Crenças De Calvino Chocantes (para Crentes "Somente Escrituras" e "Somente a Deus Glória")

(isto é, a crentes que não reverenciam homem nenhum como se fosse suprema autoridade)

Frank Viola

Veja em http://www.patheos.com/blogs/frankviola/shockingbeliefsofjohncalvin/ as palavras do próprio Calvino, as referências, e muitos outros detalhes e provas.


traduzido por
Valdenira N.M. Silva, 2017,
depois resumido e adaptado por Hélio de M.Silva








Todo crente sincero, particularmente nascido em denominação calvinista, deveria pelo menos estudar sobre "o lado negro e horripilante" de Calvino.
Tg 3:12 "...
Assim, nenhuma fonte [pode] a (ambas) água salgada e [água] doce produzir".
Para seu espiritualmente sincero e corajoso exame, segue-se esse tal irmão ...


1. Calvino acreditava que a execução de hereges não arrependidos- convertidos era justificada.


O exemplo mais conhecido disso é quando Calvino aprovou [Hélio diria "fez ocorrer"] a execução de Miguel Servet, um homem que negou a Trindade e o batismo infantil.

[Servet combateu o Adocionismo (porque nega a divindade de Cristo),    e o Arianismo (porque multiplica a hipóstase (a realidade = substância = essência, única, da divindade, vista através de suas instâncias, suas pessoas) e estabelece uma ordem ou hierarquia entre tais pessoas),    Mas negou o dogma da Trindade (três pessoas divinas em um único Deus) (alegando que parecia politeísmo ofensivo a judeus e islamitas) e, apesar da inconsistência de às vezes combater o Sabellianismo (porque totalmente confunde o Pai com o Filho), outras vezes se aproximou dele (ao não fazer distinção entre as três pessoas).
Por isso, pode, sim, ser considerado: Unitariano, Sabellianista, ou Modalista Monárquico. https://en.wikipedia.org/wiki/Michael_Servetus .]

Servet foi queimado [na fogueira, a "fogo brando", que crueldade] durante toda uma hora, simplesmente por causa de suas visões teológicas.

Os partidários de Calvino são rápidos em apontar que o grande Reformador não executou diretamente o homem; até havia dantes tentado persuadir Servet a não vir a Genebra; depois da prisão de Servet tentou que se arrependesse; e procurou que lhe fosse concedida uma execução mais humana (que seria decapitação em vez ser queimado [na fogueira]).

Mesmo assim, Calvino fez essa observação a respeito de Servet, mostrando que acreditava que a morte por causa de heresia era justificável.

"
Mas não estou disposto a prometer minha palavra para a segurança dele, pois se ele vier [a Genebra], nunca permitirei que ele saia vivo, desde que minha autoridade seja de qualquer proveito". [1]

Durante o julgamento de Servertus, Calvino observou:

"
Espero que o veredicto exija a pena de morte". [2]

Nove anos após a execução, Calvino fez este comentário ao responder aos seus críticos: "
Servet sofreu a pena devido às suas heresias, mas foi por minha vontade. Certamente sua arrogância o destruiu não menos que sua impiedade.".[3]

Calvino também é citado como dizendo, "
Quem quer que agora alegar que é injusto se condenar hereges e blasfemadores à morte vai com conhecimento e voluntariamente incorrer em sua própria culpa. Isto [executar hereges e blasfemadores] não está estabelecido [apoiado] sobre a autoridade humana; é Deus quem fala e prescreve uma regra perpétua para a sua Igreja. "[3a]

Quer você concorde com a visão de Calvino [a pena de morte deve ser sempre aplicada, em todos os séculos e locais] ou defenda as ações dele porque ele era "um homem de seus tempos" {*}, muitos cristãos acham a idéia de executar hereges ser chocante.
{*} "um homem de seus tempos" significa que tem que fazer o que todos de seu contexto (até os papas) faziam. A Bíblia é muito contrária a isso.

Isso nos traz a outro ponto para outro post, mas considere por um momento se assassinato [por motivos religiosos] fosse legalizado em nosso tempo.

Se fosse, acho que teríamos muitos cristãos mortos que perderam suas vidas [por reclamações de] outros cristãos por causa de divergências doutrinárias.

Se você acha que estou errado, basta observar a cáustica virulência [de lábios] e o mortal ódio em muitos fóruns "cristãos" on-line, à medida que eles [os "cristãos] verbalmente esmagam um ao outro por causa de diferenças em interpretações teológicas.

Além de Servet, Jerome Bolsec foi arastado e aprisionado por desafiar Calvino durante uma palestra, depois foi banido da cidade. Calvino escreveu em particular sobre o assunto dizendo que
desejava que Bolsec estivesse "apodrecendo numa vala". [4]

Jacques Gruet também era um homem que discordava de Calvino. Ele chamava Calvino de hipócrita ambicioso e altivo. As administrações de Genebra torturaram Gruet duas vezes por dia até que ele confessou, e, com a concordância de Calvino, Gruet foi amarrado a uma estaca, seus pés foram pregados a ela, e sua cabeça foi cortada fora [sob alegação de ser] por causa de blasfêmia e de rebelião.

Pierre Ameaux foi acusado de caluniar Calvino em um encontro particular. Ele deveria pagar uma multa [por isso], mas Calvino não ficou satisfeito com a pena, então Ameaux passou dois meses na prisão, perdeu o emprego e foi levado em desfile pela cidade ajoelhando-se para confessar sua calúnia, pagando também a despesa do julgamento. [5]



2. Calvino acreditava que a Eucaristia oferece uma indubitável garantia da vida eterna.


Assemelhando-se à visão Católica Romana, Calvino afirmou que o sacramento da Eucaristia dava a "
certeza indubitável da vida eterna para nossas mentes, mas também assegura a imortalidade de nossa carne" [6].


3. Calvino acreditava que a Igreja Reformada (sua igreja) era a verdadeira Igreja e não havia salvação fora da Igreja Reformada.


Calvino convenceu um anabatista chamado Herman a sair dos anabatistas (que ele [Calvino] considerava uma seita), e se juntar à igreja Reformada. Ele escreveu o seguinte, que soa surpreendentemente semelhante ao modo como os católicos daquela época falaram a respeito da Igreja Católica Romana:

"
Herman, se não me engano, de boa-fé retornou à comunhão da Igreja. Ele confessou que fora da Igreja não há salvação, e que a verdadeira Igreja está conosco. Portanto, foi covarde- deserção [para longe da verdadeira igreja] quando ele pertencia a uma seita [a dos anabatistas] separada dela [da verdadeira igreja]". [7]


4. Calvino acreditava que era aceitável violentamente ofender com palavras seus oponentes, usando nomes depravados e grosseiramente ofensivos.


Calvino tratou seus críticos com desprezo, chamando-os de "porcos", "jumentos", "lixo humano", "cachorros", "idiotas" e "bestas fedorentas". Calvino disse isso do grande líder anabatista Menno Simons: "
Nada poderia ser mais presunçoso, nada mais desavergonhadamente imoral do que este jumento." [8]


5. Calvino acreditava que as penas de morte do Antigo Testamento deveriam ser, [ainda] hoje, aplicadas com todo rigor.


A cidade de Genebra era governada pelo clero, que era composto por cinco pastores e doze anciãos leigos escolhidos pelo Conselho de Genebra. Mas a voz de Calvino era [de longe] a mais influente da cidade [dominando a tudos e todos].

Aqui estão algumas leis e fatos sobre Genebra [duranteo o tempo] sob a autoridade de Calvino:

* Toda e cada família tinha que assistir os cultos de domingo de manhã. Se houvesse pregação nos dias de semana [quase sempre havia], todos também tinham de assistí-las. (Havia apenas algumas exceções, e Calvino pregava três a quatro vezes por semana.)

* Se uma pessoa chegasse ao culto após o sermão ter começado, ela seria advertida. Se continuasse [a fazer isso], teria que pagar uma [significativa] multa.

* Heresia {*} era considerada como sendo um insulto a Deus e traição ao Estado, e era punida com a morte. {* toda expressão de doutrina que Calvino odiasse era por ele decretada como sendo herética}

* A feitiçaria era um crime merecedor da pena de morte. Em um ano, 14 supostas bruxas foram enviadas para a estaca [da fogueira] sob a acusação de que tinham persuadido Satanás a afligir Genebra com a praga.

* O clero devia abster-se de caçar, de jogos de azar, de festejar, de negociar, de diversões seculares, e tinha que aceitar anuais visitas [de inspeção] e [anuais] escrutínios [interrogatórios e investigações] morais da parte dos superiores da igreja.

* Apostas e jogos de azar [envolvendo dinheiro], jogar cartas, freqüentar tabernas, dançar, canções indecentes ou irreligiosas, falta de pudor no vestir, eram proibidos.

* As cores e quantidades de vestimentas, e o número de pratos permitidos em uma refeição, eram especificados por lei.

* Uma mulher foi presa no cárcere por arranjar seu cabelo até [ficar com] uma "altura imoral".

* As crianças deveriam receber o nome de personagens do Velho Testamento. Um pai rebelde serviu quatro dias na prisão por insistir em dar ao seu filho o nome de Claude em vez de Abraão.

* Falar desrespeitosamente a respeito de Calvino ou do clero era um crime. Uma primeira violação era punida com uma reprimenda. Violações adicionais [eram penalizadas] com multas. Violações persistentes eram punidas com encarceramento ou banimento [do país].

* Fornicação era punida por exílio ou afogamento.

* Adultério, blasfêmia e idolatria eram punidos com a morte.

* No ano de 1558-1559, houve 414 processos por delitos morais.

* Como em toda parte no século XVI, a tortura era freqüentemente usada para obter confissões ou provas.

* Entre 1542-1564, houve 76 desterros [expulsões do país]. [Lembre que] A população total de Genebra era então de [apenas] 20.000 habitantes.

* A própria enteada e genro de Calvino estiveram entre os condenados por adultério, depois executados.

* Em Genebra, havia pouca distinção entre religião e imoralidade. Os registros existentes do Conselho referentes a este período revelam uma alta porcentagem de crianças ilegítimas, de bebês abandonados, de casamentos forçados, e de sentenças de morte. [9]

* Em um caso, uma criança foi decapitada por ter golpeado seus pais [com a sua mão]. [10] (Segundo a lei Mosaica do Antigo Testamento, Calvino acreditava que era bíblico executar crianças rebeldes e aquelas [pessoas] que cometessem adultério.) [10a]

* Durante um período de 17 anos enquanto Calvino era o líder [supremo de] Genebra, houve 139 execuções registradas na cidade. [11]

Sabastian Castellio, um amigo de Calvino que o incitou a se arrepender de sua intolerância, fez a chocante observação:

"Se o próprio Cristo viesse [agora] a Genebra, Ele seria crucificado. [Sim,] Porque Genebra não é um lugar de liberdade cristã. Ela é governada por um novo papa [isto é, por João Calvino], mas um [papa] que [lenta e cruelmente] queimava [120 minutos?] homens vivos, enquanto o papa em Roma os estrangulava primeiro [0 a 1 minutos?]." [12]

Castellio também fez esta observação:

"Podemos nós imaginar Cristo ordenando um homem ser queimado vivo por defender o batismo [somente] de adultos? As leis mosaicas que pediam a morte de um herege foram substituídas pela lei de Cristo, que é uma [lei] de misericórdia ,não de despotismo e terror ". [12a]


6. Calvino acreditava que [todo] o povo judeu era ímpio, desonesto, desprovido de senso comum, ganancioso e deveria ser morto sem piedade.


Calvino escreveu: "
Tive muitas conversações com muitos judeus: nunca vi uma gota de dedicação a Deus ou um grão de verdade ou engenhosa inteligência - ou melhor, nunca encontrei o senso comum em nenhum judeu ". [13]

Calvino também é citado como chamando os judeus de "
cachorros profanos" que ", sob o pretexto da profecia, devoram estupidamente todas as riquezas da terra com sua desenfreada cupidez." [14]

Ele também afirmou que "
a sua putrefata e inflexível rigidez lhes faz merecer que sejam oprimidos sem cessar e sem medida ou fim, e que morram em sua miséria sem a piedade de ninguém" [15].


7. Calvino acreditava que Deus não criou todos os seres humanos em termos iguais, mas criou alguns indivíduos para a condenação eterna.


Essa idéia é conhecida como "dupla predestinação". De acordo com essa visão, Deus predestina alguns para a salvação e outros para a destruição. Embora essa idéia não seja chocante para alguns cristãos, particularmente os calvinistas, a idéia de que Deus deliberadamente criaria alguns indivíduos com o propósito de, ao final, destruí-los eternamente, é chocante para muitos crentes.

De acordo com Calvino, "
A predestinação pela qual Deus adota alguns para a esperança da vida, e sentencia os outros à morte eterna, nenhum homem que seria pensado ser dedicado a Deus se aventuraria a simplesmente negar ... Por predestinação queremos dizer o decreto eterno de Deus, pelo qual Ele determinou, consigo próprio, tudo o que Ele quis que acontecesse em relação a cada homem. Todos não são criados em termos iguais, mas alguns são preordenados à vida eterna, outros à condenação eterna; E, portanto, conforme cada um foi criado para um ou outro desses fins, dizemos que ele foi predestinado à vida ou à morte.". [16]

O Capítulo 21 do Livro III dos Institutos da Religião Cristã de João Calvino é chamado [tem o título]
"[a respeito] Da eleição eterna, pela qual Deus predestinou alguns para a salvação, e outros para a destruição."

NOTAS SOBRE FONTES BIBLIOGRÁFICAS



[1] Bonnet and Gilchrist, Letters of John Calvin: Compiled From the Original Manuscripts and Edited With Historical Notes, 2:19.
[2] http://www.the-highway.com/servetus_Boettner.html
[3] Responsio ad Balduini Convicia, Opera, IX. 575: “Iustas quidem ille poenas dedit: sed an meo arbitrio?
Certe arrogantia non minus quam impietas perdidit hominem. Sed quodnam meum crimen, si Senatus noster mea hortatu, ex plurium tamen ecclesiarum sententia, exsecrabiles blasphemias ultus est? Vituperet me sane hac in parte Franciscus Balduinus, modo Philippi Melanchthonis iudicio posteritas mihi gratitudinem debeat, quia tam exitiali monstro ecclesiam purgaverim. Senatum etiam nostrum, sub cuius ditione aliquando vixit, perstringat ingratus hospes: modo idem Philippus scripto publice edito testetur dignum esse exemplum quod imitentur omnes christiani principes.” Quoted in http://www.ccel.org/a/schaff/history/8_ch16.htm
[3a] Schaff. Quoted in http://www.ccel.org/ccel/schaff/hcc8.iv.xvi.xxii.html
[4] Letter to Madame de Cany, 1552. See also The Secret of the Strength by Peter Hoover. Bolsec believed Calvin’s view of predestination turned God into the author of evil.
[5] The Constructive Revolutionary by Fred Graham, pp. 162-169; Will Durant, The Reformation, p. 479.
[6] Institutes of the Christian Religion, 4.17.32.
[7] Letters of John Calvin, trans. M. Gilchrist, ed. J.Bonnet, New York: Burt Franklin, 1972, I: 110-111.
[8] Philip Schaff’s goes into this with sources in French, etc. in his History of the Christian Church, Volume VIII, p. 594ff. Schaff cites his sources. For the quote on Menno Simons, see The Secret of the Strength by Peter Hoover, p. 63; Calvin, IV, 176; HRE XII, 592.
[9] All of the above information about Geneva can be found in Will Durant, The Reformation, pp. 472-476. Durant cites his sources. See also
Calvin’s Geneva: An Experiment in Christian Theocracy – published in The Radical Resurgence and Calvin’s Geneva: Applied Critical Thinking – published in The Radical Resurgence
[10] Fear of the Word by Eli Oboler, pp. 60-62.
[10a] See http://etb-history-theology.blogspot.com/2012/03/execution-of-child-and-adulterers-in.html
[11] The Church Polity of John Calvino by Harro Hopfl, p. 136.
[12] Quoted in How the Idea of Religious Toleration Came to the West by Perez Zagorin.
[12a] Will Durant, The Reformation, p. 486.
[13] Calvin’s commentary of Daniel 2:44–45 translated by Myers, Thomas.Calvin’s Commentaries. Grand Rapids, MI: Eerdmans, 1948, quoted in Lange van Ravenswaay 2009, p. 146
[14] Quoted in Essential Papers on Judaism and Christianity in Conflict by Jeremy Cohen.
[15] A Response To Questions and Objections of a Certain Jew (Ad quaestiones et objecta Judaei cuiusdam responsio).
[16] Institutes of the Christian Religion, 3.21.5. It should be noted that many Calvinists reject double predestination. For example,
Spurgeon and Simeon both rejected the view.








Frank Viola

traduzido por
Valdenira N.M. Silva, 2017.

Nota explicativa de Hélio: O fato de eu publicar um artigo de qualquer autor que eu não conheça de muito tempo e de muitos livros deve ser visto somente como minha concordância com os principais pontos e principal linha de raciocínio no artigo específico, não com outros de seus sermões, artigos, livros, teologia, vida, etc.



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