(não na “sexta-feira
santa”, dos católicos)
HMS, abr.2001
(todas as citações da Bíblia são da ACF -- Almeida Corrigida Fiel, da Sociedade
Bíblica Trinitariana do Brasil)
(Pergunta incômoda que até um menino de 6
ou 7 anos, da escola elementar, pode fazer a sr. padre e sr. pastor: "Ué,
se Jesus passou 3 dias e também 3 noites no seio da terra, como ele prometeu,
então como pode Ele ter morrido na sexta-feira?! Entre a tardinha da
sexta-feira e o amanhecer do domingo, só há 2 noites (a da sexta-feira para o
sábado, e a do sábado para o domingo) e nem mais um pedacinho, nenhum minuto de
nenhuma terceira noite nenhuma!")
Preliminar:
Os judeus tinham três sequências
cronológicas que deviam conciliar: a sequência dos dias da semana não dava
problemas, era só se contar 1,2,3,4,5,6,7 desde a criação de Adão, não há, nem
nunca houve, a menor dúvida de que que dia era; havia um calendário solar de
365 dias (com periódicas correções), para que, numa determinada data de cada
ano, as posições do sol e das estrelas (e as 4 estações) fossem as mesmas; e
havia também um calendário lunar de 12 ou 13 meses (a escolha entre 12 e 13
sendo feita para este calendário ficar mais aproximado do calendário solar). O
ano lunar tinha que começar com a "primeira noite começando o primeiro dia
do primeiro mês" caindo numa perfeita lua nova. Sem os modernos
instrumentos de super precisão para determinação do exato minuto da luz nova, e
com diferentes critérios para arredondar (quer para o dia seguinte ou para o
dia anterior) um caso em dúvidas, em alguns anos havia diferenças entre o
calendário (lunar) oficial predominante sobre Israel (o calendário dos
Saduceus, que controlavam o Templo usando dinheiro e influência entre os
romanos e os ricos) e o calendário (lunar) dos Fariseus, e o calendário (lunar,
da seita radical) da radical seita dos Essênios.
Cristo comemorou a Páscoa (com seus apóstolos) 1 dia antes da enorme maioria
dos judeus, portanto Cristo (que é o Deus onisciente) estava certo e o
calendário oficial estava atrasado 1 dia.
O único ano em que o 14 de Nissan (o dia do sacrifício do cordeiro pascoal) do
calendário Essênio foi 1 dia antes do 14 de Nissan do calendário oficial do
Templo foi o ano 30 dC. Naquele ano, o calendário dos Essênios coincidiu de
estar certo, igual ao de Cristo onisciente. Leia:
"Somente no ano 30 dC, a noitinha da Páscoa [o sacrifício era feito na
noitinha que TERMINA 14 de Nissan e começa 15 de Nissan] dos Essênios caiu um
dia antes da noitinha da Páscoa [oficial, fixada pelos Saduceus para o Templo]
Judaica. Em todos os outros anos, a noitinha da Páscoa dos Essênios caiu em uma
semana diferente ou caiu depois (não antes) da Páscoa Judaica.
Consequentemente, 30 dC é o único ano em que Jesus [que é onisciente e sabia o
dia exato da Lua Nova e sabia o calendário correto] observou, com os Seus
discípulos, a Páscoa Essênia exatamente um dia antes que os judeus [que seguiam
o calendário do Templo, que então era ditado pelos Saduceus] e os Fariseus,
etc., observassem a Páscoa Judaica e, portanto, 30 dC é o único ano em que
Jesus podia observar a Páscoa no aposento superior [cenáculo] e, depois, Ele
mesmo seria o Cordeiro sacrificial de Páscoa de Deus no dia seguinte, na Páscoa
judaica. Nenhum outro ano satisfaz todos os critérios para harmonizar as contas
da Semana da Paixão do evangelho e, portanto, 30 dC está sozinho como o único
"adequado" para o ano da crucificação." http://theos-sphragis.info/essene_passover_dates.html.
Os essênios rejeitavam tão fortemente o corrompido sistema do Templo que sequer
entravam nele, e, como não podiam sacrificar lá, no ultra corrompido Templo,
criaram uma comida (um tipo de grande e achatado pão ázimo) substituta do
cordeiro, na Páscoa, chamada de Afikoman (palavra grega para "Aquele que
está por vir"), a ser comida ao final da refeição pascoal.
A “Regra De Ouro” da interpretação é:
“Quando a interpretação direta-imediata e literal das Escrituras faz sentido, não procure nenhuma outra interpretação. Portanto, interprete cada palavra no seu sentido literal, usual, costumeiro e mais comumente usado, a não ser que os fatos do contexto imediato indiquem claramente o contrário, quando estudados à luz de passagens correlatas e de verdades fundamentais e axiomáticas.” (Dr. David L. Cooper)
(Interpretação segundo esta regra é chamada de Interpretação
Literal-Gramatical, e: é a única interpretação que honra e é consistente com a
soma de tudo que Deus diz sobre a Sua própria Palavra Escrita; é a única
interpretação aceitável pelos verdadeiros crentes; é a única interpretação
usada antes de Orígenes ter contaminado a cristandade com a mortal peçonha do
alegorismo).
À luz desta regra de ouro da interpretação, examinemos Mat 12:40:
Mat 12:40 “... Estará o Filho do Homem três dias e três noites no seio da terra.”
Ora, este verso clara e irresistivelmente demole a teoria de que Cristo morreu
numa sexta-feira. Se tivesse sido assim, Ele teria ficado no seio da terra
somente 2 noites (da sexta para o sétimo dia e do sétimo dia para o domingo)!
Nem sequer 1 segundo de uma terceira noite! Portanto, Cristo teria errado ou
mentido ao proferir a profecia acima, e não poderia ser Deus, uma vez que é
impossível que Deus minta ou erre!
Ah, você pergunta: “Mas isto não se choca com Marcos 15:42, com Lucas 23:54,56,
e com João 19:31???
E,
chegada a tarde, porquanto era o dia da preparação, isto é, a véspera
do sábado, (Marcos 15:42)
(a véspera do sábado é a sexta-feira)
E era o dia da preparação, e amanhecia
o sábado. (Lucas 23:54)
(a véspera do sábado é a sexta-feira)
E, voltando elas, prepararam especiarias e
ungüentos; e no sábado repousaram, conforme o mandamento. (Lucas 23:56)
Os judeus, pois, para que no sábado não
ficassem os corpos na cruz, visto como era a preparação (pois era
grande o dia de sábado), rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as
pernas, e fossem tirados. (João 19:31)
(a véspera do sábado é a sexta-feira)
que ensinam que o dia subseqüente ao da crucificação foi um sétimo dia??? Se o
dia seguinte foi um sétimo dia, então não tem o dia da crucificação de ter sido
uma sexta-feira???...”
Não e não, porque:
A palavra “sábado”, usada em Marcos 15:42, Lucas 23:54,56 e João 19:31, somente
tinha um sentido literal-gramatical OBRIGATÓRIO, que é o de “cessação,
repouso dos trabalhos”. Portanto, a palavra “sábado” podia ser e era
usualmente aplicada em dois sentidos:
tanto (1) ao sétimo dia da semana (vide Exo 20:8-11)
quanto (2) a um outro dia qualquer, desde que Deus também tivesse ordenado que
fosse de cessação dos trabalhos (no caso em pauta, que é o dia da preparação ou
primeiro dia da Festa dos Asmos, Deus determinara cessação dos trabalhos nele,
vide Num 28:17-18).
A propósito, Luc 23:56 (“E, voltando elas, prepararam
especiarias e ungüentos; e no sábado repousaram, conforme o mandamento.”)
mostra-nos que as mulheres prepararam as especiarias ANTES de um sabath, ao
passo que Mar 16:1 (“E, passado o sábado, Maria
Madalena, e Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem ungi-lo.”)
mostra-nos que as mulheres compraram tais especiarias DEPOIS de um sábado, e estes
dois fatos só podem ser reconciliados através do fato de aquela semana ter tido
dois sabaths.
Ora, uma vez que Mat 12:40 só tem um sentido literal-gramatical possível
(três dias literais mais 3 noites literais),
FICA DEFINITIVAMENTE DEMOLIDA A TEORIA DA CRUCIFICAÇÃO NA SEXTA-FEIRA.
Portanto, sob a luz de Mat 12:40, já podemos concluir, com toda segurança, que
a crucificação só pode ter sido numa quarta-feira ou numa quinta-feira.
Analisemos mais estas duas únicas outras possibilidades:
a) Crucificação na quinta-feira (se o dia de repouso, correspondente ao
1o dia dos Asmos, caiu numa sexta-feira):
Alexander Vasconcelos me escreveu, depois que eu escrevi este artigo:
Hélio,
Olha que coisa interessante:
A contagem horária do dia judaico (na verdade bíblico) começa pelo pôr do sol (
"houve tarde e manhã", Gn 1 e 2), o que por sinal é muito mais lógico
do que nossa contagem!!!
Contudo, o "Sinal de Jonas" versa três DIAS e três noites, nessa
ordem!!!
Logo, a contagem do tempo de 72h deve iniciar na parte chamada DIA. Exatamente
como nos foi descrito pelo informado Lucas em 23:53, 54.
Para que conheçamos a certeza de que nosso Cristo morreu numa QUARTA-feira.
Descartando qualquer possibilidade de ter sido numa quinta-feira!!!
Mas antes eu já havia escrito:
Se a crucificação tivesse sido numa quinta-feira, as três noites no seio da
terra teriam sido:
1 - a da
quinta-feira para a sexta-feira,
2 - a da sexta-feira para o sétimo dia, e
3 - a do sétimo dia para o domingo,
e os três dias (períodos de luz do sol) não seriam completos, mas seriam aproximadamente assim:
1 - finzinho da
tarde da sexta-feira (o embalsamamento do corpo do Senhor e o lacramento da 2
pedra (porta do túmulo) teriam que ter sido feitos antes do anoitecer, mas isso
contraria o tipo que era o sacrifício do cordeiro feito entre o esconder do
disco solar e o aparecimento da 1ª estrela);
2 - todo o dia (período de luz de sol) do sétimo dia; e
3 - comecinho do dia (período de luz do sol) do domingo.
Isto acarreta dois problemas
incontornáveis. O primeiro problema é que Cristo teria ficado sob o seio da
terra desde algo depois das 3 h da tarde da quinta feira, até pouco depois do
raiar do sol do domingo, no máximo 62 a 64 horas. O segundo problema, de
gravidade irresistível, é que João 20:1 diz que Cristo já ressuscitara quando
ainda era escuro! Assim, não houve sequer o “3 - comecinho do dia (período de
luz do sol) do domingo”!
FICA DEFINITIVAMENTE DEMOLIDA A TEORIA DA CRUCIFICAÇÃO NA QUINTA-FEIRA.
b) Crucificação na
quarta-feira (se o dia de repouso, correspondente ao 1o dia dos
Asmos, caiu numa quinta-feira):
Analise a cronologia a seguir, e veja como ela se enquadra natural e
perfeitamente com toda a Bíblia:
- Cristo morreu na quarta-feira;
- A tumba, após o longo embalsamamento do corpo de Cristo, foi fechada e
lacrada, provavelmente próximo ao raiar o sol da quinta-feira (é exatamente no
instante do fechamento da tumba que começaram os 3 dias e 3 noites profetizados
em Mat 12:40). Explicação: estar no seio da terra pode significar estar
totalmente envolto por ela, profundamente sob ela, fechado por ela, a porta
fechada; assim, os 3 períodos de 24 horas somente são contados entre o
fechamento da porta e a saída de Jesus ressuscitado); e
- Cristo ressuscitou 72 horas depois do lacramento da porta, provavelmente
próximo ao raiar o sol do domingo; logo após, retirou-se atravessando a pedra
do monte ou da porta; só depois a pedra-porta do túmulo foi removida (não para
dar passagem ao corpo glorificado de Cristo, que podia atravessar matéria, mas
sim para os soldados verem o milagre; e para as mulheres, Pedro e João verem o
túmulo vazio e até entrarem nele, para testificarem).
Para maior clareza, repitamo-nos:
As 3 noites, totalizando 36 horas, podem ter sido:
- a da quinta-feira para a sexta-feira (18 às 6:00 horas =
12 horas);
- a da sexta-feira para o sétimo dia (18 às 6:00 horas = 12 horas); e
- a do sétimo dia para o domingo (18 às 6:00 horas = 12 horas).
E os 3 dias (períodos de sol), totalizando 36 horas, podem ter sido:
- o da quinta-feira (6 às 18:00 horas = 12 horas);
- o da sexta-feira (6 às 18:00 horas = 12 horas); e
- o do sétimo dia (6 às 18:00 horas = 12 horas).
Tudo isto casa com o fato de que, segundo complexos relacionamentos das mudanças
de calendário e cuidadosos cálculos astronômicos (a páscoa dependia do ciclo
lunar) os mais cuidadosos estudiosos determinaram que o dia 15 do mês de Nissan
do ano 32 (começo da festa dos Asmos) foi uma quinta-feira, mas foi também um
sábado (dia santificado para cessação de trabalhos e repouso, por ser o 1o. dia
da festa dos pães asmos), de modo que o dia da quarta-feira, sua véspera, podia
ser legitimamente chamado de “véspera do sábado”.
(Note que, naquele ano, os saduceus determinaram e a grande maioria do povo
seguiu um calendário atrasado em 1 dia, por causa de pequena imprecisão na
determinação da exata hora da fase padrão da lua do mês padrão, e por uso de
diferentes critérios de arredondamento. Esta discrepância ocorria de vez em
quando. Cristo, como Deus onisciente e infalível, seguiu o calendário correto,
por isso celebrou a Páscoa 1 dia antes da maioria dos judeus.)
FICA DEFINITIVAMENTE PROVADO QUE A CRUCIFICAÇÃO DE CRISTO FOI NUMA
QUARTA-FEIRA.
(não às 3 horas da tarde, como usualmente cantado)
HMS, abr.2001
He 10:1 (e 8:5) nos ensina que tudo do VT é [exata] sombra do real que aconteceria no NT:
Porque tendo a lei a sombra dos bens futuros, e não a imagem exata das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam. (Hebreus 10:1)
Ora, a sombra tem que corresponder exatamente ao corpo real.
Por isto, para aprendermos mais detalhes sobre a crucificação de Cristo, temos
que examinar não só as passagens do NT como também uma passagem nem sempre
suficientemente valorizada para tal estudo: a instituição da páscoa para os
judeus, em Exo 12.
1 ¶ E falou o SENHOR a Moisés e a Arão na terra do Egito, dizendo: 2 Este mesmo mês vos será o princípio dos meses; este vos será o primeiro dos meses do ano. 3 Falai a toda a congregação de Israel, dizendo: Aos dez deste mês tome cada um para si um cordeiro, segundo as casas dos pais, um cordeiro para cada família. 4 Mas se a família for pequena para um cordeiro, então tome um só com seu vizinho perto de sua casa, conforme o número das almas; cada um conforme ao seu comer, fareis a conta conforme ao cordeiro. 5 O cordeiro, ou cabrito, será sem mácula, um macho de um ano, o qual tomareis das ovelhas ou das cabras. 6 E o guardareis até ao décimo quarto dia deste mês, e todo o ajuntamento da congregação de Israel o sacrificará à tarde. 7 E tomarão do sangue, e pô-lo-ão em ambas as ombreiras, e na verga da porta, nas casas em que o comerem. 8 E naquela noite comerão a carne assada no fogo, com pães ázimos; com ervas amargosas a comerão. 9 Não comereis dele cru, nem cozido em água, senão assado no fogo, a sua cabeça com os seus pés e com a sua fressura. 10 E nada dele deixareis até amanhã; mas o que dele ficar até amanhã, queimareis no fogo. 11 Assim pois o comereis: Os vossos lombos cingidos, os vossos sapatos nos pés, e o vosso cajado na mão; e o comereis apressadamente; esta é a páscoa do SENHOR. 12 E eu passarei pela terra do Egito esta noite, e ferirei todo o primogênito na terra do Egito, desde os homens até aos animais; e em todos os deuses do Egito farei juízos. Eu sou o SENHOR. 13 E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando eu ferir a terra do Egito. 14 E este dia vos será por memória, e celebrá-lo-eis por festa ao SENHOR; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo. (Êxodo 12:1-14)
Sugerimos
fortemente que você mesmo examine cuidadosamente e note as exatas
correspondências da sombra (VT) com a realidade (NT), indo muito além e mais
profundamente que as sugestões que fizemos em negrito: Cordeiro casa
perfeitamente com Cristo, segundo João 1:29 (“No dia seguinte João viu a
Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o
pecado do mundo.”); ache as correspondências para “macho”, “sem mácula”,
“14 de Nissan”, “sacrificar”, “ázimo”, “sangue”, a aplicação deste sangue, o
poder deste sangue, etc.
Agora, queremos chamar a atenção para um fato importante mas nem sempre
percebido. O verso 6 diz que o Cordeiro tinha que ser sacrificado (ser morto
por se derramar todo seu sangue), e isto “à tarde”. Os melhores
especialistas em hebraico esclarecem-nos que aqui, literalmente, é dito “entre
os dois anoitecer”. Isto é comprovado por alguns comentaristas e por
algumas Bíblias terem uma nota de rodapé defendendo tal sentido. Um exemplo em
português: a Almeida Revista e Corrigida em nossas mãos (Imprensa Bíblia
Brasileira, 6a impressão, 1996) diz, em rodapé: “Heb. Entre as
duas tardes”.
Você pergunta: “Entre os dois anoitecer”? Que significa isto??!!...”
Bem, alguns estudiosos abordaram o assunto e nos esclarecem que a expressão
significa o intervalo de tempo que vai entre o total desaparecer do sol no
horizonte (em um sentido, este é o primeiro anoitecer) e a percepção da
primeira estrela no céu (em outro sentido, este é o segundo anoitecer).
Portanto, a lança do soldado romano perfurou o lado de nosso Senhor Jesus
Cristo, traspassou seu coração (e fez jorrar todo o Seu sangue) em algum
instante entre o total desaparecer do sol no horizonte e o aprofundamento
gradativo do céu até que a primeira estrela se fez visível.
Uma vez que isto está seguramente determinado, vejamos como as passagens
paralelas se harmonizam:
Mateus 27:46-50
46 E perto da hora nona exclamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactáni; isto é, Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? 47 E alguns dos que ali estavam, ouvindo isto, diziam: Este chama por Elias, 48 E logo um deles, correndo, tomou uma esponja, e embebeu-a em vinagre, e, pondo-a numa cana, dava-lhe de beber. 49 Os outros, porém, diziam: Deixa, vejamos se Elias vem livrá-lo. 50 ¶ E Jesus, clamando outra vez com grande voz, rendeu {afhken 863 5656 V-AAI-3S} o espírito {pneuma 4151 N-ASN}. (Mateus 27:46-50)
Só é dito que foi perto da hora nona (3:00 h da tarde, para
os judeus) que Jesus exclamou em alta voz “Eli, Eli, ...”. Não é dito quanto
tempo se passou até o verso 50. Portanto, Cristo pode ter rendido o Espírito
(com grande brado) somente entre os dois entardecer. Ou pode ter rendido o
Espírito (com grande brado) um pouco antes, e Seu coração pode ter continuado a
bater e Seu sangue continuado líquido, para todo ele jorrar, quando, entre os
dois anoitecer, o soldado perfurou tão alto o corpo do nosso Senhor).
Marcos 15:34-37:
34 E, à hora nona, Jesus exclamou com grande voz, dizendo: Eloí, Eloí, lamá sabactáni? que, traduzido, é: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? 35 E alguns dos que ali estavam, ouvindo isto, diziam: Eis que chama por Elias. 36 E um deles correu a embeber uma esponja em vinagre e, pondo-a numa cana, deu-lho a beber, dizendo: Deixai, vejamos se virá Elias tirá-lo. 37 E Jesus, dando um grande brado, expirou {egkatelipev 1459 5627 V-2AAI-2S}. (Marcos 15:34-37)
Só é dito que foi na hora nona (3:00 h da tarde, para os
judeus) que Jesus exclamou em alta voz “Eloi, Eloi, ...”. Não é dito quanto
tempo se passou até o verso 36. Portanto, Cristo pode ter rendido o Espírito
(com grande brado) somente entre os dois entardecer. Ou pode ter rendido o
Espírito (com grande brado) um pouco antes, e Seu coração pode ter continuado a
bater e Seu sangue continuado líquido, para todo ele jorrar, quando, entre os
dois anoitecer, o soldado perfurou tão alto o corpo do nosso Senhor.
Lucas 23:44-46:
44 ¶ E era já quase a hora sexta, e houve trevas em toda a terra até à hora nona, escurecendo-se o sol; 45 E rasgou-se ao meio o véu do templo. 46 E, clamando Jesus com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isto, expirou {exepneusen 1606 5656 V-AAI-3S} (Lucas 23:44-46)
Só é claro que foi depois da hora nona (3:00 h da tarde,
para os judeus), que Jesus bradou com grande voz “Pai, nas tuas ...”. Não é
dito quanto tempo se passou até o verso 46. Portanto, Cristo pode ter expirado
(jogado o fôlego para fora e parado), após grande brado, somente entre os dois
entardecer. Ou pode ter expirado (com grande brado) um pouco antes, e Seu
coração pode ter continuado a bater e Seu sangue continuado líquido, para todo
ele jorrar, quando, entre os dois anoitecer, o soldado perfurou tão alto o
corpo do nosso Senhor.
João 19:30-34:
30 E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou {paredwken 3860 5656 V-AAI-3S} o espírito {pneuma 4151 N-ASN}. 31 ¶ Os judeus, pois, para que no sábado não ficassem os corpos na cruz, visto como era a preparação (pois era grande o dia de sábado), rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas, e fossem tirados. 32 Foram, pois, os soldados, e, na verdade, quebraram as pernas ao primeiro, e ao outro que como ele fora crucificado; 33 Mas, vindo a Jesus, e vendo-o já morto {teynhkota 2348 5761 V-RAP-ASM}, não lhe quebraram as pernas. 34 Contudo um dos soldados lhe furou o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água. (João 19:30-34)
Não se mencionam horas exatas.
(não
com um lençol, o manto de Turim, dos católicos)
HMS, abr.2001
José ousadamente pediu e obteve permissão para cuidar do corpo de Cristo, comprou um fino lençol (sindon), retirou o corpo de Cristo da cruz, o envolveu neste lençol [temporariamente, somente para transportá-lo!] e o levou até o caro túmulo, virgem, que, “estranhamente”, havia mandado laboriosa e demoradamente escavar na rocha próximo a um local horrível, o Calvário, em Jerusalém (a 40 km do local onde morava, Arimatéia!). Mt 27: 59; Mc 15:46; Lc 23:53
E José, tomando o corpo,
envolveu-o num fino e limpo lençol, (Mateus 27:59)
O qual [José] comprara um lençol fino, e, tirando-o da
cruz, o envolveu nele, e o depositou num sepulcro lavrado numa rocha; e revolveu
uma pedra para a porta do sepulcro. (Marcos 15:46)
E, havendo-o tirado, envolveu-o num lençol, e pô-lo num sepulcro
escavado numa penha, onde ninguém ainda havia sido posto. (Lucas 23:53)
(Provavelmente este lençol temporário foi comprado de alguém que havia tomado o lençol referido em Mc 14:51-52).
51 E um certo jovem o seguia, envolto em um lençol sobre o corpo nu. E lançaram-lhe a mão. 52 Mas ele, largando o lençol, fugiu nu. (Marcos 14:51-52)
Uma vez chegado ao túmulo novo, o corpo de Cristo foi despido, preparado, e, como no processo de mumificação praticado no Egito (e que os judeus muito ricos conheciam e praticavam), foi enrolado com longas TIRAS DE TECIDO (othonion) Lc 24:12; Jo 19:40; 20:6-7.
Tomaram, pois, o corpo de
Jesus e o envolveram em lençóis {oyonioiv = “tiras de pano”
3608 N-DPN} com as especiarias, como os judeus costumam fazer, na preparação
para o sepulcro. (João 19:40)
Pedro, porém, levantando-se, correu ao sepulcro e, abaixando-se, viu só os
lençóis {oyonia = “tiras de pano” 3608 N-APN} ali postos;
e retirou-se, admirando consigo aquele caso. (Lucas 24:12)
6 Chegou, pois, Simão Pedro, que o seguia, e entrou no sepulcro, e viu no
chão os lençóis {oyonia = “tiras de pano” 3608 N-APN},
7 E que o lenço {soudarion = “lenço-guardanapo” 4676 N-ASN},
que tinha estado sobre a sua cabeça, não estava com os lençóis {oyoniwn = =
“tiras de pano” 3608 N-GPN}, mas enrolado num lugar à parte.
(João 20:6-7)
A cabeça de Cristo foi coberta com lenço-guardanapo
(soudarion) (Jo 20:7, acima).
As “tiras de pano” e o “lenço-guardanapo” todos estavam profusamente embebidos
com especiarias (mirra e aloés) Jo 19:39:
E foi também Nicodemos (aquele que anteriormente se dirigira de noite a Jesus), levando quase cem arráteis de um composto de mirra e aloés. (João 19:39)
(cem arráteis são cerca de 45 kg. O peso da mirra e aloés
deve corresponder à metade do peso do corpo vivo. Portanto, o corpo de Cristo
deve pesar cerca de 90 kg. Sendo 100% Deus e 100% homem-perfeito, cremos que
era naturalmente alto, grande, e musculoso. Isto harmoniza-se com o ter sido
carpinteiro e incansável andarilho).
Quando Cristo ressuscitou, cremos que Seu corpo glorificado miraculosamente
atravessou o invólucro de tiras embalsamantes (como faria às paredes para falar
com os apóstolos), sem desfazer-desarrumar-descosturar-cortar-rasgar as tiras.
Note que João e Pedro crerem ao fitarem as tiras de pano! Havia algo de
milagroso no modo em que as tiras de pano estavam: cremos que o invólucro de
tiras de pano abundantemente embebidas de mirra e aloés estava “murcho” mas
ainda com a arrumação original impecável, como se o corpo tivesse “evaporado”,
provando que houvera ressurreição miraculosa, não homens roubando o corpo Jo
20:8
4 E os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais apressadamente do que Pedro, e chegou primeiro ao sepulcro. 5 E, abaixando-se, viu no chão os lençóis {oyonia 3608 {N-APN}; todavia não entrou. 6 Chegou, pois, Simão Pedro, que o seguia, e entrou no sepulcro, e viu no chão os lençóis {oyonia = “tiras de pano” 3608 N-APN}, 7 E que o lenço {soudarion = “lenço-guardanapo” 4676 N-ASN}, que tinha estado sobre a sua cabeça, não estava com os lençóis {oyoniwn = = “tiras de pano” 3608 N-GPN}, mas enrolado num lugar à parte. 8 Então entrou também o outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro, e viu, e creu. (João 20:4-8)
Parece também ter havido algo
de extremamente especial na maneira do lenço-guardanapo ter sido enrolado num
lugar à parte (Cristo não era preguiçoso, relaxado, desarrumado!): será que a
maneira de enrolar o lenço-guardanapo era típica somente de Cristo, era-lhe
exclusiva e inconfundível, e os dois discípulos reconheceram tudo isto como uma
assinatura de Cristo, dizendo-lhes “Ressuscitei, estou vivo, sou Eu!”
Ah, irmãos, Maranata! Ora vem, Senhor Jesus!
(retorne à página ÍNDICE de www.solascriptura-tt.org/Cristologia)
Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por fieis): BKJ-1611 ou LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, com notas para estudo) na bvloja.com.br. Ou ACF, da SBTB.