Pergunta: Em
http://www.solascriptura-tt.org/VidaDosCrentes/ResumoCoy2.6DivorcioRecasamento-HelioNira.htm,
sua interpretação é que Jesus permite o recasamento?
Resposta: Sim, mas somente no caso de fornicação da esposa.
(Fornicação no seu sentido mais amplo (significando QUALQUER pecado de natureza
sexual), não apenas no sentido estrito (atividades sexuais PRE-maritais não
envolvendo pagamento))
Pergunta: Segundo Pickering (em
http://www.esgm.org/portugues/DIVORCIO.r.rtf ), a
Bíblia não dá a menor possibilidade de recasamento a nenhum dos divorciados, em
nenhum caso.
Resposta: O divórcio, nos raríssimos casos permitidos por Deus, visa exatamente
liberar o crente inocente para que ele possa recasar sem ser acusado de estar
pecando por ainda ser casado e assim continuamente viver em bigamia e adultério
e, deste modo, no tempo de Israel, devendo ser punido com morte por
apedrejamento. Divórcio foi instituído para permitir o recasamento. Se não fosse
por isso, bastaria separação mas sem dissolução do casamento!
Pergunta: Você poderia comentar algo mais, elucidando em que a sua posição sobre
o divórcio difere da posição de alguns outros crentes?
Resposta: Eu poderia tentar escrever mais volumosamente, mas a essência é o que
já escrevi no artigo
http://www.solascriptura-tt.org/VidaDosCrentes/ResumoCoy2.6DivorcioRecasamento-HelioNira.htm, por favor examine-o bem a vagar, meditando bem sobre cada parágrado,
particularmente quando for uma citação da Bíblia.
Talvez eu possa resumir a diferença entre a minha posição e a de outros crentes,
através de situações práticas:
a) X era descrente, casou, depois divorciou, depois casou de novo, teve filhos,
muitos anos depois foi convertido.
- Eu acredito que o que se passou antes da conversão está lavado no sangue de
Cristo, portanto X pode ser batizado e ser membro da igreja, muito feliz e
produtivo, só não pode ser pastor nem diácono, particularmente se não foi
comprovada e indiscutivelmente a parte totalmente inocente, no divórcio.
- W. e L. não batizariam X nem o receberiam na igreja.
- Há amigos de W. que parecem que diriam que X não vai para o céu exceto volte
para a sua primeira esposa ou exceto (se ela o recusar voltar para ele), daqui
por diante jamais X tenha relacionamento sexual com sua atual esposa.
b) X é crente, casado, briga feio com a esposa, e vem me pedir conselho.
- Eu daria veemente conselho para ele voltar para a sua esposa, diria que
recasar é adultério, é grave pecado, desagrada muitíssimo a Deus, etc., etc.,
etc.
- W. e L. diriam a mesma coisa.
c) X vai em frente e se divorcia.
- Eu e W e L concordamos que X deve ser disciplinado pela igreja e retirado do
rol de membros.
d) X fica amargurado contra a igreja, se afasta, depois casa com outra mulher,
tem muitos filhos com ela, finalmente Deus toca no seu coração (talvez através
de grande dor), ele se arrepende super- amargamente, pede perdão a Deus, quer
voltar à igreja, suplica o perdão da mesma.
- Eu penso que a igreja deve aceitá-lo e ele poderá trabalhar para Deus e ser
feliz, só não poderá ser pastor, nem diácono, particularmente se não foi
comprovada e indiscutivelmente a parte totalmente inocente, no divórcio. Mas o
bom senso indica que, se X divorciou B sem ser por causa de fornicação (e foi
disciplinado por isso), depois casou com C (e foi disciplinado por isso), depois
se arrependeu e pediu perdão de verdade à igreja, então X+C devem procurar ser
membros de igreja diferente da de B.
- W e L diriam que X tem que abandonar a atual mulher e filhos, e voltar para a
1a. esposa. Ou, se esta não o aceitar, deve nunca mais ter relacionamento sexual
com sua 2a. mulher.
- E, se X não fizer isto, parece que alguns amigos de W. dizem que X não é um
verdadeiro salvo.
Pergunta: Você teria algum estudo (ou o que você diria) sobre pessoas que se
divorciaram antes de se converterem, como fica a situação deles? Porque eu li o
livro "JESUS E O DIVÓRCIO", do ex-padre (e depois pastor, já falecido) Dr. Anibal
Pereira Reis, que considera casamento "no Senhor" é apenas entre evangélicos,
ou seja, um casamento celebrado por um padre na igreja católica, na realidade
nunca foi casamento, Pr. Aníbal considerando essa situação como que de
"amasiados", valendo para eles o ensino de Mt 19:9 (divórcio devido a fornicação
= amasiados = união fornicária = não há pacto conjugal). Desse modo, quando uma
pessoa se converte ("Se alguém está em Cristo, nova criatura é, eis que tudo se
fez novo"), e era divorciado antes da conversão, pode se casar normalmente
perante o Senhor, pois tanto o seu antigo casamento e divórcio foi "lavado" na
sua conversão, como, com efeito, essa pessoa nunca foi "casada", pois não era
crente. Que é que você}e acha de tudo isto?
Resposta: Aníbal está errado. O casamento não é definido como o primeiro ato
sexual do casal, não é uma cerimônia religiosa, não depende da situação
religiosa e espiritual de ninguém. Casamento é um voto, um compromisso, uma
promessa que um homem e uma mulher fazem um ao outro (usualmente, mas não
indispensavelmente, perante a justiça ou testemunhas), um compromisso de eterna
fidelidade um ao outro, como marido e mulher. Portanto, qualquer que seja a
condição religiosa- espiritual daqueles que se fazem voto de eterna fidelidade
como marido e mulher, o voto deles faz o casamento válido.
Se não fosse assim, então qualquer crente solteiro poderia tomar a mulher de um
homem descrente e poderia se casar com ela, seria como se ela fosse solteira!!!
Absurdo!!!
Hélio
Só use as duas Bíblias traduzidas rigorosamente por equivalência formal a partir do Textus Receptus (que é a exata impressão das palavras perfeitamente inspiradas e preservadas por Deus), dignas herdeiras das KJB-1611, Almeida-1681, etc.: a ACF-2011 (Almeida Corrigida Fiel) e a LTT (Literal do Texto Tradicional), que v. pode ler e obter em BibliaLTT.org, com ou sem notas).
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