Pr Airton Evangelista da Costa
Apresentarei os requisitos
bíblicos que condenam a prática sexual fora do casamento, ou seja, que limitam
a intimidade sexual ao matrimônio.
Gênesis 2.24 diz que homem e mulher
se tornam uma só carne quando se casam, ou seja, quando deixam pai e mãe e vão
viver juntos. A prescrição divina para o casamento é de um só homem e uma só
mulher unidos pelos laços do casamento. Não há como admitir a relação sexual,
que é a maior intimidade entre um homem e uma mulher, sem que haja o mútuo
compromisso, diante de Deus e dos homens, de consolidação da vida a dois.
A simples intenção de casar-se, ainda
que com o vínculo do noivado, não abre a possibilidade para que os enamorados
iniciem, já, a prática sexual. "Deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e
unir-se-á à sua mulher, e SERÃO OS DOIS UMA SÓ CARNE". Aqui está a
consumação do casamento. Somente
mediante o matrimônio homem e mulher tornam-se uma só carne, e assim podem
desfrutar das delícias do ato sexual.
Houvesse a exceção para o sexo livre,
estaríamos diante de uma situação em que o homem, bem intencionado, praticaria
o sexo com sua namorada. Passado algum tempo, se o casamento, por qualquer
motivo, não se efetivasse, ele passaria a namorar outra moça com as mesmas
“boas” intenções, e também praticaria sexo com esta. Não é outro o costume da
sociedade depravada.
Em Cantares 4.12, lemos:
"Jardim
fechado és tu, irmã minha, esposa minha, manancial fechado, fonte
selada". Nota da Bíblia Estudo Pentecostal: "As três figuras de
linguagem deste versículo salientam a verdade de que a jovem sulamita
permaneceu virgem e sexualmente pura até casar-se. Manter a virgindade e a
abstinência sexual é o padrão bíblico da pureza sexual para todos os
jovens, do sexo masculino e feminino. Violar este padrão santo
de Deus é profanar o espírito, o corpo e a consciência, e depreciar o valor do
ato da consumação do casamento". (cf
Ct 2.7; 3.5).
Jesus disse: “Ouvistes que foi dito
aos antigos: Não cometerás adultério. Eu, porém, vos digo: Qualquer que olhar
para uma mulher com intenção impura, no coração já cometeu adultério com ela”
(Mt 5.27-28). Jesus referiu-se à
mulher com a qual o homem não é uma só carne.
Qual seria a intenção impura? A
intenção de com ela praticar o ato sexual. Nesta palavra estaria aberta a
possibilidade de o homem fazer sexo com a sua namorada? Nem com a sua namorada, nem com a mulher de
outro homem.
O entendimento é que a proibição do
adultério (Êx 20.14) abrange a imoralidade e todos os demais pecados sexuais. O
adultério era punido com pena de morte (Lv 20.10; Dt 22.22).
O adultério acarreta conseqüências
permanentes e graves (2 Sm 11.1-7; 12.14; Jr 23.10,11; 1 Co 6.16-18); o
adúltero levará o opróbrio disso por toda a vida: “O que adultera com uma
mulher tem falta de entendimento; o que tal faz destrói a sua alma; açoites e
ignomínia encontrará, e o seu opróbrio nunca se apagará” (Pv 6.32,33).
A imoralidade dentro da igreja não
pode ser tolerada: “Já por carta vos escrevi que não vos associeis com os que
se prostituem” (1 Co 5.1-13).
“Todas as coisas me são lícitas, mas
nem todas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei
dominar por nenhuma delas. Fugi da prostituição. Todo o pecado que o homem
comete é fora do corpo, mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo”
(1 Co 6.12,18).
Em Atos 15.29, em algumas versões da
Bíblia, aparece a palavra fornicação: “Que vos abstenhais das coisas
sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada,
e da
fornicação; destas coisas
fareis bem se vos guardardes. Bem vos fará”. De acordo com o dicionário da
Bíblia On-line, fornicação significa relações sexuais ilícitas.
Conforme o dicionário Aurélio,
fornicar significa “praticar o coito; copular”. Deus não iria proibir a prática
sexual entre casados. A fornicação se estabelece entre não casados. Namoro não
é casamento.
“Nenhum homem se chegará a qualquer
parenta da sua carne para descobrir a sua nudez” (Lv 18.6-30; 20.11,17,19-21).
A única interpretação que podemos fazer desses versículos é que proíbem
“descobrir a nudez” ou “ver a nudez” de qualquer pessoa a não ser entre marido
e mulher legalmente casados. Tal proibição inclui, também, as carícias íntimas,
ainda que não consumado o ato sexual propriamente dito.
O “domínio próprio” faz parte do
fruto do Espírito, “e os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne com as
suas paixões e concupiscências”. Entre as obras da carne estão a prostituição,
a lascívia e a impureza (Gl 5.19-24).
Vejamos alguns exemplos de tradução
da palavra grega “porneia”:
Prostituição –
“Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: a
prostituição, a impureza, a paixão, a vil concupiscência, e a avareza, que é
idolatria; por essas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência”
(Cl 3.5-6.
V.1 Ts 4.3; 2 Co 12.21; Mt 15.19).
Impureza – “Fugi da impureza [prostituição]” (1 Co 6.18; Ef 5.3).
Relações sexuais ilícitas, uniões ilegítimas,
imoralidade sexual, prostituição - Dependendo da versão utilizada, a palavra porneia é
traduzida dessa forma. A Bíblia de Jerusalém usa a expressão “uniões
ilegítimas” nos versículos de Atos 15.20, 29; 21.25. Em Mateus 5.32 e 19.9, usa o termo “fornicação”.
Deus considera legítima a prática do sexo entre namorados, sem o
vínculo conjugal? Vejamos o que Paulo diz: “Mas, por causa da prostituição,
cada um tenha a sua própria mulher, e cada uma tenha o seu próprio marido” (1 Co 7.2). O apóstolo indica o leito conjugal como única forma de evitar-se o
relacionamento ilegítimo, seja usado o termo fornicação, impureza ou
prostituição. Ou seja: para que não cometam impurezas sexuais, casem-se. Mais
adiante (v.9) ele arremata: “Se não podem conter-se, casem-se; porque é melhor
casar do que ficar ardendo em desejos [abrasar-se]”. Então, a única forma de
darmos curso aos desejos sexuais é no matrimônio:
“Digno de honra entre todos seja o
matrimônio, bem como o leito sem mácula, pois aos devassos [os que se dão à
prostituição] e adúlteros Deus os julgará” (Hb 13.4). Logo, se os namorados não
se sentem seguros na guarda da virgindade; se não há como conter os impulsos
sexuais, melhor será que se casem.
“Se
não podem conter-se...” –
Esta condição revela a obrigatoriedade da abstinência sexual antes do
matrimônio. Com essas palavras Paulo adverte os solteiros da necessidade de
continuarem virgens. “Casem-se” – esta é a única forma de o crente satisfazer seus desejos
sexuais.
Não se encontra na Bíblia nenhuma
palavra que dê apoio a uma relação sexual fora do casamento. O conselho do apóstolo é que as
“viúvas mais
jovens se casem, tenham filhos, administrem suas casas, e não dêem ao inimigo
nenhum motivo para maledicência. Algumas, na verdade, já se desviaram, para
seguir a Satanás” (1 Tm 5.14). Embora se saiba que o assunto diga respeito a um
caso específico na igreja de Corinto, a ênfase está no aconselhamento para que
se casem.
“Esta é a vontade de Deus para a vossa santificação: que vos
abstenhais da prostituição; que cada um de vós saiba possuir o próprio corpo em
santificação e honra; não no desejo da lascívia, como os gentios, que não
conhecem a Deus” (1 Ts 4.3-5). Paulo compara a prostituição à lascívia. A
palavra grega “epithymia” é traduzida com o significado de “desejo incontrolado”
(Lc 22.15); “concupiscência” (Rm 1.24; 7.8; 13.14; Gl 5.16, 24; Ef 4.22; 1 Pe
4.3; 1 Jo 2.16,17), “inclinações da carne”,
(Ef 2.3), “paixões carnais e mundanas (Rm 6.12; 2 Tm 2.22; 3.6; Tt 2.12;
3.3). E, como vimos anteriormente, “porneia” é traduzida como “prostituição”, “imoralidade”, e
“relações sexuais ilícitas”. Logo, não cabe o argumento de que a prostituição
se refere tão somente ao comércio do sexo.
Com o título “Padrões de Moralidade
Sexual”, a Bíblia de Estudo Pentecostal assim se define em alguns tópicos:
“A imoralidade e
a impureza sexual não somente incluem o ato sexual ilícito, mas também qualquer
prática sexual com outra pessoa que não seja seu cônjuge. Há quem ensine, em
nossos dias, que qualquer intimidade sexual entre jovens e adultos solteiros,
tendo eles mútuo “compromisso”, é aceitável, uma vez que não haja ato sexual
completo. Tal ensino peca contra a santidade de Deus e o padrão bíblico da
pureza”.
“O crente deve ter autocontrole e
abster-se de toda e qualquer prática sexual antes do casamento. Justificar
intimidade premarital em nome de Cristo, simplesmente com base num
“compromisso” real ou imaginário, é transigir abertamente com os padrões santos
de Deus. É igualar-se aos modos impuros
do mundo e querer deste modo justificar a imoralidade. Depois do casamento, a vida íntima deve
limitar-se ao cônjuge. A Bíblia cita a
temperança como um aspecto do fruto do Espírito, no crente, isto é, a conduta
positiva e pura, contrastando com tudo que representa prazer sexual imoral como
libidinagem, fornicação, adultério e impureza. Nossa dedicação à vontade de
Deus, pela fé, abre o caminho para recebermos a bênção do domínio próprio:
temperança (Gl 5.22-24)”.
“Fornicação (gr. porneia), descreve uma ampla variedade de práticas sexuais, pré ou
extramaritais. Tudo que significa intimidade e carícia fora do casamento é
claramente transgressão dos padrões morais de Deus para seu povo (Lv
18.6-30);20.11,12,17,19-21; 1 Co 6.18; 1 Ts 4.3)”.
“A lascívia
(gr. aselgeia)
denota ausência de princípios morais, principalmente o relaxamento pelo domínio
próprio que leva à conduta virtuosa. Isso inclui a inclinação à tolerância
quanto a paixões pecaminosas ou ao seu estímulo, e deste modo a pessoa torna-se
partícipe de uma conduta antibíblica (Gl 5.19; Ef4.19;1 Pe 2.2,18)”.
O sexo livre, descomprometido,
interessa ao diabo, que tenta por todos os meios invalidar o casamento
instituído por Deus. O diabólico plano do Movimento Nova Era trabalha nesse
sentido, pois ensina a criação de colônias ou núcleos onde todas as mulheres
pertencem a todos os homens, e os filhos são criados pela comunidade. Nos anos 60, os hippies deram o
primeiro passo nesse sentido.
Devemos ser guiados não pelo ensino do sistema mundano, pelo
deus deste século, pelo modus vivendidos
devassos, incautos, incrédulos e inimigos da Palavra: “E não vos conformeis com
este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que
experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm
12.2). O crente deve andar na contramão
dos desobedientes. Tentar ajustar a Palavra aos nossos pecados é um sinal de
rebeldia e falta de compromisso com Deus. Devemos, ao contrário, ajustar a
nossa vida ao padrão da Palavra de Deus, como submissos à Sua soberana vontade.
“Não imitareis os costumes do Egito,
onde habitastes, nem os da terra de Canaã, para a qual vos conduzo, nem
andareis segundo os seus estatutos. Praticareis os meus juízos, e guardareis os
meus estatutos, para andares neles. Eu sou o Senhor vosso Deus” (Lv 18.3-4).
Sabemos que a depravação está sem limites; que as crianças,
desde a tenra idade, passam a receber uma enorme carga de mensagens eróticas;
que elas chegam aos doze, treze ou catorze anos com grande desejo de se
iniciarem no sexo; sabemos que a televisão, principalmente – afora teatros,
livros, revistas, danças e músicas profanas -, ensina e estimula o
relacionamento sexual entre não casados. Mas sabemos também que já saímos do
Egito; que as vestes do velho homem já caíram; que agora não somos nós que
vivemos, mas Cristo vive em nós; que fomos resgatados por elevado preço para um
viver santo; para que possamos dizer com Paulo:
“A minha ardente expectativa e
esperança é de em nada ser confundido, mas ter muita coragem para que agora e
sempre, Cristo seja engrandecido no meu corpo, quer pela vida, quer pela morte,
pois para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro” (Fp 1.20-21).
Só use as duas Bíblias traduzidas rigorosamente por equivalência formal a partir do Textus Receptus (que é a exata impressão das palavras perfeitamente inspiradas e preservadas por Deus), dignas herdeiras das KJB-1611, Almeida-1681, etc.: a ACF-2011 (Almeida Corrigida Fiel) e a LTT (Literal do Texto Tradicional), que v. pode ler e obter em BibliaLTT.org, com ou sem notas).
(Copie e distribua ampla mas gratuitamente, mantendo o nome do autor e pondo link para esta página de http://solascriptura-tt.org)
Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por fieis): BKJ-1611 ou LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, com notas para estudo) na bvloja.com.br. Ou ACF, da SBTB.