Pr. Cleverson de Abreu Faria
A vida humana é uma série de escolhas. Essas escolhas determinam nosso futuro.
Ao longo de nossas vidas, vivenciamos uma série de escolhas ininterruptas, pois
sempre, diariamente, nos colocamos diante de uma nova escolha a ser feita.
Em nossas escolhas nos deparamos diante de dois pontos importantíssimos:
agradar a Deus, escolhendo aquilo que Ele tem de melhor para nossas vidas ou,
simplesmente, agradar a nós mesmos, nossa carne, nosso desejo e escolher aquilo
que achamos ser bom para nossa vida.
Por isso, as escolhas são, sempre, mais importantes. São as escolhas – e nunca
a sorte – que determinam nosso destino.
Sempre ouvimos dizer que as nossas escolhas atestam o nosso caráter e também
que a direção para onde a nossa mente involuntariamente se move demonstra o
tipo de pessoas que somos. O cristão que tem sua mente transformada, sendo
“revestida do novo homem”, fará as melhores escolhas. Se formos cristãos carnais,
onde o mais importante é agradar ao “eu”, nossas decisões e escolhas sempre
irão contra ao que Deus quer para nós.
No entanto, quantos cristãos hoje em dia, em sua ânsia de escolher aquilo que é
certo, cometem erros. Quantos cristãos, por não conhecer o que diz a própria
Palavra de Deus, fazem escolhas que lhes definham a alma (Salmo 106.15).
Qual é o perigo que encontramos? É simplesmente o de escolher aquilo que
aparentemente é bom, aquilo que não se vê nada contra, nada de errado, que por
coincidência até se inúmera inúmeros pontos a favor e, portanto, parece ser o
certo, no entanto, porém, não é a perfeita, a explícita vontade de Deus para
nossas vidas.
Por muitas vezes, no decorrer de nossas vidas, escolhemos o aquilo que é bom e
não aquilo que é melhor. Parece uma contradição de termos não é mesmo? Quem em
sã consciência escolheria aquilo que é bom no lugar do que é melhor? Quem faria
tal loucura? Mas, a realidade é diferente e diariamente, inúmeros cristãos se
deparam com esse tipo de escolha: o bom ao invés do melhor.
Vejamos rapidamente rápidos exemplos desse tipo de escolha, para melhor
compreendermos as nossas próprias:
1) A Escolha [apenas] “Boa”
de Ló
“E disse Abrão a Ló: Ora, não haja contenda entre mim e ti, e entre os meus
pastores e os teus pastores, porque somos irmãos. Não está toda a terra diante
de ti? Eia, pois, aparta-te de mim; e se escolheres a esquerda, irei para a
direita; e se a direita escolheres, eu irei para a esquerda. E levantou Ló os
seus olhos, e viu toda a campina do Jordão, que era toda bem regada, antes do
SENHOR ter destruído Sodoma e Gomorra, e era como o jardim do SENHOR, como a
terra do Egito, quando se entra em Zoar. Então Ló escolheu para si toda a
campina do Jordão, e partiu Ló para o oriente, e apartaram-se um do outro”
(Gênesis 13.8-11).
Ló era sobrinho de Abraão. Infelizmente Abraão errou ao levar esse sobrinho
consigo ao sair de Ur dos caldeus, sua terra, pois a ordem de Deus era sair da
sua parentela e não levar sua parentela junto (Gênesis 12.1). Portanto, estavam
junto desde essa época. Agora, os rebanhos, as manadas e as tendas
multiplicaram, com isso, seus pastores começaram a contender tanto por causa
dos pastos que foi necessário fazer uma separação. Contrariando a cultura da
época, Abraão permitiu que seu sobrinho escolhesse primeiro para qual lugar
partiria em toda aquela terra. Lembre-se que o natural seria que Abraão fizesse
a escolha primeiro. A escolha insensata de Ló recaiu sobre a planície de
Sodoma. Posteriormente Abraão escolheu Hebrom, passando a ser o lugar de sua
residência permanente.
A ganância de Ló fez com que escolhesse Sodoma para viver. Uma cidade próspera,
com sistema de irrigação já estabelecido, situada próximos a uma grande
campina, rica em vegetação, no entanto, essa escolha, aparentemente boa, levou
Ló a ficar exposto à impiedade dessa cidade. Veja o que essa escolha fez com
Ló: 1) escolheu aquilo que lhe agravada e não o que agradava a Deus (Gênesis
13.10-11); 2) começou a se aproximar cada vez mais da cidade, mesmo sabendo da
sua pecaminosidade e perversidade (Gênesis 13.12-13); 3) se tornou um homem
grande em Sodoma, tinha uma posição de autoridade (Gênesis 19.1), no entanto,
ao ganhar influência nessa ímpia cidade, perdeu totalmente seu testemunho, ao
passo que nem sua própria família aceitava um conselho seu (Gênesis 19.14),
tanto que ao se tornar uma pessoa importante, suas filhas aceitaram o padrão
moral de Sodoma.
Que triste escolha. Parecia ser tão boa, tão perfeita, mas nada mais que tão completa
e longe de Deus. E assim acontece conosco também quando escolhemos o que nos
agrada e não o que agrada a Deus.
Abraão e Ló tinham a mesma raça (Gênesis 11.31), estavam sujeitos ao mesmo
ambiente, mas com caráter diferentes e escolas diferentes. Nos momentos de
crise é que verificamos a escolha de um homem que agrada a Deus. A escolha de
Ló recaiu sobre “toda a campina do Jordão”, escolhendo aquilo que lhe trazia as
vantagens mais imediatas possíveis. A escolha de Abraão recaiu sobre os
“carvalhais de Manre, que estão junto a Hebrom”.
Ló ganhou influência e respeito na cidade de Sodoma, mas perdeu seus familiares
e o principal, perdeu o contato e a intimidade com Deus. Abraão “aguardava a
cidade que tem fundamentos” (Hebreus 11.10) e confiou em Deus, ficou conhecido
como “Amigo de Deus” (Tiago 2.23), e logo na divisão com seu sobrinho, edificou
um altar ao Senhor Deus (Gênesis 13.18). Mostrando em Quem ele confiava. Que
contraste do cristão espiritual com o cristão carnal!
2) A Escolha [apenas]
“Boa” da Nação de Israel
“Então todos os anciãos de Israel se congregaram, e vieram a Samuel, a Ramá, E
disseram-lhe: Eis que já estás velho, e teus filhos não andam pelos teus
caminhos; constitui-nos, pois, agora um rei sobre nós, para que ele nos julgue,
como o têm todas as nações. Porém esta palavra pareceu mal aos olhos de Samuel,
quando disseram: Dá-nos um rei, para que nos julgue. E Samuel orou ao SENHOR. E
disse o SENHOR a Samuel: Ouve a voz do povo em tudo quanto te dizem, pois não
te têm rejeitado a ti, antes a mim me têm rejeitado, para eu não reinar sobre
eles. Conforme a todas as obras que fizeram desde o dia em que os tirei do
Egito até ao dia de hoje, a mim me deixaram, e a outros deuses serviram, assim
também fazem a ti. Agora, pois, ouve à sua voz, porém protesta-lhes
solenemente, e declara-lhes qual será o costume do rei que houver de reinar
sobre eles” (1Samuel 8.4-9).
O propósito de Deus para esta nação era que nunca tivessem um soberano terreno,
pois o próprio Deus era Seu Soberano. No entanto, essa nação se rebelou e pediu
um rei, para ser igual a todas as nações. Aqueles que deveriam ser diferentes,
povos exclusivos, nação santa (Êxodo 19.5; Deuteronômio 7.6; 14.2), queriam ser
iguais aos demais povos pagãos que nada tinham com Deus.
Ao escolher um rei terreno, não estavam rejeitando ao profeta Samuel, mas sim,
a Deus. E Deus, na sua infinita misericórdia diz: “Já que desejam um rei
terreno, Eu irei conceder o desejo do coração deles, o que eles estão pedindo
não é o melhor, estão escolhendo aquilo que parece ser bom, mas, irão perceber,
mais tarde, a grande tolice que estão fazendo”.
E aqui, vemos mais uma vez a grande tolice e o grande perigo de escolher o bom
ao invés do melhor. A escolha que parecia boa, o motivo parecia bom, a idéia
parecia ótima, enfim, inúmeros pontos a favor, mas, infelizmente, não era a
vontade explícita de Deus para esta nação. Então Deus: “concedeu-lhes o que
pediram, mas fez definhar-lhes a alma” (Salmo 106.15). O primeiro rei, Saul,
foi leal a Deus até que a impaciência, o orgulho, a arrogância entraram em seu
coração e perdeu o reino. O segundo rei, Davi, foi o “homem segundo o coração
de Deus”. O terceiro rei, Salomão, foi o mais sábio, mas nem sua sabedoria fez
com que praticasse os atos de idolatria e tantas outras coisas abomináveis
diante de Deus, mesmo assim, fora um bom rei. Após ele, Roboão, perdeu a
oportunidade de Deus de ser um rei conforme o padrão divino e a nação ficou
dividida. O reino do norte, sendo Jeroboão seu primeiro rei, praticou idolatria
sem tamanho. O reino do Sul, sendo Roboão o primeiro rei, foi mais fiel a Deus,
mas mesmo assim, caiu em pecado também. A nação de Israel recebeu seu rei,
porém, gradualmente foi se desviando dos propósitos estabelecidos por Deus, até
que foi levada ao cativeiro.
Tristes resultados de uma “boa” escolha. E assim é, aquilo que parecia bom,
“fez definhar-lhes a alma” (Salmo 106.15).
Uma lição: às vezes, Deus pode conceder os nossos desejos, quando escolhemos
uma coisa boa no lugar de escolher o melhor Deus, no entanto, essa mesma
concessão de Deus é a maneira dEle fazer com que aprendemos que a escolha
correta é dependermos dEle e aceitarmos o melhor de Deus para nossas vidas,
mesmo que, no primeiro momento não entendamos isso, mas, no final, saberemos
que a escolha correta é aquela que agrada a Deus e não a que agrada a mim
mesmo.
3) A Escolha [apenas]
“Boa” de Cada Um de Nós
“Quanto a vós outros, todavia, ó amados, estamos persuadidos das cousas que são
melhores e pertencentes à salvação” (Hebreus 6.9).
Um grande desafio que cada um de nós enfrenta é o de compreender o que é o
melhor de Deus. Mas, a partir do momento que compreendemos o que é este melhor
de Deus para nossas vidas, nos deparamos com a exigência imediata de uma
resposta. Compreender o melhor de Deus para nossas vidas, requer uma resposta
imediata! Para isso, devemos aprender a submeter nossas escolhas à vontade de
Deus.
Se um cristão desejar exercer influência em seus familiares, em sua igreja, em
seu ambiente de trabalho, enfim, na sociedade, tem que escolher o melhor de
Deus e aprender essa lição. Viver em função de coisas superiores. Viver em
função de escolhas melhores. Viver em conformidade com a vontade de Deus.
Quantos pais que se dizem cristãos vivem em função de si mesmos. Suas escolhas
refletem diretamente sob seus filhos e cônjuge. Somos exortados pela Bíblia que
devemos “buscar em primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas
coisas vos serão acrescentadas” (Mateus 6.33). Mas por que os filhos de alguns
cristãos não são bons exemplos de conduta? Por que alguns se comportam de uma
maneira tão anticristã? Por causa do exemplo que tem em seus pais. É claro que
alguns filhos de pais cristãos poderão ser belos exemplos de vidas consagradas
a Deus, mesmo que seus pais não o sejam, isso é pela misericórdia e pela graça
de Deus.
Lembre-se: você não poderá dar o que não tem! Se ainda não aprendeu a escolher
o melhor de Deus, precisa aprender primeiro, para depois passar isso a seu
filho, esposa, namorada e familiares. Você deve aprender a conhecer a Deus,
amá-Lo e obedecê-Lo primeiro, para poder então levar seus filhos a fazer o
mesmo. Qual a sua condição agora?
O amor dá aos filhos o que eles precisam e não o que eles querem! Mostre-lhes
como agir corretamente e o que significa ter caráter. Treine-os pelo exemplo.
Veja a história a seguir para entender bem esse dever:
Um dia, quando meu filho brincava com seus amiguinhos ouvi uma conversa entre
eles. O assunto era: “Meu pai é melhor que o seu”. Um dos meninos disse
orgulhosamente:
– “Meu pai conhece o prefeito da nossa cidade”.
O outro, então, virou-se e disse:
– “Grande coisa! O meu conhece o governador do Estado”.
Imaginando o que viria a seguir naquela disputa, ouvi meu próprio filho dizer:
– “Isso não é nada, meu pai conhece a Deus!”.
Sai, então, de fininho do lugar onde estava “espionando”, com lágrimas
escorrendo pelo rosto. Fui direto ao meu quarto, cai de joelhos e orei de forma
genuína e grata: “Senhor, que meu filho possa sempre dizer: Meu pai conhece a
Deus!”
Seu filho pode dizer que você conhece a Deus? Seu cônjuge pode dizer isso? Sua
namorada pode? Seus pais? Seus familiares? Seus amigos?
“Porque, se for da vontade de Deus, é melhor que sofrais por praticar o que é
bom, do que praticando o mal” (1Pedro 3.17).
A quem podemos comparar em escolher sempre o melhor de Deus? É claro que nosso
maior exemplo e o nosso melhor exemplo em todos os aspectos se tratam de nosso
Senhor Jesus Cristo.
Jesus Cristo, sempre, em todos os aspectos de sua vida, escolheu o melhor de
Deus, sempre escolheu o padrão mais alto, o mais excelente. Como disse um
pregador de Deus: “Ao lermos o registro de sua vida, nos dias da sua carne,
vemo-lo como aquele que sempre, coerentemente, escolhia o melhor de Deus”.
Vejamos o que a própria Bíblia declara sobre isso:
□ “E, qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, seja vosso servo; bem
como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a
sua vida em resgate de muitos” (Mateus 20.27-28).
□ “Jesus disse-lhes: A minha comida é fazer a vontade daquele que me
enviou, e realizar a sua obra” (João 4.34).
□ “Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade
daquele que me enviou” (João 6.38).
Muitos dizem que os cristãos depois de já passaram anos, os chamados “cristãos
velhos” por alguns, começam a dar muitos problemas. Jesus Cristo, no final de
Sua vida terrena, ainda permanecia firme, forte, com a mesma convicção de
realizar a vontade de Deus, este mesmo princípio que foi o propósito que
governou sua vida: “E disse: Aba, Pai, todas as coisas te são possíveis; afasta
de mim este cálice; não seja, porém, o que eu quero, mas o que tu queres”
(Marcos 14.36).
Buscar o melhor de Deus é ir além. Mas ir além custa, no entanto, é ir além que
faz toda a diferença. Fazendo isso, daí sim, poderemos oferecer nossos corpos
“em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional”
(Romanos 12.1).
Quero concluir com um desafio muito grande que recebi. Não sei quem é o autor
desse texto, quero, no entanto, fazer uma paráfrase daquilo que recebi,
acrescentar algo e realizar uma aplicação final:
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“Quando tudo o que é bom se despedaça o que os justos podem fazer? O Senhor
está no seu santo templo; o Senhor está no seu trono no céu” (Salmo 11.3,4 –
tradução livre).
A pergunta de Davi não é a nossa? Quando tudo o que é bom se despedaça, o que
os justos podem fazer? Quando aviões perfuram torres fortes, quando cidades são
destruídas pelas ondas do mar, quando prédios ou mesmo casas é destruídas pelo
fogo, quando pessoas sucumbem, o que podemos fazer?
Muitos podem querer pensar que fora apenas um sonho. Mas infelizmente não foi.
Foi algo indizível. Algo impensável. Agora, pais terão que sepultar seus
filhos, pessoas inocentes que sofrem, filhos que não mais terão a presença de
seus pais, cônjuges que mais terão um ao outro. Nós sofremos a perda da vida.
Com a perda de vidas inocentes vai a perda da própria inocência. Talvez
devêssemos saber melhor, mas não sabíamos.
Então, o que podemos fazer? “Quando tudo o que é bom se despedaça, o que podem
fazer os justos?”
Curiosamente, Davi não responde sua pergunta com uma resposta. Quando fazemos
uma pergunta, esperamos uma boa resposta, algo que solucione o que não
entendemos no momento. Mas Davi faz diferente. Ele responde com uma declaração.
Eis sua resposta: “O Senhor está no seu santo templo. O Senhor está no seu
trono no céu”.
Que maravilha! Deus sempre permanece como Deus. Este ponto é infalível: Deus
não é afetado pelas nossas tormentas. Ele não é detido pelos nossos problemas.
Ele não é atingido por esses problemas. Ele está no Seu santo templo. Ele está
no Seu trono no céu.
Edifícios caíram, mas Ele não. Cidades foram destruídas e arruinadas, mas Ele
nunca será. Prédios podem pegar fogo e se extinguirem, mas Ele nunca. O negócio
de Deus é mudar a tragédia em triunfo. Ele sempre faz isso.
O negócio de Deus é transformar o bom no melhor. Pois o desejo do coração de
Deus é sempre nos dar o Seu melhor e não aquilo que apenas é bom. Esse é o
nosso Deus.
Ele não isso com José? Veja-o na prisão egípcia. Seus irmãos o haviam vendido;
a mulher de Potifar queria se deitar com ele. Se alguma vez o mundo de alguém
desabou, foi o mundo de José.
Considere a vida de Moisés, cuidando de rebanhos no deserto. É isso que ele
pretendia fazer com a sua vida? Muito difícil não é mesmo? Ele fora treinado na
melhor faculdade do Egito, recebera a melhor instrução e a melhor comida, era
um príncipe! Porém seu coração bate com sangue judeu. Sua paixão é conduzir
escravos, então por que é que Deus o mantém conduzindo ovelhas por 40 anos
naquele deserto?
E Daniel. Daniel? Ele estava entre os melhores e mais brilhantes jovens de
Israel, o equivalente às melhores graduações de nosso pais. Era como que estivesse
estudado nas melhores universidades do país. Porém, ele e toda a sua geração
estão sendo levados para fora de Jerusalém. A cidade está arruinada. O Templo
em pedaços.
José na prisão, Moisés no deserto, Daniel em cadeias. Esses foram momentos
escuros. Quem poderia ver qualquer coisa boa neles? Quem poderia saber que o
José prisioneiro estava a uma promoção de tornar-se o José Primeiro Ministro?
Quem teria pensado que Deus estava dando a Moisés quarenta anos de treinamento
no deserto no mesmo deserto por onde ele conduziria o povo depois de saírem do
Egito? E quem teria imaginado que Daniel, o cativo, seria em breve o Daniel
conselheiro do rei?
Deus faz coisas assim. Ele fez com José, com Moisés, com Daniel, e mais do que
todos, Ele fez com Jesus. Os seguidores de Jesus Cristo viram na cruz a
inocência assassinada. A bondade assassinada. A torre de força do céu foi
perfurada. Mães choraram, o mau aparentemente triunfou, e os apóstolos tiveram
que querer saber: “Quando todas as coisas boas se despedaçam, o que fazem os
justos?”
Deus responde sua pergunta com uma declaração. Com o estrondo e com o rolar da
rocha Ele lembrou que “O Senhor está no seu santo templo; o Senhor está no seu
trono no céu”.
O que podemos dizer de Lázaro. Os amigos dele foram a Jesus e disseram que
estava enfermo. Jesus Cristo demorou ainda quatro dias para ir ter com seu
grande amigo. Por que essa demora? Por que não fora imediatamente para evitar
que ele adoecesse mortalmente? Simplesmente porque os propósitos de Deus são
maiores. Eles queriam uma coisa “boa” – a cura de Lázaro. Mas Jesus tinha algo
“melhor” – mostrar todo o Seu poder e a Sua autoridade sobre a morte ao
ressuscitá-lo.
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E hoje, nós devemos nos lembrar: Ele ainda está no Seu templo, ainda sobre o
Seu trono, ainda no controle. E Ele ainda transforma prisioneiros em príncipes,
cativos em conselheiros e sextas-feiras em domingos. O que Ele fez então, Ele
ainda fará. Cabe a nós pedir que Ele faça.
Para buscarmos o melhor de Deus para nossas vidas devemos entregar nossas
vidas. Entrega traz poder. Examinar nossas vidas e verificar se estamos
buscando aquilo que é bom ou aquilo que é o melhor de Deus. Se existe pecado,
confesse. Uma entrega incondicional trará poder inconfundível. Devemos
abandonar todo o nosso desejo e entregar, sem reservas, ao senhorio de Cristo.
Como disse um pregador: “Para os homens hoje, o melhor de Deus se expressa no
chamado de Cristo: Segue-me. Segui-lo corajosa, coerente, e lealmente é
escolher a melhor e mais alta de todas as alternativas da vida”.
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Pr. Cleverson de Abreu Faria
Igreja Batista Salém
Pinhais - Curitiba - PR
Ministério com Jovens
1º tesoureiro da MBBF (Missão Batista Brasileira Fundamentalista)
Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por fieis): BKJ-1611 ou LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, com notas para estudo) na bvloja.com.br. Ou ACF, da SBTB.