda uma atitude interna para a vida, sem a qual a verdadeira
conversão não é possível” (Dr. Chris Mc Neilly, A Grande Omissão: O Que
Aconteceu ao Arrependimento?, Colégio Batista de Fairheaven, 1999).
É óbvio que os batistas fundamentalistas
têm tradicionalmente definido o arrependimento como uma radical mudança de
mente que resulta em mudança de vida. Eles definiram [o arrependimento] como a
volta para Deus e afastamento do pecado e da idolatria.
Novamente, creio que a mudança na definição de arrependimento entre alguns
batistas fundamentalistas é produto de uma mudança na metodologia evangelística
que se disseminou amplamente pelos círculos batistas fundamentalistas. É uma
justificativa para uma metodologia de coleta de almas não encontrados nas
Escrituras, manipulativa, centrada no homem, pressurizada e orientada para
números. Se um homem dissemina a idéia de que milhares estão sendo salvos
quando apenas uma ínfima percentagem deles demonstra qualquer evidência de
regeneração, não é surpreendente que ele desejaria redefinir o arrependimento
para significar uma mera mudança mental sem qualquer necessidade de mudança de
vida.
O velho Jack Hyles disse que arrependimento, conforme definido tradicionalmente
(como mudança mental tão radical em relação a Deus e ao pecado que resulta numa
mudança de vida) é um dos inimigos da coleta de almas. Ele redefiniu o
arrependimento como uma mera mudança da não crença para a crença. O velho
Curtis Hutson, que assumiu a editoração da Espada do Senhor, após a morte do
seu fundador, John R.Rice, defendeu enfaticamente em 1986 que o arrependimento não
é afastar-se do pecado e não é uma mudança mental que leva a uma
mudança de ação.
Esses dois homens têm sido de forte influência no pensamento dos batistas
fundamentalistas na questão do arrependimento. Muitos outros que mudaram a
tradicional definição bíblica de arrependimento o fizeram sob a “autoridade”
desses dois homens.
Como Dr. Hyles e Dr. Hutson chegaram a esse ponto do seu pensamento? Isto não é
o que os batistas fundamentalistas têm tradicionalmente pensado sobre
arrependimento. Seus velhos amigos John R.Rice e Lester Roloff certamente não
definiram arrependimento meramente como uma mudança da não crença para a
crença. Eles o definiram biblicamente como a volta a Deus e o afastamento do
pecado. Citamos o que eles ensinaram sobre arrependimento. John Rice disse: O
que quero dizer com arrependimento? Quero dizer afastar o seu coração do seu
pecado. Afastar-se do pecado com seu coração e começar a viver para Deus”. O
evangelista Lester Roloff disse: “Arrependimento é abandonar o pecado. O
arrependimento real é colocar sua confiança em Jesus Cristo, assim
você não viverá mais da forma que vivia.
Obviamente, John Rice e Lester Roloff não pensavam que definindo arrependimento
dessa forma, eles estariam ensinando a ser senhor ou operar a salvação. Essa
idéia é uma cortina de fumaça espalhada pelos que querem mudar a definição
histórica de arrependimento.
Um entendimento bíblico tradicional de arrependimento não permite ao homem
afirmar que milhares de pecadores estão sendo salvos quando tantos deles não
mostram evidência de regeneração. Um entendimento bíblico tradicional de
arrependimento não permite ao homem relatar como salvação uma simples oração do
pecador. Uma coisa é dizer que 100 ou 1000 pessoas fizeram a oração do pecador.
Outra coisa é dizer que essas pessoas estão salvas. Se eles estão salvos haverá
uma mudança. “Portanto, se um homem está em Cristo, ele é nova criatura: as
velhas coisas passaram e então, todas as coisas se tornaram novas” (II Co
5:17). “Aquele que diz: Eu conheço-o, e não guarda os seus mandamentos, é
mentiroso, e nele não está a verdade.” (1Jo 2:4 ACF)
Alguns leitores podem estar pensando: “Claro, Irmão Cloud, é errado afirmar que
as pessoas são salvas se simplesmente fizerem uma oração sem evidência de
regeneração, mas alguém realmente faz tal afirmação?” A resposta é que
absolutamente [sim], há um grande número de homens fazendo tal afirmação. Eu
estava discutindo a doutrina do arrependimento com um missionário há alguns
anos em outro país. Ele me contou que muitas pessoas estavam sendo salvas
através do seu ministério de coleta de almas, mas quando lhe perguntei sobre
seus cultos, ele me explicou que só tinha um punhado de pessoas em seus cultos
e admitiu que muitas das pessoas que foram “salvas” não compareciam. Eu o
desafiei sobre a afirmação de que as pessoas realmente estavam sendo salvas se
não havia evidência disso em suas vidas. Ele se aborreceu muito comigo e
enfaticamente contestou que eu não tinha o direito de julgar a salvação das
pessoas que estavam professando fé através do seu ministério. Este homem tinha
freqüentado a Escola Hyles de Pastores há apenas algumas semanas antes de me
encontrar e me disse que o assunto em evidência daquele ano era arrependimento.
A idéia de que você não pode afirmar se alguém foi ou não foi salvo é um
absurdo não encontrado nas Escrituras. É possível, claro, para uma pessoa
mostrar falsos sinais de salvação e iludir os que a observam, como Judas fez
com os outros apóstolos, mas, por outro lado, se alguém é genuinamente salvo,
haverá evidência bem definida disso em sua vida. A confissão de salvação não é
o mesmo que possessão. “Eles professam conhecer Deus, mas em obras eles O
negam, sendo abomináveis e desobedientes e em toda boa obra, reprováveis” (Tt
1:16).
Muitos estão Rejeitando a “Oração rapidinha”
Eu louvo ao Senhor que muitos dos pregadores que foram treinados na
metodologia evangelística não encontrados nas Escrituras da “oração rapidinha”
a estão abandonando Quando publiquei pela primeira vez “Pentecostes vs.
Hylescostes” (ver cap. 5 do livro Arrependimento é Mais que uma Oração do
Pecador) em abril de 1998, recebi a maior quantidade de respostas dos
pregadores que já recebera antes por qualquer outro artigo ou livro e a
resposta foi mais que positiva. Centenas de pregadores batistas
fundamentalistas me agradeceram por falar sobre esse erro. A resposta de um
pastor de Ontário foi típica. Ele disse: “Estive muitas vezes na Escola Hyles
de Pastores. Há vinte anos eu teria rejeitado as afirmações do senhor como
quase blasfêmias, mas hoje sei que você está certo e que é importante que esse
erro da “oração rapidinha” seja exposto. Sou grato por sua vontade de fazê-lo e
louvo ao Senhor por sua revista Oh Timóteo.
“Pelo que, ó rei Agripa, não fui desobediente à visão celestial, mas anunciei
primeiramente aos de Damasco e em Jerusalém, por toda a região da Judéia, e aos
gentios, que se arrependessem e se
convertessem a Deus, praticando obras dignas de arrependimento”. (Atos
26: 19-20).
[Este artigo é extraído da Segunda
edição do livro “Arrependimento é Mais que uma Oração do Pecador”
copyright 2000, David W. Cloud, Literatura Modo de Vida, Cx.Postal 610368, Port
Huron, MI 48061, 866-295-4143, fbns@wayoflife.org.]
Ver também "Arrependimento
Bíblico"
Ver também "Oração Fácil ou Evangelismo Bíblico?"
Ver também "A
Salvação Faz uma Diferença?"
Ver também "Pentecostes
vs.Hylescostes"
Ver também "Apresentação
do Evangelho Não encontrados nas Escrituras"
Ver também "Apoiadores
de Hyles são Seguidores Cegos de Homens"
Ver também "Batistas
Fundamentalistas e Oração rapidinha"
Ver também "Questões Respondidas sobre Arrependimento"
Ver também "Como Evitar Profissões Falsas de Fé?"
Ver também "O Rei dos Ganhadores Rasos de Almas Alerta
sobre Coleta de Almas"
Autor: David Cloud
Tradutora: Jeanne Rangel, 2005.
Só use as duas Bíblias traduzidas rigorosamente por equivalência formal a partir do Textus Receptus (que é a exata impressão das palavras perfeitamente inspiradas e preservadas por Deus), dignas herdeiras das KJB-1611, Almeida-1681, etc.: a ACF-2011 (Almeida Corrigida Fiel) e a LTT (Literal do Texto Tradicional), que v. pode ler e obter em BibliaLTT.org, com ou sem notas).
(Copie e distribua ampla mas gratuitamente, mantendo o nome do autor e pondo link para esta página de http://solascriptura-tt.org)
(retorne a http://solascriptura-tt.org/
SeparacaoEclesiastFundament/
retorne a http://
solascriptura-tt.org/
)
Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por fieis): BKJ-1611 ou LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, com notas para estudo) na bvloja.com.br. Ou ACF, da SBTB.