Por David Cloud
(excelente seu site, http://www.wayoflife.org
!), traduzido por Luis Henrique L’Astorina
1-) Existem certos
homens nas Igrejas chamados “presidentes”
e supervisores (Atos 20:28; 1
Tessalonicenses 5:12; Filipenses 1:1; 1 Timóteo 3:1; Tito 1:7).
Estes versos ensinam que aqueles quais Deus chama de pastores (o mesmo oficial
também é chamado de ancião e de bispo) têm autoridade sobre as assembleias.
Outros Cristãos são submissos à sua autoridade. Os pastores estão sobre o
Cristão, no Senhor.
Quando eu honro e me submeto a eles, eu não estou me submetendo
simplesmente a um homem; eu estou me submetendo ao Senhor e ao Sumo Pastor da
Igreja. Muitas mulheres poderiam compartilhar conosco histórias horríveis de
como seus maridos abusaram da
autoridade deles. Permanece
o fato que Deus deu autoridade aos maridos dentro do lar. Quando a
esposa se submete ao seu marido, ela não está submissa
simplesmente ao homem, com seus muitos pecados e suas fraquezas morais;
ela está sendo submissa ao Senhor Deus (Efésios
5:22).
Abusos de autoridade pastoral não negam o fato de que a Bíblia nos
diz que Deus tem dado autoridade aos pastores, e não nega o fato de que a Bíblia
exige que estejamos submissos aos que Deus chama
“pastores”. Contudo, em casos nos quais um Cristão está sob a
influência de uma situação
pastoral abusiva e não conforme às Escrituras, ele ou
ela devem manter um espírito apropriado e atitude de estima e
consideração à autoridade pastoral. Ele deverá deixar a Igreja se necessário,
e encontrar uma Igreja espiritualmente saudável que seja liderada por
homens de Deus, e juntar-se à ela e submeter-se à autoridade que Deus deu a
eles.
Um Cristão deve cuidadosamente guardar seu espírito para não tornar-se
uma pessoa desagradável. Ele deve examinar-se a si mesmo diante do Senhor
para estar certo de que não é um rebelde para com a autoridade dada por
Deus. Algumas vezes pensamos que o problema é daqueles que impõe
as regras sobre todos, quando na realidade o problema é de nosso próprio
espírito irredutível com preconceitos.
2-) Líderes da
Igreja são chamados por três diferentes termos (pastor, ancião e bispo),
mas os termos referem-se a diferente aspectos do mesmo ofício; assim a forma
hierárquica de governar a Igreja com lugares para bispos acima
de anciões, não
é Bíblica
3-) Cada Igreja deve
ter seus próprios líderes e governo (Tito
1:5; Atos 14:23). Desde que isto está claro
no N.T. , qualquer forma externa de controle sobre as
Igrejas não é Bíblica, e é perigosa.
4-) Cada pastor é
supostamente ordenado por Deus e, de acordo com as Escrituras, é qualificado (Atos
14:23; 1 Timóteo 3; Tito 1). Igrejas do N.T. não são lideradas
por homens não ordenados ou por homens que não têm todo o trabalho de um
pastor.
Cada pastor é suposto ser um ensinador e um observador
das regras (Atos 20:28; 1 Timóteo 3:2;
Tito 1:9-11; 1 Pedro 5:1-2).
5-) Diáconos nunca
são mencionados com o ofício de reger
ou supervisionar as Igrejas. O diácono é um servo, não um dirigente.
Governo da Igreja através de um diácono não
é Bíblico, e
isto tem causado muitos danos nas assembleias.
Se a responsabilidade implica em uma autoridade correspondente, o
que é verdade, podemos ter
a clara idéia das áreas e extensão da autoridade pastoral apenas
considerando a sua responsabilidade dada por Deus sobre a Igreja.
Existem 3 grandes áreas de responsabilidade pastoral, com a respectiva
autoridade:
a- Um
pastor tem a autoridade e responsabilidade de ensinar e pastorear a Igreja (Atos
20:28; Efésios 4:11-12; 1 Tessalonicenses 5:12; 1
Pedro 5:1-4)
Pastores, portanto,
têm a autoridade para governar todos os aspectos de tal ministério. Eles
devem ter a decisão final concernente ao que está sendo ensinado e por quem,
e devem julgar todas as coisas que são ensinadas para ter certeza que são
corretas (1 Coríntios 14:29
).
b- Um
pastor tem a responsabilidade e autoridade para proteger a Igreja de falsos
ensinos (Atos 20:28-31; 1 Coríntios 14:29;
1 Timóteo 4:1-6; Tito 1:9-13)
Pastores têm a autoridade e responsabilidade
dada por Deus para determinar o que está sendo
ensinado e por quem, bem como proibir os Cristãos de envolverem-se
com falsos ensinos, tais como estudos Bíblicos conduzidos por professores que
ensinam erradamente, encontros nos quais doutrinas e práticas não Bíblicas
são promovidas, etc. Isto inclui também o ministério de música da
Igreja, porque a música é também uma forma de ensino (Efésios
5:19).
c- O pastor tem a responsabilidade e autoridade para supervisionar todo o trabalho
da Igreja (Atos 20:28; 1
Tessalonicenses 5:12; 1 Pedro 5:1-2)
A posição do pastor de supervisionar a Igreja
é similar à de um gerente ou supervisor em uma empresa qualquer. Ele não tem
que fazer todo o trabalho do ministério – todo Cristão deve estar ocupado
no trabalho de Cristo – mas o pastor deve
supervisionar todo o trabalho.
Existe uma ampla rebelião e resistência contra a autoridade pastoral hoje em
dia. Isso é o produto da natureza humana caída. O “velho homem” odeia
autoridade; ele não suporta ter
governo
de ninguém sobre si. Mas a autoridade pastoral é dada por Deus, e aquele que
resiste ao pastor de Deus, no seu trabalho de liderar a Igreja de acordo com a
Palavra de Deus, irá responder a
Jesus Cristo por essa insubordinação.
Ouça a Bíblia:
“Obedecei
a vossos pastores e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como
aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não
gemendo, porque isso não vos seria útil” (Hebreus
13:17).
Um pastor apenas tem autoridade tal como delegada por Deus a
ele.
Cristãos nunca são orientados a se submeterem cegamente aos líderes da
Igreja, mas submeterem-se aos verdadeiros homens chamados por Deus, os quais
estão liderando de acordo com a Palavra de Deus. Como o Apóstolo Paulo
disse, “Sede meus imitadores, como também
eu de Cristo.” (1 Coríntios
11:1).
Paulo poderia exigir que outros seguissem a ele porque ele estava
seguindo Cristo e era cheio de fé pregando a mensagem que
lhe foi dada por Cristo. À parte disso, contudo
Paulo não tinha autoridade. Ele avisava as Igrejas da Galácia que se ele
pregasse outro evangelho, eles deveriam rejeitá-lo (Gálatas
1:8). Cristãos deveriam rejeitar o ministério de qualquer homem
que não possua as seguintes qualidades:
Instruir Cristãos para submeterem-se
àqueles que têm falado a Palavra de Deus. A
autoridade do pregador está
na Palavra de Deus e não em suas próprias palavras e desejos. Se um pastor
ou professor afasta-se da Bíblia, seus ouvintes deverão não segui-lo; ele
então afastou-se de sua autoridade (Atos
17:10-11; 1 Tessalonicenses 5:21).
Os anciãos da Igreja em Éfeso
foram apontados pelo Espírito Santo. Essa é a base fundamental para a
autoridade espiritual. Cristãos são apenas para submeter-se aos homens que deram
plena evidência que eles são chamados por Deus.
Hebreus
13:7 diz; “Lembrai-vos
dos vossos pastores, que vos falaram a Palavra de Deus, a fé dos quais
imitai, atentando para sua maneira de viver.” Isto nos fala de
seu modo de vida. Se um homem é um hipócrita, se ele não pratica em sua
vida diária o tipo correto de vida Cristã, ele não tem autoridade para
liderar outros.
1 Tessalonicenses 5:12-13 refere-se àqueles quem estão sobre nós, no Senhor, e requere que nós “os estimemos em grande amor por causa de sua obra...” Um ministério de um homem espiritual deve ser de acordo com a Palavra de Deus, ou ele cessará de ter autoridade sobre os demais.
A autoridade exercida por um pastor, missionário, ou outro líder da
Igreja, é para ser distintivamente diferente daquela exercida por líderes no
mundo secular (1 Pedro 5:3; Marcos 10:42-43).
A autoridade de um pastor é para o propósito
de construir e proteger o povo e a
obra de Deus.
O pastor deve
presidir
sob a direção do Senhor Jesus Cristo, não pela sua própria mente ou
vontade. A Igreja é propriedade de Deus, as pessoas são pessoas de Deus; a
obra é a obra de Deus. Ele é meramente um cuidador ou ajudador. Contraste
isto com o ministério de orgulho, de Diótrefes (3
João 9-10).
O pastor é para ter uma amorosa,
gentil, tenra, sacrificial consideração pela
felicidade e segurança
geral do povo. Seu presidir não deve
ser ser uma desagradável ditadura
tirânica sobre outros, isto é, um reger
para servir a si mesmo.
“Aos presbitérios que estão entre vos, admoesto eu, que sou também presbitério com eles, e testemunha das aflições de Cristo, e participante da gloria que se há de revelar: Apascentai o rebanho de Deus, que esta entre vos, tendo cuidado dele, não por foca, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de animo pronto; Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho.” (! Pedro 5:1-3).
Os pastores têm autoridade na Igreja, mas é um tipo diferente de autoridade exercida no mundo. Observe algumas das diferenças que seguem:
- pastores de acordo com a Bíblia amam o rebanho e lideram pela compaixão, mas aqueles do tipo senhores, tipicamente não gostam de ter compaixão; eles não encorajam; eles simplesmente exigem (1 Tessalonicenses 2:7-8).
- pastores conforme a Bíblia sabem que o
rebanho não pertence a eles, mas pastores do tipo senhores sentem que
possuem a propriedade do rebanho e assim podem controlar todos de acordo com
sua própria vontade (1 Pedro 5:2-3 “rebanho
de Deus” “ herança de Deus”)
- pastores de acordo com a Bíblia preocupam-se
mais com o bem estar geral do povo do que com o seu próprio ganho, mas os do
tipo senhores presidem para obter
ganho pessoal e não têm receio de abusar do povo (1
Pedro 5:2)
- pastores conforme a Bíblia são humildes e não
consideram eles mesmos maiores que o rebanho, mas os do tipo senhores exaltam
a si mesmos acima de todo o povo (1 Pedro
5:2 “entre vocês”
1 Pedro 5:5)
- pastores de acordo com a Bíblia ajudam a edificar
o povo e os libertam para fazer a vontade de
Deus, mas pastores do tipo senhores querem controlar o povo e empurrá-los
para baixo (Efésios 4:11-12; 2 Coríntios
10:8). A palavra grega traduzida “destruição” em 2 Coríntios
10:8 é também traduzida como “demolir” (2 Coríntios 10:4).
“Mas
Jesus, chamando-os a si, disse-lhes: Sabeis que os que julgam ser príncipes do
gentios, deles se assenhoreiam, e os seus grandes usam de autoridade
sobre elas; Mas entre vos não será assim; antes, qualquer que entre vos
quiser ser grande, será vosso serviçal; E qualquer que dentre vos quiser ser
o primeiro, será servo de todos. Porque o Filho do homem também não veio
para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos.”
Marcos 10:42-45
1- Nunca esqueçam que as
pessoas não lhe pertencem e que vocês darão conta pela maneira que as
tratam (Atos 20:28; 1 Pedro 5:1-4;
Tiago 3:1). Um pastor pode impor
sua vontade sobre a Igreja em seu presente mundo, contudo ele está errado e
pecando, porque não existe mais alta autoridade eclesiástica do que a
assembleia; mas ele estará diante do Grande Pastor Chefe e será julgado por
como ele agiu. Ele jamais devera esquecer disso.
2- Tratar o povo como você gostaria de ser
tratado (Mateus 7:12). Pense um
pouco atrás no tempo antes de você tornar-se pastor. Estaria você tratando
o povo agora como você queria que seu pastor o tratasse ? Haviam
coisas que o pastor fez que desencorajaram você mais do que edificaram,
e você estaria repetindo aqueles mesmos erros em seu próprio ministério?
3- Tratar as pessoas com igualdade (1
Timóteo 5:21). Seja cuidadoso para
não exercer favoritismo. Tratar o povo com imparcialidade, aplicar parâmetros
iguais para com todos. Não deixe algum dos referenciais
escorregarem quando os envolvidos forem seus "animaizinhos de estimação".
Trate o povo com igualdade ao
exercer a disciplina na Igreja. Não deixe ser ouvido
que você foi severo com alguns na Igreja e não rigoroso com outros, em
assuntos similares.
4- Almeje edificar
o povo e então dar-lhes liberdade para fazerem a vontade de Deus (2
Coríntios 10:8). A obra do pastorado é semelhante ao
relacionamento dos pais com os filhos. O alvo dos pais é a maturidade dos filhos,
quando então eles deverão sustentar-se em seus próprios pés e fazerem suas
próprias decisões diante do Senhor. O pastor deverá ter o mesmo alvo. Ele não
deverá almejar fazer o povo depender perpetuamente dele.
5- Encoraje o povo a ter uma visão pessoal da
vontade de Deus e trazer novas idéias para a obra do Senhor (Efésios
4:11-12). A única coisa que o pastor deverá desencorajar é o
pecado e o falso ensino. Não deixe dizerem que o pastor desencorajou pessoas
a terem uma visão da obra e exercitarem seus dons livremente, dentro das
fronteiras das Escrituras.
6- Objetive produzir muitos lideres que irão
trabalhar ao seu lado para multiplicar o ministério (Atos
13:1; 20:4). Em toda parte no N.T. vemos pluralidade dos obreiros e
lideres, em Igrejas e trabalhos missionários. Pastores experientes não terão
medo de compartilhar sua autoridade e ministério com outros homens de Deus
pelos quais a obra do Senhor pode progredir muito.
7- Resistir à tentação
de ser orgulhoso e de exaltar a si mesmo (Marcos
10:42-45). A posição de um pastor é dos menores. Ele tem
autoridade mas ela é a autoridade de um servo servindo debaixo
de um dono e senhor, e não a autoridade de um senhor em seu próprio direito.
8- Não tenha medo de liderar, mas esteja certo
de que você está liderando pela Bíblia e não pela sua própria mente e
tradição humana.
9- Não deixe sua autoridade para aqueles que não
são pastores, tais como diáconos.
10- Não tenha medo de permitir a congregação
compartilhar em algumas decisões (Atos 6:
5-6; Atos 15:22)
1-
Dê ao pastor o benefício da dúvida e faça todas as coisas que você
poder, para ser submisso e obediente membro da Igreja. A Bíblia usa
linguagem muito forte sobre a submissão da Igreja à autoridade pastoral (Hebreus
13:17). Aquelas são fortes palavras. A menos dos pastores que
lideram contrários à Bíblia em uma maneira muito clara
e óbvia, o membro da Igreja deve submeter-se ao Senhor Deus. É como uma
esposa sob o marido (Efésios 5:22).
Toda esposa sabe que se ela submete-se ao seu marido, ela está submetendo-se
a um homem muito imperfeito, mas ela não está simplesmente submetendo-se ao
seu marido, mas ao Senhor que lhe deu aquele marido. Semelhantemente, o membro
da Igreja não se submete meramente a um homem; ele submete-se ao Senhor que
fundou o oficio de pastorado e quem tem colocado aquele homem na posição.
2- Esteja certo que vai estar lutando pelas
Verdades das Escrituras e não por suas próprias preferências. Se eu
penso que alguma coisa está errado na Igreja, eu
devo perguntar para mim mesmo, “estaria a Bíblia claramente dizendo que
isto está errado, ou é isto meramente alguma coisa que eu pessoalmente não
gosto ou não concordo?” Muitos problemas de Igrejas não são por causa da
clara citação Bíblica, mas por causa de conflitos de personalidade e
vontade própria e a tentação de exaltar a preferência pessoal no lugar da
Escritura.
3- Guarde seu coração e sua atitude. Nós
estamos falando a verdade em amor (Efésios
4:15). Nós deveríamos ter uma cabeça fria e um coração quente,
não um coração quente e uma cabeça quente! Quando nós atentamos para
corrigir outros devemos guardar nosso próprio coração e fazer isto em espírito
de mansidão (Gálatas 6:1). Em 2
Timóteo 2:24-25 descreve-se o espírito no qual nós estamos
procurando corrigir outros: “E ao servo
do Senhor não convém contender, mas sim, ser manso para com todos, apto para
ensinar, sofredor; Instruindo com mansidão os que resistem, a ver se
porventura Deus lhes dará arrependimento
para conhecerem a verdade,”. O evangelista Mel Reter
poderia dizer; “ Seja firme como uma rocha na sua
posição, mas doce como mel da rocha em sua disposição.” A diferença
entre deixar a Igreja por causa de legítimo fato doutrinário, e deixá-la em
rebelião contra a autoridade pastoral, será evidenciada em duas maneiras (Tiago
3:14-18).
- Primeiro, a diferença será evidente na atitude da pessoa. Contraste a pessoa desagradável e o conflito entre as partes, do verso 14,
com a atitude amorosa descrita
no verso 17: “..pacífica, moderada, tratável,
cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia.”
- Segundo, a diferença será evidente no fruto produzido
por cada
situação. Contraste o fruto do verso 16, que é a discórdia e confusão e
toda obra maligna, com o fruto descrito no verso 18, que é “o
fruto da justiça semeado em paz, para os que exercitam a paz”. A conseqüência
irá demonstrar os segredos do coração e são opostas às coisas que são
contra Deus e não Bíblicas; e quem deixar a Igreja por sua própria vontade e
meramente por causa da carnalidade dela [da igreja], irá servir Jesus
Cristo frutificando em Igrejas mais fortes. De outro lado aqueles
que meramente contendem por suas próprias vontades, e aqueles
que estiverem causando problemas de uma maneira carnal, usualmente pulam
de Igreja em Igreja, para uma mais fraca. O fato que eles se
mudam para uma Igreja é que mais fraca doutrinariamente e
espiritualmente, demonstra que o caso
não era, na verdade, sobre doutrina e
justiça, mas era um conflito de personalidades, ou algo assim.
4- Mantenha seus olhos focados em Cristo ao
invés de nos homens deste mundo.
“Olhando
para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava
proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à
destra do trono de Deus.” Hebreus
12:2. Alguns fiéis estão dizendo para carregar permanentemente
“cicatrizes espirituais” por causa de estar em Igrejas que são lideradas
por pastores que abusam de suas autoridades. Outros deixam a Igreja
conjuntamente usando essa desculpa. O problema nesses casos é que tais
pessoas têm seus olhos e sua confiança mais no homem do que em Jesus
Cristo. O Senhor Jesus nunca nos desapontará, mas homens imperfeitos sempre
irão nos desapontar de uma maneira ou de outra. Pastores são apenas homens
imperfeitos no seu melhor ponto de vista. Eles cometem erros. Eles pecam. Eles
podem ser egoístas e parciais e de visão curta.
5- Ore por seus pastores e outros líderes
da Igreja. Orações fazem duas coisas; elas trazem mudanças, porque Deus
responde e trabalha através delas; e elas também ajudam a manter meu coração
amoroso e gentil em relação aos homens para quem eu estou intercedendo.
6- Não deixe qualquer coisa levar você
para longe da Igreja. Existem ocasiões quando nós somos forçados a
deixar uma certa Igreja com sérios erros morais e doutrinarias, mas nós não
devemos permitir qualquer coisa manter-nos fora da Igreja. Jesus Cristo fundou
a Igreja (Mateus 16:18), e
existem mais do que 100 referências à
Igreja no N.T. A
maioria do N.T. foi escrito diretamente para as Igrejas, tais como a
Igreja de Éfeso e a Igreja de Filipos. O
livro do Apocalipse foi escrito para 7 Igrejas na Ásia Menor (Apocalipse
2-3). O livro de Atos é a história da plantação e multiplicação
das primeiras Igrejas. As Epístolas Pastorais são sobre a obra da Igreja.
Inclusive aquelas epístolas que não foram escritas diretamente para as
Igrejas, sempre têm a assembleia em foco. O livro dos Hebreus, por exemplo,
contém fortes declarações sobre a Igreja (Hebreus
10:25; 13:7; 17). O livro de Tiago menciona os anciãos da Igreja (Tiago
5:14). O livro de 1 Pedro é endereçado aos anciãos (1
Pedro 5:1-4). Isto demonstra a importância da Igreja nos olhos de
Deus, e cada fiel deve ser diligente para ter o mesmo zelo pela assembleia em
sua própria vida Cristã. É fácil criticar a Igreja, mas eu pergunto; “O
que eu estou fazendo para a Igreja ter sucesso e frutificar para a
glória do Senhor ?” Eu deveria também perguntar; “Se todas as
Igrejas fossem [e
fizessem] como eu, o que seriam todas elas ?” Algumas pessoas
criticam todas as coisas, mas eles não adicionam nada de significativo no
lado positivo. O que é um erro e destrói a obra do Senhor.
7- Não esqueça que não há Igreja
perfeita. Inclusive as primeiras Igrejas fundadas pelos Apóstolos foram
muito imperfeitas. A Igreja de Corinto era carnal e estava caracterizada pela
divisão, fornicação, processos na
justiça, bebedeiras durante a ceia do Senhor, mal
uso dos dons espirituais, e falsos mestres. A maioria das
sete Igrejas mencionadas em Apocalipse 2-3 tiveram sérios problemas.
Na Igreja de Filipos duas mulheres tinham diferenças para com os demais e
precisaram ser corrigidas (Filipenses 4:2).
A hipocrisia de Pedro teve de ser repreendida
severamente por Paulo (Gálatas 2:11-14).
Paulo e Barnabé tiveram uma contenda e eles separaram-se um do outro (Atos
15:39). Isto não é uma desculpa para ignorar problemas e erros.
Cada um desses assuntos foi repreendido
e corrigido. Eu menciono estas coisas apenas para relembrar-nos que Igrejas não
são perfeitas, porque elas são feitas de pecadores muito imperfeitos salvos
pela graça; e nós devemos manter isto em mente ao
tempo em que lidamos com os problemas da Igreja. Se você deixar uma
Igreja por causa de conduta errada moral e doutrinária, você deverá ter uma
melhor Igreja para mudar, ou você estará apenas mudando da “frigideira
para o fogo.”
8- Aprenda a exercitar o
discernimento espiritual, distinguindo entre o importante e o menos
importante. Em Mateus 23:23
o Senhor Jesus Cristo ensinou que nem todas as coisas na Bíblia são de igual
importância. Alguns ensinos Bíblicos são de “maior peso” que outros. Todas
as coisas na Bíblia têm alguma importância mas nem todas têm igual
importância. Nem toda a razão é uma razão de separação e nem toda razão
é importante suficiente para deixar a Igreja. Para conhecer a diferença
entre as coisas é necessário conhecimento da Palavra de
Deus e discernimento espiritual. Esta é a lição de Romanos
15:14 e Hebreus 5:12-14.
Tal discernimento requer maturidade espiritual, a
qual vem apenas através de diligente estudo e através de exercício dos
sensos para discernir o bem e o mal. Paulo disse para a Igreja em Roma que a razão
que eles eram capazes de admoestar um ao outro era que
eles estavam cheios com bondade e conhecimento (Romanos
15:14). Como maduros em Cristo e em nosso conhecimento das
Escrituras e em vida padrão para o Senhor, estamos capazes de corrigir outros
e de sermos uma benção para a
Igreja sem causar mais danos que bênçãos.
9- Se você tem um problema ou questão, vá
diretamente aos pastores ou à pessoa envolvida. Freqüentemente
descobrimos que nossa percepção do assunto é errada ou que a informação
que recebemos estava errada ou que nós não tivemos toda a informação. Pela
discussão diretamente com quem de direito, no início, nós poderemos evitar
“fazer uma montanha com um pequeno morro” e causar discórdia sobre nada.
10- Lembre-se que os
pastores têm grande autoridade E grande responsabilidade na Igreja.
Isto significa que eles devem tomar decisões que a média dos membros das
Igrejas jamais terão que
tomar, e que eles responderão a Deus por estas decisões. Há um
tempo para deixar a Igreja devido coisas que estão seriamente erradas, mas nós
devemos também aprender a colocar muitas coisas nas mãos de Deus e fazer
aquilo que Ele disse para fazer, que é nos submetermos ao líder da Igreja e
sermos uma bênção e frutificarmos. Não confunda seu trabalho com o do
pastor. Você não tem a autoridade do pastor, nem você tem a obra do pastor
(visitar doentes, enterrar os mortos, estar pronto para qualquer chamada,
olhar pelas almas). E você também não tem a responsabilidade do pastor. Ele
dará conta por muito mais (Tiago 3:1).
Isto tem me ajudado muitas vezes quando eu não concordo com alguma
decisão que os pastores fizeram. Eu tenho deixado o assunto diante do Senhor
e tenho dito a Ele que, embora
eu não concorde com a decisão, não é minha a decisão, e eu deixo o assunto
em Suas mãos e faço a minha parte de submeter-me e ser uma bênção para a
Igreja, que é dEle.
Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por fieis): BKJ-1611 ou LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, com notas para estudo) na bvloja.com.br. Ou ACF, da SBTB.