Todo o crente precisa ser batizado e assim tornar-se
membro da Igreja local. Para isto, é previamente necessário que tenha sido feito
antes uma confissão de fé e aceitação de Cristo Jesus como Salvador. Também é
necessário à Igreja conhecer o testemunho do candidato antes de recomendá-Io ao
batismo e à membresia eclesiástica.
O Batismo e a Ceia do Senhor são as duas Ordenanças estabelecidas por Jesus Cristo quando esteve aqui na terra com seus discípulos. Estas duas ordenanças tem a forma de ritual religioso e são administradas pelo pastor de cada Igreja com a aprovação da própria Igreja.
Uma vez definidas estas Ordenanças, segue-se que este é o propósito do estudo aqui em questão: apresentar e analisar o ensino bíblico acerca de tais Ordenanças e suas implicações práticas para a vida do novo membro da Igreja local. Com este conhecimento, cada aluno ou candidato poderá se sentir mais seguro e fundamentado para aquiescer ao batismo e às responsabilidades com a Igreja Local onde vai se filiar.
A Igreja de Cristo não é formada de autômatos ou
pessoas 'teleguiadas'. Jesus disse: "E conhecereis a verdade e a
verdade vos libertará". (João 8:32) É somente através do conhecimento da
verdade de Deus que todos nós poderemos tornar tais decisões. O propósito do
autor é que este estudo sirva de esclarecimento pessoal e por sua clareza
estimule sua obediência a Cristo e à Sua Palavra.
A. Morfologia
- Vem da palavra grega "ekklesía" que significa, originalmente "chamados para fora".
A idéia básica é de que Deus nos tirou ou nos chamou 'de dentro do mundo
para fora', para criar uma 'nova so-ciedade', 'um novo povo' para Sí.
B. Aplicações
do termo 'Igreja':
1. Denominação
ou grupo de cristãos.
2. Templo,
construção para fins religiosos.
3. No
caso da hierarquia de clérigos - Igreja Católica ou Igreja Docente.
4. Conjunto
de cristãos na concepção local ou universal, segundo o ensino -bíblico.
C. Definição
de Igreja Local:
Um grupo de pessoas chamadas por Deus, regeneradas
pelo Espírito Santo, que formam um corpo visível num determinado local e época,
organizada, com propósitos específicos, batizados nas águas por imersão, que
aceitam um pacto (um acordo com Cristo, " ... no seu sangue ...
"), que se reúnem para evangelizar os perdidos, batizar os convertidos,
edificar os crentes, tomar a Ceia do Senhor regularmente, ter comunhão uns com
os outros, enfim desempenhar a missão de Cristo sobre a terra.
Observe as seguintes referências: Mateus
28:18-20; Atos 2:41-47; 4:4; Atos 1:13 e 14:23.
D. Definição
de lgreja Universal:
É o conjunto de todos os crentes, os redimidos
por Cristo, de todas eras e lugares sobre a face da terra, formando um corpo
invisível, será reunido no céu, por ocasião do ajuntamento de todos os
salvos arrebatamento e na ressurreição.
Ver os textos: Efésios 1:22; Hebreus 12:22 e 23.
1. Atualmente
a Igreja Universal existe espiritualmente, parcialmente e não reunida,
subdividida nas várias Igrejas locais do mundo, também incluindo os santos em
glória, " ... os que dormem ... " no Senhor.
2. Hoje,
esta Igreja existe na mente onisciente de Deus. Futuramente ela existirá de
fato, reunida e completa, sem faltar nenhum dos seus membros e permanecendo
assim, imutável, por toda a eternidade!
Os termos a seguir, são colocados em contraste
para se perceber melhor o que mais perfeitamente descreve estes dois mandamentos
de Jesus Cristo à Sua Igreja.
A. Sacramento
Alguma coisa apresentada aos sentidos físicos, a qual é de instrução divina e tem poder para conferir graça aos que disto participam.
Obs: Não aceitamos este ponto de vista. Para nós,
Batistas Regulares, os elementos da Ceia ou o próprio ato em si do Batismo ou da
Comunhão não conferem nenhuma graça àqueles que deles participam.
Ex: este é o ponto de vista Católico-Romano e
Presbiteriano.
B. Símbolo
É a representação visível de uma verdade
invisível. O Batismo e a Ceia são símbolos, porém não apenas isto.
C. Rito
É aquilo que se emprega com regularidade em
religião ou qualquer sistema religioso cujo propósito é sacro ou sagrado. Neste
sentido, o Batismo e a Ceia do Senhor, também são ritos, mas não apenas isto!
D. Ordenança
Aquilo que é de instituição imperativamente divina, que é feito com regularidade, e serve como simbolismo de determinadas verdades espirituais e que o Senhor Jesus Cristo aplicou a todos os crentes em todas as épocas como um mandado a ser observado.
A. Indícios
de que o Batismo bíblico é OBRIGATÓRIO.
1. Cristo
pediu o Batismo - Ver João 1:33; Mateus 3:13-15.
2. Cristo
aprovou o Batismo - Ver João 4:1-2.
3. Cristo
ordenou o Batismo - Ver Mateus 28:18-20.
4. Fazia
parte da pregação apostólica:
"... Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo ... " Atos 2:38
5. Foi
prática dos apóstolos - Ver Atos 2:37-41.
6. Era
costume universal da Igreja Cristã no seu início e posteriormente (I Coríntios
1:12-17).
7. A
literatura universal da Igreja Cristã, extra-bíblica, isto é, fora da Bíblia,
comprova que esta prática foi universal na Igreja daquela época.
B. A
Natureza do Batismo.
1. O
Batismo é um ato de amorosa obediência à Palavra de Deus tanto daquele que se
batiza como da parte da Igreja que o administra através dos seus oficiais. V.
João 14:15; I João 2:3.
2. O
Batismo não salva nem perdoa pecados.
a. Marcos
16:16 - É citado para basear o suposto poder batismal de perdoar os pecados.
Esta doutrina errônea é conhecida pelo nome de regeneração batismal.
Porém aqui, indica que o Batismo seque à conversão (momento quando os
pecados são perdoados) e não implica para a condenação de ninguém se vier a ser
suprimido por algum motivo.
b. Atos
2:38 - Um complemento da afirmação de Pedro. Expressava simultaneidade relativa
com que era administrado o batismo junto com a conversão. Ver Atos 2:41.
c. Lucas
23:40-43 - O incidente do ladrão da cruz. Ele foi ao paraíso, porém, nunca se
batizou. Sendo assim o batismo não é condição para salvação de nenhuma pessoa.
d. Mateus
3:6 - Nos indica que o Batismo era feito após ter o candidato confessado os seus
pecados a Deus.
C. O
Batismo de crianças.
1. Atos
16:33 e 34 - Este texto é citado para basear o batismo de crianças por estar
escrito que "...e logo foi batizado, ele e toda a sua casa."
Para alguns intérpretes "..toda a casa..." do centurião incluía
também suas crianças e/ou criancinhas. Este ponto de vista é defendido
especial-mente pelos presbiterianos e também os católico-romanos.
É improvável que houvesse crianças pequenas na casa. É improvável porque o texto não declara isto. Trata-se de uma inferência inadequada para uma correta interpretação.
· Se
havia crianças, não nos é dito que elas eram pequenas ou grandes mas uma coisa é
dita: que o centurião creu e com ele " ... toda a sua casa.". De alguma
forma seus filhos não eram tão pequenos que não pudessem crer, se fosse este o
seu caso.
2. Jesus
mesmo foi batizado aos 30 anos de idade e nunca foi considerado pagão, na sua
época. Ver Lucas 3:21-23.
3. O
ponto de vista católico-romano e luterano. Defendem que:
· As
crianças, originalmente, estão perdidas!
· Que o
batismo salva as criancinhas do pecado original fazendo-as cristãs, urna vez que
nasceram pagãs.
· Refutação
bíblica a este ponto de vista:
a. Jesus
considerou as crianças como sendo pertencentes ao Reino dos Céus. Ver Mateus
19:13-15.
b. O
episódio da criança morta de Davi - Quando a criança de Davi morreu, ele ficou
em paz e declarou que a criança não podia voltar para ele, mas ele um dia iria
para onde ela estava, isto é, ele se encontraria com ela outra vez. Se Davi
tinha a esperança imarcessível de usufruir a ressurreição, após esta vida (o que
é um fato - Veja Salmo 16:9-11), foi na presença de Deus que sua criança
iria aguardá-lo. Ver 11 Samuel 12:21-23.
c. Conclusão:
as crianças são perdidas até que tomem a consciência de que são pecadoras e
estão destituídas da glória de Deus Ver: Romanos 3:23. Ninguém pode nem deve
especular sobre a idade da consciência, pois varia de pessoa para pessoa
e somente Deus é que pode determinar tal coisa.
4. Ponto
de vista presbiteriano.
· Teologia
da Aliança - A circuncisão representa o batismo que toda criança israelita
recebia, depois de oito dias de nascida.
· A
Igreja e a nação Israelita tem a mesma natureza e colocação.
· O
Batismo é o sinal da mesma aliança agora sob a graça, como a circuncisão o era
sob a lei.
Refutação Bíblica:
a. Entre
a Igreja e Israel existem muitas semelhanças. As lições espirituais para Israel
servem para a Igreja de Cristo, na Dispensação da Graça. Porém não
podemos afirmar de acordo com o ensino das epistolas paulinas, que ambos tem a
mesma natureza e, portanto, igual colocação. Ver Gálatas 6:16; I Coríntios
10:32.
b. O
batismo não é um sinal da Dispensação da Graça. Isto não ser comprovado dentro
do NT, e se esse fosse o caso, tão pouco poderia ser aplicado às crianças. Não
se observa de modo claro, indícios de tal prática e compreensão no NT.
D. Modos
do Batismo. e o Modo Bíblico.
1. Aspersão
Quando é simplesmente derramada água na cabeça do
batizando. Não há justificativa Bíblica para essa maneira de administrar o
batismo.
2. Derramamento
Quando é derramada água no corpo inteiro do
batizando. Também não encontramos indícios bíblicos a este respeito.
3. Imersão
Quando o batizando é mergulhado na água de um rio ou num batistério, sendo a condição requeri da que o candidato seja inteiramente mergulhado em água.
a. Deriva da palavra grega (transl.
"baptísmos') que quer dizer "imergir" ou "mergulhar".
b. Nos locais onde eram efetuados os
Batismos, se evidenciava a existência de "...muitas águas ... " .
Vejamos:
(1) João 3:23 - " e havia ali
muitas águas ... "
(2) Mateus 3:6 - " no rio Jordão
".
(3) Marcos 1:10 - " e saiu da
água "
(4) Atos 8:36-39 - " e tmtrou na
água ... e saiu da água ... "
E. O
Simbolismo do Batismo.
1. A
identificação do crente na morte, sepultamento e ressurreição de nosso
Senhor Jesus Cristo, conforme nos indica Romanos 6:3-5:
"Ou porventura ignorais que fomos batizados em Cristo Jesus, tomos batizados em sua morte? Fomos pois sepultados com Ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos
nós em novidade de vida ... "O ato
de mergulhar na água simboliza a morte e o sepultamento do crente para o mundo
enquanto que o 'levantamento da água', simboliza a ressurreição para Deus, para
uma nova vida.
Ver Clo 2:12.
2. O
Batismo do Espirito Santo é simbolizado pelo batismo das águas, porque assim
como entramos nas águas, o Espírito de Deus é batizado em nós, por Deus. Isso é
o que se chama de 'batismo no Espírito Santo', e fala da nossa conversão, urna
experiência já acontecida.
F. Requesitos
para o Batismo.
1. Arrependimento
e Fé - elementos da conversão.
2. Instrução
doutrinária (quando é possível).
3. Bom
testemunho do candidato perante a Igreja e o mundo.
G. Período
de Carência para o Batismo.
1. Reconhecemos
ser responsabilidade da Igreja, orientar e examinar os candidatos ao Batismo,
que devem ser crentes com um bom testemunho e desejo professo de obedecer a
Cristo e seu Evangelho.
2. Náo
há base bíblica quanto ao tempo de carência.
a. Foram
comuns, na Igreja Primitiva, os batismos ocorrerem logo após a conversão do
discípulo.
Por que foi feito assim?
(1) Porque o Cristianismo estava no seu início - não
existia ainda a figura de "igreja organizada". O lado organizacional veio muito
tempo depois e por necessidade.
(2) Na legitimidade do testemunho e fé dos cristãos
que nesta época jaziam sob intensa perseguição e sofriam repúdio dos judeus.
Numa época assim, ninguém passaria por um 'suposto cristão' correndo até risco
de vida. Tudo foi muito genuíno!
(3) Na ausência de orientação escrita, a não ser a
tradição oral transmitida pela pregação do Evangelho, de geração em geração.
3. As
Razões para um período de Carência:
a. Para
testar a legitimidade da fé do novo convertido, uma vez que a sociedade em nosso
País, já aceita o cristianismo protestante como legal e não clandestino. Nesse
caso é muito bom para verificar "cristãos" que aderiram Simplesmente por uma
questão de opção ou experiência e daí reorientá-los.
b. Para
instruir o novo convertido nas doutrinas capitais do Evangelho de Cristo e assim
prepará-lo para estar convicto a tomar este passo importante.
c. Dessa
forma, a Igreja evita um pouco mais, ter no seu corpo de membros, pessoas
insinceras e duvidosas, portanto não autênticas.
A. É
uma ordenança de Cristo.
1. Lucas
22:16 - Mostra indiretamente que Jesus não a comeria novamente, até que o Reino
se cumprisse.
2. I
Coríntios 11: 24 - "Fazei isso todas as vezes que... ".
3. Atos
2:41 e 42 - A Ceia do Senhor sempre está relacionada com o Batismo numa relação
de conseqüência, ou de continuidade.
B. Simbolismo
dos Elementos da Ceia.
1. A
morte e o sofrimento vicário de Cristo - I Coríntios 11:26.
2. A
apropriação pessoal dos benefícios de Cristo, O Crucificado - que já são
apropriados por nós:
a. João 6:51 - " ... o pão é a
minha carne ... "
b. I Coríntios 1: 23; 2: 2 - " ... Cristo,
O crucificado ... "
3. Uma
comunhão espiritual entre os crentes e portanto, unidade.
a. Atos 2: 42 - " e na comunhão
uns com os outros. "
b. Atos 2:46 - " e comiam juntos
... "
4. Dependência
do crente, da parte de Cristo - João 6:55.
5. Anuncia
a vinda de Cristo no seu Reino:
" ... em memória de mim ... até que Ele venha." I
Coríntios 11:26
C. Elementos
da Ceia do Senhor.
1. O
pão
Simbolizando o corpo de Cristo que foi partido no
Calvário quando Ele deu Sua vida por nós. Ver Lucas 22:19.
2. O
Vinho
Simbolizando o sangue de Cristo " ... derramado
em favor de muitos. " Ver Lucas 22:20; Marcos 14:24.
D. Requesitos
para a Participação da Ceia do Senhor.
1. Ser
batizado e membro da Igreja local.
2. Estar
em comunhão 'plena' com a Igreja e com Deus.
a. "Comunhão
plena", não significa que o crente tem de ser perfeito.
b. Significa
estar cônscio de que qualquer falha pecaminosa havida até aquele momento, já foi
confessada ao Senhor não havendo barreiras de ordem moral e espiritual que
impeça sua participação.
3. Para
membros de outras Igrejas não fazemos quaisquer restrições além destes
requisitos. Não fazemos acepção de pessoas e cremos que, segundo as Escrituras,
cada um é responsável de si mesmo a julgar se pode participar da Ceia. Ver I
Coríntios 11:27-29.
4. Tomar
a Ceia indevidamente, estando em pecado, é expor-se ao juízo de Deus (I
Coríntios 11:30; I João 5:16, etc.).
Este juízo pode ser:
· doença;
· fraqueza
física (perda do gosto pela própria vida);
· disciplina
efetuada pela Igreja, tirando do seu corpo, o membro. em pecado ou sob
disciplina(disciplina do tipo 'exclusão');
· a
própria morte.
E. Teorias
Errôneas a respeito da Ceia do Senhor.
1. Transubstanciação.
É a idéia católico-romana em que os elementos da
Ceia, após a do sacerdote, se transformam literalmente em vero corpo e vero de
Cristo, respectivamente, em toda a sua natureza, essência e divindade.
Objeções a este ponto de vista:
a. Quando
Jesus usou a expressão "... isto é o meu corpo... ", Ele estava
fazendo uso de uma figura de linguagem, da mesma forma que Ele empregou quando
disse: "Eu sou a luz do mundo ... "ou "Eu sou a porta ... ", etc.
b. "Em
Memória de Mim..." - Fala da comemoração de alguém que está ausente em
pessoa ou em corpo. Assim, enquanto estamos comemorando a morte e a vinda de
Cristo através da Ceia do Senhor, estamos fazendo assim, porque Ele se encontra
ausente de nós, fisicamente, muito embora esteja conosco espiritualmente.
E isto não é contraditório, pois Ele falou da Sua memória com relação à sua
ausência corpórea deste mundo, e esta situação permanecerá enquanto Jesus
estiver na Presença do Pai e até Seu Retorno à terra.
Ver Mateus 28:20; João 14:19,25,28.
c. Argumento
lógico - Se o pão e o vinho fossem transformados no próprio Cristo, teríamos:
(1) No dia da Ceia pascal em Jerusalém, à véspera da morte de Cristo, 'um Cristo partindo outro cristo, um Cristo abençoando outro cristo, este sendo abençoado e repartido entre os doze discípulos. Além disso, também haveria o caso de um Cristo está estar comendo 'outro cristo'! Um verdadeiro absurdo!
(2) Muitos 'cristos' sendo tomados depois de consagrados pelos sacerdotes romanos, milhares de vezes e todos os dias do ano por séculos e séculos.
(3) A possibilidade de classificar tal ato de
'canibalismo metafísico', pois estaríamos engolindo e nutrindo-se do ser físico
de alguém.
2. Consubstanciação.
É a idéia Luterana ou Reformada que ensina estar
Cristo presente de alguma forma nos elementos que se tomam, de forma que os
participantes recebem graça e algum poder divino decorrente deste ato.
Para estas Igrejas a Ceia e o Batismo são sacramentos.
Objeções a este ponto de vista:
a. Argumento
lógico.
Pelas mesmas razões do que foi observado para a
transubstanciação. Ver item E.1, acima.
b. Argumento
escriturístico.
Não temos nenhuma evidência na Escritura que
torna este ponto fundamentado. Além disso, tal presença, nunca seria
concorrente, nem mais importante se o fosse, em relação à presença espiritual de
Cristo, que é ensinada pelas Escrituras.
(1) Mateus 28: 20 - " e estarei
convosco todos os dias ... "
( 2) Mateus 18: 20 - " onde estiverem
dois ou três reunidos em meu nome, aí estarei no meio deles
... "
A. Uma
vez que o Batismo é praticado localmente e sob os auspícios de uma local,
responsável pelos novos convertidos que o recebem, é naturalmente lógico que
estes novos convertidos batizados se incluam na membresia desta mesma
Igreja Local.
B. É
perfeitamente observável que, no NT, havia uma identificação imediata dos
batizados com a Igreja Local onde foram batizados. A única exceção feita é com
respeito ao Eunuco da Rainha de Candance (Etiópia - -Ver Atos 8:39-40).
1. Com
referência ao Eunuco, a tradição histórica da Igreja Cristã é unânime em afirmar
que ao chegar à Etiópia, seu país de origem, ele pregou o Evangelho e fundou
Igrejas, sendo assim o primeiro discípulo e o primeiro pastor naquele país.
A Igreja cristã fundada pelo eunuco, até hoje é
conhecida como "Igreja Cristã Copta".
2. Referências
que mostram a ligação entre os batizados e a sua inclusão na Igreja local
que os batizou:
a. Comp.
Atos 1:12-14 com 2:41,47, com 4:4,5.
b. Ver
Atos 5:16; 6:7 - Até aqui, Conversões e batismos em Jerusalém.
c. Em
Samaria - Atos 8:12;
d. O
episódio de Saulo - Atos 9:18-19, 26-28.
e. Menção
tríplice - Atos 9:31 - Igrejas da Judéia,Galiléia e Samaria
f. A
Igreja na casa de Lídia - Filipos - Ver Atos 16:15,32-34,40.
Esta foi a primeira Igreja da Europa fundada pelo
apóstolo Paulo.
C. O
termo "revestirsen em Gálatas 3:27.
Este termo está associado com a idéia de
militarismo: o soldado veste o seu uniforme para se identificar com a sua
companhia, seu batalhão ou seu comando. Foi assim na antiguidade entre gregos e
romanos, e é assim ainda nos dias de hoje.
Qual a aplicação figurada desta idéia bíblica?
1. O
crente batizado é o 'soldado' que veste sua farda.
2. O
'ato de vestir-se' é similar ao ato de filiar-se como membro da Igreja local.
D. A
filiação à Igreja é simplesmente a identificação oficial com o povo de
Deus, de cuja filiação, o batismo é cabal requerimento.
A. Responsabilidades.
1. Manter
um testemunho digno perante a Igreja e o mundo.
2. Zelo
pelo trabalho de Deus.
3. Participação
em qualquer função para qual a Igreja solicitar o membro:
a. O
membro jamais deve dizer "não" ou rejeitar cargos que a Igreja lhe apresenta.
Nem a inabilidade é desculpa justificável.
b. Isto
pode significar lançar fora oportunidades valiosas que Deus esteja
proporcionando para sua vida.
4. Participação
assídua e pontual nas reuniões devocionais e administrativas da Igreja. Ver
Hebreus 10:24 e 25.
5. Cooperação
através dos dízimos e ofertas motivadas pela própria Palavra de Deus.
a. Fidelidade
na manutenção do trabalho de Deus.
b. Fundamento
bíblico: Ageu 2:8,9; Malaquias 3:8-10; Mateus 23:23.
Hebreus 7:2, 5-9.
B. Direitos.
1. O
direito à palavra nas assembleias de negócios - opinião democrática dentro de
uma administração democrática.
2. O
direito de voto nas mesmas Assembleias.
3. Participação
da Ceia do Senhor.
4. Direito
de ser votado para cargos da Diretoria administrativa.
5. Direito
de participação por votação para Assembleias regionais ou nacional, quando
delegados pela Igreja através de cartas de credenciamento.
A. No
VT temos o clássico exemplo de Acã - Josué 7:1-26.
1. É
óbvio que a Igreja não estava no VT, pois Jesus nos seus dias, refere-se a ela
como estando ainda no futuro - Ver Mateus 16:18.
2. Entretanto
o Deus que regeu a nação Israelita no VT e a Igreja no NT, é exatamente o
mesmo. Ver Salmo 102:26,27; Malaquias 3:6; Hb. 13:8.
3. Os
princípios também não mudam! O que era válido espiritualmente no VT também o é
no NT. A disciplina do povo de Deus, seja Israel ou seja a Igreja é um
princípio válido em toda a história e o NT muito afirma sobre isto.
4. Assim,
a disciplina é tão antiga quanto Adão, Os Patriarcas e Israel.
5. O
episódio de Acã nos reflete certos aspectos interessantes:
a. Josué
o líder de Israel não sabia do erro, mas Deus o sabia!
b. Enquanto
o erro permaneceu escondido (tanto no coração como debaixo da tenda, Deus não
abençoou o Seu povo e por isso foi derrotado.
c. Deus
jamais abençoará, mesmo o Seu povo enquanto se mantiver o pecado, ou não
for tratado.
d. Quando
o pecado é antecipadamente confessado e tratado, há perdão e reconciliação sem
que hajam maiores conseqüências.
e. Quando
o pecado causa destruição no meio do povo de Deus(o caso de Acã) , Deus somente
perdoará o seu povo quando o pecado for erradicado.
f. No
caso de Acã, 36 soldados morreram na fuga de Ai(enquanto o pecado jazia
escondido sob responsabilidade de Acã). Da mesma forma, Deus exigiu a morte de
Acã e toda a sua família(de alguma forma, conivente com ele) e a queima de todos
os seus pertences. Só assim Deus perdoou o pecado do povo.
g. Note
bem: a disciplina de Aca foi uma exigência de Deus e não de Josué e nem da
nação israelita. Também com respeito à Igreja, de-vemos lembrar que Deus
é Quem exiqe e a Igreja apenas executa.
B. A
Recomendação do Senhor no VT - Provérbios 3:11
C. A
Recomendação de Jesus no NT - Ver Mateus 18:16-18.
1. Estabelece
o modo como a Igreja deve tratar os casos disciplinares.
2. A
motivação principal para a disciplina é a rebelião ou a resistência à confissão
e o reconhecimento do pecado - sinal de arrependimento.
3. Se
o membro chega a confessar em última instância e a arrepender-se, a Igreja não
deve excluí-lo: pode administrar alguma disciplina moral como:
A. suspendê-lo da prática da Ceia do Senhor por 1 ou
2 meses;
b. suspendê-lo
dos cargos assumidos por um tempo determinado;
c. deixá-la
por um período em observação até declará-la apto a exercer sua membresia.
4. Entendemos
também que quando o membro pratica algo escandaloso, do conhecimento notório da
sociedade, a Igreja deve tornar notória sua disciplina ou exclusão, para não
aviltar o Evangelho e a Fé Cristã.
5. Sempre
que o irmão falho for ganho, sem recorrer à Igreja, o assunto do seu pecado não
tem mais valor para o conhecimento/ação da Igreja.
D. Ver
também I Coríntios 11:28-34; Hebreus 12:5-11.
1. Deus
nos disciplina para não sermos condenados com o mundo.
2. Cada
um de nós deve constantemente julgar a si mesmo - auto-exame.
3. Quando
não nos julgamos. então Deus e a Igreja hão de nos julgar!
4. Hebreus:
Devemos aceitar a disciplina como ato de misericórdia divina.
5. A
disciplina sempre produz frutos de justiça e paz no crente!
1ª Versão – I B de Cachoeirinha – AGO/1982 .
2ª Versão – IBR da Graça – AGO/1986.
Obs.: Digitalização feita em MAR/2006 pelo
Seminarista Miguel Ângelo Luiz Maciel - "Em memória".
Só use as duas Bíblias traduzidas rigorosamente por equivalência formal a partir do Textus Receptus (que é a exata impressão das palavras perfeitamente inspiradas e preservadas por Deus), dignas herdeiras das KJB-1611, Almeida-1681, etc.: a ACF-2011 (Almeida Corrigida Fiel) e a LTT (Literal do Texto Tradicional), que v. pode ler e obter em BibliaLTT.org, com ou sem notas).
(retorne a http://solascriptura-tt.org/
EclesiologiaEBatistas/
retorne a http://
solascriptura-tt.org/
)
Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por fieis): BKJ-1611 ou LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, com notas para estudo) na bvloja.com.br. Ou ACF, da SBTB.