INTRODUÇÃO
Um conflito ruge nesta era, o qual tem sido chamado “a batalha pela Bíblia”.
Esta batalha (mais parecida com uma guerra) está sendo travada em vários
níveis. Alguns negam que a Bíblia seja, de fato, a Palavra de Deus. Outros
negam que a Bíblia seja a completa Palavra de Deus revelada. Enquanto alguns
eruditos batalham sobre [qual foi] a inspiração original e alguns debatem sobre
os textos gregos, outros estão lutando a batalha das traduções inglesas [da
Bíblia].
Enquanto ruge a batalha da confusão teológica da palavra e das vendetas
pessoais, muitos estão clamando por respostas. À medida em que examinamos o
campo de batalha, vários pontos devem ficar claros. O primeiro ponto é que esta
é uma batalha. Em cada nível, ela é travada sobre se você e eu temos ou podemos
ter a Palavra de Deus.
Se a Bíblia apenas contém a Palavra de Deus, mas ninguém sabe quais as partes
que são a Sua Palavra, e as que não são, o que adianta isso? E por que debater
sobre a perfeita inspiração, se Deus não preservou a Sua Palavra? E o que dizer
sobre todas aquelas traduções? Todo o problema se resume a isto: Você e eu
podemos possuir [segurar nas nossas mãos e ler com os nossos olhos] a pura
Palavra de Deus? E, se podemos, onde encontrá-la?
Outro ponto a ser examinado é que esta batalha pela Bíblia é muito importante.
Nada é mais importante do que saber se podemos ou não conseguir a verdade de
Deus. Se a Palavra de Deus não é a fonte da verdade absoluta, então o que o é?
Somos deixados carregando uma mala vazia. Contudo, os que afirmam fidelidade à
Bíblia não parecem fazer o bastante, para enfraquecer o seu poder. Eruditos
diluem o texto bíblico. Publicadores sempre aparecem com bíblias melhores do
que nunca, todos os meses. Pregadores corrigem livremente as palavras do Deus
vivo. E homens jovens se arrebanham em seminários (melhor seria chamá-los de
cemitérios), para serem ensinados sobre as falhas na Palavra de Deus.
Ninguém precisa levantar a voz para defender que tem uma pintura que seja obra
de Rembrandt. Eles têm ou não têm uma pintura de Rembrandt. Até mesmo uma
cuidadosa imitação é sem valor, comparada à obra original. Do mesmo modo, nós
temos ou não temos a Palavra de Deus. Visto que a Palavra de Deus, por causa do
Seu próprio caráter, deve ser absolutamente pura, então uma palavra
contendo impurezas não pode ser a Palavra de Deus.
A Palavra de Deus é incorruptível. (1 Pedro. 1:23). “Toda a Palavra de Deus
é pura; escudo é para os que confiam nele.” (Provérbios 30:5). Outras
formas de material impresso (sermões, folhetos, “bíblias” corrompidas, etc.)
podem conter porções da Palavra de Deus, mas não podem ser chamadas a Palavra
de Deus.
Sim, esta é uma batalha de todos. E esta batalha é importante. Mas, um terceiro
ponto precisa ser mostrado. Esta batalha não é nova. A partir do Jardim do
Éden, quando Satanás negou a Palavra de Deus e Eva mudou-a, a correção da
Bíblia tem sido um dos hobbies favoritos do homem.
Tomem, por exemplo, o texto do Novo Testamento. Sua alteração não tem sido
apenas a obra recente de homenzinhos com óculos grossos, voejando sobre
manuscritos antigos. Não, as maiores corrupções do Novo Testamento aconteceram
durante os primeiros dois ou três séculos depois que ele foi escrito. No final
deste período, a vasta maioria das leituras discordantes já havia sido escrita
e os diferentes textos gregos de hoje já podiam ter sido compostos. Estes
séculos, durante o qual as linhas de batalha foram traçadas, estabelecem a
moldura de “O Conto de Três Cidades”.
Um conto
de três cidades é um conto de intrigas e engodo - o qual precipita as
forças de Deus e de Satanás numa batalha sobre a integridade da Bíblia. Esta
guerra sobre a Palavra, a qual começou no belo jardim do Éden, continua rugindo
hoje, com fúria maior. As igrejas de Deus, os homens de Deus e o povo de Deus
não podem se contentar em permanecer neutros, quando o assunto é tão grave.
Contudo, muitos continuam determinados a viver suas vidas espirituais como
desertores. [N.T. -
O pior é que a maioria dos desertores são os que pregam a Bíblia nos púlpitos
cristãos].
Antes
de revelar o início desta estória, alguns princípios devem ser compreendidos. O
primeiro princípio é que Deus prometeu, sem exceção, preservar não apenas a
Palavra [no sentido global] que Ele deu ao homem, mas também as palavras [no
sentido individual, toda e cada uma delas]. Esta promessa é confirmada sempre
que Deus nos ordena a ler, memorizar, meditar, aprender e obedecer, as palavras
que Ele nos deu. Em parte nenhuma da Bíblia Deus sugere a possibilidade de não
termos [alguma de todas as] Suas palavras. A promessa da preservação é
declarada, conforme o Salmo 12:6, 7: "As palavras do SENHOR são
palavras puras, como prata refinada em fornalha de barro, purificada sete
vezes. Tu as guardarás, SENHOR; desta geração as livrarás para
sempre” [tradução da King James Bible]. Esta passagem exige
responsabilidade dos cristãos do tempo de hoje. De acordo com Deus, Suas palavras
são preservadas [perfeitamente] puras. Se elas são preservadas, então é melhor
que as encontremos e nelas creiamos sem "corrigi-las".
O segundo princípio a ser compreendido é que muitos “corromperão a Palavra de
Deus”, conforme declarado por Paulo, na 2 Coríntios 2:17. Paulo também advertiu
contra "falsificar a Palavra de Deus” (2 Coríntios 4:2). Esta
maligna prática da corrupção nos garante o fato de que muitas cópias
corrompidas da Palavra de Deus têm sido e continuarão sendo feitas. O homem que
afirma que todas as bíblias são as palavra de Deus não conhece o princípio da
corrupção escritural ou então o nega. Corromper as palavras de Deus não é uma
exceção ou apenas um acidente, é uma indústria.
Estes dois princípios [da preservação e da corrupção] tomados em conjunto
demonstram outra verdade importante. Visto como Deus em Seu poder está
preservando a Palavra e visto como o diabo e suas forças estão corrompendo-a, a
Bíblia não pode ser considerada como qualquer outro livro antigo. A crítica
textual suficiente para a Ilíada de Homero não funcionará com a Palavra de
Deus! E conquanto os erros em Homero não importem realmente, erros na Palavra
de Deus podem enviar uma geração inteira para o inferno. A não ser que o poder
preservador de Deus e a influência corruptora de Satanás sejam considerados, a
evidência manuscrita não é mais honesta do que os políticos dos últimos anos.
Bíblias modernas existem numa miríade de formas, porque mudanças intencionais
foram feitas nas cópias [manuscritas] da Palavra de Deus, pelos que não
acreditam no seu ensino. Sem dúvida, os eruditos modernos afirmam que nenhuma
das leituras discordantes, na multidão de versões, afeta qualquer doutrina
principal. Esta afirmação demonstra uma baixa opinião do valor da Escritura.
Cada mudança feita na Palavra pura afeta a doutrina, porque “Toda a
Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir,
para corrigir, para instruir em justiça;” (2 Timóteo 3:16). Quando qualquer
passagem perde este proveito, então ela deixa de ser pura.
Com estes princípios estabelecidos e explicados, a estória pode ser agora
iniciada.Um Conto de Três Cidades começa no Império Romano, durante o
tempo de Cristo. As três cidades (Roma, Alexandria, e Antioquia) eram as três
maiores e mais influentes cidades no Império Romano. Contudo, para os cristãos,
sua influência referente à corrupção e preservação da Bíblia é de importância
muito maior.
Como capital do Império Romano e a maior cidade do império, Roma governava o
mundo antigo. Roma enfatizava a forma, o legalismo e a tradição, tendo se
tornado o centro das adições à Bíblia. Os apócrifos são um exemplo de
como Roma acrescentava à Escritura. Da Itália, Roma dominava a teologia e a
vida espiritual do sul da Europa e do norte da África.
Alexandria no Egito, a segunda maior cidade, era a capital mundial da ciência,
educação e erudição. Grandes mentes gravitavam e eram atraídas para Alexandria.
Esta cidade de nascimento de Filo e de Orígenes dominava a teologia das cidades
ao redor do Egito e da Palestina. Tal como é a prática da erudição moderna,
Alexandria fez subtrações na Palavra de Deus. O texto alexandrino ainda
é a base das modernas corrupções da Bíblia [N.T. - Com a falsa alegação de
usarem melhores e mais antigos textos].
A terceira e maior cidade do império era Antioquia da Síria. Localizada ao
leste, Antioquia dominava as regiões da Síria e Ásia Menor, as terras da
primitiva obra apostólica. Antioquia era conhecida pelo seu luxo e sabor
cosmopolitanos, mas também por uma interpretação literal da Escritura. Embora
minimizado pela erudição de hoje, o texto sírio foi a base da Versão King James
de 1611.
Estas três cidades ficavam localizadas em três países importantes, em três
continentes diferentes. Elas representavam as três raças principais. Por que
elas são tão importantes? Porque estas três cidades se tornaram tão influentes
na história da transmissão do texto bíblico? Estas perguntas e mais devem ser
respondidas no texto que se segue. Mas, nunca esqueçam que Deus prometeu
preservar a Sua Palavra. Nossa maior preocupação deveria ser nunca julgar ou
criticar a Palavra, mas encontrá-la, lê-la, estudá-la, memorizá-la, obedecê-la,
pregá-la e, se for necessário, morrer por ela.
Localizada no Mar Mediterrâneo, no pais do Egito, no continente da África,
Alexandria é uma cidade ativa, ainda hoje. Este grande porto marítimo fica numa
área conhecida como a “Terra de Cão” (Salmo 105:23). Alexandre o Grande fundou
a cidade em 332 a.C., durante a sua conquista do mundo. Ela se desenvolveu
rapidamente, tornando-se a maior metrópole do mundo antigo, alcançando uma
população estimada em um milhão, no primeiro século d.C., sendo superada apenas
por Roma.
Sob o governo dos Ptolomeus egípcios, Alexandria tornou-se o centro literário e
científico do mundo. Sua universidade moldava muito do pensamento filosófico do
tempo. A famosa biblioteca de Alexandria continha meio milhão ou mais de livros
e pergaminhos. Vigorosamente buscados eram os estudos de Matemática,
Astronomia, Poesia e Medicina. Alexandria era uma cidade grega quanto à sua
fundação e seu pensamento; mas, por causa da mente aberta da cidade, ela se
tornou conhecida pela sua coleção [salada misturada] cosmopolitana de religiões
e filosofias, no mundo então conhecido. Foi neste ambiente que o teólogo judeu
Filo primeiro combinou o Judaísmo com o Platonismo, a fim de estabelecer uma
enfoque alegórico [de interpretação] do Antigo Testamento.
Na
prática, Filo (nascido em 20 a.C.) foi mais um filósofo grego do que um teólogo
judeu; por isso, a sua maior influência não aconteceu no reino judaico. Ele
determinou-se usar o Antigo Testamento a fim de apoiar a sua filosofia grega.
Por isso, ele estabeleceu um sistema de interpretação alegórica
(espiritualização da Escritura), a fim de transformar a Escritura em qualquer
coisa que lhe aprouvesse. Ele ensinava que a significação mais oculta e mais
profunda de uma passagem da Escritura era muito superior à significação clara e
literal da passagem. Sua interpretação alegórica tornou-se uma riqueza de
ideias para a escola alexandrina de ensino do pensamento cristão, no segundo e
terceiro séculos. Tal escola teológica foi estabelecida em Alexandria, no
século 2 d.C., por um homem chamado Pantenus, tendo sido continuada por
Clemente de Alexandria. A escola enaltecia a filosofia grega e enfatizava a
interpretação alegórica da Escritura. A escola tornou-se conhecida pela sua
erudição e filosofia e, mais tarde, ela seria iria alcançar uma grande
proeminência através de um homem chamado Orígenes (o qual viveu em 185-254
d.C).
Na
maioria dos livros sobre a história da igreja, Orígenes é louvado como um dos
maiores eruditos bíblicos do seu tempo. Nesses livros, o gênio mental e fervor
religioso de Orígenes não são questionados, mas apenas o seu conhecimento da
verdade bíblica e a sua relação espiritual com Deus. Orígenes possuía apenas
uma capa e nenhum par de calçados; ele era despojado, nunca bebia vinho e
devotava a maior parte do seu tempo ao estudo, à oração e dormia no puro chão.
Isto certamente demonstra fervor e devoção religiosos. Por outro lado, em razão
da sua doutrina, Orígenes certamente não merece a reputação de grande erudito
da Bíblia. Ele ensinava que o Pai é a causa original do Filho e que o Espírito
Santo era subordinado e criado pelo Filho. Ele cria na necessidade do batismo
para a remissão de pecados e aprovava o batismo infantil. Ele ensinava que,
mesmo os [homens] condenados e os demônios seriam levados à sujeição voluntária
a Cristo, após terem sido suficientemente castigados. [N.T. E que as estrelas podiam
se converter ao Evangelho]. Orígenes desenvolveu um método formal de interpretação
das escrituras do Novo Testamento, aplicando a interpretação alegórica de Filo.
Desse modo, ele pôde apoiar todas as doutrinas supracitadas e muito mais.
Os teólogos e eruditos que rejeitam o método de interpretação alegórica de
Orígenes e suas conclusões doutrinárias, em geral afirmam que o seu mérito está
na sua obra de crítica textual. Ele é famoso pela sua obra em produzir um
correto texto grego da Bíblia. Contudo, é possível que as falsas doutrinas de
Orígenes afetem a sua crítica da Bíblia? Dois exemplos deveriam bastar.
Enquanto editava o texto do Novo Testamento, Orígenes removeu a palavra
”carpinteiro” em Marcos 6:3, [simplesmente] porque ELE [Orígenes] achou que ela
ali não devia ficar. Ele removeu também o mandamento “Amarás ao teu próximo
como a ti mesmo” de Mateus 19:16-22, [simplesmente] porque, ELE [Orígenes]
não podia explicar sua presença ali, e ELE [Orígenes] decidiu que, desse modo,
ela deveria ter sido acrescentada. Quantas vezes Orígenes aplicou este método
de correção da Bíblia só o próprio Deus sabe.
O texto grego formado em Alexandria durante o tempo de Orígenes tornou-se
conhecido como Texto Alexandrino. Este texto é principalmente representado por
dois manuscritos gregos: o Sinaiticus (encontrado por Tischendorf, em 1844 em
um mosteiro ortodoxo grego, ao sopé do Monte Sinai) e o Vaticanus (descoberto
na Biblioteca do Vaticano, em 1481). Estes manuscritos são a base da maioria
das subtrações feitas nas bíblias inglesas, desde 1611. Uma vez que Orígenes
apoiou as leituras discordantes que compuseram o texto alexandrino, os eruditos
o consideram como uma das testemunhas mais importantes ao texto corrompido, o
qual é usado nas modernas traduções da Bíblia. Depois da morte de Orígenes,
Alexandria continuou a ter grande influência sobre o texto do Novo Testamento.
Até mesmo hoje, o texto alexandrino é aceito pela maioria dos eruditos como
sendo o mais próximo dos originais.
Alexandria é muito raramente mencionada na Bíblia, mas estas referências dizem
ao estudante da Bíblia muito sobre a direção que a cidade iria tomar. Seu
comércio e negócios de navegação são evidentes no fato de que os navios que
levaram Paulo, de Cesaréia a Roma para o julgamento, eram navios de Alexandria (Atos
27:6; 28:11). A oposição de Alexandria à sã doutrina é demonstrada pelos judeus
alexandrinos, que se encontravam no templo disputando com Estêvão (Atos 6:9).
Porém, a passagem mais reveladora sobre Alexandria é encontrada em Atos 18:24
onde, "E chegou a Éfeso um certo judeu chamado Apolo, natural de
Alexandria, homem eloquente e poderoso nas Escrituras." Temos aqui um
homem que era eloquente no discurso e muito versado nas Escrituras, mas “conhecendo
somente o batismo de João” (v.25). Por esta razão, Áquila e Priscilla,
convertidos do apóstolo Paulo, "o levaram consigo e lhe declararam mais
precisamente o caminho de Deus." (v.26). O elevado grau de treinamento
e conhecimento superior de Apolo confirma a ênfase sobre a erudição em sua
cidade natal. Contudo, as falhas no conhecimento e nos erros na doutrina
bíblica também mostram os problemas característicos de Alexandria. Estes
problemas iriam continuar em Alexandria, durante o período histórico da igreja
primitiva. As cópias antigas dos manuscritos do Novo Testamento que foram
influenciadas pelos eruditos alexandrinos são caracterizadas pela sua omissão
de importantes frases e versos doutrinários.
Estas omissões não são erros [não propositais, aleatórios] – os eruditos sempre
subtraem à Palavra de Deus. Como exemplo de suas subtrações, examinemos
a passagem de Marcos 16:9-20. Esta passagem [12 versículos completos] está
faltando tanto nos manuscritos do Sinaíticus como nos do Vaticanus. Portanto,
em versões mais recentes, ela é omitida, ou uma nota marginal questiona o seu
lugar no texto divino. Contudo, estes versos são encontrados em [todos] os
[1800] manuscritos gregos [do Evangelho de Marcos], exceto nos dois
supracitados e são encontrados em todos os manuscritos latinos, com exceção de
um. Os manuscritos Vaticanus e Sinaiticus foram escritos entre 325-350 d.C.
Mas, aproximadamente 150 anos antes de Marcos 16:9-20 ter sido deletada, a
passagem foi citada como escritura por vários escritores: Justino Mártir (c.
150), Taciano (c. 175), Irineu (c. 180) and Hipólito (c. 200). Desse modo, a
evidência da maioria das testemunhas e da maior antiguidade, ambas apoiam
extraordinariamente a passagem. Por que, então, os eruditos ainda preferem
omitir os versos? Evidentemente, porque ainda desejam seguir a erudição alexandrina.
Alexandria tornou-se o centro mundial da educação e erudição. Aqui, tanto o Judaísmo como o Cristianismo tentaram misturar o seu pensamento com o platonismo grego. Depressa, a sabedoria humana sobrepujou as palavras da Bíblia e os eruditos apoiaram-se em interpretações alegóricas para derivar da Bíblia aquilo que eles de antemão estabeleceram com sendo a verdade. Contudo, isso não foi suficiente. A ciência da crítica textual precisava ser desenvolvida, a fim de remover frases das Escrituras que eram ofensivas à sua própria doutrina. A partir daí, Alexandria tornou-se o lugar conhecido pela sua subtração da Palavra de Deus.
Roma está localizada no país da Itália, no continente europeu. A data da fundação da cidade de Roma é desconhecida. No mundo antigo e no mundo cristão, a maior influência de Roma era nas áreas de forma e organização. Esta influência foi crescendo, oito séculos antes do tempo de Cristo. Roma obteve o controle da península italiana em cerca de 275 a.C. Em 133 a.C, Roma governava um império mundial, estendendo-se da Síria até a Espanha. No tempo de Cristo, Roma era a maior cidade do mundo (população: 1,2 milhões) e era a capital do Império Romano. Evidentemente, ela se tornou o centro da Igreja Católica Romana e, desde 1871, tem sido a capital do país da Itália.
A
cidade de Roma é mencionada nove vezes na Bíblia pelo nome. Destas nove referências
devemos dar especial atenção à 2 Timóteo 1:16-17. O Apóstolo Paulo escreveu a 2
Timóteo, enquanto estava na prisão romana, e, nesta epístola, ele enaltece um
homem chamado Onesíforo, porque ele o ajudou: “O SENHOR conceda misericórdia
à casa de Onesíforo, porque muitas vezes me recreou, e não se envergonhou das
minhas cadeias.”
Roma era,
portanto, conhecida como um lugar que perseguia os cristãos. Quando Constantino
declarou o Cristianismo como a religião estatal, a perseguição [aos
V-E-R-D-A-D-E-I-R-O-S crentes] não cessou. Os que se punham de pé [para
defender, lutar] por suas crenças ainda sofriam nas mãos da igreja-estado que
estava se desenvolvendo.
Também precisamos dar atenção a uma referência indireta à cidade de Roma, no
livro profético do Apocalipse. O capítulo 17 do Apocalipse fala sobre a mãe
das prostituições, a qual se embriagará com o sangue dos santos. Ela é,
claramente, a religião mundial, que enganará multidões, durante a Grande
Tribulação. Sobre a mulher, ela é descrita como sendo “a grande cidade que
reina sobre os reis da terra”. (Apocalipse 17:18). A identificação da
cidade é feita no verso 9, o qual declara os “sete montes, sobre os quais a
mulher está assentada”. Sempre e sempre, Roma é identificada pelos
historiadores antigos como a cidade das sete colinas ou sete montanhas.
Portanto, Roma será o centro da futura religião mundial.
O
desenvolvimento doutrinário de Roma pode ser facilmente compreendido pelo
estudo de três homens. Embora estes três homens não tenham nascido em Roma,
eles influenciaram grandemente a posição de supremacia da cidade, quando
traduziram a bíblia católica romana, estabelecendo o método alegórico de
interpretação.
O primeiro homem, Cipriano, (195-258 d.C.), muito fez no sentido de desenvolver
a supremacia romana. Durante os primeiros séculos depois de Cristo, as igrejas
de várias cidades grandes foram elevadas a altas posições de respeito e
autoridade. Roma foi apenas uma destas cidades importantes. Contudo, Cypriano ensinou
a doutrina da supremacia da Igreja de Roma sobre as outras igrejas. Ele também
afirmou que alguém fora da Igreja Católica estaria perdido, criando, assim, o
monopólio da salvação católica romana. Os ensinos de Cipriano foram usados mais
tarde pelo Catolicismo Romano, a fim de estabelecer a sua tremenda força
política sobre a maioria dos [assim chamados] "cristãos", durante a
Idade Média.
O segundo homem, Jerônimo (340-420 d.C.), é importante por causa da sua
influência sobre a Bíblia. Ele viveu como um eremita, durante vários anos. (com
a ajuda de várias senhoras benfeitoras) e fundou um mosteiro em Belém. Ele
promoveu grandemente a autonegação, o celibato do clero e a adoração a Maria.
Em cerca de 382 d.C., o papa Damásio o comissionou a traduzir, novamente, o
Novo Testamento para o Latim [desde o ano 157 d.C. ou pouco antes, já havia uma
tradução para o Latim, feita pelos perseguidos Waldenses, mas sua pureza
desagradava Roma]. Jerônimo usou a obra de Orígenes para ajudar na sua
tradução, a qual foi aceita, mais tarde, como a Bíblia Católica Romana oficial.
Cópias da já existente Antiga Vulgata Latina, a qual concordava mais
aproximadamente com o verdadeiro texto, foram descartadas e, oportunamente
destruídas. A Vulgata Latina de Jerônimo triunfou, para prejuízo das puras
cópias da Palavra.
O terceiro homem, Agostinho (354-430 d.C.), foi o bispo de Hipona, no Norte da
África, durante muitos anos. Embora não haja espaço para discutir sua doutrina,
o seu método de interpretação precisa ser considerado. Ele estabeleceu o que
veio a ser conhecido como o tipo ocidental de interpretação, o qual ensina que
a Escritura deve conformar-se à interpretação da igreja. Assim, ele deu margem
à exigência de Roma de que a interpretação da Bíblia deve adaptar-se à tradição
da igreja. De alguns modos, Roma poderia ser comparada aos fariseus sobre quem
Cristo disse: "Este povo se aproxima de mim com a sua boca e me honra
com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim. Mas, em vão me adoram,
ensinando doutrinas que são preceitos dos homens." (Mateus 15:8-9).
Algumas das ideias não escriturais da ICAR (tais como o monasticismo e o
batismo de infantes) podem ter sido desenvolvidas em Alexandria, mas foram
estabelecidas por Roma como perenes tradições.
Conclusão [sobre Roma]
Antioquia
|
Só use as duas Bíblias traduzidas
rigorosamente por equivalência formal a partir do Textus Receptus (que é a
exata impressão das palavras perfeitamente inspiradas e preservadas por Deus),
dignas herdeiras das KJB-1611, Almeida-1681, etc.: a ACF-2011 (Almeida
Corrigida Fiel) e a LTT (Literal do Texto Tradicional), que v. pode ler e obter
em http://BibliaLTT.org, com ou sem notas.
(Copie e distribua ampla mas gratuitamente, mantendo o nome do autor e pondo
link para esta página de http://solascriptura-tt.org)
(retorne a http://solascriptura-tt.org/ Bibliologia-PreservacaoTT/
retorne a http:// solascriptura-tt.org/
)
Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por fieis): BKJ-1611 ou LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, com notas para estudo) na bvloja.com.br. Ou ACF, da SBTB.