Valdenira Nunes de Menezes Silva
"... a criança entregue a si mesma, envergonha a
sua mãe" (Provérbio 29:15).
Que mãe não ficou abalada com o caso Isabella Nardoni? O próprio pai e madrasta
jogarem a filhinha de apenas cinco anos, do sexto andar do prédio onde moravam!?
O nosso coração de mãe chora ao ver tanta frieza e tanta indiferença!
Não aceito tamanha tragédia porque ...
1- como mãe, eu amo do fundo do meu coração a meus filhos;
2- como mãe, quero dar a eles o melhor que existe dentro de mim;
3- como mãe crente quero criá-los seguindo as instruções do Senhor.
Em meu coração, tenho planos para eles. oro por eles mas, de vez em quando, vejo
tudo cair de água abaixo ... e é, então, quando me lembro do Senhor me dizendo
... "Orai sem cessar" (1 Tessalonicenses 5:17).
Então ... eu oro, oro e oro por eles.
Elizabeth George nos diz que "Ser mãe é um compromisso, uma responsabilidade
e um chamado de Deus ... para a vida toda. E ser mãe é nossa maior alegria e
nosso maior desafio." Então, se é assim que eu penso, tenho que fazer o meu
melhor. Tenho que ...
a) colocá-los em um lugar muito especial em minha vida;
b) orar, diariamente, por eles;
c) falar a eles sobre a Palavra de Deus;
d) eu mesma educá-los, amá-los, encaminhá-los para uma vida sadia, pura e santa.
Como mãe, tenho que observar com muito cuidado as minhas prioridades ...
> Qual é a pessoa ou coisa mais importante da
minha vida?
Eu posso achar que é o meu marido ou os
meus filhos ou mesmo o meu
trabalho ou
profissão mas é o próprio Jesus quem me diz na Sua Palavra:
"... Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de
toda a tua alma, e de todo o teu pensamento" (Mateus 22:37).
Para eu ser feliz com meu marido e saber criar e transformar meus filhos em
homens e mulheres íntegros, tenho que colocar Deus em primeiro lugar em minha
vida.
> Depois de Deus quem ou o que é mais importante
em minha vida?
Meu marido ou meus filhos? Será que eles são importantes em minha vida ou eu
dou mais do meu tempo e mais valor ao meu trabalho e profissão?
Provérbios 31:11-12 me dizem ... "O coração do seu marido
está nela confiado; assim ele não necessitará de despojo; Ela só lhe faz bem, e
não mal, todos os dias da sua vida."
Antes dos meus filhos, do meu emprego, da minha vida profissional, meu
marido deve ser a pessoa mais importante da minha vida. Nada pode se intrometer
nos nossos doces momentos, no nosso companheirismo, nas minhas obrigações de
ajudadora dele porque é isto que Deus quer e é isto que eu devo desejar de todo
o coração.
> Se eu acho que, dentre as tantas prioridades
da minha vida, Deus está em primeiro lugar e meu marido em segundo, então quem
ou o que, realmente, está em terceiro lugar?
Você pode até responder prontamente ... "Meus filhos, é claro!" Será
mesmo que eles estão no lugar certo da sua lista de prioridades? Será que você
não acha que está trabalhando, cursando uma faculdade, se esforçando por causa
"do futuro deles" e "de uma situação financeira melhor"? Você tem certeza de que
tudo isto é mais importante do que o futuro espiritual dos seus filhos? Pense
... pense ... e pense e decida em seu coração fazer o que é certo, o que,
realmente, Deus quer que você faça.
Muitas mães estão esquecendo do seu verdadeiro papel de MÃE. Quando elas colocam
o emprego ou a profissão na frente de seus filhos, com certeza, Deus não irá
abençoá-las. No momento, tudo pode estar dando certo, se encaixando direitinho -
babá quase perfeita, filhos com saúde, fins de semana dedicados única e
exclusivamente a eles ... - mas ... e lá na frente? Será que você é capaz de
imaginar como será seu filho que, agora, não tem a sua presença diária, a sua
atenção e interesse pelo que ele faz, os beijos e cuidados na hora da queda, as
historinhas e orações que serão contados e ensinados por você ...?
Você está preparando seus filhos para se transformarem em adultos dignos e
justos quando deixarem a sua casa?
O pastor Jim George disse o seguinte ... "Os comunistas disseram: 'Dê-nos uma
criança nos seus primeiros anos de sua vida e depois vocês a podem ter de
volta'. Por que seis? Eles sabiam, como também o sabem os cientistas e
educadores, que a maior parte do aprendizado fundamental é incutida até os seis
anos. Em seis anos, os comunistas podem doutrinar tão completamente a criança na
ideologia deles que ela seria deles pelo restante da vida."
Filhos que são criados sem ter a presença da mãe, aprendem a agir por conta
própria porque ela, para compensar a ausência, não impõe limites e os transforma
em crianças cheias de direito, com vontade própria, rebeldes, poderosas e ...
que darão muita dor de cabeça a ela quando se tornarem adolescentes ou jovens.
Você, então, vai dizer ... "Mas eu dava tudo a ele ! Eu fazia tudo que ele
queria! Eu era muito boa, não exigia nada dele!" Aí é onde está o erro. Você
não tinha regras para a vida dele mas o deixava fazer o que queria e, no fundo,
no fundo, não era isto que ele queria. Ele tinha necessidade da mãe, queria
estar com ela mesmo tendo uma vida com limites. Ele necessitava de você e você o
deixou se transformar em um rebelde, em um filho que, hoje, "está no poder".
Em um estudo do jornalista Marcelo Ferreira, cujo título, FILHOS NO PODER, muito
me chamou a atenção, ele apresenta algumas razões porque o pai ou a mãe não
impõem limites a seus filhos. Ele diz: "Segundo aponta os profissionais da
área, o principal motivo porque muitos pais não impõem limites a fim de conter
as crianças é a culpa. Porque passam a maior parte do dia fora, acreditam que
dizer 'não' aos filhos pode ser prejudicial e injusto. Além da culpa, o medo e a
insegurança também parecem ser fatores que pesam aos pais impor limites. Muitos
foram tão reprimidos e lhes impuseram limites tão severos, que cresceram com a
idéia de que se disserem 'não' aos filhos ou impor-lhes qualquer outro limite,
isso vai prejudicá-los. O oposto também pode acontecer. Porque foram oprimidos e
receberam uma educação tão severa, os pais tendem a repetir modelos, porque não
sabem fazer outra coisa, ainda que involuntária e inconscientemente."
E você, minha irmã, é desse tipo de mãe? Cuidado, pois quando seus filhos se
tornarem jovens, provavelmente, estarão no poder e no controle do seu lar. E
agora ... você não pode fazer mais nada (com certeza, com a ajuda de Deus você
até poderá reverter este quadro)! Que o amor por seu filho não encontre
barreiras em seu coração.
Quando minha segunda filha, Sandra, se casou, ela estava fazendo o curso de
Letra na Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Estando já no meio do curso,
ela engravidou. Seu coração de mãe viu esta mudança em sua vida como um
privilégio e um presente que ela estava recebendo do Senhor. Sem pensar duas
vezes, ela decidiu abandonar o curso para ser uma mãe presente em todas as
etapas da vida da sua filha. Só agora, com seus filhos já crescidos (de 15 a 18
anos), ela esta terminando aquele curso que ela interrompera por amar tanto seus
filhos.
Amada irmã, você tem que encarar este presente que Deus lhe deu (o de ser mãe e
o de ter um filhinho) com muita responsabilidade e alegria de coração. Não
queira perder nenhum momento da vida do seu filho, pois estes momentos
maravilhosos, engraçados, abençoados e alegres jamais voltarão.
Seja uma mãe presente! Seja uma mãe que impõe limites! Que seu filho seja
diferente dos jovens de hoje onde a delinqüência e os valores são cada vez mais
relativos.
*Lembre-se de que Deus a escolheu para ser a mãe dos seus filhos! É você quem
deve ensiná-los o caráter divino, pois você é quem é a mãe (não a babá) e é você
quem é filha de Deus e tem o Espírito Santo orientando-a em todos os momentos.
*Lembre-se sempre do que disse Elisabeth Elliot ... "Não há carreira mais
nobre do que a da maternidade em sua melhor forma." e nunca esqueça de
colocar lá fundo no seu coração o que disse o Senhor que a criou e que decidiu
transformá-la em uma mãe ... "E tudo quanto
fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor, e não aos homens ..."
(Colossenses 3:23).
VOCÊ ESTÁ FAZENDO ASSIM?
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