Leia Gênesis 2:21-24
"21 ¶ Então o SENHOR Deus fez cair um
sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das
suas costelas, e cerrou a carne em seu lugar; 22 E da
costela que o SENHOR Deus tomou do homem, formou uma mulher,
e trouxe-a a Adão. 23 E disse Adão: Esta é agora osso dos
meus ossos, e carne da minha carne; esta será chamada
mulher, porquanto do homem foi tomada. 24 Portanto deixará o
homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e
serão ambos uma carne.” (Gn 2:21-24 ACF)
Mateus 19:6 “Assim não são mais dois,
mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe
o homem.” (Mt 19:6 ACF)
O casamento é uma instituição distintamente cristã, baseada
na Palavra de Deus, na qual nós confiamos quando ela diz
que Deus criou todas as coisas, inclusive o homem, e
estabeleceu o casamento para a humanidade. O espanto da
rejeição do casamento, que nossa
presente sociedade faz no grosso e no varejo, não é nenhum mistério quando nós
consideramos que a nossa cultura tem rejeitado o Deus que
estabeleceu o casamento.
A comunhão e a união que existem dentro do casamento podem
constituir-se na relação mais
maravilhosa que Deus ordenou para a humanidade, ela está em
segundo lugar em relação à habitação do Espírito de Deus
dentro da alma dos nascidos de novo.
Hebreus 13:4 “Venerado seja entre
todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém, aos que se
dão à prostituição, e aos adúlteros, Deus os julgará.”
(Hb 13:4 ACF)
O casamento é venerável em tudo! Mas, Satanás e o sistema
mundano carnal negam isto. Acautele-se contra as
filosofias mundanas que dizem que seu casamento é uma
chatice, uma prisão, ou uma escravidão. Acautelem-se contra
o espírito amargo do moderno movimento feminista, no qual as
mulheres adotam uma atitude crítica e amarga em relação aos
homens. Acautelem-se contra o espírito de luxúria por meio
do qual os homens e as mulheres desejam viver vidas de playboys ou devassos, ao invés de se casarem e de
estabelecerem um lar. Todos estes espíritos são do diabo!
O casamento é venerável em tudo! Ele exalta o relacionamento
homem-mulher. O casamento liberta este relacionamento de
toda a culpa, vergonha e imoralidade. O casamento faz o
relacionamento entre um homem e uma mulher ser venerável
diante de Deus!
Ele [o casamento] traz honra a cada cônjuge. A mentira do
mundo é que o estilo de vida, que consiste em se viver desregradamente como
solteiro, é liberdade. Mas como é que isto é liberdade para a
mulher cujo homem espera que ela compartilhe a sua
intimidade e o apóie em sua vida, todavia ele pode ir em frente
se ele encontrar uma pessoa mais bonita, mais amigável, mais
agradável? É isso liberdade para o homem cuja mulher
compartilha de seu coração, dá ânimo a seus dias, dá alegria
à sua alma, todavia ela pode ir em frente se algum outro
homem mais excitante, mais bonitão ou mais rico aparecer?
Não! O casamento oferece fidelidade e permanência em troca
de companheirismo, amor, intimidade, apoio e amizade. O
casamento é a maneira venerável de tratar um ao outro. O
casamento livra da tirania da incerteza. Por ventura é
alguma maravilha que tantos homens e mulheres estejam
ansiosos ou sofrendo, considerando que eles estão
aprisionados na "liberdade" do não-compromisso?
O casamento traz honra aos filhos. Ele modela um
relacionamento de confiança e de fidelidade que opera
através de suas diferenças, cada um respeitando ao outro, e cada um
edificando ao outro. Os filhos aprendem tanto da influência
masculina como da feminina, aprendem como tratar seus
futuros empregadores, esposa, e seus próprios filhos.
O casamento traz honra a Deus. O casamento do crente não
egoísta mas altruísta, no qual ambas as partes dão 100% cada
um ao outro, modela o amor de Cristo através dos Seus santos e da
devoção destes a Ele. Uma vez que o casamento é obediência
aos mandamentos de Deus, ele honra a Deus através de uma
submissão [de cada cônjuge] à vontade de Deus, para conduzir apropriadamente este
relacionamento.
Embora nós não iremos tomar o tempo para examinar, Efésios
5:21-33 expressa a meta de todos os casamentos cristãos: a
unidade em amor, a completa devoção de um ao outro, a
completa piedade e devoção a Deus, e o terno cuidado de cada
esposo, um para com o outro. A passagem ensina que o marido
e a esposa devem submeter-se um ao outro, assegurando um lar
que não se transforma em uma ditadura operada por nenhuma
das partes. Os maridos são chamados para liderar um lar com o
mesmo amor pela sua esposa como ele tem por si mesmo,
modelando o amor de Cristo e a Sua intercessão por aqueles que
por Ele foram redimidos. As esposas são chamadas a se
submeterem devotadamente a seus maridos, modelando a
submissão devotada do crente a Deus.
A rebelião da humanidade contra as leis do Jardim do Éden
não terminaram com a queda no pecado. A humanidade tem
estado desafiando aos outros mandamentos fundamentais de
Deus desde aquele tempo até hoje.
Contrário a Gênesis 1:28, o aborto e o ambientalismo radical
violentamente vão contra partes específicas das fundações
que Deus pôs para a humanidade. Adão e Eva, eles mesmos,
quebraram Gênesis 2:16-17, destruindo a ordem original de
Deus e trazendo o pecado sobre todos nós. Desde a queda, a
humanidade através dos séculos tem desafiado o exemplo de
Deus em Gênesis 2:24:
“Portanto deixará o homem o seu pai
e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma
carne.” (Gn 2:24 ACF)
Gênesis 2:24, explicitamente, estabelece que um homem
(singular) e uma mulher (singular) irão se separar de suas
famílias e estabelecer seu próprio lar como uma unidade
cooperativa ("uma só carne"). Isto ainda mais estabelece que
cada casal deve casar desta maneira por causa ("portanto")
do exemplo de Adão e Eva.
O homem respondeu com poligamia (negando a natureza singular
[UM marido, UMA esposa] do casamento) e com o divórcio... despedaçando aquela uma
carne. Quando nós consideramos o divórcio como um
despedaçamento de um corpo, nós temos um bom retrato do
despedaçar emocional, físico, psicológico, e espiritual das
almas envolvidas.
O homem, muito rapidamente, começou a se divorciar. Em
Levítico 21:7 e 14, 22:13, e Números 30:9, nós encontramos as
primeiras quatro menções do divórcio. A palavra hebraica,
aqui, significa "lançar fora, expulsar, arremessar fora."
Isso implica uma violenta ejeção de dentro para fora do lar.
Significa mais do que uma separação. Significa rejeição.
Aparentemente, os homens nas suas luxúrias tinham
desenvolvido o hábito de expulsarem a esposa que não os
agradava, por alguma razão [qualquer].
Numa época cheia de poligamia (Lameque, Esaú, Jacob,
Gideão, reis...) por que um homem se livraria de sua esposa,
quando sua cultura ímpia já tolerava casar com múltiplas
esposas? Talvez ele não desejasse sustentá-la,
financeiramente. Talvez ela tivesse feito com que ele se
irasse de algum modo. Ou, ele pode ter sido só exteriormente
que ele procurou parecer honrar a natureza singular [um
esposa, uma esposa] do casamento, mas
[interior e realmente], ele desejava obter uma mulher diferente por alguma razão
[qualquer]. Que
impiedade! Que luxúria egoísta! Sem intervenção de Deus, o
homem é egoísta e cruel além de toda esperança!
Pelo tempo que Israel deixou o Egito, eles, os israelitas,
têm de ter estado dissolutamente se divorciando de suas
esposas para satisfazerem as suas luxúrias. Sem dúvida
alguma, os israelitas tinham aprendido dos egípcios o hábito
imoral de casarem e de se divorciarem, lançando fora os
cônjuges não desejados, de acordo com os desejos de suas
carnes.
Em Deuteronômio 24:1-4, Deus age para eliminar este injusto
lançamento fora de uma esposa não desejada. Deus dá a Sua lei
contra o divórcio.
Deuteronômio 24:1-4 “1 ¶ Quando
um homem tomar uma mulher e se casar com ela, então será
que, se [ela] não achar graça em seus [do marido] olhos,
por nela encontrar coisa indecente, far-lhe-á uma carta de
repúdio, e lha dará na sua mão, e a despedirá da sua casa. 2 Se ela, pois, saindo da
sua casa, for e se casar com outro homem, 3 E este também a
desprezar, e lhe fizer carta de repúdio, e lha der na sua
mão, e a despedir da sua casa, ou se este último homem, que
a tomou para si por mulher, vier a morrer, 4 Então seu
primeiro marido, que a despediu, não poderá tornar a
tomá-la, para que seja sua mulher, depois que foi
contaminada; pois é abominação perante o SENHOR; assim não
farás pecar a terra que o SENHOR teu Deus te dá por
herança.” (Dt 24:1-4 ACF)
Aqui, Deus limita a rejeição de uma esposa. Não mais pode
ela e seus filhos serem jogados fora por todo e qualquer capricho.
O divórcio, agora, somente é permitido em um caso. A palavra
"divórcio" é uma palavra diferente daquela usada
previamente. Simplesmente, significa "desatar." Não mais é
permitido a expulsão violenta e luxuriosa da esposa. Somente
em virtude de ele "nela
encontrar coisa indecente" é que ela pode ser
despedida, e somente então
através de um devido processo no qual o homem, publicamente,
documenta o seu motivo, provavelmente diante de um juiz.
Isto termina o casamento. Note que uma mulher, em Israel do
Velho Testamento, encontra mais proteção debaixo da lei de
Deus do que ela não tinha debaixo do reino do paganismo. Uma
proteção adicional para ela é o direito de recasar uma vez
que tinha sido rejeitada por seu prévio marido. O divórcio e
o recasamento são ligados juntos. Se foi reto para seu
marido divorciá-la, é reto para ela encontrar um outro
marido que a sustentará e a amará. E, se ela fosse divorciada
uma segunda vez, ela não poderia retornar para o primeiro marido,
e isso muito possivelmente foi estabelecido para enfatizar a
seriedade do divórcio.
O que constituiria "coisa indecente"? A palavra significa "comportamento sem a qualidade da graça, ou exposição
vergonhosa." "Coisa indecente", definitivamente, refere-se a um
pecado contra as leis de Deus. Esta "coisa indecente" tem de não
ter sido adultério, porque adúlteras eram condenadas à morte
através de apedrejamento, elas não eram divorciadas e
liberadas para casarem novamente. Em Esdras 10:10-19 a
Escritura fala de um divórcio em massa de todo o país (todos
os israelitas se divorciaram de esposas pagãs). As palavras
"lançar fora" nos dizem como os israelitas devotos se
divorciaram de suas esposas pagãs e de seus filhos para que
assim se separassem como Deus exigia. Aqui o "coisa
indecente" foi
a nacionalidade gentílica das esposas envolvidas.
Será que causa surpresa a você que a lei de Deus no Velho
Testamento contra o divórcio era tão "frouxa" [vaga,
não específica, não detalhada]? Eu creio que
muitos de nós temos nos aproximado da Bíblia com uma agenda
bem intencionada para fazê-la dizer o que nós cremos, ao
invés de ouvirmos a Palavra de Deus falar por si mesma.
Ou
talvez o que surpreenda a você é que Deus é tão estreito? Deus
não deseja o casamento ser tomado sem a devida seriedade.
Os dois únicos outros usos de qualquer forma da palavra
"divórcio" no Velho Testamento ocorrem nos seguintes dois
versículos:
“Assim diz o SENHOR: Onde está a carta
de divórcio de vossa mãe, pela qual eu a repudiei? Ou quem é
o meu credor a quem eu vos tenha vendido? Eis que por vossas
maldades fostes vendidos, e por vossas transgressões vossa
mãe foi repudiada.” (Is 50:1 ACF)
“E vi que, por causa de tudo isto, por
ter cometido adultério a rebelde Israel, a despedi, e lhe
dei a sua carta de divórcio, que a aleivosa Judá, sua irmã,
não temeu; mas se foi e também ela mesma se prostituiu.”
(Jr 3:8 ACF)
Aqui, nós vemos que Deus tinha uma causa justa para
divorciar o Seu povo de si mesmo. Ele exatamente corta fora
a "infiel nação de Israel". Felizmente, nós lemos em outro
local que Deus restaurará o povo do Velho Testamento para si
mesmo.
“25 Porque não quero, irmãos, que ignoreis este segredo
(para que não presumais de vós mesmos): que o endurecimento
veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios
haja entrado. 26 E assim todo o Israel será salvo, como está
escrito: De Sião virá o Libertador, E desviará de Jacó as
impiedades.” (Rm 11:25-26 ACF)
Que devemos concluir? Deus odeia a prática de divórcios
injustos, o abuso e a tirania dos homens (ou das mulheres),
emocionalmente, destruindo e despedaçando suas famílias,
casando-se e divorciando-se ao livre desejo deles, pela vontade
para concretizarem e se entregarem às luxúrias da sua carne.
“14 E dizeis: Por quê? Porque o SENHOR
foi testemunha entre ti e a mulher da tua mocidade, com a
qual tu foste desleal, sendo ela a tua companheira, e a
mulher da tua aliança. 15 E não fez ele somente um, ainda
que lhe sobrava o espírito? E por que somente um? Ele
buscava uma descendência para Deus. Portanto guardai-vos em
vosso espírito, e ninguém seja infiel para com a mulher da
sua mocidade. 16 Porque o SENHOR, o Deus de Israel diz que
odeia o repúdio, e aquele que encobre a violência com a sua
roupa, diz o SENHOR dos Exércitos; portanto guardai-vos em
vosso espírito, e não sejais desleais.” (Ml
2:14-16 ACF)
No Velho Testamento, Deus exigiu do seu povo que não se
divorciasse, exceto em algumas situações difíceis chamadas
de "coisa indecente."
Não é surpresa que o homem é ímpio e pervertido; mentindo,
cobiçando com luxúria, tentando usar as Escrituras para
justificar o seu egoísmo. No dia de Jesus, alguns rabinos
interpretavam a "coisa indecente" muito conservadoramente, mas
outros permitiam o divórcio por "toda e qualquer razão" como é
visto em Mateus 19. (ponto importante: Tenha cuidado para
não
seguir este pregador ou aquele pregador. Melhor do que isso,
atenda à Palavra de Deus, sendo nem mais amplo nem mais
estreito do que Deus é.) O resultado foi, sem dúvida, um
retorno ao injusto expulsar para longe as suas indefesas mulheres
e seus filhos. Nós vemos em Mateus 19:7 que alguns até mesmo
tratavam Deuteronômio. 24:1-4 como se fosse uma ordem para se
divorciarem, ao invés de uma permissão [a contragosto
e] que não necessitava
ser necessariamente tomada. O destino para as mulheres
rejeitadas e para seus filhos, provavelmente, era pobreza,
dificuldades e, possivelmente, morrer de fome.
Jesus tratou do assunto, pela primeira vez, em Mateus
5:31-32.
“31 Também foi dito: Qualquer que
deixar sua mulher, dê-lhe carta de desquite. 32 Eu, porém,
vos digo que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por
causa de prostituição, faz que ela cometa adultério, e
qualquer que casar com a repudiada comete adultério.”
(Mt 5:31-32 ACF)
Naturalmente, os líderes religiosos do dia de Jesus
perguntaram a Ele a sua interpretação de Deuteronômio
24:1-4. Em Mateus 19:3-12, Jesus fala sobre este assunto.
Note que Ele modela o enfoque correto para entendimento
deste assunto. Começa em Gênesis, então se refere a
Deuteronômio, então faz o seu próprio pronunciamento. Nós
temos tentado seguir Seu exemplo (seguir a mesma ordem).
Leia Mateus 19:3-12:
“3 ¶ Então chegaram ao pé dele os
fariseus, tentando-o, e dizendo-lhe: É lícito ao homem
repudiar sua mulher por qualquer motivo? 4 Ele, porém,
respondendo, disse-lhes: Não tendes lido que aquele que os
fez no princípio macho e fêmea os fez, 5 E disse: Portanto,
deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, e serão
dois numa só carne? 6 Assim não são mais dois, mas uma só
carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem. 7
Disseram-lhe eles: Então, por que mandou Moisés dar-lhe
carta de divórcio, e repudiá-la? 8 Disse-lhes ele: Moisés,
por causa da dureza dos vossos corações, vos permitiu
repudiar vossas mulheres; mas ao princípio não foi assim. 9
Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher,
não sendo por causa de fornicação, e casar com outra, comete
adultério; e o que casar com a repudiada também comete
adultério. 10 Disseram-lhe seus discípulos: Se assim é a
condição do homem relativamente à mulher, não convém casar.
11 Ele, porém, lhes disse: Nem todos podem receber esta
palavra, mas só aqueles a quem foi concedido. 12 Porque há
eunucos que assim nasceram do ventre da mãe; e há eunucos
que foram castrados pelos homens; e há eunucos que se
castraram a si mesmos, por causa do reino dos céus. Quem
pode receber isto, receba-o.” (Mt 19:3-12 ACF)
Releia Mateus 19:9:
9 Eu vos digo, porém, que qualquer que
repudiar sua mulher, não sendo por causa de fornicação, e
casar com outra, comete adultério; e o que casar com a
repudiada também comete adultério.
Cristo dá a Sua própria lei a respeito do casamento, a qual
é muito mais estreita do que a lei do Velho Testamento.
Cristo espera que um casamento seja "até a morte" a não ser
que um dos cônjuges seja sexualmente infiel. A palavra grega
traduzida como "fornicação" (porneia) freqüentemente
significa imoralidade antes do casamento (1Co 7:2). Também
em 1 Coríntios 5:1 a palavra se refere a um caso de
adultério. Nós faríamos bem se entendêssemos que esta
palavra significa qualquer infidelidade sexual incluindo
bestialidade (relações com animais), homossexualidade e molestar criança. [Strong define a palavra grega "porneia"
como "prostituição (incluindo adultério e incesto)." O
dicionário de Webster de 1828 define a "fornicação" como "a
incontinência ou a devassidão de pessoas não casadas,
masculinas ou femininas; também, o relacionamento criminoso
de um homem casado com uma mulher solteira."]
Para enfatizar a sua estreiteza, os outros dois relatos da
fala de Cristo (isto é, em Marcos 10:1-12 e Lucas 16:16) não
incluem esta exceção. Literalmente, Cristo proibiu todo o
divórcio/recasamento e todo casamento de pessoas
divorciadas, exceto quando um dos cônjuges é infiel. Naquela
situação de rasgar coração e destruir confiança, Cristo
permitiu que o cônjuge afligido saísse do casamento sem
culpa, livre para recasar e pôr a vida dele ou dela de
volta, novamente. Relembre que recasamento é inerente na
permissão do Velho Testamento para o divórcio em
Deuteronômio 24:1-4, a qual Cristo aqui substitui. Note como
Cristo relaciona o divórcio e o recasamento com a palavra
"e" quando diz, "Qualquer que repudiar sua mulher, não sendo
por causa de formicação, e casar com outra, comete
adultério." Aqui Cristo relaciona juntamente o divórcio e o
recasamento.
Os discípulos estão chocados pela estreiteza do
pronunciamento de Jesus. As boas pessoas de hoje puderam se
desconcertar com a estreiteza de Cristo e argumentarem que o
divórcio está justificado em casos de abuso do cônjuge,
de abandono, de irresponsabilidade financeira, ou de
circunstâncias imprevisíveis tais como questões de saúde,
por exemplo a infertilidade (uma discussão do que seria
feito em tais casos devastadores é além do escopo desta
lição). Aqui, os discípulos questionam o valor de arriscarem
se casar, temendo que eles possam estar permanentemente
selados com um "abacaxi." Cristo replica advertindo-os que o
estado de ser solteiro é somente para os poucos que podem
aceitar um tal estilo de vida (Mateus 19:11-12).
Vamos sumarizar o ensino de Cristo a respeito de divórcio/recasamento.
Nosso Senhor proibiu todo o divórcio/recasamento exceto por
causa de um cônjuge infiel. No caso de infidelidade, a
parte inocente pode procurar se libertar de um tal jugo tão
doloroso, e pode recasar. A parte inocente não é adúltera em
exercer esta permissão. No entanto, se um casal se divorciar
por qualquer outra causa, eles cometem adultério no divórcio
e no recasamento. Sólidos e bons expositores da Bíblia tais
como o Mathew Henry, H A. Ironside, D. Martyn Lloyd-Jones,
Mathew Poole, John Rice, John Walvoord, e David Cloud
concordam que Cristo proíbe todo o divórcio exceto por
infidelidade conjugal.
No entanto, alguns argumentam que Cristo não foi bastante
estreito. Uma tentativa comum para negar a exceção de Cristo
deve argumentar que Cristo estava iluminando a lei ao invés
de falar princípios para a Dispensação da Graça. Eu tenho
que dizer que eu fortemente simpatizo com o desejo de se
opor à enorme maré de divórcios injustos em nossos dias, mas
nós não devemos ir além das Escrituras. Cristo, Ele
mesmo, disse que a pregação do reino começou com João, o
Batista, dois versículos antes de enfocar o divórcio em
Lucas 16:18. Em Mateus 16-18 (os três capítulos precedendo,
imediatamente, ao nosso texto que está no capítulo 19) Jesus ensina a
seus discípulos os princípios fundamentais da sua igreja.
Ele fundou a dispensação da Igreja em Mateus 16. Há toda
razão exegética para crer que suas instruções no capítulo 19
aplicam-se às suas igrejas. Interessantemente, H. A. Ironside enfoca esta objeção, assinalando quão ela é
incorreta.
Nós encontramos o próximo texto principal sobre
divórcio/recasamento em I Corinthians 7. Leia 1 Corinthians
7:10-16
“10 ¶ Todavia, aos casados mando,
não eu mas o Senhor, que a mulher não se aparte do
marido. 11 Se, porém, se apartar, que fique sem casar, ou
que se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher.
12 Mas aos outros digo eu, não o Senhor: Se algum
irmão tem mulher descrente, e ela consente em habitar com
ele, não a deixe. 13 E se alguma mulher tem marido descrente, e ele
consente em habitar com ela, não o deixe. 14 Porque o marido
descrente é santificado pela mulher; e a mulher descrente é
santificada pelo marido; de outra sorte os vossos filhos
seriam imundos; mas agora são santos. 15 Mas, se o descrente
se apartar, aparte-se; porque neste caso o irmão, ou irmã,
não esta sujeito à servidão; mas Deus chamou-nos para a paz.
16 Porque, de onde sabes, ó mulher, se salvarás teu marido?
ou, de onde sabes, ó marido, se salvarás tua mulher?”
(1Co 7:10-16 ACF)
O que a frase, "Todavia, ... não eu mas o
Senhor" significa? Paulo está chamando a atenção de
que ele está se referindo ao que Cristo disse quando estava
na terra. Por outro lado, no verso 12, nós lemos,
"mas aos outros digo eu, não o Senhor",
Paulo chama a atenção de que, agora, ele está indo adicionar
àquilo que Cristo disse. Paulo está simplesmente cumprindo
João 16:12-13 onde Cristo pré-autenticou as epístolas do
Novo Testamento. Alguns mal interpretam esta segunda
observação de Paulo distorcendo-a para significar que Paulo
está negando a autoridade e a inspiração de Deus nas suas
declarações. No entanto, de modo nenhum isso é o que Paulo
está dizendo. Ele está simplesmente mostrando quando ele
está se referindo ao mandamento de Cristo e quando ele está
adicionando a tal mandamento através do Espírito Santo. 2 Timóteo 3:16
nos assegura que “Toda a Escritura é
divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para
redargüir, para corrigir, para instruir em justiça;”
(2Tm 3:16 ACF) e nós não precisamos nos preocupar sobre como
caminhar através das Escrituras e lançar fora as partes não
inspiradas.
Note que Paulo não repete a exceção de Cristo (a cláusula
condicional de Cristo). Será que Paulo, agora, está
contradizendo a Cristo? Nós temos que entender este verso
à luz do que Cristo já havia dito. A repetição da parte de
uma declaração não pode ser tomada para negar o resto da
declaração, a menos que explicitamente assim esteja dito (se
Ricardo diz: "Eu realmente apreciei a pizza e a Coca-Cola,"
e eu cito a alguma outra pessoa o que ele disse dizendo:
"Ricardo disse que ele apreciou a pizza," eu não estou
querendo negar que Ricardo apreciou a Coca-Cola. Eu estou
selecionando o que é apropriado para a minha audiência.)
Paulo cita aqui parte do mandamento para afirmar a
permanência do casamento, não para contradizer o que Cristo
já tem dito. Obviamente, o Deus que deu ambas as passagens
não está se contradizendo a si próprio. Se Ele intencionasse
cancelar a cláusula de exceção, Ele teria explicitamente
dito isto, exatamente da mesma maneira que Cristo
enfaticamente substituiu a lei do Velho Testamento sobre o
divórcio, substituiu pelo Seu próprio mandamento.
Em 1 Corinthians 7:12-14, 16, o Espírito Santo ensina a
Paulo, agora, a lidar com a situação de um crente casado com
uma pessoa perdida. O crente não deve iniciar o divórcio,
mas trabalhar para ganhar o descrente e usar a influência
santificadora do Espírito Santo que nele habita para trazer
luz ao seu lar.
De acordo com 1 Corinthians 7:15, o crente não pode se
divorciar do cônjuge descrente. Se o descrente abandona o
cônjuge, o crente deve deixá-lo ir embora e não está debaixo
da obrigação de impedir o descrente. Ao invés disso, o
crente deve ser pacífico para com o descrente, como o versículo
16 continua a mostrar, esperando ganhá-lo para Cristo.
Alguns asseguram que esta frase"não está sujeito à servidão"
significa: "estar livre para recasar." Se essa foi a
intenção, nós poderíamos perguntar porque Deus não falou
mais claramente. Considere que se o cônjuge que se separa
for sexualmente ativo com alguma outra pessoa, a exceção de
Mateus 19:9 dá ao crente liberdade para recasar. Do
contrário, o contexto do versículo é a respeito de não se
divorciar e a respeito de mostrar a vida de Cristo para
tentar ganhar o cônjuge. Albert Barnes diz que esta frase
simplesmente absolve o crente de, no futuro, ter de ajudar o
cônjuge que o abandonou. Jamieson, Faussett & Brown,
persuasivamente, mostram que a frase significa que o crente
não está obrigado a tentar salvar o casamento ou resistir à
saída (do descrente). Matheus Henry e Matheus Poole,
aproximadamente há 400 anos atrás, mostraram a libertação da
"servidão" como sendo uma libertação do vínculo do casamento.
Que é que nós devemos concluir a respeito de "não está sujeito à
servidão"? Nós devemos escolher o ponto de vista de nosso
erudito favorito? Não! Melhor que isso, examinemos o
contexto imediato, que é a respeito de não se divorciar. A
ênfase desta passagem é alcançar o cônjuge descrente para
Cristo. Fazer a leitura deste trecho como se fosse uma
segunda exceção para a regra do divórcio pareceria ser estar
tomando liberdade com as palavras de Cristo, as quais o
apóstolo está aqui explicando. A interpretação mais segura
deve ser nem mais estreita, nem mais larga, do que a de
Cristo. Ademais, ver o "abandono pelo cônjuge descrente"
como uma base para o divórcio nos põe na situação de tentar
determinar se o cônjuge que partiu é ou não nascido de novo.
Portanto, nós concluímos que o casamento é uma sagrada
instituição dada por Deus. Deus espera que o casamento seja
um acordo permanente, mas provê uma exceção. Se um cônjuge é
sexualmente infiel, a parte ferida tem a permissão de Deus
para divorciar/recasar.
Talvez você ache a lei de Deus contra o divórcio estreita
demais, e deseja que outras coisas sejam adicionadas como
exceções permitindo o divórcio, incluindo a
incompatibilidade, as circunstâncias imprevisíveis (tais como o
infertilidade), o comportamento criminal do cônjuge, o abandono,
o abuso pelo cônjuge, a irresponsabilidade financeira, ou outras
causas. Certamente, nenhuma mulher deveria permanecer em um
lar onde ela está sendo abusada física, mental, financeira,
ou emocionalmente. Um período de separação, tendo em vista
resolver os problemas, pode ser recomendado. Se você está
nesta situação, e é nascido de novo, procure a sabedoria de
Deus em sua Palavra para como responder a tais terríveis
circunstâncias. Ele a ama e irá ajudá-la! Se você não é
nascido de novo, arrependa-se e confie em Cristo para a
salvação. Seu Espírito habitando em você lhe dará sabedoria
e força.
Talvez você ache que as leis de Deus contra o divórcio são
amplas demais, e você insistiria que não deve haver nenhuma
exceção à regra. A resposta é que nós não somos mais santos
ou mais justos do que Ele. Ser mais severo do que Deus seria
ser arrogante. Foi dito a Moisés para falar à rocha, mas ele
foi mais severo... ele feriu-a, e por isso ele foi proibido
de entrar em Canaã.
Talvez você precise pensar nesta questão mais completamente.
Talvez você nunca queira ouvir um sermão neste assunto que
simplesmente examina o que o Bíblia diz. Talvez você tenha
ouvido sermões que têm imposto uma agenda específica sobre
as palavras de Deus, quer de um modo mais aberto, ou de um
modo mais severo do que as palavras de Deus. Talvez você
queira que seus pregadores façam todo o seu pensar em seu
lugar. Ou, talvez vocês estão preocupados com o que outras
pessoas pensarão a respeito de seus pontos de vista.
Em todos estes casos, estude a Palavra de Deus com um espírito
devotado! Interprete a Bíblia consistentemente e com
imparcialidade em todos os versículos envolvidos. Depois de
você, com muita oração, ter estudado, considerado este
assunto, eu ficaria feliz de discuti-lo com você!
Este assunto não vai acabar nunca (por si mesmo). A
humanidade tem estado se divorciando desde o Jardim do Éden.
A maldição do egoísmo e da luxúria que leva ao divórcio é
inerente ao homem não salvo e eventualmente invade e destrói
todas as culturas. Ela reemergiu em nossa cultura mais de
trinta atrás e tem praticamente nos destruído como uma
nação. Nós temos que ter um entendimento consistente e
bíblico destas coisas, de maneira que nós possamos ministrar
com retidão às almas por quem Cristo morreu.
Por Vince Londini,
Pastor Assoc., Bethel Baptist Church, London, Ontário
vlondini@bethelbaptist.ca
Tradutora: Valdenira N. de M. Silva
Só use as duas Bíblias traduzidas rigorosamente por equivalência formal a partir do Textus Receptus (que é a exata impressão das palavras perfeitamente inspiradas e preservadas por Deus), dignas herdeiras das KJB-1611, Almeida-1681, etc.: a ACF-2011 (Almeida Corrigida Fiel) e a LTT (Literal do Texto Tradicional), que v. pode ler e obter em BibliaLTT.org, com ou sem notas).
(Copie e distribua ampla mas gratuitamente, mantendo o nome do autor e pondo link para esta página de http://solascriptura-tt.org)
Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por fieis): BKJ-1611 ou LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, com notas para estudo) na bvloja.com.br. Ou ACF, da SBTB.