"TEXTOS-PROVA" [Mal Usados] DO  CALVINISMO,  EXAMINADOS

(Versos [Mal-] Usados por Calvinistas)

http://www.wayoflife.org/database/calvinisms_proof_text.html

David Cloud

traduzido por Hélio de Menezes Silva   e   Hélio Sousa Ferraz



O que se segue foi extraído do livro THE CALVINISM DEBATE, que foi publicado em 2006 por Way of  Life Literature.

Neste relatório analisamos os principais textos de prova [mal-] usados [distorcidos, na fracassada tentativa] para apoiar as doutrinas do Calvinismo TULIP:
    Depravação Total,
    Eleição Incondicional,
    Expiação Limitada,
    Graça Irresistível e
    Perseverança dos Santos.


Decidimos não idar com o último ponto [Perseverança dos Santos] da teologia TULIP porque ele é definido de várias maneiras diferentes e porque, se ele significa simplesmente que o o salvo não pode vir a ser perdido, então estamos de acordo com ele.

Eu sei por experiência que um homem que está firmemente comprometido com a teologia [assim chamada de] "da graça soberana
[incondicional]" não aceitará a minha interpretação das passagens que seguirão. Eu dialoguei com muitos Calvinistas e eu aprendi que eles têm uma resposta para tudo, e eles sempre, sempre, sempre se queixam de que o não-calvinista não entende o calvinismo. Um não calvinista pode com toda sinceridade e honestidade estudar o calvinismo profundamente, pode até [atrentamente] ler [de capa a capa] as Institutas da Religião [de Calvino] e pode-se citar diretamente dos escritos deles próprios, mas se tal pessoa permanecer não-calvinista ela será sempre acusada de mal-entender e de deturpar o calvinismo [!].

Eu escrevi este artigo para benefício dos muitos crentes de hoje que estão sendo recentemente submetidos ao [e incisivamente atacados pelo] calvinismo. [Presentemente,] isto está ocorrendo amplamente nos circulos batistas fundamentalistas. Muitas igrejas que foram estabelecidas como assembléias não-calvinistas, e que têm declarações doutrinárias não-calvinistas, estão sendo infiltradas por (e, em alguns casos, tomadas por) Calvinistas.

Meu único pedido é que o leitor crente exerça seu direito dado por Deus [para se defender] contra [lhe ser forçada] "Interpretação Privada". Isso significa que [todo] o crente tem o Espírito Santo como seu guia espiritual, portanto [todo] o crente pode vir a conhecer a verdade.
"
E a unção que vós recebestes dele, fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina todas [as coisas], e é verdadeira, e não é mentira, como ela vos ensinou, [assim] nele permanecereis." (1 Jo 2:27).
Assim, obedeçamos a "
Examinai tudo. Retende o bem." (1Tes 5:21)
e imitemos os bereianos "
de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas [coisas] eram assim." (Atos 17:11).

"
Se alguém quiser fazer a vontade dele, pela mesma doutrina conhecerá se ela é de Deus, ou [se] eu falo de mim mesmo." (Jo 7:17).

0) SOBERANIA DE DEUS: Versos [Mal-] Usados por Calvinistas
(no mau entendimento que lhe dão)



Os [dois] erros mais fundamentais do calvinismo são:

1. Atribuir uma definição para "Soberania de Deus" que torna impossível ao homem ter uma [qualquer uma, por mínima que seja] escolha na sua salvação, embora a Bíblia diga que ele a tem. ("soberania" é uma palavra que em nenhum lugar aparece na Escritura, mas que é usada em referência à realesca omnipotência de Deus).

2. E, em seguida, edificar sobre essa fundação defeituosa.


Arthur Pink começa seu livro "The Sovereignty of God" com três capítulos sobre "A Soberania de Deus ". Depois de citar os seguintes versículos-chave [que vou analizar abaixo], tais como Ef 1:11 que diz que Deus opera todas as coisas segundo o conselho de Sua própria vontade, ele conclui com estas palavras: "O Senhor Deus onipotente reina ... Nenhum mundo giratório, nenhum brilho de estrela, nenhuma tempestade, nenhum movimento de criatura, nenhuma ação de homens, nenhum dos menores negócios, nada [nos mais ínfimos detalhes] pode acontecer [nem um pouquinho] diferente do que Deus tem eternamente planejado [e determinado]." (p.46).

Na verdade, os versos que Pink cita para provar tal conclusão de modo nenhum a provam, e é isso que o filho de Deus deve ter cuidado ao examinar teologia. A interpretação apropriada da Bíblia permite às Palavras da Escritura falarem por si mesmas, ao invés de se forçar a teologia de alguém para dentro delas [as palavras da Bíblia].

Dizer que Deus domina sobre a vontade dos demônios e pecadores, de modo que as vontade e programa [gerais e finais] de Deus sejam sempre, em última análise, realizadas [e todos cremos nisso], não é o mesmo que dizer que demônios e pecadores não têm nenhuma vontade efetiva e que Deus realmente [planejou, deseja,] intenciona [e obriga que façam] todos os detalhes de tudo o que eles fazem. [A aceitação, pelos não calvinistas, da doutrina da Bíblia de] Deus permitir algo maligno e algo contrário à Sua vontade [
caráter] [acontecerem], e então forçar e amoldar essa coisa para dentro de Seu planejamento feito para todos os séculos, a fim de que "todas as coisas contribuam juntamente para o bem", não é o mesmo que Ele [planejar, desejar,] intencionar [e determinar e obrigar ocorrer] aquilo maligno e contrário à Sua vontade [carácter revelado] [como afirmam os calvinistas].

Examinemos os principais "textos-prova" do Calvinismo sobre a "SOBERANIA" DE DEUS:

    Ef 1 11 Em Quem fomos também escolhidos- para- uma- herança, havendo nós sido predeterminados- quanto- fronteiras (do lote eterno) conforme [o] propósito dAquele (Deus) efetivamente- operando todas as [coisas] segundo o propósito- decreto da Sua própria vontade,

Este é um verso maravilhoso e nos diz quão grande Deus é, mas não diz nada sobre se Deus tem [ou não] dado ao homem uma vontade [arbítrio] e até que ponto ele pode exercer esta vontade. Não diz nada sobre se um pecador pode [ou não] crer em Cristo de modo a ser salvo. Dizer que Deus efetivamente opera todas as coisas segundo o conselho de Sua própria vontade não é contrário à doutrina de que Deus criou o homem [soberanamente] concedendo-lhe uma vontade [arbítrio] e [soberanamente] concedendo-lhe a habilidade para responder [positivamente] a Deus, ou para rejeitar a Deus. É o Calvinista que cria este suposto "problema" [de conflito entre essas duas coisas] e então responde por sua própria lógica e não pelo simples ensino da Escritura.
[Hélio diria que nenhum homem, de si mesmo, pode buscar e entende a Deus e crer, mas que Deus chama a todos os homens em etapas gradativas (pela consciência e natureza, se ele atender Deus o chama através de crentes que lhe preguem a Palavra de Deus. E, no instante de cada chamado, Deus capacita o homem a entender e, por causa disso, escolher entre crer e receber, ou descrer e rejeitar.]


    Dn 4 35 E todos os habitantes da terra [são] reputados em nada, e segundo a Sua vontade Ele opera no exército do céu e [entre] os habitantes da terra; não há quem possa estorvar a Sua mão, e Lhe diga: Que fazes?

Esta declaração foi feita pelo rei Nabucodonosor depois que ele foi punido por Deus e sua razão voltou, e ele se arrependeu de seu orgulho. Este versículo está simplesmente afirmando que Deus é Deus e Ele governa, em última e final instância, sobre os assuntos dos homens. O versículo não diz nada sobre se o homem pode ou não aceitar ou rejeitar o evangelho, se a graça de Deus é [ou não] resistível. Não diz nada sobre Deus escolher soberanamente [incondicionalmente] alguns homens para eleição e alguns para reprobação (incondicional, arbitrária {NOTA *} e caprichosa {NOTA **} predestinação para condenação) (incondicional predestinação para eterna condenação no inferno de fogo). Quanto a um pecador, recusar arrepender-se não é "parar [e dominar] a mão de Deus", porque o eterno programa de Deus rola adiante [vai em frente e, ao final, não falha], independentemente do que homens individuais fazem nestes ou em quaisquer outros assuntos.

    Sl 115 3 Mas o nosso Deus [está] nos céus; fez tudo o que Lhe agradou.

Nós definitivamente acreditamos que Deus faz toda e qualquer coisa que Lhe agrade, e nós bendizemos Seu nome pelo fato de que [tudo o] que lhe agrada é sempre justo e bom. Ademais, Deus tem revelado nas Escrituras o que é Seu prazer. E as Escrituras nos dizem que foi Seu prazer enviar Jesus para morrer "para que TODO aquele que nEle CRÊ não pereça."

    Is 14 27 Porque o SENHOR dos Exércitos determinou [isto]; quem invalidará [isto]? E a Sua mão [está] estendida; quem pois a fará retroceder?"

O contexto deste versículo é a determinação de Deus para julgar as nações. "Este [é] o propósito que foi determinado sobre toda a terra; e esta [é] a mão que [está] estendida sobre todas as nações." (Versículo anterior, o 26). Na verdade, quando Deus se propõe fazer algo, Sua vontade não pode ser frustrada. Mas este versículo nada diz sobre Soberana Eleição, ou Soberana Reprobação (incondicional, arbitrária {NOTA *} e caprichosa {NOTA **} predestinação para condenação), ou Graça Irresistível, ou qualquer dos pontos da teologia TULIP.

    At 15 18 Conhecidas, desde o princípio do mundo, são a Deus todas as Suas obras,

Este versículo simplesmente diz que Deus conhece todas as Suas obras e sempre as conheceu. Não diz nada, de um modo ou de outro, sobre qualquer um dos pontos da [teologia] TULIP. [Dizer] que Deus conhece todas as Suas obras desde o começo do mundo não é dizer que os homens são soberanamente [incondicionalmente, irresistivelmente] eleitos para a salvação ou para a reprobação (incondicional, arbitrária {NOTA *} e caprichosa {NOTA **} predestinação para condenação). Não é dizer que Deus preordena tudo que acontece.

    Pv 16 9 O coração do homem planeja o seu caminho, mas o SENHOR lhe dirige os passos.

Este versículo não apoia o Calvinismo, porque diz que o coração do homem projeta seu caminho. Assim, ensina que o homem tem uma vontade que ele pode exercer. O fato de que Deus anula [muitas de] as decisões do homem e tem a palavra final em todos os assuntos não é contrário à doutrina de que o homem tem uma vontade pela qual ele pode aceitar ou rejeitar o lidar [as ofertas] de Deus para com ele.

    Pv 19 21 Muitos propósitos [] no coração do homem, porém o conselho do SENHOR permanecerá.

Novamente, este versículo não apoia o calvinismo, porque diz que o homem tem propósitos [portanto, desejos] em seu coração. O fato de que o conselho de Deus pode anular a vontade do homem não é uma defesa para o calvinismo. Aqueles que o calvinista chama (geralmente falsamente) de "arminianos" acreditam nisso, também.

    Pv 21 1 Como ribeiros de águas [assim] [é] o coração do rei na mão do SENHOR, que o inclina a todo o Seu querer.

O fato de que o Senhor reina [impondo-se] acima do coração do rei não prova a doutrina calvinista da soberana [incondicional, arbitrária] predestinação de todas as coisas, nem prova a doutrina do calvinismo de que o homem não pode aceitar ou rejeitar a oferta de salvação de Deus. Esses provérbios ensinam a doutrina simples e importante de que, embora o homem tenha uma vontade que exerça dentro da esfera da liberdade que Deus lhe atribui, é Deus quem finalmente determina se o homem pode (ou não) agir de acordo com sua própria vontade.

    Pv 21 30 Não há sabedoria, nem inteligência [para entender], nem conselho contra o SENHOR.

Este versículo significa que não há nenhum conselho final contra o Senhor e que Ele sempre tem a palavra final. Sabemos por outras Escrituras que o diabo e os pecadores fizeram muitos conselhos contra o Senhor, mas esse conselho não pode subsistir. Não se segue que o homem não tem vontade que possa exercer tanto em obediência ou contra o Senhor. Definitivamente [sem dúvidas], ele pode exercer essa vontade e ele o faz, e, ao fazê-lo, ele se enforca com sua própria corda, porque Deus sempre tem a palavra final, e Ele disse que "    AquelE [] havendo crido e [] havendo sido submerso serÁ salvo, mas aquelE [] havendo descrido será condenado." (Marcos 16:16).

    Sl 33 11 O conselho do SENHOR permanece para sempre; os intentos do Seu coração [permanecem] de geração em geração.

Que o conselho do Senhor permanece para sempre (e sabemos [e cremos] que isso acontece) não significa que Deus não poderia ter soberanamente [incondicionalmente] Se determinado criar o homem com uma vontade que ele possa exercer [dentro dos limites estabelecidos por Deus], e com a capacidade de até chegar a crer (ou não crer) em Deus [quando Ele o chama através da apresentação da Sua Palavra].

    Is 14 27 Porque o SENHOR dos Exércitos determinou [isto]; quem invalidará [isto]? E a Sua mão [está] estendida; quem pois a fará retroceder?"

Nada que Deus tenha se proposto [planejado, intencionado e determinado] pode ser cancelado, mas isso não significa que Deus preordena tudo o que acontece, até mesmo as [piores] decisões e ações dos homens e demônios. Deus propôs que "todo aquele que crê" em Jesus Cristo "não pereça, mas tenha a vida eterna" [Jo 3:16]. O fato que o Deus Todo-Poderoso [soberanamente] deu aos pecadores uma escolha no assunto [de crer e ser salvo] em nada derruba [nem diminui] Sua soberania ou poder.

    Is 46 9 Lembrai-vos das coisas passadas desde a antiguidade; que Eu [sou] Deus, e não [] outro Deus, não [] outro semelhante a Mim.    Is 46 10 Que anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade as [coisas] que [ainda] não sucederam; que digo: O Meu conselho permanecerá de pé, e farei toda a Minha vontade.

[Reconhecermos] que o conselho de Deus permanecerá [e prevalecerá] e que Ele fará todo o Seu prazer não é o mesmo que dizer que "nenhuma ação dos homens, nenhum dos menores negócios, pode acontecer de maneira nem um pouco diferente do que Deus tem proposto eternamente" (Pink). [A aceitação, por mim e todos os crentes, da doutrina da Bíblia de que] Deus permite algo maligno e contrário à Sua vontade [acontecer], e então força e amolda essa coisa para dentro de Seu planejamento feito para todos os séculos, não é o mesmo que Ele Se propor [planejar, intencionar, determinar e forçar a perpetração de] tal coisa [horrível]. O conselho de Deus é revelado nas Escrituras, e lá aprendemos que Deus deu ao homem uma vontade que ele pode exercer contra Deus. Vemos isso no Jardim do Éden, no caso de Adão e de Caim (o primogênito de Eva), no caso do mundo antes do dilúvio, no caso da Torre de Babel, no caso de Israel antes da vinda de Cristo, no caso de Israel durante os dias terrenos de Cristo, no caso dos pecadores de hoje, e de ao longo de [toda] a história.

1) TOTAL DEPRAVIDADE ou DEPRAVAÇÃO TOTAL: Versos [Mal-] Usados por Calvinistas
(no mau entendimento que lhe dão: ESCRAVIDÃO DA VONTADE = INABILIDADE de todo homem para entender, crer e ser salvo)

[Chaves contra T. INABILIDADE:  Is 1:18; Dt 30:19; Js 24:15; Rm 10:17; Tg 1:21]

De acordo com a doutrina calvinista da Depravação Total, o homem não é apenas injusto e morto em ofensas e pecados, ele é isso no sentido de que [o homem] não tem nem mesmo a capacidade de crer em Cristo para a salvação, no significado de que o homem não tem a capacidade de fazer qualquer escolha em relação à salvação. Desde a queda [em Adão], a vontade do homem tem estado em cativeiro, de modo que ele não pode sequer responder à oferta da graça de Deus.

Nas palavras da Confissão de Westminster, a Depravação Total é definida da seguinte maneira: "O homem, por sua queda no estado de pecado, perdeu completamente toda a capacidade de escolha para qualquer bem espiritual que acompanhe a salvação; assim, como um homem natural sendo completamente avesso a este bem, e morto no pecado, não é capaz, por sua própria força, de se converter, ou ainda de se dispor [para isto]".

Como nós dissemos, a doutrina calvinista da Depravação Total não finda simplesmente com o homem em uma condição totalmente injusta, com uma natureza e um coração caídos e corruptos e incapaz de salvar-se a si mesmo por suas obras. Esta doutrina também envolve algo que é chamado de "escravidão da vontade" [= "incapacidade"].

O Dr. Jeffrey Khoo, um presbiteriano que dirige o Far Eastern Bible College in Singapore ("Seminário Bíblico do Extremo Oriente em Singapura") (um firme defensor da fé e um homem por quem tenho uma grande consideração, apesar de nossas diferenças), escreve: "A liberdade de escolha do homem foi perdida desde a Queda ... A Bíblia ensina a incapacidade humana e a depravação total "(Arminianism Examined, p.4).

Quando o Dr. Khoo fala de "incapacidade humana", ele quer dizer não somente que o pecador é incapaz de se salvar por suas ações, mas também que o pecador é incapaz de responder com fé à oferta de salvação de Deus.

Eu tenho desafiado os Calvinistas a me darem mesmo um só texto das Escrituras que ensine isso, e eu tenho examinado livros de Calvinistas em busca de tal texto-prova, porém em vão. Como nós veremos, os seguintes textos das Escrituras que eles apresentam como textos-prova não ensinam sua doutrina em relação à vontade do homem e à incapacidade de exercer a fé.

Concordamos plenamente que a Bíblia ensina que o homem é totalmente depravado no sentido de que o pecador é corrupto e injusto e que não há nele nenhum bem que seja aceitável diante de Deus, e que é impossível para ele ganhar a salvação através de suas próprias obras, MAS O CALVINISMO VAI ALÉM DISSO E ADICIONA SUA PRÓPRIA TORÇÃO SEM PAR QUE NÃO É APOIADA PELA BÍBLIA, [a saber,] QUE O PECADOR É INCAPAZ MESMO DE CRER E QUE SUA VONTADE ESTÁ DE TAL MANEIRA EM ESCRAVIDÃO AO PECADO QUE ELE NÃO CONSEGUE ACEITAR OU REJEITAR O EVANGELHO.

A seguir estão as passagens-chave que são usadas pelos calvinistas para apoiar a doutrina de DEPRAVAÇÃO TOTAL (particularmente, INABILIDADE):


    Ef 2 1 E [Ele] (Deus) a *vós* [vivificou] , estando [vós] mortos nas ofensas e nos pecados    Ef 2 2 Em que, em tempos passados, andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestadE do ar, o espírito que agora [está] efetivamente- operando nos filhos da desobediência, .    Ef 2 3 Entre os quais também, *nós* todos, em tempos passados mantivemos- conversação- e- maneira- de- viver  nos desejos da nossa carne, fazendo os desejos da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos d[a] ira, como também (o são) os demais [homens].

Esta passagem não diz nada quanto ao pecador não ser capaz de crer e nada quanto à condição de sua vontade em relação a poder aceitar ou rejeitar o evangelho que vier a lhe ser apresentado. Ela diz que o pecador está morto em delitos e pecados, caminha segundo o curso deste mundo e segundo o príncipe das potestades do ar, é um filho da desobediência, e é, por natureza, filho da ira.

Mas isso não é o mesmo que a doutrina Calvinista da depravação total que vai além das palavras reais da Escritura, tais como as que encontramos nesta importante passagem, e acrescenta o negócio sobre a vontade do pecador e ele não ser capaz de crer.

    Is 64 6 Mas todos nós [somos] como a [coisa] imunda, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia  ; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades como um vento nos arrebatam.    7 E já ninguém [] que invoque o Teu nome, que se desperte, e segure-se sobre Ti; porque escondes de nós o Teu rosto, e nos fazes derreter, por causa das nossas iniquidades.

Novamente, embora este versículo nos ensine que o homem caído não tem justiça que seja aceitável diante de Deus e que mesmo suas supostas justiças são como trapos imundos diante de um Deus três vezes santo, o versículo não diz nada sobre a vontade do homem ou sua capacidade ou incapacidade de responder à Graça de Deus.

Que não há ninguém que invoque o nome do Senhor ou se desperte para se segurar a Deus não significa que o pecador é incapaz de responder à graça de Deus e não significa que ele não pode crer no evangelho. Entregue a si mesmo, o pecador não busca a Deus nem invoca Seu nome, mas os pecadores não são abandonados a si mesmos. Os pecadores recebem luz (Jo 1: 9), são persuadidos (Jo 16:8) e atraídos a Cristo (Jo 12:32). Deus ordenou que o evangelho seja pregado a todos os pecadores e que aqueles que creem serão salvos (Mc 16: 15-16), e não há nada em Isaías 64: 6-7 que diga que o pecador não pode crer [ou descrer] em resposta à obra de iluminação, convencimento e atração de Deus [Deus chama a TODOS os homens. Paulatinamente, cada vez mais fortemente Jr 31:18-20; Jo 7:17. Através: da criação Rm 1:20, da consciência Rm 2:14,15; da Palavra Rm 10:17; dos crentes Mt 22:9s; At 8:31; Rm 10:14s; do Espírito Santo Jo 16:8; as vezes pela Sua bondade Rm 2:4, as vezes trazendo julgamento Is 26:9].

Rm 3:10-18  10 Como tem sido escrito: "Não há um justo, nem mesmo um []. 11 Não há [ninguém] que [está] entendendo; não há [ninguém] que [está] buscando a Deus. 12 Todos se extraviaram, simultânea- juntamente se fizeram inúteis. Não há [ninguém] (que está continuamente) praticando [o] bem, não há nem um []. 13 Sepulcro tendo sido aberto [é a] garganta deles; com as suas línguas tratavam enganosamente; peçonha  de áspides [está] debaixo dos seus lábios;  14 Dos quais a boca está cheia de maldição e de amargura; 15 Ligeiros [são] os seus pés para derramar[em]- para- fora sangue. 16 Destruição e miséria [estão] nos seus caminhos; 17 E [o] caminho d[a] paz não conheceram. 18 Não há temor de Deus diante dos seus olhos".

Esta passagem é uma franca condenação do homem caído. Ele não é justo. Ele não entende nem busca a Deus. Ele saiu do caminho e tornou-se inútil. Ele não faz o bem. Sua boca está cheia de engano e maldição e amargura. Ele não tem temor a Deus.

Considere, no entanto, que esta passagem não diz nada sobre a vontade do homem ou sua capacidade ou incapacidade de receber o evangelho ou exercer a fé. Que nenhum pecador busca naturalmente a Deus não está a dizer que ele [o homem] não pode crer no evangelho quando lhe é oferecido no contexto da iluminação (Jo 1: 9), da persuasão (Jo 16: 8) e da atração (Jo 12:32) de Deus. [Deus chama a TODOS os homens. Paulatinamente, cada vez mais fortemente Jr 31:18-20; Jo 7:17. Através: da criação Rm 1:20, da consciência Rm 2:14,15; da Palavra Rm 10:17; dos crentes Mt 22:9s; At 8:31; Rm 10:14s; do Espírito Santo Jo 16:8; as vezes pela Sua bondade Rm 2:4, as vezes trazendo julgamento Is 26:9].

    Gn 6 5 E o SENHOR viu que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e [que] continuamente toda a imaginação dos pensamentos de seu coração [era] só má.

Novamente, não há nada neste versículo sobre a vontade do homem e se ele pode ou não acreditar em Deus e aceitar Sua oferta de graça.

    Jr 17 9 Enganoso [é] o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente ímpio; quem o poderá conhecer?

Este versículo trata do coração do pecador, mas não da sua vontade. Diz-nos claramente que o coração do pecador é enganoso e desesperadamente perverso, e ninguém pode entender corretamente a humanidade de hoje, a menos que eles compreendam e acreditem neste ensinamento. Mas não nos diz que o pecador não pode crer no evangelho. Ele não diz nada sobre a condição da vontade do pecador em relação ao exercício da fé.

    1Co 2 14 [O] homem natural, porém, não aceita as coisas de o Espírito de Deus, porque loucura para ele são; e não pode chegar- ao- conhecimento- d[elas], porque espiritualmente  são elas discernidas.

Este versículo ensina que o homem não salvo não recebe as coisas do Espírito de Deus e não tem habilidade natural para discernir coisas espirituais. No entanto, nada diz sobre a condição da vontade do homem não salvo ou se ele pode crer no evangelho ou não. Dizer que o pecador não recebe naturalmente as coisas do Espírito de Deus não é dizer que ele não pode. Para além da iluminação, da persuasão e da atração divina, nenhum pecador responderia ao Evangelho, mas esta iluminação, persuasão e atração são estendidas a CADA pecador (Jo 1: 9; 16: 8; 12:32). "Ali estava a Luz verdadeira, que ilumina a todo o homem que vem ao mundo" (Jo 1: 9).

    2Ts 2 13 Nós, porém, temos a dívida de expressar [toda a] gratidão a Deus sempre, concernente a vós, ó irmãos tendo sido amados pel[o] Senhor (Jesus), porque vos escolheu Deus, desde [o] princípio (da criação), para [a] salvação em santificação de [o] Espírito e fé d[a] verdade,

Arthur Pink usa esse versículo como prova para a doutrina Calvinista de que o novo nascimento precede a fé.

À luz das seguintes passagens, é óbvio que 2 Ts 2:13 não está indicando a ordem exata das coisas.

A passagem principal sobre o Novo Nascimento é João 3. Nos versículos 1-8, Jesus ensina a Nicodemos que ele deve nascer de novo ou não poderá ver o reino de Deus. No versículo 9, Nicodemos pergunta a Jesus como pode ser isto. Nos versículos 10-21, Jesus responde a esta pergunta e explica como um homem nasce de novo, e a resposta é que ele nasce de novo CRENDO (Jo 3: 14-16)! Isto é exatamente o que o Calvinista diz que o pecador não consegue fazer. Como um homem morto pode crer, ele raciocina? Bem, se nós formos pegar a analogia do "homem morto" literalmente, um homem morto também não pode pecar. Um homem morto, se tomado literalmente, não pode rejeitar o evangelho mais do que ele pode aceitar o evangelho, porém o Calvinista afirma que o pecador morto pode rejeitar o evangelho, mas ele não pode aceitá-lo. Quando a Bíblia diz que o pecador está morto em delitos e pecados, isso significa que ele está separado da vida espiritual de Deus por causa do pecado. Tomar esta analogia para além do ensino real da Bíblia e dar-lhe outros significados, tais como argumentar que, como o pecador está morto em delitos e pecados, ele não deve ser capaz de crer, é passar da verdade para a heresia.

Efésios 1:13 também mostra a ordem da salvação. "Em Quem (em o Cristo), também *vós*, [crestes] (quando) havendo ouvido a palavra da verdade (o evangelho (as boas novas) da vossa salvação); em Quem também, [quando] havendo vós crido, fostes selados com o Espírito da promessa, o [Espírito] Santo," Primeiramente o pecador crê, depois é selado pelo Espírito Santo.

A ordem para a salvação é também deixada clara em Atos 16:30-31 no caso do carcereiro Filipense.    "    At 16 30 E, havendo-os trazido para fora, dizia: "Ó senhores, que me é necessário fazer a fim de que eu seja salvo?"    At 16 31 E eles disseram: "Crê tu (apoiado) sobre o Senhor Jesus Cristo, e tu serás salvo. Semelhantemente, [creia] a tua família[, e será salva]"." Note que o carcereiro não nasceu de novo quando ele perguntou o que ele devia fazer para ser salvo, e Paulo respondeu que ele devia acreditar no Senhor Jesus Cristo. Obviamente, Paulo sabia que o pecador não salvo poderia precisamente fazer isso, e que por crer ele iria nascer de novo.

A ordem para a salvação é também deixada clara em Efésios 2:8-9-- "    Ef 2 8 (Porque por- operação- da graça (de Deus) sois [aqueles] (já) tendo sido salvos, por meio da fé). E isto não [é] proveniente- de- dentro- de vós mesmos, [é] dom de Deus,    9 Não [é] proveniente- de- dentro- das obras, a fim de que não (possa acontecer que) algum homem se vanglorie;" Aqui encontramos que a fé é o meio pelo qual somos salvos, ela é a “mão que se estende para aceitar o Dom de Deus." [esta passagem, contrastando fé contra obras, deixa bem claro que ter fé de modo nenhum é obra, tal como, num incêndio, eu estender a mão para o bombeiro, desmaiar, e ele me carregar e salvar.]

É óbvio, pelo versículos anteriores, que a fé precede e resulta na salvação.

Ao mesmo tempo, é importante observar que, da perspectiva de Deus, a santificação do Espírito e a fé da verdade ocorrem simultaneamente. Embora sejamos salvos por meio da fé, essa fé é exercida no contexto do Espírito de Deus iluminando e atraindo e convencendo e finalmente regenerando e santificando. Seria humanamente impossível separar a "fé da verdade" da "santificação do Espírito".


 

2) INCONDICIONAL, SOBERANA ELEIÇÃO E SOBERANA REPROBAÇÃO [Predestinação para Condenação]: Versos [Mal-] Usados por Calvinistas
(no mau entendimento com que lhes contaminaram):

[Chaves contra: Rm 8:29-30 1Pe 1:2; 1Co 1:21; Ef 2:8; A sequência de Rm 8:29-30 + Jo 1:12 + 2Co 5:17]

"De acordo com esta doutrina, Deus incondicional e "soberanamente" [arbitrária {* ver dicionário ao final deste escrito} e caprichosamente] elege quem será salvo e quem não será salvo, e esta eleição não tem nada a ver com nada que o pecador faça [a qualquer tempo], inclusive exercer fé no evangelho [em Cristo]. Considere as palavras da Confissão de Westminster: "Pelo decreto de Deus, para a manifestação de Sua glória, alguns homens e anjos são predestinados para a vida eterna, e outros são predestinados para a morte eterna. Estes anjos e homens, assim predestinados e predestinados, são particularmente e imutavelmente designados; e seu número é tão certo e definido que não pode ser nem aumentado nem diminuído ... Quanto ao resto da humanidade, Deus teve satisfação em, de acordo com o insondável conselho de Sua própria vontade (pela qual Ele estende ou retira a misericórdia conforme se agrade [de fazê-lo] para a glória de Seu poder soberano sobre as Suas criaturas), não olhar para eles, e os ordenar à desonra e à ira por causa do pecado deles, para o louvor de Sua justiça gloriosa." [ênfases de HMS]

João Calvino expressou a doutrina da eleição incondicional nestas palavras: "Nós chamamos de Predestinação ao decreto de Deus pelo qual Ele determinou em Si mesmo o [destino eterno] que Ele gostaria [teria prazer] que se tornasse o de cada indivíduo da humanidade, pois eles não são todos criados com um semelhante destino: mas a vida eterna é preordenada para alguns, e a condenação eterna para outros." (Institutes of the Christian Religion, Book III,  chap. 21). [ênfases de HMS]

Note-se que a eleição soberana [incondicional] é [nas declarações acima] acompanhada pela doutrina gêmea da soberana reprobação (incondicional, arbitrária {NOTA *} e caprichosa {NOTA **} predestinação para condenação) dos não eleitos. Calvin enfatizou isso como se segue: "[Deus] dedica à destruição quem Ele tem prazer [em fazer isso]. Š Eles são predestinados à morte eterna sem qualquer demérito em si próprios [relativamente aos outros homens], apenas pela vontade soberana dEle. Š Ele ordena todas as coisas através de Seu conselho e decreto, de tal maneira que alguns homens nascem devotados, desde o ventre [de suas mães] à morte [eterna] certa [e inescapável], para que Seu nome seja glorificado na destruição deles ... Deus escolhe quem Ele quer como seus filhos Š enquanto Ele rejeita e reproba (predestina para condenação) aos outros." (Institutes of Christian Religion, Book III, chap. 23). ênfases de HMS]

Seguem-se [texto e análise de] os principais "textos-prova" que são [mal-] usados em apoio à Eleição soberana [incondicional]:

    1Pe 1 2 (eleitos) como resultado do pré-conhecimento de Deus ([o] Pai), N[A] santificação de [o] Espírito (Santo), EM CONSEQUÊNCIA D[a]  obediência  e aspersão d[o] sangue de Jesus Cristo: Graça e paz vos sejam multiplicadas!

Este verso diz [na realidade] que a eleição de Deus é baseada em Sua presciência [saber o que vai ocorrer, antes de ocorrer]. A posição calvinista padrão sobre a presciência é basicamente [uma tentiva de truque] com o propósito de acabar com ela, tornando-a o mesmo que [profundamente] amar alguém de antemão, antes dela existir e de encontrá-la, acabando com a possibilidade de que a eleição de Deus poderia ter algo a ver com o que Ele prevê [vê com antedência, se nEle creremos ou não]. Mas a palavra que Pedro usa para "presciência" é uma palavra que significa simplesmente que Deus conheceu de antemão o que aconteceria. É a palavra grega "prognosis", que é uma palavra ainda usada comumente em inglês [e português]. Quando um médico dá o prognóstico de uma doença, ele descreve a progressão normal da doença. Ele basicamente é capaz de dizer o futuro porque ele sabe de antemão o que vai acontecer. A doutrina da "presciência", se não [tiver sido] redefinida pelo calvinismo, vai um longo caminho, embora não todo o caminho, para explicar o mistério de como Deus pode eleger [no passado], mas o homem pode escolher [crer ou não, no presente]. Há mais, sem dúvidas, quanto à eleição, do que apenas presciência, e não pretendemos ser capazes de explicar essas coisas plenamente, mas permanece o fato de que a Palavra de Deus nos ensina que a presciência está envolvida [na eleição] e não pode ser redefinida para significar [profunda e arbirariamente amar alguns antes deles existirem, e [por causa desse amor arbitrário {* ver dicionário ao final deste escrito},] "predeterminar".

Em sua tentativa de redefinir a "presciência" e transformá-la em "predeterminação", o calvinista geralmente usa Atos 2:23, que diz "A Ele, (isto é, ) Aquele tendo- sido- entregue pelo propósito- decreto (tendo sido (previamente) determinado) e (ademais) pelo preconhecimento de Deus, depois havendo-O vós tomado por- operação- de mãos desprezadoras- da- lei, e havendo-O crucificado, vós O matastes. " O calvinista afirma que "propósito- decreto (tendo sido (previamente) determinado" e "preconhecimento" são a mesma coisa, mas é evidente que estes, de fato, são duas coisas diferentes. O calvinista chama a atenção [para o fato de] que "propósito- decreto (tendo sido (previamente) determinado" precede "preconhecimento", mas o que ele falha em notar é o "E (ADEMAIS)". Atos 2:23 não diz que Jesus foi crucificado pelo "propósito- decreto (tendo sido (previamente) determinado QUE É O preconhecimento de Deus"; diz que Jesus foi crucificado pelo "propósito- decreto (tendo sido (previamente) determinado E (ademais) pelo preconhecimento de Deus". [O fato de] que Deus elege [também] de acordo com Seu preconhecimento significa que ele não elege unicamente de acordo com Seu "propósito- decreto (tendo sido (previamente) determinado", e este fato [duas bases para eleger] não faz de Deus menos Deus.

    2Tm 1 9 Aquele (Deus) nos havendo salvado e [nos] havendo chamado com um santo chamamento; não segundo as nossas obras, mas segundo o Seu próprio propósito e graça, aquela (graça) nos havendo sido dada em Cristo Jesus antes [do princípio] dos tempos dos séculos,

Embora este versículo diga que Deus não nos chamou segundo as nossas obras, mas segundo Sua graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes do início do mundo, não diz que os salvos são "soberanamente" [incondicionalmente] escolhidos e que sua eleição nada tem a ver com Sua fé nem com o prévio conhecimento por Deus. O fato de um pecador crer em Cristo não é uma obra (Ef 2:8-9).

    2Ts 2:13 Nós, porém, temos a dívida de expressar [toda a] gratidão a Deus sempre, concernente a vós, ó irmãos tendo sido amados pel[o] Senhor (Jesus), porque vos escolheu Deus, desde [o] princípio (da criação), para [a] salvação dentro de santificação de [o] Espírito e fé d[a] verdade,

Este versículo não diz que a eleição para salvação não tem nada a ver com se crer na verdade. [Quem quiser] essa doutrina tem que forçá-la para dentro do verso. Na verdade, tomando as palavras do verso por seu valor nominal, ele diz que a crença da verdade é parte de nossa eleição e não diz que a eleição não tem nada a ver com [o fato de] Deus de antemão ver a fé do pecador.

    Ef 1 3 Bendito [seja] o Deus e Pai de o nosso Senhor Jesus Cristo, Aquele (Deus) nos havendo abençoado em toda- e- cada bênção espiritual nos [lugares]  celestiais em  [o] Cristo,    Ef 1 4 Tal como Ele (Deus) nos elegeu nEle (em o Cristo) antes d[a] fundação d[o] mundo, para ser[mos] santos e sem manchas diante dEle (Deus)  em amor,    Ef 1 5 Havendo-nos predeterminado- quanto- fronteiras (do lote eterno) para a adoção- como- filhos, por- ação- de Jesus Cristo, para Si (Deus) mesmo, segundo o bom desejo d[a] Sua vontade

Esta importante passagem diz que o crente é escolhido em Cristo antes da fundação do mundo, mas não nos diz a base para esta eleição. Diz que foi o prazer de Cristo predestinar o crente para este ser adotado como um filho de Deus. Mas não diz nada de um jeito ou de outro sobre o prévio conhecimento e seu papel na eleição. Não diz nada sobre a eleição ser a escolha "soberana" [incondicional] de Deus, independentemente da fé do homem.

O bom prazer da vontade de Deus refere-se ao que Deus determinou para o crente, que é a [nossa] adoção como filhos, por Jesus Cristo.


    Ef 1 11 Em Quem fomos também escolhidos- para- uma- herança, havendo nós sido predeterminados- quanto- fronteiras (do lote eterno) conforme [o] propósito dAquele (Deus) efetivamente- operando todas as [coisas] segundo o propósito- decreto da Sua própria vontade,

Há dois ensinamentos neste versículo que são relevantes para o calvinismo.
    Primeiro, ele diz que o crente é "
predeterminado- quanto- fronteiras (do lote eterno) conforme [o] propósito dAquele (Deus) efetivamente- operando todas as [coisas] segundo o propósito- decreto da Sua própria vontade." Isto não implica, porém, que a "predeterminação- quanto- fronteiras (do lote eterno)" não tem nada a ver com o preconhecimento [por Deus], e que o homem não tem escolha no assunto.
    Em segundo lugar, o versículo diz que Deus está "
efetivamente- operando todas as [coisas] segundo o propósito- decreto da Sua própria vontade", mas, uma vez mais, isto não implica automaticamente a definição do Calvinismo [isto é, "incondicional, soberana eleição e soberana reprobação"]. Se Deus quis fazer o homem à Sua própria imagem e determinou dar ao homem a capacidade de rejeitar a Deus, não só no Jardim do Éden, mas através de toda a história do homem até este dia de hoje, isso não contradiria nada que é ensinado neste versículo. Ele ainda significaria que Deus está "efetivamente- operando todas as [coisas] segundo o propósito- decreto da Sua própria vontade". Deus ainda é soberano.

    1Co 1 26 Porque vós vedes o vosso chamamento, ó irmãos: que não muitos (de vós) [sois] sábios segundo [a] carne, nem muitos [sois] poderosos, nem muitos [sois] de nobre nascimento ;    27 Mas às coisas loucas deste mundo escolheu Deus, a fim de que Ele aos [homens] sábios envergonhe; e às coisas fracas deste mundo escolheu Deus, a fim de que Ele envergonhe as coisas fortes;    28 E às coisas de vil nascimento deste mundo, e àquelas tendo sido desprezadas, escolheu Deus, e às que não são, a fim de que Ele, às coisas que são, aniquile;    29 Para que nenhuma carne se vanglorie perante Ele.

Esta passagem não diz que Deus salva apenas um grupo pré-selecionado de pessoas. O chamado descrito nesta passagem é explicado no aspecto de COMO Deus chama, não [o aspecto de] QUEM Ele chama. Isso fica claro nos versículos anteriores, a saber:

    1Co 1 21 Porque, uma vez que, na sabedoria de Deus, não conheceu o mundo a Deus através da sabedoria (do mundo), agradou a Deus salvar, através da loucura da PREGAÇÃO, aqueles [que estão] CRENDO.    22 Porque  tanto [os] judeus um sinal demandam, como [os] gregos sabedoria buscam,    23 *Nós*, porém, estamos pregando [o] Cristo tendo sido crucificado ([o Qual], para [os] judeus, em verdade, [é] escândalo; e, para [os] gregos, [é] loucura),[.]    24 Para estes, porém, os [que são os] chamados- convidados, tanto judeus como gregos, [lhes estamos pregando o] Cristo, [o Qual é o] poder de Deus e [a] sabedoria de Deus.

Deus decidiu chamar ou salvar os homens através do evangelho, em vez de através do intelectualismo, da filosofia, dos milagres ou de outros meios. Deus chama os homens através do EVANGELHO.     2Ts 2 14 Para dentro da qual (finalidade) vos chamou através do nosso EVANGELHO (as boas novas), para obtenção d[a] glória de o Senhor nosso, Jesus Cristo.   E, uma vez que o evangelho deve ser pregado a "toda criatura" [Mt 28:19], é claro que Deus oferece salvação a cada pecador. Mas somente àqueles que vêm através deste [único] meio designado são salvos, e quando olhamos para as igrejas que creem na Bíblia, através dos séculos, vemos que aqueles que vêm são geralmente dos degraus inferiores da sociedade. Esse é o plano de Deus. Aqueles da "classe mais humilde" são os que mais prontamente reconhecem que precisam de salvação. Por este meio, Deus tem confundido o orgulhoso.

    Rm 8 29 Porque, aos [homens] a quem Ele (o Deus) pré-conheceu , também os predeterminou- quanto- fronteiras (do lote eterno) [para serem] conformados à apresentação- físico- corporal de o Seu Filho, a fim de ser Este (o Seu Filho) [o] primeiro- nascido entre muitos irmãos.    30 E, aos [homens] a quem Ele (o Deus) predeterminou- quanto- fronteiras (do lote eterno), a estes também chamou; e aos que chamou, a estes também declarou justos; e aos que declarou justos, a estes também glorificou.    31 O que, pois, diremos a respeito destas coisas? Uma vez , porém, que Deus [é] por nós (os pré-conhecidos), quem [será] contra nós?    32 Em verdade, Aquele (o Deus) que ao Seu próprio Filho não poupou, pelo contrário, para- benefício- e- em- lugar- de todos nós (os pré-conhecidos) O entregou, como não, também, juntamente- com Ele, todas as coisas [gratuitamente] nos dará?    33 Quem intentará acusação contra [os] eleitos de Deus? [É] Deus Quem os [está] declarando justos.

Vemos que o preconhecimento por Deus é uma parte crucial de Seu plano de eleição. Àqueles que DE ANTEMÃO CONHECEU, Ele também predestinou, chamou e justificou. A chave, então, é entender o que significa o preconhecimento. Se, como o calvinista ensina, é o mesmo que a predestinação, então essa passagem pode ser entendida como ensinando "eleição soberana [incondicional]". Mas se o preconhecimento não é o mesmo que a predestinação, ela [a eleição] não pode ser compreendida desta maneira.

A palavra "preconhecimento" é do grego "proginosko", que simplesmente significa "saber de antemão, ou seja, ver de antemão" (Strong). É a mesma palavra grega básica que é traduzida "presciência" em 1Pe 1: 2, que diz que o crente é "(eleito) como resultado do pré-conhecimento de Deus ... EM CONSEQUÊNCIA D[a]  obediência  e aspersão d[o] sangue de Jesus Cristo ...".

Dizer que "preconhecer" é o mesmo que predestinação é ignorar o significado da palavra e também é ignorar o fato de que preconhecer e predestinar são dois passos separados no processo descrito em Romanos 8:29-33.

À luz desta última passagem e de 1 Pet. 1:2 {   "(eleitos) como resultado do pré-conhecimento de Deus ([o] Pai), N[A] santificação de [o] Espírito (Santo), EM CONSEQUÊNCIA D[a]  obediência  e aspersão d[o] sangue de Jesus Cristo: Graça e paz vos sejam multiplicadas!"}, é escriturístico se dizer que Deus de antemão viu aqueles que creriam em Cristo, e os predestinou para a salvação. Há, sem dúvida, mais, quanto à eleição, do que isto; há coisas sobre a eleição divina que não entendemos neste momento; mas o preconhecimento [por Deus] definitivamente é uma parte da eleição, porque a Bíblia diz isso.

    Rm 9 13 Como tem sido escrito: "A Jacó amei, e a Esaú odiei  ".     14 Que diremos, pois? [Que há] injustiça [associada]- ao- lado de Deus? Nunca seja assim!     15 Pois a Moisés diz Ele: "Farei misericórdia a todo- e- qualquer- homem que Eu faça misericórdia, e sentirei compaixão de todo- e- qualquer- homem de quem Eu sinta compaixão".     16 Assim, pois, [isto] não [provém] daquele [que está] querendo, nem daquele [que está] correndo, mas [provém] dAquele [que está] fazendo misericórdia: [provém] de Deus.     17 Porque diz a Escritura a Faraó: "Para isto mesmo te levantei Eu: para que, em ti, mostrasse Eu o Meu poder, e para que fosse anunciado o Meu nome em toda a terra".     18 Assim, pois, a quem Ele (Deus) quer, faz misericórdia; e a quem Ele quer, endurece.     19 (Erroneamente,) Dirás tu, pois, a mim: "Por que ainda nos põe Ele culpa? Porquanto, à Sua vontade, quem tem resistido?"     20 Em verdade ([isto] sim), ó homem, quem és *tu*, que [estás] replicando a Deus? Porventura dirá a coisa formada Àquele (Deus) a havendo formado: "Por que me fizeste assim?"     21 Ou não tem autoridade o oleiro sobre o barro- pastoso para, proveniente- de- dentro- da mesma massa, fazer, em verdade, um vaso para honra, e um [outro] para desonra?     22 E [que] (direis) se, querendo Deus mostrar [Sua] ira e dar a conhecer o Seu poder, (mesmo assim) suportou em muita paciência [os] vasos d[a] ira ([aqueles] tendo sido tornados- adequados  para [a] perdição),     23 A fim de que também desse Ele a conhecer a riqueza da Sua glória sobre [os] vasos de misericórdia (aqueles que Ele [] de- antemão- preparou  para dentro da glória (eterna))?     24 (A quem, também, Ele chamou- convidou – a nós – não somente provenientes- de- dentro- d[os] judeus, mas também provenientes- de- dentro- d[os] gentios)     25 Como, também em Oseias, Ele diz: "Chamarei, àquele que não [era] Meu povo, de 'Meu povo'; e, àquela não tendo sido amada (por Mim), [chamarei] de 'tendo sido amada.'"     26 "E sucederá [que], no lugar em que lhes foi dito: 'Não [sois], *vós*, o Meu povo'; ali serão eles chamados de 'filhos de o Deus [que está] vivendo'."     27 E [também] Isaías clama a respeito de Israel: "Ainda que seja o número dos filhos de Israel tal como a areia do mar, (somente) o remanescente será salvo.     28 Porque [a] obra  Ele [está] completando, e em- curto- tempo- terminando-[a] em justiça; porque fará [o] Senhor sobre a terra uma obra  tendo sido em- curto- tempo- terminada."      29 E, como tem dito de antemão Isaías, "se [o] Senhor d[os] Exércitos não nos deixou semente, [então] como Sodoma fomos tornados, e como Gomorra fomos feitos."     30 Que, pois, diremos? Que [os] gentios, aqueles [que] não [estão] perseguindo- em- busca- d[a] justiça, alcançaram [a] justiça? [Sim], mas [a] justiça [que é] proveniente- de- dentro- d[a] fé.    Rm 9 31 Israel, porém, que [está] perseguindo- em- busca- d[a] lei d[a] justiça, à lei da justiça não chegou.     32 Por quê? Porque não [buscou] proveniente- de- dentro- da fé, mas como que proveniente- de- dentro- d[as] obras d[a] Lei. Porque tropeçaram no Pedra de tropeço;     33 Como tem sido escrito: "Eis que Eu ponho em Sião um Pedra de tropeço e um Rocha de escândalo, e todo aquele que está crendo nEle (o Pedra de tropeço) não será envergonhado."

Este é, sem dúvida, o texto-prova favorito dos calvinistas para eleição soberana [incondicional]. Ensina Romanos 9 que Deus arbitrariamente {* ver dicionário ao final deste escrito} ou soberanamente [incondicionalmente] escolhe alguns pecadores para serem salvos e o resto para ser perdido? Vamos considerar oito fatos importantes sobre essa passagem:

(Rm 9, aspecto 1) O exemplo de Esaú e Jacó não se refere à eleição referente à SALVAÇÃO PESSOAL, mas à eleição no que diz respeito às NAÇÕES no programa geral de Deus. O versículo Rm 9:12 deixa isso claro:     Rm 9 12 Foi dito a ela (a Rebeca): "O mais velho servirá- como- escravo ao mais jovem."  A promessa de Deus a Rebecca era sobre o filho mais velho servir o mais jovem, não sobre sua salvação pessoal. Esaú poderia ter sido salvo. Ele poderia ter crido em Deus e estar na Galeria da Fé em Hebreus 11. Esta passagem não ensina que Esaú estava soberanamente [incondicionalmente] predestinado para ser reprobado [predestinado para condenação]. Ela ensina que Deus soberanamente [incondicionalmente] escolheu a LINHAGEM de Cristo.

(Rm 9, aspecto 2) Quanto ao Faraó, a Bíblia diz que ele rejeitou a Palavra de Deus em Êxodo 5: 2 ANTES que Deus endurecesse seu coração em Êxodo 7: 3.     Ex 5 2 Mas Faraó disse: Quem [é] o SENHOR, para que eu obedeça a Sua voz, para deixar ir Israel? Não conheço o SENHOR, nem tampouco deixarei ir Israel. A Bíblia também diz, duas vezes, que Faraó endureceu seu próprio coração "    Ex 8 15 Vendo, pois, Faraó que havia alívio, endureceu o seu coração, e não os atendeu, como o SENHOR tinha dito" (Ex. 8:15). Veja também Êxodo 9:34. Este não é um caso de soberana reprobação (incondicional, arbitrária {NOTA *} e caprichosa {NOTA **} predestinação para condenação). A Escritura ensina que é sempre a vontade de Deus que os homens O sirvam, mas, quando O rejeitam, Ele os rejeita e os julga e faz com que eles sejam tornados exemplos. Compare com 2 Tessalonicenses 2:10-12 --     2Ts 2 10 E em todo [o] engano da injustiça naqueles [que estão] se fazendo perecer (em- pagamento PORQUE NÃO RECEBERAM O AMOR DA VERDADE A FIM DE SER[EM] ELES SALVOS).    11 E, por causa disso, lhes enviará Deus [a] energizada- operação- d[o] enganar, para crer[em] eles para dentro da mentira,    12 A fim de que SEJAM CONDENADOS TODOS AQUELES NÃO HAVENDO CRIDO PARA DENTRO DA VERDADE, mas (, ao contrário,) havendo tomado- prazer n[a] injustiça." Estes pecadores serão condenados, mas não porque não foram soberanamente [incondicionalmente] eleitos e não porque foram soberanamente [incondicionalmente] reprobados (predestinados para condenação), mas por causa da decisão pessoal deles em relação à verdade. Palavras não poderiam ser mais claras. Deus fez de Faraó um exemplo, e Deus endureceu seu coração para este propósito, mas ir além do que a Bíblia diz e alegar que Deus escolheu CRIAR Faraó para o propósito de reprobar (predestinar para condenação) é um grande erro e é caluniar e difamar o nome do Deus amoroso.

(Rm 9, aspecto 3)   Não diz que Deus soberanamente [incondicionalmente] prepara e adequa alguns pecadores à destruição e outros à glória,     Rm 9 22 E que (direis) se, querendo Deus mostrar Sua ira e dar a conhecer o Seu poder, (mesmo assim) suportou em muita paciência os vasos da ira (aqueles tendo tornado- a- si- mesmos- adequados para a perdição),    23 A fim de que também desse Ele a conhecer a riqueza da Sua glória sobre [os] vasos de misericórdia (aqueles que Ele [] de- antemão- preparou  para dentro da glória (eterna))?   

A frase "vasos da ira preparados e adequados para a destruição" permite uma voz variante; de acordo com a PC Study Bible, pode estar tanto na voz passiva quanto na voz média, em grego; [a voz média] significa "tendo tornado- a- si- mesmos- adequados". Na voz média, o sujeito age em relação a si próprio. [Como alternativa,] considere esta nota de Vincent Word Studies: "NÃO 'PREPARADO E ADEQUADO POR DEUS PARA A DESTRUIÇÃO', mas, em um sentido adjetival, 'pronto, maduro para a destruição', o particípio denotando um estado presente anteriormente formado, MAS NÃO DANDO NENHUMA DICA DE COMO FOI FORMADO. [O fato de] que os objetos da ira final tinham eles mesmos contribuído para tal assunto pode ser visto de 1 Tessalonicenses 2:15-16." Ao permitir que a Bíblia fale por si mesma através do significado claro das palavras, e comparando a Escritura com a Escritura, vemos que o pecador preparou e adequou a si mesmo para a destruição, através da sua rejeição da verdade. Mesmo aqueles que nunca ouviram o evangelho, têm a luz da criação e da consciência e são [hábeis e] responsáveis para responder à luz que eles têm, para que lhes seja dada mais luz (Atos 17:26-27).

(Rm 9, aspecto 4) Rom 9:23-24 não significa que Deus chama para a salvação apenas um certo grupo de antemão escolhido, [previamente] eleito. "    Rm 9 23 A fim de que também desse Ele a conhecer a riqueza da Sua glória sobre [os] vasos de misericórdia (aqueles que Ele [] de- antemão- preparou  para dentro da glória (eterna))?,    24 Os quais [somos] nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios?" Tem-se que forçar essa teoria "Deus chama para a salvação apenas um certo grupo de antemão escolhido, [previamente] eleito" para dentro da linguagem dos versos. O calvinista afirma que o versículo 24 ["chamou"] se refere ao "chamado efetivo", que é um termo que descreve o "chamado irresistível dos eleitos", mas isso está aumentando a Palavra de Deus, o que é um grande erro. A Bíblia claramente afirma que Deus chama todos os que vierem a Cristo. Deus chama pelo evangelho (2Ts 2:14) e o evangelho deve ser pregado a toda criatura (Mc 16:15). Deus chama "todo- e- qualquer que está querendo" (Rm 10:13 e Ap 22:17). Deus chama a todo aquele que crê em Cristo. "E esta é a vontade dAquele (o Pai) havendo-Me enviado: que todo aquele (homem) que [está] vendo o Filho e [está] crendo  para dentro dEle (o Filho), tenha [a] vida eterna; e *Eu* o ressuscitarei no último dia." (Jo 6:40).

(Rm 9, aspecto 5) A salvação de Deus, mesmo dos judeus, não era uma questão de eleição "soberana" [incondicional], mas estava baseada na fé de um indivíduo em Sua Palavra. "9:31 Israel, porém, que [está] perseguindo- em- busca- d[a] lei d[a] justiça, à lei da justiça não chegou.    32 Por quê? Porque não [buscou] proveniente- de- dentro- da fé, mas como que proveniente- de- dentro- d[as] obras d[a] Lei. Porque tropeçaram no Pedra de tropeço;    33 Como tem sido escrito: "Eis que Eu ponho em Sião um Pedra de tropeço e um Rocha de escândalo, e TODO AQUELE QUE ESTÁ CRENDO NELE (o Pedra de tropeço) não será envergonhado." (Rm 9:31-33).

(Rm 9, aspecto 6) Romanos 10 não deixa dúvidas sobre isso [isto é, salvação não é pela prévia, arbitrária {* ver dicionário ao final deste escrito}, incondicional eleição por parte de Deus]; A promessa de salvação prova que salvação não é a escolha arbitrária {* ver dicionário ao final deste escrito} ou "soberana" [incondicional] de Deus (Rm 10:8-13).
Rm 10:8-13  "8 Mas que diz? "Junto a ti a Palavra  está, [a saber,] na tua boca e no teu coração; esta é a Palavra  da fé, a Qual (Palavra) estamos pregando."  9 Porque, se confessares  na tua boca a [o] Senhor Jesus, e creres dentro do teu coração que Deus O ressuscitou para- fora- de- entre [os] mortos, serás salvo.  10 Porque com [o] coração [o homem] crê , para [a] justiça; e com [a] boca Ele (Jesus) é confessado , para a salvação.  11 Porque diz a Escritura: "TODO aquele [que está] crendo nEle (Jesus) não será envergonhado". Is 28:16 12 Porquanto não há diferença entre o judeu e [o] grego: porque o mesmo Senhor (Jesus)  de TODOS [está] (Ele) sendo rico para com TODOS aqueles [que] O [estão] invocando.  13 Porque TODO- E- QUALQUER- homem que invocar o nome de o Senhor (Jesus)  será salvo."
Note as palavras "qualquer" e "todos". Será que Deus zombaria dos pecadores prometendo-lhes a salvação se eles viessem a crer em Cristo e, em seguida, apenas permitisse que aqueles que foram soberanamente [incondicionalmente] eleitos realmente viessem a exercer tal fé?


(Rm 9, aspecto 7) A soberania de Deus não significa que a Sua vontade seja sempre realizada no homem.     Rm 10 21 Mas para Israel diz: Todo o dia estendi as minhas mãos a um povo rebelde e contradizente. Ver também     Mt 23 37 Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados! quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e tu não quiseste!

Deus fez o homem à Sua imagem. O homem não é um robô. Ele pode exercer sua vontade em dizer "não" a Deus, e o homem disse "não" a Deus e resistiu a Deus desde o Gênesis até o Apocalipse. Se a soberania de Deus significa que a Sua vontade é sempre feita, este mundo não faria sentido! É a vontade de Deus, por exemplo, que cada crente seja "santo, porque Eu sou santo" (1Pe 1, 16), mas sabemos muito bem que nem sempre é assim, e nunca o será perfeitamente .

(Rm 9, aspecto 8) O cegamento de Israel, vinda da parte de Deus, não foi uma questão de eleição soberana [incondicional], mas ocorreu porque os israelitas primeiro endureceram seus próprios corações. Considere Ez 12:2; Mt. 13:15 e Atos 28:25-27:

    Ez 12 2
Filho do homem, tu habitas no meio da casa rebelde, que tem olhos para ver e não vê, e tem ouvidos para ouvir e não ouve; porque eles [são] casa rebelde.

Ezequiel diz que a causa da cegueira de Israel é sua própria rebelião.
}

    Mt 13 15 Porque o coração deste povo está endurecido, E ouviram de mau grado com seus ouvidos, E FECHARAM SEUS OLHOS; Para que não vejam com os olhos, E ouçam com os ouvidos, E compreendam com o coração, E se convertam, E eu os cure.

Mateus diz que Israel fechou seus próprios olhos e essa é a razão pela qual eles não foram convertidos. Não existe uma soberana reprobação (incondicional, arbitrária {NOTA *} e caprichosa {NOTA **} predestinação para condenação) aqui.

    At 28 25 E, como ficaram entre si discordes, despediram-se, dizendo Paulo esta palavra: Bem falou o Espírito Santo a nossos pais pelo profeta Isaías,    26 Dizendo: Vai a este povo, e dize: De ouvido ouvireis, e de maneira nenhuma entendereis; E, vendo vereis, e de maneira nenhuma percebereis.    27 Porquanto o coração deste povo está endurecido, E com os ouvidos ouviram pesadamente, E FECHARAM OS OLHOS, Para que nunca com os olhos vejam, Nem com os ouvidos ouçam, Nem do coração entendam, E se convertam, E eu os cure.

Novamente, Atos diz que Israel fechou seus próprios olhos para que ela não se converta. Não há apoio para a doutrina calvinista de soberana reprobação (incondicional, arbitrária {NOTA *} e caprichosa {NOTA **} predestinação para condenação) aqui.

    Rm 11 2 Deus não rejeitou o seu povo, que antes conheceu. Ou não sabeis o que a Escritura diz de Elias, como fala a Deus contra Israel, dizendo:    3 Senhor, mataram os teus profetas, e derribaram os teus altares; e só eu fiquei, e buscam a minha alma?    4 Mas que lhe diz a resposta divina? Reservei para mim sete mil homens, que não dobraram os joelhos a Baal.    5 Assim, pois, também agora neste tempo ficou um remanescente, segundo a eleição da graça.    6 Mas se [é] por graça, [] não [é] pelas obras; de outra maneira, a graça [] não é graça. Se, porém, [é] pelas obras, [] não é mais graça; de outra maneira a obra [] não é obra.    7 Pois quê? O que Israel buscava não o alcançou; mas os eleitos o alcançaram, e os outros foram endurecidos.

Embora este verso seja usado por Arthur Pink e outros calvinistas em apoio à doutrina da eleição soberana [incondicional], o versículo simplesmente diz que a eleição é por graça e não por obras. O calvinista afirma que a fé é uma obra; portanto, se a salvação fosse uma questão do pecador crer em Cristo, seria uma salvação de obras, mas isso não é sustentado por este versículo ou por qualquer outro verso, e é claramente refutado por     Ef 2 8 Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, [é] dom de Deus.    9 Não vem das obras, para que ninguém se glorie." Ef 2:8-9 prova claramente que fé não é obra.
Vemos a mesma coisa em    Rm 4 5 Mas, àquele que não pratica, mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça.    Rm 4:5 prova que crer não é obras, antes é o oposto delas. De acordo com esta passagem, a eleição é uma questão de Deus oferecendo graça àqueles [que Ele sabe] que a receberão.

Embora o calvinista diria que Deus soberanamente [incondicionalmente] elegeu 7.000 [homens] em Israel durante os dias de Elias, este versículo não diz nada sobre eleição soberana [incondicional]. Ele simplesmente diz que Deus reservou 7.000 que não tinham dobrado seus joelhos para Baal. Não diz que eles se recusaram a dobrar o joelho porque Deus [incondicionalmente] os predestinou [a isso]. Ter-se-ia que se forçar tudo isso para dentro do que está registrado.

A "eleição pela graça" é explicada mais claramente em    Rm 11 7 Pois quê? O que Israel buscava não o alcançou; mas os eleitos o alcançaram, e os outros foram endurecidos.    [note que a palavra "eleitos" refere-se ao remanescente fiel, aos israelitas que creram.]. O verso não é sobre alguns serem [incondicionalmente] predestinados para a salvação (e outros não o serem), mas é sobre o evangelho da graça versus obras. Israel buscou Deus pela lei, e não pela graça. Isso ficou claro no capítulo 9.     Rm 9 30 Que diremos pois? Que os gentios, que não buscavam a justiça, alcançaram a justiça? [Sim], mas a justiça que é pela fé.    31 Mas Israel, que buscava a lei da justiça, não chegou à lei da justiça.    32 Por quê? Porque não foi pela fé, mas como que pelas obras da lei; pois tropeçaram na pedra de tropeço;    9 33 Como está escrito: Eis que eu ponho em Sião uma pedra de tropeço, e uma rocha de escândalo; E todo aquele que crer nela não será confundido.

    Ef 1 5 E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade,

Se este versículo estivesse sozinho na Escritura, seria possível que ele levasse à [possibilidade da] interpretação calvinista de "Eleição Soberana [incondicional]" e ao "Chamado Irresistível", mas ele não está sozinho [na Escritura]. Em Romanos 8:29-33, descobrimos que o ato de predestinação começa com a presciência de Deus. Veja [acima] o comentário sobre essa passagem.

    At 13 48 E os gentios, ouvindo [isto], alegraram-se, e glorificavam a palavra do Senhor; E creram ― todos quantos estavam tendo a si mesmo disposto- em- ordem para dentro da vida que- dura- para- sempre.

Se este versículo estivesse sozinho no livro de Atos, a interpretação calvinista (que Deus soberanamente [incondicionalmente] predetermina que alguns serão salvos e, então, irresistivelmente os salva) seria aceitável, mas o versículo não está sozinho.

O contexto [próximo], de fato, refuta a teologia calvinista:


Em Atos 13:43 vemos que os pecadores podem ser persuadidos a continuar no evangelho.     At 13 43 E, despedida a sinagoga, muitos dos judeus e dos prosélitos religiosos seguiram Paulo e Barnabé; os quais, falando-lhes, os EXORTAVAM a que PERMANECESSEM na graça de Deus.   Assim, há mais para a salvação do que a Eleição soberana [incondicional] e o Chamado Soberano [incondicional]. A vontade do homem está envolvida na questão, e o esforço dos ganhadores de almas tem um efeito sobre o resultado. É por isso que Paulo disse:      1Co 9 22 Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios [chegar a] salvar alguns.   , e,      1Co 9 19 Porque, sendo livre para com todos, fiz-me servo de todos para ganhar ainda mais (almas).

Em At 13:46 vemos que o evangelho é oferecido a pecadores e eles podem rejeitá-lo.      "Havendo Paulo e Barnabé, porém, falado ousadamente, disseram: "A vós outros era necessário primeiramente ser pregada a Palavra de Deus. Uma vez, porém, que a REJEITAIS e não julgais a vós mesmos [serdes] dignos da vida eterna , eis que estamos sendo voltados para dentro dos gentios;"     Estes judeus não foram soberanamente [incondicionalmente] escolhidos para a reprobação (incondicional, arbitrária {NOTA *} e caprichosa {NOTA **} predestinação para condenação). DEUS lhes ofereceu salvação e os QUIS salvar, mas eles, por um exercício de suas vontades, rejeitaram [salvação através de crer em Cristo].

Em At 13:47 vemos que o evangelho é intencionado ser [oferecido, com toda sinceridade,] a TODOS os homens.     At 13 47 Porque o Senhor assim no-lo mandou: Eu te pus para luz dos gentios, A fim de que sejas para salvação até os confins da terra     Isso não pode ser limitado apenas a um grupo pré-eleito de homens. O evangelho deve ser pregado a toda criatura (Mc 16:15) e Deus GOSTARIA que TODOS os homens viessem a ser salvos (1Tm 2:3-4)     "3 Porque isto [é] bom e agradável aos olhos de o nosso Salvador, Deus ,    4 O Qual DESEJA TODOS [os] homens ser[em] salvos e, para dentro do pleno- conhecimento d[a] verdade, vir[em]."

O que, então, significa At 13:48?    E os gentios, ouvindo [isto] (a), alegraram-se (b) , e glorificavam (c) a palavra do Senhor; e creram (d) TODOS quantos estavam tendo sido dispostos- em- ordem para dentro da vida que- dura- para- sempre.

Significa simplesmente que todos os homens cujos corações estavam predispostos a aceitar o evangelho, isto é, tantos quantos estavam dispostos a invocar o nome do Senhor (Rm 10:13), creram.     "Porque TODO- E- QUALQUER- HOMEM que invocar o nome de o Senhor (Jesus)  será salvo."

A palavra grega aqui traduzida como "tendo sido dispostos- em- ordem" é "tasso", e significa "organizar de uma maneira ordenada, ou seja, atribuir ou dispor" (Strong). É usada oito vezes no Novo Testamento. Duas vezes ela é traduzida "ordenar" (Atos 13:48, Romanos 13:1). Em outro lugar, ela é traduzida como "dedicar" (1 Coríntios 16:15), "nomear, apontar, designar" (Mateus 28:16, Atos 22:10, 28:23), "determinar" (Atos 15:2), e "colocar" (Lc 7:8).

Há duas perguntas que devem ser respondidas aqui.
Primeira, quantos pecadores são
dispostos- em- ordem para a vida que- dura- para- sempre?
Segunda, por que os homens são
dispostos- em- ordem para dentro da vida que- dura- para- sempre?

A resposta à primeira pergunta é que Deus gostaria que TODOS os homens viessem a ser salvos (1 Timóteo 2:3-4). A resposta calvinista, de que Deus soberanamente [incondicialmente] elegeu somente ALGUNS para serem salvos, não é escriturística.

A resposta à segunda questão é que os homens "
são dispostos- em- ordem para dentro da vida que- dura- para- sempre" crendo no evangelho e invocando o nome de Cristo (Mc 16:16, Lc 8:50, João 1:12, 3: 13-18; 3:36; 5:24; 6:35; 6:40; 6:47; 8:24; 11:25; 12:36; 12:46; 20:31; Atos 8:36-37; 1Co 1:21, Gl 3:22, 1Tm. 1:16; Jo 5:13). Esta é a ordem que é dada consistentemente através de todo o Novo Testamento - crer, para, em [infalível e maravilhosa] consequência disso, ser salvo.

"Aqui, os judeus haviam rejeitado voluntariamente a palavra de Deus. Do outro lado, estavam aqueles gentios (não todos os gentios) que alegremente aceitavam o que os judeus haviam rejeitado. Por que esses gentios se situavam ao lado de Deus em oposição aos judeus, Lucas não nos diz. Este versículo não resolve o problema exaustivamente discutido da soberania divina e do livre arbítrio humano. Não há nenhuma evidência de que Lucas tinha em mente um absolutum decretum [decreto absoluto] de salvação pessoal. Paulo tinha mostrado que o plano de Deus se estendeu e incluiu os gentios. Certamente o Espírito de Deus se move sobre o coração humano e, ao Espírito, alguns respondem, como aqui, enquanto outros O afastam para longe." (Robertson's Word Pictures).

    Tt 1 1 Paulo, servo de Deus, e apóstolo de Jesus Cristo, segundo a fé dos eleitos de Deus, e o conhecimento da verdade, que é segundo a piedade,

Este versículo menciona os eleitos de Deus, mas não diz nada sobre "eleição soberana [incondicional]".

    1Ts 1 3 Lembrando-nos sem cessar da obra da vossa fé, do trabalho do amor, e da paciência da esperança em nosso Senhor Jesus Cristo, diante de nosso Deus e Pai,    1Ts 1 4 Sabendo, amados irmãos, que a vossa eleição é de Deus;    1Ts 1 5 Porque o nosso evangelho não foi a vós somente em palavras, mas também em poder, e no Espírito Santo, e em muita certeza, como bem sabeis quais fomos entre vós, por amor de vós.

Mais uma vez, este versículo diz que os irmãos na igreja de Tessalônica foram eleitos de Deus, mas não diz nada sobre "eleição soberana [incondicional]". É preciso se forçar isso para dentro da passagem.

    1Ts 5 9 Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo,

Arthur Pink diz: "Dizer que Deus não nos designou para a ira", implica claramente que há alguns a quem Ele "designou para a ira" ... "(The Sovereignly of God, p. 98).

Esta "interpretação" é feita forçando coisas para dentro do versículo, as quais não existem lá. [O fato de] que Deus não nos designou para a ira não significa que Ele designou alguns para a ira. Isto é simplesmente uma promessa de que o crente não estará sujeito à ira que será derramada durante a Grande Tribulação (1Ts 5:1-3). Esta é a ira que está em vista. Não há uma insinuação nesta passagem que Deus tenha escolhido soberanamente [incondicionalmente] alguns pecadores para a reprobação (incondicional, arbitrária {NOTA *} e caprichosa {NOTA **} predestinação para condenação) e o julgamento.

    2Pe 2 12 Mas estes, como animais irracionais, que seguem a natureza, feitos para serem presos e mortos, blasfemando do que não entendem, perecerão na sua corrupção,

Arthur Pink diz: "Claramente, é que 'estes [homens], como animais irracionais', são aqueles que, como animais, são 'feitos para serem presos e destruídos' ..."(The Sovereignty of God, p. 99).

O versículo, porém, não diz que os falsos mestres não salvos foram feitos por Deus para serem destruídos, que foram soberanamente [incondicionalmente] escolhidos para serem reprobados [incondicionalmente predestinados para a condenação]. Diz simplesmente que os falsos mestres são como os animais que não têm entendimento e que perecem. São os animais que são criados para serem mortos, e não os falsos mestres [serem destruídos].

De fato, o 1º verso do capítulo diz que o Senhor comprou estes homens maus, significando que Ele morreu para tornar possível que eles fossem salvos, e que eles mesmos TRAZAM SOBRE SI MESMOS DESTRUIÇÃO.    "
2Pe 2 1 Mas houve também falsos profetas no meio do povo, como também no meio de vós haverá falsos professores- mestres, os quais encobertamente- ao- seu- lado- trarão- para- dentro heresias  de perdição, até- mesmo Àquele Dono- e- Senhor os havendo comprado negando, TRAZENDO [ELES] SOBRE SI MESMOS REPENTINA DESTRUIÇÃO;"

    Jd 1 4 Porque se introduziram alguns, que já antes estavam escritos para este mesmo juízo, homens ímpios, que convertem em dissolução a graça de Deus, e negam a Deus, único dominador e Senhor nosso, Jesus Cristo.

Arthur Pink, neste versículo, [tenta] encontrar mais apoio para a doutrina da reprobação (incondicional, arbitrária {NOTA *} e caprichosa {NOTA **} predestinação para condenação), dizendo: "... qualquer alternativa que seja selecionada não pode ser evadida, pelo fato de que certos homens 'já antes estavam escritos para este mesmo juízo' " (The Sovereignty of God, p. 99).

O simples significado deste versículo é que os falsos mestres nesta dispensação que negam a doutrina de Cristo são julgados da mesma maneira que os homens que foram condenados no Antigo Testamento - como os pecadores do dia de Noé, como os homens de Sodoma, etc. "O significado é claramente que o castigo que caiu sobre os israelitas incrédulos (Judas 1:5), os anjos rebeldes (Jd 1:6), os habitantes de Sodoma, (Jd 1: 7) e do qual Enoque profetizou (Jd 1:15), aguardava aquelas pessoas "(Albert Barnes).

Note que Judas não diz que esses falsos mestres foram ordenados para condenação desde a eternidade, mas desde "antes de antigamente". Ele está se referindo às Escrituras e às constantes advertências que são dadas contra o pecado e a apostasia e a referência específica em alguns lugares, para os últimos dias. Mais tarde, em sua epístola, Judas se refere especificamente ao antigo profeta Enoque, dizendo que Enoque profetizou sobre esses últimos dias.

É preciso se forçar soberana reprobação (incondicional, arbitrária {NOTA *} e caprichosa {NOTA **} predestinação para condenação) para dentro deste versículo. O significado simples e direto das palavras não dá suporte a isso.


A advertência de Matthew Henry se aplica aqui. Ele diz que os crentes comuns não precisam ser "inquietados com pensamentos obscuros, duvidosos e causadores de perplexidade, sobre a reprovação (incondicional predestinação para condenação), nas quais as cabeças mais fortes não podem entrar muito longe, de fato não podem suportar exceto muito pouco, sem muita perda e dano." Em relação a Judas 4: "Não basta que os escritores inspirados anunciassem antecipadamente que tais homens sedutores e ímpios surgiriam mais tarde, e que todo e cada [crente], sendo avisado, deveria se armar em antecipação contra eles?" (Matthew Henry).

Os pecadores são de fato predestinados à condenação, porque Deus decretou que "o salário do pecado é a morte". Ele também graciosamente deu Seu filho e decretou, além disso, que "... para que todo aquele que nele CRÊ não pereça, mas tenha a VIDA QUE- DURA- PARA- SEMPRE."  (Jo 3:16).

    Ap 13 8 E a adorarão todos aqueles (homens) que estão habitando sobre a terra, dos quaiS não têm sido escritos os nomeS no grande- livro- rolo de a Vida de o Cordeiro, Aquele (Cordeiro) tendo sido morto- em- sacrifício desde a fundação do mundo.

Este versículo não diz nada sobre a base para ter seu nome adicionado ou não adicionado ao livro da vida. Não diz que aqueles que adoram o anticristo foram soberanamente [incondicionalmente] reprovados ou que eles adoram o anticristo porque não foram soberanamente [incondicionalmente] eleitos para serem salvos. O versículo simplesmente diz que são os não salvos, aqueles cujos nomes não estão escritos no livro da vida, que adorarão o anticristo, em oposição àqueles que são salvos.

    2Tm 1 9 Que nos salvou, e chamou com uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos dos séculos;

Este versículo simplesmente diz que o chamamento por Deus [e dirigido] aos crentes não é devido a obras, mas provém da graça, e diz que este propósito e graça nos foram dado em Cristo antes do início do mundo.

A propósito, a Bíblia ensina que a fé não é obra (Efésios 2:8-9). Assim, desmorona por terra o argumento calvinista de que "o fato de que um pecador [ser salvo porque] creu em Cristo equivaleria a uma a salvação por obras".

O versículo não diz que Deus tem soberanamente [incondicionalmente] eleito um certo grupo de pecadores para ser salvo. Isto tem que ser forçado para dentro do verso.


 

3) LIMITADA EXPIAÇÃO: Versos [Mal-] Usados por Calvinistas
(no mau entendimento com que lhes contaminaram):

[Chaves contra: Jesus morreu por TODOS: Is 53:6; Jo 1:29; 3:16-17; Rm 11:32; 1Jo 2:2; He 2:9; Deus anela que todos sejam salvos 1Tm 2:4; 2Pe 3:9; salvação disponível a todos Jo 3:16,17; At 2:21; Rm 10:13; 1Tm 4:10]

De acordo com esta doutrina, a morte de Cristo foi apenas em favor daqueles que Deus soberanamente elegeu. Calvino fez a seguinte acusação à [doutrina da] oferta universal do Evangelho: "Quando parece que a doutrina da salvação é oferecida a todos [os homens] para o efetivo benefício de todos eles, essa é uma PROSTITUIÇÃO CORRUPTA daquela [salvação] que é declarada ser reservada particularmente [isto é, exclusivamente] aos filhos da igreja" (Institutas, Livro III, capítulo 22).

A seguir estão os principais textos-prova que são apresentados em apoio à doutrina da Expiação Limitada:

    Is 53 8 Da prisão e do juízo foi tirado; e quem declarará a Sua geração? Porquanto foi cortado fora da terra dos viventes; pela transgressão do MEU POVO foi o ferimento sobre Ele.

Este versículo é usado pelos Calvinistas para apoiar a doutrina de que Cristo morreu apenas pelos eleitos, mas o "povo" em favor de quem Ele foi ferido, de acordo com este versículo, é o povo de Israel [Is 52:1,2,4,7,12], e sabemos que nem todos os israelitas serão salvos.

Além disso, mesmo se o "meu povo" de Isaías 53:8 se referisse aos "eleitos", não se seguiria que Cristo morreu SOMENTE pelos eleitos. Isso seria ler algo no versículo que não está lá.


Isso também contradiria o ensino de muitas passagens claras das Escrituras, tais como


Isaías 53:6, que diz que a iniquidade de TODOS os homens foi colocada sobre Jesus,

Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu próprio caminho; mas o SENHOR fez cair sobre Ele a iniquidade de nós TODOS.

e Rm 11:32, que diz que Deus quer usar de misericórdia para com TODOS,

Porque Deus juntamente- fechou- circundou a todos para dentro da incredulidade , a fim de, para [com] os TODOS, usasse de misericórdia.

e 2 Co 5:19, que diz que Deus deseja reconciliar TODOS os homens com Ele mesmo,

A saber, que Deus estava, em [o] Cristo, [O] MUNDO reconciliando conSigo mesmo, não lhes imputando [Deus] as transgressões deles, e havendo entregue- confiado  a  nós a palavra da reconciliação.

e 1 Tm 2:6, que diz que Jesus foi um resgate para TODOS os homens,

Aquele havendo dado a Si mesmo [como] resgate- substituto para- benefício- e- em- lugar- de TODOS (o testemunho [a ser testemunhado] [nos] tempos de- propriedade- d[Ele])

e Hebreus 2:9, que diz que Jesus provou a morte por TODOS os homens,

Aquele (Jesus), porém, ([por] um certo pouco (tempo)) menor  do que [os] anjos (dantes) tendo sido feito... (Agora) vemos Jesus, em razão do sofrimento d[a Sua] morte, com glória e com honra havendo sido coroado. De modo que Ele, pel[a] graça de Deus, para- benefício- e- em- lugar- de TODOS [OS HOMENS], provasse [a] morte.

e 2 Pedro 2:1, que diz que Jesus comprou até os falsos mestres não salvos,

Mas houve também falsos profetas no meio do povo, como também no meio de vós haverá falsos professores- mestres, os quais encobertamente- ao- seu- lado- trarão- para- dentro heresias  de perdição, negando até- mesmo ao Dono- e- Senhor os havendo comprado, trazendo [eles] sobre si mesmos repentina destruição;

e 1 João 2:2, que diz que provisionou propiciação para TODOS os homens.

E *Ele próprio* [a] propiciação é concernente aos nossos pecados, e não somente concernente aos nossos (pecados), mas também concernente aos (pecados) do INTEIRO MUNDO.



Mt 1 21 E ela dará à luz [um] filho e tu chamarás o Seu nome de JESUS; porque *Ele* salvará O SEU POVO para longe dos pecados deleS."

Este versículo não se refere à questão de “se Jesus morreu [ou não] para tornar possível que todos os homens sejam salvos”. As pessoas referidas neste versículo são os judeus. Jesus, de fato, salvará os judeus de seus pecados, mas também sabemos que nem todos os judeus serão salvos. Mas mesmo se "seu povo" neste versículo se referisse aos “eleitos", isso não significa que Cristo morreu SOMENTE pelos eleitos.

    Mt 20 28 Tal como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a Sua vida [como] preço- de- resgate, (dar a Sua vida) em- lugar- de MUITOS."

Que Jesus deu Sua vida em resgate por muitos não significa que Ele deu Sua vida em resgate apenas para os eleitos. Isso contradiria 1Tm 2:6 e 1João 2:2 e muitas outras passagens da Bíblia.


    Jo 10 11 *EU* SOU o bom Pastor; o bom Pastor dá a Sua vida (morrendo) para- benefício- e- em- lugar- das OVELHAS.

Novamente, [dizer] que Jesus deu Sua vida pelas ovelhas não é dizer que Ele também não deu a Sua vida para tornar possível que TODOS os homens sejam salvos.

    At 20 28 Olhai- cuidai, pois, por vós mesmos e por todo o rebanho no meio do qual o Espírito, o Santo, vos constituiu pastores- superintendentes , para apascentar[des]  a assembleia  de Deus, a qual Ele resgatou por- operação- de o Seu próprio sangue.

Novamente, [dizer] que Deus comprou a igreja com seu próprio sangue não é dizer que a expiação se limitou [apenas] àqueles que seriam salvos. A doutrina Calvinista da Expiação Limitada tem que ser introduzida a força para dentro destes versículos.

    Jo 11 49 E um [] certo homem proveniente- de- dentro- deles, [chamado de] Caifás , [o] sumo sacerdote sendo daquele ano, lhes disse: "Vós tendes sabido nem uma [] coisa [sequer],    50 Nem considerais que nos é necessário que um [] homem morra para- benefício- e- em- lugar- do povo, e que toda a nação (Israel) não se faça perecer."    51 Ora, isto não disse ele (Caifás) proveniente- de- junto- de si mesmo, mas, [o] sumo sacerdote sendo ele daquele ano, profetizou que estava Jesus prestes a morrer para benefício- e- em- lugar daquela nação (Israel).    52 E não para- benefício- e- em- lugar- daquela nação somente, mas a fim de também reuni[-los] em uma [] (família) juntamente com os filhos de Deus, aqueles tendo sido dispersados.

Arthur Pink diz que ele estaria disposto a apoiar sua doutrina de Expiação Limitada nesta passagem "mais do que qualquer outra [passagem]" (The Sovereignty of God, p.66).

Mas João 11:49-52 não diz nada sobre a extensão da expiação de Cristo. Dizer que Jesus morreu por aqueles que serão salvos não é dizer que Ele morreu SOMENTE por aqueles que seriam salvos.


 

4) Irresistível Graça: Versos [Mal-] Usados Por Calvinistas
(no mau entendimento com que lhes contaminaram):

[Chaves que Deus é quem preserva- garante nossa salvação Jo 3:18; 10:28-29; Rm 8:28-30,35,38-39; 1Co 3:15; 5:3-5; Ef 4:30; Cl 3:3-4; He 7:25; Jd 1:1]

De acordo com esta doutrina calvinista, o chamado de Deus aos eleitos é eficaz e não pode ser resistido. O pecador morto é soberanamente regenerado e lhe é concedido o "dom da fé".

At 15:18 Conhecidas, desde o princípio do mundo, são a Deus todas as Suas obras,.
Ef 1:11 Em Quem fomos também escolhidos- para- uma- herança, havendo nós sido predeterminados- quanto- fronteiras (do lote eterno) conforme [o] propósito dAquele (Deus) efetivamente- operando todas as [coisas] segundo o propósito- decreto da Sua própria vontade,

Em resumo, o Sínodo [calvinista] de Dort diz: "Que alguns, no devido tempo [de Deus], tenham fé dada por Deus, e outros não a tenham, procede do seu decreto eterno; porque    Conhecidas, desde o princípio do mundo, são a Deus todas as Suas obras,' etc.  (Atos 15:18; Ef 1:11).  De acordo com o decreto, Ele graciosamente amacia os corações dos eleitos, por mais duros que sejam, e ele os dobra até que creiam; Mas, quanto ao não eleito, Ele [Deus], a Seu juízo, abandona à sua própria perversidade e dureza."

A Confissão de Westminster acrescenta o seguinte: "Este chamado efetivo é [proveniente] somente da gratuita e especial graça de Deus, não de qualquer coisa prevista no homem, que é completamente passivo nisso, até que, sendo vivificado e renovado pelo Espírito Santo, é assim capacitado para responder a este chamado e abraçar a graça oferecida e transmitida nEle [o Espírito]. Os outros, não eleitos, embora possam ser chamados pelo ministério da Palavra, e possam ter algumas operações comuns do Espírito, todavia eles nunca verdadeiramente se chegam a Cristo e, portanto, não podem ser salvos ... "

Seguem-se os textos-prova que são apresentados [pelos calvinistas] em apoio à [sua] doutrina da Graça Irresistível:

    Jo 3 8 O vento, aonde quer, assopra, e a voz dele ouves, mas não tens conhecido de onde ele vem, nem para onde ele vai; assim é todo aquele tendo sido nascido proveniente- de- dentro- de o Espírito (Santo)."

Este versículo não diz nada sobre a eleição divina e não diz nada de uma forma ou de outra sobre a doutrina de que aqueles que são soberanamente eleitos são irresistivelmente chamados. Ele simplesmente afirma que o Espírito de Deus é como o vento, nisto você não pode ver o Espírito, mas você pode ver Sua influência na vida daqueles que nasceram de novo.

    Jo 6 37 Tudo aquilo que Me dá o Pai, até Mim virá;
e que (todo) aquele (homem) que [está] vindo até Mim, de maneira nenhuma Eu o lance fora,

Se a "Graça Irresistível" fosse ensinada nesta passagem, ela [tal graça] seria para todos os que creem em Cristo e não meramente para alguns poucos que foram soberanamente pré-eleitos para serem salvos.

Este versículo não diz que Deus tenha soberanamente [incondicionalmente] pré-escolhido apenas alguns para a salvação e que são aqueles pré-escolhidos que são dados a Cristo. É preciso ler tudo o que está no versículo. Ele simplesmente diz que tudo o que o Pai dá, virá a Cristo. A questão é esta: "Quem é que o Pai dá a Jesus?"

Essa pergunta é respondida claramente nessa passagem, apenas três versículos depois, no verso 40: "Porquanto a vontade daquele que me enviou é esta: Que TODO aquele que vê o Filho, e CRÊ nele, tenha a VIDA ETERNA; e eu o ressuscitarei no último dia "(Jo 6:40). (É claro que o Calvinista argumenta que são somente os eleitos que podem "ver o Filho", mas lhes é necessário forçar isso para dentro do versículo).

Assim, TODOS os que CREEM em Cristo são [consequentemente] dados pelo Pai e eles são recebidos e não são lançados fora.


    Jo 6 39 E esta é a vontade de o Pai, Aquele havendo-Me enviado, a fim de que, [de] tudo  que  Ele Me tem dado, Eu não perca [nada] proveniente- de- dentro- disso ; pelo contrário, Eu o farei levantar no último dia;

Já explicamos isso à luz de João 6:37. O versículo 40 diz que aqueles que são dados pelo Pai são aqueles que creem em Cristo.

    Jo 6 44 Nenhum homem pode vir até Mim, se o Pai (Aquele havendo-Me enviado) não o trouxer; e *Eu* o ressuscitarei no último dia.

Esta é uma afirmação importante e ela ensina que os homens não podem ser salvos em separado da [iniciativa e] atração divina. Os pecadores não buscam a Deus por conta própria (Romanos 3:11). Se João 6:44 estivesse sozinho, em separado do resto da Bíblia, seria possível ver a Graça Irresistível Calvinista em sua linguagem, mas não. O Senhor Jesus claramente ensinou que TODOS os homens são atraídos. "E eu, quando for levantado da terra, TODOS atrairei a Mim" (Jo 12:32). Não só isso, mas Ele também disse que TODOS os homens recebem luz. "Ali estava a Luz verdadeira, que ilumina a TODO o homem que vem ao mundo" (Jo 1: 9). Além disso, "o Espírito Santo veio para "convencer o MUNDO do pecado, e da justiça e do juízo" (Jo 16:8).

Jo 17:1-2  1 Estas palavras falou Jesus, e levantou os Seus olhos para dentro do céu, e disse: "Ó Pai, tem chegado a hora. Glorifica o Teu Filho, a fim de que também o Teu Filho Te glorifique, 2 Assim como Lhe deste poder sobre toda [a] carne, a fim de que, a todos quantos Lhe tens dado, Ele lhes dê [a] vida eterna.
Jo 17:6 Manifestei o Teu nome aos homens que Me tens dado, [tirados] provenientes- de- dentro- do mundo. Teus eram, e a Mim os tens dado, e eles têm preservado- e- obedecido à Tua Palavra.

Deus deu a Jesus alguns homens, mas quem são eles? São eles aqueles que são soberanamente eleitos, ou são todos os que creem no evangelho? João 6:40 diz: "Porquanto a vontade daquele que me enviou é esta: Que TODO aquele que vê o Filho, e CRÊ nele, tenha a VIDA ETERNA; e eu o ressuscitarei no último dia ". João 1:12 e 3:14-16 e muitas outras passagens ensinam a mesma coisa.

    2Ts 2 13 Nós, porém, temos a dívida de expressar [toda a] gratidão a Deus sempre, concernente a vós, ó irmãos tendo sido amados pel[o] Senhor (Jesus), porque vos escolheu Deus, desde [o] princípio (da criação), para [a] salvação em santificação de [o] Espírito e fé d[a] verdade,    14 Para dentro da qual (finalidade) vos chamou através do nosso evangelho (as boas novas), para obtenção d[a] glória de o Senhor nosso, Jesus Cristo.

Esta passagem diz que os crentes em Tessalônica foram escolhidos por Deus para a salvação. O que ela não diz, porém, é a base para essa escolha. A passagem não diz que a base para a escolha era a vontade soberana [incondicional] de Deus em separado de qualquer coisa que Ele previra. João 6:40 diz: "Porquanto a vontade daquele que me enviou é esta: Que TODO aquele que vê o Filho, e CRÊ nele; tenha a VIDA ETERNA; e eu o ressuscitarei no último dia". De acordo com este versículo, a base para a eleição de Deus é a do homem.

A passagem diz que os crentes em Tessalônica foram escolhidos "para [a] salvação em santificação de [o] Espírito e fé d[a] verdade," A doutrina Calvinista da Graça Irresistível afirma que isso quer dizer que "o Espírito de Deus atraiu soberanamente e irresistivelmente esses crentes para a fé", mas é preciso se forçar isso para dentro da passagem. É mais simples e mais bíblico dizer que é o Espírito Santo quem ilumina (Jo 1: 9), convence (Jo 16:8) e atrai (Jo 12:32) pecadores, e aqueles que creem na verdade são salvos [porque creem].

2 Ts 2:13-14 também diz que os crentes em Tessalônica foram chamados, mas este chamado não é dito ter sido soberano [incondicional] e irresistível. Diz, antes, que eles foram chamados pelo evangelho. Esta é a mesma coisa que vemos em Marcos 16:15-16. O evangelho deve ser pregado a TODOS os homens e [TODOS] aqueles que CREEM [basta isso] são salvos.

As doutrinas Calvinistas da Eleição Soberana [incondicional] e da Graça Irresistível são refutadas anteriormente nesta mesma passagem.

Versículos 2Ts 2:8-12 descrevem a vinda do Senhor para destruir o anticristo e para julgar aqueles que creem nele [o anticristo].

2Ts 2:8-12  8 E, então, será revelado aquele desprezador- da- lei (a quem o Senhor (Jeová, o Cristo) "consumirá" (o poder) "pelo assopro da Sua boca", e anulará (o poder) pelo esplendor  da Sua vinda),  9 A vinda de quem (o Anticristo) é segundo [a] energizada- operação- de Satanás, em todo [o] poder e sinais e prodígios de mentira, 10 E em todo [o] engano da injustiça NAQUELES [QUE ESTÃO] SE FAZENDO PERECER (EM- PAGAMENTO PORQUE NÃO RECEBERAM O AMOR DA VERDADE A FIM DE SER[EM] ELES SALVOS). 11 E, por causa disso, lhes enviará Deus [a] energizada- operação- d[o] enganar, para crer[em] eles para dentro da mentira, 12 A fim de que SEJAM CONDENADOS TODOS AQUELES NÃO HAVENDO CRIDO PARA DENTRO DA VERDADE, mas (, ao contrário,) havendo tomado- prazer n[a] injustiça.

Aqui vemos que os homens podem receber a verdade e ser salvos, mas também podem rejeitá-la e, portanto, perecer. Eles não perecem porque são soberanamente eleitos para perecer, mas porque não creem na verdade.

    At 16 14 E uma certa mulher, (tendo) por nome Lídia, uma vendedora de púrpura, d[a] cidade de Tiatira, [que estava] adorando a o Deus , [nos] ouvia; de quem o Senhor (Jesus) abriu o coração para dar- atenção às coisas [estando] sendo faladas por Paulo

[Sim, concordamos,] nenhuma pessoa pode ser salva a menos que o Senhor [tome a iniciativa e] abra coração dela. Esta não é uma doutrina Calvinista, mas uma doutrina que todos os crentes da Bíblia compreendem e acreditam.

Dizer que Deus abriu o coração de Lídia para que ela atendesse às coisas de Cristo não é dizer que Deus pré-selecionou apenas um certo número de pecadores para ser salvo. Também não é dizer que Deus não tenta salvar os não-eleitos. Também não é dizer que Lídia foi Irresistivelmente Chamada ou que ela foi soberanamente [incondicionalmente] regenerada e, [somente] em seguida, [foi-lhe] dada a fé. Toda esta doutrina Calvinista tem que ser forçada para dentro da passagem.


Para mais detalhes sobre este assunto [o calvinisno], veja o seguinte:
"The Calvinism Debate" at http://www.wayoflife.org/fbns/calvinismdebate.html
"Calvin's Camels" - http://www.wayoflife.org/fbns/calvins-camels.html
Dave Hunt's Refutation of Calvinism -  http://www.wayoflife.org/fbns/davehunt-calvinrefutation.html

David Cloud
traduzido por Hélio de Menezes Sílva e Hélio Sousa Ferraz


 


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Pequena e despretenciosa adição por Hélio de Menezes Silva:


5) Perseverança dos Santos: Versos [Mal-] Usados Por Calvinistas
(no mau entendimento com que lhes contaminaram):


A Confissão de Fé de Westminster diz "I. Os que Deus aceitou em seu Bem-amado, os que Ele chamou eficazmente e santificou pelo Seu Espírito, não podem decair do estado da graça, nem total, nem finalmente; mas, com toda a certeza hão de perseverar nesse estado até o fim e serão eternamente salvos. Fp 1:6; Jo 10:28-29; 1Pe 1:5,9."

Talvez alguns calvinistas vejam somente um lado (o lado "bom") desta declaração e ela se torne fonte de segurança de que eles mesmos estão definitivamente salvos já hoje, sem nenhuma sombra dúvida de que nunca perderão a salvação (então eu darei graças a Deus por tal segurança e certeza que talvez alguns deles têm),
mas
a) O próprio Calvino, em seu testamento redigido pouco antes de sua morte, demonstrou que de modo nenhum tinha tal certeza (http://reformed.org/calvinism/index.html?mainframe=/calvinism/calvin_will.html) “Eu humildemente imploro dEle [de Deus] que me conceda vir a ser tão lavado e purificado pelo sangue do soberano Redentor, estabelecido para os pecados da raça humana, que me venha a ser permitido estar diante de Seu tribunal na imagem do próprio Redentor.”  (grifos meus).
b) muitos outros calvinistas que encontrei na vida também estão longe de ter tal certeza absoluta, portanto, se não ignoram o assunto, então vivem em dúvida, temor e inquietude. Veem a declaração da C.F.Westminster como estabelecendo que eles somente poderão ter absoluta certeza de salvação no minuto final de suas vidas, se eles puderem pesar tudo e concluírem que perseveraram de forma perfeita e, naquele instante final, estão sem nenhum pecado "muitíssimo grave" (o que é subjetivo) e do qual não se arrependeram completamente e não pediram perdão, e o abandonaram, e fizeram toda reparação possível. Portanto, pelo menos uma significativa parte dos calvinistas não pode ter certeza total hoje, pois pensam que o sinal final se foram (ou não) verdadeiramente eleitos será o grau de perseverança DELES MESMO, pesado em seu dia final.  

Mas os versos erroneamente citados nesta seção da Confissão de Westminster na verdade estão longe de ensinarem que o fato do homem perseverar (ou não) até o fim é que é o teste dele ter (ou não) sido eleito para a salvação:

Fp 1:6 Tendo [eu] confiado nisto mesmo: que, Aquele (o Espírito Santo) havendo começado em vós [a] boa obra, [a] estará- efetivando- para- perfeição até (chegar) [o] dia de Jesus Cristo ;

Aqui, é o Espírito Santo quem é o único sujeito dos verbos, o único a agir, é Ele quem faz toda a obra, é ele que preserva nossa salvação, nada da salvação e preservação está dependendo da nossa fidelidade, ao contrário, é Deus o único fiel, e Ele o é mesmo quando o crente, o salvo é infiel a Ele 2Tm 2:13     Se somos infiéis, *ELE* fiel permanece: negar a Si mesmo não pode Ele.


Jo 10:28-29  28 E [a] vida eterna EU lhes dou; e que, PARA O SEMPRE, de modo NENHUM PEREÇAM, e NINGUÉM AS ARREBATARÁ PARA- FORA- DA MINHA MÃO. 29 O Meu Pai, que [as] tem dado a Mim, maior do que todos é, e ninguém pode arrebatá-[las] para- fora- da mão do Meu Pai.

Novamente, aqui, pessoas da Trindade são os únicos sujeitos dos verbos, os únicos a agirem. É Deus quem preserva nossa salvação, nada da salvação e preservação está dependendo da nossa fidelidade, ao contrário, é Deus o único fiel, e Ele o é mesmo quando o salvo é infiel a Ele 2Tm 2:13.

1Pe 1:5 Que, dentro de [o] poder de Deus [estais] sendo guardados, mediante [a] (vossa) fé, para [a] salvação prestes a ser revelada n[o] último tempo,
1Pe 1:9 Recebendo o fim- propósito d[a] vossa fé, [a saber, a] salvação d[as] vossas almas;

Mesmo comentário acima.

Mas contraste com 1Co 3:13-15, particularmente 15:
    1Co 3:13-15  13 De cada um a obra manifesta se tornará; porque o dia [a] declarará, porque dentro de fogo está- sendo revelada; e de cada homem a [sua] obra, de que tipo ela é, o fogo [a] testará. 14 Se de algum varão a obra (a qual ele sobre-edificou) permanece, galardão esse receberá. 15 Se de algum homem a obra será completamente- queimada, ele sofrerá perda; *ELE MESMO*, PORÉM, SERÁ SALVO (todavia, de modo como que através d[o] fogo).


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{*     Dicionário:
    - "arbítrio", entre outras coisas, significa "vontade", como em "escolheu a cor do carro segundo seu arbítrio";
    - "arbitrário": qualidade daquilo que só depende da escolha ou da vontade de alguém (não necessariamente seguindo uma lógica/ motivos/ propósitos/ critérios/ modos anunciados e que se possam perceber e entender. Ou seguindo um motivo/ propósito primordialmente para meu próprio bem ou prazer ou glória)
    - "capricho": vontade súbita, impensada e infundada;
    - "caprichoso": qualidade daquilo que só depende da vontade súbita, impensada e infundada, de alguém (certamente sem ter nenhuma lógica/ motivo/ propósito/ critério/ modo anunciados e que se possam perceber e entender).
    - "soberano": reina sobre tudo e todos, é supremo sobre tudo e todos, ninguém há que não esteja debaixo de Sua autoridade, quando quer pode permitir alguma escolha a alguns, mas em tudo tem a palavra final.
}



Só use as duas Bíblias traduzidas rigorosamente por equivalência formal a partir do Textus Receptus (que é a exata impressão das palavras perfeitamente inspiradas e preservadas por Deus), dignas herdeiras das KJB-1611, Almeida-1681, etc.: a ACF-2011 (Almeida Corrigida Fiel) e a LTT (Literal do Texto Tradicional), que v. pode ler e obter em http://BibliaLTT.org, com ou sem notas.



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