Davis W. Huckabee
Quem foi Jesus de Nazaré?
Ele foi mais do que um simples personagem histórico, o qual viveu há mais de 2.000
anos? Muitas pessoas iriam responder negativamente a esta última pergunta, e algumas
até argumentariam contra a possibilidade de alguém ser algo mais do que um mortal
destinado a subir ao palco da história humana, para viver durante algum tempo, depois
falecer e voltar à obscuridade. Mas a história tem forçado homens honestos a reconhecer
que Jesus de Nazaré foi o único homem a deixar uma indelével marca nos registros
históricos.
E isso é
de tal maneira real que nós, os do Século 21, somos obrigados e olhar para a Sua
vida e examinar a veracidade
dela, o que nos abrirá inconcebíveis possibilidades.
“No princípio era o Verbo,
e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”.
Este texto do Novo Testamento
nos lembra Gênesis 1:1 e conquanto Aquele que é chamado “O Verbo” não seja aqui
identificado, apenas alguns versos depois, no mesmo capítulo, Ele é identificado
como sendo Jesus Cristo. (Ver João 1:14-18).
O Evangelho segundo João
foi escrito muito depois dos evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas, quase no final
do Século I, conforme a maioria dos eruditos. Em razão desta data posterior e porque
o Cristianismo havia tido quase 70 anos para se desenvolver, a linguagem aqui é
muito mais exaltada em relação a Jesus de Nazaré do que nos escritos mais antigos.
Mas, pelo mesmo motivo, as heresias referentes a Jesus Cristo também haviam tido
tempo de se desenvolver, durante esses anos. E uma das heresias mais antigas que
infestou o Cristianismo foi a que se referia ao Senhor Jesus Cristo. Até mesmo enquanto
os apóstolos ainda estavam vivos, alguns homens começaram a negar a Divindade de
Jesus e alguns dos últimos livros do Novo Testamento foram escritos expressamente
para combater as falsas doutrinas daqueles hereges, os quais foram, mais tarde,
chamados “gnósticos”. Tanto o apóstolo João como o apóstolo Paulo, mesmo não os
tendo nomeado, fizeram-lhes óbvia menção e refutaram suas visões.
E não apenas isso, mas
a negação da Divindade de Cristo será uma das proeminentes heresias no final da
era dos gentios, quando o Filho de Deus regressar à Terra. Na 2 Tessalonicenses
2:4, lemos sobre o homem do pecado, o Anticristo, o qual: “se assentará, como Deus,
no templo de Deus, querendo parecer Deus”.
Ezequiel 21:25-27 fala da mesma usurpação, no tempo final: “E tu, ó profano e
ímpio príncipe de Israel, cujo dia virá no tempo da extrema iniquidade, assim diz
o Senhor Deus: Tira o diadema, e remove a coroa; esta não será a mesma; exalta ao
humilde, e humilha ao soberbo. Ao revés, ao revés, ao revés porei aquela coroa,
e ela não mais será, até que venha aquele a quem pertence de direito; a ele a darei”.
A partir desta passagem,
devemos observar que (1) Ela fala de um “profano e ímpio príncipe
de Israel”. Isto
se encaixa exatamente na figura do último Anticristo, o qual será um judeu apóstata,
que fará uma aliança de sete anos com os judeus, mas será um homem traiçoeiro, o qual, mais tarde, irá traí-los. (2) O cumprimento disto virá
“no tempo da extrema iniquidade” (verso 25) e isso marcará esse tempo, conforme
Daniel 9:24, como
sendo “para dar fim aos pecados,
e para expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia,
e para ungir o Santíssimo”. (3) Quando este “profano e ímpio príncipe” for deposto, não o será
apenas do trono que ele usurpou, aqui referido como “coroa”, mas também do seu elevado
ofício de sacerdote, aqui referido como “diadema”, o qual também terá sido usurpado.
A palavra traduzida para “diadema” é a mesma “mitznepheth” traduzida como “mitra”,
em todas as outras citações, referindo-se à peça colocada sobre a testa do Sumo
Sacerdote (Ver Êxodo 28:2-4; 37:39). (4) Mas Deus declara que
Cristo voltará para reverter tudo isso.
O Anticristo também deverá
perverter ou negar a Divindade de Jesus Cristo, a fim de poder exaltar-se à sua
posição. Mas, a negação da Divindade de Cristo não será algo novo ou temporário,
mas algo bastante comum no mundo, enquanto o Senhor Jesus não regressar à Terra,
a fim de neutralizar a rebelião contra o Seu soberano senhorio. Tanto os anjos como
os homens têm alimentado a ambição de ser “iguais a Deus”; por isso têm se voltado
contra a Sua Santidade e Soberana Divindade. Esta negação tem se tornado comum,
neste mundo que jaz no maligno, e até existem inúmeros grupos “cristãos” que têm
feito o mesmo. Nem é preciso mencionar os nomes de todos os grupos religiosos que
negam a Divindade de Jesus Cristo. Seria bem mais fácil citar os nomes dos grupos
que mantêm esta verdade fundamental, em vez de mencionar os que a negam. São eles
todas as nações árabes, as nações orientais, a Índia com os seus tantos milhões
de almas, as nações dos oceanos Pacífico e Índico e outras, que se unem em blocos
para negar a Divindade do Filho do Homem. Sem falar nas grandes multidões que vivem
nas Américas “cristãs”!
Há alguns anos, quando
este escritor estava no primeiro ano do seu pastorado no Colorado, ele viu uma pesquisa
publicada no jornal Denver Post, na qual várias perguntas
eram feitas a dez das maiores denominações “cristãs” desta nação. Algumas entre
as denominações [“evangélicas”] mais importantes tiveram mais 60% dos membros afirmando
que duvidavam da Divindade de Cristo. Esta pesquisa de opinião pública foi feita
nos primeiros anos da década de 60, e acreditamos que, hoje, uma porcentagem bem
maior do que aquela deve estar duvidando que Jesus Cristo é Deus!
Para ilustrar esta apostasia
da fé cristã nas denominações mais importantes, em nossos dias, devemos nos lembrar
da notória controvérsia de alguns anos atrás, sobre o tema “Deus está morto”.
Os doutores T.J.J.. Altizer
(metodista) da Emory
University,
e William Hamilton (batista), da Colgate University, propagaram a ideia
de que “Deus havia morrido em
nossa geração”. Naquele tempo, alguém respondeu, contundentemente,
que “não era Deus quem estava
morto, mas sim, aqueles teólogos”.
Outra ilustração é a
de Neles Ferre, um palestrante convidado por um Seminário Teológico Batista, o qual proclamou a
crença de que Jesus era o filho bastardo de Maria com um soldado
alemão, que estivera servindo na Palestina. E o pior é que nenhum outro professor
levantou-se para objetar a tão blasfema declaração.
Outros exemplos poderiam
ser citados com respeito aos chamados professores e líderes “cristãos”, os quais
negam, publicamente, a Divindade do Senhor Jesus Cristo. A esses homens são pagos
altos honorários pelas “igrejas cristãs”, a fim de destruírem a fé dos seminaristas,
os quais logo estarão liderando essas igrejas. Que Deus se compadeça desta nação!
E que Ele também tenha piedade dos grupos ignorantes, que toleram tais heresias.
Mas, embora esta descrença
tenha se tornado comum, para quem leva a Bíblia a sério [Como é o caso desta tradutora]
e que não
alimente uma ideia preconcebida, aquilo ensinado em João 1:1 é o fim de toda controvérsia.
[N.T.
- O erudito
Professor de Matemática do Reino Unido - Dr. Peter Bluer Phd, BSc., da Universidade
de Cambridge, publicou um livro “373
- A Proof Set in Stone”, mostrando,
pela geometria numérica de Gênesis 1:1 e João 1:1, que Jesus Cristo, enviado no
tempo do Império Romano, é realmente o
prometido Messias de Israel.]
A seita TJ, incapaz de
sustentar a sua heresia, à luz da passagem “e o verbo era Deus”, perverteu a passagem
para “e o verbo era um Deus”, a qual está em total contradição
com a própria palavra de Jeová, conforme Isaías 43:10-11, e ao ensino da 1 Coríntios
8:4-6, no Novo Testamento. Comparem a passagem de Isaías 44:6, onde existem dois
“Jeovás” distintos, com Apocalipse 1:17-18, onde a Inspiração a aplica ao Senhor
Jesus Cristo. B.
H. Carroll dá o seguinte esboço esquemático de João 1:1-3:
(1)
Absoluta
eternidade do Ser - “No princípio era o verbo”.
(2) Personalidade distinta “E o verbo estava com
Deus”.
(3)
A
natureza da essência divina: “E o verbo era Deus”.
A ausência do artigo
[definido] no Grego, antes da palavra “Deus”, mostrada no terceiro predicado, demonstra
claramente o significado da frase, que não é “O verbo era um Deus”, mas “O verbo era Deus”, em natureza e essência. (Dr. B.H.
Carroll - ”An Interpretation of the English Bible, The Four Gospels, vol. I, p. 51).
Existem muitas outras
provas da Divindade de Jesus
Cristo, além deste texto [João 1:1-3,12-14], e quão abençoado é contemplar essas
várias provas da Sua Divindade! A exata e eterna bênção do homem depende da aceitação
desta doutrina, pois, se Jesus não é o que Ele afirmou ser, “somos os mais miseráveis
de todos os homens”. (1 Coríntios 15:19).
A prova da Divindade
de Jesus é mais do que irresistível à mente não contaminada pela descrença, embora sendo
algo inaceitável pela mente do homem não convertido. A Divindade de Jesus
pode ser comprovada a partir de...
A primeira prova é vista em João 1:1: “O verbo era Deus”. Existe aqui alguma ambiguidade
que gere alguma incerteza sobre esta declaração? Por que um indivíduo desejaria
reverter o testemunho desta porção
da Palavra de Deus, a não ser pela ideia preconcebida e pela má vontade em se render
à mesma? Ou a não ser que ele esteja influenciado pelo maior mentiroso, o “pai da
mentira”, para não se submeter à verdade sagrada?
Certa vez, este autor
entrou em discussão com uma (chamada) TJ sobre a Divindade de Cristo e quando esta
passagem lhe foi apresentada, ela se recusou a aceitá-la. Primeiro, ela tentou dizer
que na língua grega ela significava que “o verbo era outro deus” e quando descobriu que
eu era um bom conhecedor da língua grega, e que não seria enganado por esse estratagema,
ela passou a dizer que “o verbo” significava “um pequeno
deus” ou “um deus diminuto”, uma simples derivação de Deus, mas não o Deus verdadeiro.
Então eu lhe mostrei que a palavra grega “theos” (Deus) era a mesma nos dois exemplos,
exceto pelas terminações (os últimos caracteres, que diferenciam os casos gramaticais
[nominativo, genitivo, etc.]) o que não afeta a significação da raiz da palavra. A rejeição à verdade,
por parte daquele homem era evidente, pela recusa de crer na Escritura, sob qualquer
circunstância.
Se alguém se recusar
a crer em João 1:1-3, devemos
ir a outros textos igualmente claros e compreensíveis. [N.T. da aceitação da Palavra Santa
depende a salvação do leitor, pois o próprio Jesus disse: “Pai, a tua palavra é
a verdade” - João 17:17].
Hebreus 1:8 diz: “Mas, do Filho, diz:
Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos; Cetro de equidade é o cetro
do teu reino”. Esta passagem está falando
do Filho de Deus, a Ele se dirigindo como sendo Deus. Esta é uma citação do Salmo
45:6, que o autor de Hebreus aplica a Jesus Cristo. Aqui temos mais uma prova de
que Jesus foi reconhecido como Deus, nos dias do Novo Testamento. João 1 e Hebreus
1 não admitem qualquer controvérsia neste assunto e quem toma uma visão contrária,
só o faz pervertendo ou negando diretamente o texto claramente inspirado da Escritura.
Vamos prosseguir, para
observar outros títulos divinos que são dados a Jesus Cristo. Ele também é chamado
“Senhor”, em muitos lugares. A palavra grega para Senhor é “kurios”. Ela aparece
750 vezes no Novo Testamento, em sua maioria referindo-se a Jesus Cristo. Em vários
lugares, esta palavra é usada como equivalente ao nome pessoal de Deus no Velho
Testamento - JEOVÁ. Os tradutores da Versão Autorizada (BKJ) foram mais consistentes
neste assunto do que o foram em muitas palavras gregas e hebraicas. Geralmente,
eles usaram apenas uma palavra inglesa para traduzir numerosas palavras hebraicas
e gregas, cada uma delas com nuances diferentes da significação, que não poderia
ser manifestada totalmente pela palavra inglesa. Mas, neste caso, os tradutores
usaram a palavra “SENHOR” com letras maiúsculas, para apresentar a palavra hebraica
“Jeová”, o nome pessoal do Deus verdadeiro. (Ver Isaías 42:8).
Em muitos casos do Velho
Testamento, onde a palavra
“Jeová” aparece, o Novo Testamento a traduz com a palavra grega “kurios” [2982,
em Strong] e a aplica a Jesus Cristo, mostrando, assim, que Ele é o Jeová-Deus
do Velho Testamento. Um exemplo é visto em João 12:37-42, onde a citação é a de
Isaías 53, referindo-se a Jeová. Mas, a aplicação é feita a Jesus Cristo. Então,
como podem as TJs negar a Divindade de Jesus Cristo? Irão eles honestamente admitir
que têm estado enganados e que o Jeová do Velho Testamento foi revelado como Jesus
Cristo, no Novo Testamento? Por acaso não se aplica a eles o dito satírico “eles
têm sua mente fixada, e não se deixarão confundir por nenhum fato”?
Essas pessoas geralmente
se enchem de autojustiça e indignação sobre este fato, afirmando que isso é “trinitarianismo”
e que a [palavra] Trindade não aparece na Bíblia. Então, neste ponto é bom que tratemos
deste assunto:
Muito poucas palavras
em qualquer tradução da Bíblia são tiradas [transliteradas a partir] do texto inspirado,
e somente as equivalentes são usadas. Este é o caso da palavra hebraica para “Deus”,
geralmente usada como “Elohim”, a qual aparece, literalmente, centenas ou
milhares de vezes no Velho Testamento. Ela é construída a partir de “El, Elah
ou Eloah”, um nome singular significando, literalmente, “O Todo Poderoso”.
Os usos no singular aparecem somente nos lugares onde apenas uma das pessoas da
Divindade é visada, conforme se encontra em Habacuque 3:3, onde consta a volta de
Jesus Cristo à Terra. Estes usos são mais raros do que o uso de “Elohim”.
Uma explicação se
faz necessária sobre a formação de palavras plurais e singulares, em Hebraico. No Inglês existem apenas
dois números - o singular e o plural. Já no Hebraico existem três números: o singular
referindo-se a um; o dual referindo-se a dois e o plural referindo-se a 3 ou mais
pessoas. Assim, a palavra mais comum para Deus, começando em Gênesis 1:1 e terminando
em Malaquias 3:18, é “Elohim”, uma terminação plural significando “O Poderoso”,
revelado em três pessoas que são chamadas “Jeová”, as quais constituem “Elohim”,
conforme vemos em Isaías 44:6 e 11:2, como as [seis] letras maiúsculas de “SENHOR”
mostram, nestes textos. E nunca existem quaisquer outras [pessoas] declaradas como
sendo Jeová Elohim, mas apenas estas, tornando Deus uma Trindade - Três Pessoa em
um Deus - um dos mistérios da fé, muito embora um claro artigo de fé.
É uma forma de extrema
arrogância a de um homem (cujo cérebro tem o tamanho de uma xícara de
chá), que imagina poder entender o que seja todo o oceano de Deus; por isso ele
o rejeita como sendo “impossível”. Muitos artigos da fé cristã estão infinitamente
além da capacidade da compreensão humana; mas, nem por isso, deixam de ser verdadeiros!
Romanos 10:13 fala também de Jesus como sendo o Jeová (Senhor)
do Velho Testamento:
“Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.” Esta é uma citação de
Joel 2:32:
“E
há de ser que todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo”. No texto hebraico consta
o nome de Jeová. Em Romanos 10:9,12, o texto hebraico é aplicado, por inspiração,
a Jesus Cristo. Não pode haver outra conclusão além daquela que o Jeová a quem Joel
se refere é o mesmo Jesus Cristo
citado por Paulo, em Romanos, o que significa mais uma prova da Divindade de Jesus.
Outro título divino do
Velho Testamento, aplicado a Jesus, no Novo Testamento, é o de Romanos 9:33: “Como está escrito: Eis
que eu ponho em Sião uma pedra de tropeço, e uma rocha de escândalo; E todo aquele
que crer nela não será confundido”. Também na 1 Pedro 2:8: “E uma pedra de tropeço
e rocha de escândalo, para aqueles que tropeçam na palavra, sendo desobedientes;
para o que também foram destinados”. Duas citações colhidas em Isaías 8:13-14 e Isaías 28:16 também
podem ser incluídas nesta mesma consideração,
porque também usam a metáfora comum para Deus - “rocha”, conforme podemos ler: “Ao SENHOR dos Exércitos,
a ele santificai; e seja ele o vosso temor e seja ele o vosso assombro. Então ele
vos será por santuário; mas servirá de pedra de tropeço, e rocha de escândalo, às duas
casas de Israel; por armadilha e laço aos moradores de Jerusalém”. (Isaías 8:13-14).
“Portanto assim diz o
Senhor DEUS: Eis que eu assentei em Sião uma pedra, uma pedra já provada, pedra preciosa de esquina,
que está bem firme e fundada; aquele que crer não se apresse”. (Isaías 28:16).
As palavras ”rocha” e
“pedra” são ambas metáforas representando Deus no Velho Testamento, as quais são
geralmente encontradas no Novo Testamento referindo-se a Jesus Cristo.
Que o leitor apanhe a
sua concordância e compare os muitos usos metafóricos da palavra “rocha”, no Velho
Testamento, especialmente em Deuteronômio e Salmos, com as palavras” rocha” e “pedra”
no Novo Testamento.
Isso tem uma sustentação
especialmente importante para um devido entendimento da declaração feita por Jesus
em Mateus 16:18. Qualquer judeu do Século I, mesmo não conhecendo bem o Velho Testamento,
teria reconhecido que o uso da palavra “pedra” por Jesus era uma afirmação de ser
Ele o fundamento da Sua igreja, no sentido de ser Divino. Quase nunca a palavra
“rocha” é usada metaforicamente para um homem comum, e jamais é usada como algo
intangível, conforme a confissão de Pedro em Mateus 16:13-18. Mas ela é usada metaforicamente
em muitos lugares e quando usada para Jesus, ela é uma clara afirmação da Sua Divindade. Portanto,
ela teria sido reconhecida como tal, pela maioria dos judeus.
Outro titulo divino aplicado
a Jesus no Velho Testamento é “O Santo”. Em Oséias 11:9, lemos: “Não executarei o furor
da minha ira; não voltarei para destruir a Efraim, porque eu sou Deus e não homem, o Santo
no meio de ti; eu não entrarei na cidade”.
Aqui vemos: (1) Deus é quem está falando. (2) Ele diz: “Eu sou Deus e não homem,
o Santo no meio de ti.” Ele não é apenas um homem falando em o Nome de
Deus, com a Sua autoridade. Alguns talvez até gostem da significação destas palavras,
onde Jesus é chamado “Deus”, porém negam a sua interpretação (3). Ele é chamado “O Santo”.
Indo a Atos 3:13-14,
encontramos este título sendo aplicado ao Senhor Jesus. “O Deus de Abraão, de
Isaque e de Jacó, o Deus de nossos pais, glorificou a seu filho Jesus, a quem vós
entregastes e perante a face de Pilatos negastes, tendo ele determinado que fosse
solto. Mas vós negastes o Santo e o Justo, e pedistes que se vos desse um homem
homicida”.
Este foi também o título
aplicado a “O Santo” e ao “Justo”, conforme profeticamente usado nos Salmos 16:10
e 89:18-19. Aquela Pessoa da Divindade que deveria vir à Terra, no devido tempo,
para ser o Redentor. Somente Jesus cumpriu esta profecia.
Quatro vezes no Livro
do Apocalipse Jesus é chamado de “O Alfa” e “O Ômega” (Apocalipse 1:8,11; 21:6;
22:13). Alfa é a primeira letra do alfabeto grego e Ômega é a última. Esta passagem
do Novo Testamento, efetivamente está dizendo que Jesus é “o primeiro” e “o último”,
um titulo dado a Jeová, no Velho Testamento (Isaías 41:4). Em Isaías 44:6, este
título está associado a vários outros títulos do Senhor: “Assim diz o SENHOR,
Rei de Israel, e seu Redentor, o SENHOR dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou
o último, e fora de mim não há Deus.”
Esses títulos de Jeová,
o Senhor, são todos dados a Jesus Cristo, no Novo Testamento. O que mais se pode
concluir a não ser que Jesus é essencialmente Divino e nada menos que o próprio
Deus, no mais completo sentido da palavra?
Em Apocalipse 1:18, existe
outro título da Divindade de Jesus. Ele é chamado “O que vivo”, conforme consta
no Grego inspirado. Em Deuteronômio 32:40, Jeová declara: “Porque levantarei a
minha mão aos céus e direi: Eu vivo para sempre”. Portanto, Jesus é o que
vive, conforme Ele afirma ser. [Porventura,] ao afirmar “Eu sou o que vivo”, não está Jesus realmente
afirmando que é o “EU SOU” de Êxodo 3:14, identificando-se como o Jeová Elohim do
verso 15?
O título “EU SOU O QUE
SOU” significa a auto existência e a imutabilidade de Deus. Ele não se identifica
como “Eu sou o que era”, porque isso iria parecer
que Ele muda. Mas ao se chamar “EU SOU”, Ele se apresenta como o eterno presente,
o único “EU O QUE VIVO”. De fato,
a Septuaginta, tradução grega do Velho Testamento, traduz este título como “ego
eimi ho on” (Eu, Eu sou Aquele que existe). Jesus apropriou-se deste título em João
8:58 e com ele refutou os judeus incrédulos, quando disse: “Antes que Abraão existisse,
Eu Sou”. Esta
declaração jamais poderia ser feita, honestamente, por alguém que não fosse Deus,
pois somente Deus é “o que vive para todo o sempre”. (Apocalipse 4:10).
Todas estas são provas
inegáveis da Divindade de Jesus Cristo e ainda existem muitas outras que poderiam
ser apresentadas. Elas podem comprovar ainda estas verdades:
- Aqui, como na seção anterior, existem
inúmeras provas da Divindade de Jesus. Todos os atributos divinos do Deus Todo-Poderoso
são também predicados de Jesus Cristo, porém, a não ser que façamos um estudo específico
destes, poderemos passar por eles sem os reconhecer como tais.
Todos nós reconhecemos a Onipotência (poder total
e absoluto) como um atributo que somente a Deus pertence. Mas Jesus afirmou ter
esse atributo. Aqui, devemos fazer uma distinção que a Versão Autorizada [a KJB]
não faz. Duas palavras diferentes no Grego são traduzidas como “poder”, exceto quando
aparecem no mesmo verso. Uma, “exousia”, tem a ver com autoridade, enquanto a outra,
“dunamis”, tem a ver com habilidade. Elas são encontradas juntas em Lucas 4:36: “E
veio espanto sobre todos, e falavam uns com os outros, dizendo: Que palavra é esta,
que até aos espíritos imundos manda com autoridade e poder, e eles saem?”
É inquestionável que se alguém tem toda autoridade (exousia) deve ter toda
a capacidade de exercê-la. Jesus disse em Mateus 28:18: “É-me
dada toda a autoridade (exousia) no céu e na terra” (KJB). Ele tinha também
habilidade (dunamis) para exercer esta autoridade? Em Apocalipse 4:8, Ele é chamado
“O Todo-Poderoso” (No Grego,
pantokrator). Portanto, Jesus deve ser Deus, porque ninguém, além de Deus, é “Onipotente”,
no sentido em que esta palavra foi entregue em Apocalipse 19:6. Negar esta afirmação
é o mesmo que negar as Escrituras; é blasfemar contra o Senhor que fez esta afirmação.
Mas, aceitar esta afirmação é admitir que Jesus Cristo é Deus. A conclusão é inescapável,
pois a Onipotência de Jesus comprova a Sua Divindade.
Em Apocalipse 4:11 este Deus Todo-Poderoso é declarado
como o Criador de todas as coisas, enquanto João 1:3 atribui esta obra ao verbo
- Jesus Cristo. Se o Filho de Deus criou todas as coisas, naturalmente isto significa
que Ele mesmo não foi criado e somente Deus não foi criado. Gênesis 1:1 é claro
em que Deus criou todas as coisas e a Onipotência é um atributo somente de Deus.
Em segundo lugar, encontramos Jesus Cristo afirmando o
atributo de Onipresença. Na Grande Comissão já mencionada, Jesus concluiu
testificando, conforme a tradução literal do Grego: “...e eis que eu estou
convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.” (Mateus 28:20). Ora, se Ele está com o Seu povo e a sua igreja, todos os dias, até a consumação do século, então Ele deve ser Onipresente, pois o Seu povo e suas
igrejas estão espalhados por toda a Terra. Onipresença significa estar presente
em toda parte, ao mesmo tempo, um atributo que somente pertence a Deus.
Pela sua exata constituição, o homem é restrito tanto ao
tempo como ao espaço, o que não acontece com Deus. Ele transcende ao tempo e ao
espaço, não sendo controlado por nenhum deles, algo que é inconcebível à mente humana,
simplesmente porque não temos experiência alguma desse estado ilimitado. Nosso Senhor
também confirmou possuir este atributo, conforme Mateus 18:20: “Porque,
onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.” Mas, isto
só seria possível se ele fosse Onipresente, um atributo exclusivo da Divindade.
O atributo da Onisciência é também um predicado
de Jesus Cristo. Como os dois atributos anteriores, este tem o prefixo latino “omni”,
que significa “todo” e é anexado a “ciência”, a palavra latina para “conhecimento”.
Em João 2:24-25, lemos: “Mas o mesmo Jesus não confiava neles,
porque a todos conhecia; e não necessitava de que alguém testificasse do homem,
porque ele bem sabia o que havia no homem”. Isto concorda com o que lemos sobre Jeová, no Salmo 94:8,11.
Tudo isso comprova a Sua onisciência ou capacidade de conhecer todas as coisas.
Somente Ele possui este atributo porque, de fato, Ele é Deus. Hebreus 4:13 também
dá evidência de que Jesus possui este atributo: “E
não há criatura alguma encoberta diante dele; antes todas as coisas estão nuas e
patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar”. Jesus vê
todas as coisas; portanto, tudo Ele conhece, por ser Onisciente.
Quarto, o atributo da eternidade do Verbo [que depois veio a tomar carne
ao ser miraculosamente concebido e nascer do ventre de Maria enquanto ela ainda
se mantinha virgem] é estabelecido nas Escrituras, e somente Deus pode ser eterno.
“Ele estava no princípio com Deus”. Não diz
“desde o princípio” como foi
com Satanás (João 8:44).Também aqui existe uma diferença. Hebreus 1:8 testifica
a eternidade de Cristo, quando diz: “Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono
subsiste pelos séculos dos séculos; Cetro de equidade é o cetro do teu reino”.
Ora, se o Seu trono é eterno, então Ele também deve ser
eterno. Qualquer pessoa que date de antes do princípio do mundo não foi criada e,
portanto, deve ser Divina.
As dez provas a seguir sobre a existência de Jesus comprovam
a sua Divindade. Estas são uma condensação feita pelo Treatise on the Knowledge of God the Father, and His Son Jesus Christ (Tratado
Sobre O Conhecimento De Deus O Pai E Do Seu Filho Jesus Cristo), de Thomas Goodwin.
1) - Descobrimos que Ele existiu muito antes de vir ao mundo,
quando foi concebido. (Hebreus 10:5).
2) - Descobrimos que ele existiu muito antes de João Batista,
embora João tenha sido concebido e nascido alguns meses antes Dele. (João 1:15).
3) - Descobrimos que Ele já existia, quando todos os profetas
escreveram e falaram. (1 Pedro 1:11)
4) - Descobrimos que Ele existia no tempo de Moisés, porque
Ele foi tentado no deserto (1 Coríntios 10:9) e foi dito ter sido Cristo a Pessoa
por eles tentada, como agora é por nós, visto que a palavra “kai” mostra isso.
5) Descobrimos ter Ele existido antes e durante o tempo de Abraão (João 8:58).
6) - Descobrimos que Ele existiu antes de Noé. (1 Pedro 3:19).
Ele, evidentemente, se distingue em duas naturezas:
a divina e a humana, exatamente conforme Romanos 1:3-4 e outras passagens. Em seguida
é declarado com essa natureza divina que Ele chama de “Espírito” (no qual Ele já
existia nos tempos de Noé) quando ele foi
pregar aos [mortos] do mundo antigo cujas almas estavam em prisão no inferno.
7) – Ele já existia no princípio do mundo (João 1:1).
8) - Então, sabemos que Ele já existia antes da criação, ou seja, desde a eternidade.
9) - Se desejarmos esta eternidade [do Verbo] ainda mais expressada,
vejamos
Hebreus 7:3, onde Melquisedeque é mencionado
como sendo um tipo de Cristo.
10) - Junte-se a isto Miqueias 5:2.
A imutabilidade de Jesus é mais uma prova da Sua
Divindade. Imutabilidade significa o estado de ser imutável. Todos os homens são
por demais mutáveis e nem mesmo os anjos escapam deste estado. Por ser finito, o
homem é uma criatura que está sempre mudando, e para o pior, a não ser que a graça
de Deus o mude para melhor. Os anjos são finitos e foram sujeitos à mudança, até
que Deus os confirmou num estado de santidade, conforme Ele evidentemente fez com
os anjos eleitos. Mas, somente Deus é constante, invariável e imutável, conforme
Tiago 1:17: “Toda
a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem
não há mudança nem sombra de variação”.
A imutabilidade de Deus é a base da esperança
do homem, conforme Malaquias 3:6: “Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso
vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos”. Este atributo divino é também aplicado a Jesus Cristo,
em Hebreus 13:8. “Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente.” (Hb 13:8 ACF)
A soberania de Cristo é outra prova a ser considerada,
da Sua Divindade. Em Apocalipse 19:16, Ele é chamado “Rei
dos reis e Senhor do senhores”. Certamente
a Sua soberania não poderia ter sido expressada numa linguagem mais clara do que
esta. O rei ou senhor mais poderoso na Terra, tem sempre Alguém que é muito mais
poderoso, diante de quem terá, um dia, de prestar contas. Filipenses 2:10-11 declara: “Para
que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra,
e debaixo da terra, e toda a língua
confesse que Jesus Cristo é o SENHOR, para glória de Deus Pai”.
Isso também é mostrado em Isaías 45:21-23: “Anunciai,
e chegai-vos, e tomai conselho todos juntos; quem fez ouvir isto desde a antiguidade?
Quem desde então o anunciou? Porventura não sou eu, o SENHOR? Pois não há outro
Deus senão eu; Deus justo e Salvador não há além de mim. Olhai para mim, e sereis
salvos, vós, todos os termos da terra; porque eu sou Deus, e não há outro. Por mim
mesmo tenho jurado, já saiu da minha boca a palavra de justiça, e não tornará atrás;
que diante de mim se dobrará todo o joelho, e por mim jurará toda a língua”.
Este último verso é citado em Romanos 14:11
e em Filipenses 2:10, referindo-se a Jesus Cristo, de modo que Ele é o mesmo soberano
Jeová de Isaías 45.
Finalmente, vamos considerar a santidade de Cristo
como outro dos Seus atributos divinos. Sobre a raça humana, lemos:“Porque
todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”. (Romanos 3:23). O pecado nos afasta da glória de Deus;
portando também nos roubam da Sua glória. Em Romanos 3:10-12, lemos: “Como
está escrito: Não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; Não há
ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis.
Não há quem faça o bem, não há nem um só.”
Mesmo os que já foram justificados pelo sangue
de Cristo são incluídos em Eclesiastes 7:20: “Na
verdade que não há homem justo sobre a terra, que faça o bem, e nunca peque”. Na 1 João 1:8-9,
lemos: “Se
dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós.
Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados,
e nos purificar de toda a injustiça”.
Até mesmo sobre os anjos está escrito: “Eis que ele não confia nos seus
servos e aos seus anjos atribui loucura”.
(Jó 4:18).
Mas, sobre Jesus, o testemunho das Escrituras é bem diferente.
Nem uma vez sequer existe a mais leve declaração de que Ele tenha pecado por pensamentos,
palavras ou omissão. Por isso, Ele é chamado “O Santo” (Atos 2:27; 3:14). O homem
é formado em iniquidade e em pecado é concebido (Salmos 51:4-5), mas Jesus foi concebido
do Espírito Santo, sem pecado algum (Lucas 1:35) e o seu caráter jamais se deteriorou.
Sobre o homem é dito: “Quando pecarem contra ti (pois não há
homem que não peque), e tu te indignares contra eles, e os entregares diante do
inimigo, para que os que os cativarem os levem em cativeiro para alguma terra, remota
ou vizinha...” E sobre Jesus é dito na Escritura: “Àquele
que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça
de Deus” (2 Coríntios 5:21). O homem morre conforme vive, um pecador, mas em Sua
morte Jesus “se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus...”.
Em Apocalipse 4:8, os quatro seres viventes
são vistos, constantemente, atribuindo santidade ao Senhor Jesus Cristo, nas mesmas palavras dos
serafins atribuindo santidade a Jeová, conforme Isaías 6:3. Certamente isto é algo
de enorme significação.
Tem sido dito que santidade é o principal atributo de Deus
e, certamente, nenhum outro atributo supera este na vida e ministério de Jesus.
Do princípio ao fim, Sua vida foi repleta de santidade, de modo que Ele pôde desafiar
os fariseus mais escrupulosos e autojustificados dizendo: “Quem
dentre vós me convence de pecado?” (João 8:46).
Somente a Sua santidade, se Ele não tivesse outros atributos, evidenciaria a Sua
Divindade.
Não seria estranho que, se Jesus não fosse Deus, todos os atributos divinos Lhe fossem creditados? Mas,
se Ele é Deus, conforme a Escritura sempre declara, então é perfeitamente natural
que todos os atributos divinos sejam encontrados nEle. Mas, a Divindade de Jesus
pode ser mais comprovada pelos...
O primeiro a ser considerado é o da Criação, um ato divino, conforme Gênesis
1:1: “No princípio criou Deus os céus e a terra”. Aqui aprendemos que somente Deus
foi o Criador e que uma Pessoa da Trindade foi o Agente da Criação. Hebreus 1:1-3 nos dá
mais uma revelação desta verdade:
“Havendo
Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas,
a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho, a quem constituiu herdeiro
de tudo, por quem fez também o mundo. O qual, sendo o resplendor da sua glória,
e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra
do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se
à destra da majestade nas alturas”.
Em Colossenses
1:15-17, lemos: “O
qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; porque nele foram
criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam
tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por
ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por
ele”.
Aqui aprendemos que Ele [Jesus] não apenas criou
os mundos, mas também sustenta, até hoje, todo o universo criado. Esta linguagem
não deixa margem alguma na significação, por ser extremamente clara. Como, então,
alguns homens poderiam negar o que ela significa? Somente uma cegueira
voluntária poderia explicá-lo. Mesmo assim, existem muitos que a negam e nem é preciso
citar denominações ou indivíduos, que se esforçam para transformar Jesus apenas
numa criatura exaltada - um anjo ou serafim. Contudo, a refutação desta verdade
vem no mesmo pacote com a prova da Sua Divindade, pois Hebreus 1:4-6 prossegue dizendo: “Feito tanto mais
excelente do que os anjos, quanto herdou mais excelente nome do que eles.
Porque, a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, Hoje te gerei? E
outra vez: Eu lhe serei por Pai, E ele me será por Filho? E outra vez, quando
introduz no mundo o primogênito, diz: E todos os anjos de Deus o adorem”.
Conforme
esta passagem, Jesus não é um anjo, sendo superior a todos os anjos, os quais são
ordenados a adorar o seu Criador. E se existe esta grande disparidade, maior ainda
é a disparidade entre Ele e o homem mais exaltado. Como a criação, é um ato claramente
divino, e tendo sido realizada por Jesus Cristo, isso mostra, claramente, que Ele
é Deus.
Em segundo lugar, o perdão
dos pecados também é um ato divino. Até os judeus reconheciam isto, apesar de
toda a má vontade em reconhecer a divindade de Jesus, culpando-O de blasfêmia: “E Jesus, vendo a fé
deles, disse ao paralítico: Filho, perdoados estão os teus pecados. E estavam ali
assentados alguns dos escribas, que arrazoavam em seus corações, dizendo: Por que
diz este assim blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, senão Deus somente?
E Jesus, conhecendo logo em seu espírito que assim arrazoavam entre si, lhes disse:
Por que arrazoais sobre estas coisas em vossos corações? Qual é mais fácil? dizer
ao paralítico: Estão perdoados os teus pecados; ou dizer-lhe: Levanta-te, e toma
o teu leito, e anda? Ora, para que saibais que o Filho do homem tem na terra poder
para perdoar pecados (disse ao paralítico), a ti te digo: Levanta-te,
toma o teu leito, e vai para tua casa.”
O perdão dos pecados
não é permitido ao homem, conforme a errônea compreensão do Romanismo e de outras
religiões. Só
a um foi ordenado ser o Salvador para dar a remissão dos pecados, e Este é
Jesus Cristo. “30
O Deus de nossos pais ressuscitou a Jesus, ao qual vós matastes, suspendendo-o
no madeiro. 31 Deus com a sua destra o elevou a Príncipe e Salvador,
para dar a Israel o arrependimento e a remissão dos pecados.” (At 5:30-31 ACF) . Não só isso, mas a
não ser que alguém venha a concluir que há outros que poderiam executar este
mesmo cargo, o historiador inspirado também registrou que, "E não há
salvação em nenhum outro, pois não há nenhum outro nome debaixo do céu, dado
entre os homens, pelo qual devamos ser salvos " (Atos 4:12). Não há
nenhuma outra coisa diferente daquilo que o Senhor revelou há muito tempo por
meio de Seu profeta. "Não
há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim. Olhai para
mim, e sereis salvos, todos os confins da terra, porque eu sou Deus e não há
outro" (Isaías
45:21-22).
Se há um só Deus e Salvador, devemos nós concluir que Jesus e todos os Seus
discípulos estavam errados em pensar que Ele era o Salvador? Ou não devemos sim
concluir que Jesus é Deus e Salvador? Sem dúvida, pois Paulo foi inspirado a
dizer: "Olhando
para a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e
Salvador Jesus Cristo" (Tito 2:13, tradução literal). Sua obra redentora
comprova Sua divindade também.
O controle de Jesus sobre todas as coisas é outro sinal- evidência da divindade
de Jesus, porque a Escritura declara que, "por Ele todas as
coisas subsistem"
(Col. 1:17). A palavra grega traduzida como "subsistem" significa
literalmente "ficar de pé" ou "ficar de pé juntamente com",
de modo que a ideia é que em Jesus todas as coisas são mantidas juntas e cumprem
o propósito delas. Ainda mais expressivo é Hebreus 1:3: "... sustentando
todas as coisas pela palavra do seu poder". Registros As
Escrituras registram que Jesus às vezes demonstrou Seu controle até
mesmo sobre tempestades e tornados, como em Marcos 4:37-39: “E levantou-se grande
temporal de vento, e subiam as ondas por cima do barco, de maneira que já se enchia.
E ele estava na popa, dormindo sobre uma almofada, e despertaram-no, dizendo-lhe:
Mestre, não se te dá que pereçamos? E ele, despertando, repreendeu o vento, e disse
ao mar: Cala-te, aquieta-te. E o vento se aquietou, e houve grande bonança”.
O homem moderno tem aprendido muito a respeito do tempo, podendo localizar e anunciar
a aproximação das tempestades, mas nunca foi capaz de detê-las. Mas, foi exatamente
isso que Jesus fez, o que evidencia a Sua Divindade.
Há muito tempo uma profecia em Naum 1:3 havia predito a respeito de
Jeová: “... O Senhor
tem o seu caminho na tormenta e na tempestade, e as nuvens são o pó dos seus pés”. Até mesmo
os discípulos o reconheceram, conforme lemos em Marcos 4:41: “E sentiram
um grande temor, e diziam uns aos outros: Mas quem é este, que até o vento e o mar
lhe obedecem?”
Finalmente, a ressurreição
de Jesus foi mais uma prova da Sua Divindade, pois, “Ao qual
Deus ressuscitou, soltas as ânsias da morte, pois não era possível que fosse retido
por ela”. Seu próprio testemunho foi
o de que Ele era capaz de dar a Sua vida e de retomá-la: “Por isto
o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a tomá-la. Ninguém ma tira de
mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la.
Este mandamento recebi de meu Pai”. (João 10:17-18).
Também as Escrituras ensinam que “O nosso
Deus é o Deus da salvação; e a DEUS, o Senhor, pertencem os livramentos da morte”.Também no
Salmo 89:48, lemos: “Que homem há, que viva, e
não veja a morte? Livrará ele a sua alma do poder da sepultura?”
A resposta conclusiva é esta: “Nenhum homem
há que tenha domínio sobre o espírito, para o reter; nem tampouco tem ele poder
sobre o dia da morte...” Somente Deus tem o poder de
vencer a morte. Portanto, temos aqui mais uma prova de que Jesus Cristo é Deus,
no mais lato sentido da palavra.
Por isso Ele afirmou ser “a ressurreição e a vida” (João 11:25).
Existe ainda mais uma
evidência da Divindade de Jesus, a qual é comprovada pela...
Adoração
que Lhe foi feita e por Ele aceita - Quando o apóstolo João
ajoelhou-se diante do anjo para adorá-lo, conforme Apocalipse 19:10, o anjo o proibiu
estritamente de fazê-lo, visto como não seria aceitável uma criatura adorar a outra.
O mesmo aconteceu com Pedro, na casa de Cornélio (Atos 14:13-15). Podemos ver que
tanto os anjos como os homens espirituais recusaram ser adorados, nos dias do Novo
Testamento.
Mas, quando consideramos
o que acontecia a Jesus, observamos que tudo foi diferente. Do princípio ao fim
de Sua vida, foi-lhe dada adoração e Ele a recebeu dos homens. Após o Seu nascimento,
homens sábios vieram do Oriente para adorá-Lo. (Mateus 2:2,11. Em Sua ascensão,
Ele foi adorado pelos Seus discípulos (Lucas 24:50-53). Mesmo assim, jamais houve
uma recusa da parte dEle, quando foi adorado, mesmo que Ele tivesse dito que a adoração
deveria ser feita somente a Deus. (Mateus 4:10). O que podemos concluir é que Jesus
Se considerava Deus. Junte-se a isto o fato de que Deus ordena que os anjos adorem
o Filho (Hebreus 1:6). Portanto, tanto os homens como os anjos reconhecem a Sua
Divindade e, por isso, eles O adoram. O Pai confirmou a Divindade do Filho, ordenando
que Ele fosse adorado. Ora, que maior prova poderia ser exigida? E se fosse exigida,
que prova maior poderia ser dada sobre a Divindade de Jesus? Se os homens não aceitam
o esmagador peso dessas provas, também não aceitarão prova alguma.
Há uma enorme diferença entre dúvida honesta e obstinada e revoltosa descrença.
O apóstolo Tomé foi um céptico, até que foi confrontado pelo Cristo ressurreto e
toda a sua dúvida desapareceu, quando ele exclamou: “Meu Senhor e meu Deus!”. (João 20:28). Maior
prova não poderia ter sido oferecida de que Tomé foi completamente convencido
da divindade de Cristo. No entanto, aqueles que não são céticos honestos mas apenas
obstinados e revoltosos descrentes estupidamente rejeitam esta prova dizendo
que Tomé foi simplesmente tomado de surpresa com a ressurreição de Jesus.
Existem outras inúmeras
provas da Divindade de Jesus Cristo e estas que apresentamos são apenas algumas.
Mas, acreditamos que elas sejam suficientes para os que, simplesmente, ainda
não conhecem a verdade e, por isso, estão buscando provas convincentes.
Contudo, os que rejeitam
a verdade não ficarão convencidos por nenhum dos argumentos, por terem as mentes
calcinadas contra tudo que não seja a sua própria visão contorcida.
Esses incrédulos rebeldes
contra o Senhor serão, finalmente, convencidos da verdade, apenas 5 segundos após
a morte, quando ficarem diante do trono do Supremo Juiz. Mas, então, será tarde
demais, pois, conforme Hebreus 9:27, “... aos homens está ordenado morrerem uma vez,
vindo depois disso o juízo.”
Não é estranho que os homens desejam contestar esta gloriosa doutrina
da divindade de Jesus? Não é estranho que eles querem destruir o maior sinal-
prova do amor de Deus ao homem? Não é estranho que esses homens tenham ignorado
a ressurreição de Cristo, a prova mais significativa da Sua Divindade e
do amor do Pai pelos homens? Em João 3:14-19, lemos: “E, como Moisés levantou
a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado; para que
todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus amou o
mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele
crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo,
não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem
crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê
no nome do unigênito Filho de Deus. E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo,
e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más”.
Talvez a fútil resistência
dos homens em crer na Divindade de Jesus seja a esperança de que, rebaixando-O ao
nível de um simples homem, eles não precisem obedecer aos Seus mandamentos... Eles
agem como aqueles judeus que disseram: “... Não queremos que este
reine sobre nós”, [preferindo ser governados por homens ímpios, como
Adolfo Hitler?] Somente pela graça de
Deus é que somos levados a confiar em Cristo e não existe salvação para homem algum
fora dAquele que é chamado o Salvador dos homens, Jesus Cristo; pois, se Ele não é o
Deus ressurreto, nós “somos os mais miseráveis de todos os homens” (1 Coríntios 15:19).
Contudo, não é suficiente
reconhecer a Sua Divindade, mas recebê-Lo pela fé, para ser salvo, reconhecendo
que somente nEle temos a salvação eterna.
“Jesus’ Deity Proven” - Davis W. Huckabee
Traduzido e adaptado por Mary Schultze, em 01/05/2013.
Só use as duas Bíblias traduzidas rigorosamente por equivalência formal a partir do Textus Receptus (que é a exata impressão das palavras perfeitamente inspiradas e preservadas por Deus), dignas herdeiras das KJB-1611, Almeida-1681, etc.: a ACF-2011 (Almeida Corrigida Fiel) e a LTT (Literal do Texto Tradicional), que v. pode ler e obter em BibliaLTT.org, com ou sem notas).
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Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por fieis): BKJ-1611 ou LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, com notas para estudo) na bvloja.com.br. Ou ACF, da SBTB.