Vivemos em uma era de liberdade de
expressão e de um estilo "livre" de vida. Hoje vemos
nos filmes, nas novelas, nas músicas, nas danças, nas
roupas da moda, etc., uma comercialização do sexo. Em Gênesis
1:28, Deus disse ao homem: "E Deus os abençoou e Deus lhes
disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a;
e dominai sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e
sobre todo o animal que se move sobre a terra", ou seja, o sexo
tinha uma função procriativa e fez Deus uma mulher idônea
para Adão para que, dela, ele desfrutasse e, com ela, enchesse
a terra (Gn 2:18).
Hoje em dia o sexo está tão
banalizado que não há mais aquela expectativa dos noivos
em se descobrirem aos poucos, em maravilharem-se um com o outro
vivendo uma novidade maravilhosa de um toque, de uma fragrância,
de surpresas que fortalecem o casamento e o amor. Com tamanha
sobrecarga de "normal" (sexo antes do casamento é
normal, homossexualismo é normal, filhos drogados é
normal, você tem que aceitar...), porque não devemos
ensinar nossos filhos a se masturbarem? Não é normal?
Vamos falar
de áreas cinzentas da moralidade
Ao
considerar as questões sexuais que não estão
especificamente relacionadas na Escritura, tenha em mente certas
experiências pré-sexuais que conduzem facilmente à
lascívia ou à luxúria.
Nossos
pensamentos
A batalha pela pureza sexual sempre
começa na mente. Aquilo em que pensamos constantemente,
acabamos fazendo. Enchemos nossa mente com o bem ou o mal, o puro ou o
impuro, o certo ou o errado. Muitos crentes tentam abrigar ambas as
tendências em seus pensamentos.
O pecado sexual declarado é
concebido na mente, desenvolvido em várias experiências
pré-sexuais, e finalmente torna-se realidade, quando a
oportunidade aparece. Não somente a imoralidade resultante é
pecado - os pensamentos impuros também são pecados. As
palavras de Jesus, no Sermão da Montanha, são freqüentemente
citadas a este respeito: "Ouvistes o que foi dito: Não
adulterarás. Eu, porém, vos digo que todo aquele que
olhar para uma mulher para a cobiçar, já em seu coração
cometeu adultério com ela" (Mt 5:27,28). Não se
confunda, a ponto de dizer: "Visto que já pequei em meu
coração, posso também pecar com o corpo".
Estes pecados não são os mesmos! Um é o pecado da
mente, e em pensamento apenas uma pessoa peca. O outro é um
pecado da mente e do corpo, e, com o corpo, duas pessoas pecam. Na
mente, não há união física. Com o corpo,
os dois chegam a se conhecer um ao outro de maneira irreversível.
Note que, em Mt 5:28, Jesus menciona não apenas olhar, mas
olhar para cobiçar. Isto implica um desejo ativo, imaginando
uma união ou contato sexual.
Paulo diz que o crente de espírito
controlado, na batalha espiritual, está "levando cativo
todo pensamento à obediência a Cristo" (II Co 10:5).
E Pedro diz: "Cingindo os lombos do vosso entendimento, sede sóbrios...
não vos conformeis às concupscências que antes tínheis
na vossa ignorância" (I Pe 1:13,14). Não podemos
impedir todo pensamento impuro de entrar na mente, porém somos
realmente capazes de controlar os pensamentos que permanecem e se
desenvolvem.
Nossos
olhos
O que nossos olhos vêem e lêem
produz e controla a maior parte de nossos pensamentos. As Escrituras
ensinam que os olhos são a "candeia do corpo" (Mt
6:22,23) e que se os "olhos forem maus", o corpo "será
tenebroso". Esta verdade descreve mais do que um fato físico.
Refere-se ao que os olhos deixam entrar na mente.
O apóstolo João adverte
contra a "concupiscência dos olhos" (I Jo 2:16). Salomão
escreveu: "Dirijam-se os teus olhos para a frente e olhem as tuas
pálpebras diretamente diante de ti. Pondera a vereda de teus pés,
e serão seguros todos os teus caminhos" (Pv 4:25,26).
Salomão também diz: "Filho meu, dá-me o teu
coração; e deleitem-se os teus olhos nos meus caminhos.
Porque cova profunda é a prostituta; e o poço estreito é
a aventureira" (Pv 23:26,27).
Devemos nos afastar da pornografia que
vem sendo despejada em nosso caminho, lembre-se: "os olhos são
a candeia do corpo". Se você não resiste à
tentação, não olhe. Você não pode
ser tentado a se masturbar se estiver lendo passagens da Bíblia.
Masturbação é
pecado? A maioria dos não-crentes e também muitos
crentes crêem que a masturbação não
apresenta nenhum problema. Certamente, não acham que é
pecado e que só constitui um problema quando é uma
obsessão e um substituto psicológico total para as relações
sexuais normais.
Masturbação
é pecado?
A maioria dos não-crentes
e também muitos crentes crêem que a masturbação
não apresenta nenhum problema. Certamente, não acham que
é pecado e que só constitui um problema quando é
uma obsessão e um substituto psicológico total para as
relações sexuais normais.
A muitos mitos sobre a masturbação,
em escritos católicos e protestantes antigos, a este respeito.
Alguns destes mitos são que a masturbação causa
danos físicos, que destruirá a habilidade sexual no
casamento ou que causará distúrbios emocionais. Estes
mitos eram basicamente táticas para amedrontar e tinham pouca
base em fatos.
Não há passagem específica
na Escritura que fale diretamente da questão da masturbação.
Há quem chame a atenção para Gn 38:8-10 e I Co
6:9-10.
8 Então disse Judá a Onã: Toma a mulher do teu irmão, e casa-te com ela, e suscita descendência a teu irmão. 9 Onã, porém, soube que esta descendência não havia de ser para ele; e aconteceu que, quando possuia a mulher de seu irmão, derramava o sêmen na terra, para não dar descendência a seu irmão. 10 E o que fazia era mau aos olhos do SENHOR, pelo que também o matou.
(Génesis 38:8-10 BRP)
9 ¶ Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus? 10 Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus. (1 Coríntios 6:9-10 BRP)
Concordo com o escritor Herbert J. Miles, que estas passagens
não falam de masturbação.
Mesmo assim, a Bíblia fornece
orientações que lhe permitirão decidir se a
masturbação é pecado ou não. Reflita sobre
as seguintes observações:
1. Vejamos à definição
de lascívia e luxúria: "Gratificação
dos sentidos u indulgência para com o apetite; dedicado aos ou
preocupado com os sentidos" e "desejo sexual intenso".
A masturbação encaixa-se definitivamente nestas definições
(veja Gl 5:19 Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, prostituição, impureza, lascívia,). Pode-se praticar a masturbação sem lascívia
ou luxúria?
2. O teste seguinte é o de sua
vida mental. Jesus disse: " Eu, porém, vos digo que todo
aquele que olhar para uma mulher para a cobiçar, já em
seu coração cometeu adultério com ela" (Mt
5:27,28). Quando uma pessoa pratica masturbação, o que
se passa em sua cabeça? As cachoeiras de Paulo Afonso? Pode
alguém se masturbar sem imaginar um ato sexual ou ao menos
cenas sensuais? O que é que você acha? Se você
pratica a masturbação, pode sua mente permanecer pura?
3. Em seguida, reflita sobre a
santidade e a intenção da relação sexual
no casamento. Sem sombra de dúvida, a masturbação
é uma tentativa de experimentar as mesmas sensações
que são atribuídas ao casamento. É um substituto
do ato verdadeiro - uma farsa, uma falsificação, um
dolo.
4. A masturbação é
também totalmente egocêntrica. Uma das características
do egocentrismo é a auto-indulgência. Paulo descreve o
modo de vida de quem é controlado por Satanás, dizendo: "Todos
nós também antes andávamos nos desejos da nossa
carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos" (Ef 2:3).
5. Finalmente, a masturbação
pode nos levar à escravidão. Quando uma pessoa é
dominada por uma indulgência carnal, ela peca. "Não
reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para obedecerdes às
suas concupiscências" (Rm 6:12). Paulo também diz: "Todas
as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convém.
Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me
deixarei dominar por nenhuma delas" (I Co 6:12). Você é
escravo da masturbação?
Reflita sobre os cinco enunciados
acima, para determinar se, para você, a masturbação
é pecado.
Liberte-se!
O impulso sexual é uma parte normal, dada
por Deus, de qualquer homem ou mulher saudável. Envergonhar-se
disto é duvidar da bondade de Deus para conosco. Abusar dele é
contrariar a graça que Deus tenciona para nós. Ele nos
criou com muitos impulsos e desejos, que podemos desenvolver ou usar
de maneira errada. Como um deles, o impulso sexual ativa ou destrói
os relacionamentos, de acordo com seu controle e aplicação.
A masturbação é
um problema comum. Não devemos ter medo de conversar sobre ela
nem de ajudar as pessoas a superá-la. Homens e mulheres acham
que é um hábito igualmente opressivo, e buscam ajuda
para a superação do problema. Compaixão, e não
condenação, deve ser nossa resposta.
Minha conclusão é que a
masturbação não deve fazer parte da vida do
crente. I Coríntios 6:18-20, Gálatas 5:19 e I
Tessalonicenses 4:3-7 são passagens que falam sobre a questão
do uso de nossos corpos devidamente no sexo.
18 Fugi da prostituição. Todo o pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo. 19 Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? 20 Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus. (1 Coríntios 6:18-20 BRP)
Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, prostituição, impureza, lascívia, (Gálatas 5:19 BRP)
3 Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação; que vos abstenhais da prostituição; 4 Que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santificação e honra; 5 Não na paixão da concupiscência, como os gentios, que não conhecem a Deus. 6 Ninguém oprima ou engane a seu irmão em negócio algum, porque o Senhor é vingador de todas estas coisas, como também antes vo-lo dissemos e testificamos. 7 Porque não nos chamou Deus para a imundícia, mas para a santificação. (1 Tessalonicens. 4:3-7 BRP)
Embora não
possamos assentar todos os argumentos que dizem que a masturbação
é pecado, não podemos negar que ela é resultado
da lascívia e da paixão. Mas, na liberdade da graça
de Deus, podemos escolher fazer o que é sagrado e direito aos
olhos de Deus.