“Por
isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e serão os dois uma só carne, assim
já não são mais dois, mas uma só carne. Porquanto o que Deus ajuntou, não o
separe o homem.” Mc. 10:7-9.
A. Deus mandou o casal reproduzir e governar a terra.
a. A relação sexual do primeiro casal não
foi o pecado original. Eva pecou antes de Adão e separadamente.
B. O matrimônio não foi criado por lei humana. É mais antigo que todas as
sociedades e culturas.
C. É Deus que define as condições do matrimônio, não as suas respectivas
partes.
a. Nem o homem, nem a mulher, nem o governo
decide o que é o matrimônio.
b. Devemos, como crentes em Deus, aceitar as suas
condições.
A. Deus não criou duas
mulheres para Adão. “Serão dois (não
os três) numa só carne” Mt. 19:5
Deus não é o autor de bigamia ou poligamia.
a.Todos os aspectos da vida estão incluídos nesta união.
B. Deus não criou dois homens ou duas mulheres. Fez um homem e uma mulher.
Deus não aprova o homossexualismo e a família não pode ser baseada em sodomia.
C. O matrimônio tem três elementos determinantes.
a. É um pacto entre o homem e a mulher
perante Deus. Este pacto é chamado uma aliança em Malaquias
2:14. Nenhum dos dois deve ser desleal a esta aliança.
b. É um pacto público feito perante a sociedade.
Não deve ser feito em segredo, mas com a aprovação das duas famílias, seus amigos,
etc.
c. A união sexual sela ou confirma a
aliança feita. O homem se une com a sua mulher. O pacto deve ser feito antes
da união, senão tal união deve ser considerada fornicação.
D. A família é constituída e reconhecida por Deus, mesmo no caso de dois
descrentes ou até de crente com descrente!
a. Quando um dos cônjuges se converte ao
Senhor Jesus Cristo, não pode afirmar que seu casamento não foi “no Senhor”
para se livrar do outro. São casados perante a sociedade e perante Deus.
b. Nenhuma igreja faz o próprio casamento;
somente reconhece o que é feito perante a autoridade competente e o público.
c. O casal deve ter sua união legalizada
perante a sociedade.
Hebreus 13:4
“Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém, aos que se
dão à prostituição, e aos adúlteros, Deus os julgará.”
A. A relação
sexual é o mesmo ato, tanto no leito matrimonial como na casa de prostituição.
O que faz a diferença?
B. Se a relação sexual fosse o próprio casamento, todos
que se unem com uma prostituta estão casados com ela(s).
C. Se todas as relações sexuais fossem reconhecidas
como matrimônio, não haveria mais adultério ou prostituição. Estes são pecados
e serão julgados por Deus.
D. Se todas as relações sexuais fossem casamento,
teríamos que aprovar a poligamia. Esta idéia cria mais problemas que ela
resolve!
A.
Esta aliança tem um vínculo forte e sagrado. Gn.
2:21-24.
a. A mulher foi feita do homem.
b. Os dois são uma só carne. Mt. 19:5.
c. Por isso o homem deixa seus pais e faz
uma nova família. Mt. 19:5.
d. Deus é quem ajunta os dois. Mt. 19:6.
e. Ninguém deve separar o casal e destruir
esta aliança. Mt. 19:6.
A.
Jesus citou Gênesis 2 para confirmar a definição do matrimônio e avisar o homem
a não separar esta união que Deus fêz. Mt. 19:6.
B. Foi a resposta de Jesus sobre a pergunta dos
fariseus que quiseram pegá-lo em contradição, para que pudessem condená-lo pela
desobediência à lei de Moisés. Mt. 19:3.
Estavam “tentando” Jesus.
a. Quiseram que ele quebrasse a lei ou não
concordasse com ela.
b. Jesus jamais quebraria a lei. Veio cumprí-la.
c. Sua resposta leva o nosso pensamento de
volta para o jardim de Éden, e não só ao monte Sinai!
C. “Não o separe o homem”
mostra que quem faz o repúdio está se rebelando contra a vontade de Deus.
Malaquias
2:16.
A. Se Deus
odeia o repúdio (divórcio), é claro que não concorda com ele. Não mudou de
idéia no tempo de Jesus. Ele não quer a separação do casal. Quer manter a
aliança.
B. Somente a morte pode desligar a união. I Co. 7:39 “A mulher casada está ligada pela lei todo o
tempo que o seu marido vive; mas, se falecer o seu marido fica livre para casar
com quem quiser, contanto que seja no Senhor.”
a. O contrato é anulado somente
pela morte.
b. A viúva (ou o viúvo) só pode casar de novo de
acordo com a vontade de Deus. (Crente com crente; dirigido pelo Espírito).
C. Romanos 7:1-4
usa a permanência da aliança matrimonial como exemplo da nossa união com
Cristo. Aqui, como em I Co. 7:39, a mulher que se une com outro homem
enquanto o seu marido está vivo é chamada adúltera. Só se ele morrer, ela fica
livre para casar de novo.
a. Se este exemplo da lei não for a
verdade, então a comparação entre a lei e a nossa união com Cristo não teria
validade ou sentido.
b. Nosso antigo marido morreu e não pode mais
mandar em nós. A lei não tem mais domínio sobre nós. Ela foi cumprida por
Cristo. Para nós, ela está morta e somos livres a obedecer a Cristo!
c. Esta verdade reforça a outra verdade de
que o casamento é indissolúvel, com a exceção de morte.
D. Mc. 10:9-12. “Portanto
o que Deus ajuntou não o separe o homem. E em casa tornaram os discípulos a
interrogá-lo acerca disto mesmo. E ele lhes disse: Qualquer que deixar a sua
mulher e casar com outra, adultera contra ela. E, se a
mulher deixar a seu marido, e casar com outro, adultera.”
a. Jesus afirma que o homem não deve
separar o casal.
b. Os discípulos queriam saber mais e ele explica
claramente que nem um dos dois pode deixar o outro e casar de novo.
E. Mt. 5: 32 “Eu,
porém vos digo que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de
prostituição, faz que ela cometa adultério, e qualquer que casar com a
repudiada comete adultério.”
a. Jesus está citando o que foi feito nos
velhos tempos, vs. 31.
b. O repúdio, mesmo por causa de prostituição,
não dá direito de se casar de novo.
c. Jesus disse que o homem que repudia sua
mulher, a não ser por prostituição, faz que ela cometa adultério. Como? Porque
ela vai se casar de novo e isto é adultério.
d. Também, se o repudio cancelasse ou
anulasse o matrimônio, por que o homem que se casa com a repudiada comete
adultério? Ela não tem direito a casar-se de novo porque seu marido
perante Deus ainda está vivo! Isto concorda com I
Co. 7:39 e Romanos 7:2-3.
A. I Co. 7:10-11. “Todavia, aos casados mando, não eu mas o
Senhor, que a mulher não se aparte do marido.”
a. Ficar sem separar não é a
opinião de Paulo. É a vontade de Deus.
b. Por que um não pode se apartar do outro?
Porque são casados até que a morte os separe.
B. I Co. 7:12-15
ensina que se o descrente consentir em habitar com o crente, então este não
pode deixar, isto é, abandonar o outro. Por que? Porque são casados perante
Deus e devem manter sua aliança.
a. Mas se o descrente insistir em abandonar
o lar, a culpa é dele.
b. O crente não está obrigado a ficar num enlace
perigoso, imoral, vergonhoso, etc. “Não está sujeito
à servidão” não é uma autorização para se contratar um outro
casamento. Porque quem se casa com um repudiado “comete adultério”.
c. A opção é: ficar com o marido ou mulher
reconciliando-se ou ficando sozinhos, ambos.
C. I Co. 7:18-28
explica que nós devemos continuar na condição em que estávamos quando Deus nos
chamou.
a. Mais de uma vez Paulo fala que devemos
continuar em nossa chamada.
b. Se solteiro, é melhor continuar assim, mas se
se casar, não é pecado porque o solteiro tem direito de ser casado. Vs. 28.
D. I Co. 7:29-40 trata de tribulações que as pessoas
têm se forem casadas.
E. I Co. 7:39 ensina claramente que a aliança é
permanente. Só a morte quebra a aliança. Só quando um do casal morrer, o
outro pode se casar.
a. Mesmo assim, já que se trata de crente,
deve se casar só no Senhor, isto é, na vontade de Deus e não na carne.
b. Nesta passagem não há nenhuma sugestão que a
repudiada possa se casar de novo. Tem que esperar o marido morrer. Mais uma
razão de ficar como Paulo, que não se casou!
A. Marcos 10:11-12 “E ele lhes disse: Qualquer que deixar a sua
mulher e casar com outra, adultera contra ela. E, se a mulher deixar a seu
marido, e se casar com outro, adultera.”
a. O homem que abandona sua
esposa e se casa com outra mulher está cometendo um ato ilegal e imoral contra
a sua mulher. Por que? Porque Deus ainda considera os dois como uma família
constituída.
b. Se um dos dois se casar com outro parceiro,
este novo relacionamento não deve ser considerado matrimônio. É adultério. E
ainda mais: se alguém se casar com aquele que for repudiado ou repudiada,
também comete adultério! Veja Lc. 16:18 “Qualquer
que deixa sua mulher, e casa com outra, adultera; e aquele que casa com a
repudiada, ADULTERA TAMBÉM”.
c. Se o divórcio anulasse a relação ou o
matrimônio, como poderia chamar a nova relação adultério? Seria um casamento
legítimo e não adultério!
d. Esta verdade em Marcos e Lucas é a base
do exemplo de Paulo em Romanos 7. Ele ensinou que a morte de Jesus
anulou a lei que não tem mais autoridade sobre nós, que agora estamos debaixo
da graça. Se o exemplo do matrimônio anulado só pela morte do parceiro não
fosse a verdade, o argumento e ensino de Paulo sobre a lei não teria sentido
algum!
A. Mateus 19:3-12 "Aproximaram-se dele alguns fariseus
que o experimentavam, dizendo: É lícito ao homem repudiar sua mulher por
qualquer motivo? Respondeu-lhe Jesus: Não tendes lido que o Criador os fez
desde o princípio homem e mulher, e que ordenou: Por isso deixará o homem pai e
mãe, e unir-se-á a sua mulher; e serão os dois uma só carne? Assim já não são
mais dois, mas uma só carne. Portanto o que Deus ajuntou, não o separe o homem.
Responderam-lhe: Então por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio e
repudiá-la? Disse-lhes ele: Pela dureza de vossos corações Moisés vos permitiu
repudiar vossas mulheres; mas não foi assim desde o princípio. Eu vos digo
porém, que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por (original
é mh epi, que quer dizer pondo de lado ou sem levar em conta) causa de infidelidade (a palavra no original
grego aqui é pornéia (porneia que quer dizer fornicação, ou seja relação
sexual ilícita antes do casamento) e
casar com outra, comete adultério (a palavra no original é moixatai
que quer dizer relação sexual ilícita com alguém casado); e o que casar com a repudiada também comete adultério.
Disseram-lhe os discípulos: Se tal é a condição do homem relativamente à
mulher, não convém casar. Ele, porém, lhes disse: Nem todos podem aceitar esta
palavra, mas somente aqueles a quem é dado. Porque há eunucos que nasceram
assim; e há eunucos que pelos homens foram feitos tais; e outros há que a si
mesmos se fizeram eunucos por causa do reino dos céus. Quem pode aceitar isso,
aceite.”
a. Veja que interpretando de
maneira literal Jesus não admite exceção para re-casamento. A única
"exceção" é por causa de fornicação, ou seja relações sexuais
ilícitas. A palavra pornéia é intencionalmente mal traduzida na maioria das
Bíblias protestantes, pois traduzem como adultério ou infidelidade. Vamos ver
porque isso.
b. Até à reforma a “Igreja” sempre creu nas
verdades bíblicas acerca do casamento. Porém depois da reforma houve uma
tendência universal entre os protestantes de proclamar e viver um evangelho
"anti-católico", ou seja, tudo que os católicos criam, ainda que
fosse verdade, era motivo de ser refutado pelos primeiros reformadores. Quando
Lutero finalmente se desvinculou da Igreja Católica por causa das múltiplas
heresias suas, ele se uniu a um humanista chamado Erasmo de Roterdam, que
influenciou tremendamente a vida e obra de Lutero, principalmente no tocante ao
divórcio e ao re-casamento. O interessante é que Erasmo foi considerado como
herege pelos seus contemporâneos, principalmente por causa de sua visão
extremamente humanista sobra a Bíblia [NOTA: Hélio e solascriptura-tt não
concordam 100% com esta afirmativa]. Porém seu ensino acerca do divórcio e
re-casamento prevaleceu nas denominações evangélicas, justamente porque é
frontalmente diferente do ensino da Igreja Católica sobre o assunto. Esse é o
motivo de, nas Bíblias protestantes, a palavra aparecer traduzida de uma
maneira totalmente errada, de outro modo, traria um enorme problema ter que
concordar que o ensino católico, nesse ponto, está correto. Na pergunta dos
fariseus para Jesus temos que ver todo o contexto da situação. Havia duas
escolas rabínicas de pensamento sobre assunto e as duas discutiam exatamente o
texto que os fariseus apresentaram a Jesus:
B. "Quando um homem
tomar uma mulher e se casar com ela, se ela não achar graça aos seus olhos, por
haver ele encontrado nela coisa vergonhosa, far-lhe-á uma carta de divórcio e
lha dará na mão, e a despedirá de sua casa. Se ela, pois, saindo da casa dele,
for e se casar com outro homem, e este também a desprezar e, fazendo-lhe carta
de divórcio, lha der na mão, e a despedir de sua casa; ou se este último homem,
que a tomou para si por mulher, vier a morrer; então seu primeiro marido que a
despedira, não poderá tornar a tomá-la por mulher, depois que foi contaminada;
pois isso é abominação perante o Senhor. Não farás pecar a terra que o Senhor
teu Deus te dá por herança". (Deuteronômio 24:1-4)
a. A escola de Hillel :
Hillel interpretava “coisa vergonhosa” como qualquer coisa que o homem visse na
mulher que não o agradasse, como por exemplo, se ela estivesse ficando feia, ou
cozinhasse mal, etc. Para Hillel e seus seguidores, qualquer motivo ou trivialidade
era suficiente para uma carta de divórcio.
b. A escola de Sammai: Sammai admitia o
divórcio e o re-casamento somente em caso de adultério, da mesma forma que a
maioria dos evangélicos crêem.
c. Veja que o objetivo dos fariseus era de
que Jesus se posicionasse a favor de uma dessas escolas de pensamento para
dividir o povo contra ele. Mas qual não foi a surpresa! quando o nosso amado
Salvador e Senhor mostrou uma terceira opção mais sublime do que a
religiosidade dos fariseus, a ponto dos discípulos ficarem tão assustados que
responderam : "Se tal é a posição do homem
relativamente à mulher, não convém casar!" Eles compreenderam
que o compromisso era para a vida toda e que só a morte poderia anular tal
compromisso. Também compreenderam que Jesus não estava aprovando nenhuma das
duas alternativas dos fariseus, porém estava mostrando outra alternativa que
expressava mais perfeitamente a suprema vontade de Deus. Jesus mostrou que
"coisa vergonhosa" se referia
a, quando um homem, ao se casar com uma mulher, descobre que houve fornicação
(pornéia) e que portanto ela não é virgem. Dessa forma, ele pode pedir a
anulação do seu casamento desde que ele também seja virgem e que
faça essa anulação imediatamente, caso essa situação não o agrade. Somente
nesse caso é permitido o divórcio com a possibilidade de um novo casamento.
d. O fato das leis do país permitirem o divórcio
e o novo casamento, não modifica em nada a situação dos cristãos, pois nós
estamos debaixo do GOVERNO DE DEUS, e Suas leis permanecem para sempre.
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Este trabalho não está completo, mas merece nosso estudo cuidadoso. Foi
preparado por Pr. Steve Montgomery. Vários trabalhos seus e de outros irmãos
não identificados constituem a base deste estudo.
Igreja Batista Independente de Ourinhos
Caixa Postal 278
Ourinhos, S.P. cep 19900-000
19 de julho de 2000
Só use as duas Bíblias traduzidas rigorosamente por equivalência formal a partir do Textus Receptus (que é a exata impressão das palavras perfeitamente inspiradas e preservadas por Deus), dignas herdeiras das KJB-1611, Almeida-1681, etc.: a ACF-2011 (Almeida Corrigida Fiel) e a LTT (Literal do Texto Tradicional), que v. pode ler e obter em BibliaLTT.org, com ou sem notas).
(Copie e distribua ampla mas gratuitamente, mantendo o nome do autor e pondo link para esta página de http://solascriptura-tt.org)
Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por fieis): BKJ-1611 ou LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, com notas para estudo) na bvloja.com.br. Ou ACF, da SBTB.